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: Cs ah Atividade de diagndstico Formulas trigonométricas e derivadas Avaliacao global As func6es trigonométricas, em particular as fun- Bes seno e cosseno, adquiriram uma importancia especial na Matematica a partir do século XIX, quando 0 matematico francés Joseph Fourier (1768-1830), ao estudar 0 fenémeno da trans- misséo de calor, mostrou que qualquer fungdo, sob determinadas hipsteses razoaveis, pode ser obtida como o limite de uma série cujos termos sao senos e/ou cossenos. Este facto fundamentou 0 desenvolvimento de um ramo da Matematica, hoje chamado andlise harménica. Aanalise harménica é o ramo da Matematica que estuda a representacdo de funcdes ou sinais como a sobreposicao de ondas-base. Investiga e generaliza as nocdes das séries de Fourier e da transformagao de Fourier. As ondas basicas sao chamadas de harménicas e, por isso, 0 nome de “andlise harménica”. Passados dois séculos, tornou-se um tema vasto, com aplicaces em areas téo diversas como 0 processamento de sinais, mecSnica quantica e ciéncia neuronal. E também de destacar a diversidade de aplica~ Ges das derivadas de fungdes trigonométricas, em particular, na resolugao de problemas de otimizacao. 0 desenvolvimento de equipamentos mecdnicos, como, por exemplo, motores de automéveis cada vez mais eficientes e com menor consumo de combustivel, tem camo suporte funcdes sinusoidsis. Atividade de diagnostico Funcio periédica Uma funcdo f diz-se periédica de periodo P, sendo P>0, se para todo o x€ Dy, (x+ P) ED; e f(x+P) =f(x). Periodo fundamental Ao menor valor positivo, P,, do perfodo de uma fungdo periddica chama-se periodo positive minimo ou periodo fundamental. Exemplos: = Operiodo fundamental, P,, das fungées seno e cosseno é 2x. = O perfodo fundamental da fungao tangente é m. Fungio seno f: RR aw sinx Dominio: FR; contradominio: [-1, 1] Periodo fundamental: 2 Zeros: sinx=0 > x=kn, KEZ Extremoslocais: x= 5 +kn, kEZ Maximo: sinx=1 ous ht 2k, keZ Minimo: sinx=-1 > x="24 2m, kEZ A fungao seno é impar: sin (=x) = inx, WxEIR Equacées do tipo sinx=a sinx=sina > r-0 Sxsat2knv Vx=n—at2kn, kEZ = sinx=0 > x=kn, kEZ 62 Para cada uma das fungées reais de variével _ e real seguintes determine 0 periodo funda- mental. 4 f(s) =2sin(x 12. f(x) =1 +008 (n+ 2x) 1.3. f(x) =2sin(@x)-1 16 F(x) =eos(3) 15 f(s) tan (4 3) v6 F@) =tan( 3) (B Mostre que o periodo da fungao definida por _ = 26 1h a S (x) =cos (ax), a#0 é Rae (©) Considere a fungio f definida por: fi: RoR aT sin (20 Determine: 2. ocontradominio de f; 2.2, operiodo fundamental; 3.3. a expressdo geral: «) dos maximizantes; ») dos minimizantes; ©) dos zeros. Resolva, em Ri, as equagGes seguintes, 44, 2sinx-+sin?x=0 2 3a a. 42, sin’x—Ssina +5 © considere a fungao f: R — R definida por: 1-2sin(x+n) 2 sinx f= 4, Determine 0s zeros da fungao. 5.2, Afungao f é impar? Justifique a resposta. Atividade de diagnostico Fungao cosseno FRR x A cosx Dominio: R; contradominio: {-1, 1] Periodo fundamental: 2x Zeros: cosx=0 x= F+kn, KEZ Extremos locais: x=kt, kG Z Maximo: cosx=1 <> x=2kn, kKEZ Minimo: cosx=-1 <> x=n+2kn, kEZ A fungo cosseno é par: cos (—x) =cosx, VxeR Equagao do tipo cosx=a cosx= cosa => SS xeat2knv Vx=-a+2kn, KEZ scosx=0c>x=F+kn, KEZ 1 = cosx= 1p x=2kn, KEZ = cosx=—1 > xan+2kn, KEZ Fungéo tangente ft Dag R XO tanx Dominio: Da, Contradominio: |R Periodo fundamental: Zeros: tanx=0 <>x=kr, KEZ A fungao tangente é impar: Equagie do tipo tanx=a tanx=tana > Sx=atkn, kEZ © Considere a fungao f definida por: f: RR x \4 1—cos(3x) Determine: 641, ocontradominio de f; 6.2, 0 perfodo fundamental; 6.8, a expresso geral dos: ®) maximizantes; ») minimizantes; ©) e108, Resolva, em [0, 2n], cada uma das equacées. 7A. cos’x+cosx=0 7.2. sinx=cos (2x) (©) Considere a fungao real de varidvel real defi- nida por f(x) = 1—cos(—2x+3n) . ©, Mostre que f é uma fungao par, 8.2, Determine f(x), sabendo que sin (24) =2 eque e[0, . ©) Considere a funcao f definida por: FC) =1an(x gar Determine: - o dominio e 0 contradominio de f; 92. 0 perfodo fundamental; 9.3. @ expresso geral de zeros de f; 9.2. sin (= %) sabendo que x€3.°Q e que f(x—n)=1. © Resolva, em R, cada uma das equagées. stan (3x) =tan(4) 7 10.2. a+ tan (20— tan?x=tanx 63 bo euia ae Formulas trigonométricas e derivadas Um harmonégrafo é um dispositivo normalmente formado por dois péndulos, um dos quais aciona uma caneta e 0 outro move um suporte onde se coloca a folha de papel. Fazendo variar a frequéncia dos péndulos (determinada pelo comprimento da haste), a amplitude (depende da al- tura a que o péndulo é langado) ¢ o desfasamento entre os instantes em que cada um dos péndulos inicia o movimento, obtém-se uma infinidade de padroes formados por linhas harmoniosas muito interessantes tanto do ponto de vista matematico como do ponto de vista artistico. As linhas tragadas tém por base as equagGes definidas por x(t) =Asin(at+c) e y(t) =Bsin(bi) (curvas de Lissa- jous). ‘A construcio dos primeiros harmonégrafos ¢ atribuida ao matematico escocés Hugh Blackburn (1823-1909). Atividade inicial () considereafuncao g, de dominio IR, definida por g(x) =cosx. Seja f(x) =acos(bx+e) +d, coma, bER' ec, dEIR. Associe osvaloresde a, b,c e d da coluna da esquerda as correspondentes transformagoes do grafico de g. a=26 « Translacdo de vetor (F , 9) + Translagao de vetor G , ) + Translacao de vetor (0, 2) * Translacao de vetor (0, —2) + Contraco horizontal de coeficiente t * Dilatacao horizontal de coeficiente 2 + Contraco vertical de coeficiente 4 d=2e * Dilatagao vertical de coeficiente 2 DW considere a funcao f, de dominio R, definida por: =2cos (24 f= 3cos 3 +4 2A. Explique como se pode obter uma representagao gréfica de f a partir do grifico da fungao g definida por g(x) =cosx. 22. Determine o contradominio ¢ 0 periodo funtamental (Py) da funcao f. 64 1. Férmulas trigonométricas 1.1. Cosseno da diferenca e da soma de dois angulos Cosseno da diferenca de dois Angulos Sejam a e f as amplitudes de dois angulos convexos. Na circunferéncia trigonométrica da figura, considerem-se os =(cosa, sina) e pontos A e B tais que os vetores OA = OB = =(cosp, sing). Sabe-se que cos (3 ab 35 =— 2-9 eque (2, 6 )=a-p. lal @%) Logo: (cosa, sina) - (cop, sinB) (A BT Como llz'l=1 e lla'l » entao: cos (a - B)=cosa cosB+sinasinB Cosseno da soma de dois angulos Sabe-se que cos (a+) =cos[a-(—B)]. Aplicando a formula do cosseno da diferenca: cos[a— (~B)] = cosercos (~B) + sinasin(~ A) Como cos(-f)=cosf e sin(—B) cos (c+) =cosorcosf —sina sing sing : As formulas do cosseno da soma e da diferenca, deduzidas envolvendo as ampli- tudes dos &ngulos convexos a e fi, sao validas para todos x, yER. ® Areter Cosseno da soma e da diferenca cos(rty)= =cosx cosy—sinxsiny eos(x—y)= Quaisquer que sejam os nmeros reais x e y: cos (x+y) =cosxcosy— sinxsiny cos (x - y) =cosx cosy +sinx siny =cosxcosy+sinxsiny vx, yER ae Exemplo 1 § cos 75°= cos (45°+30°) = : =cos45° cos30°—sin 45°sin30°= g -N2,V3_V2 1 ve—vE @ i 2°22 %2" & vausaeues 65 @ observacao @ Areter sin(x+y) = =sinxcos y+siny cosx sin(x—y) = =sin.xcosy-siny cosx, vx, yER 66 1.2. Seno da diferenca e da soma de dois angulos Seno da diferenca de dois angulos Sejam oe B as amplitudes de dois angulos convexos. Sabe-se que; sin (a~B) =cos[ - («-p) |= =cos|( ) +6] Aplicando a formula do cosseno de soma: cos|(2-a)+$]}=cos(%-a) cosB—sin(Z-a) sinB= [(g-«) +0] (§-#) 2. Resolva,em IR, cada uma das equagies. 