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© SENAI-SP, 2017
Material didático organizado pelo núcleo de Meios Educacionais da Gerência de Educação, em parceria
com Escolas SENAI-SP, para o curso de Curso de Aprendizagem Industrial – Mecânico de Manutenção
partir de conteúdos extraídos da intranet.
Equipe responsável
E-mail senai@sp.senai.br
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Sumário
Princípios da dinâmica 21
Princípios da cinemática 63
Energia e trabalho 93
Corrosão 211
Objetivos
Grandezas físicas
O conceito de grandeza física é primitivo e não admite uma definição; porém, temos idéia
do que seja uma grandeza física.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Observe que as grandezas físicas referem-se ao objeto, mas não são o próprio objeto.
As grandezas físicas podem ser medidas. O que significa medir uma grandeza física?
• Medir uma grandeza física significa compará-la com outra da mesma espécie
denominada unidade.
Não confunda medida com medição. Medição é o ato de medir e medida é o resultado da
medição.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Unidades de base
Grandeza Unidade Símbolo da unidade
comprimento metro m
massa quilograma kg
tempo segundo s
corrente elétrica ampère A
temperatura termodinâmica kelvin K
quantidade de matéria mol mol
intensidade luminosa candela cd
Unidades suplementares
ângulo plano radiano rd
ângulo sólido esterradiano sr
As unidades das demais grandezas físicas são deduzidas direta ou indiretamente das
unidades de base e suplementares.
Por conveniência operacional o SI adota múltiplos e submúltiplos para serem usados como
prefixos das unidades quando se necessita expressar quantidades muito grandes ou muito
pequenas em relação ao padrão de medida.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
PREFIXO SI
Nome Símbolo Fator de multiplicação Exemplo
yotta Y 1024 2Ym = 2.1024 m
zetta Z 1021 3Zm = 3. 1021m
exa E 1018 5EJ = 5.1018 J
peta P 1015 6PV = 6.1015 V
tera T 1012 4TN = 4.1012 N
giga G 109 6GHz = 6.109 Hz
mega M 106 2MW = 2.106 W
quilo k 103 8km = 8.103 m
hecto h 102 5hm = 5.102 m
deca da 10 2daN = 2.10N
−1
deci d 10 9dm = 9.10−1 m
centi c 10−2 5cm = 5.10−2 m
mili m 10−3 9mA = 9.10−3 A
micro µ 10−6 3µm = 3.10−6 m
nano n 10−9 8nC = 8.10−9 C
pico p 10−12 2pm = 2.10−12 m
femto f 10−15 3fV = 3.10−15 V
atto a 10−18 7am = 7.10−18 m
zepto z 10−21 5zF = 5.10−21 F
yocto y 10−24 9yF = 9.10−24 F
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Para resolver os exercícios a seguir, você pode usar regra de três simples. Não se
preocupe se não souber o nome das unidades das grandezas físicas envolvidas. O
objetivo é adquirir habilidade com as operações.
1) Transformar 7,4km em m.
2) Transformar 1h em s.
4) Transformar 40kJ em J.
5) Transformar 100mA em A.
6) Transformar 10mm em m.
7) Transformar 2000 MV em V.
8) Transformar 1pF em F.
9) Transformar 1000cm em m.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Assim, se dissermos que a área de uma chapa metálica é 10 m2 não precisaremos prestar
nenhuma outra informação para as pessoas compreenderem o que estamos dizendo. As
pessoas entenderão que a área da chapa fica determinada pelo numeral 10 seguido da
unidade de medida que é o metro quadrado (m2).
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Por exemplo, o helicóptero voa na direção vertical ou horizontal em relação ao solo? Voa
para cima ou para baixo? Voa para a direita ou para a esquerda? Dirige-se para o norte,
sul, leste ou oeste?
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Supondo que o helicóptero voa na direção horizontal com sentido da esquerda para a
direita com velocidade de 90km/h temos uma idéia exata de seu vôo:
• Numeral : 90
Vetor é um ente matemático abstrato que pode ser representado por meio de um
segmento de reta orientado. Assim como o número é uma abstração, nós representamos
os números por meio de símbolos chamados numerais.
Observe a figura.
Vemos o operador.
Quantos?
Um!
Representamos o número um com o numeral 1.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Legenda : O = origem
A = extremidade
Notação : vetor a
Observe que a direção fica definida pelo suporte do segmento orientado; o sentido pela
“ponta da flecha” e a intensidade ou módulo pelo comprimento do segmento orientado
segundo uma dada escala.
É interessante relembrar como se faz para adicionar vetores, pois em cálculo vetorial nem
sempre 2 + 2 = 4.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exemplo:
d1 d2
d = d1 + d 2
Exemplo:
a1 a2
a = a1 + a 2
Por exemplo, consideremos dois vetores a e b :
a
b
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Pela regra do polígono, o vetor soma S resultante é representado pelo segmento
orientado que tem origem na origem do primeiro vetor e extremidade na extremidade do
segundo vetor:
Pela regra do paralelogramo o vetor soma S resultante é representado pela diagonal do
paralelogramo que tem origem na origem comum dos vetores considerados:
Exercícios
1. Uma motocicleta está se deslocando com velocidade de 60km/h de oeste para leste.
Pede-se a representação vetorial dessa velocidade.
Escala: 1cm = 30km/h.
Solução:
2. Uma
esfer
a
metálica cai em queda livre de uma certa altura. Representar vetorialmente a
aceleração gravitacional que atua na esfera.
Dados: intensidade de g = 10m/s2 . Escala : 2cm = 10m/s2.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Princípios da dinâmica
Objetivos
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Força
Força é sempre uma causa que, agindo nos corpos, produz efeitos estáticos
(deformações, equilíbrio) e/ou dinâmicos (aceleração, equilíbrio).
As forças de contato são as mais comuns no dia-a-dia. Elas surgem das interações
entre corpos, de forma tal que as massas dos corpos envolvidos tocam-se entre si.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exemplos:
As forças de campo atuam à distância, isto é, as massas dos corpos envolvidos não se
tocam.
Exemplos:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Estando a chave aberta, a agulha fica paralela ao fio. Fechando-se a chave, a agulha
sofre uma deflexão. A massa da agulha não toca a massa do fio. As forças magnética
(da agulha) e eletromagnética (no fio energizado) são de campo.
Exemplos:
Para arrastar a caixa os jovens aplicam forças nas cordas. As cordas possuem um
ponto de aplicação comum, porém, formam um ângulo entre si. No caso temos um
sistema de forças concorrentes.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Sendo uma grandeza física vetorial, uma força deve apresentar direção, sentido e
módulo. Além desses elementos, toda força apresenta um quarto elemento chamado
ponto de aplicação.
Por definição:
• Ponto de aplicação: ponto material onde a força atua.
• Direção: caminho seguido pela força segundo um referencial.
• Sentido: orientação da força segundo um referencial.
• Módulo: valor numérico da força.
Na figura damos um exemplo onde destacamos todos os elementos de uma força que
está sendo aplicada em um bloco:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
2) Talhar é uma operação manual que consiste em cortar um material metálico com
talhadeira ou bedame pela ação de golpes de martelo. Essa operação é executada
para abrir rasgos, cortar cabeças de rebites, fazer canais para lubrificação e cortar
chapas.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Baseando-se em seus conhecimentos, assinale com xis (X) a resposta correta que
completa cada afirmação dada a seguir.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Força-peso
Quando um corpo está em movimento sob ação exclusiva de seu peso P , ele adquire
uma aceleração g chamada de aceleração gravitacional.
P =m. g
O módulo de g varia com a latitude e altitude. Através de várias experiências
constatou-se que, ao nível do mar, na latitude 450, o módulo de g vale:
9,80665m/s2. Esse é valor normal de g . Na prática, costuma-se arredondar o valor de
g para 9,81m/s2. Em problemas numéricos, é normal arredondar-se o valor de g para
10m/s2.
Sim! Observe:
• Peso é uma grandeza física vetorial e massa é uma grandeza física escalar;
• Peso varia com a altitude e longitude e a massa é invariável;
• Peso é determinado por meio de aparelhos chamados dinamômetros e a massa
por meio de aparelhos chamados balanças;
• A unidade de peso no si é o newton (n) e a unidade de massa no si é o quilograma
(kg).
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Um bloco de peso 20N está deslizando pela superfície de um plano inclinado conforme
figura. A força-peso encontra-se representada vetorialmente na escala 2cm = 20N
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
1) Associe corretamente:
( ) varia.
