Professional Documents
Culture Documents
Prologo de La Segunda Edicion1: B Viii
Prologo de La Segunda Edicion1: B Viii
Si la e la b o ra c ió n de lo s c o n o c im ie n to s p e rte n e c ie n te s
al d o m in io d e la ra z ó n lle v an o n o el c am in o s e g u ro de
un a ciencia, es a lg o q u e p ro n t o p u e d e ap re c ia rse p o r el re s u lta -
d o . C u a n d o , tras m u c h o s p re p a ra tiv o s y a p re s to s , la ra z ó n
se q u e d a e stan c ad a in m e d ia ta m e n te de lle g a r a su f in ; o c u a n d o ,
p a ra a lc a n za rlo , se ve o b lig a d a a re tro c e d e r u n a y o tr a vez
y a to m a r o tro c a m in o ; c u a n d o , ig u a lm e n te , n o es p o sib le
p o n e r de a c u e rd o a lo s d is tin to s c o la b o ra d o re s s o b re la m an era
de realizar el o b je tiv o c o m ú n ; c u a n d o e sto o c u rre se p u e d e
estar c o n v e n c id o de q u e se m e ja n te e s tu d io está to d a v ía m u y
lejos de h a b e r e n c o n tra d o el c a m in o se g u ro de u n a c ie n c ia :
n o es m ás q u e u n a n d a r a tie n ta s . Y c o n stitu y e u n m é rito
de la ra z ó n a v e rig u a r d ic h o c a m in o , d e n tro d e lo p o sib le ,
a u n a co sta de a b a n d o n a r c o m o in ú til a lg o q u e se hallab a
c o n te n id o en el fin a d o p ta d o a n te rio r m e n te sin reflex ió n .
y m ed io q u e la p ro p u e s ta del in g e n io so B aco n de V e ru la m
en p a rte o c a sio n ó el d e s c u b rim ie n to de la ciencia y en p a rte
le d io m ás v ig o r, al estarse ya s o b re la p ista d e la m ism a.
E s te d e s c u b rim ie n to p u e d e m uy b ien ser ex p lic a d o ig u a lm e n te
p o r una rá p id a re v o lu c ió n p re v ia en el p e n sa m ie n to . S ó lo
m e refe riré a q u í a la ciencia n a tu ra l en la m ed id a en q u e
se basa en p rin c ip io s empíricos.
C u a n d o G alile o hizo bajar p o r el p la n o in c lin a d o u n as
bolas de u n p es o ele g id o p o r él m ism o , o c u a n d o T o rric e lli
h izo q u e el aire s o s tu v ie ra u n p e s o q u e él, d e a n te m a n o ,
h ab ía s u p u e s to e q u iv a le n te al de u n d e te rm in a d o v o lu m e n
de a g u a, o c u a n d o , m ás ta rd e , S tahl tra n s fo r m ó m etales en
B X III cal y ésta de n u e v o en m etal, a base de q u ita rle s a lg o y
d evolv érselo*1, e n to n c e s los in v e s tig a d o re s d e la n atu ra leza
c o m p re n d ie ro n s ú b ita m e n te a lg o . E n te n d ie ro n q u e la ra z ó n
sólo re c o n o c e lo q u e ella m ism a p ro d u c e se g ú n su b o s q u e -
jo, q u e la ra zó n tien e q ue a n tic ip a rse c o n los p rin c ip io s de
sus juicio s de a c u e rd o c o n leyes c o n sta n te s y q u e tie n e q u e
o b lig a r a la n a tu ra leza a re s p o n d e r sus p re g u n ta s , p e ro sin
d ejarse c o n d u c ir c o n a n d a d e ra s , p o r así d e c irlo . D e lo c o n tra rio ,
las o b se rv a c io n e s fo rtu ita s y realizad as sin u n p la n p re v io
n o v a n lig ad as a n in g u n a ley n ecesaria, ley q u e , de to d o s
m o d o s , la ra z ó n busca y n ecesita. La ra z ó n d eb e a b o rd a r
la n a tu ralez a lle v a n d o e n u n a m an o lo s p rin c ip io s se g ú n los
cuales só lo p u e d e n co n sid e ra rs e c o m o leyes lo s fe n ó m e n o s
c o n c o rd a n te s, y e n la o tr a , el e x p e rim e n to q u e ella haya p ro y e c -
ta d o a la lu z de tales p rin c ip io s . A u n q u e d e b e h ace rlo p ara
ser in s tru id a p o r la n atu ra le z a , no lo h ará en calid ad d e d isc íp u lo
q u e escu cha to d o lo q u e el m a es tro q u ie re , sin o c o m o juez
d e s ig n a d o q u e o b lig a a los te s tig o s a re s p o n d e r a las p re g u n ta s
q u e él les fo rm u la . D e m o d o q u e in c lu so la física só lo d eb e
B X IV ta n p ro v e c h o s a re v o lu c ió n de su m é to d o a un a idea, la de
b u scar (n o fin g ir) e n la n atu rale za lo q u e la m ism a ra z ó n
p o n e e n ella, lo q u e d eb e a p re n d e r de ella, de lo cual n o
sabría n ad a p o r sí sola. U n ic a m e n te de esta fo rm a ha alca n zad o
la ciencia n a tu ral el cam in o s e g u ro de la cien cia, d esp u és
de ta n to s añ o s de n o h a b e r sid o m ás q u e u n m e ro a n d a r
a tien tas.
