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Sumário
Sumário
.....................................................................................................................................4
FISIOLOGIA CARDIOVARCULAR ....................................................................................5
CHOQUE .................................................................................................................................18
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR E TROMBOSE VENOSA PROFUNDA .......28
TROMOEMBOLIA PULMONAR (TEP)............................................................................35
ATEROSCLEROSE ...............................................................................................................45
HIPERTENSÃO ......................................................................................................................49
DIABETES ..............................................................................................................................54
VALVULOPATIA ..................................................................................................................57
SÍNDROME METABÓLICA ................................................................................................62
EDEMA AGUDO DE PULMÃO .........................................................................................65
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA............................................................................71
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ................................................................80
....................................................................................................................93
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA ..........................................................................................94
INTRODUÇÃO DA MATÉRIA – FST RESPIRATÓRIA..............................................118
DIFUSÃO ...............................................................................................................................122
FLUXO SANGUÍNEO .........................................................................................................126
ZONA DE WEST ..................................................................................................................131
RELAÇÃO VENTILAÇÃO – PERFUSÃO ......................................................................132
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO .........................................................................................136
TRANSPORTE DE CO2 ......................................................................................................139
CONTROLE DA VENTILAÇÃO ......................................................................................140
GASOMETRIA ARTERIAL ...............................................................................................142
MECÂNICA RESPIRATÓRIA...........................................................................................143
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA..................................................................147
PNEUMOTÓRAX ................................................................................................................149
ASMA .....................................................................................................................................155
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ......................................170
OXIGENOTERAPIA............................................................................................................187
RECURSOS MECÂNICOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ............................193
TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS EM PEDIATRIA ..................................................202
VENTILAÇÃO PULMONAR MECÂNICA EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
.................................................................................................................................................209
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA EM PEDIATRIA E
NEONATOLOGIA ...............................................................................................................223
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FISIOLOGIA CARDIOVARCULAR
𝑂2
𝐶6 𝐻12 06 ⇔ 𝐻2 𝑂 + 𝐶𝑂2 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
Observações:
- Veia é diferente de artéria;
- Coração enche a câmara, contrai e manda para outra câmara, esta contrai e manda
sangue para o tecido;
- A pressão do vaso mantém o fluxo sanguíneo;
- São duas circulações diferentes: grande circulação (ou circulação sistêmica) e
pequena circulação (ou circulação pulmonar);
- O coração é assimétrico. O lado direito é mais fraco/pequeno do que o esquerdo.
- Cardiomegalia proveniente de hipertensão. É um aumento do tamanho do coração.
Por conta disso, a câmara ventricular diminui, reduzindo, então, o fluxo e o suprimento
sanguíneo, tendo como consequência diminuição da funcionalidade.
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- O coração é formado por: miocárdio, válvulas cardíacas (separam átrios de
ventrículos de artérias), sistema de condução, artérias coronárias (garante para o sistema
O2 e nutrientes).
- IAM (Infarto Agudo do Miocárdio): obstrução coronária em que o miocárdio não
recebe fluxo.
FUNÇÕES DO SANGUE
Transporte do oxigênio dos órgãos respiratórios até os tecidos do corpo, e
condução do gás carbônico dos tecidos até os órgãos respiratórios. Além disso, o sangue
possui função também de distribuir os nutrientes absorvidos pelas vias digestivas para
todas as células do corpo; fazer transporte dos produtos finais do metabolismo até os
órgãos especializados de excreção; fazer a manutenção da temperatura corpórea dentro
dos limites “ótimos” para a ação de determinadas enzimas; fazer a distribuição dos
hormônios e imunização através de células sanguíneas específicas.
ANOTAÇÕES
Todo o tecido faz metabolismo, por isso precisa de O2 e nutriente;
A célula funciona muito pouco no metabolismo anaeróbio;
Sangue chega no tecido deixa O2 e nutrientes pega CO2 e catabólitos leva
para o pulmão (no caso do CO2);
Os catabólicos passam para o rim (eliminados na urina) e para o fígado (onde são
metabolizados);
O sangue ajuda a controlar a temperatura corporal;
Para controlar a temperatura corporal (no caso de febre), faz-se uma vasodilatação
periférica sangue superficial produção de suor evaporação (perda de calor).
Febre é um mecanismo de aumento de temperatura para combater uma infecção
ou inflamação.
Temperatura corporal normal: 36,5º
Enzimas são catalizadores que facilitam uma reação. Elas se desnaturam
(mudança estrutural) a temperaturas altas. Quando isso ocorre, perde-se função, logo, o
tecido também perde função.
Hipertermia – aumento de temperatura;
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Hipotermia – temperatura baixa. Obs.: as enzimas não funcionam também nessa
condição.
Para reter o calor (no caso de temperaturas baixas, ou seja, hipotermia):
vasoconstrição nas extremidades para diminui a circulação nessa região e não perder calor
para o ambiente.
Anemia Falsiforme: doença genética com alteração na hemoglobina, tendo uma
alteração na hemácia, não carregando O2. Essa patologia tende apresentar uma dispneia
por esforço.
Sangue arterial: tendência de ser mais alcalino. É rico em O 2, possui coloração
clara, vermelho vivo (por causa do oxigênio-hemoglobina oxidada).
Sangue venoso: tendência de ser mais ácido. É rico em CO 2 e possui uma
coloração vermelho escuro, por causa do CO2.
Cianótico: sangue com pouco oxigênio, ficando mais azulado.
Cianose: é um sinal clínico grave. Isso quer dizer que tem sofrimento celular. Essa
cianose pode ser sistêmica ou generalizada.
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- As artérias são elásticas e fortes;
- Consegue se distender muito bem (dilata para ajustar, acomodando o sangue);
- A falta de capacidade elástica faz com que o coração precise fazer mais força
para bombear o sangue.
- Diástole – pressão é menor.
- Sístole – pressão é maior.
Anotação: - Capilar – transição entre artéria e veia, onde acontece a troca gasosa e de
nutrientes.
- Os capilares são finos para aumentar a área de contato, garantindo a oxigenação
e nutrição para o tecido.
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- Estase venosa formação de trombo descolamento pulmão
tromboembolia pulmonar.
VARIZES
Quando o sangue se acumula e distende certas veias;
Varizes – não tem um fechamento valvular adequado. Não suporta a pressão e se
altera estruturalmente.
SANGUE ARTERIAL
Sai do coração (por meio da artéria); é rico em O2; o lado esquerdo do coração é
rico em O2; as artérias levam o sangue do coração para as outras partes do corpo.
SANGUE VENOSO
Chega no coração (por meio da veia); é rico em CO2. Obs.: as veias trazem o
sangue das outras partes do corpo para o coração.
H+ (ácido)
Anotação: ↑ 𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂 ↔ 𝐻2 𝐶𝑂3
HCO3- (alcalino)
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CIRCULAÇÃO DO SANGUE
Há dois tipos de circulação sanguínea:
1. Pequena Circulação (circulação pulmonar): saindo do ventrículo direito
tronco pulmonar (artérias pulmonares) capilares pulmonares troca de CO2 por O2
veias pulmonares (direita e esquerda) átrio esquerdo ventrículo esquerdo.
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O ventrículo esquerdo é o mais poderoso e também o mais largo.
Com o exercício vigoroso o ventrículo esquerdo aumenta de tamanho.
CORAÇÃO
Constituição: miocárdio (tecido muscular estriado cardíaco); endocárdio (forra o
miocárdio e possui vasos sanguíneos); epicárdio (membrana serosa externa); pericárdio
(membrana fibra serosa: camada fibrosa (externa) e serosa (interna)).
Cavidades: quatro câmaras, sendo 2 átrios e 2 ventrículos.
Forma: Base, ápice e faces (Esternocostal, diafragmática e pulmonar ).
Base do Coração
Ápice do coração
Átrio-ventricular
Intra-atrial
Intra-ventricular
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- Válvulas: estruturas que impedem o refluxo do sangue.
Obs.: Músculos papilares – estão presos às cordas tendíneas que, por sua vez, estão presas
às válvulas.
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SINCÍCIO FUNCIONAL
As células do miocárdio possuem ligação entre seus citoplasmas e transmitem o
potencial de ação célula à célula.
Discos intercalares – tem a função de diminui a resistência elétrica entre as
membranas. Garante a rápida propagação do PA.
CONDUÇÃO INTRÍNSECA
Nodo Sinusal;
Feixes intermodais;
Fibras atriais regulares;
Fibras transicionais;
Nodo atrioventricular;
Porção penetrante do feixe atrioventricular;
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Feixe atrioventricular;
Fibras de Purkinje;
Fibras musculares ventriculares
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Artérias
coronárias
Condução Intrínseca
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Obs.: O ECG é um exame complementar que pode dizer o local que teve o sofrimento.
SÍSTOLE E DIÁSTOLE
Sístole: fase de contração do ventrículo. Saída do sangue;
Diástole: fase de relaxamento do ventrículo. Entrada do sangue.
Obs.: Débito Cardíaco – volume de sangue ejetado por um ventrículo por um minuto.
Adulto em repouso possui um DC de 5L/min. Além disso a FC é de 70 bpm e o VS é de
70 – 80 ml/min.
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VOLUME SÍSTÓLICO
Pré-carga
Contratilidade
Pós-carga
Anotação: - A pré-carga é o volume que chega no coração e a pós-carga é o volume que sai do
coração.
- Frank-Starling a pós-carga é totalmente dependente da pré-carga. Se a pré-carga é
adequada, a pós-carga também será e se a pré-carga não é adequada, a pós-carga não será.
- Vasodilatação pressão cai não chega muito sangue no coração, porque o sangue está
na periferia (pré-carga diminuída), então, por conta disso, não sai muito sangue também (pós-
carga diminuída).
- Pessoa desidratada não chega muito sangue sai pouco sangue choque hipovolêmico
(parada cardíaca).
RETORNO VENOSO
Bomba muscular;
Bomba respiratória.
Venoconstrição.
PÓS-CARGA
Viscosidade do fluído;
Comprimento de conduto;
1⁄ r4 do conduto.
𝛼
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CHOQUE
Estado de grave alteração na perfusão tecidual com indução de disfunções
metabólicas importantes em células normais.
Trata-se de síndrome clínica, caracterizada pela incapacidade do sistema
circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos, de forma a atender suas
necessidades metabólicas.
Fisiopatologia geral do choque: disfunção metabólica morte celular falência
orgânica múltiplas óbito do paciente.
O choque pode ser classificado em: hipovolêmico, cardiogênico, séptico e
neurogênico.
Anotações:
Função da bomba cardíaca: perfusão de sangue adequada;
Alteração de caráter agudo que provoca uma perfusão inadequada;
O choque é um evento sistêmico (acontece no corpo inteiro). Obs.: AVC e
infarto NÃO são um tipo de choque, pois são localizados;
As extremidades são mais tolerantes a falta de sangue tecidual em relação aos
órgãos internos;
Tipos de choques: distributivos (choques anafilático e séptico), choque
hipovolêmico (queda na volemia, DC diminui, mas por causa da perda de líquido),
choque cardiogênico;
Choque hipovolêmico: hidratação na volemia (VS) DC afeta a
lei de frank-starling (pós-carga é dependente da pré-carga);
Disfunção metabólica tecido não funciona mais tem-se então a morte
celular entrando em falência orgânica múltipla óbito do paciente.
O choque hipovolêmico tem uma mortalidade baixa, já o choque cardiogênico
tem uma mortalidade alta, Porém, mesmo a mortalidade dos choques serem
diferentes, todos são muito graves.
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Etiologia:
1. Perdas exógenas: diarreia, vômitos, desidratação, hemorragias, queimaduras.
2. Perdas endógenas: inflamações e traumas.
Fisiopatologia: redução da volemia, colapso de veias e vênulas, diminuição da
pressão venosa, diminuição das pressões de enchimento do coração, diminuição do débito
cardíaco.
Sinais clínicos:
1. Queda da Volemia DISCRETA (<20%): perfusão diminuída de órgãos que
toleram bem isquemia (pele, osso, músculos, tecido adiposo), sensação de frio, hipotensão
postural, taquicardia postural, palidez, sudorese fria.
2. Queda da Volemia MODERADA (20-40%): perfusão diminuída de órgãos que
toleram mal isquemia (pâncreas, rins, baço), sensação de sede, hipotensão, taquicardia,
oligúria (<0,5 ml/kg/h);
3. Queda da Volemia GRAVE (>40%): perfusão diminuída do coração e cérebro,
agitação, confusão mental, hipotensão, taquicardia (>120 bpm), pulso fino e irregular,
parada cardíaca.
Tratamento: compressão mecânica, infusão de volume, mudança de posição.
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CHOQUE CARDIOGÊNICO
Anotações:
Perda de sangue volume PA choque. Ex.: uma facada;
A pele é uma barreira para perda de líquido;
Pacientes que sofreram queimadura e tiveram um grande exposição da pele,
têm que ter reposição de volemia;;
Perdas exógenas – perde para o ambiente;
Perdas endógenas – não perde para o ambiente, sai de dentro do vaso e vai
para o interstício;
Hemorragia interna é exógena;
Diminuição do volume intravascular começa a ter um colapso nas veias e
vênulas (porque elas dependem da pressão, se tem uma diminuição no DC, terá o
colabamento delas) pressão venosa as pressões de enchimento do coração
DC.
O mecanismo de todos os choques hipovolêmicos é o mesmo, independente da
causa/etiologia.
volume sistólico o débito cardíaco.
O organismo aumenta a frequência cardíaca para compensar a diminuição do
débito cardíaco.
O mecanismo do choque só acontece quando a frequência cardíaca não
acompanha a redução do volume sistólico;
Aspecto de palidez é devido a vasoconstrição;
Oligúria é a diminuição do débito de urina (preserva o líquido);
No tratamento, a primeira coisa que deve ser feita é devolver o volume,
melhorar a volemia.
A mudança de posicionamento melhora a performance cardíaca – melhora o
retorno venoso.
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Anotações:
Arritmia – perda da capacidade rítmica do coração. Pode ter várias
alterações de ritmos cardíaco. Um exemplo é uma alteração no nodo sinusal,
ocasionando uma bradicardia (queda importante da FC). Outro exemplo de arritmia
é a fibrilação atrial (propagação irregular do ritmo cardíaco). Obs.: Com uma
arritmia dessa não há um bombeamento adequado do sangue, não tendo uma
manutenção da pressão arterial.
Insuficiência Cardíaca – é quando o coração não consegue bombear
adequadamente o sangue. Obs.: IAM pode levar uma insuficiência cardíaca, outras
patologias congênitas (alteração de septo ou defeito de válvula, por exemplo).
A cardiomegalia é, geralmente, uma resposta de algum tipo de insuficiência.
Ele pode ter um choque cardiogênico, porque vai ter uma hora que ele não vai dar
conta de manter o débito cardíaco, por causa de uma falência cardíaca. Não consegue
mais manter um VS adequado para a demanda desse paciente, acontecendo uma
falência cardíaca, choque cardiogênico.
A hipertensão arterial pode levar uma insuficiência cardíaca, acabando em
um choque cardiogênico.
Pressão arterial é uma resistência ao fluxo sanguíneo.
Anotações:
Pericárdio – membrana que reveste o coração.
Nesse tamponamento cardíaco, pode-se ter derrame de pericárdio. Um motivo
comum para ter um derrame de pericárdio é trauma torácico.
Trauma torácico – tem-se um impacto forte no tórax, provocando uma
alteração no pericárdio.
Quando se tem um derrame de pericárdio, começa a ter um acúmulo do
líquido entre o pericárdio e o coração. O que vai acontecer é que esse derrame do
pericárdio fica tão intenso que começa a pressionar a parede cardíaca. Dessa forma,
o coração não consegue ter um enchimento adequado, consequentemente, ele não
consegue mandar o sangue do átrio para o ventrículo e do ventrículo para o pulmão
(no caso do coração direito), isso pode diminuir a pré-carga do outro lado do coração
e, consequentemente, diminui a pós-carga. Se piora a pós-carga, leva a uma
hipotensão.
Ventilação mecânica – maneira artificial de garantir a respiração do paciente.
Obs.: Altera a fisiologia da respiração.
Nós respiramos por pressão negativa. Com a ventilação mecânica, essa
pressão negativa que faz o ar entrar muda, ela passa a ser positiva (o ventilador
mecânico pressiona o ar para dentro do pulmão). O coração está dentro do tórax e
trabalha com a pressão negativa envolta dele, que é a pressão da caixa torácica.
Quando se conecta o paciente no ventilador mecânico, o que era pressão negativa
vira pressão positiva, comprimindo, então, o coração.
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Anotações:
O que isso demanda, o coração em si não sofre tanto, mas quem sofre mais
são as pequenas arteriais, capilares, veias e vênulas que estão perto do alvéolo
pulmonar. Essa compressão cardíaca piora o retorno venoso, então o que acontece é
que o coração direito tem que fazer o sangue passar pelo pulmão para cair no
coração esquerdo. Como foi aumentado a pressão dentro do tórax, tem-se uma
dificuldade muito grande de fazer o sangue sair de um lado do coração e ir para o
outro lado. Pode ser que o paciente não tenha uma hemodinâmica, um sistema
cardiovascular forte o suficiente para suportar esse aumento de carga da compressão
positiva pela ventilação mecânica, fazendo, então, um choque cardiogênico.
Outra causa de compressão mecânica e o pneumotórax hipertensivo.
Por algum motivo o paciente começa a acumular ar entre o pulmão e a caixa
torácica. Ex. sofreu um acidente que teve um furo na caixa torácica, por conta disso,
começa a entrar ar dentro da caixa torácica por esse furo, acumulando e
pressionando todas as estruturas ao lado dele. O pulmão começa a ser pressionado e
começa a pressionar o coração, tendo então todo o mecanismo do derrame de
pericárdio, ou seja, o coração não passa a ter um enchimento adequado, tendo um
volume de sangue muito pouco e, consequentemente, tem uma diminuição no DC.
Fisiopatologia:
- Diminuição do retorno venoso;
- Diminuição do enchimento das câmaras cardíacas.
Anotações:
Quando o coração não funciona adequadamente, ele diminui o retorno
venoso, porque o mecanismo fisiológico que era para acontecer (sangue sai do
coração, vai para o organismo e volta para o coração), não está acontecendo, devido
à falta de forca, não conseguindo perfundir o organismo inteiro. Como o retorno
venoso diminui, o coração não consegue manter o circuito funcionante, diminuindo o
enchimento das câmaras cardíacas, piorando a pós-carga, fazendo, então uma
hipotensão. (Choque).