2a sin’ Binge 2 | A sin7cosx+ cos sinx: 3 Multiplicamos os dois 2.2. Vasinx+ V2cosx=1 membros por} paracter = heose-Beinvet es cong sata 2.3. cosx+-V3 sinx=—V2 © cos cosx- sin Fsinx=1 <> 2.6.V3 cosx—sinx=0 3 00s + put Falk, keZS eoxa- Fr thn, kEZ @ Areter cos (2x) vxeR 68 s*x— sin*x sinxcosx 1S 1.3. Formulas de duplicagao Se, nos desenvolvimentos de cos(x+y) e sin(x+y), com x, yeIR, conside- rarmos x=): cos (2x) = cos (x +x) =cosx cosx — sinx sinx=cos*x — sin’x e sin (2x) =sin (x+x) =sinx cosx + sinx cosx=2 sinx cosx Férmulas de duplicacao Qualquer que seja o numero real x: cos (2x) =cos*x — sin?x sin (2x) =2 sinxcosx Usando a formula fundamental da trigonometria, cos*x-+ sin’. exprimir cos (2x) em funcdo de cosx oude sinx. podemos cos (2x) = cos*x — sin?x=cos?x — (1 — cos?x) = 2cos*x —1 ou cos (2x) =cos*x — sin?x=1 — sin’x —sin?x=1—2sin?x Logo, cos (2x) = 2cos*x-1=1-2sin’x emaarunnatsiient Exemplo 3 Resolver uma equacao Resolva,em [0, 2n], aequagao 1+cos (2x) =cosx. Resolucdo 1+ cos (2x) =cosx > = 1+ cos*x — sin*x: 08x => 1+c0s"x - (1 —cos*x) = 2cos’x~ cosx=0 > SS cosx (2 cost — 1) =0 €> cosx=0V cosx=3 > © cosx=0V cosx=cos= > 3 vt ore B tke Vx= Bate / Vxs—F+2kn, kez Ai z 3. Resolva cada uma das equagées no intervalo indicado. 3.1. cos (2x) +3 cosx= em [0, 2x] 3.2, sin (4x) + cos (2x) =0, Exemplo4 Resolver uma equaco Resolva,em IR, a equagio sinx+2 sin: Resolugdo sing+2 sin =0 <> e sia (2) <2 sin cos © sin (2x3) +2sin3= X eos x © 2sinj cos5 +2sin5=0 e2sin§ (core) =003 = sing Voos5+1=0 | sinxs0 9 x=kx eraing=oVeost=-1e9 WTI” pay Fans ake, KEZ E> xan V x= 20+ dn, kEZ i : i xan, kKEZ = ({x€IR: x=2kn, KEZ) 4, Resolva,em IR, cada uma das equacées. 4A, cosx+2 cos —3=0 4.2, sinx+ V3 cosx= V2 4,3. cos (2x) =sinx 4,4, sin (4x) cos — sinx cos (4x) = v2 2 4.5. sinx+ sin (2x) =0 6? Bin lleigc) Exemplo 5 Para mostrar | 5. Mostre que, em IR: H Mostre que, em R, sin (3x) =3 sinx —4sin°x. | 5.1. cos (3x) =4c08°x— 3 cosx 2 Resolucao | 5.2. cos(x+y) +08 (x—y) = I sin (3x) = sin (x+2x) = | “Beazer in.xcos (2x) + cosxsin (2x) = | 5.9, Ltsin@s) _ cosx+sinx ‘cos(2x) ~ cosx—sinx = sinx (cos*x — sin?x) + cosx (2 sinx cosx) = =sinx(1—sin?x—sin?x)+2sinxcosxcosx= oss 1 sins =sinx(1 —2sin?x) +2 sinxcos’x= sinx — 2sin’x+2sinx(1—sin?x) i jinx — 2sin°x+2 sinx—2sin’x=3 sinx~4sin*x i Exemplo 6 Para mostrar | 6 Mostre que,em IR: . = i Mostre que, em IR, sin (= A SO8s 1 aga (:)-= patcctas Resolucao i x a(x a(x | cov cos (202) =e’ (2) ~sint(2) = 2sin’ (= | sin’ c | cosx=1 ~2sin*(5) 9 2sin® ($) = 1 ~ cose | in? (£) -1—cosx ., (x) _4,/P— osx 1-cose>a, | int (2) =1= 28 cain 2) =n SE Exemplo7 Para mostrar 7. Mostre que,em IR tanx-+tany Xn ,em R, ——— . 2 tan. Mostre,em A, que tan (x+y) = TA. tan (2x) =—2%0 Resolugao | gd essa sin(x+y) | 72. tan) =Tyranetany tan (x+y)=—~——" = i cos (x+y) i sinx cosy +siny cosx Disdimoos dois termas caxGap= anv any da ragdo por cosxeony ! sinxcosy , sinycosx | _Cosx cosy” cosxcosy “cosxcosy — sinxsiny cosxcosy cosx cosy i tanx+tany | Pal =\cunxmny | nvmorscoetosemees figs A tanxtany 70 © Observacao Area do setor circular OBC: Angulo Areadosetor { mm —— xxl rs ® Areter tim Sinz. mab ox sinx 2. Limite notavel: lim ——= x0 X Consideremos, na circunferéncia trigonométrica, o 4ngulo x, em radianos, tal que xe(o, al, De acordo com a figura ao lado: + BD=tanx e AC=sinx OBxAC z + a érea do setor circular OBC & 08x BD 2 = a rea do triangulo [OBC] é + a drea do triangulo [08D] & Htanx. Area de [08C]< Area do setor circular OBC < Area de [08D] : AsinxeX 5 FO inte) a Mostre que: : HL 9.1. afuncao f é continua; | 9.4. Estude a fungao f quanto a 9.2, abissetriz dos quadantes impares éassintota ao geifico -—-=—=—continuidade, de f. 9.2. Mostre que o grafico de f tem Resoluc3o | duas assintotas. wreyed 9.4. Toda a fungao polinomial é continua em R, omesmo 1S: Mostra que detuacdoni() acontecendo com a fungao seno e a fungao cosseno. Assim, tem, pelo menos, uma solugao para x<0, f é continua por ser a composta de funcées : continuas e, para x>0, f é continua por ser definida pelo quociente e soma de fungées continuas. i 13 i. nointerdalo 3 f 3] No ponto x= Jim fQ) = lim, cos (2x) =cos0=1=f(0) lim f() = tim (x4 80 =0+1=1 lim f= tim F(2) =F(0) Logo, existe lim f(x) e, portanto, f é continua no ponto 0. Afungao f é continua em IR. 9.2. Quando x—+ ~0, 0 gréfico da fungao f nao tem assintotas por ser definida pela fungao cosseno. sinx dado que: HVRER', -16sine<1 > -2¢ ( t)= tim 1=0 Pelo teorema das fungdes enquadradas, Como lim. [f(x) —x]=0, podemos concluir que a reta de equagao y=x 6 umaassintota ao grafico de f quando ADS COMPLETES ig 17 oD xX—+ +00. 74 i z 3. Derivadas das func6es trigonométricas 3.1. Derivada da fun¢ao seno Derivada da func3o seno A funcao seno é diferenciavel em IR, sendo (sinx) =cosx Demonstracao Seja f a funcdo definida em R por f(x) =sinx. 7 f(x+h) — F(x) tim 2 (x+h) =sinx _ a noo nh inx cosh +sinfh cosx~sinx _ a f= im ;_ (sinx cosh — sinx) +sinh cosx = lim ———___—_——= Pau) hn | sinx (cosh —1) = lim | SOhcoson ea h ==sinx tim 1= £084 4 cos x tim Sih — fim 1=£09 hp moo on exemple 84 =—sinxx 0+cosxx1=cosx Se u=glx] e flxl=sinx, entao [fegld=sinu. Pela regra da derivada da funco composta: (Feg) () =9'(x) F(u) =u'cosu (sinx)'=cosx e (sinu)'=u'cosu @ 3.2. Derivada da fungao cosseno Derivada da funcio cosseno A fungao cosseno é diferenciavel em F., sendo (cosx) =—sinx Demonstracao Seja g a fungio definida em IR por g(x 9) =(cosx)'= [z" G-]= (E-») xcos ($-x)= =-1xsinx=—sinx 75 Biel eiitacy Aplicando novamente a regra da derivada da fun¢ao composta: @ Areter : Emsintese: Exemplo 10 Calcular derivadas Determine, nos pontos em que existe, uma expressao da derivada da funcao f definida por: 10.5. f(x) =2xcos"x Resolugao 40.1. f(x)=sin(4x) ieicasesis f' (2) = (4x) x cos (4x) = 4 cos(4x) 10.2. f(x)=sin?(2x+1) teh nae ad (f'@)=2 sin (2x41) x [sin (2x4 1)]' = =2sin(2x+1) x (2x+1) cos(2x+1) = =2x2sin(2x+ 1)cos(2x+1)= 2sina cosa=sin (2a =2 sin[2(2x-+1)] =2 sin (4x+2) 10.3. f(x)=sin (2x41) f'(x)=[(2x+1)'] x cos(ax4 = =2(2x+1)x2xcos(2x+1)*= =4(2x+1)cos(2x+1)* 10.4, f(x) = cos (x? - 2x) (cos =~1sina P= (x? = 22) xin (12-28) = —(2x — 2)sin (x? — 2x) 10.5. f(x) =2xcos*x iefadeeut f'(2)= (2x) cos?x+ 2x (cos*x)' = =2cos*x+2xx 2 cosxx (—sinx)= =2cos*x— 2xx 2 sinx cosx= 2.cos*x — 2x sin (2x) 76 (cosu) =-w'sinu (cosx) =—sinx e (cosu) (cosu)'=—u'sinu 10. Determine, nos pontos em que existe, uma expressao da derivada da fungao f definida por: 10.4. f(x) =sin (2x41) 10.2. f(x) =, in (2x) 10.3. f(x) =x*sinx 10.4. f(x) =3sin?