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ESTUDO DE ACIDENTE DURANTE O TRANSPORTE DE ETANOL:

O TRANSPORTE DE ETANOL NO BRASIL

Autores:

Edgar Medeiros**

Letícia Assis***

Marcela Vincent****

Nathália Cabral*****

Paulo Mariano******

Orientador:

Prof. Elvis Rodrigo Marques*******

_______________________________________________________________
*Artigo apresentado para conclusão do curso Técnico em Segurança do Trabalho, ETEC Dr.
Celso Giglio.
** Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho, pela ETEC Dr. Celso Giglio,
endereço eletrônico: edgar.medeiros@etec.sp.gov.br
***Estudante do Curso Técnico de Segurança do Trabalho, pela ETEC Dr. Celso Giglio,
Bombeiro Profissional Civil, Tecnóloga em Recursos Humanos e Especializada em Gestão de
Pessoas. Endereço eletrônico: leticia.assis18@etec.sp.gov.br
**** Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho, pela ETEC Dr. Celso Giglio,
endereço eletrônico:marcela.vincent@etec.sp.gov.br
***** Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho, pela ETEC Dr. Celso Giglio,
endereço eletrônico: nathalia.cabral01@etec.sp.gov.br
****** Estudante do curso Técnico de Segurança do Trabalho, pela ETEC Dr. Celso Giglio,
endereço eletrônico: paulo.mariano15@etec.sp.gov.br
*******Professor na ETEC Dr. Celso Giglio, formado Tecnólogo em Segurança do Trabalho pela
faculdade Estácio de Carapicuíba, Pós graduado em Formação pedagógica pelo Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, com experiência na área de Segurança,
Higiene do trabalho, Ergonomia e segurança Contra Incêndio.
RESUMO

As usinas de etanol e açúcar representam um dos principais setores da


economia brasileira, correspondendo a cerca de 3,28% do valor de produção
da indústria nacional, segundo o IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). No entanto, o transporte desse líquido inflamável é um dos
maiores responsáveis por acidentes de trabalho no país. Como o transporte de
modais impacta diretamente no PIB (Produto Interno Bruto) e no bolso das
empresas transportadoras, seguradoras, além de prejudicar o trânsito por
graves acidentes, falar sobre segurança do trabalho durante o transporte se
tornou mais importante do que nunca. Por isso, com base em nossas
pesquisas baseadas nos maiores sinistros ocorridos nas rodovias durante o
transporte do etanol no país.

Palavras-chave: Transporte de etanol; Combustível; Etanol; Rodovia; Acidente.


INTRODUÇÃO

O Brasil apresenta um alto índice de desenvolvimento dos sistemas


agroindustriais e os avanços conquistados pelo agronegócio nos últimos anos
estão sendo acompanhados por diversos setores da economia; contudo, a
configuração logística atual tem revelado diversas fragilidades em relação ao
transporte Rodoviário, no que pese o Motorista de Transporte Pesado ser
obrigatoriamente capacitado pelo MOPP (Curso de Movimentação e Operação
de Produtos Perigosos).  
O Brasil ocupa a posição de segundo maior produtor de etanol do
mundo. O crescimento das exportações de Etanol do Brasil, se expôs o déficit
do País em relação à sua infraestrutura logística interna, não somente no que
diz respeito ao escoamento rodoviário perigoso de etanol.
De acordo com (Souza Filho-2014), a logística é responsável pelo fluxo
físico e de informações, desde a obtenção da matéria-prima até a distribuição
do produto. Tal atividade é de extrema importância.
O transporte de etanol no País por meio de dutos é praticamente
insignificante, exceto de gás Boliviano, de Petróleo bruto do Porto de São
Sebastião/SP e para a refinaria de Paulínia/SP.
O modo rodoviário oneroso, por sua vez, responde por cerca de 90%
do escoamento do etanol e é nesta etapa de produção que ocorre a maior
parte dos acidentes, como tombamentos, colisões e capotamentos. Esse tipo
de incidente é muito perigoso, já que pode causar vazamentos e até explosões.
Esse modal é indicado para distâncias menores; porém, não é isso que ocorre.
O governo brasileiro está ciente da necessidade de ampliação do transporte
multimodal e da sua importância para viabilizar a interiorização do
desenvolvimento econômico do País. Segundo (Oliveira-2014), a expressão
“apagão logístico” vem permeando as discussões sobre questões relacionadas
ao transporte, a portos e à armazenagem no Brasil. As dificuldades de
escoamento dos produtos. 
OBJETIVO

O transporte do etanol é um dos maiores responsáveis por acidentes


de trabalho no país. Como o transporte de modais impacta diretamente no PIB
e no bolso das empresas transportadoras, seguradoras, além de prejudicar o
trânsito por graves acidentes, falar sobre segurança do trabalho durante o
transporte se tornou mais importante do que nunca. Por isso, com base em
nossas pesquisas baseadas nos sinistros ocorridos nas rodovias durante o
transporte do etanol no país, buscamos como objetivo principal reduzir os
acidentes durante a realização desta atividade.

REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, do


Ministério da Fazenda, Instituto Nacional do Seguro Social e Empresa de
Tecnologia e Informações da Previdência os índices de Acidentes do Trabalho
para o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4930-2/03
Transporte rodoviário de produtos perigosos são altíssimos, Conforme
subseção A – Acidentes do Trabalho no Brasil e Grandes Regiões em 2017
foram 12.729, conforme tabela abaixo.

Fonte:https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/saude-e-seguranca-do-trabalhador/dados-
de-acidentes-do-trabalho/arquivos/aeat-2017.pdf

Para esclarecer a que se refere esses números os Acidentes com o


CAT (Comunicação de acidente de trabalho) registrada – correspondem ao
número de acidentes cuja o CAT (Comunicação de acidente de trabalho) foi
registrado no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Não é contabilizado o
reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente
do trabalho ou doença do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; Já
Acidentes sem CAT Registrada – correspondem ao número de acidentes cuja
Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT não foi registrada no INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social). O acidente é identificado por meio de um
dos possíveis nexos: Nexo Técnico Profissional/Trabalho, NTEP (Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário), Nexo Técnico por Doença Equiparada a
Acidente do Trabalho ou Nexo Individual. Esta identificação é feita pela nova
forma de concessão de benefícios acidentários; Os Acidentes Típicos – são os
acidentes decorrentes da característica da atividade profissional
desempenhada pelo segurado acidentado. Esse dado somente está disponível
para acidentes que foram registrados por meio da CAT (Comunicação de
acidente de trabalho); Acidentes de Trajeto – são os acidentes ocorridos no
trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa. Esse
dado somente está disponível para acidentes que foram registrados por meio
da CAT (Comunicação de acidente de trabalho); Doença do Trabalho – são as
doenças profissionais, aquelas produzidas ou desencadeadas pelo exercício do
trabalho peculiar a determinado ramo de atividade, conforme disposto no
Anexo II do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto
no 3.048, de 6 de maio de 1999; e as doenças do trabalho, aquelas adquiridas
ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente. Esse dado somente está
disponível para acidentes que foram registrados por meio da CAT
(Comunicação de acidente de trabalho).

Contudo essas informações que estão no Anuário não se refere


somente ao transporte de etanol, pois engloba o CNAE como um todo, porém
serve como base estatísticas para comprovação do alto índice de acidentes
com o etanol e outros líquidos inflamáveis e combustíveis.

Outras questões também estão pautadas como as dificuldades de


locomoção dos caminhões nas estradas brasileiras.

Algumas rodovias estão mal cuidadas, outas não chegaram a ser


terminadas conforme vemos na imagem abaixo:

Rodovia Transamazônica, antes de um incêndio e pós.


Fonte:https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2020/09/16/fotos-mostram-antes-e-
depois-da-rodovia-transpantaneira-ser-atingida-pelos-incendios-no-pantanal-de-
mt.ghtml

Rodovia Transpantaneira durante o período de chuvas.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/transamazonica.htm

Existe Ranking da Confederação Nacional do Transporte com top dez


piores trechos das rodovias, vamos citar alguns.
1º – Natividade TO – Barreiras BA Rodovias: BA 460, BA 460/BR 242,
TO 040, TO 280

Fonte: https://planetacaminhao.com.br/conheca-os-dez-piores-trechos-rodoviarios-do-brasil/

2º – Jataí GO – Piranhas GO Rodovia: BR 158

Fonte: https://planetacaminhao.com.br/conheca-os-dez-piores-trechos-rodoviarios-do-brasil/

3º – Marabá PA – Dom Eliseu PA Rodovia: BR 222


Fonte: https://planetacaminhao.com.br/conheca-os-dez-piores-trechos-rodoviarios-do-brasil/

4º – Rio Verde GO – Iporá GO Rodovia: GO 174

Fonte: https://planetacaminhao.com.br/conheca-os-dez-piores-trechos-rodoviarios-do-brasil/

5º – São Vicente do Sul RS – Santana do Livramento RS


Rodovias: BR 158, RS 241, RS 640
Fonte: https://planetacaminhao.com.br/conheca-os-dez-piores-trechos-rodoviarios-do-brasil/

Quando ocorre um acidente com derramamento de etanol na via este


entra em contato com o solo, pode colaborar no processo de solubilização 1 dos
compostos BTEX2, aumentando a mobilidade com que eles se dispersam pelo
solo e pelas águas. Devido à sua ação inibidora do crescimento bacteriano, o
etanol em altas concentrações no solo pode prejudicar a biodegradação dos
compostos BTEX (benzeno, tolueno, etil benzeno, xileno). O etanol traz um
componente a mais para o entendimento dos processos de contaminação de
solos e águas subterrâneas no Brasil, sendo necessária a adaptação de
práticas de avaliação e remediação, poderíamos estudar formas de realizar
durante a construção das rodovias e vias onde se realizam o transporte do
etanol a implantação de tranques subterrâneos com pontos em locais
específicos para que em caso de acidente o líquido possa ser depositado com
maior agilidade, desta forma reduzira-se o risco de explosão e facilitaria a
desobstrução da via.