s o n 1 lo su fic ie n te m e n te n o ta b le s c o m o p a ra h a c e r refle x io n ar
so b re el as p e c to esencial de u n c a m b io d e m é to d o q u e ta n
b u e n o s re s u lta d o s ha p ro p o rc io n a d o en am b as ciencias, así
c o m o ta m b ié n p a ra im ita rlas, al m e n o s a títu lo de en say o ,
d e n tro de lo q u e p e rm ite su a n a lo g ía , e n c u a n to c o n o c im ie n to s
de ra z ó n , c o n la m etafísica. Se ha s u p u e s to h asta a h o ra q u e
to d o n u e s tro c o n o c e r d e b e re g irse p o r lo s o b je to s . Sin e m b a r-
g o , to d o s lo s in te n to s realizad os b a jo tal su p u e s to c o n v istas
a e stab lecer a p riori, m e d ia n te c o n c e p to s , a lg o s o b re d ic h o s
o b je to s — a lg o q u e a m p lia ra n u e s tro c o n o c im ie n to — d e s e m b o -
caban e n el fra caso . In te n te m o s , p u e s , p o r u n a v ez, si n o
a d e la n ta re m o s m ás en las tareas de la m etafísica s u p o n ie n d o
q u e los o b je to s d e b e n c o n fo rm a rs e a n u e s tro c o n o c im ie n to ,
cosa q u e c o n cu e rd a ya m e jo r c o n la desead a p o s ib ilid a d de
u n c o n o c im ie n to a p rio ri de d ic h o s o b je to s , u n c o n o c im ie n to
q u e p re te n d e esta b lece r a lg o so b re é sto s an tes de q u e nos
sean d ad o s. O c u rre a q u í c o m o c o n lo s p rim e ro s p e n s a m ie n to s
de C o p é rn ic o . E s te , v ie n d o q u e n o co n se g u ía ex p licar los
m o v im ie n to s celestes si ac ep taba q u e to d o el ejé rc ito de estrellas
g ira b a a lre d e d o r del e sp e c ta d o r, p ro b ó si n o o b te n d ría m ejo res
re su lta d o s h a c ie n d o g ira r al e s p e c ta d o r y d e ja n d o las estrellas
B X V II en re p o s o . E n la m etafísica se p u e d e h a cer el m ism o en say o ,
en lo q u e a ta ñ e a la intuición de lo s o b je to s . Si la in tu ic ió n
tu v ie ra q u e re g irse p o r la n a tu ralez a de los o b je to s , n o v eo
c ó m o p o d ría c o n o c e rs e alg o a p rio ri so b re esa n atu ralez a. Si,
en c a m b io , es el o b je to (en c u a n to o b je to de lo s sen tid o s)
el q u e se rig e p o r la n atu ralez a de n u e stra fa c u lta d d e in tu ic ió n ,
p u e d o re p re s e n ta rm e fácilm en te tal p o s ib ilid a d . A h o ra b ien ,
c o m o n o p u e d o p a ra rm e en estas in tu ic io n e s, si se las q u ie re
c o n v e rtir en c o n o c im ie n to s , sin o q u e d e b o referirlas a a lg o
c o m o o b je to su y o y d e te rm in a r éste m e d ia n te las m ism as,
p u e d o s u p o n e r u n a de estas d o s c o s a s : o b ien los conceptos
p o r m e d io de lo s cuales efe c tú o esta d e te rm in a c ió n se rig e n
ta m b ié n p o r el o b je to , y e n to n c e s m e e n c u e n tro , u n a vez
m ás, c o n el m ism o e m b a raz o so b re la m an era de sa b er de
él a lg o a p rio ri; o b ie n s u p o n g o q u e lo s o b je to s o , lo q u e
es lo m ism o , la experiencia, única fu e n te de su c o n o c im ie n to
(en c u a n to o b je to s d a d o s), se rig e p o r tales co n ce p to s. E n
este s e g u n d o caso v eo e n se g u id a u n a ex p licac ió n m ás fácil,
E s te en sa y o o b tie n e el re s u lta d o a p e te c id o y p ro m e te
a la p rim e ra p a rte de la m etafísica el c am in o s e g u ro de la