(x+2) 10.5. f(x) =3 sin (x+2)? 10.6. f(x) =xsinx? +2 sin (2x) 10.11. f(x) =25sne 10.12. f(x) =COSx jinx 10.13. f(x) = “a “5 10.16. f(x) = Sinz cosx TS ecex 1 ‘cosx 10.15. f(x) = “agi ilaINlE 3.3. Derivada da funcado tangente Afungo f de dominio o={xeR: xehekn, waz} definida por sinx F(x) = tanx= 20 é diferenciavel em D por ser o quociente de funcdes diferencidveis em IR Derivada da funcao tangente A fungao tangente é diferenciavel no seu dominio, sendo: (tanx)'=1+tan?x= < Demonstracdo 41 os"x (aas)i= (23) (sinx)'cosx~sinx(cosx)' _ osx _c08xcosx— sinx( (cosx)? wcos*xtsin’x 1 cos*x cos*x Exemplo 11 Caleular derivadas Determine, nos pontos em que existe, uma expressao da derivada da fungao definida por: 114. f(x) = Vianx 11.2. f (x) =tan? (2x) Resolugao ; nA, 10)= (Vans) = a 1 = cos? _ : 2Vianx Toston fanx ay 1.2. f'(x)= (tan? (2x) |'=2 tan (2x) [tan (22)]'= sin (2x) x2. _ Asin (2x) 5 x an cos (2x) cos*(2x) — cos* (2x) (cosx)? (tanuy' -—4 cos’ = 2 z= 1+tan?x Aplicando a regra da derivada da funco composta: u'(1+tan2u) =u'(1+tan?u) @ 11. Determine, nos pontos em. i que existe, uma expressdo da | derivada da fungdo definida i por: Daa. f(x) =2tank 11.2. f(x) =tan®(x?+2) | 113. f(x) = tan (xsin*x) 1 11.4. f(x)= fanx+ “sows ometores ra 77 Biel elitiigy Exemplo 12 Calcular derivada pela definicao Determine, utilizando a definigao, a derivada da funcao f definida por f(x) = sin (3x) - cosx no ponto x=n. Resolucao £® = mf Fo) = __ sin(3(t+h)) -cos(n +h) — = img ue i sin(3n+3h) + cosh eae ata el Fix) =n (an) — cose O-ct=1 h (1 —cosh)(1 +cosh) h(L+cosh) costh _ yuo y h=0R(L+cosh) Favendo y= |ao=y—o - =-3x1~- lim —Simh__ +—0h(1+ cosh) =-3— Jim SMA y Jim Sih eo nT ED Te cost =-3-1x0=-3 sss Exemplo 13 Para mostrar Mostre que a fungao f definida por f(x) =sin (kx), com k>0, 6periddica de periodo P,= &. Resolucao Paratodo x€R: F(x+Pp) =F (x) & sin [k(e+ Pa) > sin (kx-+k,) =sin (kx) Como a funcao seno é periédica de periodo fundamental 2m, kP,=2n, pelo que 7,=2h. Este resultado pode ser generalizado para: 12. Determine, utilizandoa definigao, a derivada de cada uma das fungGes f nos pontos | indicados. 124. F(x) =1 4008 (2x) , x= 3 12.2, f(x) =x+sing, x=0 12.3. f(x) =1+tan (2x), x=n | 18. Mostre queafungao f definida por f(x) =tan (kx), com | k>0, éperiédica de periodo i mot AVEWOESCOMPLENERES = As funcdes definidas por sin (kx) e cos(kx) , com k>0, sao periédicas de periodo fundamental Po: ke » A fungao definida por tan (kx) , com k>0, é periddica de periodo P, 78 cepaeted an EH 3.4. Aplicacdes das derivadas trigonométricas trigonomét Exemplo 14 Monotonia e concavidades Considere a fungao f definida em IR por f(x) =4 sinx+ cos (2x) Atendendo & periodicidade das fungdes envolvidas, escotha um intervalo de amplitude maior ou igual ao perfodo de f eestude esta fungao quanto a: 14.1. monotonia, extremos relativos e contradominio; 14.2. concavidades e pontos de inflexao do grafico. Resolucdo As fungGes definidas por 4 sinx e cos (2x) sao periédicas de periodo fundamental P,=2n ¢ P,= 2 =n, respetivamente. Dado que P,=2P,, podemos concluir que 2x é periodo das duas fungGes. Logo, a funcao f é periédica de periodo fundamental menor ou iguala 2x. Atendendo a que o periodo fundamental da fungao f nao excede 2n, vamos fazer o estudo pedido no intervalo [0, 2n] . 14.1, f'(x)=4 cosx — 2 sin (2x) P'(2)=0 > 4 cosx—2 sin (2x) =0 > © 4.cosx— 2x2 sinx cosx=0 > z = 4cosx(1-sinx) =0 <> he = cosx=0V sinx=1 No intervalo (0, 2x]: f (x) (f éestritamente crescente em [o. 3] eem (=. 2a ie estritamente decrescente em [g ; ar]. f tem um maximo relativo (e absoluto) igual a 3 para x= A eum minimo relativo (e absoluto) igual a —5 para =e a Ocontradominio de f é [-5, 3]. ae i 14. Estude as fungées seguintes quanto amonotoniaea existéncia de extremos (tendo em atengao a periodicidade das. fungdes envolvidas, escolha um intervalo de amplitude maior ou igual ao perfodo da fungao f). 164. f(e)= eens) —cosx 16,2. fc) =e 1-cosx 14.3. f(x) =2.cosx+sin (2x) 79 Betula} Exemplo 14 Monotonia e concavidades (continuacao) | 15, Estude as fungées aseguir ae ee : definidas quanto: 2. F(a) =—Asinx= 2% 2005 (22) =—4sins— 4005 (23) stabbed f'(x) =0& —4sinx— 4 cos (2x) =0 Jeosiznt i extremos relativos; © —dsiny—4(1—28in?x) 2065 [ot tne = ao sentido da concavidade do grifico e existéncia de pontos & —4sinx—44+8sin*x=0 i de inflexao. © 2sin?x-sinx-1=0@ | 18.1. f(x) =x+c0s (2x), vise | D=(0, 7] cosines EVIE Bey : = [0, a © sinx=1V sin: | 18.2. f(x) =v3x-sin (2x), » | D=(0, x] Nointervalo [0, 2r]: a i f@= Oepen$ven ty le i 1 T 1 | }ol 15) em ue Lb 18.4. f(x) =. aie e iS is on i f(x) =x+tanx, Aloette ee | Po Eel FUA BA Sal Vib A i Bi. PI. l O grafico de f tem a concavidade voltada para baixo em [o. 2 ; i eem | uz, 2x evoltada para cima em |, ual. 6 Os pontos de coordenadas ( ao; pontos de inflexdo do grafico de f. ' cosx 16.1, Estudea fungao f quanto a 15.1. Estude a funcao f quanto a monotoniae jade | monotonia e 4 existéncia de lextremocnelatives: i extremos relativos. 15.2. Verifique se existem assintotas ao grifico de f. _ 18.2. Verifique se existem Indique, justificando, 0 contradominio de f. assintotas ao gréfico de f. 16.3. Determine 0 contradominio de f. 80 Férmulas trigonométricas e derivadas LS Exemplo 15 Monotonia e assintotas (continuacao) Resolucio / ; . (cosx} (1+ cosx) — cosx(1 + cosx) 184. FQ) a —sinx(1+cosx) — cosx(—sinx) _ a (1+ cos3)® * _~sinx—sinxcosx+cosxsinx_____sinx a (1 +cosx)* =~ G+ cosx)? PW=OAXELR, AS sinx=0AxE]-x, mL x=0 Osinal da derivada depende do sinal de —sinx: son ° ® fi + jo) - | | | 1 i ae Max. f Gestritamente crescenteem |—n, 0], estritamente decrescenteem [0, x{ e tem um méximo relativo (eabsoluto) igual a 3 em x=0. 15.2, Nao existem assintotas nao verticais ao grafico de f dado que 0 dominio é um conjunto limitado. Assintotas verticai Como a fungao f écontinuaem ]-n, x[, apenas poderdo existir assintotas verticaisem x=—x eem x=m. lim _f(z)= lim —£°S*_= Jn ) a—-x 1+cosx [eusaa-t 1 Tecan => vier 1+ (-1°) = fim —£08%_ Jim £6) = im TF cosx =1 =1 “T+(-1') oF Asretas de equacdes x=—m e x=7 sao assintotas a0 grafico da fungao f. 15.3. Sabemos que lim f(x) = lim f(x) oo eque 3 60 = maximo absoluto de f. Logo, como f & continua, atendendo ao Teorema de Bolzano-Cauchy, 0 seu contradominio€ |-e%, 4]. 