( ) é determinada por meio de balanças.
( p ) = peso ( ) é uma grandeza física vetorial.
( m ) = massa ( ) é uma força.
( ) é invariável.
( ) é quantidade de matéria.
( ) é uma grandeza física escalar.
( ) diminui com a altitude.
Solução:
3) Determine a massa de uma pessoa de peso 588N num local onde a aceleração
gravitacional vale 9,8m/s2.
Solução:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Força de atrito
Sob o ponto de vista prático, interessa estudar o atrito entre superfícies sólidas que se
movimentam umas em relação às outras.
Os corpos sólidos podem deslizar ou rolar sobre outros. Assim, é comum falar-se em
atrito de deslizamento e em atrito de rolamento.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Atrito de deslizamento
Após o início do movimento, o corpo continua sendo solicitado pela força de atrito que
passa a chamar-se força de atrito dinâmico ou cinemático.
Esquematicamente:
A força de atrito estático é maior do que a força de atrito dinâmico. De fato, a força de
atrito estático adquire valores crescentes que vão de zero até um determinado valor
limite. Aplicando-se ao corpo uma força maior que o valor limite, o corpo não mais se
mantém em repouso.
Esquematizando:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Aqui já existe o atrito dinâmico, de módulo inferior ao módulo máximo da força de atrito
estático.
Se duplicarmos o peso do bloco, deveremos puxá-lo com uma força de 40N para que
ele se movimente.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
A força F que solicita o bloco a se mover horizontalmente em relação ao plano da
mesa, é numericamente igual à força de atrito dinâmico F atd que se opõe ao
movimento. O peso P é numericamente igual à força de reação normal N que a mesa
exerce contra o bloco.
Considerando somente o módulo da força de atrito dinâmico e o módulo da força
normal, dividamos uma pela outra:
• Para um bloco : Fat 20N
= = 0,2
N 100N
• Para dois blocos: Fat 40N
= = 0,2
N 200N
O valor 0,2 é o coeficiente de atrito dinâmico µ (lê-se “mi”) para o par de superfícies em
contato (bloco/mesa). Resumindo:
Como a força de atrito estático é maior que a força de atrito dinâmico, devemos
considerar, para um mesmo par de superfícies, dois coeficientes de atrito: o coeficiente
de atrito estático (µ e ) e o coeficiente de atrito dinâmico (µ d ).
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Tanto o coeficiente de atrito estático quanto o dinâmico não apresentam unidades; são
números adimensionais. A seguir, damos uma tabela contendo alguns coeficientes de
atrito de deslizamento. Os valores tabelados foram obtidos experimentalmente.
Par de superfícies µe µd
Superfície seca Superfície lubr.
Aço x aço 0,2 – 0,3 0,1 – 0,2 0,02 – 0,06
Mancais de aço x bronze - - 0,02 – 0,08
Aço x madeira 0,5 0,25 – 0,5 0,02 – 0,01
Madeira x madeira 0,5 – 0,6 0,2 – 0,4 -
Correia de couro x aço 0,5 – 0,6 0,3 – 0,4 -
Borracha x asfalto 0,5 0,8 – 0,9 0,3 – 0,45 (molh.)
Cobre x aço 0,53 0,36 -
A força normal de compressão N é a força que aperta um corpo contra o outro. Em
cada problema estudado, precisamos pesquisar qual a força que faz o papel de força
normal.
Para um bloco sobre um plano horizontal, sujeito à ação de uma força motriz
horizontal, a força normal N tem intensidade igual ao peso do corpo.
Esquematicamente:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Legenda:
P = peso do corpo.
Pn = componente do peso, normal ao plano.
N = força normal.
P t = componente do peso, tangente ao plano.
Fat = força de atrito que se opõe à P t
Fat
Substituindo (3) em (2) resulta : = P . cos θ ⇒
µ
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Cálculos Aplicados à Manutenção
sen θ
P/ . sen θ = µ . P/ . cos θ ⇒ µ = ⇒ µ = tg θ
cos θ
Objetivo
Determinar o coeficiente de atrito estático entre madeira e madeira.
Material necessário
1 paralelepípedo de madeira de peso conhecido
1 tábua
1 transferidor
1 tabela de seno e co-seno ou máquina de calcular com essas funções
Procedimentos
1. Faça a montagem sugerida pelo professor.
2. Quando o corpo começar a deslizar, meça o ângulo entre a tábua e o plano da
mesa, usando o transferidor.
3. Repita o item 2 por mais 4 vezes e tire a média aritmética do valor do ângulo
experimental.
4. Anote o valor encontrado para o ângulo experimental.
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Atrito de rolamento
Consideremos uma roda de aço apoiada sobre uma superfície plana e rígida.
A roda, estando apoiada sobre uma superfície, causa uma pequena depressão na
mesma. Esta depressão é causada pelo próprio peso da roda. Chamemos de A e B os
pontos que delimitam a depressão.
Agora, representemos o peso P da roda; seu raio (r) e uma força F que, aplicada à
roda, tende a girá-la.
Determinemos a resultante (R) entre (P) e (F) :
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Se a resultante R ultrapassar os limites da depressão, delimitado pelos pontos A e B,
a roda rolará. Opostamente, se a resultante R encontrar-se entre A e B, a roda
deslizará dentro da cavidade.
A distância f entre P e R funciona como verdadeiro coeficiente de atrito de rolamento .
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Consideremos, agora, uma roda de aço sendo submetida a uma força F que tende a
girá-la e a força de atrito de rolamento Frol que tenta impedir o giro da roda:
Pelo esquema a roda rolará porque R encontra-se fora da depressão delimitada pelos
pontos A e B. Nessas condições o módulo de F é numericamente igual ao módulo de
Frol :
F = R rol (1)
Determinando o momento das forças F e P teremos, em módulo:
F.r = P.f (2)
F rol . r = P. f P .f
F rol =
⇒ r
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
2) Um bloco de alumínio de peso 100N desliza com velocidade constante sobre uma
superfície plana e horizontal. O coeficiente de atrito dinâmico entre ambas as
superfícies em contato vale 0,12. Determine o valor da força de atrito atuante no
bloco.
Solução:
3) Um corpo de massa 4kg movimenta-se sobre a superfície de uma mesa sob a ação
de uma força F de intensidade 30N. Sabendo-se que o coeficiente de atrito
dinâmico entre as superfícies em contato vale 0,5, determine a aceleração do
corpo. Adote g = 10m/s2.
Solução:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
4) Um bloco de massa 5kg desliza, descendo por um plano inclinado que forma um
ângulo θ com a horizontal. Sabe-se que: µ d = 0,5; senθ = 0,6; cosθ = 0,8 e que g =
10m/s2. Nessas condições determine:
a) o módulo da força normal;
b) o módulo da força de atrito;
c) o módulo da componente Pt;
d) a aceleração do bloco.
Solução:
a)
b)
c)
d)
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Cálculos Aplicados à Manutenção
O gráfico a seguir representa a intensidade da força de atrito em função de F . Adote
g= 10m/s2.
Solução:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
6) Um bloco de peso 10N é puxado por meio de uma força F de módulo 10N
conforme esquema. Determine a aceleração do bloco desprezando a resistência do
ar. Dados: µ d =0,25; senθ = 0,6; cosθ = 0,8; g=10m/s2.
Solução:
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
a) b)
c) d)
8) Uma roda de aço de 40cm de raio percorre um trilho de aço. A roda faz parte de um
vagonete que exerce sobre ela uma carga total de 800N. determine a força de atrito
de rolamento entre a roda e o trilho sabendo que f=0,003cm.
Solução:
9) Uma roda gira sobre uma superfície plana e rígida. Sabendo que a roda pesa 200N
e que a força de atrito de rolamento atuante vale 2N, determine o raio da roda.
Dado: f= 0,02cm.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Geralmente temos a impressão de que o atrito deveria ser eliminado do mundo dos
fenômenos físicos porque é considerado sempre prejudicial devido às seguintes
conseqüências:
SENAI-SP 47
Cálculos Aplicados à Manutenção
Se não houvesse atrito não teríamos, com certeza, passado do estágio pré-histórico. A
conquista do fogo, pelo homem, necessitou da presença do atrito:
Realmente, dois pedaços de madeira seca e dura, roçando-se entre si, produzem calor
e fogo. Essa técnica ainda é utilizada por tribos primitivas para obter fogo.
