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FÍSICA E QUÍMICA A – 10º ANO

2021/2022

Ligação química
dez. 2021

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Como resultado das atrações e repulsões envolvendo eletrões e núcleos atómicos, num composto estável, a
energia do conjunto de átomos ou moléculas é menor do que a energia dos átomos ou moléculas separados.

Durante a formação de uma ligação química, numa molécula diatómica, verifica-se a predominância das
repulsões a curtas distâncias e o predomínio das atrações a longas distâncias, sendo estas distâncias,
respetivamente, menores e maiores do que a distância de equilíbrio.

A ligação química resulta das atrações e repulsões envolvendo eletrões e núcleos atómicos, conferindo ao
conjunto de átomos, iões ou moléculas ligados uma menor energia do que quando separados.

As ligações covalentes, iónicas e metálicas (intramoleculares) caracterizam-se por uma partilha significativa
(ou transferência) de eletrões entre os átomos ou iões, enquanto as ligações intermoleculares são
caracterizadas por uma partilha pouco significativa de eletrões entre os átomos, iões ou moléculas.

As ligações covalentes, iónicas e metálicas (intramoleculares) são mais fortes do que as intermoleculares.

A ligação covalente carateriza-se por uma partilha mútua e localizada de eletrões de valência entre os
átomos que constituem a molécula.

A ligação iónica carateriza-se por intensas forças de atração eletrostática entre iões de carga contrária,
formados por transferência de eletrões entre átomos, originando estruturas com caráter iónico.

A ligação metálica caracteriza-se pela partilha de eletrões de valência deslocalizados por todos os átomos.

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LIGAÇÃO COVALENTE

Regra do octeto – quando se estabelece uma ligação química, os átomos recebem, cedem ou partilham
eletrões, para que o último nível de energia de cada átomo contenha oito eletrões e assim
adquira a configuração eletrónica do gás nobre mais próximo (e antecessor) na Tabela Periódica.

Aplicando a regra do octeto e usando a notação de Lewis, pode deduzir-se o número de pares de eletrões de
valência partilhados numa ligação covalente. A ligação denomina-se covalente simples, dupla ou tripla, se
forem partilhados um, dois ou três pares de eletrões de valência, respetivamente.

A polaridade de uma ligação traduz-se pela assimetria na distribuição da carga elétrica entre os átomos
constituintes da unidade estrutural. Dado não se verificar assimetria em moléculas diatómicas
homonucleares, essas moléculas, bem como as suas ligações, são sempre apolares. Pelo contrário, uma vez
que se verifica assimetria na distribuição da carga elétrica entre os átomos que constituem moléculas
diatómicas heteronucleares, essas moléculas, bem como as suas ligações, são sempre polares.

A energia de ligação é a energia libertada quando se forma uma mole de moléculas a partir de átomos
isolados e no estado gasoso OU é a energia requerida para quebrar uma ligação numa mole de moléculas no
estado gasoso.

O comprimento de ligação é a distância média entre os núcleos de dois átomos ligados e na posição de
maior estabilidade.

Quanto maior o número de eletrões de valência ligantes,


mais intensas são as forças de atração núcleo-eletrão, logo:

− maior é a energia de ligação;


− menor é o comprimento de ligação;
− maior é a estabilidade da molécula;
− maior é a reatividade da molécula.

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Quanto maior a energia de ligação menor é o comprimento de ligação, logo, mais forte é a ligação e mais
estável é a molécula.

Para moléculas semelhantes constituídas por átomos de elementos de um mesmo grupo da TP, quanto
maior o período, maior é o raio atómico e, consequentemente, maior o comprimento de ligação. Por sua
vez, menor será a energia de ligação.

Com base no modelo da repulsão dos pares de eletrões de valência, é possível prever a geometria
molecular.

Com base na geometria molecular é possível prever, a partir da distribuição da carga elétrica entre os
átomos, a polaridade das moléculas.

LIGAÇÕES INTERMOLECULARES

Com base nas características das unidades estruturais, as ligações intermoleculares podem ser ligações de
van der Waals ou ligações de hidrogénio.

As ligações de van der Waals podem ser de três tipos:

− dipolo permanente – dipolo permanente ou dipolo - dipolo (predominam aquando da interação entre
moléculas polares);

− dipolo permanente – dipolo induzido (predominam aquando da interação entre uma molécula polar e
uma molécula apolar);

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− dipolo instantâneo – dipolo induzido ou forças de dispersão de London (predominam aquando da
interação entre moléculas apolares ou gases nobres).

As ligações de hidrogénio são forças intermoleculares que prevalecem quando um átomo de hidrogénio (H)
se encontra ligado a um átomo de um elemento muito eletronegativo: átomos de nitrogénio (N), oxigénio
(O) e/ou flúor (F).

A miscibilidade ou imiscibilidade de líquidos relaciona-se com as ligações intermoleculares que se


estabelecem entre as unidades estruturais. Substâncias que estabelecem entre si forças intermoleculares de
intensidades semelhantes são miscíveis. Pelo contrário, substâncias que estabelecem entre si forças
intermoleculares de intensidades diferentes são imiscíveis.

Genericamente, “semelhante dissolve semelhante”, ou seja, em geral, solventes polares tendem a dissolver
solutos polares (moleculares e iónicos) e solventes não polares tendem a dissolver solutos não polares.

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