16. (continuacdo) iB Considere a funcao f definida | 16.4, Estudeafuncao f quanto a0 sentido da concavidade do seu grafico. | 16.5. Determine uma equagio da i reta r, tangente ao grafico de ‘f no ponto de abcissa nula, e justifique que nao existe qualquer outra reta tangente a0 grafico de f que seja paralela Areta r. EE | monoesomes rs ems Bet 81 Birney Exemplo 16 Esbocar 0 grafico de uma funcao trigonométrica Considere a fungao f definida em R por: J (x) =4 cosx~ 2 cos (2x) +1 16.1. Mostre que a fungao f é par. 16.2. Faca um esboco do grafico da funcao f. Atendendo a paridade de f e ao periodo das funcoes envolvidas, escolha um intervalo significativo para estudar afuncao f quanto a: zeros, monotonia e extremos, concavidades e pontos de inflexao (apresente as coordenadas dos pontos com aproximagao &s décimas). Resolucdo 16.1, D,=IR. Seja xED,. f(x) =4 cos (-x) - 2 cos[2(-x)]+1= =4.cosx-2 cos (2x) +1=f(x) Logo, afungao f é par. cus (-3) sone 16.2. As fungGes definidas por 4 cosx e 2.cos (2x) so periédicas de perfodo fundamental 2n ¢ mt, respetivamente. Logo, a funcao f é periédica de periodo menor ou igual a 2r. Atendendo a que f é pare o seu perfodo fundamental nao excede 2r, vamos fazer o seu estudo nointervalo [0, x] eo correspondente esboco do grafico no intervalo [-1, 7]. Zeros f(x) =0 > 4cosx—2c0s(2x) +1209 |" © 4c0sx—2(2c08’x-1)+1=06> ptetet = —4c0s*x+4 cosxt+3=0> 4+Vi6+48 cosr<, Vee © cosxs = all x eoenra—} aby No intervalo [0, x], temos x=n—5=28. Yo Monotonia e extremos S (x) =—4 sinx+2x 2 sin (2x) ==4 sinx+4 sin (2x) f' (x) =0 & —4sinx+4sin (2x) 0 © —4(sinx — 2 sinx cosx) =0 <> & ~4sinx(1-2cosx)=0 2 sinx=0V cose=4 82 | 17. Facaum esbogo do grafico da funcao definida em R por: mein X 4 £O8¥-3 S (2) sind 4 O88 Atendendo a periodicidade das funges envolvidas, escolha um intervalo significativo e comece por estudar a fungao quanto a: = zeros; = monotonia e extremos; = concavidades e pontos de inflexdo. i i ; i i a Exemplo 16 Esbocar o grafico de uma funcao trigonométrica 18. Faca um esboco do grafico da (continuacao) i fungao definida no intervalo Portant P@)=0AKE[0, x] > x=0V a= EVaen ! 1m “ je al ao x g Comece por estudar a fungao 3 ; po i i quanto a: 0 + 0 i f i ae | —t ' = zeros ae = a = assintotas = monotonia e extremos Concavidades e pontos de inflexaio = concavidades e pontos de inflextio f(x) =—4 cosx+ 4x2 cos (2x) = 8 cos (2x) — 4 cosx f'@=0AxEf0, rS © 8 cos(2x)—4cosx=0AXE[0, 1] = 8(2cos*x— 1) —4cosx=0Ax€[0, t]e> © l6cos*x— 4 cosx-8=0A x€[0, x]> = 4c08"x — cosx-2=0AxE[0, IO 1i-v%3 8 = cosx= MS coat AxE[0, 1] Assim: 1 Y8 x -o903 | x arccos (0,843) V x arccos (— 0,593) i ¥ 0,568 V x 2,206 S (0,568) ~3,5 e f (2,206) « —0,8 pete eet Te] «| + |o| - Joj] + |x 3 385 K-08 = | PL. PL. 7 | aime ovPuevenas f hire eneuaey Exemple 17 Com a calculadora grafica Considere as funcoes f e g definidas em IR p f (x)= 17.1. Justifique que se o grafico de g intersetar o grifico de f, a abcissa do ponto de intersecao pertence ao intervalo {o, 2]. =2c0sx e g(x)=3-2x 17.2. Mostre que o grifico de f interseta o grafico de g umae uma s6 vez. 17.3. Utilizando a calculadora gréfica, determine um valor aproximado &s décimas para a solugao da equacao f(x) =g(x). Resolugao 17... Comecemos por determinar 0 contradominio de f. Para x€IR, temos: —1 —-2<—-2cosxe2e> © 1-2<1-2cosx<1+2-1 )3-2<3A3- 23-1 xB0AxK2@xE[0, 2] 17.2, Pretende-se provar que a equagao: f(x) =8(x) f(x) —8(%)=0 tem uma e uma sé solugao. Seja h afungao definida em IR por h(x) =f(x) — g(x). h(x) =1-2 cosx — (3 — 2x) <> h(x)=2x - 2-2 cosx = h 6 continua em R por sera soma de fungdes continuas. Logo, h écontinuaem [0, 2]. = h(0) =0-2—2cos0=~—4<0 h(2) =4-2—2cos2=2—2c0s2=2(1—cos2) >0 84 2 19. Considere as funcoes definidas : por: é i fr RR : x<+2sin (2x) -1 : g: RoR x ar 5 19-1. Justifique que, se x<1 ou x>3, aequagao f(x) =g(x) éimpossivel. 19.2, Mostre que a equacao S(x) =g(x) temumaeuma 86 solugao. 19.3, Utilizando a calculadora gréfica, determine um valor aproximado as décimas da abcissa do ponto de intersegao dos graficos das fungées fe g. Férmulas trigonométricas e derivadas nea Exemplo 17 Coma calculadora grafica (continuacdo) i Como h écontinuaem [0, 2] e h(0)xh(2)<0, podemos concluir, pelo coroldrio do Teorema de Bolzano, que h admite pelo menos um zero em ]0, 2[ A) = (2x-2-2cosx) = +2sinx>0, VxEIR i Dado que h'(x) >0, VxER, afuncao h éestritamente crescente em R.. Logo, h é injetiva, pelo que nao pode ter dois zeros. Assim, 0 zero cuja existéncia se provou no intervalo ]0, 2[ &tinico. Portanto, 0 grdfico de f interseta o grafico de g umae uma s6 vez. pee 17.3. Recorrendo & calculadora grafica e considerando as | fungdes ¥,=f(x) e ¥,=g(x), determinou-se, no i 4 intervalo ]0, 2[, aabcissa do ponto deintersegaodos dois graficos. i Concluimos que a solugdo da equagao f(x) =g(x), com BBISESY vensasnese aproximacao as décimas, 6 1,3. i Exempto 18 Triangulo de area maxima 20. Seja [4BC] um tiangulo : : | is6sceles tal que AB=BC=2 Num referencial ortonormado Oxy, considere a reta r que i 2 3 eseja @ aamplitude,em s P(1, V3 inclinacao igual a 0, ' passa no ponto P(1, V3) e tem inclinacdo igual a 6, em rollins dodanie ade x Oe al. z Areta r interseta os eixos Ox ¢ Oy nos pontos A e B, respetivamente. radianos, com 6 Determine a drea minima do CG A iriéngulo [as]. Determine: Resolucao 20.1. amedida da drea do triangulo [ABC] para a=k, 12 20.2. ovalorde a paraoquala medida da area do triangulo éméxima e determine-a. BD tan (nw 6) <=> > =—tand <= BD=—tand : 85 Uren ae) Exempto 18 Tridngulo de drea m&xima (continuacao) (+20) (v3+- 58) A= (va g-mnd_-3) = —(1+tan*0) | zo-L 26) — =0-(1+tan%0) tn i 3 = (1+tan’@) x G aa) = i 3=tan’o 2tan’@ = (1+tan?6) x A'(9)=0@ 3-tan’?9=0& SS tan’@=3 Como 6€|2, nx], temos tand=— V3, pelo que: i -2v3 i =V3+4 35 43¥8. 3v3_ | 2x3 i =2V3 i A 4rea minima do triangulo [OAB] 6 23 e ocorre para i 22h i os: i 86 Formulas trigonométricas e derivadas Exemplo 19 Um problema classico Dois corredores sdo perpendiculares de acordo com a figura a0 lado. Uma chapa metilica vai ser transportada de um corredor para 0 outro. ‘Um dos corredores tem 2m de largura eo outro tem 3m. Determine o comprimento maximo que a chapa metdlica pode ter para que consiga dara volta. Resolucao Na resolugao do problema vamos desprezar a espessura da chapa metélica. Pretende-se saber qual é0 comprimento minimo de S=AB+BC. _aSeosar, ~2(-sina) _—3c0s°er+2sin’e sino cosa sin® cos" a 3'(@)=0 > -3cos°a+ 2sin’a=0 <> Divison dis =3cos? in? snembros por co! #0 ep Soest 2sin?a 9 cosa 2 a3 > -3+2tan’a=0 > tana= > > eo anarctan ys pelo que a~ 0,853 rad. ae 0] 0,853 é s | - 0 + s \ Min, == y = Ocomprimento s=AB+BC 6 mfnimo para or= arctany/ : ara este valor de or temos (a) #7,02m. A chapa metélica teré de ter um comprimento igual ou menor 2 que 7m para poder dar a volta na confluéncia dos corredores. 