ciencia, d a d o q u e esa p rim e ra p a rte se o c u p a de c o n c e p to s
a p rio ri cu y o s o b je to s c o rre s p o n d ie n te s p u e d e n d a rse e n la B X IX
exp e rienc ia a d ec u a d a. E n efec to , se g ú n d ich a tra n s fo rm a c ió n
del p e n s a m ie n to , se p u e d e exp licar m u y b ie n la p o sib ilid a d
de u n c o n o c im ie n to a p rio ri y, m ás to d a v ía , se p u e d e n p r o p o r -
c io n a r p ru e b a s sa tisfac to ria s a las leyes q u e s irv e n de base
a prio ri de la n a tu ra le z a , e n te n d id a ésta c o m o c o m p e n d io de
los o b je to s de la e xp erien cia. A m b a s co sas era n im p o sib les
e n el tip o de p ro c e d im ie n to e m p le a d o h asta a h o ra . S in e m b a r-
g o , de la d e d u c c ió n d e n u e stra c ap a c id a d d e c o n o c e r a p rio ri
en la p rim e ra p a rte de la m etafísica se sig u e u n re s u lta d o
k E ste m étodo, tom ado del que usa el físico, consiste, pues, en buscar
los elem entos de la razón pura en lo que p u e d e c o n firm a rse o re fu ta rs e m ed ian te
u n e x p e r im e n to . Ahora bien, para examinar las proposiciones de la razón pura,
especialmente las que se aventuran más allá de todos los límites de la experiencia
posible, no puede efectuarse ningún experim ento con sus o b jeto s (al m odo de
la física). Por consiguiente, tal experim ento con conceptos y p r in c ip io s supu esto s a
p r io r i sólo será factible si podem os adoptar dos puntos de vista diferentes: p o r
un a p a r te .organizándolos de forma que tales objetos puedan ser considerados como
objetos de los sentidos y de la razón, com o objetos relativos a la experien- B X IX
cia; p o r o tr a , com o objetos meram ente pensados, com o objetos de una razón
aislada y que intenta sobrepasar todos los límites de la experiencia. Si descubri-
mos que, ado ptando este doble p unto de vista, se produce el acuerdo con el p rin-
cipio de la razón pura y que, en cam bio, surge un inevitable conflicto de
la razón consigo misma cuando adoptam os un solo punto de vista, entonces
es el experim ento el que decide si es correcta tal distinción (Nota de Kant).
22 KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA
k Las leyes centrales de los m ovim ientos de los cuerpos celestes p ro por-
cionan así com pleta certeza a lo que Copérnico tom ó, inicialmente, como
simple hipótesis, y dem ostraron, a la vez, la fuerza invisible que liga la estructura
del universo (la atracción newtoniana). Esta atracción hubiera permanecido
para siempre sin descubrir si Copérnico no se hubiese .atrevido a buscar, de
modo opuesto a los sentidos, pero verdadero, los m ovimientos observados, no
en los objetos del cielo, sino en su espectador. Por mi parte, presento igualmen-
te en este prólogo la transform ación de este pensam iento —que es análoga a la
hipótesis m encionada— expuesta en la crítica com o mera hipótesis. N o obstan-
te, con el solo fin de destacar los primeros ensayos de dicha transform ación, en-
sayos que son siempre hipotéticos, dicha hipótesis qfu eda dem ostrada en el tra-
tado mismo, no según su carácter de hipótesis, sino apodícticamente, partiendo
de la naturaleza de nuestras representaciones de espacio y tiem po y de los con-
ceptos elementales del entendimiento (Nota de Kant).
