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Trabalho independente de patologia

Tema: patologia dos músculos

Nome:Samira Gonçalves-54112
Turma:B
Curso:Enfermagem
Ano:2.º
Introdução
Neste presente trabalho serão abordados os músculos e suas patologias.
O sistema muscular é o sistema formado pelo conjunto dos músculos do
nosso corpo. Eles correspondem a cerca de 50% do peso total do nosso
organismo, e a contração dessas estruturas é responsável por diversas
funções, dentre as quais podemos destacar a movimentação.

O nosso corpo é uma máquina complexa que apresenta diversos sistemas


integrados trabalhando juntos para garantir a nossa sobrevivência. Dentre
esses sistemas, destaca-se o muscular, que está relacionado com funções
importantes do corpo.
Algumas de suas principais funções:

• Garantem a movimentação do corpo.

• Promovem a estabilização das posições corporais.

• São responsáveis pela movimentação do sangue pelo organismo, dos


alimentos pelo sistema digestório e da urina pelo sistema urinário.

• Garantem a realização dos movimentos respiratórios.

O sistema muscular corresponde ao conjunto de músculos presentes no corpo


que permitem a realização dos movimentos, bem como garante a postura,
estabilização e sustentação do corpo. Os músculos são formados por um
conjunto de fibras musculares, as miofibrilas, que são organizadas em feixes e
envolvidas por um tecido.

De acordo com a característica de contração, os músculos podem ser


classificados em voluntários e involuntários, enquanto que de acordo com a
sua função, podem ser classificados como agonistas, sinergistas ou
antagonistas.

Os músculos são capazes de realizar o movimento de contração e relaxamento


e é isso que favorece a realização dos movimentos do dia a dia, como andar,
correr, pular, sentar, além de outros que são essenciais para o funcionamento
correto do corpo, como circular o sangue, respirar e realizar a digestão.
Funções do sistema muscular

O sistema muscular é fundamental para que o corpo funcione corretamente,


isso porque esse sistema promove a estabilidade e a sustentação do corpo e
atua permitindo a movimentação, o que é essencial para a respiração,
funcionamento dos processos digestivos e circulação sanguínea. Além disso,
por atuar promovendo a circulação sanguínea, o sistema muscular também
promove a regulação da temperatura do corpo.
Classificação dos músculos
Os músculos podem ser classificados didaticamente de acordo com a sua
estrutura, a sua função e as suas características de contração. De acordo com
as Já características de contração.
Os músculos podem ser:

• Voluntários: quando a sua contração é coordenada pelo sistema nervoso, que


é influenciado pelo desejo da pessoa;

• Involuntário: em que a contração e o relaxamento do músculo não depende


da vontade da pessoa, acontecendo de forma regular, como no caso do
músculo cardíaco e do músculo presente no intestino que permite os
movimentos peristálticos, por exemplo.

De acordo com a sua função, podem ser classificados em:

• Agonistas: que contraem com o objetivo de gerar o movimento;

• Sinergistas: que contraem na mesma direção dos agonistas, ajudando a


produzir o movimento;

• Antagonistas: que opõem-se ao movimento desejado, ou seja, enquanto os


músculos agonistas estão gerando o movimento de contração, os antagonistas
promovem o relaxamento e alongamento gradual do músculo, permitindo que o
movimento aconteça de forma coordenada.
Tipos de músculos
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado
esquelético, o estriado cardíaco e o não estriado.
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados
ao sistema esquelético e possuem apenas movimentação voluntária, ou
seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao fato de
que esses músculos apresentam bandas claras e escuras, que se dispõem de
maneira alternada quando observadas em microscopia óptica.

Os músculos estriados cardíacos, como o próprio nome indica, são exclusivos


do coração. Eles possuem aparência estriada, como o esquelético, mas
apresentam contrações involuntárias e vigorosas.
Os músculos não estriados, por sua vez, apresentam contração involuntária e
lenta e são encontrados no sistema digestório e respiratório, bem como em
algumas estruturas ocas, como a bexiga urinária e o intestino delgado. Uma de
suas características mais marcantes é a ausência de estriações, o que é
observado nos outros tipos musculares.

As patologias musculares: são aquelas onde há comprometimento estrutural


ou funcional primário do músculo, fato esse também denominado de miopatia.
Os sintomas mais comuns envolvem a fraqueza muscular e a fatigabilidade.
Podem ocorrer também dor,rigidez, espasmos ou cãibras.

As principais causas de dores musculares são:

1- Lesões por uso excessivo dos músculos


As fibras musculares podem ser predispostas e propensas a lesões quando a
mesma atividade é realizada repetidamente, sem nenhuma variação, como
acontece em esportes como futebol, boxe, luta livre, futebol e atletismo.