21, Um canal de rega é construido com placas quadradas de betao prefabricadas. Cada placa tem 2m de lado e sao dispostas de forma que a seccao do c: anal tenhaa forma de um trapézio isésceles, como se mostra na figura. Seja @ amplitude, em radianos, do angulo que as faces laterais do canal fazem com o plano horizontal. Determine @ demodo queo caudal de égua que o cai nal possa suportar seja o maximo, mennesconPLEEae Fg BD 87 Blatter tar] 4. Graficos de funcées trigonométricas. Osciladores harménicos @ 4.1. Graficos de funcées trigonométricas Aperiodicidade das funcdes trigonométricas permite que estas sejam utilizadas para definir modelos matematicos para indmeros fendmenos periédicos, pre- sentes em varios dominios, desde a astronomia & biologia, passando pelas cién- cias sociais e humanas, mecSnica, economia e quase tudo o que nos rodeia. 88 Para modelar estes fendmenos s8o muitas vezes utilizadas fungdes do tipo: =f, (x)=asin(bx+c)+d ou G)=asin[6(x8)] 0 = f,(x) =a cos (bx-+c) +d ou 120) =ac0s](r+£)|+ = f(x) =atan (br+c) +d ou ou 146) =atan[b (x+£)] +4 coma, b,c, deRea, b#0. Os gréficos destas funcdes so, respetivamente, imagens dos graficos das fun- des g,(x) =sinx, g(x) =cosx e g,(x) =tanx pela composicao de transfor- macées no plano: = Contraco (se |al<1) ou dilatagao (se Jal> 1) vertical de coeficiente a += Contracio (se lbl> 1) ou dilatagao (se Ibl<1) horizontal de coeficiente b » Reflexao de eixo vertical (se b<0) ou de eixo horizontal (se a<0) « Translagdo de vetor 7 CP 4) A contracao ou dilatagao horizontal também se reflete no perfodo destas fun- des. Assim, o periodo fundamental das fungées f, e f, (seno e cosseno) passa a t e0dafuncao f, passaa ser P= al cao fy p oH aser Py= F Formulas trigonomeétricas e derivadas Funcoes do tipo f(x)=a sin(bx+c)+d Tal como foi referido, para fazer o estudo de uma fungao do tipo: f(x) =a sin (bx+¢) +d=a sin [> (+8) +d podemos partir do grafico da funcaio glxl=sinx e considerar as transforma~ oes enunciadas. = Grafico da funcao g(x) =sinx Inicio de ciclo \ atd ©& Observacio Inicio de A linha do grafico de uma 1¢a0 do tipo =asin(bx+0)+d hama-se sinusoide, hf Sa phe ie fol Para esbocar 0 grafico de uma funcao deste tipo podemos determinar os ele- mentos fundamentais a partir dos pardmetros conhecidos, como, por exemplo: = 0 contradominio: D'=[-lal +d, lal +d] = 0 periodo positive minimo: 2x pia 2e “Tal ou seguindo outros processos jé estudados. 89 Vereen are) Exemplo 20 Esbocar o gréfico de uma funcao trigonométrica 22. Esboce o grifico das funcoes / intes indicand Esboce o grifico da funcao definida por: Se tae i periodo positive minimo, 0 f(x) =343sin ( ox x) : contradom{nio e os zeros. no intervalo [0 , 2r], indicando 0 periodo positivo minimo, o | 224, f(x) =-1425in (% +8) contradominio e 0s zeros. | ei nointervalo [0, x]. Resolucdo | f(x) =343sin ~§)-9+asia[2(x-8)] = = Red= a=3, b=2, c=—Fe d=3 grafico desta fungao ¢ imagem do grifico de g(x) = inx pela contragao horizontal de coeficiente }, seguidadedilatagio | vertical de coeficiente 3 e da translagao de vetor (5.3) : ! 6 Periodo fundamental f Contradominio Se 0 i oxo Ub sin, KEZAXE[O, 2] > i Lit 230 | = UE y y= 238 Per ga i Para esbocar o grafico de f vamos determinar os minimizantes eosmaximizantes de f, os pontos de inflexao, assim como f(0) efx). i Minimizantes i Como o minimo de f é 0, ug e oe séosimultaneamente zeros e minimizantes de J. 90 Exemple 20 Esbocar o grafico de uma funcao trigonométrica (continuacao) Maximizantes Oméximo da fungao f 6 6. f(s) =6 <9 343 n(2x— 2) = sin (2e-8) =1Ax€(0, onl x FoF +h, KEZAXE([0, nl GAXE[0, 2m] > © 2x= E+ Ey 2ke, LEZ AxE(0, 2m] exam, kEZAxE[0, alo li Sn ers Givin Pontos de inflexao 0s pontos de inflexao do grafico de f pertencem & reta: yadey=3 J) =3.93+38in(20—8) <3 > sin(2x—) 06 2-8 kn, KEZ em x= tt fa —2n 7m 5 rash Vxe By x=5t im [0, 2n] BY x= BIR GIRS Determinagio de f (0) ¢ f (2x) F(0)=f(2n) =3+3.sin(2x0 ~6=3Vv3 2 Esboco do grafico fungao kEZ | 22. (continuacao) Esboce o grafico das fungoes seguintes indicando o perfodo | positive minimo, 0 { contradominio os zeros. ?) 22.2. f(x) =1-2sin (om: nointervalo [0, 1]. | £ @ Observac3o | i Qutro processo para determinar os maximizantes: xa} t2kn, keZéa expresso geral dos maximizantes de g(x) = sinx. Assim, os maximizantes de f nointervalo [0, 27] sao: iy xajxhs Erin, keZ =~ 5h+12ke okt eZ Em [0, 2n], temos: e Het s009s6s ves 1 Barolo cl eT Fungées do tipo f(x)=a cos(bx+c)+d As funges deste tipo, tal como no caso anterior, podem ser estudadas a partir de transformacées conhecidas sobre o grafico da funcao g(x) = cosx. = Grafico da fungao g(x) = cosx y Inicio de Af ciclo Ry = Grafico da fungao f(x) =a cos [> (x Inicio de ciclo Observacao Alinha do gréfico de uma fungao do tipo f(2)= cos (bx+ 0+ também se chama sinusoide. Exemplo 21 Esbocar 0 grafico de uma funcao trigonométrica Esboce o grafico da fungao definida por: =-1-2¢08 (24% f(x)=-1 200s (+2) nointervalo [0, 4x], indicando 0 perfodo positive minimo, o contradominio e os zeros. Resolucao Perfodo fundamental P,=(2n):4=4n Contradominio Para 0- = 2008 ($+2)= z X,Rig yh wg tek 5+ amt 5+ Oke, KEL Sp xantsinV x= 2 dkn, kEZ Em [0, 4x], temos xenVvas, Minimizantes e maximizantes Minimizantes de f : $0) =-3.49 ~1~ 2005 ($48) = 3. cos EEL z 5+ Bathe, KEL 2 eo xo BHU pez Em [0, 4x], temos onl. Maximizantes de f: Ste X42). 4m) f()=1S-1 2008(5+2) 1 0s (5+) le Ft Gat kn, kEZ eo x= SEER, pez Em [0, ar], temos x= 52. Pontos de inflexao -165-1- 4m) -_ 7 f(@)=-1e-1 2eos($+2) Les cos (3+) Se X,R LR = 2m Et GT gt, KEZ xa Es Din, kEZ Em [0, 4], temos xe 2BVxm -. Outros pontos £(0) =f(4n) Esbogo do grifico —2cos 23. (continuagao) Esboce o grafico das fungoes seguintes indicando o perfodo positive minimo, 0 contradominio e os zeros. 23.2. f(x) =3~2e0s(3— n) nointervalo [0, 4]. Tea RTT aeszossare vat 93 Funcoes do tipo f(x)=atan(bx+c)+d O grafico das funcées do tipo f(x) =a tan (bx +c) +d pode ser estudado a partir das propriedades da fungéo g(x) =tanx. « Grdfico da fungao g(x) =tanx Exemplo 22 Esbocar o grafico de uma funcao trigonométrica Esboce o grafico da funcao definida por: f(x) no intervalo [0, r] Mf = VStan (—3e+ m 7m ln 4’ 12" 12 ‘) } , indicando o perfodo positivo minimo, o contradominio e os zeros. Resolugdo Periodo fundamental r al 7 Contradominio Dj=R ‘Zeros 1(3)=0 91 -VBtan (20+) <0 6 tan( ae Fa Gt ke, KEL x= No dominio de f, temos x= 94 Bx n-12kn gg ee 24. Esboce o grafico das fungbes aseguir definidas indicando o periodo positivo minimo, 0 contradominio ¢ os zeros. 264. f(x) =2+21an (20+ 3) nointervalo 10, xi\{ 3} Exemplo 22 Esbocar o grafico de uma funcae trigonométrica (continuacao) Assintotas Jim, f() = lim, 1-Vitan(—a+ =1-V3x (+00) lim _f@)= tim. ft ~ vBian(—ax4%)|=1-Vten (-#)= =1—V3 x (-00)=+00 De igual modo: lim_f(2)= lim_f()=+e0 é lim f(2)= lim f(4) =20 a u Asretas de equagées x: grifico de f. Pontos de inflexio Os pontos de inflexao de f pertencemareta y=d => y=1. mm 12 e x= UE sao assintotasa0 f(a) =16 1 Vitan (-39+ 4) <1 tan(-30+7) = Ake exes Bm kez No dominio de f, temos x= eM, x= Outros pontos F(0)=f(n) = Esbogo do grafico ee 24. (continuagao) contradominio e os zeros. 