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I Produção e salário

Weston usa o argumento que produção, seus produtos e os salários são constantes

Marx argumenta que o montante ou a grandeza da produção é variável, pois


depende da acumulação anterior de capital e do nível das forças produtivas, e,
portanto, um aumento da taxa média de salário, por si só, não mudaria
imediatamente o montante da produção

Marx usa o exemplo de uma constante de 8, onde 6 partes dessa constante


corresponda ao lucro, e 2 seja de salário, se alterada o montante correspondente ao
salário de 2 para 6, por consequência, o montante correspondente ao lucro passaria
de 6 para 2, e o montante total de 8 permanece inalterada, ou seja, o montante
absoluto não é alterado pela alteração de sua partes e seus montantes relativos.

Usa esse exemplo para demonstrar que o argumento de Weston recai em um


problema lógico

II Produção, salário, lucro

*O aumento da taxa de salários faria com que houvesse uma recomposição na taxa
de lucro entre os diferentes ramos da indústria.

Com um aumento da taxa média de salários, a procura dos produtos de


subsistências aumentaria, aumentada sua procura, os seus preços aumentariam,
assim, para o capitalista que produz tais produtos, mesmo com o aumento dos
salários não teria sua taxa de lucro alterada.
Por outro lado, os capitalistas que não produzem tais produtos veriam uma queda
na taxa de lucro por dois fatores, primeiro pelo próprio aumento de salários, e
segundo por ver seus produtos reduzirem de preço pela diminuição da procura. Há
também a consequência que esses capitalistas reduziriam o seu consumo em bens
de luxo, e tal indústria veria seus preços reduzirem

Os diferentes ramos da produção passariam a receber uma taxa média de lucros


diferentes, aqueles que sofreram com a uma queda transferirá seu capital para um
ramo mais lucrativo, e com isso, haverá uma estabilização da taxa média e os
preços dos produtos de subsistência se estabilizará. Com a movimentação dos
capitais entre os ramos da indústria, o montante total da produção não se altera,
mas altera sua forma, a composição entre suas partes, e há uma queda na taxa
média de lucro.

O aumento do poder de compra dos operários corresponde a uma diminuição do


poder de compra dos capitalistas. O montante da produção não seria reduzido, suas
partes seriam rearranjadas.

III Salário e circulação monetária

Weston argumenta que a massa monetária é igualmente fixa e que um aumento dos
salários surgiria um problema monetário

A massa monetária circulante (dinheiro em espécie), sua quantidade física, depende


da velocidade de sua circulação

IV Oferta e procura

A lei da oferta e da procura não explica a natureza do valor das mercadorias,


somente sua flutuação em torno desse valor
V Salário e preço

Não há lógica na proposição corrente à época de que “o salário que determina o


preço das mercadorias”, uma vez que tal proposição cai numa tautologia, pois dá no
mesmo de afirmar que valor de algo determina o valor de algo, e fica obscura a
origem do valor.

VI Valor e trabalho

Se considera o valor de uma mercadoria em relação às outras mercadorias, e para


essa relação ocorrer deve haver algo em comum entre as mercadorias, algo que
expresse suas grandezas apesar das formas diferentes. O trabalho social é o
elemento comum. Os valores relativos das mercadorias são determinados pela
quantidade de trabalho necessário nela empregado.

O preço é a expressão monetária do valor.

VII Força de trabalho


O trabalho não tem valor

O que o trabalhador vende é a sua força de trabalho, sua disposição a trabalhar

O valor da força de trabalho, de qualquer mercadoria, é determinado pela


quantidade de trabalho necessário para reproduzir a força de trabalho, é
determinado pela valor dos meios de subsistência requeridos

VIII Produção de mais-valia

Mais-valia é o sobretrabalho realizado pelo trabalhador, uma vez que o valor de sua
força de trabalho corresponde uma determinada quantidade de horas de trabalho
para reproduzir-se, porém o capitalista o utiliza a força de trabalho além do
necessário para a reprodução do trabalhador.

IX Valor do trabalho

Como o trabalhador recebe o valor da sua força de trabalho após o trabalho ser
realizado, forma-se uma dupla ilusão para o trabalhador, primeira, de que o valor
pago é efetivamente o valor do trabalho, mesmo isso não ter sentido; segundo,
parece que o trabalho total foi pago.

E essa dupla ilusão é possível dado o caráter histórico na forma de salário, onde
existe uma mediação de um contrato entre o produtor e o não produtor.

X O lucro é obtido quando se vende a mercadoria “por” seu


valor
XI As diversas partes em que se decompõe a mais-valia

A mais-valia é dividida entre o proprietário fundiário, o capitalista empregador e o


capitalista credor de crédito, ou seja, sob a forma de renda, lucro industrial e juros.

Grau da exploração do trabalho, é a razão entre o capital adiantado em salários e a


mais-valia criada.

XII Relação entre lucros, salários e preços

O valor criado pelo trabalho de uma mercadoria é a única fonte de dividendos para o
capitalista e quanto para o operário, suas proporções variam, se um ganha mais o
outro ganha menos, essa recomposição não altera o preço da mercadoria

XIII Principais tentativas para aumentar o salário ou para se


opor à sua queda

1. O valor da força do trabalho pode sofrer alteração para mais ou para menos em
virtude da alteração da produtividade do trabalho

2. O valor do dinheiro(metais) pode alterar os salários

3. O salário também é influenciado pelo tempo de trabalho e a intensidade do


trabalho.

4. As fases dos preços das mercadorias influenciadas pelas fases da economia


capitalista também influenciam nos salários.

XIV Luta entre o capital e o trabalho e seus resultados

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