Não é mais a falta de volume, e o coração não estar conseguindo mandar o
sangue para frente.
Sinais Clínicos:
1. Cardiopatia;
2. Hipotensão/vasoconstrição/oligúria;
3. Pressão venosa central elevada (distensão das veias do pescoço).
Anotações:
Quando o paciente entra em choque cardiogênico, o organismo faz uma
vasoconstrição importante, porque o organismo está tentando reverter esse
mecanismo, tentando aumentar a pressão lá dentro.
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Anotações:
O organismo pode fazer uma vasoconstrição tão importante que pode fazer
uma interrupção do fluxo sanguíneo para as células.
Vasoconstrição – palidez.
Diminuição do DC, consequentemente, tem a diminuição do debito urinário.
Se diminui a perda de liquido (retém liquido), aumenta a pressão venosa.
No choque hipovolêmico tem uma pressão venosa diminuída porque o sangue
n’ao consegue entrar.
O paciente com choque cardiogênico vai ter uma pressão venosa alta,
diferentemente do hipovolêmico que é baixa, porque o sangue começa a ficar
represado antes do coração (estase venosa).
Pressão venosa central (PVC) – pressão de enchimento de sangue no átrio
direito.
Anotações:
As drogas vão tentar melhorar a performance cardíaca para aumentar a
pressão arterial.
CHOQUE SÉPTICO
Etiologia: infecções graves;
Anotações:
É chamado também de distributivo e se diferencia do choque anafilático, pois
é causado por uma infecção, já o anafilático é causado por um agente alérgico.
A sepse, muitas vezes, é consequência de uma infecção hospitalar.
A infecção hospitalar é muito importante, porque quando o paciente pega, ele
vai ter uma outra doença associada, pois ele adquiriu a infecção no ambiente
hospitalar;
A infecção hospitalar costuma a ser multirresistente (não responde bem a
antibióticos).
Fisiopatologia:
1. Efeitos vasoativos das endotoxinas: diminuição da resistência vascular
periférica; aumento do retorno venoso; aumento do débito cardíaco; estado
hiperdinâmico.
2. Bloqueio celular da utilização de O2;
3. Perda de volume estado hipodinâmico.
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Anotações:
A sepse vai provocar efeitos vasoativos das endotoxinas.
Não é a bactéria que provoca a sepse. Quando ela está dentro do organismo,
ela começa a se proliferar e produzir as endotoxinas. Essas endotoxinas vão
desencadear uma cascata imunológica. Elas vão provocar uma diminuição da
resistência vascular periférica (o volume intravascular do corpo fica concentrado na
periferia) que, consequentemente, vai aumentar o retorno venoso, ou seja, a pré-
carga aumenta e, então, a pós-carga também aumenta que, por sua vez, aumenta o
débito cardíaco e o organismo entra em estado hiperdinâmico (coração está
bombeando exaustivamente para dar conta do metabolismo acelerado).
Se o organismo está hipermetabólico, tem-se um grande consumo de oxigênio
e nutrientes. Se está acontecendo esse aumento de consumo, chega uma hora que
acontece o desequilíbrio.
Obs.: 1. Vasodilatação periférica – diminuição da pressão na região.
2. A sepse não é o evento de choque, é uma infecção que está acontecendo.
Choque – incapacidade do sistema cardiovascular de manter um suprimento
adequado de oxigênio e nutrientes para as células e tecidos.
No choque hipovolêmico e no cardiogênico o débito cardíaco diminuí, ou por
pouco volume sanguíneo ou por uma ineficiência do bombeamento cardíaco
(desequilíbrio). Já na sepse ocorre esse mesmo princípio (choque), porém ao
contrário, porque está chegando muito sangue devido ao débito cardíaco que está
alto. Só que a célula está num estado hipermetabólico, consumindo muito nutriente e
oxigênio em relação ao que chega.
Toda vez que tem o choque séptico, tem associado a ele um estado de resposta
inflamatória sistêmica, o que provoca uma alteração da permeabilidade da célula,
acontecendo depois do estado hiperdinâmico, o estado hipodinâmico (perda de
volume vascular para o interstício).
Choque misto é quando tem uma gravidade muito grande que vai começar a
sobrepor características clínicas. Sepse está ocorrendo no paciente, num estado
hiperdinâmico, mas ao mesmo tempo ele vai perdendo líquido para o interstício. O
paciente tinha um quadro típico de sepse (hiperdinâmico), mas com um grande
problema, pois está perdendo volume que, consequentemente, vai diminuir o débito
cardíaco. Paciente começou com um quadro hiperdinâmico (mecanismo de gasto
energético está acontecendo), mas além disso, ele começa a ter a perda de líquido
para o interstício, então ele começa a ter características do choque hipovolêmico
associado ao quadro hiperdinâmico, caindo mais ainda a PA.
Obs.: A mortalidade do choque séptico é muito alta, pois é muito comum o paciente
que está no choque séptico entrar no choque misto (choque séptico com característica
de séptico mais hipovolêmico). Tratamento de forma mista: repor o volume + o
vasoconstritor.
O choque misto pode ter característica também de séptico + cardiogênico.
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Anotações:
Esse choque misto (séptico + cardiogênico) pode acontecer quando tem uma
sepse num paciente pós-infartado ou então quando o paciente infartou e adquiriu uma
sepse no centro cirúrgico.
Anotações:
A SIRS acontece também no choque anafilático. O que diferencia os dois é o
fator etiológico. No séptico é a bactéria, no anafilático é o agente alérgico.
Taquipnéia, taquicardia e alteração da temperatura é sinal de
hipermetabolismo.
O paciente começa a apresentar esses sinais, porque com o aumento do
metabolismo, aumenta a temperatura e, por isso, o organismo precisa a responder
para isso, batendo mais o coração (taquicardia). Mas não adianta só levar sangue,
tem que levar sangue oxigenado, então o organismo começa a respirar mais
(taquipnéia).
Sinal de alteração de perfusão: hipoxemia, lactacidemia, oligúria e alteração
do nível de consciência (perda de resposta orientada e elaborada (adequada) a um
estímulo dado).
Infecção evolui para bacteremia desenvolve a SIRS evolui para a
sepse pode evoluir para a sepse severa choque séptico.
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Anotações:
Choque anafilático – anafilaxia associada a uma hipotensão.
Anotações:
Quem causa com todo o processo são as endotoxinas bacterianas.
A resposta imunológica, a resposta inflamatória tem como objetivo combater
a infecção.
Incidência e Epidemiologia
1. Causa de morte mais importante nas UTIs
2. Aumento da população de idosos
3. Técnicas invasivas
4. Doenças debilitantes e imunossupressoras
5. Infecções hospitalares
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Obs.: 200 mil pessoas desenvolverão bacteremia; 40 mil desenvolverão choque séptico;
50% evolui com óbito.
Sinais clínicos: infecção ativa, febre, taquicardia, taquipnéia, PA baixa, vaso
dilatação cutânea, veias do pescoço normais.
Tratamento: tratamento da infecção (ou anafilaxia no caso do choque anafilático),
drogas vasoativas (para fazer vasoconstrição periférica e para controlar o coração),
reposição volêmica.
Anotações:
Coração trabalhando muito pode acontecer uma sobrecarga cardíaca,
podendo gerar uma lesão cardíaca. Taquicardia – suprimento menor de oxigênio
para o próprio músculo.
Sinais clínicos hemodinâmicos: frequência cardíaca (FC) e pressão arterial
(PA).
Quadro hemodinâmico alterado é o que vai limitar a nossa conduta, o nosso
atendimento.
CHOQUE NEUROGÊNICO
Etiologia: perda de controle autonômico.
- Lesões medulares;
- Anestesia regional
Fisiopatologia:
- diminuição do tônus venoso;
- diminuição da pressão venosa (porque o tônus venoso está diminuído,
vasodilatação);
- diminuição das pressões de enchimento do coração;
- diminuição do débito cardíaco.
Sinais clínicos: lesão neurológica, taquicardia/bradicardia, hipotensão,
vasodilatação.
Tratamento: mudança postural, vasoconstritores.
Resposta Neuro-endócrina
Descarga adrenégica;
Hormônios vaso-ativos;
Hormônios metabolicamente ativos;
Hormônios conservadores de volume;
Dilatação de arteríolas sistêmicas.
Resposta Celular
Alterações na função na membrana celular;
Rompimento do endotélio vascular.
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TROMBOEMBOLISMO PULMONAR E TROMBOSE VENOSA
PROFUNDA
Obs.: 1. O termo “Trombose Venosa Profusa” está em desuso. Existe uma nomenclatura
mais correta que é “Tromboembolismo Venoso”.
2. Trombo: é um coagulo
3. Trombose venosa: é um coágulo no sistema vascular, mais precisamente, nas
veias. A “profunda” quer dizer que são em veias mais profundas, de grande calibre.
Definição:
1) TVP- é a formação de um trombo nas grandes veias da perna no nível ou acima
do joelho (ex. Veias poplíteas, femoral e ilíaca).
2) TEP- é a impactação de um trombo no leito arterial pulmonar.
Obs.: 1. É mais comum ter trombose nos MMII, mas é possível ter em MMSS, só que é
mais raro.
2. A TVP pode virar uma TEP.
3. TVP e TEP se relacionam, pois o trombo se emboliza.
4. Trombo é diferente de êmbolo. O trombo fica aderido na parede, o êmbolo é
quando o trombo se solta e começa a circular na parede, dentro do vaso.
5. Quanto mais proximal é o sistema venoso, maior o calibre.
6. Veia femoral veia cava inferior átrio D ventrículo D artéria pulmonar
(irriga o pulmão).
7. A partir do momento que o trombo chega no coração, ele passa do sistema venoso
para o arterial. Quando chega no sistema arterial, o vaso diminui o calibre. A hora que
esse êmbolo encontra uma região de pouco calibre (vaso é menor do que o tamanho do
êmbolo), ele para nessa região, não permitindo que o sangue passe. Isso faz com que não
tenha mais troca gasosa, por isso o sangue não vai ser mais oxigenado adequadamente.
8. Se o coração tem uma resistência maior ao fluxo, ele precisa fazer mais força,
eventualmente, esse paciente não terá um problema só respiratório, só de oxigenação, mas
terá também um problema cardíaco.
9. O TEP é uma das maiores causas, dentro do ambiente hospitalar, de morte súbita.
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Importância do tema:
1) TVP afeta anualmente 2 milhões de americanos e é a 3ª doença cardiovascular
mais comum, atrás somente da IAM e AVE;
2) De 10 a 70% dos pacientes com TEP apresentam TVP. Em mais de 95% dos
casos, os êmbolos venosos originam-se de trombos venosos profundos da perna acima do
nível dos joelhos. Obs.: Ou seja, a femoral e a ilíaca são as mais graves;
3) 50-60% dos pacientes com TVP terão TEP;
4) TEP é responsável por cerca de 10 a 20% dos casos de morte hospitalar e 15%
das mortes em pós-operatório;
5) Estima-se que em torno de 75 a 90% das mortes ocorram nas primeiras horas;
6) Se não curada, 30% dos pacientes com TEP morrem, enquanto que quando
curados, 8% morrem.
Patogênese: A tríade de Virchow
Lesão Endotelial
Trombose
Estase ou turbulência
do fluxo sanguíneo Hipercoagulabilidade
Obs.: 1. Tudo começa com a TVP, ou seja, com a formação de um trombo/coagulo. Essa
trombose vai ocorrer quando tiver uma tríade, ou seja, 3 aspectos (Tríade de Virchow).
2. Para ter uma Tríade de Virchow primeiro tem que ter uma lesão endotelial
(processo inflamatório no vaso que leva a essa lesão). Essa lesão vai acontecer quando se
tem uma alteração de coagulabilidade, ou seja, uma hipercoagulabilidade associando os
dois, tem-se uma estase sanguínea (diminuição do fluxo. Fluxo lento, parado). Tendo
esses três fatores, tem-se a Tríade de Virchow, podendo ter um trombo.
3. Se anular um desses fatores, diminui o risco de trombose.
29
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
30
Apenas 30% dos pacientes hospitalizados e de risco para TVP recebem profilaxia
adequada.
É a principal causa do TEP;
Geralmente é assintomática;
Profilaxia farmacológica ou não farmacológica devem ser intituídas de rotina;
Obs: 1. Profilaxia são medidas tomadas no sentido de evitar que paciente desenvolva a
TVP;
2. Primeiramente tem que identificar os fatores de risco que o paciente pode ter,
para, então, graduá-lo de acordo com o risco (risco alto, moderado e baixo). Dependendo
de como é classificado, pode tomar medidas profiláticas.
3. Paciente de baixo risco: rotinas não farmacológicas atividades rotineiras. Esse
paciente é independente.
4. Paciente de risco moderado: profilaxia não farmacológica fisioterapia, por
exemplo. Orientações.
5. Paciente de alto risco: profilaxia não farmacológica (fisioterapia e orientações) e
farmacológica (anticoagulante).
6. Muitas vezes a TVP é assintomática, ou seja, o paciente já apresenta os sinais,
mas não apresenta sintomas.
Localização:
1) Vasos distais, porém podem se propagar para segmentos proximais;
Sinais e Sintomas:
1) Dor a palpação e dorsiflexão do pé (sinal de Homans);
2) Dor a compressão da panturrilha (sinal de Lowenberg);
3) Edema pela estase venosa;
4) Palidez e cianose do MI;
Além disso o paciente pode ter uma Síndrome compartimental (pelo edema): dor,
edema, cianose, petéquias hemorrágicas. Obs.: é muito grave, pois pode ter uma necrose;
31
Obs.: 1. Quando o paciente já tem TVP o fisioterapeuta não atua, apenas espera ele ser
medicado com anticoagulantes para desfazer o coágulo. A partir do momento que não
existe mais o coagulo, o fisioterapeuta pode atuar.
2. Quando o paciente apresenta sinais clínicos, o fisioterapeuta não faz mais a
profilaxia.
3. A TVP começa, geralmente, perto de válvula, porque nessa região tem um
fluxo mais turbulento e uma diminuição da velocidade do fluxo. Isso predispõe a uma
estase e consequentemente um coágulo.
Complicaçoes principais:
1) TEP;
2) Síndrome pós TVP (hipertensão venosa);
DIAGNÓSTICO
1. Sinais e Sintomas: dor intensa a mobilização e palpação; edema; sensação de
peso; impotência funcional; hipersensibilidade local; aumento da temperatura local;
circulação colateral venosa superficial;
32
4) TVP ilio-femoral (os sintomas estão subindo, porque o retorno venoso
começa, cada vez mais, ficar prejudicado);
5) Phlegmasia alba dolens;
6) Phelegmasia cerulea dolens;
7) Gangrena venosa;
Diagnóstico: Anamnese; exame físico; D- dímero; Doppler de MMII;
Diagnóstico diferencial:
1) Rotura muscular com hematoma;
2) Hemorragia espontânea ou hematoma;
3) Artrite, sinovite, miosite;
4) Erisipela, celulite, linfagite;
5) Linfedema;
6) Compressão venosa extrínseca;
7) Edema sistémico/ Gravidez;
Obs.: São todas afecções com sinais clínicos parecidos, mas não são TVP.
Normalmente o diagnóstico diferencial é com os exames.
Complicações:
1) Aguda: a. Embolia pulmonar;
b. Gangrena venosa
2) Tardia: Síndrome pós-trombótico;
Fatores de risco:
1) Adquiridos:
33
a) Idade;
b) Neoplasias;
c) História prévia de TEP;
d) Anticorpos antifosfolipídeos;
2) Transitórios:
a) Cirurgia recente;
b) Traumatismo;
c) Gravidez e puerpério;
d) Contracepção oral;
e) Substituição hormonal;
f) Imobilização prolongada;
3) Hereditária:
a) Episódio inexplicado de TVP;
b) Idade jovem;
c) História familiar positiva;
d) Carácter recorrente;
e) Localização atípica;
34
TROMOEMBOLIA PULMONAR (TEP)
Embolia Pulmonar
“Pequenos ou grande fragmentos do trombo vão-se libertando e são levados na
corrente sanguínea e conduzidos até aos vaos mais distais. Isto dá lugar ao um processo
frequente a que dei o nome de Embolia”.
Obs.: O TVP está numa veia de grande calibre que, quando emboliza, começa a caminhar
sempre por veias de calibre maior. Quando passa do sistema venoso para o arterial, faz o
caminho contrário, porque as artérias de grande calibre são mais proximais, como vai para
periferia, vai diminuindo o calibre, até que tem uma hora que ele para, porque a artéria é
menor do que o tamanho do trombo.
1. Trombótica
a) Origem embólica;
b) Oclusão trombótica em doente com hipertensão pulmonar;
Obs.: - Esse tipo de embolia está relacionado quando os pacientes fazem a oclusão e acaba
gerando uma hipertensão pulmonar.
- Uma artéria está vindo para irrigar o pulmão. Ela está vindo do sistema venoso
(então ela carrega ainda sangue venoso). Quando ela chega no pulmão, ela vai se
ramificando para poder conseguir perfundir e fazer a troca gasosa. Mas o êmbolo para
num dos ramos, então não tem mais fluxo sanguíneo na região a frente do embolo, só que
o retorno venoso ainda continua. Todo fluxo sanguíneo que era divido entre os dois ramos
começa a ir para um ramo (aquele que não foi obstruído pelo êmbolo). Os alvéolos que
estão na região à frente do êmbolo não vão conseguir ser irrigados adequadamente, não
tem troca gasosa, ou seja, perda a função.
Do ponto de vista respiratório isso vai ser um problema, justamente porque vai ter
uma oxigenação precária, isso pode ser grave para o paciente, pois não vai ter oxigênio o
suficiente para manter o metabolismo. Além do aspecto respiratório, tem o aspecto da
pressão pulmonar, porque o fluxo sanguíneo vai para o pulmão e vai irrigar o corpo
inteiro. Como esse fluxo não consegue chegar numa parte do pulmão, todo esse fluxo vai
para a parte sadia. Com isso, tem um aumento da pressão capilar (pressão com que o
sangue está chegando para o grupo de alvéolo), pois tem um aumento de líquido no capilar
da parte sadia (pois o outro está obstruído). Quando tem esse aumento da pressão, começa
35
a forças o líquido na parede do vaso, isso faz com que o plasma sanguíneo extravasa do
vaso e vai no interstício pulmonar e eventualmente vai provocar um edema pulmonar.