2 nointervalo Jo, 4[\{2} © Observacdo = lim tanx=+00 = lim tanx=—00 | 26.2. f(a) =2V8 —2tan (SE-F 2 Esboce o grifico das fungoes a seguir definidas indicando 0 periodo positivo minimo, 0 95 Batlle tuc Exemplo 23 A altura das marés Com os dados recolhidos numa doca, durante um certo dia, const niu-se 0 esboco do grafico apresentado na figura, 0 qual mostra como variou a profundidade da égua com as marés, Altura da maré go, 2 8 14 Hora do dia 20 24% As zero horas fez-se o primeiro registo, tendo-se verificado que a altura da gua era de 4,5 metros. A baixa-mar ocorreu as 2 horas e as 14 horas, tendo-se registado uma profundidade de 4 metro subida da maré, a égua atingiu, na praia-mar, 6 metros de profundidade, o que se verificou as 8 horas e As 20 horas. Modele a situacao descrita, usando uma fungao da forma onde ¢ representa a hora do diae f(¢) a profundidade da agua, em metros, no instante 1. Resolucao Determinagao de a e d Como Dj=[4,6], temos que a Determinagao de b O periodo da fungao é 20-8 = 12. 12=7% 6 [pl= 22 | ol 2n 2 ols grafico de f nao foi obtido por uma reflexao de eixo Oy. Logo, b=%. 6 Determinagio de ¢ Ee d=5, peloque f())=sin (Ere) +5. Como f(0)=4.5, sin(Ex0+e) +5=45.< sine=—3, pelo % in ." § )esassea. | 25. Na figura esta representado i num referencial cartesiano 0 | grafico de f. Use uma funcdo da forma f(x) =asin(bx+c) +d, com i a,b,c, deRea, bz0, | para definira funcao f. DADS cOMPLENENTES ig co % Observacdo @ @ sao letras do alfabeto grego: @ lé-se “6me; o lé-se “fi Amplitude Deslocamento méximo 0 ponto relativamente & osigao de equilibrio. Periodo Tempo necessédrio para completar um ciclo. Frequéncia Niimero de ciclos por unidade de tempo. 4.2. Osciladores harménicos Oscilador harménico Um oscilador harménico é um sistema constituido por um panto que se desloca numa reta numérica em determinado intervalo de tempo I, de tal forma que a respetiva abcissa, como funcaio do tempo t@/, & dada por uma expresso da forma: x(t)=Acos(@t+@), onde A>0, >0 e gE (0, 2n[ tal que: + A designa-se por amplitude; = @ designa-se por pulsacao; » g designa-se por fase. Periodo da funcao x(t) =Acos (wt + 9) Seja T 0 periodo da funcao x(t) =A cos (at+9) x{t+T) =x(t) <> Acos[o(t+7) +9] =A cos (wt +o) > © 005 | (wt+ 9) + 07] =cos (m+ 9) Dado que 2x é 0 periodo fundamental da fungo casseno, tem-se que: Ol =n T= o Periodo e frequéncia Seja T 0 periodo da funcao x(t) =A cos (@t+g) , tem-se: 72k @ aa a frequéncia do oscilador harméni Grafico de uma funcao do tipo x(t) =Acos (ot+9) 97 Tats lata) Exemplo 24 Movimento de uma particula 26. Uma particula desloca-se sobre oeixo das abcissas de forma que a sua abcissa no instante t, em segundos, é dada por: x(t)=2 cos (E+), em metros. Uma particula desloca-se sobre o eixo das abcissas, de forma que a sua abcissa no instante 1, em segundos, entre os instantes t=0 e t=4, édada, em metros, por: | x(t) ~4.005(™4n) 24.1. Determine: 26.1. Determis a) amplitude; a) amplitude; b) apulsacao; : b) a pulsacio; ¢) a fase; ¢) afase; 4) 0 perfodo; | 4) o periodo; e) a frequéncia. i ) a frequéncia. Calcule a velocidade da particula nos instantes: a eae ee nce | 26.2, Determine a velocidade da a) t= 6. particula nos instantes: byt=1 a)t=0 24.3, Calcule a aceleragao da particula nos instantes: i ise a | 26.3. Determine a aceleragao da b) £=0,5 | particula nos instantes: 26.4. Faca um esboco do grafico da funcao. Para tal, determine a)t=2 0 zer0s, 0 contradominio, os maximizantes e os | pee minimizantes. | 26.6. Faca um esbogo do grafico da Resolucao | fungao x. 24.1, a) Aamplitudeé 4m. ]x(0)=Acos(ars 9) Para tal, determine: | 4:amplitude . 7 b) A pulsacao é rad/s . ee os zeros; tase = 0 contradominio; ©) Afase é mrad. a =4s. 1 Wr r = osmaximizantes e os d) O periodo é T- minimizantes. wal e) Afrequéncia é 3 26.2. #() =— sin (Sen) =—2nsin (+n) a) v(0) =x'(0) =-2nsinn=0 m/s » v(a)=2"(1) =-2n-sin (88) =20m/s 24.3. w()=~2n%Bcos (+n) =—n*c08 (¥+n) rcosn=n' m/s 2 2 (0) = b) a (0,5) =x" (0,9) = —x*cos = VOR myst f a) a(0) 98 a4 Ro Exemplo 24 Movimento de uma particula (continuacdo) 2b.6, Zeros ¥(0) 0.94 c08( +n) =0 > cos (+2) =06 Mans Etim, eZ eoteiattk, kEZS 2 2 ’ 2 207 eo ba htk, keZ eo t=-142k, KEZ Em [0,4], f=1Vt=3. Contradominio Como r€[0, 4], ne Hincan, pelo que: ~1<005(M4n) <1 49 -4caeos (Ben) Benens2in, keZ jak, KEL © t=4k, kKEZ Em (0, 4], =0Vt=4 Os minimizantes sao 0 e 4. Grafico da fungao 99 Biase) Exemplo 25 Escrever a expressao analitica Arepresentacao grificado f(y movimento deum 204- oscilador harménico f no intervalo [0 , 6] encontra-se na figura ao lado. 25.1. Determine a amplitude A, operiodo T, apulsagio @ ea fase 9. 25.2. Escreva uma expressio analitica f(t) que defina a fungao representada. 25.3. Utilizando a expressio obtida em 2.2., determine os valores de ¢ tais que f(t) =10. Resolugao 25.1. Observando o grafico, podemos concluir que A= 20m e T=4s. aI 4 a o <2 =X OFF rads JAsabemos que f(t) =20 cos (+0) e pretendemos determinar 9. Por exemplo, observando novamente o grafico, sabemos que f(1)=-20. f(1) =-20 > 20 cos (*51-+9) 20A pe lO, 2nf > 008 (§+9)=-1A9¢[0, xf en Ft Oa nt Ake AGE[0, onl 2 9= E+ 2knA@Elo, onl =F 2 vole 25.2. f(t) =A cos (t+) e A=20, o=Fe e=5 Logo, f(t) =20.cos (E+ 3) , 25.3. f(t) =10 <> 20 cos (3 §)=1wrrelo, oe my q 005 (H+ 5) LAtElo, ot 2 Rein E48 gt tk, keZA AtEelo, 6] > -B44k, REZATE(0, OS 100 27. Arepresentagao grafica do movimento de um oscilador harménico f no intervalo [0, 8] 6aseguinte: 27.1. Determine a amplitude A, 0 periodo 1, apulsagao @ ea fase 9. Escreva uma expressao analitica f(t) que definaa fungaio representada. Utilizando a expressao obtida em 27.2., determine os valores de £ tais que f@)=25. Formulas trigonomeétricas e derivadas Exemplo 26 Alongamento na vertical Uma mola esta suspensa por uma extremidade, tendo na outra extremidade um corpo C. Apés ter sido alongada na vertical, a mola inicia um movimento oscilatério no instante t=0. A distancia do corpo C ao solo (em metros) é dada em cada instante t (em segundos) pela expresso: Dio) cos (snes )+4, para 1€ [0,1] 4 26.1, Determine a distincia maxima e a minima do corpo C ao solo. 2 26.2. Indique o valor da amplitude do movimento de C. 26.3. Calcule o perfodo e a frequéncia deste oscilador. 26.4. Calcule os instantes em que 0 corpo C esté a distancia de 4 metros do solo. Resolucao 26.1. Como ¢€[0, 1]: pSont+ F = sc0s(snr+®) 44-46 | = c0s(ant+#)=0¢ i = 5nt+ © pike, kKEZAtE[O, Nes = 5m Etkw, KEZAtE[0, 1] eotedet, kEZALED, NO : etetviedelvreSvisByiel : 20 2004 20 20 20 28, Uma mola esta suspensa por uma extremidade, tendo na outra extremidade um corpo C. ‘Ap6s ter sido alongada na vertical, a mola inicia um movimento oscilatério no instante 1=0. A distancia ao solo do corpo C (em metros) é dada emcada instante t (em segundos) pela expresso: D(t) =2.0 (ont )+3, para t€[0, 3] 28.1. Determine a distancia méxima e minima do corpo C€ aosolo, 28.2. Indique o valor da amplitude do movimento de C. 28.3. Determine o periodo ea frequéncia deste oscilador. 28.4. Indique a fase. 28.5. Determine os instantes em que o corpo C esta distancia de 4 metros do solo. 101 bie eieuc icy 102 9 Lei de Hooke e segunda Lei de Newton Na disciplina de Fisica estudam-se a Lei de Hooke e as Leis de Newton. De acordo com a 2. Lei de Newton, a forca que atua sobre um corpo (F) édire- tamente proporcional ao produto da sua massa (m) pela aceleracao por ele adquirida(a). Essa relacao é descrita pela equacao F=ma. Ao estudar as deformacées de molas ¢ as forcas aplicadas, Hooke verificou que a forca produzida peta mola é proporcional ao alon- gamento, ou seja: F=-ax(t) sendo a a constante eldstica da mola, Dada uma mola fixa numa das extremidades e um ponto material P de massa m colocado na outra extremidade, tomando por ori- gem da reta numérica em que P se desloca o respetivo ponto de equilibrio, a abcissa x(t) da posicéio P no instante ¢ satisfaz a equacao: mx"(t)=—ax(t) (a> 0) Deste modo, a Lei de Hooke é um caso particular da 2.° Lei de Newton, Funcées do tipo x(t) = Acos (Vat+ 6) Vamos verificar que as funcdes definidas por uma expresséo da forma x(t)=Acos(Vat+b), com A, bER e @>0, satisfazema equacao: x"(t)=-ax Repare que: -ax(t) =-aAcos(Vat+b) e que: x(t) =-AVasin(Vat+b) Vamos determinar x"(t). x(t) = (-AVasin (Va t+b)) = =-Avavacos (Vat+b) = =- aA cos (Vat+b) Logo, x"(t)=-ax(t). Por outro lado, também se prova que todas as solucdes da equacao x"(t) =—ax(t) so da forma x(t) =A cos(Vat+b). Assim, conclui-se que um sistema constituido por uma mola fixa numa extre- midade e por um ponto material P colocado na outra extremidade é um oscila~ dor harménico. Exemplo 27 Oscilador harménico Um ponto P move-se no eixo das abcissas de forma que a sua abcissa no instante ¢ (em segundos) ¢ dada por: x(t) =V3 cos (xt) —sin (nt) 27.1. Prove que se trata de um oscilador harménico. 27.2, Determine, no intervalo [0, 2], as abcissas do ponto P nos instantes em que a velocidade é nula. 27.3. Calculeo valor real k tal que x"(t)=-kxx(1) . Resolucao 274. x(t) =V5cos( at) ~ sin (nt) =2Seos(e) —2oin no) |= 2 [evs (2) cos at) ~ sin (E 2 | ) sin (xe)|=2.c08(1+8) Trata-se de um oscilador harménico porque é definido por uma expressao do tipo x(t) =A cos (wt+g) com A>0,@>0e @E[0, 2a. 27.2. x(t) =2cos (m+ z) x (1) =-2nsin (m+ 4] £()= 0.69 -2nsin(nt+E) <0 eos takn, keZ > 1 +k, kEZ Nointervalo (0, 2]: (t) = =Sy rel x() 0 te gVIR se 5). 54%). a x(3) =200s (n+ §) =2 cos 2 mn ,2\_ - +(Ib) =2008(nAb + §) =205(2) 2 27.3. x)= x) ance cos (nes —kxx(h oe © -2n°cos (=+3) —kx2cos (x 2) e 6 2-2 =-2ke ken 29. Umponto P move-se no eixo das abcissas de forma que a sua abcissa no instante ¢ (em segundos) é dada por: x(t) =—Leos (=) 29.1, Jjustifique que se trata de um oscilador harménico. 29.2. Determine, no intervalo [o. Ab 0s instantes em que avelocidade é nula. 29.3. Determine o valor real k tal que x"(0) =-kxx(). Bist utcitnt) Formulas trigonométricas Quaisquer que sejam os niimeros reais x € y: = Gosseno da soma e da diferenca de dois angulos cos (x+y) =cosx cosy — sinxsiny 00s (x—y) =cosxcosy+ sinxsiny = Seno da soma. da diferenga de dois angulos sin (x+y) =sinxeosy +sinycosx sin (x~ y) =sinxcosy~siny cosx = Formulas de duplicacao 0s (2x) = cos? x— sin*x =2c0s*x-1 =1-2sin?x sin (2x) sinxcosx Limite notavel: sinx eex Derivadas das funcées trigonométricas = (sinx)' = cosx (sinu) ‘Mostre que: Vasin~ cosx=2sin(x—#) Aplicando a formula do seno da diferenca: asin(x—% =2( sinxcos — sin Ecoss) = =2(YBsinx— doosx) = Visine ~cosx Resolva a equagao: sin (2x) =sinx, x€[0, 2n] sin (2x) =sinx > 2sinxcosx=sinx > = 2sinxcosx—sinx=0 => © sinx(2cosx- 1) = J'(2) =2—42 608 (2x) =2 — 0s (2) voz) F'@)=} (sins) —}sin (3) = 104 Formulas trigonométricas e derivadas Graficos de funcaes trigonométricas Por transformagGes dos graficos das fungoes seno, cosseno e tangente, pode-se obter 0 grafico de uma fungao do tipo: =f (x) sn (tet) +amasin|o(s+f)] 4a )]ea ea +5 (2)=¢cos(bet<) += cos] (+ se *h(o) 0, o> 0 @E[0,2n[ tal que: =A designa-se por amplitude; * © designa-se por pulsago; * @ designa-se por fase; = 0 perfodo fundamental € @ a1 = a frequénciaé Fungées do tipo x(t) =A cos(Vat+b} As fungoes definidas por uma expressio da forma x(t) =Acos(Vat+b), com A, bER e a>0, satisfazem a equacao x"(t) =—ax (2). Um sistema constitufdo por uma mola fixa numa extremidade e por um ponto material P colocado na outra extremidade é um oscilador harménico. Grifico de uma fangao do tipo: F(x) =acos (be+e) +d Deslocagao horizontal: Translagéo devetor (~£, 0) Destocagio vertical: ‘Translagéo de vetor (0, d) A abcissa de um ponto que se movimenta sobre uma reta, no instante £, em segundos, 6 dada por: x(t) = cost ~ sint Prove que se trata de um oscilador harménico ¢ indique a amplitude e a pulsagao, bem como 0 an- gulo de fase. oit= Fant) = x(0)=cost~sint= al = 22 (cos eos sin int) = Vie0s (142) Logo, x(t) éum osciladorharménico, sendo a am- plitude igual a V2, a pulsagdo é 1 eo Angulo de fase é F radianos. Seja x(t) =2 cos (3¢+1) Mostre que x"(t)=—9x.x(¢) . xt (i) =-23sin (3¢4 1) =—6sin (3¢+1) 2"(1) =-6 x3 cos (3¢+1 18 cos (3¢+1)= 9x2.cos (3t+1) =-9xx(0) 105 Maen ic) Atividades complementares ©) Mostre que: ve-v2 04. singy= a Im, 7m 30.2. sin 50°55 157 cos35sin &) Determine o valor exato de: 314. mara see 3m, ~singgsiny 3n 31.2. coss=cos 16 16 Sabendoque x e y so Angulos do 22 quadrante lor exato de: in(x+y) 52.2, c08 (x+y) 222.sin(x=y) 32.6. cos(x- y) 32.5. sin (2y) 32.6. cos (2y) 2 sabendo que tana=% e ae|o, z[, deter- mine o valor de sin(2«), cos(2a) e tan(2a) . © transforme cada uma das expressdes no tipo acos(bx+c), com a€R*e b, cER. 26.1. V2sinx — V2c0sx 34.2.6082-+ sin( x= s) ES Resolva, em IR, cada uma das equagoes. a5. VBsinx+ cosx=2 v6 38.2. sinx — cosx=y EZ Resolva, no intervalo indicado, cada uma das equacies. 36.1. sin(2x) - cosx=0, em [0, 2x] 4) eva. sin( +) +in(x—F =1, em[0, 2x] 36.3. sin}, ~ V3cos5=2sinx, em (0, 4n] 106 Most ama, 37.2. "1+ cos(2x) tre que: - 1 -(sin x + cos x)? = —sin(2x) sin(2x) =a 3 Determine. 38.2. 38.3. 38.6, 38.5. 387. 38.8, 389. 3am. 3sinx me lim !n°x no oe tim (£98°X=1 eto xsinx lim, A) a fan) sxsinx cosx— 1 ten ce lim (a =oes) suo\” sin’x. (1+ cos.) x sin?x: 3x7 sin(3x) Ben) jim. zoe 38.12, lim 36.13. lim. 33.14. lim. 38.15. 