Pergunta-se:
O que desejamos?
Se a resposta for: desbastar o material para obter uma peça – então o atrito é útil!
Sem ele não seria possível trabalhar o material. O fato da fresa sofrer desgaste nas
arestas cortantes é o preço que devemos pagar para obter a peça.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
Então, como as engrenagens estão sem graxa e o atrito encontra-se em nível muito
alto, o atrito está sendo prejudicial!
SENAI-SP 49
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Q ( ) atrito entre um prego e uma ripa de madeira que deve ficar presa.
S ( ) atrito entre uma palhinha de aço (bom bril) contra o fundo de uma
panela de alumínio a ser polida.
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Cálculos Aplicados à Manutenção
A pressão é força distribuída por área. Pois bem, os líquidos também exercem
pressão.
Princípio de Pascal
SENAI-SP 51
4
Cálculos Aplicados à Manutenção
Assim sendo, ao se aplicar uma força F sobre uma superfície A de um líquido, cria-se
uma pressão p que será a mesma em todos os pontos do líquido.
Neste exemplo, os êmbolos têm seções de áreas A1 e A2, sendo A2 > A1.
F1
p =
1
A1
SENAI-SP 52
Cálculos Aplicados à Manutenção
F2
p =
2
A2
p1 = p2
Sendo: p1= e p2 =
Temos:
= logo: =
A2 > A1 ⇒ F2 > F1
Isto é: V1 = V2
Assim: A 1 * S 1 = A 2 * S 2 Logo -
SENAI-SP 53
Cálculos Aplicados à Manutenção
= = e daí: =
Pressão
Um corpo, ao ser apoiado sobre um plano horizontal, terá o seu peso distribuído
uniformemente ao longo da superfície de contato
F p = pressão
p= onde:
F = força
A
A = área
SENAI-SP 54
Cálculos Aplicados à Manutenção
• Internacional: Pa (Pascal)
• Técnico kgf/cm2 ou kp/cm2 (quilogramas-força por centímetro quadrado)
• Inglês lb/pol2 (libras por polegada quadrada)
psi (pounds per square inch)
Pressão de um gás
Os gases não possuem forma própria, por serem fluidos. São compressíveis e
constituídos de partículas (moléculas, átomos, íons) que se movimentam de forma
rápida e desordenada, ocupando sempre o volume total do recipiente que o contêm.
SENAI-SP 55
Cálculos Aplicados à Manutenção
Pressão atmosférica
A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude, pois em grandes alturas, a massa
de ar é menor do que ao nível do mar.
Pressão
Altitude (m)
(mbar)
0 1.013
500 955
1.000 899
2.000 795
5.000 540
8.000 356
SENAI-SP 56
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
2. Qual a pressão exercida por um tanque de água que pesa 1000 N, sobre
a sua base que tem uma área de
2 m2?
3. A água contida num tanque exerce uma pressão de 40 N/m2 sobre a sua
base. Se a base tem uma área de 10 m2, calcule a força exercida pela água
sobre a base.
4. Para pregar um prego numa parede, aplica-se uma martelada que transmite
ao prego uma força de 50
N. A área de contato da ponta do prego com a parede é de 0,2 mm2. Calcule a
pressão exercida sobre a parede no instante da martelada.
5. Uma pessoa cujo peso é 720 N está parada sobre o solo, apoiada nos dois
pés. Admitindo que a área do solado de cada um dos sapatos seja de 120
cm2, qual a pressão, em N/m2, que a pessoa exerce sobre o solo?
SENAI-SP 57
Cálculos Aplicados à Manutenção
Vazão
Q = vazão
t = tempo
Exemplo:
Q= vazão
t = 15min substituindo valores temos
v = 200 litros
SENAI-SP 58
Cálculos Aplicados à Manutenção
Pela análise da figura, é possível observar que o volume do cilindro tracejado é dado por:
V = volume de fluido deslocado
V=d⋅A onde d = distância
A = Área
Onde d = distância
A = área
t = tempo
SENAI-SP 59
Cálculos Aplicados à Manutenção
Relações importantes
1m3 = 1000 litros
1h = 3600s
1min = 60s
• Nm3/h (newton metro cúbico por hora) definido a pressão 1,033 kg/cm2,
temperatura de 0ºC e umidade relativa 0%;
• SCFM (standart cubic feet per minute) definida a pressão de 14,7 lb/pol2
(psi) , temperatura de 60ºF e umidade relativa de 0%.
SENAI-SP 60
Exercício
1. Calcular o tempo que levará para encher um tambor de 214 litros, sabendo-se
que a velocidade de escoamento do líquido é de 0,3m/s e o diâmetro do
tubo conectado ao tambor é igual a 30mm.
2. Calcular o diâmetro de uma tubulação, sabendo-se que pela mesma, escoa água
a uma velocidade de 6m/s. A tubulação está conectada a um tanque com
volume de 12000 litros e leva 1 hora, 5 minutos e 49 segundos para
enchê-lo totalmente.
4. Calcular a vazão volumétrica de um fluido que escoa por uma tubulação com
uma velocidade média de 1,4 m/s, sabendo-se que o diâmetro interno da
seção da tubulação é igual a 5 cm.
SENAI-SP 61
Cálculos Aplicados à Manutenção
Objetivos
SENAI-SP 63
Cálculos Aplicados à Manutenção
Movimento e repouso
SENAI-SP 64
Cálculos Aplicados à Manutenção
Trajetória
O esquiador está se locomovendo em relação à uma montanha. O rastro que o esqui deixa
na neve é a trajetória, ou seja, a sucessão de pontos que o esquiador ocupa ao se
locomover.
Em relação aos eixos das polias, um ponto A da correia descreve uma trajetória circular.
SENAI-SP 65
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Complete as afirmações:
SENAI-SP 66
Cálculos Aplicados à Manutenção
Posição e deslocamento
O movimento de um corpo fica bem descrito quando sabemos determinar sua posição com
o passar do tempo.
Em símbolos:
∆S = S - S 0
A título de exemplo, consideremos uma esfera rolando sobre uma superfície horizontal.
SENAI-SP 67
Cálculos Aplicados à Manutenção
t (s) 0 1 2 3 4 5
S (m) -2 -1 0 1 2 3
Posições S1 S2 S3 S4 S5 S6
Agora, calculemos o deslocamento efetuado pela esfera entre 0 e 5s; entre 1s e 3s; entre
3s e 5s e entre 2s e 5s.
Solução:
a) entre 0 e 5s ⇒ ∆S = S 6 − S 1 ⇒ ∆S = 3 − (−2) ⇒ ∆S = 5m
b) entre 1s e 3s ⇒ ∆S = S 4 − S 2 ⇒ ∆S = 1 − (−1) ⇒ ∆S = 2m
c) entre 3s e 5s ⇒ ∆S = S 4 − S 3 ⇒ ∆S = 3 − 1 ⇒ ∆S = 2m
d) entre 2s e 5s ⇒ ∆S = S 6 − S 3 ⇒ ∆S = 3 − 60 ⇒ ∆S = − 60m
O deslocamento realizado por um corpo pode ser positivo, negativo ou nulo. Será positivo
quando o corpo se movimenta no mesmo sentido em que foi orientada a trajetória e
negativo em caso contrário.
O deslocamento será nulo quando a posição final do corpo for igual à sua posição inicial.
Isto, contudo, não significa que o corpo esteja em repouso.
Exercícios
1) Ruiz montou a tabela que retrata o deslocamento efetuado por uma ferramenta de
corte sendo utilizada para tornear uma peça.
t (s) 1 2 3 4 5 6
S (mm) 0 1 2 3 4 5
Posições SA SB SC SD SE SF
SENAI-SP 68
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
a) entre 1s e 3s ⇒
b) entre 2s e 5s ⇒
c) entre 3s e 6s ⇒
d) entre 1s e 6s ⇒
2) Um automóvel sai de uma cidade A, vai até uma cidade B e retorna à cidade A. A
distância entre as duas cidades é de 60km. Determine o deslocamento realizado pelo
automóvel.