Músculos não são de ferro! Eles não aguentam tanta pressão por muito tempo.
É por isso que deve-se saber a hora de dar uma pausa e descansar, seja no
exercício físico ou no trabalho desgastante.

2- Tensão
A tensão muscular é uma condição em que os músculos permanecem semi-
contraídos por um longo período de tempo. Geralmente são causados por
ansiedade e estresse, podendo aparecer por alguns breves momentos e
desaparecer, durar minutos ou horas antes de relaxar, ou também ficar rígidos,
tensos ou dolorosos persistentemente.
3- Acidentes
Bater o carro, cair da bicicleta ou derrubar algo pesado em alguma parte do
corpo, por exemplo, são acidentes que podem causar lesões nos músculos,
ligamentos, nervos ou até mesmo lesões nas vértebras, o que pode gerar
muita dor muscular.
4- Má postura
A má postura pode causar dor e tensão muscular, pois posições corporais não
naturais pressionam os músculos e os tecidos moles.

5- Entorses e distensões
Apesar de ambas causarem dor e compartilharem sintomas semelhantes,
essas lesões envolvem diferentes partes do corpo.

Uma entorse é um rompimento ou alongamento de ligamentos - partes fibrosas


que unem os ossos. Os tornozelos são os que mais sofrem entorses. Já
uma distensão é um rompimento ou alongamento de um músculo ou tendão -
cordão fibroso que conecta os músculos aos ossos. As distensões são mais
comuns nos músculos da parte posterior da coxa e na região lombar.
A dor muscular por uma tensão ou entorse pode ser resultado de uma queda
ou um exagero na corrida matinal, por exemplo.
6- Efeitos colaterais de remédios
Certos medicamentos, como os para colesterol (estatinas), e medicamentos
quimioterápicos, podem causar mialgias e dores nas articulações, que
geralmente desaparecem quando o medicamento é removido.

7- Cãibra
A cãibra de um músculo que surge repentinamente e pode dura de alguns
segundos a vários minutos. Ocorre frequentemente nas pernas e por ser
geralmente inofensiva, não exige cuidados médicos.

8- Doenças virais
Infeções respiratórias e virais, como resfriados, gripe ou dengue, causam dores
musculares. Essas dores são um dos muitos sintomas dessas infecções, que
também podem incluir febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse,
nariz entupido ou fadiga geral.

9- Hipotireoidismo
Quando a glândula tireoide está hipoativa, ela não produz hormônios
importantes em quantidades suficientes. Isso perturba o equilíbrio normal das
reações químicas no corpo.

Os sintomas mais comuns incluem fadiga, ganho de peso, dores musculares,


dores nas articulações, depressão, problemas de fertilidade, entre outros.

10- Fibromialgia
A fibromialgia causa uma dor musculo esquelética generalizada. É uma
condição neurológica comum (sistema nervoso), que afeta a forma como o
cérebro processa os sinais de dor e amplifica as sensações dolorosas. As
áreas doloridas podem pular de uma área do corpo para outra. As mulheres
são mais afetadas que os homens, assim como as pessoas com doenças
reumáticas.

11- Lúpus
Essa é uma doença autoimune, que ocorre quando o sistema imunológico
ataca os tecidos e órgãos do corpo (como pele, rins, coração, cérebro,
pulmões).Sensibilidade e dor muscular acometem com frequência as pessoas
com lúpus. A natureza inflamatória da doença causa essas dores. Alguns
medicamentos anti-inflamatórios podem ajudar a controlar diversos efeitos
prejudiciais da condição.
12- Síndrome Compartimental Crônica
Os compartimentos são grupos de tecidos musculares, vasos sanguíneos e
nervos nos braços e pernas, cercados por uma membrana chamada de fáscia
dura.
A Síndrome do Compartimental Crônica ocorre quando há sangramento ou
inchaço dentro de um compartimento, o que pode impedir o fluxo sanguíneo.

Geralmente acontece com mais frequência em atletas e exercícios de impacto


repetitivo, como corrida ou ciclismo, que causam dores musculares ou cãibras.

13- Claudicação
A claudicação é uma dor muscular causada pelo baixo fluxo sanguíneo nos
músculos durante exercícios.
Tecnicamente, a claudicação não é uma doença, e sim um sintoma da doença
arterial periférica (na qual os vasos que fornecem fluxo sanguíneo para as
pernas são estreitados).

O músculo não sente o sangue irrigando e por isso gera a dor, queimação e
desconforto. A condição pode afetar com mais frequência as pernas, quadril,
nádegas e a pantorrilha.

