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O erro trágico de Édipo é acreditar ser infalível e achar que pode escapar do que ele é, que

suas ações podem livrá-lo do destino, do que fora tecido pelas Morai. O desconhecimento de
Édipo de quem são seus verdadeiros pais, combinado com sua fúria, orgulho e afirmação na
sua própria suposta infalibilidade, e portanto na negação de seu destino, acabam por revelar o
horror de suas ações prévias (sejam as suas próprias, sejam as herdadas). Pois é apesar de
todos essas ações - e por causa delas, de fato - ele cometeu fratricídio, regicídio e incesto. A
profecia, tanto pela maldição de Apolo que ele e seu pai tentaram evitar, seja pelas
subsequentes, se realizou. Esse "erro aristotélico" o fundamenta como Herói Trágico, pois é
sua bravura, seu vigor e sua inabalável determinação, quando é finalmente derrotado e
fragilizado , tornando capaz de aguentar toda dor que o arrebata. E é aí que surge sua própria
grandeza, seu heroísmo.

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