Solução:
SENAI-SP 69
Cálculos Aplicados à Manutenção
∆S
Vm =
∆t
Exemplo:
Vm = 20m/s
SENAI-SP 70
Cálculos Aplicados à Manutenção
∆S S − S0 S − S0
V= ⇒V= ⇒V= ⇒ S − S0 = V . t ⇒ S = S0 + V . t
∆t t − t0 t
S ⇒ crescente S ⇒ decrescente
∆S > 0 ⇒ movimento progressivo ∆S < 0 ⇒ movimento retrógrado
SENAI-SP 71
Cálculos Aplicados à Manutenção
V ⇒ constante V ⇒ constante
V > 0 ⇒ movimento progressivo V < 0 ⇒ movimento retrógrado
N N
A= ∆S A= ∆S
SENAI-SP 72
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
2) Caixas colocadas numa esteira de uma linha de produção percorrem 32m em 40s.
Determine:
a) A velocidade da esteira em m/s.
b) A quantidade de caixas transportadas por hora, sabendo que entre elas existe uma
distância de 0,6m de separação.
a) b)
SENAI-SP 73
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
4) Uma ferramenta de torno desbasta um tarugo de aço. Quantos metros de cavaco serão
desbastados em 2 horas, sabendo-se que a velocidade média de desbaste é 30m/min?
Solução:
Solução:
SENAI-SP 74
Cálculos Aplicados à Manutenção
No MUV o módulo da aceleração é constante e não nulo, sendo dada pela expressão:
∆V
a=
∆t
Interpretação: falar, por exemplo, que a aceleração de um móvel é 2m/s2, significa dizer
que a velocidade do móvel varia 2 metros por segundo em cada segundo.
SENAI-SP 75
Cálculos Aplicados à Manutenção
∆V V − V0 V − V0
a= ⇒a= ⇒a= ⇒ V − V0 = a . t ⇒
∆t t − t0 t
V = V0 + a . t
a>0 a<0
N
A = ∆S
at 2
S = S 0 + V0 t +
2
SENAI-SP 76
Cálculos Aplicados à Manutenção
Equação de Torricelli
V 2 = Vo 2 + 2a . ∆S
Exercícios
Solução:
a)
b)
c)
d)
Solução:
SENAI-SP 77
Cálculos Aplicados à Manutenção
Determine:
Solução:
a)
b)
c)
d)
Solução:
a)
b)
c)
d)
e)
SENAI-SP 78
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
7) Um trem está com velocidade de 20m/s quando são aplicados os freios que lhe
comunicam uma aceleração escalar de módulo igual a 2m/s2. Determine a distância
que o trem percorre até parar.
Solução:
SENAI-SP 79
Cálculos Aplicados à Manutenção
tempo (s) 0 1 2 3 4 5
velocidade (km/h) 0 18 36 54 72 90
Velocidade (m/s) 0 5 10 15 20 25
Determine:
Solução:
a)
b)
c)
d)
SENAI-SP 80
Cálculos Aplicados à Manutenção
Movimento circular
Quando o movimento é circular e uniforme (MCU), o móvel passa pelas mesmas posições
anteriores, em idênticas condições, o que conduz a repetição do fenômeno.
Por exemplo, se um corpo efetua 12 voltas em 1s num MCU, sua frequência é 12 voltas
por segundo e o seu período é o tempo de uma volta, ou seja, 1/12 segundos.
1 1
f= eT=
T f
No SI a unidade de freqüência é ciclos por segundo (c/s). Essa unidade recebe o nome de
hertz (Hz).
Observação:
SENAI-SP 82
Cálculos Aplicados à Manutenção
Um ponto P da periferia da polia percorre, durante uma rotação, uma distância que é o
próprio comprimento da circunferência.
C=2.π.R (1)
Contudo, 2R = D (2)
C=π.D (3)
Se a polia efetua n voltas por minuto, o ponto P percorrerá uma distância
∆S = C . n (4).
∆S = π . R . n (5)
∆S
Mas, V = (6)
∆t
Substituindo (5) em (6) obtém-se a fórmula prática que nos fornece o módulo da
velocidade tangencial (V t ):
π .D .n π . 2 .R .n
Vt = ou Vt =
Dt ∆t
SENAI-SP 83
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
Solução:
a) b)
SENAI-SP 84
Cálculos Aplicados à Manutenção
3) Uma peça deve ser fresada com uma velocidade de corte de 25,12m/min. O diâmetro
da fresa é 100mm. Calcule o número de rotações que a fresa deverá executar por
minuto.
Solução:
Solução:
5) Uma serra mármore com 20cm de diâmetro executa 12000rpm. Adotando π =3,
determine a velocidade tangencial da serra em m/s.
Solução:
SENAI-SP 85
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
SENAI-SP 86
Cálculos Aplicados à Manutenção
Contudo, o motor que aciona a máquina operatriz nem sempre produz o movimento
apropriado ao trabalho que se deseja executar.
Exemplos:
SENAI-SP 87
Cálculos Aplicados à Manutenção
A manivela é fixada pelo seu núcleo ao eixo de um volante ou mesmo de uma polia ou
ainda ao eixo principal de um motor (eixo de manivela).
A biela é uma barra rígida que se articula em duas extremidades: na manivela e no eixo da
cruzeta. Na ilustração a cruzeta encontra-se dentro da corrediça.
A cruzeta é uma peça de ligação entre a biela e o pistão (ou êmbolo).
SENAI-SP 88
Cálculos Aplicados à Manutenção
O volante aciona a manivela que executa um movimento circular. Por sua vez, a manivela
aciona a biela que, estando conjugada à cruzeta, comunica-lhe um movimento retilíneo
alternado (vai – e – vem).
É fácil perceber que, a cada vai-e-vem do pistão, corresponderá uma rotação completa da
manivela.
SENAI-SP 89
Cálculos Aplicados à Manutenção
Conhecendo o número de rotações por minuto que a manivela descreve, torna-se fácil
determinar a velocidade média da cruzeta ou do pistão, conforme expressão:
2 . C .n
Vm = (m/s)
60
Legenda:
Conclusão: uma cilindrada (ida e volta) da cruzeta ou do pistão terá a duração exata da
revolução completa do volante:
C=D ou C = 2 . R
SENAI-SP 90
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
2) A manivela de uma serra executa 120rpm, acionando uma biela que tem um curso de
0,30m. Determine a velocidade média da biela.
Solução:
3) Calcule o curso do êmbolo e o raio da manivela de uma máquina a vapor, sabendo que
a velocidade média do êmbolo é 20m/s e que a manivela executa 400rpm.
Solução:
a) b)
SENAI-SP 91
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 92
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 93
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 94
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 95
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 96
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 97
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 98
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 99
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 100
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 101
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 102
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 103
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 104
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 105
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 106
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 107
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 108
Cálculos Aplicados à Manutenção
Princípios da termologia
Objetivos
Sem uma gradiente de calor, a vida, tal como a conhecemos, não seria possível
neste planeta.
SENAI-SP 109
Cálculos Aplicados à Manutenção
Temperatura
• Volume de um líquido
• Comprimento de uma barra
• Pressão de um gás a volume constante
• Resistência de um material condutor
SENAI-SP 110
Cálculos Aplicados à Manutenção
Escalas termométricas
Máxima e
Clínico Laboratório Metálico A gás
mínima
O conjunto dos valores numéricos que pode assumir a temperatura t constitui uma
escala termométrica, que é estabelecida ao se graduar um termômetro.
SENAI-SP 111
Cálculos Aplicados à Manutenção
O intervalo entre os dois pontos fixos, na escala Celsius, é dividido em 100 partes
iguais, constituindo cada parte uma unidade da escala, isto é, 10C (um grau
Celsius), conforme mostra a figura.
Nos países de língua inglesa a escala mais utilizada é a escala Fahrenheit, criada
pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736). Nessa escala os
valores dos pontos fixos são: 32 para o ponto de fusão do gelo e 212 para o ponto
de ebulição da água ao nível do mar. O intervalo entre esses dois pontos é
dividido em 180 partes iguais, constituindo cada parte uma unidade da escala, ou
seja, 10 F (um grau fahreinheit)
A temperatura mais baixa que pode existir é um estado térmico em que cessa a
agitação térmica, isto é, os átomos, íons e moléculas deixariam de apresentar
qualquer vibração. Esse limite inferior de temperatura recebe o nome de zero
absoluto, inatingível até então, e que corresponde à temperatura de − 273,150C
(aproximadamente − 2730C).
SENAI-SP 112
Cálculos Aplicados à Manutenção
Lord Kelvin é o título de nobreza que o célebre físico irlandês William Thomson
(1824 - 1907) recebeu em 1892 da rainha Vitória da Inglaterra. Aos 34 anos, ao
instalar o primeiro cabo telegráfico sob o Atlântico, foi sagrado cavaleiro,
recebendo o título de “Sir”.
