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O que é uma planta hidráulica,

A planta hidráulica detalha a posição e o dimensionamento de reservatórios, bombas,


tubulações e redes de distribuição (abastecimento e coleta) de esgoto, fossa
séptica, águas pluviais e águas tratadas (fria ou quente).

Nela, são ilustrados os canos de entrada, provenientes da caixa d’água ou vindos


diretamente da rua, e os respectivos pontos de saída. Isso inclui torneiras, chuveiros e
vasos sanitários, bem como piscinas e o sistema de irrigação da obra, além das caixas de
gordura e dos ralos internos ou pluviais.
Tal estrutura também mostra onde serão posicionados os registros intermediários,
essenciais para fazer futuras manutenções no sistema. Assim, um projeto hidráulico
adequado é fundamental para o funcionamento da casa. A caixa d’água deve ficar acima
do restante do encanamento, por exemplo, para que o líquido ganhe pressão e consiga
abastecer todos os cômodos com eficiência.

Por que a planta hidráulica é considerada indispensável?

A planta hidráulica mostra por qual caminho passam os encanamentos e onde estão
posicionados os registros intermediários. Estes últimos são os responsáveis por cada
setor do imóvel — tanto em áreas internas quanto nas externas.

Por isso, antes de perfurar uma parede, é indispensável analisá-la com atenção. Para
facilitar, há legendas que especificam cada elemento presente no projeto. A boa notícia
é que, por meio da simbologia, até leigos conseguem decifrá-las.

Já no caso de manutenções preventivas, corretivas e preditivas (para quem pretende


investir na automação residencial, por exemplo, otimizando o rendimento das
instalações e reduzindo o risco de falhas operacionais) ou de reformas mais complexas,
a planta deve ser entregue aos cuidados dos profissionais contratados para o serviço.
Além disso, é importante destacar que um bom projeto hidráulico previne uma série de
problemas e, ao mesmo tempo, ajuda a proporcionar mais conforto aos moradores. Na
prática, ele evita que o chuveiro fique sem pressão e que as louças sanitárias sejam
posicionadas em locais errados, entre outros inconvenientes — para citar apenas as
reclamações mais comuns relativas aos banheiros.

Qual a importância de um projeto hidráulico?

O projeto hidráulico é indispensável ao bem construir, pois evita inúmeros erros na


montagem das instalações. Quando o assunto é hidráulica, além de um bom projeto é
necessário o emprego de materiais de qualidade comprovada, pois os reparos no sistema
de canalizações sempre apresentam custos elevados
Norma da planta hidráulica/projeto hidráulico

Normas usadas em plantas hidráulicas

A NBR 5626 é a norma técnica que define os requisitos de projeto, execução e


manutenção das instalações hidráulicas prediais de água fria para garantir bom
desempenho nas redes, segurança sanitária e potabilidade de água, quando aplicável.
Esta norma se aplica a qualquer edificação (residencial ou não) que faça uso de água,
sendo potável ou não.

A NBR 5626 define alguns termos importantes que envolvem esse tipo de instalação e
são fundamentais para que um engenheiro possa projetar ou prover assistência técnica
garantindo o desempenho e segurança nesse tipo de instalação.

Dentre eles, destacam-se:

 Abastecimento direto: É utilizado caso não haja necessidade de reservação de


água na edificação e a pressão da rede de distribuição seja suficiente para
abastecer os pontos de água. Neste caso, corre-se o risco de ficar desabastecido
em caso de manutenção da rede pela concessionária.
 Abastecimento indireto: vem do reservatório interno da edificação. Neste caso,
será necessário realizar o dimensionamento do reservatório de água.
 Água fria: água à temperatura ambiente.
 Alimentador predial: tubulação que abastece a edificação. Pode vir da
concessionária (cidades) ou algum outro corpo d’água (zona rural).
 Conexão cruzada: união, em algum ponto, entre água potável e águas de
qualidade desconhecida. É proibida por esta norma.
 Diâmetro nominal: valor, geralmente em milímetros, que define o diâmetro das
tubulações.
 Extravasor ou ladrão: serve para eliminar água do reservatório em caso de
defeitos na torneira de boia. Deve, preferencialmente, jorrar água em ponto
externo visível, denunciando o problema.
 Instalação elevatória ou de recalque: sistema que bombeia águas a um
reservatório superior, quando a ação da gravidade for insuficiente / pressão de
fornecimento for inferior à necessária nos locais críticos.
 Plásticos e metais sanitários: peças em plásticos ou metais diversos utilizadas
em equipamentos de uso de água potável, como pias, lavatórios e louças.

Planta de esgoto

O Projeto de Esgoto compreende todo o sistema de coleta dos resíduos sanitários da


edificação. É um dos projetos que compõem o Projeto Hidrossanitário.

No Projeto Sanitário (ou de esgoto) é feito o dimensionamento das tubulações,


das caixas de inspeção, caixa de gordura, de passagem e da rede de ventilação até
seu correto descarte, seja conectando à rede pública ou em uma fossa séptica (no qual
também deve ser dimensionada)

Com a elaboração deste projeto, é possível evitar as principais patologias decorrentes da


falta de um planejamento, como o mau cheiro vindo dos aparelhos sanitários e
interferência com projetos estruturais.

Agora que você conhece este tipo de projeto e os problemas que sua falta acarreta.
Assim, é essencial procurar sobre a elaboração de um Projeto Hidrossanitário para sua
obra.