24 KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA
Se p re g u n ta rá , sin e m b a rg o , ¿q u é clase d e te s o ro es
éste q u e p e n sa m o s le g ar a la p o s te rid a d c o n sem ejan te m eta físi-
ca d e p u ra d a p o r la crític a, p e ro rele g ad a p o r ello m ism o ,
a u n e sta d o de inercia ? Si se ech a u n a lig era o jead a a esta
o b ra se p u e d e q u iz á e n te n d e r q u e su u tilid a d es só lo negativa:
n o s a d v ie rte q u e jam ás n os a v e n tu re m o s a tra s p a s a r lo s lím ites
de la exp erie n c ia c o n la ra z ó n e sp e cu lativ a. Y , efe c tiv a m e n te,
ésta es su p rim e ra u tilid a d . P e ro tal u tilid a d se h ace in m e d ia ta -
m en te positiva c u a n d o se re c o n o c e q u e lo s p rin c ip io s c o n los
q u e la ra z ó n e sp e cu la tiv a so b re p a sa sus lím ite s n o c o n stitu y e n ,
de h e c h o , u n a ampliación, sin o q u e, e x a m in a d o s de cerca, tie n e n
c o m o resultado in d e fe c tib le u n a reducción d e n u e s tro u s o d e la
B XXV ra z ó n , ya q u e tales p rin c ip io s am en a zan re a lm e n te c o n e x te n -
d e r de fo rm a in d isc rim in a d a lo s lím ites d e la sen sib ilid a d ,
a la q u e d e h e c h o p e rte n e c e n , e in clu so c o n su p rim ir el u so
p u r o (p rá c tic o ) de la ra z ó n . D e a h í q u e u n a crítica q u e re s trin ja
la ra z ó n e sp ecu lativ a sea, e n tal s e n tid o , negativa, p e ro , a la
vez, en la m e d id a en q u e elim in a u n o b s tá c u lo q u e re d u c e
su u so p rá c tic o o a m en a za in c lu so c o n su p rim irlo , sea re a lm e n te
de ta n positiva e im p o rta n te u tilid a d . E llo se ve c laro c u a n d o
se re c o n o c e q u e la ra z ó n p u ra tie n e u n u s o p rá c tic o (el m o ral)
a b s o lu ta m e n te n ec esario , u so e n el q u e ella se ve in e v ita b le m e n -
te o b lig a d a a ir m ás allá de lo s lím ites d e la sen sib ilid ad .
A u n q u e p a ra e s to la ra z ó n p rá c tic a n o n ecesita ay u d a d e la
ra z ó n e sp ec u lativ a , ha de e sta r a se g u ra d a c o n tra la o p o s ic ió n
E n efec to , se h a b ría e m p le a d o e n a m b a s p ro p o s ic io n e s la p a la -
b ra «alm a» e x ac ta m e n te en el mismo sentido, a sa b e r, c o m o co sa
e n g e n eral (co m o cosa en sí m ism a). Sin u n a crítica p re v ia ,
n o p o d ía e m p lea rse de o tra fo rm a . P e ro si la crítica n o se
ha e q u iv o c a d o al e n se ñ a rn o s a to m a r el o b je to e n d o s s e n tid o s,
a sab er, c o m o fe n ó m e n o y c o m o co sa en s í; si la d ed u c c ió n
de sus c o n c e p to s del e n te n d im ie n to es co rre c ta y, p o r c o n s i-
g u ie n te , el p rin c ip io de cau salid a d se ap lica ú n ic a m e n te a las
cosas en el p rim e r s e n tid o , es d ecir, en c u a n to o b je to s de
la ex perien cia, sin q u e le e sté n so m e tid a s , e n ca m b io , esas
m ism as cosas e n el se g u n d o s e n tid o ; si eso es así, e n to n c e s
B X X V III se c o n sid era la v o lu n ta d en su fe n ó m e n o (en las accio n es
visib les) c o m o n ece saria m e n te c o n fo rm e a las leyes n a tu ra le s
y, en tal s e n tid o , c o m o no libre, p e r o , p o r o tra p a rte , esa
m ism a v o lu n ta d es c o n sid e ra d a c o m o a lg o p e rte n e c ie n te a
u n a cosa en sí m ism a y n o so m e tid a a d ich as leyes, es d ecir,
c o m o libre, sin q u e se dé p o r ello c o n tra d ic c ió n a lg u n a . N o
p u e d o , es c ie rto , conocer m i alm a d esd e e ste ú ltim o p u n to