A escala absoluta criada por Kelvin tem origem no zero absoluto e adota como
unidade o kelvin (símbolo K), cuja extensão é igual à do grau Celsius. Assim, uma
variação de temperatura de 10C é igual a uma variação de temperatura de 1K.
SENAI-SP 113
Cálculos Aplicados à Manutenção
tC − 0 TK − 273 tF − 32 tC TK − 273 tF − 32
= = ⇒ = = ⇒
100 − 0 373 − 273 212 − 32 100 100 180
tC TK − 273 tF − 32
= =
5 5 9
Observe que para diferenciar a escala absoluta das outras escalas, representa-se
a temperatura absoluta com a letra T. Na indicação de alguma temperatura
absoluta não se usa a palavra “graus” e nem o símbolo “0” , conforme recomenda
o SI. Exemplo: 300K ( trezentos kelvins).
SENAI-SP 114
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
a)
b)
SENAI-SP 115
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
Solução:
a)
b)
SENAI-SP 116
Cálculos Aplicados à Manutenção
Pirômetros
SENAI-SP 117
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 118
Cálculos Aplicados à Manutenção
Calor
Salientemos que o termo calor é usado apenas para indicar a energia que está se
transferindo, não sendo empregado para indicar a energia que o corpo possui.
Transmissão de calor
SENAI-SP 119
Cálculos Aplicados à Manutenção
Condução
Por exemplo, consideremos uma pequena barra de aço sendo aquecida em uma
das extremidades por meio da chama de um bico de Bunsen, conforme o
esquema.
A condução do calor só se realiza num dado corpo quando diferentes partes dele
estão em temperaturas diversas: a direção de propagação do calor é sempre dos
pontos de temperatura mais alta para os de temperatura inferior.
SENAI-SP 120
Cálculos Aplicados à Manutenção
Convecção
SENAI-SP 121
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 122
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 123
Cálculos Aplicados à Manutenção
Radiação
A Terra recebe energia radiante emitida pelo Sol. Antes de atingir a Terra, essa
energia emitida pelo Sol atravessa uma região de vácuo.
A mão recebe energia radiante emitida pela lâmpada. Antes de atingir a mão, essa
energia radiante da lâmpada atravessa o ar.
SENAI-SP 124
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 125
Cálculos Aplicados à Manutenção
Equacionando, temos:
E a + E refl + E refr = E i
E a Erefl Erefr Ei
+ + =
Ei Ei Ei Ei
Ea E
A fração é chamada de poder absorvente (a); a fração refl é chamada de
Ei Ei
E
poder refletor (b) e a fração refr é chamada de poder refrator (c).
Ei
Então:
a + b + c =1
Conclusão:
Se um corpo é bom absorvente (a é grande) ele é mau refletor e mau refrator
( b e c são pequenos); se o corpo for bom refletor (b é grande) ele será mau
absorvente e mau refrator (a e c são pequenos) e assim por diante.
Por exemplo, consideremos duas esferas de aço niqueladas. Uma das esferas
encontra-se pintada com tinta preta e a outra encontra-se polida. Se deixarmos
ambas as esferas, simultaneamente, para tomarem banho de sol, a esfera pintada
de preto vai se aquecer muito mais rapidamente que a esfera polida; contudo, se
levarmos ambas as esferas para a sombra, a esfera pintada de preto se esfriará
mais rapidamente que a polida.
Saiba que os corpos com cores escuras são bons absorventes de calor e os
claros são bons refletores. Esse conhecimento é útil para a construção da parte
interior de fornos domésticos e industriais, assim como é útil para a escolha de
tintas que serão utilizadas para pintar caminhões que transportam produtos
inflamáveis. Normalmente caminhões que transportam produtos inflamáveis são
pintados com cores claras.
SENAI-SP 126
Cálculos Aplicados à Manutenção
Prática: Radiação
Objetivos
Identificar o fenômeno da radiação como forma de propagação do calor.
Verificar a influência das cores na absorção e emissão do calor.
Material necessário
1 termômetro de laboratório
1 termômetro de laboratório com fuligem no bulbo
1 lâmpada
1 fio de ligação
1 extensão com “plugue”
1 interruptor
1 cronômetro
1 haste universal
1 haste auxiliar
pedaços de cordonê
Procedimentos
SENAI-SP 127
Cálculos Aplicados à Manutenção
LÂMPADA ACESA
Tempo (min) Termômetro normal (0C) Termômetro com fuligem (0C)
0
1
2
3
4
5
6
7
LÂMPADA APAGADA
Tempo (min) Termômetro normal (0C) Termômetro com fuligem (0C)
8
9
10
11
12
13
14
b) Enquanto a lâmpada estava acesa, o termômetro que absorveu mais calor foi
aquele cujo bulbo estava
( ) normal.
( ) com fuligem.
SENAI-SP 128
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 129
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
1) Considere duas xícaras. Em uma delas existe café quente e na outra, leite
quente, ambas à mesma temperatura.
2) Por que os fornos e fogões são geralmente pintados internamente com a cor
negra?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
SENAI-SP 130
Cálculos Aplicados à Manutenção
B ( ) A inversão térmica que ocorre nas grandes cidades nos dias frios é
explicada pela falta de convecção no ar.
G ( ) Quando sua mãe ou esposa ou você mesmo passa roupa com ferro
elétrico, o principal processo de propagação do calor do ferro para a roupa
é por radiação.
Dilatação térmica
• Dilatação linear
• Dilatação superficial
• Dilatação volumétrica
SENAI-SP 131
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 132
Cálculos Aplicados à Manutenção
No caso dos líquidos e gases não tem sentido falar em dilatação superficial e
linear, mas apenas em dilatação volumétrica.
SENAI-SP 133
Cálculos Aplicados à Manutenção
Um fato importante relativo à dilatação é que ela influi na densidade dos corpos.
_________________________________________________
Dilatação prejudicial : _________________________________________________
Dilatação linear
SENAI-SP 134
Cálculos Aplicados à Manutenção
∆L = L i . α .
∆t
onde α é uma constante de dilatação linear e diferente para cada tipo de material.
Evidentemente:
∆L
α=
L i . ∆t
1
A unidade do coeficiente de dilatação linear ( α ) é: ou 0C−1 .
0 −1
C
SENAI-SP 135
Cálculos Aplicados à Manutenção
L f = L i (1 + α . ∆t)
SENAI-SP 136
Cálculos Aplicados à Manutenção
Objetivo
Determinar o coeficiente de dilatação linear de um material metálico.
Material necessário
1 béquer de 250m
1 bico de Bunsen
1 comparador micrométrico centesimal com base magnética
1 paralelepípedo de aço para suporte da base magnética do comparador
1 tripé
1 tela com amianto
1 paquímetro centesimal
1 termômetro de −100C a +150oC
1 caneca de alumínio
1 caixa com fósforos de segurança
1 cilindro de alumínio maciço de ± 10mm de diâmetro e comprimento de ±100mm
Procedimentos :
Li =
SENAI-SP 137
Cálculos Aplicados à Manutenção
t1=
4 O professor vai colocar água aquecida dentro do béquer onde está o cilindro.
Observe o que ocorre com o ponteiro do comparador micrométrico. Explique
porque o ponteiro se moveu.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
∆L = tf =
SENAI-SP 138
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
SENAI-SP 139
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
SENAI-SP 140
Cálculos Aplicados à Manutenção
Sabendo que α aço = 12 . 10−6 0C−1 e que α alumínio = 23 . 10−6 0C−1, determine:
a) o diâmetro final do mancal;
b) a folga para a montagem em mm.
Solução:
a) b)
SENAI-SP 141
Cálculos Aplicados à Manutenção
∆A = Ai . β . ∆t
A = Ai (1 + β . ∆t)
∆V = V i . γ . ∆t
e
V f = V i (1 + γ . ∆t)
SENAI-SP 142
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
1) Uma chapa de aço (α = 12 . 10−6 0C−1) a 200C apresenta uma área de 50cm2.
Determine a nova área quando a chapa é aquecida a 1000C.
Solução:
Solução:
Solução:
SENAI-SP 143
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 144
Cálculos Aplicados à Manutenção
Diagrama ferro-carbono
SENAI-SP 145
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 146
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 147
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 148
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 149
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 150
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 151
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 152
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 153
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 154
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 155
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 156
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 157
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 158
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 159
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 160
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 161
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 162
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 163
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 164
Cálculos Aplicados à Manutenção
Máquinas simples
Objetivos
SENAI-SP 165
Cálculos Aplicados à Manutenção
Com a alavanca o homem poderá executar um trabalho que não poderia ser executado
somente com sua força muscular. Portanto, pelo fato de realizar trabalho, a alavanca é
uma máquina.
Por mais complicada que seja uma máquina (torno convencional, torno CNC,
retificadora, plaina, desempenadeira, guilhotina, prensa, máquina de costura, motor de
automóvel, rotativa, etc.) ela não passa de uma combinação de máquinas simples.
A força que se aplica à máquina, isto é, a que deve ser transmitida pela máquina,
chama-se força motriz ( F M) ou força potente ( F P)
A força que se opõe a realização do trabalho e que deve ser vencida pela força motriz
chama-se força resistente ou carga ( F R).
A razão entre o módulo da força resistente e o módulo da força potente recebe o nome
de vantagem mecânica (VM) . Em símbolos:
FR
VM =
FM
SENAI-SP 166
Cálculos Aplicados à Manutenção
Quando desejamos abrir ou fechar uma porta comum, aplicamos uma força na
maçaneta.
A partir dos exemplos vistos, podemos definir momento ou torque de uma força do
seguinte modo: “ momento de uma força ou torque é a capacidade que uma força
têm de produzir rotação no corpo ao redor de um eixo.”
SENAI-SP 167
Cálculos Aplicados à Manutenção
Podemos abrir a porta puxando a maçaneta com pequeno esforço, pois a distância do
ponto de aplicação de nossa força, em relação ao eixo de rotação (dobradiças) da
porta é grande.
O momento de uma força (M) é calculado multiplicando-se o seu módulo pelo braço
de alavanca (d):
M=±F.d
SENAI-SP 168
Cálculos Aplicados à Manutenção
No SI a unidade de momento é newton . metro (N.m) que não tem nome especial.
Um binário tende a produzir apenas uma rotação no corpo em que é aplicado. Só pode
ser equilibrado por outro binário, pois uma força sozinha que atuasse no corpo
provocaria uma resultante não nula. A resultante de um binário é nula e o seu
momento, em módulo, é dado por:
M binário = F . d
Condições de equilíbrio
Para que um corpo permaneça em equilíbrio duas condições devem ser satisfeitas:
• Módulo da resultante das forças que nele atuam deve ser nula;
• Módulo do momento resultante das forças que nele agem deve ser nulo.
Em símbolos:
ΣF = 0
e
ΣM = 0
SENAI-SP 169
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
Solução:
SENAI-SP 170
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Determine :
a) o momento de cada uma das forças em relação ao ponto O;
b) o momento resultante em relação ao ponto O.
Solução:
SENAI-SP 171
Cálculos Aplicados à Manutenção
5) Uma barra rígida e homogênea de peso 10N articula-se sem atrito em O. Pelo
centro de gravidade da barra suspende-se um corpo A de peso 30N. Determine a
intensidade da força F que equilibra o sistema.
Solução:
Com certeza a força mais eficiente a ser aplicada por Arnaldo é a força:
a. ( ) A
b. ( ) B
c. ( ) C
d. ( ) D
e. ( ) E
SENAI-SP 172
Cálculos Aplicados à Manutenção
7) Calcule o momento das forças F1 = 50N; F2 = 6N e F3 = 5N em relação ao ponto O
indicado na figura.
Solução:
SENAI-SP 173
Cálculos Aplicados à Manutenção
Alavanca
Alavanca é um sólido alongado (geralmente uma barra) que pode girar ao redor de um
ponto de apoio, também conhecido pelo nome de fulcro ou eixo de rotação.
O braço de potência (BP) é a distância existente entre o ponto de apoio (PA) e o ponto
de aplicação da força potente ( F P).
SENAI-SP 174
Cálculos Aplicados à Manutenção
Alavanca interfixa
O ponto de apoio localiza-se entre o ponto de aplicação da força potente e o ponto de
aplicação da força resistente. Esquematicamente:
Alavanca inter-resistente
O ponto de aplicação da força resistente encontra-se entre o ponto de apoio e o ponto
de aplicação da força potente. Esquematicamente:
Alavanca interpotente
O ponto de aplicação da força potente encontra-se entre o ponto de apoio e o ponto de
aplicação da força resistente. Esquematicamente:
SENAI-SP 175
Cálculos Aplicados à Manutenção
MFP = MFR ⇒ FP . BR = FR . BR
Prática- Alavanca
Objetivo
Identificar a utilidade de uma alavanca.
Material necessário
1 tábua de madeira maciça ( 30cm x 5cm x 1 cm) com faces lixadas
1 prisma equilátero de madeira maciça ( 8cm x 3cm)
Procedimentos
1 Faça a montagem indicada aplicando uma força vertical, para baixo, com a mão
esquerda na extremidade menor da tábua. Essa extremidade menor será o braço
da força resistente (BR). Com o dedo indicador da mão direita aplique uma força
vertical, para baixo, na extremidade oposta da tábua (BP), de tal forma que a régua
fique na horizontal em relação ao plano da mesa.
SENAI-SP 176
Cálculos Aplicados à Manutenção
2 Compare a intensidade das forças aplicadas por ambas as mãos e assinale (X) na
resposta correta de cada afirmativa a seguir:
a) A mão que aplicou força de maior intensidade foi a
( ) esquerda.
( ) direita.
SENAI-SP 177
Cálculos Aplicados à Manutenção
Alicate
Na ponta do alicate, a força é mais intensa que no cabo, e também produz um torque
em relação ao ponto O . Neste caso o braço r da força é menor que o anterior,
correspondendo à distância entre o local onde o fio é comprimido e o ponto O . O
módulo do torque desta força é dado por:
Como os torques tem a mesma intensidade podemos igualar as expressões (I) e (II) :
Observe que a vantagem mecânica pode ser obtida pela relação entre os módulos das
forças de resistência e potente como pode ser obtida pela relação entre os braços das
forças. A vantagem mecânica indica o quanto foi ampliada a força feita pela mão do
operador sobre o cabo do alicate.
Observe, também, que quanto menor for o braço da força ampliada (braço r), maior
será a vantagem mecânica do alicate. É por esta razão que o local do corte fica bem
próximo da articulação (ponto O), pois aí o braço é o menor possível e a força terá
ampliação máxima.
Chave de fenda
Quando usamos uma chave de fenda para apertar um parafuso, a mão exerce no cabo
duas forças paralelas de sentidos opostos, simétricas ao eixo de rotação, constituindo
um binário.
SENAI-SP 179
Cálculos Aplicados à Manutenção
Supondo que as forças aplicadas pela mão tenham a mesma intensidade, o torque
produzido por elas em relação ao eixo de rotação tem também a mesma intensidade.
Este dois torques produzem um giro da chave no mesmo sentido e por isso, o torque
resultante é dado por:
2/ FR b
2P . b = 2R . r ⇒ = = VM
2/ FP r
Mesmo aplicando um torque pode não ocorrer rotação, como é o caso de um parafuso
enferrujado, em que o torque da força de atrito, entre o parafuso e a porca, constitui
um torque oposto ao produzido pela pessoa com a chave de fenda. Nestas situações,
o torque resultante é nulo.
Assim para que um objeto permaneça em repouso, isto é, não translade e não gire em
relação um referencial, além de a força resultante ser nula, o torque resultante também
deve ser nulo.
SENAI-SP 180
Cálculos Aplicados à Manutenção
FR d
=
prego
⇒ FP mão . d = FR = VM
MP = MR prego . x. cos α ⇒
mão prego
FP mão x . cos α
SENAI-SP 181
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
Solução:
SENAI-SP 182
Cálculos Aplicados à Manutenção
3 Determine o módulo da força R no sistema, sabendo que o módulo da força P vale
210N.
Solução:
Solução:
SENAI-SP 183
Cálculos Aplicados à Manutenção
5 A figura mostra um sistema de freio. Determine o módulo da força-peso P que
deve ser aplicada para proporcionar uma força de frenagem R de módulo 300N.
SENAI-SP 184
Cálculos Aplicados à Manutenção
Plano inclinado
O plano inclinado é uma superfície plana e inclinada que forma com a horizontal um
ângulo compreendido entre 00 e 900 .
Por ser encontrado na natureza, o plano inclinado é a máquina simples mais antiga
que se conhece. De fato, encostas de montanhas são planos inclinados.
Recordando:
No equilíbrio estático temos que Pt = Fat ou seja:
P . sen θ = µ . P . cos θ
Objetivo
Identificar os fatores que determinam o módulo da força motriz que
Equilibra uma carga resistente num plano inclinado.
Material necessário
1 haste universal
1 fixador
1 roldana fixa em haste
1 caixa com pesos
1 tábua maciça lixada ( 50cm x 5cm x 1cm)
SENAI-SP 185
Cálculos Aplicados à Manutenção
Procedimentos
1 Monte o plano inclinado usando a tábua de 0,50m de comprimento. A altura do
plano, em relação à superfície da mesa, deverá ser de 0,3m.
SENAI-SP 186
Cálculos Aplicados à Manutenção
d) Comparando o módulo da força motriz entre os ensaios II e III, a força motriz foi
menor no ensaio
( )I
( ) II
e) fator que influenciou no valor do módulo da força motriz entre os ensaios II e III
foi
( ) a altura do plano inclinado.
( ) o comprimento do plano inclinado.
FR h
VM = =
FM C
Dispositivos que derivam do plano inclinado
Cunha
A cunha funciona como dois planos inclinados ao mesmo tempo.
SENAI-SP 187
Cálculos Aplicados à Manutenção
sen θ
FM = 2 . FR .
2
Essa relação têm pouco valor prático, pois devido ao atrito na cunha, o valor real da
força motriz é muito diferente daquele dado pela equação.
Parafuso
O parafuso é um plano inclinado enrolado em um cilindro.
SENAI-SP 188
Cálculos Aplicados à Manutenção
C2 = p2 + ( D . p )2 ⇒ C2 = p2 + ( D2 . p2 ) ⇒ C = p 2 + (D 2 . p 2 )
C= p 2 + (D 2 . 10)
SENAI-SP 189
Cálculos Aplicados à Manutenção
Se avançarmos um passo (p) o parafuso deslocará uma resistência ( FR ), com
velocidade constante. Assim, o trabalho da força resistente (τR) é dado pelo produto do
módulo da força resistente pelo passo, ou seja, FR .p . Porém, para darmos um passo,
será necessário darmos uma volta completa no manípulo da morsa sob a ação de uma
força potente FP .
Como a força FP é aplicada ao punho do manípulo, ela agirá sempre tangencialmente
a uma trajetória circular de raio r.
τ P = τ R ⇒ FP . 2 . p . r = FR . p ⇒ FR 2 . p . r
VM = =
FP p
SENAI-SP 190
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
Solução:
SENAI-SP 191
Cálculos Aplicados à Manutenção
3) O esquema mostra um carrinho de alto forno sendo tracionado por uma força F . O
peso do carrinho é 1,5kN. Dado: sem 600 = 0,86. Determine:
a) o módulo da força F ;
b) a distância C percorrida pelo carrinho.
Solução:
a) b)
SENAI-SP 192
Cálculos Aplicados à Manutenção
4) Para soltar um cone da morsa, é necessário uma força F1 de módulo 30N. A cunha
percorre uma distância
de 5mm e sua altura passa para 1,5mm. Determine o
módulo da força F2 que a cunha exerce contra o cone. Despreze os atritos.
Solução:
5) Examine o esquema e determine o módulo da força F quando a cunha percorre
uma distância de 400mm.
Solução:
SENAI-SP 193
Cálculos Aplicados à Manutenção
6) Um operador aplica uma força potente F 1 de módulo 200N no manípulo de um
balancim, cujo passo de rosca é 4mm. Determine o módulo da força resistente F 2
oferecida pela peça que vai receber uma bucha.
Solução:
SENAI-SP 194
Cálculos Aplicados à Manutenção
Roda
A roda, com certeza, é uma das mais importantes invenções do homem. Como ela foi
inventada ninguém sabe. Contudo, podemos imaginar que, devido às necessidades de
deslocar grandes cargas a longas distâncias, o homem primitivo não podia contar
somente com sua força ou com a força de animais domesticados. Era preciso
descobrir alguma coisa para facilitar a tarefa. Surgiu, então, a roda.
Mas, para ser útil, a roda precisa estar acoplada a um eixo que não passa de uma
segunda roda.
No mundo moderno a presença das rodas é imprescindível. Sem elas não teríamos
automóveis, caminhões, tratores, aviões, polias, roldanas, volantes, engrenagens, etc.
Não teríamos tantos progressos tecnológicos, com certeza.
Sarilho
Roda d’água
SENAI-SP 195
Cálculos Aplicados à Manutenção
Roldanas
Também as roldanas derivam das rodas. As roldanas giram ao redor de eixos que
passam por seus centros. Cordas ou cabos de aço, por exemplo, se encaixam em
sulcos denominados garganta, gola ou gorne e as contornam parcialmente.
As roldanas podem ser fixas ou móveis. Na roldana fixa, o eixo é fixado a um suporte
e, quando em uso, ela não acompanha a carga.
SENAI-SP 196
Cálculos Aplicados à Manutenção
Um roldana fixa funciona como se fosse uma alavanca interfixa de braços iguais.
Examine o esquema:
Mas BO = AO = r (2)
Substituindo (2) em (1) resulta:
FP . r/ = FR . r/ ⇒ FP = F R
Se FP = FR , a vantagem mecânica de uma roldana fixa será sempre igual a 1, isto é,
ela não economiza força.
De fato, as roldanas fixas servem para elevar pequenas cargas com comodidade e
segurança, além de possibilitarem a mudança de direção e sentido das forças
aplicadas.
SENAI-SP 197
Cálculos Aplicados à Manutenção
S1 = S2
SENAI-SP 198
Cálculos Aplicados à Manutenção
FP . AB = FR . AO (1)
Mas, AB = 2r e AO = r (2)
FP . 2 r = FR . r ⇒ FR
FP =
2
FR
A expressão FP = só é válida somente se as forças FP e F R forem paralelas.
2
Uma expressão mais geral encontra-se no apêndice III.
S 2 = 2S 1
SENAI-SP 199
Cálculos Aplicados à Manutenção
As roldanas fixas e móveis, quando combinadas, dão origem aos mais diversos
aparelhos: moitão, cadernal, talha exponencial, talha diferencial, etc.
A figura abaixo mostra um moitão.
FR
FP = onde m é o número de roldanas móveis.
2 .m
SENAI-SP 200
Cálculos Aplicados à Manutenção
A figura abaixo mostra uma talha exponencial. A talha exponencial é constituída por
uma roldana fixa e várias roldanas móveis.
Para a talha exponencial é válida a seguinte relação entre os módulos das forças
resistente e motriz:
FR
FP = n
2
Legenda:
SENAI-SP 201
Cálculos Aplicados à Manutenção
FR ( a − b ) onde a = raio da roldana fixa maior e b = raio da roldana
FP =
2.a fixa menor.
Sarilho
Uma outra derivação da roda é o sarilho.
No tambor se enrola uma corda que serve para prender a carga a ser deslocada.
Para calcular a relação entre a força motriz e a força resistente (carga), consideremos
a vista lateral do sarilho:
SENAI-SP 202
Cálculos Aplicados à Manutenção
M FM = M FR ⇒ FM . b = FR . r ⇒ FR . r
FM =
b
O sarilho só permite aplicar uma força motriz de módulo menor que o módulo da carga
se o braço de sua manivela for maior que o raio do cilindro de seu tambor.
Prática - Roldanas
Objetivos
Identificar roldanas fixas e móveis.
Determinar a vantagem mecânica de roldanas fixas e móveis.
Material necessário
1 haste universal
1 roldana com haste
2 roldanas com gancho
1 haste auxiliar
1 fixador
1 caixa com pesos
1 chapa de aglomerado para proteção da mesa
- cordonê
SENAI-SP 203
Cálculos Aplicados à Manutenção
Procedimentos
FR (N) FP (N) VM
1 1
2
3
SENAI-SP 204
Cálculos Aplicados à Manutenção
FR (N) FP (N) VM
2
3
6
SENAI-SP 205
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
Solução:
SENAI-SP 206
Cálculos Aplicados à Manutenção
Solução:
Solução:
SENAI-SP 207
Cálculos Aplicados à Manutenção
4) Um fazendeiro aplica uma força de 12,5N para elevar um fardo de feno por meio de
um sistema de roldanas. Desprezando os atritos, determine o valor da força
resistente oferecida pelo fardo.
Solução:
SENAI-SP 208
Cálculos Aplicados à Manutenção
5) Determine o módulo da força motriz necessária para elevar uma carga de 1800N
por meio do sistema de roldanas esquematizado.
Solução:
SENAI-SP 209
Cálculos Aplicados à Manutenção
6) Uma carga de peso 300N é elevada por meio da combinação um plano inclinado
com um moitão. O plano inclinado possui comprimento de 1m e altura de 0,6m.
Desprezando os atritos, determine o valor da força motriz F P.
Solução:
SENAI-SP 210
Cálculos Aplicados à Manutenção
Corrosão
SENAI-SP 211
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 212
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 213
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 214
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 215
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 216
Cálculos Aplicados à Manutenção
Nas quatro primeiras formas e na corrosão galvânica o principal prejuízo sofrido pelo
metal é a perda de massa. Na quinta forma de corrosão o principal prejuízo é a perda
de resistência mecânica e na corrosão fraturante o prejuízo principal é a fissuração que
poderá ser seguida de fratura.
Corrosão uniforme
São exemplos de corrosão uniforme: o enferrujamento do aço na atmosfera e o ataque
do aço por um ácido.
Essas corrosões são ditas uniformes porque a superfície atacada perde massa de
maneira mais ou menos uniforme em toda a sua extensão.
SENAI-SP 217
Cálculos Aplicados à Manutenção
A corrosão uniforme é a mais fácil de ser detectada. É visível e, por isso, é a menos
perigosa das corrosões. Seus efeitos podem ser previstos e levados em conta no
momento da especificação das espessuras das paredes metálicas de tanques e tubos.
Essas espessuras são superdimensionadas para levar em conta o metal que será
perdido devido à corrosão. Alumínio e aço inoxidável são muito resistentes à corrosão
uniforme.
SENAI-SP 218
Cálculos Aplicados à Manutenção
A corrosão por crévice é muito importante no caso do aço inoxidável. Por isso, se for
necessário operá-lo em presença de água, ele não deve formar frestas nem apresentar
depósitos de qualquer natureza, inclusive tinta.
O pite pode ter várias formas e profundidades, mas apresenta sempre a profundidade
maior que o diâmetro. Por isso o pite pode atravessar completamente a espessura de
uma chapa metálica.
A corrosão por pites é a principal responsável pela perfuração de tanques e tubos que
transportam água. Por isso, essa forma de corrosão, juntamente com a corrosão por
crévice que também é perfurante, é considerada mais grave do que a corrosão
uniforme.
Alumínio e aço inoxidável, que resistem bem à corrosão de vários meios aquosos, são
violentamente atacados por corrosão por pites se esses meios contiverem cloretos
dissolvidos (por exemplo: sal).
Corrosão intergranular
SENAI-SP 219
Cálculos Aplicados à Manutenção
Corrosão fraturante
SENAI-SP 220
Cálculos Aplicados à Manutenção
Assim, por exemplo, aço comum soldado (que apresenta tensões residuais) pode
fraturar por corrosão quando aquecido em meio aquoso alcalino, mas não fratura em
água salgada. Corrosão fraturante é a forma mais grave de corrosão.
Corrosão galvânica
Quando um metal é eletricamente conectado a outro metal mais nobre e o conjunto
estabelece contato com um meio aquoso, observa-se, geralmente, um aumento da
corrosão do metal menos nobre.
A ação aceleradora da corrosão promovida pelo metal mais nobre chama-se ação
galvânica e a corrosão é dita galvânica. A ação aceleradora se faz sentir em qualquer
uma das formas de corrosão apresentadas anteriormente. No conjunto figurado abaixo,
o parafuso e as arruelas de cobre ou de latão promovem a corrosão localizada do aço.
SENAI-SP 221
Cálculos Aplicados à Manutenção
Os metais mais comuns e suas ligas podem ser distribuídos em quatro grupos de
nobreza:
• Grupo 1 - magnésio e suas ligas,
• Grupo 2 - alumínio, zinco, cádmio e suas ligas,
• Grupo 3 - ferro, chumbo, estanho e suas ligas e,
• Grupo 4 - cromo, níquel, cobre, prata, ouro, platina e suas ligas, grafite e aços
inoxidáveis.
Os metais e ligas do grupo 4 são mais nobres do que os do grupo 3; os do grupo 3 são
mais nobres do que os do grupo 2 e estes mais nobres do que os do grupo 2.
Metais de um grupo ligados a metais de outro grupo, identificado por um número maior,
podem sofrer corrosão galvânica se o conjunto for posto em contato com meio aquoso.
SENAI-SP 222
Cálculos Aplicados à Manutenção
Exercícios
4. Um tubo de alumínio, por onde passa água salgada, com certeza, sofrerá corrosão:
a. ( ) intergranular.
b. ( ) uniforme.
c. ( ) por crévice.
d. ( ) por pites.
SENAI-SP 223
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 224
Cálculos Aplicados à Manutenção
A corrosão do metal começa assim que ele é produzido. Assim que é produzido, o
metal reage com o oxigênio da atmosfera formando óxido:
metal + oxigênio = óxido do metal
SENAI-SP 225
Cálculos Aplicados à Manutenção
O metal recoberto pelo produto aderente da corrosão inicial fica protegido contra a
corrosão. Diz-se que ele está apassivado.
Mas, a natureza não é seca. Afinal, vivemos na Terra e não na Lua. Além disso, a
maioria dos processos requerem calor e sujeitam os metais a temperaturas elevadas.
Assim, a corrosão inicial protetora converte-se nos tipos e formas de corrosão
prejudicial apresentadas nos itens anteriores.
Mecanismo da corrosão
Todo metal, com exceção do ouro, recobre-se de uma camada de óxido. Esse óxido
protege o metal contra a corrosão se a temperatura do metal não for elevada ou se o
metal não for colocado dentro de água ou numa atmosfera úmida.
Nessas condições diz-se que o metal está apassivado. A camada de óxido não precisa
ser espessa para exercer ação protetora. Alumínio e aço inoxidável, por exemplo, são
protegidos por camadas cujas espessuras são inferiores a 0,00001mm. Camadas com
essas espessuras não são visíveis, mas existem e podem ser provadas.
SENAI-SP 226
Cálculos Aplicados à Manutenção
Agentes da corrosão
SENAI-SP 227
Cálculos Aplicados à Manutenção
As corrosões atmosféricas, pelos solos, pelas águas e pelos produtos químicos são
exemplos de corrosão eletroquímica. Todas as formas de corrosão, vistas
anteriormente, podem ser explicadas pela corrosão eletroquímica. A corrosão
eletroquímica é, portanto, uma modalidade de corrosão muito importante.
Corrosão eletroquímica
SENAI-SP 228
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 229
Cálculos Aplicados à Manutenção
Outro exemplo é o alumínio que forma Al3+ no ânodo e 3OH- no cátodo. No caso, o
produto da corrosão será o Al(OH) 3 . No caso do ferro formam-se Fe2+ no ânodo e 2OH-
no cátodo sendo o Fe(OH) 2 o produto da corrosão, se a água não contiver oxigênio.
Caso a água contenha o oxigênio, o produto final da corrosão será o Fe(OH) 3 , que é a
ferrugem.
Corrosão uniforme
No início formam-se muitos ânodos e muitos cátodos pequenos.
SENAI-SP 230
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 231
Cálculos Aplicados à Manutenção
Assim, a superfície do metal, debaixo do depósito, é molhada pelo meio pouco aerado,
enquanto o restante da superfície é molhado pelo meio aerado. O metal molhado pelo
meio aquoso pouco aerado é ânodo e o restante é cátodo.
SENAI-SP 232
Cálculos Aplicados à Manutenção
Corrosão intergranular
No início as regiões anódicas da superfície metálica correspondem às regiões
intergranulares.
SENAI-SP 233
Cálculos Aplicados à Manutenção
Corrosão fraturante
SENAI-SP 234
Cálculos Aplicados à Manutenção
Corrosão galvânica
Nesse caso, quanto menor a área do metal menos nobre - em comparação com a do
metal mais nobre - mais profunda e indesejável é a corrosão. Na figura abaixo, o rebite
sofre corrosão intensa.
SENAI-SP 235
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 236
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 237
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 238
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 239
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 240
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 241
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 242
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 243
Cálculos Aplicados à Manutenção
SENAI-SP 244