14- Distonia
É uma doença do sistema nervoso em que os músculos de algumas partes do
corpo se contraem involuntariamente (espasmos). Quando se tem essa
condição por períodos prolongados, as contrações dos músculos podem
causar muita dor, além de movimentos e posturas anormais.
15- Síndrome da Fadiga Crônica
Essa síndrome é um distúrbio de fadiga extrema, que não melhora com
repouso e piora com atividade física ou mental.
Ela é desencadeada por uma combinação de diversos fatores e pode gerar
problemas de sono, demora no tempo de recuperação das atividades físicas
leves, perda de memória, dores de cabeça, dor nos músculos e articulações.

16- Síndrome de Dor Miofascial


Essa síndrome é uma condição crônica, caracterizada por inflamação e dor na
fáscia do corpo (o tecido que cobre os músculos). Geralmente é causada por
movimentos excessivamente repetidos ou por tensão relacionada ao estresse.
Ela causa uma dor profunda e dolorosa nos músculos, que persiste ou piora.

17- Polimialgia Reumática


Esse é um distúrbio que causa dor e rigidez muscular, principalmente no
pescoço, ombros e quadris. Ela geralmente afeta pessoas acima dos 50 anos.
Muitas pessoas que têm polimialgia reumática também podem possuir arterite
de células gigantes, que causa inflamação das artérias do couro cabeludo.
18- Polimiosite
Essa é uma doença inflamatória incomum, que causa fraqueza muscular em
ambos os lados do corpo.
A fraqueza muscular associada à poliomiosite envolve músculos mais próximos
do tronco, como as coxas, ombros e quadris.
Quem possui essa condição tem dificuldade em realizar atividades simples,
como levantar objetos, subir escadas, se levantar da cama.

19- Dermatomiosite
Essa é uma doença inflamatória rara, caracterizada por alterações na pele,
fraqueza muscular e músculos inflamados.
Ela afeta pequenos vasos sanguíneos e leva à destruição das fibras
musculares.

A fraqueza piora gradualmente e envolve os músculos mais próximos do


tronco, como os das coxas, braços e quadris.

20- Artrite reumatóide


Esse distúrbio autoimune ocorre quando o sistema imunológico ataca os
tecidos do corpo.

A artrite reumatóide afeta o revestimento das articulações e pode danificar


vários órgãos e sistemas, como coração, pulmões, pele, vasos sanguíneos,
tecido nervoso.Os principais sintomas são fadiga, inchaço, rigidez e dores
musculares.

Algumas das doenças musculares:


●Doenças neuromusculares: são aquelas que afetam o sistema nervoso
periférico, isto é, os músculos, a junção neuromuscular (que são estruturas que
conectam os nervos aos músculos) e nervos periféricos. Esse tipo de doença,
na maioria dos casos, não altera as funções cerebrais, como consciência,
memória, raciocínio e linguagem, mas podem trazer dificuldades para
locomoção e uma série de outras atividades que antes eram consideradas
rotineiras.

Os principais sintomas das doenças neuromusculares são fraqueza e alteração


de sensibilidade. A fraqueza muscular pode ser constante ou variar ao longo do
dia e pode ou não ser acompanhada de atrofia, que é a perda de massa
muscular. As alterações de sensibilidade podem ir desde diminuição da
percepção até uma percepção anormal, como dormência, formigamento,
queimação e dor.
O diagnóstico das doenças neuromusculares é feito, principalmente, através da
obtenção de uma história detalhada sobre a vida e a família do paciente e
exames físicos. Exames complementares incluem eletroneuromiografia (estudo
da função dos nervos e músculos através de estímulos e registros da atividade
elétrica destas estruturas), exames laboratoriais e biópsias de nervo e músculo.
O tratamento vai depender de qual doença neuromuscular o paciente
apresenta e qual sua causa. Pode envolver medicamentos que alteram
diretamente o curso da doença e outros que agem sobre os sintomas. Técnicas
de reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia também
são bastante utilizadas.

Doenças neuromusculares podem afetar pessoas em qualquer estágio de vida,


mas as causas geralmente variam. Apesar de não ser uma regra, crianças são
afetadas mais frequentemente por doenças neuromusculares de causas
genéticas, enquanto pessoas de mais idade são as que mais sofrem de
doenças degenerativas. Causas tóxicas ou inflamatórias podem afetar
indivíduos de todas as idades.