de vista p o r m e d io de la ra z ó n esp e c u la tiv a (y m e n o s to d a v ía
p o r m e d io de la o b s e rv a c ió n em p íric a ) ni p u e d o , p o r ta n to ,
c o n o c e r la lib e rta d c o m o p ro p ie d a d de u n ser al q u e a trib u y o
efecto s en el m u n d o sensib le. N o puedo h a ce rlo p o rq u e d eb ería
c o n o c e r d ich o ser c o m o d e te rm in a d o en su ex isten cia y c o m o
n o d e te rm in a d o e n el tie m p o (lo cual es im p o sib le , al n o
p o d e r a p o y a r m i c o n c e p to en n in g u n a in tu ic ió n ). P e ro sí p u e d o ,
en c a m b io , c o n c e b ir la lib e rta d ; es d ecir, su re p re s e n ta c ió n
no e n cie rra e n sí c o n tra d ic c ió n n in g u n a si se a d m ite n u e stra
d is tin c ió n crítica e n tre lo s do s tip o s d e re p re s e n ta c ió n (sensible
e in te le c tu a l) y la lim ita c ió n q u e tal d is tin c ió n im p lica en
lo s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , así c o m o ta m b ié n ,
ló g ic a m e n te , e n lo s p rin c ip io s q u e d e ellos d e riv a n . S u p o n g a -
m os a h o ra q u e la m o ral p re s u p o n e n e c e saria m en te la lib e rta d
(en el m ás e s tric to se n tid o ) c o m o p ro p ie d a d de n u e stra v o lu n -
ta d , p o r in tro d u c ir a p rio ri, c o m o d a to s d e la ra z ó n , p rin c ip io s
B X X IX p rá c tic o s o rig in a rio s q u e re s id e n en ella y q u e serían a b s o lu ta -
m e n te im p o sib le s de n o p re s u p o n e rs e la lib e rta d . S u p o n g a m o s
ta m b ié n q u e la ra z ó n e sp e cu la tiv a ha d e m o s tra d o q u e la lib e rta d
n o p u e d e p e n sa rse . E n este caso , aq u ella su p o s ic ió n re fe re n te
a la m o ra l tie n e q u e ce d er n e c esariam en te a n te esta o tra , cu y o
o p u e s to e n c ie rra u n a e v id e n te c o n tra d ic c ió n . P o r c o n sig u ien te ,
la lib e rta d , y c o n ella la m o ra lid a d (p u e s to q u e lo c o n tra rio
d e ésta n o im plica c o n tra d ic c ió n a lg u n a , si-n o h em o s s u p u e s to
PROLOGO DE LA SEGUNDA EDICION 27
tra ta r de d e s c u b rir n u e v o s p e n sa m ie n to s y o p in io n e s y p a ra
d e scu id a r así el ap re n d iz a je de las cien cias rig u ro s a s . P e ro
c o n sid ére se , so b re to d o , el in ap rec ia b le in terés q u e tie n e el
te rm in a r p a ra s iem p re , al m o d o socrático, es d ecir, p o n ie n d o
cla ram en te de m a n ifiesto la ig n o ra n c ia del a d v e rs a rio , co n
to d a s las o b je c io n e s a la m o ra lid a d y a la re lig ió n . P u es siem p re
ha h a b id o y se g u irá h a b ie n d o en el m u n d o a lg u n a m etafísica,
p e ro c o n ella se e n c o n tra rá ta m b ié n u n a d ialéctica de la ra z ó n
p u ra q u e le es n a tu ra l. E l p rim e ro y m ás im p o rta n te a s u n to
de la filo so fía c o n siste , p u e s, en c o rta r, d e u n a v ez p o r to d as ,
el p e rju d ic ia l in flu jo de la m etafísica ta p o n a n d o la fu e n te de
lo s erro re s.
A p e sa r de esta im p o rta n te m o d ific a c ió n en el c am p o
de las ciencias y d e la p é rd id a q u e la ra z ó n e sp e cu lativ a ha
de s o p o rta r e n sus hasta a h o ra p re te n d id o s d o m in io s , q u ed a
B XXXII e n el m ism o v e n ta jo so e sta d o e n q u e e s tu v o siem p re to d o
lo re fe re n te a lo s interese s h u m a n o s en g en eral y a la u tilid a d
q u e el m u n d o e x tra jo h asta h o y de las en se ñ an z as de la razó n .