Toda essa situação dificulta a passagem do oxigênio pela membrana envolta do capilar.
Quando a unidade alvéolo capilar que estava sadia começa a sofrer com esse
aumento de pressão capilar ele começa a fazer um edema pulmonar. Esse edema
pulmonar vai dificultar a troca gasosa.
2. Não-Trombótica
a) Processo patológico- tumor, infecção;
b) Outros sistemas/orgãos- gordura, medula óssea, bilis, cérebro;
c) Material estranho/corpo estranho iatrogênica (não desejável) - cateteres,
talco, partes de valvas;
Obs.: Relação ventilação-perfusão – para ter oxigenação no sangue adequada precisa ter
uma unidade alveolar e um capilar funcionantes, ou seja, a quantidade de ar que chega no
alvéolo tem que ser similar a quantidade de sangue que passa pelo capilar troca gasosa.
36
Para que isso funcione adequadamente, precisa ter uma relação, ou seja, o ar que chega
tem que ser mais ou menos igual a perfusão.
- DC = 6l; Volume minuto (quanto de ar que ele respira durante 1 minuto. FRXVC)
= 6 litros/minuto. Uma pessoa normal tem uma relação de 1:1 (ideal). V/P(perfusão) =
6/6 = 1 = 100%. Tudo que está ventilando está sendo perfundido.
- O TEP desequilibra o sistema de relação ventilação-perfusão, porque ele provoca
uma dificuldade do fluxo sanguíneo, então não tem troca gasosa, então tem o que é
chamado de shunt, consequentemente tem uma hipoxemia nessa região.
- Hipóxia é diferente de hipoxemia. Hipoxemia é pouco oxigênio no sangue.
Hipóxia é pouco oxigênio no tecido.
- Quando se tem uma hipóxia, as células liberam mediadores químicos, fazendo
com que tenha uma broncoconstrição.
- Com isso o paciente começa a ter uma insuficiência respiratória. Aumenta o
trabalho respiratório. O diafragma fadiga;
- Depois que o alvéolo colaba, não tem troca gasosa, então faz uma atelectasia
(colapso alveolar). O sangue chegando até ele, por isso a oxigenação no sangue reduz
muito.
37
1. Aumento da resistência vascular pulmonar;
2. Alteração da ventilação-perfusão;
3. Alteração das trocas gasosas (causando uma hipoxemia);
4. Aumento da resistência da via aéreas;
5. Diminuição da complacência pulmonar (pulmão encharcado e destruição do
surfactante);
6. Enfarto pulmonar (falta de perfusão sanguínea naquela região);
38
1. Cor pulmonale agudo: dispneia, cianose, insuficiência VD, hipotensão;
2. Enfarto pulmonar: dor pleuritica, hemóptise;
3. Não específico: tosse, febre, mal estar;
4. “ A dispineia é o sintoma mais comum e a taquipneia o seinal mais frequente”
Quadro Clínico
Considerações iniciais
1. Característicamente variável, frequentemente atípico e enespecífico;
2. Algumas vezes, o TEP não se manifesta clinicamente, sendo achado de
necropsia;
3. Os achados dependem do tamanho do êmbolo e do estado cardiopulmonar
preexistente no paciente;
4. Nenhum sintoma isolado, sinal ou combinação de achados clínicos são
específicos de embolismo pulmonar;
Sinais e sintomas EB
1. Dispneia;
2. Hemoptises;
3. Dor pleuritica;
4. Taquicardia;
5. TVP;
Meios auxiliares
1. Gasimetria;
2. Rx;
3. ECG;
4. Scanning perfusão;
5. Angiografia pulmonar;
6. Pressão AP e VD;
39
4. A tríade clássica de dispnéia, dor torácica e hemoptise está presente;
Diagnóstico diferencial:
1. TEP moderado:
a. Peneumonia;
b. DPOC;
c. Atelectasia;
d. Derrame pleural;
e. Bronquiectasia;
f. Hiperventilação;
g. Ronquite aguda;
h. Dor muscular;
i. Pleurite aguda;
j. Pericardite;
k. Asma aguda;
l. Câncer pulmonar;
2. TEP grave:
a. IAM;
b. Peneumotórax;
c. Arritmias cardíacas;
d. Edema agudo de pulmão;
e. Choque séptico;
f. Tamponamento da aorta;
g. Dissecção da aorta;
h. Exacerbação da DPOC;
Diagnóstico
Como os achados clínicos de TEP são inespecíficos, torna-se necessária uma
investigação diagnóstica complementar, dde maior ou menor complecidade, segundo as
disponibilidades do local.
1. Suspeita clínica (cenário clínico e fatores de rico)
2. Radiografia de tórax;
3. Gasometriaarterial;
4. D- dímeros;
5. ECG e ecocardiograma;
40
6. Cintilografia ventilção!perfusão;
7. TC helicoidal;
8. Arteriografia pulmonar;
9. Avaliação de MMII;
Radiografia de tórax
1. Os achados são inespecíficos e o raio-x pode estar normal em 16 –34%
dos pacientes com TEP
2. Pode haver
a. Áreas de hipoperfusão
b. Elevação da hemicúpula diafragmática
c. Atelectasias
d. Derrame pleural
e. Área de configuração triangular com ápice voltado para o hilo é
sugestiva de infarto, embora seja pouco frequente.
f. Sinal de Westermark: atenuação da circulação pulmonar de
localização periférica, que é correspondente à área de oligoemia
por obstrução
Gasometria arterial:
1. Os principais achados são:
a. Hipoxemia;
b. Aumento da diferença alvéolo-arterial de O2;
c. Hipocapnia e alcalose respirátoria por hiperventilação;
Investigação EP
1. D-Dímeros (É um produto de degradação da fibrina com ligações
cruzadas. A ausência de D-dímero é forte evidência contrária à TEP.)
41
a. ELISA mais sensível
TRATAMENTO
1. Objetivos
a. Limitar extensão;
b. Evitar recorrência;
c. Evitar embolia pulmona;
d. Preservar função valvular;
42
•Percardite ou endocardite
•Insuficiência renal grave
•Insuficiência hepática grave
5. Fase tardia
a. Anticoagulantes orais: 3- 6 meses
b. Compressão elástica
PROFILAXIA
Durante a internação a profilaxia farmacológica deverá ser mantida enquanto
persistirem os fatores de riscos.
1. Após Alta: alto risoc, farmacológico3!4 semanas, baixo risco nãp
farmacológicos;
2. Profilaxia não farmacológica:
a. Meias elásticas, deambulação. Compressão pneumática;
PRECENÇÃO
1. A possibilidade de profilaxia da TVP é extremamente atrativa. Inicialmente
identificam-se os grupos de risco:
- Idade superior a 40 anos
- Cirurgia que dure mais do que 30 mins
- Imobilização prolongada
- Doença maligna
- Obesidade
- Varizes de membros inferiores
- Uso de estrógenos
- História pregressa de TVP/TEP
MÉTODOS DE PREVENÇÃO
1. Heparina (HNF) utilizada 2 horas antes da cirurgia, até a alta hospitalar.(12 –
12 horas)
43
2. HBPM, dose única (facilitando a administração), menos sangramento, eficácia
igual ou maior que a HNF.
44
ATEROSCLEROSE
(Nascimento AST; Oliveira APQD; Monteiro CPF; Prado FT; Mantovani GN;
Bitencourt MO)
DEFINIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
EVOLUÇÃO
SINTOMAS
O primeiro sintoma do estreitamento de uma artéria pode ser uma dor ou uma
cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as
necessidades daquela área. Por exemplo, durante um exercício, uma pessoa pode sentir
dor no peito (angina), devido à falta de oxigênio e nutrientes no coração ou, enquanto
46
caminha, podem aparecer cãibras nas pernas. Estes sintomas desenvolvem-se
gradualmente à medida que o ateroma aperta a artéria.
FATORES DE RISCO
Ter um familiar próximo que tenha desenvolvido aterosclerose numa idade ainda
jovem também aumenta o risco. Os homens têm um maior risco de sofrer desta doença
do que as mulheres, embora depois da menopausa o risco aumente nas mulheres e iguala-
se ao dos homens.
PREVENÇÃO/TRATAMENTO
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
47
indivíduo, de forma gradativa, não permitindo a formação de trombo e/ou êmbolo, o que
diminui o risco de doenças cardíacas. Porém em casos avançados em que já houve a
formação do trombo e/ou êmbolo a fisioterapia não age, pois a chance de agravar o caso
é grande.
48
HIPERTENSÃO
(Luana Lemos, Luana Maria, Luiza Camargo, Rodrigo Maia, Thiago Donizette,
Yago Porto)
O QUE É?
A hipertensão pode ser herança dos pais em 90% dos casos. Podendo estar
relacionada, como distúrbios de tireoide e em glândulas endocrinologias. Tendo também
outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, como: consumo de bebidas
alcoólicas, obesidade, consumo excessivo de sal.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS.
49
Em 2006 a prevalência na população urbana adulta brasileira variava entre 22,3%
a 43,9% dependendo da cidade em que o estudo foi conduzido. Entre os gêneros
apresentam 35,8% em homens e de 30% em mulheres, semelhantes a outros países.
FATORES DE RISCO:
Idade: na faixa etária acima dos 65 anos a prevalência de HAS é superior a
60%;
Gênero: a media global é semelhante, sendo que nos homens a prevalência é
maior ate os 50 anos e após a 5ª década esse quadro inverte;
Cor: a HAS é duas vezes mais prevalente em indivíduos de cor não branca.
Estudos brasileiros, por exemplo, apontam um predomínio de 130% de HAS em
mulheres negras sobre mulheres brancas;
Excesso de obesidade: este fator apresenta que o excesso de peso se associa
com a maior prevalência de HAS desde idades jovens;
Ingestão de sal: o sal é comumente associado ao HAS, entretanto a falta de
sódio tem efeito hipotensos;
Ingestão de álcool: em períodos prolongados pode aumentar a PA e a
mortalidade cardiovascular em geral.
FISIOPATOLOGIA
50
Achados clínicos e laboratoriais estão principalmente relacionados ao
acometimento de órgãos – alvo: coração, rins, cérebro, fundo de olho e artérias
periféricas.
TRATAMENTO
Princípios gerais.
51
- O tratamento deve ser iniciado com as menores doses efetivas preconizadas para
cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente e/ou associar-se a outro
hipotensor de classe farmacológica diferente (deve-se levar em conta que quanto maior
a dose, maiores são as probabilidades de surgirem efeitos indesejáveis).
1. Diuréticos
2. Inibidores adrenérgicos
3. Vasodilatadores diretos
4. Inibidores da enzima conversora da angiotensina
5. Antagonistas dos canais de cálcio
6. Antagonistas do receptor da angiotensina II
ESQUEMAS TERAPÊUTICOS
52
características individuais, nas doenças associadas, nas condições socioeconômicas e na
capacidade de o medicamento influir sobre a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares.A dose do medicamento como monoterapia deve ser ajustada até que se
consiga redução da pressão arterial a um nível considerado satisfatório para cada paciente
(em geral, inferior a 140/90 mmHg). O ajuste deve ser feito buscando-se a menor dose
eficaz, ou até que surjam efeitos indesejáveis.
ATUAÇÃO NA FISIOTERAPIA
53
DIABETES
(Aline, Rafaela, Mariana, Thais)
EPIDEMIOLOGIA:
10% da população possui D.M
12% da população mundial é obesa
30% da população mundial possui hipertensão
8% dos brasileiros possui D.M
48% dos brasileiros estão com sobrepeso
16% dos brasileiros são obesos
30% dos brasileiros possuem hipertensão
DIABETES DO TIPO I
Insulina dependente, ou diabetes juvenil. Ao nascimento, infância. Peso normal.
Deficiência grave de insulina.
DIABETES TIPO II
ATEROSCLEROSE
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NEFROPATIA
Pequenas artérias e capilares renais apresentam espessamentos. Essa alteração
permite maior filtração de proteínas, do que reabsorção.
NA RETINA
Reduz campo visual. Alterações vasculares provocam hemorragias retinianas.
NEUROPATIA DIABÉTICA
O PÉ DIABÉTICO
Afetam indivíduos diabéticos, tais como doença do coração, problemas renais e
cegueira, as complicações estão relacionadas a DM,
Representam a maior parte 40 a 70% das amputações.
Pode usar o laser se a diabete estiver controlada, tendo que usar calçado e meia
apropriada.
FISIOPATOLOGIA
Na maior parte dos pacientes, a neuropatia periférica desempenha um papel, pois
acarreta um pé insensível e deformado com um padrão de marcha anormal.
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Inspeção regular e exame do pé em risco.
Identificação do pé em risco.
Educação do paciente e família.
Calçados adequados.
Tratamento da patologia não ulcerativa.
1. INSPEÇÃO
Todos os pacientes devem ser examinados uma vez por ano, pacientes com fatores de
risco a cada 06 meses. A ausência do sintoma não quer dizer que ele esteja saudável, pode
apresentar uma neuropatia ou uma ulcera.
2. EDUCAÇÃO A FAMÍLIA
Inspeção todos os dias, levanta regularmente os pés, testar a temperatura da água que
não deve passar de 37º, evitar caminhar descalço, trocar meias diariamente, utilizar
hidratantes.
Descarga de peso: limitar o andar, evitar ficar em pé para não sobrecarregar as ulceras
e utilizar muletas.
Descarga mecânica: utilizar calçados adequados. Sandálias ortopédicas.
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VALVULOPATIA
(Allana Bruna; Beatriz Rodrigues; Emillin França; Ingrid Araujo; José Clair; Yanka Isabelli)
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
No Brasil, a doença valvar representa uma parcela das internações por doença
cardiovascular. A Febre Reumática (FR) é a principal etiologia das valvopatias no
território brasileiro, responsável por até 70% dos casos. Estudos realizados em algumas
capitais brasileiras estimaram a prevalência de cardite reumática entre 1 e 7 casos/1.000.
57
A valvopatia mitral reumática mais comum é a dupla disfunção não balanceada
(insuficiência e estenose em diferentes estágios de evolução) manifestada entre a 2ª e a 5ª
décadas de vida. A Insuficiência Mitral (IM) corresponde à lesão aguda, enquanto a
estenose, às lesões crônicas. O Prolapso da Valva Mitral (PVM), no Brasil, é a segunda
causa de Infarto do miocárdio.
MECANISMO DE LESÃO
Válvula Mitral
Valvulopatias aórticas
58
Na estenose aórtica, a válvula aórtica não consegue abrir-se corretamente, o
que provoca a hipertrofia do ventrículo esquerdo para que este possa expulsar, com maior
energia, o sangue para a aorta.
Valvulopatias tricúspides
Valvulopatias pulmonares
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SINAIS E SINTOMAS
Sopro cardíaco;
Fadiga;
Falta de fôlego;
Inchaço nos tornozelos, pés, pernas, abdômen e veias do pescoço;
Diminuição do orifício mitral;
Aumento da pressão do átrio esquerdo;
Dispneia, podendo vir acompanhada por tosse e sibilos
Edema agudo de pulmão
Embolia sistêmica
Arritmias e endocardite
TRATAMENTO
Os métodos cirúrgicos incluem a reparação de uma válvula lesionada quando não pode
ser efetuada através de um cateterismo cardíaco e a substituição de uma válvula lesionada por
uma prótese. Existem vários tipos de próteses valvulares: As próteses valvulares biológicas,
obtidas a partir de tecidos de porco, bovino ou do paciente.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA
Manobras de higiene brônquica (Vibro-compressão, drenagem postural torácica e tosse
assistida);
Alongamento da musculatura acessória da respiração;
Exercícios respiratórios e cinesioterapêuticos;
Orientações quanto a troca de postura;
Atividades aeróbicas (dentro do limite e da intensidade);
Promover deambulação;
60
Orientação de exercícios domiciliares;
Melhora da ventilação pulmonar;
Orientar o paciente sobre sua condição atual e ao uso correto de medicamentos, excesso
de atividade, alimentação entre outros.
61
SÍNDROME METABÓLICA
(Bruna Araujo, Juliana Dias, Mayara Itano, Rodrigo Rodrigues, Thyciane França,
Victória Capucho)
DEFINIÇÃO
A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de anormalidades
fisiopatológicas, tais como, a obesidade visceral ou central, dislipidemia, a
hiperinsulinemia, alteração na glicemia ou diabetes tipo II, hipertensão arterial, a
resistência à insulina e está fortemente associada a doenças cardiovasculares.
EPIDEMIOLOGIA
Há carências de dados sobre as características epidemiológicas na população
brasileira e estima-se que de 20 a 25% da população mundial tem síndrome metabólica.
Essa mesma porcentagem de pessoas têm duas vezes mais chances de morrer e três vezes
mais chances de ter um ataque cardíaco ou um AVC em relação aquelas que não possuem
a síndrome. Há também, um predomínio maior no sexo masculino. Segundo as pesquisas
um em cada cinco adultos nos EUA tem SM, ela ocorre com mais frequência entre os
africanos, hispânicos, asiáticos e americanos natos. Porém os EUA têm dados que
mostram que cerca de um terço da população adulta americana apresenta essa síndrome.
Mas também há índices de que a população brasileira está alcançando a população
americana em relação a obesidade e também a SM.
FISIOPATOLOGIA/MECANISMO DE LESÃO
A obesidade central ou visceral é o principal aspecto fisiopatológico. Esse tipo de
obesidade é caracterizado pela distribuição da gordura corporal na região abdominal e se
relaciona diretamente a alterações metabólicas e hemodinâmicas como:
hipersensibilidade aos glicocorticoides, hiperinsulinemia (o que, ao longo prazo, leva a
resistência à insulina e diabetes mellitus tipo II), aumento da secreção da angiotensina
que pode aumentar o risco de hipertensão, aumento da secreção de interleucina-6 (citocina
inflamatória), aumento de triglicerídeos em que pode comprometer a viscosidade
sanguínea, aumentando o risco cardiovascular e redução do colesterol HDL.
62
O aumento da hipersensibilidade do tecido adiposo aos glicocorticóides está
associada à maior capacidade de vasoconstrição arterial e, consequentemente, à
hipertensão arterial em pacientes com resistência à insulina, obesidade e síndrome
metabólica.