38.16. Ii 30.17. Ii Formulas trigonométricas e derivadas Atividades complementares ©) Para determinado valor real de k afungao f, a seguir definida, é continua em RR. Lscos(m) ey zal F(d=yo se x=1 sin(x—1) Stk sexo 1-vx 39.4. Mostre que k 29.2. Bstude a fungao f quanto & existéncia de assintotas ao grafico, 29, Mostre que o grafico de f interseta a bisse- triz. dos quadrantes pares num ponto cuja abcissa pertence ao intervalo J0, If. ©) considere as fungoes fe g definidasem ]0, 2x{ cosx _ por fix) => Stagg © $@)=cosx. 40.4, Estude a funcdo f quanto a existéncia de assintotas ao seu grifico, 40.2. Determine as abcissas dos pontos de inter- seco dos gréficos das duas fungoes. 40.8. Use 0 Teorema de Bolzano-Cauchy para provar que existe um ponto P, do grafico de f, de coordenadas (x, y), tal que: Reyck = E0,@>0e p€[0, 2n[. 51.2. Determine a distancia méxima a que o ponto esta da origem. 51.3. Determine a aceleracéio do ponto nos ins- tantes em que 0 médulo da velocidade é maximo. Férmulas trigonométricas e derivadas Atividades complementares © na figura seguinte estio representados: » duasretas, re s, perpendiculares e que se intersetam no ponto O; = um quarto de circunferéncia de centro O e raio 1 que interseta as retas r e s nos pontos Ae B, respetivamente; » um ponto P que se move sobre 0 arco de circunferéncia sendo x€ | 0, x a amplitude, em radianos, do angulo BOP; = areta f, tangente ao arco de circunferéncia no ponto P e que interseta as retas re $ nos pontos Re Q, respetivamente. Determine x de modo que a distancia QR seja minima. ©) na figura esta representado um cilindro reto de raio r inscrito numa semiesfera de centro O e raio 1. ‘Uma das bases do cilindro tem centro no ponto O e est contida no plano que limita a semiesfera. A circunferéncia do circulo da outra base esta contida na superficie esférica. Sendo [4B] uma geratriz.do cilindro, sabe-se que x éa amplitude, em radianos, do angulo AOB (x]o, 3) ‘ 59:1, Mostre que o volume do cilindro é dado, em fungao de x, por V(x) =n(sinx—sin®x) . 53.2, Determine as dimensoes do cilindro de vo- lume maximo. (@® seja fa funcao definida em R por: F(x) = 4x" +.cos(2x) 54.1. Mostre que a reta tangente ao gréfico de f no ponto de abcissa nula é paralela ao eixo Ox. 54,2. Estude a funcao f quanto ao sentido da con- cavidade do grafico e conclua que f', fun- cao derivada de f, é estritamente crescente. . Mostre que a fungao f tem um inico mi- nimo e determine-o. © considere a funcao f definida em (0, x] por: F(x) =6x+ 6 sin(2x) 55. Sejam A e B os dois pontos do grafico de f em que a reta tangente é paralela ao eixo Ox, sendo A ode menor abcissa. Mostre que as ordenadas dos pontos A e B sao 2n+3V3 e 4n-3V3, respetiva- mente, 85.2. Mostre que o grafico de f tem um tinico ponto de inflexao e determine uma equa- do da reta tangente ao grafico nesse ponto. ©) na figura esta representada, num referencial ortonormado Oxy, uma circunferéncia deraio r. Sabe-se que: = P éum ponto da parte da circunferéncia contida no primeiro quadrante; = oponto R tem coordenadas (0, —r); + x 6aamplitude do éngulo AOP (xe]o. al), sendo A um ponto do semieixo positive Ox; » oponto Q é0 simétrico do ponto P relativamente ao eixo Oy. Mostre que o triangulo [PQR] de area maxima 6 equilétero. 109 BiateColaten star) Avaliacao GB tin 229 oats wo @1 2 @-2 @ considere o losango [ABCD] de lado 1. , D A Cc B Sendo @=BAD, em radianos, a Area do lo- sango [ABCD], em funcéo de @, 6 dada por: ( cosa @ sina on O4 sing Ot on AC Oa sin cos GB seja [ABCD] o retangulo representado na fi- 7 gura seguinte. Qual das afirmagGes seguintes é verdadeira? (a) sin(2a) = cos(2a) (®) sin(2a) = cos*a © cos(2@)=sina cosa (©) cos(2a) =2 sin(2@) 110 Itens de selecdo Gna figura seguinte estd representada parte do "7" grifico de uma fungao f do tipo: f(x) =asin(be+0) +d, com a,b,ced€Rea, b#0 Em qual das seguintes opedes podem estar os valoresde a, be d? @ a=4, b=2e d=3 (®) a=3, b=2ed=4 om ate dm © a=4, b=}ed=3 - sledge ©) a=3, b=5ed=4 @ de uma funcao f, de dominio R, sabe-se que: 1 = f'(X)=2+4c0sx +f O)=0 Qual das afirmagies seguintes é verdadeira? (A) f éestritamente crescente em IR. © f(0)=0 © f temumméximo relativo para x=0. (©) f tem um minimo relativo para x=0. De uma funcao impar, de dominio R, sabe-se 7 que: f@)=1+cosx Ovalor de sim @ 6, W1 @®2 oo {D) +00 Avaliacao Considere a funcao f definida em IR por: fl) =cos(ax+b), aR e velo, 3 ‘A reta tangente ao gréfico da fungao f no ponto P de abcissa 0 é definida pela equacao: v3 yarxt Determine ae b Para determinados valores reais de ae b a funcdo definida por: _fsinx se x<0 10 Oe cab se x>0 continua e diferencidvel em IR . ei. Determine os valores de a e b. 8.2. Para a=1 e b=0, verifique que o ponto do grafico de f com abcissa 0 ¢um ponto de inflexao. B considerea ungio f: |-5. 3 +R definida por: f(x) = sin (2x) + cos (2x) Seja r areta tangente ao grifico de f no ponto de abcissa nula. 94. Recorrendo a definigao de derivada de ‘uma fangao num ponto, determine r(3) 9.2. Mostre que f(x) =2V2cos (2x x) : 93. Determine a equacao reduzida da reta 7. 94, Mostre que existe um, e um sé, ponto do grafico de f onde a reta tangente ¢ estrita- mente paralela a reta r. @ Resolva,em R, aequacao: 2sin(2x)cosx= 1-2 cos(2x)sinx Poe 8 s % as Num referencial ortonormado Oxy, considere areta 7 que passa no ponto P(--32; 13,5) € tem inclinagao igual a a, em radianos, com Areta r interseta os eixos Ox € Oy nos pontos Ae B, respetivamente. 114. Exprima, em fungao de a, a distancia d enue Ae B. 41.2. Mostre que a distancia entre A e B émi- 3 3. 44. Determine a distancia minima entre AeB. nima para o valor de @ tal que tana Na figura esta representado um arco de circun- feréncia deraio 1, comprimento s ¢ extremos AeB. ‘Neo oO Seja 6€]0, 1] amplitude do angulo BOA. Para @<7, 0 triéngulo [AB] ¢ isdésceles, sendo OA=OB=1. Seja S a drea limitada pelo arco de circunfe- réncia e pelo segmento de reta [AB]. Exprima § em fungdo de @ e mostre que S & méxima quando 6=%. - Batra) Avaliacao global TUR Cece © i rain @B considere a funcdo f, definidaem IR, por f(x)=cosx. my Qual das seguintes equagdes pode definir, para determinado valor de b, uma reta tangente ao i grafico da fungao f ? (@ y=2x+b @y=3xeb (© y=-V2x4b @y=-3x+b Bo mimero de pontos de inflexao do gréfico da fungao g definida por g(x) = : wo @1 ©2 3 GB Na figura esta representado o triangulo isdsceles [ABC]. 5 Cc 2 2 A ‘B Sabe-se que AC=BC=2 e BAC=a.. Qual das expressées seguintes representa, em fungao de or, a 4rea do widngulo [ABC] ? (A) 2 sin(2a), (8) sino-cose (© sin(2a) () 4sin(2a) O perfodo fundamental da fungao f definida em R por f(x)=sin*x—cos*x & 5 Wn (®) 2n oF x Gseja a funcao f de dominio [-2.] definida por f(a) = V3 +2 sin). 5 Qual é 0 contradominio de f ? @ [o, 2v3] @ [-2V3, 2v3] © [v3-2, v3+2] @ [v3-1, V3+1] WZ Avaliacao global Itens de selecao ats GBatuncao f definida em J-00, x por: (k+1)xcosx se x<0 FO)=)x+ tang = se 00 fe —M

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