La p é rd id a afecta só lo al monopolio de las escuelas, n o a los
intereses de los hombres. Y o p re g u n to a lo s m ás in flexib les d o g m á -
tico s si, u n a v ez a b a n d o n a d a la escu ela, las d e m o s trac io n e s,
sea de la p e rv iv e n c ia del alm a tra s la m u e rte a p a rtir de
la d e m o s tra c ió n de la sim p licid ad d e la su stan cia, sea de la
lib e rta d de la v o lu n ta d fre n te al m e c a n ism o g en e ra l p o r m e d io
de las d is tin c io n e s su tiles, p e ro im p o te n te s, e n tre n e cesid ad
p rá c tic a su b je tiv a y o b je tiv a , sea de la ex isten cia d e D io s
d esd e el c o n c e p to de u n e n te re alísim o (de la c o n tin g e n c ia
de lo m u d a b le y d e la n e ce sid ad de u n p rim e r m o to r), h a n
sid o a lg u n a vez capaces de lleg ar al g ra n p ú b lic o y ejercer
la m e n o r in flu en cia en sus c o n v ic c io n e s. Si, p o r el c o n tra rio ,
en lo q u e se re fiere a la p e rv iv e n c ia del alm a, es ú n ic a m e n te
la d is p o s ic ió n n a tu ra l, o b s e rv a b le en cad a h o m b re y c o n siste n te
en la im p o s ib ilid a d de q u e las cosas te m p o ra le s (en c u a n to
in su ficien tes re s p e c to de las p o te n c ia lid a d e s del d e stin o e n te ro
del h o m b re ) le sa tisfa g an p le n a m e n te , lo q u e ha p ro d u c id o
la esp eranza de u n a vida fu tu r a ; si, p o r lo q u e a ta ñ e a la
B XXXIII lib e rta d , la conciencia de ésta se d eb e só lo a la clara ex p o sició n
de las o b lig a c io n e s e n o p o sic ió n a to d a s las exig en cias de
las in c lin a c io n e s ; si, fin alm e n te , e n lo q u e afecta a la existen cia
de D io s , es só lo el e s p lé n d id o o rd e n , la belleza y el c u id a d o
q u e a p a re c e n p o r d o q u ie r en la n a tu ralez a lo q u e ha m o tiv a d o
la fe e n u n g ra n d e y sa b io creador del mundo, co n v icc io n es
PROLOGO DE LA SEGUNDA EDICION 29
c o n c e p to de tie m p o ; la o s c u rid a d en la d e d u c c ió n de lo s c o n -
ce p to s del e n te n d im ie n to ; la s u p u e s ta falta de ev id en c ia su fi-
c ie n te en las p ru e b a s de lo s p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro
y, fin a lm e n te , la falsa in te rp re ta c ió n de lo s p a ra lo g is m o s in tr o -
d u c id o s en la p sic o lo g ía racio n al. H a sta a q u í ú n ic a m e n te (es
B X X X IX d ecir, só lo h asta el final del p rim e r c a p ítu lo de la d ialéctica
tra sc e n d e n ta l), se ex tie n d e n m is m o d ifica c io n e s en el m o d o
B XL de e x p o s ic ió n k. E n efecto , el tie m p o era d e m a s ia d o c o rto
y, p o r lo que se refie re al re sto , n o he h a lla d o n in g ú n m a le n ten -
B XLI d id o de p a rte de los crític o s c o m p e te n te s e im p arciales. A u n q u e
B X L II n o p u e d o m e n c io n a r a é sto s e lo g iá n d o lo s c o m o se m erecen ,
re c o n o c e rá n p o r sí m ism os la a te n c ió n q u e he p re s ta d o a
sus o b se rv a c io n e s en los p asajes re v isa d o s . D e cara al le c to r,
sin e m b a rg o , esta c o rre c c ió n ha tra íd o c o n s ig o u na p e q u eñ a
p é rd id a q u e no p o d ía e v ita rse sin h ace r el lib ro d em asia d o
v o lu m in o s o . E s d ecir, alg u n a s cosas q u e , a u n n o sie n d o esen cia-
1 Entiendo, de acuerdo con ^ fJ \ \\c ,je n e en lugar de diese (N. del T.)
34 KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA