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Discurso e pratica na Primeira Tese de Doutorado em Histéria Social, apresentada a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciéncias Humanas da dade de Sao Paulo. Profa. Orientador => = =. =e ae Ss s = = : : : = SSo Paulo/Universidade 1992 pteiparidades te Diemwantinn @ da Male, Pea laRdO em QUEUbro, ‘nx etdade de Leas poldingy verwou sabre ageleultura @ pecudrla. Por autre Taday a forte peesenea do Pader Publ leo, simbolizada inclusive pelw stado em todos eles, n&o fai for~ te do prewenen do prenide Luitas Defensor do protectanismea estatal a todos os setores de produto, Jodo Pinhelro dava, através de sua “presenemy camer tnente ao programa pol(tico~ecanémico que tracara pare oO quando candidate ao cargo. Assim, afirmou em Katade de Nt Leleurana ao Minas Gerais o goordenador do Congresso das Mum nieloalidades do Nortet ) (dein de eeunife periddica das municipal/ Jaden de cada xona do estado, para a fim de se eatudae @ diseutir assuntos de sua atribuicha, nasceu nos primeiros dias do atual no, tem de se intesrar definitivamente sas nosso costumes publicos, visando as ewulntes pontos de ardem elevadaz unificagio axa dos paderes locais & ag&o fecunda do wav do estadas o congragamento de todas as \awtades @ tades os recursos em uma sé vontade een uw sd recurso para a luta de éxito das ee tendentes ao nossa Progresso, em departamentos da vida publica. 0 uaerinente dos preceitos decorre da princtpia hdvica da regine, onde a municipalidade existe cee «lla viva da autonamia — Tacaly travalnande pela coletividade. ..* & dulde do minielpalismo, e reiterando o dever do Eatado na (nelantaeko de Infraestrutura bksica, tras temas narearan ow enuneladon discursivos de Jodo Pinheiro nos conprenwont 6 aanoetabivisna, @ propaganda eo engine agr{— dp CONGREHAO daw Nuntelpalidudes do Norte. Minas Gerais, helo 1907, Po Wor Lronte, @t malo Norte, realizado en setembro, na cjdnde de i ; los ao Progresso, a auséncia de confianca no Refer indo-se muito especialmente & necessidade de © vas de producio, sugeriu “(,..) que a fraqueza de cada am converta pela forca da associaco para terem cooperagéo agir con inteira responsabilidade, porque sé ela determina energia”.om Sobre a importancia do ensino pratico de agricul— tura, que deveria ser ministrado nos campos de denonstracio, a recorréncia & educagio para o trabalho= “0 mal que aflige neste momento & a fgnorsnci: de como o trabalho deve ser organizado (..-) trabalho agricola primario pode ser ensinado aos prdprios trabalhadores rurais; mesmo analfabetos. 0 honem hoje para prodazir 80 precisa nen de livros nem de altas doutrinas. Rasta ew umestado como este, dex ou doze homens que ensinem ao pove como se pratics 3 agricultura moderna, 0 que & o adube quieico- que adubo conven para esta ou aquela terra etcr ao povo cabe, aproveitando estas noeses. praticd-las tirando-Ihes as utilidades, pouce importando 0 porque. 0 que visa © Governe com os campos de demonstracaéo € ensinar come 35 waéquinas trabalham, como se planta, © @ resultado - quando se colhe. Pediria as municipalidades que tratassem ent®o de obter um pequeno pedaco de terra de 4a 6 alqueires irrigdvel € votasse o auxilio de trés contos. 0 governo do estado fara ent&o com gue se 83 CONGRESSO das Municipalidades da Zona da Mata. Minas Ge- rais, Belo Horizonte, 18 out. 1907. p. 6. 497. 7 , nko pode pinéiridade, conforme faxiam © fazem os politicos lo Estado, deixar passar despercebido, que mesmo para 0 chefe a - ASSIM, esses tons, no inicio dos anos vinte, eram mais reais cono i idas as ricas diferenciactes geosrdficas foram ©! pa : como “patalidades” € as gloriosas experléncias do passado “do “0 ry ome “eraumas histéricos” que deverian ser superados em nom progresso © da unidade de Minas”. “(,..) A fatalidade da nossa posic&a seosrs” fica, @ relevo © a extensia do territerso obrigam numerosos municipios a viverem Segre” gados uns dos outros @€ da nossa capital com prejufzas de ordem econémica © polftica € EM detrinento dos prderios lacos de solidariedade da familia mineira, que felizmente vem resistindo vitoriosamente a tantas candigees desfavordveis, porque foram forjados ne auro de nossos coracées, nos traumas de uma histd~ ria de lutas, de sofrimento, de sacrificios € de triunfos gloriosos. Aproximema-nos, Pats, sempre que possivel, para apertar estes nobres Jacos no mesmo anor do passada e@ no mesmo anseio de pragresso, para conservar as co/sas sérias da nossa Minas Tivre, ordeira © labor /asa.0% De abril a Junho, a Comissao Organizadora do Can~ gresso elaborou treze teses a serem discutidast lavou & criagso, ¢ tradas de rodagem, bens pliblicos, caga e pesca, quedas d ‘agua, vida ural, ensino profissional, ensino prima rio, impostos municipais, limites intra-municipais, polftica e administracdo municipal, higiene, comércio e industria Dado o cardter genérico de muitos dos temas, houve desdobra- mento dos mesmos, agregando-se como conclustes quarenta © uma 86 CONGRESSO das Municipalidades. Minas Gerais, elo ori zonte, 4 jun. 1923. p. 1. as ne ria como, por exemplo, — taque para o agricola.®7 @ acentuada gados direta anos vinte, vigente, soava contraditéria. Mesmo Sra tros setores produtivos, principalmente nas. ine til, siderdrsica e alimenticia.®" Retomando a 123 teria side) uw momento delevaneet Congresso de do processo de desenvolvimento mineiro, necesss ee 4 ressaltar o lado positivo dessa avaliagdo. Comte mento, 0 Consresso de 1923 inscreveu-se também camo ¢ do governo em se fortalecer politicamente. década, quando novos ventas balangar as sélidas bases 87 REVISTA AGRICOLA, INDUSTRIAL E COMERCIAL " rizonte, SMA, jul. 4923. p. 22. 98 SINGER, P. op. cit. p-, 199-270. em verdade destinadas a efeitos de prapag: conservanda no cartaz 0 none © a operos! do Sr. Antonio Carlos. £sses congre: traziam visitas de jornalistas, tudo obri. a discursos € a foguetério...?* 2.2.3. 0 Congresso Comercial, Industrial e Agricola de 1928 © Congresso de 1928, realizado seh convocacdo & patracinio da ACM, ACJF © pelo recém fundado Centro Indus~ trial de Juiz de Fora, revelou que o associativismo pregado em 1903 se tornara realidade em Minas © mostrou a maturidade social e politica das classes conservadoras em se lesitimar enquanta sujeito histérico. Ao analisar a “dominagao bur— guesa” em Minas, entre 1927 © 1940, Vieira atribuiu ao evento de 1928, 0 significado de um “toque de reunir da classe domi- nante, a qual com suas for¢as unidas e agio conjunta de seus 6rgfos representativos, e sob a direc&o comum e uniforme ird constituir uma frente tinica em defesa de seus interesses. “72 Com base na andlise de Vieira e na documentagdo da época, minha percepcio é ade que o Gongresso de 1928 re- presentou para as classes conservadoras mineiras 0 coroamento de uma trajetéria © © infcio de nova. 0 primeiro indicio de nova fase foi a prépria convocac&o do Congresso. Se o “toque de reunir” soara no infcio do século dos centras de decisae do Estado, soou, em 4928, do interior das entidades de 92 LIMA SOBRINHO, Barbosa. A verdade sobre a revolucao de ou- tubro de 1930. So Paulot Alfa-Omega, 1975. p. 19. ORC Gen ha aes 93 VIEIRA, E.

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