Especialmente por terem sua mente intacta, pacientes com doença


neuromuscular precisam adaptar suas funções motoras para ter uma vida o
mais normal possível, uma vez que a reabilitação pode envolver o uso de
equipamentos como talas, muletas ou cadeiras de rodas, além do tratamento
medicamentoso. Como estas doenças afetam a autonomia dos pacientes,
através da redução de sua força muscular, é muito importante o auxílio de
familiares nas atividades da vida diária. Além disso, o apoio emocional é de
extrema importância, especialmente no caso de doenças crônicas e
degenerativas.

As doenças neuromusculares mais comuns são:

- Síndrome do túnel do carpo (lesão do nervo mediano no punho)


- Síndrome do túnel cubital (lesão do nervo ulnar no cotovelo)
- Polineuropatia (lesão de múltiplos nervos)
- Radiculopatias (lesão da raiz do nervo na coluna)
- Neuropatia associada a hanseníase
- Paralisia facial (paralisia de Bell)

As doenças neuromusculares podem ser altamente limitantes. Podem cursar


com dor crônica de difícil tratamento e fraqueza muscular progressiva. Outras
podem apresentar dificuldade para deglutir (disfagia), visão dupla (diplopia) ou
mesmo falta de ar (dispnéia).
Algumas doenças neuromusculares menos comuns, mas potencialmente
graves incluem:

- Miastenia gravis
- Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
- Miopatias (doenças do músculo)
- Neuropatias hereditárias (doença de Charcot-Marie-Tooth).

A distrofia muscular: se refere ao grupo de doenças genéticas nas quais os


músculos que controlam o movimento enfraquecem progressivamente. No
geral, apenas os músculos de movimentos voluntários são afetados, mas
algumas formas dessa doença também podem atingir o coração e outros
órgãos de movimentos involuntários.

Distrofias musculares: são doenças genéticas ligadas ao cromossomo X que


promovem a degeneração progressiva da musculatura.
Distrofias musculares constituem um grupo de doenças genéticas, muitas delas
afetam primariamente os músculos e provocam sua degeneração progressiva.

Distrofia muscular miotônica


Conhecida também como doença de Steinert, essa é a forma mais comum de
distrofia muscular em adultos, afetando um em cada 8.000 a 10.000
nascimentos de ambos os sexos. O nome refere-se a um sintoma chamado
miotomia, que é um prolongado espasmo ou enrijecimento dos músculos após
o uso. Este sintoma é geralmente pior em temperaturas frias. A doença
provoca fraqueza muscular e também afeta o sistema nervoso central, coração,
trato gastrointestinal, olhos e glândulas produtoras de hormônios.

Distrofia muscular Miotônica: apresenta uma incapacidade de relaxar os


músculos à vontade. Na maioria das vezes começa no início da idade adulta.
Músculos da face são geralmente os primeiros afetados.

Distrofia muscular de Duchenne


Essa é a forma mais comum de distrofia muscular em crianças e afeta apenas
pessoas nascidas com cromossomo Y. Duchenne afeta um em cada 3.500
nascimentos. Ela aparece entre as idades de dois e seis anos. Os músculos
diminuem de tamanho e crescem mais lentamente com o passar dos anos,
ficando enfraquecidos. A progressão da doença é variável, mas muitas
pessoas com Duchenne precisam de uma cadeira de rodas até a adolescência.
Problemas respiratórios e cardíacos graves marcam os estágios mais
avançados da doença.
Os sinais e sintomas geralmente surgem quando a criança começa a
andar e podem incluir:

• Quedas frequentes

• Dificuldade de se levantar de uma posição deitada ou sentada

• Problemas para correr e pular

• Andar gingado

• Músculos da pantorrilha maiores que o normal

• Dificuldade de aprendizagem.

Distrofia muscular de Becker


Acometendo um em cada 30.000 nascimentos masculinos, a distrofia muscular
de Becker é semelhante à distrofia Duchenne, afetando apenas pessoas com
cromossomo Y. Mais suave que a distrofia de Duchenne, os sintomas
aparecem mais tarde e progridem mais lentamente. É comum a doença se
manifestar entre os dois e 16 anos, mas pode ser que ocorra mais tardiamente.
A gravidade da doença varia e as complicações mais comuns são cardíacas.
Esta variedade tem sinais e sintomas semelhantes à distrofia muscular de
Duchenne, mas eles são mais leves e progridem mais lentamente. O início dos
sintomas é geralmente na adolescência, mas pode não ocorrer até meados dos
20 anos ou mesmo mais tarde.

Distrofia muscular do tipo cinturas


A distrofia muscular do tipo cinturas é mais comum a partir da adolescência e
na fase adulta, acometendo homens e mulheres. A incidência da doença,
segundo a ABDIM, gira em torno de um caso para cada 10.000 a 20.000
nascimentos de ambos os sexos. Na sua forma mais comum, a distrofia
muscular do tipo cinturas causa uma fraqueza progressiva que se inicia nos
quadris e move-se para os ombros, braços e pernas.

Distrofia muscular tipo cinturas: os músculos do quadril e ombro são


geralmente os primeiros afetados neste tipo de distrofia muscular. Em alguns
casos, torna-se difícil para levantar a parte frontal do pé. Os sinais e sintomas
podem começar desde a infância até a idade adulta.
Distrofia muscular facio-scapulo-humeral
Esse tipo de distrofia muscular afeta um em 20.000 nascimentos de ambos os
sexos e refere-se aos músculos que movem o rosto, ombro e ossos do braço.
Esta forma de distrofia muscular aparece na adolescência e início da idade
adulta, afetando homens e mulheres. Ela progride lentamente, causando
dificuldade para andar, mastigar, deglutir e falar. Cerca de 50% das pessoas
com Distrofia muscular facio-escápulo-umeral conseguem continuar
caminhando normalmente, e a maioria vive uma vida normal.

Distrofia muscular facio-escapulo-umeral: um dos sinais mais marcantes é


que as omoplatas podem ficar para fora, como asas, quando a pessoa levanta
seus braços. O início geralmente ocorre em adolescentes ou adultos jovens.

Distrofia muscular congênita


Distrofia muscular congênita é aquela que está presente desde o nascimento.
Ela causa fraqueza muscular durante os primeiros meses de vida, podendo
causar convulsões e anormalidades neurológicas. No entanto, a distrofia
muscular congênita tem desenvolvimento lento e não afeta drasticamente a
vida dos portadores. Distrofia muscular congênita: é evidente no nascimento ou
até os dois anos de idade.
Algumas formas progridem mais lentamente e causam apenas incapacidade
leve, enquanto outras avançam rapidamente e causam prejuízos graves.

Distrofia muscular óculo faríngea


Óculo faríngea significa olhos e garganta. Portanto, essa distrofia muscular
pode causar dificuldade para engolir e fraqueza nos músculos da face.
Afetando principalmente homens e mulheres acima dos 40 anos, a distrofia
muscular óculo faríngea pode afetar também os músculos pélvicos e do ombro
conforme progride. Em casos graves, podem ocorrer pneumonias e até mesmo
asfixia

Distrofia muscular óculo faríngea: o primeiro sinal é a queda das pálpebras.


A fraqueza dos músculos dos olhos, face e garganta muitas vezes resulta em
dificuldades de deglutição. Os sinais e sintomas aparecem pela primeira vez na
idade adulta, geralmente entre 40 e 50 anos.

Distrofia muscular distal


Este grupo de doenças raras afeta homens e mulheres na fase adulta. A
distrofia muscular distal provoca fraqueza e atrofia dos músculos conhecidos
como digitais, como antebraços, mãos, pernas e pés. Geralmente, a distrofia
muscular distal progride lentamente e afeta menos músculos do que outras
formas de distrofia muscular.
Distrofia muscular de Emery-Dreifuss
Distrofia muscular de Emery-Dreifuss é uma forma rara de distrofia muscular
que aparece desde a infância até o início da adolescência, afetando apenas os
homens. Ela provoca fraqueza muscular nos ombros, braços e pernas. A
fraqueza pode se espalhar para o peito e os músculos pélvicos. A doença
progride lentamente e provoca fraqueza muscular menos grave do que
algumas outras formas de distrofia muscular, com risco de complicações
cardíacas.
Miosite
●Miosite é a inflamação dos músculos. Causa dor, desconforto, fraqueza e
dificuldade de realizar movimentos que dependem do músculo ou grupo
muscular afetado pela inflamação.

A miosite pode ser crônica, durando vários anos, ou aguda, quando surge
subitamente e some, sem necessidade de intervenção.

Existem muitas causas para a miosite. A inflamação muscular pode ser


causada por:

-Trauma, ou seja, um choque ou pancada que afeta os músculos;

-Origem autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico do paciente passa a


atacar seu organismo, fazendo com que a inflamação muscular aconteça por
conta de infeções causadas por bactérias ou vírus;

-Excesso de exercícios físicos ou exercícios físicos realizados de forma


incorreta como efeito colateral do uso de alguns medicamentos e remédios.
Entre os principais sintomas de miosite podemos destacar:

-Dor muscular constante em um determinado local do corpo;

-Fraqueza muscular que é progressiva e piora conforme o tempo passa


(paciente não consegue, por exemplo, apertar a mão do médico, se a dor for
localizada nos braços; ou ficar de pé, se for localizada nas pernas;
-Dores nas articulações;
-Febre;
-Cansaço;
-Perda de peso;
-Dificuldade para respirar ou engolir;
-Irritação.

Em longo prazo, a miosite pode causar uma progressiva degeneração


muscular, além de fazer com que o paciente desenvolva a inflamação em
outras partes de seu corpo, inclusive nas paredes de veias e artérias ou no
coração, que também são estruturas compostas por tecido muscular.
•O tratamento da miosite depende do que está causando essa doença no
paciente. No caso de infeções virais ou bacteriológicas, o tratamento pode
envolver o uso de medicamentos antibióticos ou antivirais. No caso de doenças
autoimunes, uma mudança de estilo de vida pode ser necessária para que o
paciente não siga apresentando os sintomas de miosite. De modo geral,
medicamentos, além de exercícios físicos com orientação profissional
(fisioterapia) podem ser envolvidos no tratamento da miosite.

Miocardite
A miocardite é a inflamação do tecido muscular do coração (miocárdio),que
causa a morte do tecido. A miocardite pode ser causada por muitos problemas,
incluindo infeção, toxinas e medicamentos que afetam o coração, e por
distúrbios sistêmicos, como sarcoidose, mas muitas vezes a causa é
desconhecida.

• Os sintomas podem variar e podem incluir fadiga, falta de ar, inchaço


(edema), percepção dos batimentos cardíacos (palpitações) e morte súbita.

• O diagnóstico baseia-se no eletrocardiograma (ECG), em medições de bio


marcadores cardíacos, exames de imagem do coração e biópsia do músculo
cardíaco.

• O tratamento depende da causa e inclui medicamentos para tratar


insuficiência cardíaca e arritmias e, raramente, cirurgia. A inflamação pode se
disseminar pelo músculo cardíaco ou ficar confinada a uma ou poucas áreas.
Se a inflamação se estender ao pericárdio (a estrutura sacular flexível de
camada dupla que envolve o coração), isso causa miopericardite.
A extensão do envolvimento do miocárdio e a extensão para dentro do
pericárdio podem determinar o tipo de sintomas. Uma inflamação que se
dissemina pelo coração pode causar insuficiência cardíaca, ritmos cardíacos
anormais e, às vezes, morte cardíaca súbita. Uma inflamação menos
disseminada tem menos probabilidade de causar insuficiência cardíaca, mas
ainda pode causar ritmos cardíacos anormais e morte cardíaca súbita. O
envolvimento do pericárdio resulta em dor torácica e outros sintomas típicos de
pericardite. Algumas pessoas não apresentam sintomas.

Miopatias congênitas
Miopatia congênitas:são distúrbios hereditários raros dos músculos, que
causam uma redução no tônus muscular e fraqueza. Esses distúrbios estão
presentes no nascimento ou surgem durante a primeira infância.Há diversos
tipos de miopatias congênitas.
Os três tipos de miopatias congênitas mais comuns são:
• Miopatia central e miopatia multiminicore (miopatias centrais)

• Miopatia centro nuclear

• Miopatia nemalínica

Os sintomas e a expectativa de vida variam de acordo com o tipo e a


gravidade da miopatia.

Miopatia central e miopatia multiminicore (miopatias centrais)


A miopatia central e a miopatia multiminicore são as formas mais comuns de
miopatia congênita.

A maioria dos recém-nascidos apresenta um tônus muscular gravemente


reduzido (hipotonia ou corpo mole),e fraqueza muscular leve; mas, às vezes,
os sintomas da miopatia central não se manifestam até a idade adulta. Muitas
pessoas também têm fraqueza facial. A fraqueza não piora, e a expectativa
de vida é normal, mas em algumas pessoas a intensidade é grave e elas
precisam usar cadeira de rodas. Pessoas com miopatia central correm um
risco maior de apresentar um distúrbio potencialmente fatal de temperatura
corporal elevada denominado hipertermia maligna.

Miopatia centronuclear:são herdadas de várias maneiras. As formas que


são herdadas através de um gene no cromossomo X (consulte Herança
ligada ao cromossomo X) são as formas mais comuns e mais graves, e a
maioria das crianças afetadas não sobrevive além do primeiro ano de vida. Os
sintomas das formas autossómicas dominantes costumam aparecer durante a
adolescência ou idade adulta. A pessoa com uma dessas formas tem dor
muscular causada por exercício, fraqueza facial, pálpebras caídas e fraqueza
dos músculos oculares

miopatia nemalínica: As neuropatias hereditárias afetam os nervos


periféricos, causando sintomas sutis que pioram gradualmente.

As neuropatias hereditárias podem afetar apenas:

• Nervos motores (neuropatias motoras)

• Nervos sensitivos e autônomos (neuropatias sensitivas)

• Nervos sensitivos e motores (neuropatias sensitivas e motoras)

Os nervos motores controlam o movimento muscular e os nervos sensitivos


transmitem informações sensoriais - sobre coisas como dor, temperatura e
vibração - ao cérebro. Os nervos autônomos regulam o processo involuntário
do corpo.
Algumas neuropatias hereditárias são relativamente frequentes, ainda que,
muitas vezes, não sejam identificadas como tal. Foram identificados os genes
responsáveis por muitas destas neuropatias hereditárias e outras doenças
hereditárias que causam neuropatias.

Alguns exemplos:

• Algumas formas da doença de Charcot-Marie-Tooth

• Doença de Refsum

• Porfiria

• Doença de Fabry

• Neuropatia hereditária com risco de paralisia por pressão

Quando os nervos sensitivos são afetados, a habilidade de sentir dor e


mudanças na temperatura pode ficar mais comprometida do que a habilidade
de sentir vibração e posição (saber onde estão os braços e pernas). As mãos e
pés são mais afetados. Uma vez que as pessoas não podem sentir dor, elas
podem lesionar seus pés e não saberem.

Essas lesões aumentam o risco de infeções, incluindo infeções ósseas e risco


de lesão na articulação (denominada artropatia neurogénica ou articulações de
Charcot). Se a capacidade de sentir vibração e posição for afetada, as pessoas
têm problemas para manter o equilíbrio e caminhar.

Quando os nervos motores são afetados, os músculos enfraquecem, definham


(atrofiam) e podem ficar paralisados por completo.

Quando os nervos autônomos são afetados, os processos do corpo não


funcionam normalmente. Por exemplo, a pressão arterial pode diminuir quando
a pessoa se levanta (chamado hipotensão ortostática), fazendo com que ela
sinta tonturas ou fique atordoada. Os homens podem ter mais dificuldade para
iniciar e manter uma ereção (disfunção erétil).

As pessoas podem eliminar urina involuntariamente (incontinência urinária) ou


ter dificuldade para esvaziar a bexiga (retenção urinária). Algumas pessoas
sofrem obstipação grave. À intensidade da miopatia nemalínica pode ser
grave, moderada ou leve. A pessoa com a forma grave pode ter fraqueza dos
músculos usados para respirar e insuficiência respiratória.
A pessoa com a forma moderada pode ter fraqueza nos músculos da face,
pescoço, tronco e pés que piora com o passar do tempo, mas sua expectativa
de vida pode ser quase normal. A pessoa com a forma leve tem fraqueza que
não piora e sua expectativa de vida é normal.
Diagnóstico de miopatias congênitas:

• Sintomas de fraqueza

• Biópsia muscular

O diagnóstico da miopatia congênita toma por base os sintomas


característicos de fraqueza que são causados por cada um dos tipos
específicos.

Os médicos confirmam o diagnóstico coletando uma amostra do tecido


muscular enfraquecido para biópsia (um pedaço de tecido é coletado para
exame ao microscópio).

Tratamentos específicos não estão disponíveis, mas fisioterapia pode ajudar


a preservar a função muscular
Miastenia grave
A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os
nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular.

• A miastenia grave é causada por disfunção do sistema imunológico.

• As pessoas geralmente têm queda de pálpebras e visão dupla e os músculos


ficam mais cansados e fracos do que o habitual depois de serem usados e se
recuperam depois de repousar.

• Exames usando uma bolsa de gelo ou repouso para ver se essas medidas
fazem as pálpebras cair menos, eletromiografia e exames de sangue podem
ajudar a confirmar o diagnóstico.

• Alguns medicamentos podem melhorar rapidamente a força muscular e outros


podem diminuir a progressão da doença.

• Se ocorrer crise miastênica, utiliza-se imunoglobulina IV ou plasmaférese.


A miastenia grave pode ser desencadeada por:

• Infeções

• Cirurgia

• Uso de certos medicamentos, como nifedipino ou verapamil


(usado para tratar pressão arterial alta), quinina (usado para tratar
malária) e procainamida (usado para tratar arritmia cardíaca).

Raramente, a miastenia grave é herdada como um traço autossômico (não


ligado ao sexo) e recessivo. Isto é, são necessários dois genes da doença,
um do pai e um da mãe, para que a criança apresente a doença.
Miastenia neonatal
A miastenia neonatal se desenvolve em 12% dos bebês nascidos de
mulheres que têm miastenia grave. Os anticorpos contra os receptores de
acetilcolina, que circulam no sangue, podem passar para o feto através da
placenta de uma mulher grávida. Nesses casos, o bebê tem fraqueza
muscular que desaparece dias depois ou até algumas semanas depois do
parto. Os 88% dos demais bebês não são afetados.

Os sintomas mais comuns de miastenia grave são:

●Pálpebra caída ou fraca

●Músculos oculares fracos, que causam visão dupla

●Fraqueza excessiva dos músculos afetados depois de serem usados.

Diagnóstico da miastenia grave:

●Eletromiografia: é a inserção de uma agulha em um músculo, para registrar a


sua atividade elétrica.

●Exames de sangue: para detectar anticorpos aos receptores de acetilcolina e,


às vezes, outros anticorpos presentes em pessoas com o distúrbio.

Testes usando uma bolsa de gelo ou repouso. O teste da bolsa de gelo é feito
somente se a queda de pálpebras estiver evidente. Os médicos aplicam uma
bolsa de gelo nos olhos da pessoa por dois minutos e, em seguida, a
removem. Se a queda das pálpebras se resolver, os médicos suspeitam de
miastenia grave.

O teste de repouso é feito se a pessoa tiver dificuldade em mover o globo


ocular (geralmente causando visão dupla). A pessoa é instruída a exercitar os
músculos do olho até se cansar. Em seguida, os médicos pedem à pessoa
que ela que se deite tranquilamente em um quarto escuro por alguns minutos,
com os olhos fechados. Se os olhos se moverem normalmente e a visão
dupla se resolver, os médicos suspeitam de miastenia grave.

As neuropatias hereditárias afetam os nervos periféricos, causando sintomas


sutis que pioram gradualmente.

As neuropatias hereditárias podem afetar


• Nervos motores (neuropatias motoras)
• Nervos sensitivos e autônomos (neuropatias sensitivas)

Motore,nervos sensitivos e motores (neuropatias sensitivas e motoras).


Os nervos motores controlam o movimento muscular e os nervos sensitivos
transmitem informações sensoriais - sobre coisas como dor, temperatura e
vibração - ao cérebro. Os nervos autônomos regulam o processo involuntário
do corpo.
Algumas neuropatias hereditárias são relativamente frequentes, ainda que,
muitas vezes, não sejam identificadas como tal. Foram identificados os genes
responsáveis por muitas destas neuropatias hereditárias e outras doenças
hereditárias que causam neuropatias.

Alguns exemplos:

• Algumas formas da doença de Charcot-Marie-Tooth

• Doença de Refsum

• Porfiria

• Doença de Fabry

• Neuropatia hereditária com risco de paralisia por pressão

Quando os nervos sensitivos são afetados, a habilidade de sentir dor e


mudanças na temperatura pode ficar mais comprometida do que a habilidade
de sentir vibração e posição (saber onde estão os braços e pernas). As mãos e
pés são mais afetados.
ma vez que as pessoas não podem sentir dor, elas podem lesionar seus pés e
não saberem. Essas lesões aumentam o risco de infecções, incluindo infecções
ósseas e risco de lesão na articulação (denominada artropatia neurogênica ou
articulações de Charcot). Se a capacidade de sentir vibração e posição for
afetada, as pessoas têm problemas para manter o equilíbrio e caminhar.
Quando os nervos motores são afetados, os músculos enfraquecem, definham
(atrofiam) e podem ficar paralisados por completo. Quando os nervos
autônomos são afetados, os processos do corpo não funcionam normalmente.
Por exemplo, a pressão arterial pode diminuir quando a pessoa se levanta
(chamado hipotensão ortostática), fazendo com que ela sinta tonturas ou fique
atordoada. Os homens podem ter mais dificuldade para iniciar e manter uma
ereção (disfunção erétil).
As pessoas podem eliminar urina involuntariamente(incontinência urinária) ou
ter dificuldade para esvaziar a bexiga (retenção urinária). Algumas pessoas
sofrem obstipação grave.
Conclusão
Conclui-se que às patologias musculares são um grupo de desordens
caracterizadas por fraqueza e atrofia muscular de origem genética que ocorre
pela ausência ou formação inadequada de proteínas essenciais para o
funcionamento da fisiologia da célula muscular, cuja característica principal é o
enfraquecimento progressivo da musculatura.
Referências bibliográficas:
edisciplinas.usp.br
https://edisciplinas.usp.br › vi...PDF
https://www.scielo.br › reeuspPDF
educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
https:educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br ›PDF

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