O aumento de glicocorticoides promove uma maior liberação de glicose das
células pancreáticas e outros tecidos como fígado e músculos para o sangue, entrando
num estado de hiperglicemia e resistência dos tecidos à insulina. Uma hiperglicemia a
longo prazo, estimula o aumento da secreção de insulina, induzindo uma
hiperinsulinemia, que, associada à hipersecreção de glicocorticoides do tecido adiposo
visceral, inibem a secreção de insulina, contribuindo para a resistência a esse hormônio.
Com acúmulo de gordura visceral, há um aumento da lipólise e síntese de
triglicerídeos (TG) a partir da glicose. Além disso, também há um aumento da secreção
hepática de TG para o sangue, aumentando os níveis séricos e diminuindo a secreção
hepática de HDL, promovendo, assim, uma alteração da viscosidade sanguínea, que
contribui para a agregação de plaquetas, aumentando o risco de trombose. O excesso de
TG, também, estimula a secreção de VLDL e LDL, que por serem oxidadas e fagocitadas
pelos macrófagos da parede arterial, formam depósitos citoplasmáticos de gordura, dando
origem às lesões ou estrias gordurosas até a formação de placas de gordura
(aterosclerose), o que diminui o calibre dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão
arterial. Além disso, outros fatores para a instalação da hipertensão é o aumento da
angiotensina e, consequentemente, a retenção de sódio.
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas da síndrome metabólica são: hipertensão arterial, diabetes ou
glicemia alterada, obesidade central, colesterol LDL e VLDL altos, colesterol HDL baixo.
TRATAMENTO
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O tratamento é feito com uma equipe multidisciplinar. Há dois tipos, o
medicamentoso para controle das particularidades de cada sinal e sintoma, prevenindo o
agravamento metabólico e o não medicamentoso que envolvem mudanças de hábitos de
vida como praticar exercícios físicos, ter uma boa alimentação, evitar fumar e ingerir
bebidas alcoólicas.
64
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
(Moura BS; Begio EC; Orioli MM; Souza SCFT; Santos YM)
DEFINIÇÃO
O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica que caracteriza uma
emergência médica, determinada pelo acúmulo anormal de fluidos no compartimento
extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório,
diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação-perfusão.
A distinção entre os dois tipos de EAP nem sempre é possível, pois a síndrome
clínica pode apresentar combinação de vários fatores.
ETIOLOGIA
65
EAP Cardiogênico
EAP Não-Cardiogênico
Transplantes de órgãos;
Lesão encefálica: traumatismo craniano, lesão por hipóxia;
Síndrome do desconforto respiratório (SDRA): os alvéolos estão cheios de água,
dificultando a respiração;
Infecção pulmonar por vírus ou parasitas: falta de ar, catarro e febre
Síndrome necrótica (aumento de proteínas na urina, e sintomas como inchaço
abdominal);
Afogamento.
66
FISIOPATOLOGIA/MECANISMO DE LESÃO
Equação de Starling
As paredes dos capilares são fixadas por meio de fibras colágenas nos septos
interalveolares, assim, durante a inspiração, as paredes capilares são tracionadas em
direções centrífugas, originando pressão negativa em seu interior. Por outro lado, durante
a expiração, com o relaxamento das paredes capilares, a pressão em seu interior torna-se
positiva por causa da retração elástica das paredes capilares e da contração dos pericitos
capilares.
EXAME FÍSICO
Taquipneia;
Sibilos (crepitantes) inspiratórios – sinal clínico mais encontrado;
Musculatura compensatória na respiração;
Aumento da pressão arterial sistêmica;
Extremidades cianóticas;
67
Sudorese fria;
Estertores, quando há secreção nas vias condutoras e local de troca gasosa.
EXAME COMPLEMENTARES
Radiografia de tórax;
Eletrocardiograma: identificação de possível causa isquêmica;
Gasometria arterial: as alterações variam de acordo com o estágio evolutivo do
paciente;
Ecocardiograma: um dos métodos mais úteis para identificar a causa do EAP.
SINAIS CLÍNICOS
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
O tratamento do edema agudo de pulmão consiste de três etapas sobrepostas. Na
primeira etapa, o objetivo é manter as funções respiratórias dentro de limites que
permitam a manutenção da vida. Na segunda etapa, o objetivo é a redução da pressão
hidrostática capilar pulmonar e a consequente redução do ultrafiltrado para o interstício
pulmonar, de forma farmacológica ou não. Por último, na terceira etapa, o objetivo é tratar
a causa ou eliminar o fator de descompensação da cardiopatia de base.
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O tratamento de suporte consiste, basicamente, em melhorar a oxigenação
sanguínea e reduzir o trabalho respiratório do paciente. A oxigenação adequada do sangue
tem por objetivo o transporte necessário de O2 aos tecidos, com conseqüente
metabolismo aeróbico e produção eficaz de energia. Evita-se, dessa forma, a produção
final de lactato pela via glicolítica anaeróbica. A oxigenação pode ser implementada pelo
aumento da fração de inspiração de oxigênio por meio de cateteres de oxigênio (fração
inspiratória de oxigênio ou FiO2 máxima = 40%), máscaras faciais (FiO2 máxima =
60%), máscaras de Venturi (FiO2 máxima = 50% ), máscaras de alto fluxo com
reservatório e válvula unidirecional para o fluxo (FiO2 máxima = 98% a 100%) e, por
último, máscara com suporte não-invasivo de ventilação, seja com pressão positiva
contínua em vias aéreas (CPAP) ou com dois níveis de pressão, ambos com FiO máxima
= 100%.
O paciente deve ser posicionado sentado e, sempre que possível, com os membros
inferiores pendentes, reduzindo, assim, o retorno venoso e a pressão hidrostática capilar
pulmonar. A monitorização contínua dos batimentos cardíacos, pressão não-invasiva
automática, oximetria de pulso e obtenção de acesso venoso são medidas úteis e, portanto,
recomendadas. Oxigênio deve ser oferecido com frações inspiratórias maiores que 60%,
com o objetivo de manter a saturação periférica de oxigênio acima de 90%.
69
Existem vários esquemas terapêuticos no tratamento do edema pulmonar. Segundo
as diretrizes do “Advanced Cardiac Life Support” da American Heart Association, a
primeira linha de drogas usadas no tratamento do edema agudo de pulmão é constituída
por diuréticos, nitratos e morfina, além disso podem ser administrados vasodilatadores
venosos.
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SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
71
3. Progressão da placa aterosclerótica – Não é o trombo que desgruda mais.
Tem um aumento da placa e há o rompimento dela, obstruindo o vaso;
4. Desequilíbrio entre oferta/consumo de O2 – O coração pode até estar
funcionando bem, porém tem um metabolismo tão alto, um batimento cardíaco tão alto
que o consumo de O2 é muito maior do que a capacidade de ofertar. Pode ser por uma
Valvulopatia, por exemplo.
Obs.: O final de todas essas causas é a isquemia da célula miocárdica. A célula não
consegue receber oxigênio o suficiente para continuar fazendo aerobiose, então ela
começa a fazer anaerobiose, perdendo a sua função, consequentemente, morre, tendo,
então uma necrose tecidual.
Fatores de Risco:
1. Idade;
2. Sexo (mais incidente em homens);
3. Uso de contraceptivo oral;
4. Períodos prolongados de tensão, frustração e hostilidade (estresse). Obs.: O
estresse é uma resposta de defesa. Se tem essa tensão por um tempo prolongado, o
organismo fica o tempo inteiro sob tensão, ou seja, o sistema cardiovascular está o tempo
inteiro trabalhando (sobrecarga cardíaca muito grande) o que provoca alterações que
podem levar a um evento cardiovascular;
5. Sedentarismo/falta de atividade física;
6. Obesidade;
7. Tabagismo;
8. Níveis séricos elevados de colesterol e triglicérides;
9. Diabetes;
10. Hipertensão arterial.
Fisiopatologia:
- Coronária com uma placa de ateroma sendo formada, o que diminui a luz dessa
artéria, consequentemente tem-se uma dificuldade ao fluxo sanguíneo;
- Anatomia - Temos três artérias principais: artéria coronária direita (ACD), artéria
coronária esquerda (ACE), artéria descendente anterior (ADA). Obs.: são essas
artérias que sofrem obstrução, principalmente.
- Trombo ou placa de ateroma provoca a obstrução do fluxo. Quando ocorre a
obstrução do fluxo, a produção de ATP e pH cai, tendo como consequência o sofrimento
72
celular (a célula não faz mais aerobiose e começa a fazer anaerobiose, tendo como
resultado a produção de ácido lático). Com a produção de ácido lático o pH cai, tendo um
ambiente ácido. Quando tem a lesão celular, tem a liberação de radicais livres (agressores
de tecido) e consequentemente, a necrose. Quando ocorre a necrose, tem a liberação de
marcadores importantes: CKMB e a troponina. Esses marcadores são indicadores de lesão
de tecido muscular. Quando tem essa lesão, tem marcadores na corrente sanguínea, a
migração de células inflamatórias para a região (liberação de histamina, oxido nitroso e
prostaglandinas (provocam inflamação e a dor precordial)) e liberação de potássio na
corrente sanguínea, aumentando a concentração dele no sangue, provocando uma arritmia
cardíaca, uma fibrilação ventricular, não conseguindo bombear adequadamente o sangue,
o que diminui o débito cardíaco e, consequentemente, a diminuição da PA entrando em
choque (cardiogênico).
Necrose tecidual. Nessa região não gera o potencial de ação, então não produz mais
os vetores do eletrocardiograma, pois a célula não consegue nem de despolarizar e nem
repolarizar. Logo se ela não tem mais o tecido, pois está substituído por tecido cicatricial,
essa região não tem mais contração, o que diminui a performance cardíaca.
Todos os sintomas acontecem por conta das alterações no tecido.
Como não tem mais a despolarização e a repolarização, terá uma alteração do eletro.
Todo esse mecanismo de lesão vai alterar a contratilidade do coração, entrando
numa hipocinesia (pouco movimento). Com essa diminuição de contração, tem a
diminuição do débito cardíaco, consequentemente, o paciente vai ter um quadro clínico
muito característico. Ele vai ter uma dificuldade importante a qualquer tipo de atividade
física, porque o coração não tem mais a capacidade de acompanhar a demanda do
organismo.
Diagnóstico: história típica de dor precordial (dor no peito que irradia para membro
superior esquerdo).
Característica da dor: dor precordial, retroesternal (atrás do esterno) que pode
irradiar para o pescoço, mas é muito mais comum irradiar para membro superior
esquerdo.
Lesão tecidual é diferente de necrose. Na lesão tecidual tem células mortas junto
com células que estão funcionando adequadamente.
Através do eletro, consegue identificar qual é a gravidade do caso (mas não só
pelo eletro).
73
A dor precordial pode estar presente na angina e no infarto.
A diferença de infarto e angina é que a angina seria prévia (antes do infarto), é um
evento onde se tem uma área de isquemia muito grande, mas não tem necessariamente a
lesão e a necrose. Já o infarto é quando não tem fluxo sanguíneo para o tecido.
Fases do infarto: aguda (acabou de ter o infarto), subaguda (depois do evento),
crônica (fase mais tardia). Cada momento da evolução do infarto, o paciente vai
apresentar um padrão eletrográfico diferente.
ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS
ECG Normal
Elevação de ST
Inversão da onda T
Onda Q importante
Apical e ântero-
Anterior V1-4 DA
septal média
V7-8 e infra de ST
Posterior Posterior e/ou lateral CX ou CD
na parede anterior
Posterior e lateral do
VD DV3-5, V1 CD
VD
ANGINA ESTÁVEL
O início pode ser súbito ou desencadeado por esforço ou ainda emoção, sendo o
tipo mais descrito – aperto, peso, pressão ou queimação.
A localização habitual é retroesternal ou precordial abrange todo o precódio.
Intensidade variável
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Irradiação para a mandíbula, pescoço e face interna do MSE;
Angina estável – quando tem uma isquemia, mas não chegou a ter o infarto e não
tem a lesão. O paciente pode apresentar dor, normalmente essa dor pode ser confundida
com outros sintomas. Pode ter um início súbito ou desencadeado por esforço ou ainda por
emoção. Aperto, peso, pressão ou queimação do tórax.
É desencadeada ou agravada por situações de sobrecarga física ou emoção intensa;
Dura de 2 a 10 minutos;
Alivia com o repouso ou uso de nitratos
Com frequência é acompanhada de sintomas decorrentes do estímulo do SNA –
correlaciona-se com maior gravidade do quadro.
O exame físico habitualmente é normal, mas deve ser minucioso para afastar
outras doenças.
O exame realizado na hora da dor pode mostrar alguns sinais como: sopro de
insuficiência mitral e congestão pulmonar.
A angina estável é classificada em: I (o paciente tem uma obstrução parcial, mas
não chega a ter desconforto durante a atividade física), II (começa a ter uma limitação
discreta a AVD), III (tem uma limitação importante a AVD) ou IV (tem incapacidade de
fazer qualquer coisa sem apresentar um desconforto).
ANGINA INSTÁVEL
Ocupa espaço importante entre angina estável e infarto agudo do miocárdio;
Pode ocorrer por diminuição da luz do vaso decorrente: fissura da placa, trombo
ou alterações da vasomotricidade.
Angina instável – tem-se, normalmente, um risco maior do rompimento da placa
de ateroma. Pode ter uma lesão associada e pode ter infarto.
Obs.: Na angina não tem a liberação de marcadores, porque a lesão ainda é muito
pequena, não tem uma quantidade grande de células em sofrimento.
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Angina instável – é quando tem a lesão, fissura da placa, trombo ou alguma
alteração vasomotora. Instável quer dizer que é muito mais próxima de um IAM, é um
paciente que vai ter uma perfusão cardíaca muito prejudicada.
A angina instável é classificada em I (está relacionada principalmente com os
sintomas. Acontece de forma intermitente do que a estável e acentua em termos de
intensidade, pois a limitação ao fluxo é muito maior, então a chance de aparecer o sintoma
é muito mais recorrente. Aparece quando tem uma atividade intensa), II (tem um ou mais
episódios em repouso nos últimos 30 a dias) ou III (angina em repouso, não precisa ter
nenhuma atividade física para ter os sintomas. Tem um ou mais episódios nas últimas 48
horas).
Exame físico – normal. Pode no momento da dor mostrar alterações de bulhas
(3ª e 4ª), sopro holossistólico mitral; Sinais de baixo débito (hipotensão, hipofonese de
bulhas.
MEDIDAS INICIAIS
Obtenção dos sinais vitais: PA, frequência cardíaca e exame físico;
Oxigênio por cateter ou máscara;
Obtenção do acesso venoso;
Monitorização do ritmo cardíaco e da saturação de oxigênio não invasiva;
Administração de 200mg de aspirina via oral;
Nitrato sublingual 5 mg;
ECG;
Administração endovenosa de morfina quando a dor é muito intensa e não
melhora com nitrato.
Obs.: A pressão e a frequência cardíaca vão estar alteradas no paciente com angina,
porque ele pode vir a ter uma queda importante na PA por conta da obstrução e diminuição
do trabalho cardíaco e normalmente ele vai apresentar uma frequência cardíaca elevada.
Esse paciente vai precisar de oxigênio
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drogas de medicação, para um efeito mais rápido. Esse paciente vai ter que ser
monitorizado (ritmo cardíaco e saturação de oxigênio). Esse paciente vai tomar aspirina,
AAS como efeito analgésico e para diminuir o fator de coabilidade. Administração de
nitrato, pois é um vasodilatador.
De maneira geral, nesse paciente numa fase aguda, tem que promover a
vasodilatação e, eventualmente, fazer uma reperfusão (cateterismo – exame onde o
médico coloca uma sonda pela femoral, conseguindo observar o grau de obstrução nas
coronárias. Nesse exame pode ter a insuflação de um balonete, expandindo a região,
garantindo, então, um aumento da luz, tendo a reperfusão). Se não é possível realizar o
cateterismo por causa do grau muito alto de obstrução, é feito a angioplastia (ponte de
safena).
As reperfusões são: cateterismo e angioplastia.
Na evolução da síndrome coronariana para uma forma mais crônica, o organismo
faz uma angiogênese na região, ou seja, vascularização colateral. Com a dificuldade de
fluxo em uma região, o organismo começa a desenvolver outras artérias em outras regiões
para dar conta do ‘serviço’.
Tratamento farmacológico: Antiplaquetários (por conta dos eventos
tromboembólicos que estão associados), nitrato - antisquemicos (reduz a pré e a pós carga,
diminui o consumo de oxigênio e faz vasodilatação arterial, diminuindo o espasmo
coronariano. Além disso ele inibe a formação de trombo).
Para nós o que é importante é, principalmente, os pacientes pós-angioplastia,
porque é um paciente que vai ser atendido no ambiente hospitalar. Os pacientes que estão
com apenas o uso de medicamentos, são pacientes ambulatoriais.
Sinais clínicos do paciente pós-angioplastia – dor torácica (por causa da
manipulação cirurgia, do corte no esterno e não por causa da lesão. A dor precordial já
não existe mais). Por conta dessa dor torácica, é muito comum ter alterações respiratórias
como, diminuição no volume pulmonar, porque ele vai mobilizar menos a caixa torácica,
justamente, por causa da dor, ou seja, ele vai ter uma respiração superficial. Quando ele
faz isso, a tendência desse paciente é de fazer atelectasia (sinal de má ventilação
pulmonar). Além disso, no pós-operatório imediato esse paciente vai ter uma
dificuldade/limitação da AVD. Nosso papel é devolver toda a funcionalidade para o
paciente, tirando ele o mais rápido do leito para buscar as AVD.
78
Tem que tomar muito cuidado com a parte hemodinâmica, na hora de propor um
tratamento, pois ele pode apresentar uma hipotensão e fazer um choque cardiogênico.
Complicações da síndrome coronariana agua: O paciente pode fazer um edema
agudo de pulmão, pode, também, evoluir para uma insuficiência respiratória congestiva,
pode fazer arritmias (fibrilação), taquicardia (tentativa do coração de compensar o que
perdeu de força), pode também fazer o bloqueio atrioventricular.
79
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
CONCEITO
Obs: - O coração já apresenta alguma lesão estabelecida, seja ela de qualquer tipo de
causa, que vai ser incapaz de bombear o sangue adequadamente;
- Precisa de uma pressão elevada de enchimento, ou seja, uma pos-carga para
consequentemente aumentar a pré-carga, para ter o bombeamento adequado de sangue;
- Em alguns casos a ICC é tão evoluída que o indivíduo não consegue praticar
exercícios e até mesmo tomar banho torna-se difícil;
- ICC é uma doença cardíaca de caráter crônico, pode ser controlada, mas não tem
como curar;
- No individuo normal, seria fisiológico que ao praticar alguma atividade física,
ocorra aumento do debito cardíaco (DC = FC x VS), uma vez que aumentou a demanda,
e aumentou o retorno venoso. Na ICC esse sangue venoso não consegue ser bombeado, e
o sangue que esta chegando começa a ficar represado antes do coração.
EPIDEMIOLOGIA
O maior problema de saúde dos EUA. Em torno de 5 milhões de pessoas tem
ICC
500.000 novos casos a cada ano
300.000 pessoas morrem por ano devido a ICC ou devido a contribuição dessa
patologia
6% a 10% das pessoas com 65 anos ou mais possuem ICC
INTRODUÇÃO
Aumento da incidência de IC no Brasil e no mundo - problema de saúde
pública;
Prevalência: 2,9% da população;
80
SUS: 339.770 internações com 26.000 óbitos (2004) - custo > R$ 200 milhões;
Principal causa de internação em > 60 anos – prevalência 7,5%;
Desafio: prevenção (HAS, DM, Tabagismo, Obesidade e IAM)
Obs: - Incidência de ICC é um problema de saúde publica uma vez que esse paciente vai
descompensar e sempre vai precisar estar internado, gerando custo elevadíssimo.
- Patologias: HAS, DM, Tabagismo, Obesidade e IAM que em decorrência desses
fatores de risco e condições, o paciente vai desenvolver uma ICC.
EPIDEMIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS
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Obs: - O paciente tem uma sobrecarga hídrica, uma vez que ele não tem um volume de
ejeção adequado mais, e acumula o liquido do corpo nos vasos que estão antes do coração,
aumentando a pressão do vaso, que começa a extravasar liquido do vaso e acumular no
interstício.
- Geralmente o paciente de ICC tem um edema importante (sobrecarga hídrica), o
paciente que comer muito sal pode descompensar a ICC, uma vez que acumula todo
liquido, vai ocasionar dispneia e estertor crepitante (liquido dentro do alvéolo).
7,41
6,97 22,1
25,8
32,6
ORIGEM DA ICC
Problemas primários – miocardiopatias isquêmicas
Aterosclerose
Cardiopatia valvar
HAS
Eventos agudos
CAUSAS PRECIPITANTES
Anemia;
Arritmias;
Miocardites;
Endocardite infecciosa;
82
Excessos físicos, dietéticos, líquidos, ambientais e emocionais;
HAS;
IAM;
Embolia Pulmonar.
Disfunção ventricular
Hipoperfusão tecidual
Crescimento Remodelação
Necrose
Obs: - Começa sempre com uma disfunção ventricular, coração não funciona de forma
adequada, não bombeia de forma eficiente;
- Provocando uma hipoperfusão tecidual no organismo, que vai fazer uma ativação
neuro humoral (mecanismo para compensar essa insuficiência);
- Assim o coração pode hipertrofiar; coração não vai ter força suficiente para vencer
essa insuficiência;
- O coração começa a passar por uma remodelação (Ex: aumentar nº de fibras
cardíacas/ parede expressa), que vai trazer mais consequências ruins para o paciente, uma
vez que deveria aumentar o DC;
- Com isso tem dificuldade de manter um fluxo sanguíneo para esse tecido (músculo
cardíaco), provocando uma isquemia que pode evoluir para uma necrose, em todo esse
mecanismo que esta ocorrendo, e em seguida morte celular.
- A alteração cardíaca ocorre a todo momento, e é um ciclo, a única coisa que
poderia melhorar é um transplante de coração.
83
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Obs.: - Vai perceber que a estase jugular (aumento no tamanho) e também uma
hepatomegalia (crescimento do fígado) por que o retorno venoso inadequado, fígado fica
cheio de sangue.
- ICD secundaria a ICE uma vez que o pulmão esta edemaciado, e o coração
direito precisar fazer muita força para que o sangue passe pelo pulmão (edema por conta
de ICC).
84
6. Insuficiência Cardíaca de baixo débito
A mais comum.
No início a diminuição do débito pode ocorrer somente no exercício.
Obs: - IC Alto debito ocorre porque a demanda esta muito maior que a capacidade do
coração de bombeamento do coração.
- Hipertireoidismo é o aumento da tireoide que provoca um aumento metabólico
grande, podendo desencadear IC de alto debito.
85
A ejeção é normal, porém, as custas de uma elevada pressão de enchimento
ventricular
Ex. Isquemia, Hipertensão arterial, Doenças infiltrativas miocárdicas.
Vasodilatação
Vasoconstrição
Excreção de sódio e água
Retenção de sódio e água
CLASSIFICAÇÃO
Estágio da IC Estágio da IC Exemplos
Pacientes com alto risco de desenvolver
HAS, DAC, DM, FR, uso de
A - Paciente de alto IC pela presença de condições clínicas
drogas e álcool, história de
risco para IC associadas ao desenvolvimento dessa
miocardiopatia familiar
enfermidade
Pacientes que já desenvolveram
B - Disfunção cardiopatia estrutural sabidamente HVE, valvopatia, IAM prévio,
assintomática associada a IC, mas que nunca exibiram disfunção sitólica do VE
sinais ou sintomas de IC
Pacientes com sintomas prévios ou
Dispnéia ou fadiga por disfunção
C - IC sintomática presentes de IC associados com
ventricular esquerda sistólica
cardiopatia estrutural subjacente
Pacientes com cardiopatia estrutural e
sintomas acentuados de IC em repouso, Pacientes com IC refratária ao
D - IC refratária
apesar da terapia clínica máxima, e que tratamento clínico
requerem intervenções especializadas
CLASSIFICAÇÃO
86
VISÃO INOTRÓPICA
↑ Trabalho cardíaco
↑ Estresse de parede
Alongamento das células
Hipertrofia e/ou dilatação
Caracterizada por:
↑ tamanho e massa cardíacos
↑ Síntese de proteínas
Indução do programa genético fetal
Proteínas anormais
Fibrose
Vasculatura inadequada
VISÃO INOTRÓPICA
Tônus simpático:
- Aumento da freq. Cardíaca
- Estímulo da secreção de renina
- Down-regulation de receptores beta-adrenérgicos
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- Aumento da endotelina-1 (vasoconstrictor e estimula hipertrofia dos
cardiomiócitos)
- Sist. Renina Angiotensina tissular, age na remodelação ventricular
- Aumenta a ação da ECA Degrada bradicinina
IC esquerda e direita
Sintomas
anterógrados
Sintomas
retrógrados
IC Esquerda:
- Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia, insônia e ansiedade;
- Cardiomegalia, taquicardia, Pulso alternante, arritmias, baixa reserva;
- Dispnéia, ortopnéia,Dispnéia paroxística noturna, Respiração de Cheyne–
Stokes, Edema agudo;
- Oligúria, Nictúria;
- Fadiga, astenia.
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IC Direita
- Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia,insônia e ansiedade;
- Cardiomegalia, taquicardia,Pulso alternante, arritmias,baixa reserva;
- Derrames Cavitários,Edema em MMII,Cianose;
- Estase jugular, Hepatomegalia, dor, pulsátil e esplenomegalia (Refluxo
hepatojugular);
89
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
DISFUNÇÃO VENTRICULAR
90
Arritmias complexas (TV ou FV) e/ou síncope.
Níveis elevados de BNP
Débito cardíaco reduzido
Hiponatremia (Na < 132mEq)
CAUSAS DE DESCOMPENSAÇÃO
FARMACOLOGIA DA ICC
Reduzir a progressão
Melhorar os sintomas
Melhorar a qualidade de vida
Reduzir a mortalidade
Prevenir a morte súbita
Reduzir o remodelamento miocárdico
FATORES PRECIPITANTES DA IC
91
Gravidez
Obesidade
Identificar etiologia.
Eliminação/correção de fatores agravantes.
Modificações no estilo de vida: dieta, ingestão de álcool, atividade física,
atividade sexual, atividades laborativas, vacinação: gripe e pneumonia.
92
93
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
ANAMNESE
Conjunto de informações do paciente ou dos que o cercam.
OBJETIVO
CABEÇALHO
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
QUEIXA PRINCIPAL
o Deve ser colhida com o paciente ou com o acompanhante.
o Deve ser colhida no dia da avaliação fisioterapêutica.
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HMA)
o Deve ser colhida com o paciente ou com o acompanhante.
o Deve ser complementada pelo prontuário.
o O aluno de fisioterapia deve desenvolver um texto próprio com as
informações colhidas; Não deve copiar os dados do prontuário.
94
o Deve ser composta pelo relato dos primeiros sinais e sintomas, passando
pelo processo de internação até o dia anterior a avaliação fisioterapêutica.
HISTÓRIA PREGRESSA
o História da patologia, que foi motivo de internação, e de outras internações
relacionados á ela.
ANTECEDENTES PESSOAIS
o Outras doenças relacionadas ou não ao motivo de internação, doenças da
infância, outras internações.
o Hábitos e vícios: atividade física, tabagismo, consumo de álcool
(quantificar e tempo)
AVALIAÇÃO GERAL
ESTADO GERAL
o BEG (bom estado geral) / REG (regular estado geral) / MEG (médio estado
geral)
ESTADO NEUROLÓGICO
o Resposta ao estimulo (Tátil, Doloroso, Verbal)
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
o Consciente, sonolento, torporoso, inconsciente, sedado.
o Contactuante, não contactuante, confuso.
o Colaborativo, pouco colaborativo, não colaborativo.
o Orientado, não orientado.
o Comunicativo, pouco comunicativo, não comunicativo.
95
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Glasgow
Ramsay
96
o Pele e anexos: (localizar)
Presença de cianose, palidez, icterícia
Presença de edemas, ressecamento, hematomas.
Presença de unha de relógio, baqueteamento digital, hipertrofia das
unhas.
97
o Acessos Venosos
98
o Ostomias:
Gastrostomia_GTT
Colostomia
Traqueostomia_TQT
99
o Drenos:
Dreno de tórax
Dreno portovac
100
SINAIS VITAIS
TEMPERATURA
Quantidade de calor de um corpo em equilíbrio, entre calor produzido ou adquirido e
a quantidade perdida. Em indivíduos homeotérmicos é regulado pelo centro
termorregulador localizado no hipotálamo.
A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36ºC e 36,7º
37,3ºC a 37,8º - febrícula
Acima de 37,8º - febre
Número de batimentos por minuto; onda de sangue na artéria, criada pela contração
do ventrículo esquerdo.
Percepção: uma artéria superficial estabiliza sobre uma superfície óssea (temporal,
carótida, braquial, ulnar, femoral, poplítea, dorsal do pé)
Analisar:
- frequência: numero de batimentos por minuto; fatores como idade, sexo, entre outros
podem provocar alterações.
- ritmo: intervalo entre os batimentos.
- volume: relacionado com a força do pulso.
101
PRESSÃO ARTERIAL
É a força ou pressão que o sangue exerce contra uma parede vascular. A pressão
é mais elevada nas artérias e menor nos capilares.
120 x 80 mmHg
Mecanismos Reguladores
PA
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
102
o Ventilação espontânea em ar ambiente
o Ventilação espontânea com oxigênio auxiliar
Forma de administração: cateter nasal, macronebulização, máscara
de Venturi.
Fluxo: litros/min
INSPEÇÃO DO TÓRAX
TIPOS DE TÓRAX
Longelíneo
Brevelíneo
Normolíneo
103
Expansibilidade torácica:
o Inspeção
o Pode estar preservada, ou diminuída; simétrica ou assimétrica.
PALPAÇÃO
Expansibilidade torácica – A expansibilidade torácica é igual em regiões
simétricas, pode variar com o sexo (sendo mais nítida nas bases no homem e nos ápices
nas mulheres).
Manobra de Ruaut - Para avaliar os ápices pulmonares, coloca-se as mãos
nas fossas supra-claviculares e os dedos polegares unindo formando um ângulo. O normal
é observar a elevação das mãos na inspiração profunda.
Manobra para parte média e base pulmonares – as duas mãos do
examinador envolvem cada hemitórax, com os polegares. O normal é observar o
afastamento doas polegares aproximadamente de 3 a 4 cm com simetria.
104
EXAME DOS PULMÕES
INSPEÇÃO DINÂMICA
105
TIPO RESPIRATÓRIO
PADRÃO RESPIRATÓRIO
RITMO
TIPO RESPIRATÓRIO :
1. ABDOMINAL – aumento da complacência torácica, horizontalização das
costelas, diminuição da zona de aposição diafragmática, imaturidade da musculatura
abdominal.
2. TÓRACO – ABDOMINAL – com desenvolvimento e mudanças características
da conformação da caixa torácica, o padrão respiratório torna-se tóraco – abdominal
evidenciando movimentos como “ braço de bomba” e “ alça de balde”.
3. TORÁCICO
o Taquipnéia / Taquidispnéia
o Retrações Torácicas
1. Tiragem subdiafragmática
2. Tiragem intercostal
3. Retração esternal
4. Retração de fúrcula
AUSCULTA PULMONAR
Faz-se ausculta do tórax, com o paciente sentado com o tórax descoberto. Solicite ao
paciente que respire mais profundamente com os lábios entreabertos, sem fazer ruídos.
Ausculta pulmonar:
o Estetoscópio adequado/posicionamento correto das hastes
106
o Comparação bilateral – 4 pontos/ Antero – posterior
o Posicionamento adequado
MURMÚRIOS VESICULARES
Som pulmonar que indica a passagem do ar pelas porções periféricas do tecido
pulmonar.
Avaliar a intensidade e o tempo expiratório, alem de comparar bilateralmente.
Aponta a ventilação.
Pode estar preservada, diminuída, ausente ou rude.
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
107
1. Roncos e Sibilos
2. Estertores Bolhosos
3. Estertores Crepitantes
4. Atrito Pleural
Roncos
o Tonalidade mais baixa/ grave
o Auscultados na inspiração e expiração
o São ruídos moveis, que desaparecem conforme a profundidade da
respiração, postura ou com a tosse
o Roncos são secreções espessas nos grandes brônquios. São sons não tão
altos, contínuos, escutados nas vias aéreas maiores.
o Presentes em vias aéreas de grande calibre
Sibilos
o Ruídos secos e vibrantes
o Tonalidade mais alta/fina
o Auscultados na inspiração e expiração
o Sibilos são mais intensos na expiração
108
o Via aérea de grande calibre;
o Comum em criança que ficou entubada muito tempo
o A via aérea “fecha”
o Aparece na inspiração
Cornagem
o É como se fosse um ronco, mas é em via aérea superior;
o Aparece na expiração;
o Comum em criança
ATRITOS PLEURAIS
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
RONCOS
o Sons graves, contínuos.
o Predominantemente inspiratórios
o Secreção nas vias aéreas de grande calibre
ESTERTORES CREPTANTES
o Úmidos e descontínuos, discretos
o Exclusivamente inspiratórios ( final da inspiração)
o Patologias das vias aéreas inferiores: Edema do parênquima pulmonar,
cardiopatia congênita, exsudato ou transudato alveolar – liquido intra-alveolar.
ESTERTORES SUBCREPTANTES
o Descontínuos
o Inspiratórios e expiratórios
o Mobilização de secreção
o Patologias de brônquios de médio e pequeno calibre: pneumonia,
bronquite
SIBILOS
o Continuo e agudos
o Predominantemente expiratórios – broncoespasmo
o Inspiratório – movimento de ar através de obstrução por secreções
brônquicas.
ESTRIDOR
o Obstrução das VAS (Supraglótica)
109
POSIÇÕES CORRETAS PARA A DRENAGEM POSTURAL
110
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Padrão respiratório
TOSSE
o Eficaz, pouco eficaz, ineficaz.
o Produtiva, pouco produtiva, seca (improdutiva)
o Após comer ou beber
111
ANÁLISE DA SECREÇÃO TRAQUEAL
o Cor
Branca, Esverdeada, Amarelada, Rósea, Sanguinolenta
Mucopurulenta, Purulenta, Hemoptóica ( com raias de sangue)
o Viscosidade – Fluida, Semi – espessa, Espessa
o Quantidade
o Odor- Fétida, inodora
EXAMES COMPLEMENTARES
RX
Exames de sangue
Tomografia
Gasometria
AVALIAÇÃO MÚSCULO-ESQUELÉTICA
112
o TROFISMO: inspeção e palpação.
o FORÇA MUSCULAR: escala de Kendall.
o ENCURTAMENTO MUSCULAR: citar o grupo muscular
comprometido.
o TRANSFERÊNCIAS: tentar as posturas, respeitando as condições clinicas
do paciente.
Não foi possível avaliar, porque? Instabilidade hemodinâmica,
alteração de tônus, necessário colaboração de um colaborado.
o MARCHA: descrição breve, caso apresente marcha patológica.
o ALIMENTAÇÃO/ HIGIENE/ VESTUÁRIO / ESFINCTER
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO
OBJETIVOS E CONDUTAS
Ordem de prioridade (respiratório)
Todo objetivo tem que ter uma conduta, e toda conduta tem que ter um objetivo.
“NÃO É TUDO PARA TODO MUNDO”!
113
Sugestão para abordagem do sist. Respiratório:
Objetivos Gerais e Condutas:
o Manter V.A pérvias:
Tosse (assistida/espontânea/provocada), aspiração, flutter
Manobras desobstrutivas
Higiene de VA (ped)
Posicionamento da cabeça
o Manter ou incrementar volumes e capacidades pulmonares
Manobras de reexpansão
Incentivadores
Cinesioterapia respiratória
Posicionamento/sedação
o Promover conforto respiratório
Oferta de O2
VNI
Posicionamento da cabeceira/sedestação
Objetivo específicos e Condutas
Desmame gradual da oxigenoterapia
o Mudança de dispositivo ou retirada
o Aumento ou diminuição do fluxo de oferta de O2
Desinsuflação pulmonar
o Manobras de desinsuflação
o Freno labial
o Exercícios respiratórios
OBJETIVOS E CONDUTAS
114
1. Mobilização passiva de membros
o Ganho de ADM ativa
1. Exercício ativo assistido de membros
2. Exercícios ativos de membros
o Adequar tônus
1. Tapping
o Ganho de F.M
1. Exercício resistido com theraband
o Estimular as trocas posturais e sua manutenção
1. Incentivar o paciente a realiza as trocas, ou ensina-lo a realiza-las
o Estimular treino de marcha/ deambulação
1. Promover a marcha com auxilio se necessário
2. Incentivar o paciente a sair do leito
115
116
117
INTRODUÇÃO DA MATÉRIA – FST RESPIRATÓRIA
Em média são 7 gerações (bifurcações) de via aérea antes que chegar no alvéolo.
A cada vez que tem uma bifurcação o calibre vai diminuindo. Além disso, a cada
bifurcação a resistência ao fluxo de ar vai diminuindo, ou seja a resistência no alvéolo é
menor, pela tanta bifurcação, todo espaço/via aérea, então o ar passa mais facilmente.
A estrutura anatômica do pulmão facilita muito a troca gasosa e o fluxo de ar (o
movimento de ar ali dentro).
ESPIROMETRIA
Espirometria é o estudo da ventilação pulmonar
Registro do movimento de ar nos pulmões (feito à partir de movimentos do
Diafragma).
118
Espirograma é um gráfico que descreve esses movimentos de ar.
119
1. Capacidade Vital (CV): é a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de
mobilizar ativamente. Compreende três volumes primários: Vt + VRI + VRE
2. Capacidade Pulmonar Total (CPT): é a quantidade de ar depois de uma
inspiração máxima. É todo o ar que cabe num pulmão. Representa a soma: CV + VR
3. Capacidade Residual Funcional (CRF): é o volume de ar que permanece nos
pulmões ao final de uma expiração normal. Representa a soma: VRE + VR. Obs.: Essa
capacidade é extremamente importante, porque a troca gasosa acontece não no volume
de ar que entrou e sim com o volume de ar que ficou no pulmão, ou seja, a CRF. Qualquer
patologia que tem uma diminuição dessa capacidade (sinal de que o alvéolo colabou), tem
hipoxemia. Por isso, quando tem um quadro de hipoxemia, buscamos aumentar
justamente a CRF. Manobras de rexpansão pulmonar ou manobras de recrutamento
alveolar tentam melhorar a CRF. A consequência da melhora da CRF é uma melhor
capacidade de oxigenação, ou seja, melhora a saturação de oxigênio.
4. Capacidade Inspiratória (CI): é o volume máximo inspirado voluntariamente
a partir do final de uma expiração espontânea (do nível expiratório de repouso).
Representa a soma: Vt + VRI
120
Método de diluição do Hélio – consegue achar VR, CRF, CPT.
Do volume corrente, uma parte faz troca gasosa e outra parte não faz, pois não
consegue chegar até o alvéolo, ficando, então, na via de condução, chamado de espaço
morto anatômico (é toda área de condução do sistema respiratório onde tem ventilação,
mas não ocorre troca gasosa).
Método de Fowler – método para calcular o espaço morto anatômico.
𝑉𝑡 = 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷. Em que Vt é o volume corrente, VA o volume alveolar e VD o
espaço morto.
Volume minuto é quanto de ar que uma pessoa consegue mobilizar em um minuto.
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 𝐹𝑅 𝑥 𝑉𝑡
𝑉𝐴 = 𝑉𝐴 + 𝐹𝑅. Em que VA é a ventilação alveolar, VA é o volume alveolar e
FR é a frequência respiratória.
𝑎 – arterial; A – alvéolo; V – ventilação/fluxo; V – volume.
Método de Pletismografia – encontra o VR também.
𝑉
Fluxo é o volume em relação ao tempo, ou seja, 𝑉̇ = .
𝑡
121
DIFUSÃO
A quantidade de O2 que tem no alvéolo é maior que a pressão venosa de oxigênio;
O O2 sai do alvéolo e vai para a corrente sanguínea por DIFUSAO, ou seja, vai do
mais concentrado para o menos concentrado.
Difusão é a passagem através de uma membrana semipermeável, onde tem-se um
gradiente de concentração que provoca essa passagem. Para ocorrer a difusão tem que ter
sempre: DIFERENÇA DE PRESSÃO ou DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO.
Obs.: Pressão parcial – parte correspondente de pressão que determinado gás exerce.
Obs.: Dentro do sistema respiratório, a PaO2 e a PaN2 não são iguais a da pressão
atmosférica.
ATM ALVÉOLO
PaO2 159,6 mmHg 100
PaN2 600,4 mmHg ?
Obs.: Essa diferença de pressão (60 mmHg de diferença no caso da PaO 2 no alvéolo com
o capilar) faz com que o O2 do alvéolo caia na corrente sanguínea, até que os valores
sejam igualados.
122
Não tem mais difusão/troca
A velocidade de difusão vai gasosa, porque não tem
diminuir, isso dá uma mais diferença de pressão
reserva de troca gasosa
muito grande.
LEI DE FICK
𝐴
𝑉𝑑 = . ∆𝑃. 𝐷𝐿
𝑑
Obs.: Pulmão tem muita superfície de contato, porém essa superfície de contato tem
espessura pequena. Isso facilita a difusão.
Precisa ter diferença de pressão para ter fluxo. Quanto maior a diferença de
pressão, mais rápido é a difusão e quanto menor a diferença de pressão, mais devagar é a
difusão.
Obs.: O CO2 é 20 vezes mais solúvel que o O2, por isso ele faz uma difusão mais rápida,
mesmo tendo uma diferença de pressão menor, da ordem de 5 mmHg.
1. PNEUMONIA – tem-se uma diminuição da área de troca e, por isso, tem-se uma
diminuição da difusão.
123
2. EDEMA AGUDO DE PULMÃO – tem-se um aumento da espessura (por conta
do aumento do líquido) onde diminui a difusão.
124
Obs.: A difusão é a passagem do soluto do ambiente mais concentrado para o menos
concentrado.
Obs.: Quem limita a oxigenação em situações normais é a perfusão, pois para que haja
troca gasosa é preciso de sangue com baixa concentração de O 2. Quer dizer que necessita
de sangue chegando continuamente.
125
FLUXO SANGUÍNEO
Obs.: O coração direito tem que fazer uma menor força para levar sangue para o pulmão.
8𝑛𝑙
𝑅𝑣 =
𝜋𝑟 4
∆𝑃
𝑅=
𝑉̇
̇ 𝑉
𝑉̇ =
𝑇
126
FATORES QUE ALTERAM A RVP
1. Pressão Sanguínea (Distenção e Recrutameto);
2. Volume Pulmonar (Vaso alveolar e Vaso extra-alveolar);
3. Situações de Hipóxia.
1. Distensão (capacidade que um vaso tem de aumentar seus raios, com o intuito
de diminuir a resistência);
2. Recrutamento
127
mais alta. Quando a o aumento da Pvp, esses vasos tendem a se abrir e baixar a resistência,
isto se chama Recrutamento.
↑ diâmetro do vaso
128
FATORES QUE ALTERAM A RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR EM
RELAÇÃO AO VOLUME PULMONAR
Está no parênquima
pulmonar
VASO EXTRA-ALVEOLAR
Volume Pulmonar Fechamento do vaso RVP
129
O final de uma expiração normal e o começo de uma inspiração normal, justamente
o volume corrente, a RVP é a menor possível.
Respiração normal RVP baixa isso quer dizer que o coração direito não
precisa fazer muita força para o sangue atravessar o pulmão.
Obs.: Qualquer motivo que faça com que respire um volume (ou acima ou abaixo do
normal) terá um aumento da RVP.
130
ZONA DE WEST
PA – Pressão alveolar
Pa – Pressão da artéria pulmonar
Pv – Pressão da veia pulmonar
Sempre tem que pensar na ação da gravidade quando se fala de distribuição
sanguínea.
A pressão sanguínea na zona I é baixa;
A pressão sanguínea na zona III é alta.
O coração manda mais sangue para a zona III;
Obs.: O pulmão é mais ou menos eficiente dependendo da região que está sendo falada.
A zona III é a região de maior perfusão, pois tem mais fluxo sanguíneo;
Caso Clínico: paciente com pneumonia na base do lado direito, qual é a melhor
posição para ele? R: DL esquerdo.
A zona de West está relacionada a relação ventilação-perfusão.
131
RELAÇÃO VENTILAÇÃO – PERFUSÃO
Quem faz troca gasosa é a unidade alvéolo capilar. Obs.: Precisa ter movimento
do ar com o sangue para ter troca gasosa.
𝑉̇
A relação ̇ é 100% quando a ventilação é igual a perfusão.
𝑄
𝑉̇
Obs.: Quando uma pessoa tem secreção, não há ventilação, então a relação ̇ fica em
𝑄
desequilíbrio. A relação fica baixa.
𝑉̇ ∅
= =↓ Perfunde bem, mas NÃO
𝑄̇ 𝑛𝑙
ventila HIPOXEMIA
ÁREA DE SHUNT
𝑉̇
Shunt é uma área pulmonar onde há um desequilíbrio na ̇ . Nesta área, a perfusão
𝑄
𝑉̇
é maior que a ventilação e, portanto, a relação é baixa.
𝑄̇
132
Exemplos de Shunt: secreção e atelectasia.
ESPAÇO MORTO
𝑉̇
Espaço morte é uma área pulmonar onde há um desequilíbrio na relação .
𝑄̇
Nessa área, tem-se uma ventilação normal, porém a perfusão está diminuída, portanto, a
𝑉̇
relação ̇ é alta.
𝑄
𝑉̇
Shunt (𝑄̇ > 𝑉̇) =
𝑉̇ 𝑄̇
=
𝑄̇ Espaço Morto (𝑄̇ < 𝑉̇)
𝑉̇
=
𝑄̇
REVERSÃO DE HIPOXEMIA
Espaço morto: ventilar mais ou aumentar a oferta de oxigênio (oxigênio
suplementar);
Shunt: higiene brônquica (quando o problema é secreção); manobra de
reexpansão pulmonar; ventilação mecânica.
Obs.: Hipoxemia devido a uma área de shunt é chamada de HIPOXEMIA REFRATÁRIA.
ZONA DE WEST
A zona de West mostra o desequilíbrio entre a ventilação e perfusão
133
𝑉̇
I
𝑄̇
II
𝑉̇
III Zona III tende a shunt
𝑄̇
𝑉̇
Obs.: Tem-se uma diferença de ̇ nos terços dos pulmão por causa da ação da gravidade.
𝑄
𝑉̇
Obs.: a relação ̇ é gravidade dependente.
𝑄
----------
134
Obs.: Tuberculose – bacilo fica mais no ápice pulmonar, pois é anaeróbio, então ele gosta
de O2. E é nessa região que tem mais O2.
Obs.: O pulmão como um todo não tem a relação ventilação-perfusão igual em todas as
suas áreas.
135
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
Obs.: Quem garante que o O2 caia na corrente sanguínea é o O2 dissolvido no plasma (por
diferença de pressão).
TECIDO PULMÃO
Consumo de O₂ Alta Baixa
Quantidade O₂ Baixa Alta
Afinidade O₂ Baixa Alta
136
Curva de Dissociação da Hemoglobina
Obs.: O platô garante que não diminua a capacidade de transporte de oxigênio, ou seja,
grandes variações da PaO2 garante o transporte de O2. Já a inclinação favorece a liberação
e a ligação de oxigênio com a hemácia, então pequenas variações da PaO 2 garante a
liberação de O2.
137
138
TRANSPORTE DE CO2
São três formas de transporte de CO2 que acontecem ao mesmo tempo, são elas:
dissolvido no plasma, bicarbonato, carbamina.
EFEITO HALDANE
139
CONTROLE DA VENTILAÇÃO
Obs.: Caso o paciente esteja fazendo acidose, quando ofertado O2, tem que tirar o O2.
140
Vômito demais ↓H+, ou seja, o corpo fica alcalino. Para isso, ↓ FR.
Diarréia corpo fica mais ácido ↑FR
Digestão sangue mais alcalino, pois H+ vai para o estômago ↓ FR para reter
CO2 e equilibrar.
141
GASOMETRIA ARTERIAL
142
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
A expiração até a CRF é passiva, ou seja, não faz força. Obs.: abaixo da CRF, a
expiração deixa de ser passiva.
143
Até a CRF a expiração é passiva;
Existe uma relação de proporcionalidade entre ∆𝑉 e ∆𝑃.
144
“ Histerese é um fenômeno físico determinado pela resistência do tecido pulmonar que
provoca uma diferença entre a curva de insuflação e deflação pulmonar, a histerese é
determinada pela força elástica dos pulmões que estão em dois grupos: Força elástica do
próprio tecido muscular e Força elástica causada pela tensão superficial do líquido que
reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços aéreos do pulmão.”
A pressão entre as pleuras é negativa, fazendo com que elas fiquem grudadas;
Aumento do volume torácico Aumenta o volume de todo o sistema diminui
a pressão dentro do espaço intrapleural – isso faz com que a pleura visceral fique fradada
na parietal – fazendo com que o pulmão se movimente junto.
Obs.: Pressão transmural – pressão entre as paredes (pleura parietal pleura visceral
alvéolo).
145
Caixa torácica (mola) – ora tem tendência de expansão, ora tem a tendência de
retração.
O pulmão e a caixa torácica funcionam de forma diferente;
Quem garante o sistema é a pressão negativa intrapleural;
Ponto de repouso da caixa torácica é 70% da CPT;
Ponto de repouso do pulmão é o volume mínimo.
146
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
A Insuficiência respiratória aguda (IRpA) pode ser definida como a incapacidade
do sistema respiratório de manter a ventilação e/ou oxigenação do organismo humano.
É uma síndrome definida por alterações causadas por uma grande variedade de
doenças. E não necessariamente pulmonares.
CLASSIFICAÇÃO
A Insuficiência Respiratória Aguda pode ser dividida em IRpA do tipo I e IRpA
do tipo 2. Em qualquer uma delas terá a diminuição da oxigenação. O que vai classificar
a IRpA, diferencias o tipo I do tipo II é PCO2.
147
Além dessa classificação, pode classificar a IRpA em leve (faz somente a
suplementação de O2), moderada (normalmente O2 + pressão (ventilação mecânica não
invasiva)), grave (ventilação mecânica)
QUADRO CLÍNICO
Dispnéia (sensação de falta de ar)
Aumento do trabalho respiratório (sinais: tiragens e batimento de asa de nariz)
Hipoxemia
Cianose
Confusão mental
Taquicardia
Sonolência
TRATAMENTO
Oxigenoterapia
Ventilação mecânica
148
PNEUMOTÓRAX
Fisiopatologia
Pressão Intrapleural
° -8 a -9 na inspiração
° -3 a -6 na expiração
Pressão Intrabrônquica
° -1 a -3 na inspiração
° + 1 a + 5 na expiração
149
Diminuição da Complacência Pulmonar;
Reduz a capacidade de difusão;
Hipoxemia se 50% do pulmão for afetado;
o Efeito “ shunt”
Dependente da condição respiratória subjacente do paciente.
CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
Traumáticos
o Aberto X Fechado
Espontâneos
o Primário X Secundário
o Pequenos: colapso de até 10% do pulmão
o Médios: colapso de 10% a 30%
o Grandes: Colapso de mais de 30%
o Hipertensivo ou valvular.
TRAUMÁTICOS
Presente em 15 a 50% dos pacientes com trauma torácico
o Fratura de arco costal
o Impacto sobre vitima em inspiração completa com a glote fechada
o Ferimento por Arma de Fogo (FAF)
o Ferimento por Arma Branca
Pequenos
o Lesões superficiais no parênquima pulmonar
Médio e grande
o Feridas penetrantes do parênquima pulmonar ou lacerações profundas
Hipertensivo
o Lesões das vias aéreas importante
o Lacerações pulmonares com lesão de brônquios periféricos
o Abertura traumática da parede torácica
Abertos
o Abertura traumática da parede torácica
150
ESPONTÂNEOS
Primário
o Ausência de doença subjacente
o Idade: 20 a 30 anos
o Incidência: 9 por 100.000 habitantes
o Sexo: 4-6 vezes mais prevalente em homens
o Fumo
o Lado direito
ESPONTÂNEOS PRIMÁRIOS
Resultam da ruptura de “ bleb”
o “ Bleb”: “ Espaço preenchido por ar entre o parênquima pulmonar e pleura
visceral”
o Incidência de 15%
o Àpices pulmonares ou ao longo das fissuras
Recidiva
o 20 a 50% - primeiro episódio
o 60 a 80% - segundo episódio
ESPONTÂNEO SECUNDÁRIO
Relacionado a uma doença subjacente
o Recidiva mais alta
o Idosos
o Comprometimento da função pulmonar
DPOC
o Destruição progressiva das paredes alveolares
o 45 a 65 anos
o Mortalidade de 15 a 20%
Neoplasias malignas
o Metástases pulmonares
o Perfusão do espaço pleural
o Obstrução brônquica expiratória
Tuberculose
AIDS
151
o Pneumonia por Pneumocystis carinii
QUADRO CLÍNICO
Depende da etiologia, da extensão e da capacidade ventilatória do
paciente;
Assintomático
o 15% dos pneumotóraces espontâneos
Dor
o Intensa
o Tipo pleural
Dispneia
Ortopnéia, tosse seca, hemoptise
Exame físico
o Expansibilidade diminuída
o Hiperssonoridade
o MV diminuído ou abolido
o Cianose
Pneumotórax hipertensivo
o Agitado
o Cianose
o Distensão jugular
o Desvio da traquéia
o Desvio do Ictus cordis
o Hipotensão arterial
o Taquicardia
o Queda progressiva do nível de consciência
o Choque
INTERPRETAÇÃO RADIOLÓGICA
152
° Distanciamento entre pleura visceral e
parietal;
° Área hipertransparente;
° Ausência de trama vaso – brônquica
° Inspiração X expiração
CONDUTA E TRATAMENTO
Conduta expectante
153
o Pneumotóraces pequenos
o 1,5% do ar intrapleural é absorvido diariamente
o Sedar tosse
o Analgésicos
o Exercícios respiratórios ( 7° dia)
o Controle radiográfico
Toracocentese
o Aspiração do ar na cavidade pleural
o Pneumotórax hipertensivo
Drenagem pleural
o Tratamento pleural
o Dreno em selo d’ água
o Aspiração pleural continua
o Manter por 24h após a expansão completa do pulmão e fechamento da fistula
Tratamento cirúrgico
o Fistula aérea maciça
o Permanência por mais de 5 dias
o Recidiva a partir do segundo episodio
o Bolhas suturadas, ligadas ou grampeadas com sutura mecânica
o Abrasão ou pleurectomia
o Videotoracoscopia
154
ASMA
ETIOLOGIA
Individuais:
Predisposição genética
Obesidade
Gênero
Ambientais:
Alérgenos
Infecções na infância
Sensibilizantes ocupacionais
Tabaco
Poluição
155
PATOGENIA – FASE INICIAL
Liberam mediadores pré – formados (histamina, leucotrienos,
prostaglandinas)
Broncoconstrição, edema, hipersecreção de muco.
156
PATOGENIA – FASE TARDIA
Liberação de mediadores inflamatórios
Inflamação das VA e hiperreatividade brônquica
HIPERRESPONSIVIDADE BRÔNQUICA
157
PATOGENIA – REMODELAMENTO
Fibrose subepitelial
Espessamento membrana basal
Hipertrofia e hiperplasia da m. lisa
Aumento células caliciformes
Hiperplasia glandular.
OBSTRUÇÃO FIXA.
158
DIAGNÓSTICO ASMA
Clinico
o História clínica
o Sintomas
o Exame físico
Funcional
o Espirometria
o Teste de broncoprovocação
o Medidas seriadas de PFE
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
História clinica
Tosse seca
Dispneia
Exame físico inespecífico
o Sibilos
Grave: taquipneia, taquicardia, tiragem intercostal, alteração do nível de
consciência.
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
Espirometria
159
Resposta ao broncodilatador ° VEF/CVF < 80%
Aumento de VEF1 > 12% e 200ml ° VEF1 < 80%
Testes de broncoprovocação
Inalação de substancias
broncoconstritoras (metacolina,
carbacol ou histamina)
Espirometria entre as inalações
Queda VEF1>20%
Elevado valor preditivo
negativo
Teste de broncoprovocação
Exercício
BIE ocorre 50-90% dos asmáticos
Teste:
o Atividade física controlada
o 80-90% da FC máxima
o Espirometria: antes, 5-10-15-30
minutos após
o Queda VEF1 > 10%
160
Pico de Fluxo Expiratório
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Infecções virais em crianças
“ Envelhecimento”, DPOC e IC.
161
CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE
ASMA INTERMITENTE
Sintomas < 1 vez por semana
Sintomas noturnos raros
Faltas ocasionais ao trabalho/escola
VEF1 > 80% do previsto
162
ASMA PERSISTENTE GRAVE
Sintomas diários
Sintomas noturnos quase diário
Limitação física constante
Crises frequentes e graves
VEF1 < 60%
CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE
OBJETIVO DO TRATAMENTO
Controle dos sintomas
AVDs e exercícios
Função pulmonar normal
Prevenir exarcebações
Minimizar o efeito colateral das medicações
163
Prevenir mortalidade
HIGIENE AMBIENTAL
Eliminar cortinas, tapetes, cobertores
Evitar animais domésticos e “ pelúcias “
Arejar o ambiente
Evitar bolor nas paredes
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
CLASSES DE MEDICAMENTOS
Alivio:
o Tratamento dos sintomas agudas
o Beta2 agonistas inalatórios de ação rápida
o Anticolinérgicos inalatórios
164
Manutenção:
o Diários
o Controle da asma persistente
o Corticosteroide inalatórios e orais
o Beta2 agonista de ação longa inalatórios
o Antileucotrienos
o Xantinas
ANTICOLINÉRGICOS INALATÓRIOS
Usados conjuntamente com os betas2 de ação rápida
Brometo de Ipratrópio/ Brometo de Tiotrópio
Regulação do estimulo parassimpático inibição da broncoconstrição
Efeitos colaterais: secura de boca, retenção urinária e obstipação
CORTICÓIDES INALATÓRIOS
Medicação mais utilizada e efetiva
Diminui sintomas
Melhora da função pulmonar
Diminui hiperreatividade brônquica
Diminui frequência e gravidade das crises
Fluticasona, budesonida e beclametasona
Ação anti – inflamatória
o Inibem síntese de mediadores
o Redução da secreção
165
o Diminuição da permeabilidade vascular
Efeitos colaterais
o Candidíase oral
o Rouquidão e tosse reflexa
CORTICÓIDE ORAL
Asma muito grave
Crises e exarcebações
Ação mais rápida
Efeitos colaterais importantes
o Supressão da supra-renal
o Redução de crescimento
o Hipertensão
ANTILEUCOTRIENOS
Alternativa não preferencial
Co- adjuvante dos CI e nas crises
Via oral
Pequeno e variável efeito broncodilatador
Inibição da síntese leucotrienos podendo assim inibir a broncoconstrição
166
XANTINAS
Teofilina
Baixa potencia broncodilatadora
Tratamento adicional a corticoterapia em asmáticos graves
Mec. de ação é multifatorial e não totalmente esclarecido
Vários efeitos colaterais: anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, arritmias, dor
abdominal
167
Uso ocasional de Beta2 agonistas de ação rápida
DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
Importância do espaçador
168
DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
Inaladores de pó seco
o Diskus e turbohaler
Nebulizadores
o Pneumáticos e Ultrassônicos
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Higiene brônquica
Alongamento e exercícios de mobilidade de caixa torácica, cervical, cintura
escapular, MMSS
Exercício respiratório
Exercícios físicos.
169
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
Doença onde o pulmão tem uma obstrução
Limitação crônica ao fluxo aéreo
Não totalmente reversível e progressivo (não tem cura, mas tem controle)
Inalação de gases e partículas inflamação crônica
Manifestações respiratórias + sistêmicas
Limitação de atividades gera um impacto psicossocial
FATORES DE RISCO
Tabagismo (15 – 20%)
Poeira ocupacional
Produtos químicos
Fogão a lenha
Genético (deficiência Alpha1 AT)
FISIOPATOLOGIA
Ativação de macrófagos
Recrutamento de neutrófilos e linfócitos
Liberação de proteases
Lesão do tecido pulmonar
Hipersecreção de mudo
Ativação de células epiteliais
170
Deposição de colágeno
Fibrose
171
Redução do número de cílios
Aumento de glândulas mucosas
Aumento células caliciformes
Hipersecreção de muco
Vasos pulmonares:
o Espessamento das paredes
o Músculo liso
o Infiltração de células inflamatórias e colágenas
Parênquima pulmonar
Enfisema pulmonar
Destruição de paredes alveolares e
bronquíolos respiratórios
172
Inflamação crônica
Desequilíbrio entre proteases e
anti-proteases
Estresse oxidativo
173
DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
Tosse crônica ( geralmente produtiva)
Dispnéia persistente e progressiva
Sibilância
Emagrecimento e fraqueza muscular (avançado)
Exame Físico: alterações tardiamente
Hiperinsuflação pulmonar
Expiração prolongada
Musculatura acessória
Edema MMII (Cor Pulmonale)
Dispneia
Hiperinsuflação Pulmonar
174
Uso da musculatura acessória
ESPIROMETRIA
Medida dos volumes pulmonares
VEF1, CVCF, VEF1/CVF
Assegurar e existência limitação ao fluxo aéreo
Estadiamento
Relação imperfeita entre espirometria e sintomas
175
RADIOGRAFIA TÓRAX
Alterações em casos avançados
o Hipertransparência dos campos pulmonares
o Pobreza da trama broncovascular
o Alargamento dos espaços intercostais
o Rebaixamento e retificação dos hemidiafragmas
o Silhueta cardíaca menos e verticalizada
Diagnostico diferencial (* neoplasia)
Agudizações
176
EXAMES ADICIONAIS
Gasometria arterial SpO2 < 90%
TC tórax duvida diagnostica e programação cirúrgica
177
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
178
BRONQUITE CRÔNICA X ENFISEMA
CLASSIFICAÇÃO
179
MANIFESTAÇÕES SISTEMICAS
Desnutrição
Musculatura esquelética
Musculatura respiratória
TRATAMENTO
Objetivos:
o Prevenção
o Progressão
o Sintomas
o Exercícios
o Exarcabações
o Mortalidade
Não – farmacológicos:
o Cessação do tabagismo
o Reabilitação pulmonar
o Oxigenioterapia
o Cirúrgico
Farmacológicos
o Broncodilatadores
o Corticoides
o Vacinas
CESSAÇÃO TABAGISMO
Medida isolada mais efetiva
Reduz declínio funcional e exarcebações
Aconselhamento
Cognitivo – comportamental
Medicações
o Nicotina, bupropiona
180
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
181
Xantinas:
o Aminofilina ou teofilina
o Terceira opção de broncodilatador
o Dose deve ser ajustada por níveis séricos
o Risco de intoxicação ou sub- dose
Corticoesteróides inalatórios
o Budesonida, Fluticasona
o Evitar no paciente estável
VACINAÇÃO
Anti-influenza anual + anti-pneumocócica
REABILITAÇÃO PULMONAR
182
Componentes:
o Treinamento (condicionamento físico + treino de força)
o Nutrição
o Psicologia
o Assistência social
o Educação
Diminuição exacerbações, hospitalizações, dispneia
Aumento qualidade vida e exercícios
Duração: 8 a 12 semanas
Benefícios: ate 18m após
Obs.: escassa disponibilidade de seviço
OXIGENIOTERAPIA
183
TRATAMENTO CIRURGICO
Cirurgia redutora de volume pulmonar
Bulectomia
Transplante pulmonar
Cirurgia redutora de volume pulmonar
o Predomínio enfisema em lobos superiores
o Baixa capacidade de exercícios após reabilitação pulmonar
Bulectomia
o Re-expansão de parênquima comprimido por bolha
Transplante pulmonar
EXARCEBAÇÃO
Piora aguda a condição clinica/ sintomas
Principal causa: infecção brônquica
Aumento morbi-mortalidade
Mudança de medicação usual
Característica
o Expectoração ( volume e aspecto)
o Dispneia
184
Agentes
o Bactérias (2/3): Hamophilus, Moraxella, Pneumococo
o Vírus (1/3): rinovírus, adenovírus, VSR, influenza
EXARCEBAÇÃO – HOSPITALIZAÇÃO
IRpA grave (dispneia intensa; agitação ou sonolência)
Cianose
Hipoxemia refrataria; hipercapnia com acidose
Ausência de resposta ao tratamento inicial
Broncodilatadores inalatórios
Corticosteroide sistêmico: EV VO
Antibioticoterapia
Oxigênio
Suporte clinico
EXARCEBAÇÃO – VNI
EXARCEBAÇÃO – VMI
185
FISIOTERAPIA
Exame físico
Avaliação funcional global
Orientação + condutas especificas:
o Higiene brônquica
o Cinesioterapia respiratória
o Cinesioterapia motora
Fortalecimento muscular
ANOTAÇÕES
A CRF desses pacientes aumenta e há uma diminuição da reserva inspiratória.
O tórax é em tonel/em barril, pois tem um aumento o volume;
Tem-se uma diminuição da velocidade de difusão, porque tem uma diminuição
da área de troca.
Critérios para classificar DPOC – tosse produtiva por 3 meses seguidos,
dispneia e sibilos inspiratórios + fatores de risco.
186
OXIGENOTERAPIA
187
Obs.: Reversão de hipoxemia (queda de oxigênio no sangue – começa a ficar cianótico):
1. Recém-nascidos: PaO2 < 50mmHg / Saturação de O2 < 88%;
2. Lactentes Jovens (até 6 meses): PaO2 < 60mmHg / Saturação de O2 < 92%;
3. Crianças (> 6 meses): PaO2 < 80mmHg / Saturação de O2 < 96%;
Obs.: A criança está com pouco oxigênio, quem carrega o oxigênio é o sangue, com isso
o organismo aumente a frequência cardíaca para passar sangue mais vezes. Bradicardia
eventual acontece quando o sistema cardiovascular já não está mais funcionante.
Obs.: A falta de oxigênio nos deixa agitado com falta de concentração, sonolento, etc.
Obs.: Respirador bucal não aquece, não umidifica o ar. Além disso, não faz uma boa troca
gasosa, não dormem direito.
188
Toxidade do O2
Obs.: 1. Quem dá o disparo para respirar é o nível de CO 2 no sangue. Quanto mais CO2
tiver no organismo, o sistema respiratório detecta (não é bom tem que eliminar CO 2) e
aumenta a frequência respiratória. O único gás que passa pela barreira hematoencefálica
é o CO2, o O2 não passa. Quando o CO2 cai (está abaixo do normal), tem-se uma
diminuição da frequência respiratória.
2. Quanto maior a quantidade de O2 ofertado mais “lavado” será o CO2.
3. Paciente que fica muito tempo com oxigênio 100% corre o risco de fazer
atelectasia de absorção. Obs.: na oxigenoterapia isso não acontece. Isso só vai acontecer
na ventilação mecânica.
4. Quanto mais oxigênio for oferecido para a criança, mais fibrose ela pode ter.
Destruição
Células
Alveolares Tipo
I e Proliferação
Tipo II
Fibrose Formação de
Fase Exudativa
Pulmonar Membrana Hialína
189
Sistemas de Liberação de O2
Fluxo baixo:
1. Cânula nasal, cateter nasal ou transtraqueal;
2. Oferece FiO2 baixa e variável, pois há diluição aérea;
3. FiO2 de 24 a 40% com fluxo de 0,5 a 5L/m;
4 𝑥 𝑛º + 20 = 𝑥
Modos de Administração
Incubadora: Obs.: é uma maneira da criança desenvolver a retinopatia da
prematuridade.
- O oxigênio é circulante e só vão ter 2 porcentagens de O2: 40% ou 75%
- Só para neonatos e prematuros.
Halo, Capuz, Capacete ou Hood:
- Capacete acrílico que envolve a cabeça do RN;
- Altos fluxos = 7 a 15 litros/minuto;
- Desvantagens: resfriamento do RN, dificuldade de alimentação, reinalação de
CO2, excesso de ruído.
- É só na cabeça.
Tenda de O2 ou Oxitenda:
- Caixa de acrílico que envolve a metade superior do corpo do lactente;
- Altos fluxos > que 12 litros/minuto;
- Mesmas desvantagens do halo.
Obs.: O halo e a oxitenda tem a mesma função (O2 circulante e reinalante), porém o halo
é para crianças pequenas, já a oxitenda é para crianças maiores.
190
Cateter nasal:
- Método simples e de baixo custo;
- Aquela equação citada lá em cima;
- Baixos fluxos – de 0,5 a 5 litros/minutos;
- Bastante utilizado em administrações crônicas.
Máscaras:
- Pouco utilizadas em crianças;
- Fluxos de 6 a 15 litros/minuto;
- Máscara: simples, com reservatório de O2, venturi, traqueal.
Tubo “T”:
- Utilizado em crianças traqueostomizadas, que não dependem mais de ventilação
mecânica.
- Serve para colocar direto na traqueostomia;
OBSERVAÇÕES
1. Quanto maior for a frequência respiratória, mais CO2 é jogado para fora;
2. Quanto menor for a frequência respiratória, mais CO2 é retido.
3. As máscaras são dependentes da frequência respiratória.
4. “A oferta de oxigênio é dependente da frequência? V ou F? Verdadeiro.
- Quanto maior a frequência respiratória, tem que ajustar a quantidade em litros
para mais alto;
5. O paciente vai para a oxigenoterapia quando apresenta hipoxemia, mas não
apresenta sinais de desconforto respiratório. Quando apresenta desconforto respiratório
vai direto para VM.
191
A criança está bem posicionada, está em decúbito ventral (favorece a mecânica
respiratória e porção diafragmática), está recebendo oxigênio em altas concentrações
através do Halo, porém não recebe pressão positiva. Esta criança apresenta tiragem
intercostal (isso significa que o tórax expande, mas o pulmão não expande), por isso, não
adianta ficar apenas com o Halo, tem que colocar pressão positiva.
192
RECURSOS MECÂNICOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS
OBJETIVO
Melhorar a ventilação
Promover a reexpansão pulmonar
Aumentar a permeabilidade das vias aéreas
Diminuir o broncoespasmo
Treinar os músculos inspiratórios e expiratórios
Reeducar a respiração nasal
Auxiliar na desinsuflação pulmonar
Melhorar as trocas gasosas
Diminuir a dispneia
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Orientar o uso
Definir tempo, intensidade, frequência
Acompanhar o paciente
Incentivador = desafio
Paciente consciente e colaborativo
Utilização na UTI
TIPOS DE INCENTIVADORES
193
Carga Pressórica Alinear (Fluxo-dependente)
Á Fluxo
INSPIROLIFE
INFLEX
P.FLEX
194
CLINI FLO (100 A 600ML/S)
RESPIRON
RESISTOR IMT
195
Á Volume
196
Carga Pressórica Linear (Fluxo – independente)
THRESHOLD IMT
BEXIGA
LÍNGUA–DE–SOGRA
CACHIMBINHO
197
TERAPIA POR PEP
FLUTTER E SHAKER
ACAPELLA
198
THERAPEP
EZPAP
KIT EPAP
199
INALOTERAPIA OU NEBULIZAÇÃO
TIPOS DE NEBULIZADORES
Ação pneumática (ar comprimido)
Ação mecânica (ultra-sônica)
Aerossóis propelidos a freon
200
201
TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS EM PEDIATRIA
DRENAGEM POSTURAL
202
A primeira conduta que deve ser adotada é o posicionamento da criança
(drenagem postural)
Ação da gravidade facilita o deslocamento de secreções. Usa a ação da gravidade
para drenar a secreção;
Para drenar a criança precisa ter conhecimento de anatomia pulmonar.
Conhecimento da árvore brônquica/colabora com o sistema mucociliar;
Atenção às contra-indicações: posição de tredelemburg altera a pressão
intracraniana, se a criança tem um refluxo, pode broncoaspirar.
Melhora a V/Q;
Tempo
Contra-indicações: refluxo gastroesofágico e fístula traqueo-esofágica,
hipertensão intracraniana e hidrocefalia, desconforto respiratório do paciente.
Obs.: Durante a drenagem postural pode ser feito inalação, para que fluidifique a
secreção.
203
Obs.: da sexta posição para baixo não é aconselhado fazer com crianças.
Obs.: Criança que chora tosse, expande o pulmão. O problema do chora é o gasto
energético.
TAPOTAGEM E VIBRAÇÃO
Técnicas antigas;
Indicações: higiene brônquica (retirada, descolar secreção);
Contra-indicação: dor, fraturas de costelas, derrame pleural e pneumotórax não
drenados, pneumatocele recente, queimaduras e ferimentos não cicatrizados,
coagulopatias e hemoptises.
Vibração
Contrações isométricas dos músculos do antebraço do terapeuta;
Modifica as propriedades reológicas do muco (se liquefaz quando submetido à
agitação);
Relaxamento dos músculos da parede torácica.