O projeto hidrossanitário é composto pelo Projeto de Esgoto, Projeto de Águas Fria e


Quente e Projeto de Águas Pluviais.

Tipos de esgoto
Existem três tipos de esgoto: os domésticos, os pluviais e os industriais, para os quais
são necessários sistemas específicos para cada tratamento em virtude de cada um deles
conter resíduos diferentes

Planta de abastecimento de água

O sistema de abastecimento de água (SAA) é um conjunto de obras e instalações que


englobam a captação, adução, tratamento e distribuição de água potável para atender
uma determinada população, beneficiando os indivíduos que a compõem.

Um sistema de abastecimento de água é uma solução que contempla determinada


comunidade com água potável. O sistema contempla várias unidades que vão desde o
fonte até a unidade consumidora.

As fases que são necessárias para entregar essa água tratada garantem a qualidade para
consumo doméstico, no agronegócio, nos serviços públicos e o uso industrial entre
outros.

COMO FUNCIONA UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA?

Para compreender toda a extensão de funcionamento de um sistema de abastecimento de


água é necessário separá-lo por partes ou unidades.

Essas unidades compreendem uma parte do processo que a água precisa passar para
chegar até as torneiras das nossas casas.
Manancial

O primeiro da lista é de onde se retira a água a ser processada.

Duas vertentes são necessárias de se compreender neste ponto: As águas são retiradas
dessa fonte e depois retornam a natureza, podendo ser até no mesmo rio.

O ideal é que ela seja recolhida em boas condições para facilitar o tratamento e
devolvida com o cuidado necessário ao meio ambiente.

Exemplos péssimos como o Rio Tietê demonstram como não se deve tratar uma fonte
de águas.

O rio localizado em São Paulo passou por mais de 100 anos de poluição que o
transformaram em um esgoto a céu aberto. Esse link mostra algumas fontes que foram
depredadas pela ação humana.

Captação

Nesses mananciais ocorre o processo de captação, podendo ser superficial ou


subterrâneo. Os sistemas de abastecimento de água podem utilizar qualquer um dos
meios. Aqui, a sucção da água a leva para os encanamentos com destino às instalações
da companhia.
No caso da empresa de saneamento Águas Guariroba, 50% da captação é superficial (de
rios) e a outra metade é por poços, 144 destes em operação atualmente.

Adução

A adução é um processo extenso, em tempo e em espaço percorrido. Isso se deve ao fato


de que os procedimentos para levar a água entre captação, reservatório de distribuição,
estação de tratamento (ETA), rede de distribuição ou reservatório, são considerados
adução.

Além de um conjunto de encanamentos a adução deve compreender bombas e peças


especiais para levar a água a seu destino.

A adutora pode ser classificada dos seguintes modos: tipo de energia que utiliza
(gravidade, recalque e mista), modo de escoamento (livre, forçada e mista) ou tipo de
água que transporta (bruta e tratada).

Tratamento

Quando a água chega às ETA’s, é necessário que se faça seu tratamento para correções
físico-químicas, bacteriológicas e organolépticas. Esse procedimento permite receber a
água bruta e a transformar em água tratada.
Os processos podem variar conforme o padrão da empresa e a qualidade da água
recebida, mas, em suma, acontecem as seguintes etapas:

1. Coagulação
2. Floculação
3. Decantação
4. Filtração
5. Cloração
6. Fluoretação
7. Correção da acidez

Existem companhias por exemplo que vão apenas filtrar e colocar cloro na água,
modelo esse conhecido como tratamento convencional.

Atualmente, está em vigência a Portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Ela define


os procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade. As competências da união, dos estados e dos municípios
também são definidas pela portaria.
Existem padrões determinados pela portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, que
define os procedimentos para tornar a água potável. São determinadas também as
responsabilidades da união, estados e municípios.

Já falamos sobre isso aqui no blog em outro momento.

Reservatório

O reservatório é a unidade que armazena a água para distribuição, mas pode ser
necessária para manter determinada pressão na rede ou controle da variação do
consumo.

O projeto deste item deve considerar tamanho da população, perspectiva de


crescimento, mudanças climáticas, bem como reserva de emergências para caso de um
incêndio, por exemplo.

Rede de Distribuição

A rede de distribuição é quando a água dos reservatórios é dispersada e precisa


percorrer um conjunto de encanamentos e/ou órgãos acessórios até determinada região.
Novamente o projeto ou planejamento é crucial para dar a devida vazão de distribuição
para o sistema de abastecimento de água. É analisada ainda a pressão, pois não se pode
ultrapassar os limites recomendados pelas norma NBR 12218.

Essa norma regulamenta as redes e os projetos de distribuição, como um todo, e que


envolvam o abastecimento público.

Ramal domiciliar

Através de um sistema de abastecimento de água são efetuadas as ligações da rede com


o ramal domiciliar. Que nada mais são do que a ligação do encanamento da rua com a
unidade consumidora.

Nesse ponto é recomendada a construção de rede por quadra, para observação de


possíveis vazamentos futuros. No artigo que cita a recomendação, o engenheiro Jorcy
Aguiar relata também que muitas vezes a expansão desordenada de ramais não
compensa nem mesmo o investimento, e o motivo é o desperdício ser diretamente
proporcional a oferta de água.

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