Promove relaxamento dos brônquios.
Obs.: Sem comprimir o tórax da criança, porque se a criança tiver broncoespasmo (sibilo
expiratório) e fizer alguma manobra de compressão, ela pode ter o fechamento precoce
de vias aéreas. A vibração SEM compressão pode ser feita em criança.
Obs.: Tanto a vibração quanto a tapotagem não precisam acompanhar o ciclo respiratório,
ou seja, pode tapotar e vibrar não ins e na exp.
Vibrocompressão
Higiene e expansão pulmonar;
Vai vibrar e comprimir na expiração. Quando terminar a expiração tem que
desencostar do paciente.
Descola a secreção e expande o pulmão.
É importante acompanhar o movimento dos arcos costais.
Tapotagem
Está em desuso atualmente, principalmente em pediatria.
Técnica que precisa manter a mão em concha, manter o ritmo e frequência.
204
A percussão ou tapotagem é uma manobra de desobstrução brônquica que tem
como objetivo a facilitação do clearance muco ciliar;
Esta manobra pode ser considerada como um procedimento mucocinético, pois
promove a remoção de secreção da árvore brônquica e a mobiliza das regiões periféricas
para as centrais, onde será expelida pela tosse ou aspiração;
Tal efeito é obtido através da propagação de ondas de energia mecânica que são
aplicadas na parede torácica e transmitidas aos pulmões.
A forma como essas ondas se manifestam podem ser comparadas, analogicamente,
aos círculos que se espalham na água fora do ponto onde uma pedra for atirada, mais
precisamente em uma única direção (pulmões), partindo de um ponto (mãos do
fisioterapeuta).
A frequência ideal para o transporte do muco seria 25 a 35Hz, muito além das
capacidades manuais (1 a 8Hz)
Para realiza-la o fisioterapeuta deve manter suas mãos em conchas ou ventosas,
posicionando as duas no sentido dos arcos costais e do contorno do tórax, podendo variar
também com a região tenar, hipotênar ou com os dedos.
TOSSE
Depois que fez as técnicas, faz a tosse.
Vibração manual na parede torácica, técnica de expiração forçada, estimulação de
fúrcula, espátula/abaixador de língua.
Obs.: tem que ter cuidado em fazer estímulo de fúrcula em crianças (pessoal da medicina
não faz), pois como a traqueia ainda é muito cartilaginosa, pode deslocar os anéis da
traqueia. Por isso quanto menos estimular, melhor. AFE e abaixador de língua estimulam
a tosse também.
OBSERVAÇÕES
Não se faz manobra de compressão (vibrocompressão e tapotagem) em paciente
com broncoespasmo (presença de sibilos expiratórios – asma, por exemplo), porque se
não pode ter o fechamento precoce dos alvéolos.
Sempre tem que reverter o broncoespasmo primeiro.
Para virar a criança para você – polegar para cima e dedos no bumbum;
Para virar a criança para o outro lado – polegar para baixo.
205
BAG SQUEEZING
Insuflação pulmonar;
Vibrocompressão até o final da expiração;
Aspiração
O bag squeezing é um recurso fisioterapêutico que pode ser utilizado para pacientes
que cursam com quadro de hipersecreção pulmonar e tampões mucosos, e que estejam
necessitando da utilização de ventilação artificial.
Essa manobra consiste na utilização de uma bolsa de hiperinsulflação pulmonar
(ambu) e das técnicas de vibração e compressão torácica.
Essa manobra está contra-indicada nos casos de instabilidade hemodinâmica,
hipertensão intracraniana, hemorragia peri-intraventricular grave, osteopenia da
prematuridade, distúrbios hemorrágicos e graus acentuados de refluxo gastroesofágico.
ASPIRAÇÃO
Técnica realizada com máximo de assepsia;
Calibre adequado de sonda;
Ajustar pressão negativa entre 7 e 12 cmH2O;
Cânula orotraqueal (COT) ou traqueostomia (TQT) e vias aéreas superiores.
Intubação orotraqueal e traqueostomia
Intubação orotraqueal prolongada
Aspiração nasotraqueal
Trache-care
Critérios e cuidados durante a aspiração: assepsia, menor tempo possível, calibre
de sonda, alteração de frequência cardíaca.
POSICIONAMENTO
Prono:
- Vantagens: melhor estabilidade da caixa torácica; aumento do volume corrente
e da PaO2; facilita postura flexora;
- Desvantagens: menor visualização da criança.
Supino;
- Vantagens: melhor visualização do RN; maior facilidade de cuidados.
- Desvantagens: assincronia tóraco-abdominal; menor eficiência do diafragma;
pode contribuir para alterações posturais.
206
Decúbito Lateral:
- Vantagens: nenhum efeito deletério na ventilação e oxigenação; facilita flexão
ativa; favorece a auto-organização e simetria.
207
Realiza-se apoio torácico expiratório (mão na parte superior do tórax), e no final
da expiração eleva-se a mandíbula da criança obstruindo a boca e forçando a
nasoaspiração;
Contraindicação: ausência de tosse eficaz.
Manobra de inspiração forçada indicada para remoção de secreção rinofaringe. O
fisioterapeuta eleva a mandíbula da criança, apoiando-se os dedos indicadores e médio na
base da língua, ao final do tempo expiratório.
Conduzir as secreções expulsas pela tosse, desde o fundo da cavidade oral até a
comissura labial, para que possam ser retiradas;
Após a tosse rodar a cabeça da criança e apoiar os 4 dedos sobre o crânio e o
polegar sob o maxilar inferior, impedindo a deglutição.
208
VENTILAÇÃO PULMONAR MECÂNICA EM NEONATOLOGIA E
PEDIATRIA
ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA
OBSERVAÇÕES:
A quantidade de O2 no sangue esta baixa, indica que a criança está em
sofrimento e não vai fazer uma boa troca gasosa;
Aumentar a pressão de O2 e diminuir o CO2, se a criança tem muito CO2 dentro
do alvéolo dificulta a troca gasosa;
Ajudar na ventilação fazendo com que haja eliminação de CO2;
Aumentar a quantidade de O2 e diminuir a quantidade de CO2, consegue chegar
no PH normal (quantidade de O2 circulando no sangue, porque quanto mais H mais acido
e o organismo e quanto mais H significa que existe mais CO2)
Na VM busca-se melhorar a pressão parcial de O2 e de CO2 e trazer o pH para
o neutro;
INDICAÇÕES
1. Insuficiência respiratória (DMH, pneumonia)
a. PaO2 < 50 mmHg (FiO2) > 0,50(oxigenar). Obs.: pressão parcial de O2
estiver menor que 50, mesmo com uma fração de O2 maior que 50%;
b. PaCO2 > 50 mmHg (72hs de vida) - (ventilar). Obs.: pressão parcial de
CO2 maior que 50 mmHg, por mais de 72h de vida, porque antes disso é normal.
2. Apnéias recorrentes.
3. BSA > 6
209
- PaCO2 normal no adulto de 30 a 35 mmHg;
INCAÇÕES DE VENTILAÇÃO
1. PCR;
2. Fadiga;
3. Coma (ECG< 8)
4. Hipertensão intracraniana;
a. (diminuir a PIC por hiperventilação)
5. Doenças neuromusculares
OBJETIVO DA VM
1. Aliviar o desconforto e a fadiga respiratória
2. Reverter a hipoxemia
3. Reverter a acidose, mantendo pH> 7,2
4. PaCO² entre 50-65= Hipercapnia permissiva (Uso controverso, exige
experiência e deve ser hipercapnia gradativa. Ideal é manter níveis entre 40-50 mmHg)
5. Saturação ideal entre 90-92%, mas pode-se tolerar em torno de 85%, desde que
se diminua o consumo de oxigênio (sedação e analgesia)
6. Parâmetros para evitar doença pulmonar crônica ou iatrogenia pelo uso de
oxigênio.(formação dequeloide)
210
2. Capacidade de distensibilidade pulmonar;
Obs.: Quanto mais prematura for essa criança nemos complacênte vai ter o pulmão, isso
quer dizer que vai precisar fazer mais força para expandi-lo (maior pressão) e a resistencia
para a entrada do ar vai ser maior tambem;
TIPOS DE RESPIRADORES
1. Classificação Geral:
- Pressão negativa
- Pressão positiva a. Volumétrico
b. Pressórico
OBSERVAÇÕES
1. Fazer uma força e gerar uma contração do diafragma (que esta retificado), as
costelas se abrem e vão fazer um movimento de alca de balde a braço de bomba, expande
caixa torácica e traz o pulmão, isso vai gerar uma pressão negativa dentro do pulmão e
igual gerar um vacuo;
2. O ar vai do lugar mais possitivo para o mais negativo;
3. Gerar uma pressão negativa e muito difícil;
4. O ventilador mecânico oferece uma pressão positiva; o paciente pode ate fazer a
força mais o ventilador ajuda;
5. Criança no ventilador mecanico = quando extubar= mais rapido possivel para ter
menor repercussão dinâmica;
6. Extubação e não desentubação;
7. VM por volume= vai limitar a quantidae de volume que vai entrar
8. VM por pressão – vai limitar a pressão com que o ar vai entrar
211
2. Ciclagem
– Volumétricos: inspiração cessa quando volume é administrado;
– Pressão: inspiração cessa quando pressão inspiratória é atingida;
– Tempo pressão inspiratória por um determinado tempo.
3. Fluxo
– Intermitente : gás na inspiração.
– Contínuo : gás na inspiração e expiração.
– Intermitente por Demanda Controlada : gás na inspiração e expiração com
criança acionando a pressão.
PRINCÍPIOS VENTILATÓRIOS
1. Disparo: início do ciclo, ou seja, da fase inspiratória.
2. Limite: valor máximo que pode ser atingido por um parâmetro.
3. Ciclagem: passagem da fase inspiratória para fase expiratória.
OBSERVAÇÕES
212
NA PROGRAMAÇÃO DO VENTILADOR TEM QUE SE PROGRAMAR =
INICIO LIMITE E TERMINO;
CICLOS VENTILATÓRIOS
1. Ciclo controlado: iniciado, controlado e finalizado pelo ventilador.
2. Ciclo assistido: iniciado pela criança, controlado e finalizado pelo ventilador.
O início do ciclo (disparo) se dá pelo esforço inspiratório do paciente.
3. Ciclo espontâneo: iniciado, mantido e finalizado pelo paciente.
Modos Ventilatórios
Ventilação Mandatória Intermitente (IMV)
1. Fluxo contínuo, ciclado a tempo, limitado à pressão.
2. Modalidade mais utilizada em NEONATOLOGIA.
3. Ciclos controlados (mandatórios) + ciclos espontâneos
213
Obs.: - Fluxo continuo o tempo todo, termina a fase inspiratória por tempo e limitado a
pressão;
- Neo = porque a frequencia respiratoria muito alta
- Em adulto faz barotrauma.
Ventilação Controlada
1. Somente ciclos controlados.
Pressão de Suporte
1. Ciclos espontâneos.
2. Modalidade utilizada, na PEDIATRIA, para desmame do suporte ventilatório.
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
1. Fi02: fração inspirada de oxigênio. Mínima possível para manter Pa02 e
Saturação de 02 adequadas para cada idade.
2. Pinspo ou PIP: pressão inspiratória: ajuste de acordo com expansão torácica.
3. PEEP: pressão expiratória positiva final.
4. FR: ajuste de acordo com a faixa etária.
5. Tinsp: tempo inspiratório.
Conceitos
214
Fi02
1. Concentração inspirada de O2 : % de O2 ambiental
FiO2 = Fluxo Ar x 0,21 + Fluxo O2 x 1
Ar + O2 (litros)
Obs.: Nao adiante oferecer mais O2 (FiO2) se o alveolo esta fechado, para isso voce
aumente a PEEP.isso melhora a troca gasosa
215
3. Ti longo = Escape pulmonar e doença pulmonar crônica.
Tempo expiratório(Te)
1. Não é definido diretamente no aparelho, depende do ajuste da Ti e FR.
2. Te muito curto não permite esvaziamento adequado dos pulmões = auto PEEP.
Relação I:E
1. Resulta do ajuste da FR e do Ti.
2. De um modo geral, utiliza-se a relação mais próxima da fisiológica (1:1,5 a
1:3).
216
- Atinge a pressão programada ;
2. Fluxo
217
inicio e duracao da fase inpiratoria
inicio e duração da fase expiratoria
final da fase expiratoria esperando a fase inspiratoria, so que o
alveolo nao se esvazia completamente;
Parâmetros iniciais
218
Pressão Inspiratória (PI): é o primeiro parâmetro a ser ajustado. Varia em
função da patologia. A pressão ideal deve promover expansão torácica adequada; inicia-
se com valores de 15-20 cm H²O. Em doenças obstrutivas pode-se chegar a valores de 30-
40 cm H20;
Obs.: A pressão ins vai ser para criança a mesma de um adulto, devido a uma baixa
complacencia dessa crinça;
PEEP:
1. fisiológico = 3 a 5 cmH20
2. Prevenção e tratamento do colapso pulmonar. Em pacientes com Pa02<60
mmHg (Sat < 90%) em FiO2 > 50% a PEEP está indicada para melhorar a oxigenação
com uma FiO2 menor
3. Aumenta-se geralmente para valores em torno de 8-10 cmH2O nestes casos
Obs.: Se recebeu ou não recebeu (se necessario) sufarctante PEEP de 10 cmH2O pode
gerar um barotrauma;
Frequência respiratória:
1. de acordo com a faixa etária ou necessidade de hiperventilar.
Tempo inspiratório :
1. 0,45-0,75 seg RN e lactentes (0,35 em RN prematuros)
2. 0,6-0,75 seg crianças pequenas
3. 0,8-1 seg crianças mais velhas
4. 1 seg adolescentes e adultos jovens
Condução da VPM
1. Hipoxemia: aumentar Pinsp ou PEEP ou Tinsp ou FiO2.
219
2. Hipercapnia: Aumentar o volume minuto (FR ou PIP) ou diminuir a PEEP.
Obs.: DPOC o alvéolo não expande mais, não faz troca gasosa
Efeitos adversos da VM
1. Lesão pulmonar
2. Barotrauma
3. Cardiovasculares: diminuição do RV para o AD e aumento da RVP=
diminuição do DC
4. Redução do débito urinário e retenção hidrossalina
5. Hipertensão intracraniana
6. Toxicidade pelo oxigênio
7. Infecção
8. Barotrauma / volutrauma
9. Síndrome de escape de ar
10. Displasia broncopulmonar
11. Distúrbios cardiovasculares
12. Lesões isquêmicas e hemorrágicas do SNC
Desmame
1. Diminuir os parâmetros progressivamente, próximo ao fisiológico para cada
idade.
2. Faltam: índices preditivos em pediatria !!!!!!
3. Redução dos Parâmetros :
– PIP - 2 cmH2O;..................22, 20, 18
– FiO2 - 0,05; .......................55%, 50%, 45%
220
– PEEP - 1 cmH2O;................8, 7, 6
– FR - 2-4 com;......................40, 38, 36
– TI - 0,1-0,2;..........................0,6
4. Sequencia
– 1o Diminuir Pressão inspiratória
– 2o Diminuir FiO2 vagarosamente até 0,6 (efeito Flip-Flop)
– 3o Diminuir PEEP
– 4o Diminuir FR - observar TI e razão I:E
Efeito flip flop
Extubação
1. Papel do Fisioterapeuta
Extubação – Seqüência
1. Desmamar até o mínimo de CPAP (abaixo 4 cmH2O) e FiO2 de 0,4
- Modo CPAP a criança depende de uma minima pressão e FiO2 baixa;
2. Esvaziar o estômago
221
3. Aspirar o tubo traqueal, boca e narinas
4. Insuflar os pulmões com ar enriquecido de O2
5. Extubar com pressão negativa
6. Aspirar nariz e boca
7. Administrar adrenalina
222
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA EM PEDIATRIA E
NEONATOLOGIA
DEFINIÇÃO
Técnica de ventilação na qual não é utilizado nenhum tipo de prótese endotraqueal, sendo
realizada através de interfaces como: máscaras ou prongs (ou prongas).
Obs: 1- Vantagem: Diminuir o risco da criança ter infecção, quanto menor esse invasivo
melhor, quanto mais acessos pior e mais risco de infecção (porta de entrada).
2- VMNI não utiliza nenhuma prótese endotraqueal.
INDICAÇÕES
6. RN cardiopata
Indicações
- GEMIDO!!
- Hipoxemia com ou sem hipercapnia.
- Apneias.
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EFEITOS DA VNI
Obs: CPAP- Pressão positiva continua nas vias aéreas, e na criança, evitar risco
de colabamento alveolar e diminuir chance de intubação.
CONTRA-INDICAÇÕES
1. Alterações no drive respiratório;
2. Vômitos frequentes;
3. Hipersecreção pulmonar;
4. Doenças terminais;
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9. Pouca tolerância do paciente.
PRINCIPIOS TEÓRICOS
1. Os RN são respiradores nasais preferenciais.
2. Uma pressão oferecida ao nível nasal será transmitida a toda a via aérea;
VENTILADORES
CPAP NASAL
1. - Modalidade muito utilizada;
2. - Pressão positiva contínua nas vias aéreas que permite recrutamento
progressivo de alvéolos colapsados;
PARÂMETROS – CPAP
1. PEEP
2. Fluxo
3. FiO2
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COMPLICAÇÕES
1. Sangramento nasal;
2. Necrose de septo nasal;
3. Distensão abdominal;
4. Alterações hemodinâmicas;
5. Pneumotórax;
6. Pneumomediastino;
7. Retardo na indicação da VMI.
NA DÚVIDA...
1. Hood ou CPAP?..............CPAP!!
2. CPAP ou ventilador?....... CPAP!!
INTERFACES
1. Prong ou Pronga nasal: RNPT, RNT e lactentes.
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2-Não pode ser aumentado mais que 10cm de H2O pois pode fazer
barotrauma.
– <700 gr..............0
– 700gr 1 Kg.........1
– 1-2Kg..................2
– 2-3Kg..................3
– >3Kg...................4
4. Hiperdistensão pulmonar
5. Pneumotórax
PÓS PLANTÃO...
2. O que fizemos? Qual foi o resultado? O que poderia ter sido melhor feito?
3. O resultado poderia ter sido melhor?
4. Qual o ensinamento para futuras circunstancias similares?
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