Quem trabalha com veículos que transportam cargas perigosas devem


ter a atenção redobrada ao conduzir este tipo de equipamento, afinal qualquer
imprevisto pode ser fatal, para ele e para qualquer pessoa que estiver próxima
ao local de um acidente com etanol.

1
A quantidade máxima que uma substância pode se dissolver em um líquido.
2
Sigla que dá nome ao grupo de compostos formado pelos hidrocarbonetos: benzeno, tolueno,
etil-benzeno e os xilenos (o-xileno, m-xileno e p-xileno).
Em virtude dos graves problemas que este tipo de produto transportado
possa causar torna-se necessário uma maior capacitação. o curso obrigatório
para que o profissional possa carregar o etanol conhecido popularmente como
MOPP (Movimentação e Operação de Produtos Perigosos) tem a finalidade de
mostrar a legislação à esse condutor, proporcionar o conhecimento necessário
para que o ele conduza o veículo com segurança, preservando a sua
integridade física, da carga, do caminhão do meio ambiente, das pessoas, além
prepará-lo para prestar um primeiro atendimento emergencial, caso necessário.

Além do curso obrigatório para o transporte de produtos perigosos


(MOPP), a empresa também deve investir na qualidade de trabalho desse
empregado.

É mais do que conhecido que, motoristas em sua grande maioria são


mal remunerados, trabalham com cargas horárias excessivas, prazos
apertados, além de trafegar em estradas com péssimas condições. A empresa
precisa motivar e treinar adequadamente esse trabalhador para diminuir a
insatisfação desses trabalhadores, diminuindo assim acidentes.

É importante que o empregado trabalhe juntamente com esse


motorista. Atitudes básicas, como a manutenção preventiva, checagem diária e
cumprimento das leis são determinantes na segurança da carga, do meio
ambiente e da vida.

LEI DO MOTORISTA - LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015

Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista; altera a


Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 9.503, de 23 de setembro de 1997 -
Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro de 2007 (empresas e
transportadores autônomos de carga), para disciplinar a jornada de trabalho e o
tempo de direção do motorista profissional; altera a Lei nº 7.408, de 25 de
novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei nº 12.619, de 30 de abril de
2012; e dá outras providências.

Para disciplinar a jornada de trabalho do motorista de caminhão, o


Governo Federal propôs uma nova legislação no ano de 2015. O texto altera
alguns trechos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e do CTB (Código
de Trânsito Brasileiro), assegurando novas garantias, como:

Ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento


profissional normatizados pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito);

Contar com atendimento reabilitador, terapêutico e preventivo por meio


do SUS (Sistema Único de Saúde);

Garantia de proteção do Estado contra ação criminosa que lhe seja


dirigida enquanto estiver exercendo a profissão;

Acesso a serviços de medicina ocupacional, prestados por instituições


públicas ou privadas sob escolha do motorista.

Os condutores empregados em transportadoras (não autônomos)


contam com uma parte específica na lei do motorista:

Os caminhoneiros não devem responder ao empregador por qualquer


tipo de prejuízo patrimonial causado por terceiros.

Ter uma jornada de trabalho diária de no máximo 8 horas, podendo ser


estendida em até 2 horas adicionais (ou 4, se previamente acordado). Ela deve
ser controlada e registrada pelo empregado.

Garantia de seguro obrigatório custeado pelo empregador, com o valor


mínimo de 10 vezes o piso salarial da categoria do motorista, destinado para os
casos de morte natural, morte por acidente, invalidez total ou parcial por
acidente.

JORNADA DE TRABALHO

Em relação à jornada de trabalho dos caminhoneiros, apesar de ser


determinado que a quantidade máxima de horas diárias trabalhadas são 8
horas (podendo ser estendida em até 2 ou 4 horas adicionais), existem
algumas peculiaridades na lei do motorista, como:

A jornada, a não ser que esteja prevista em contrato, não possui


horário fixo de início, término e nem intervalos.
Essas 8 horas serão efetivamente consideradas enquanto o motorista
estiver à disposição do empregador.

As horas extraordinárias serão pagas com o acréscimo previsto na


legislação aplicável a qualquer trabalhador (50% sobre o valor/hora).

DESCANSO

Esse foi o aspecto que mais mudou com a lei 13103. Lembrando que
essas normas só valem para os motoristas empregados. Entre as principais
mudanças na lei do motorista, temos:

O motorista deve ter, no mínimo, 1 hora de descanso para refeição por


dia.

Dentro do período de 24 horas, são asseguradas ao menos 11 horas


de descanso. O maior período deve ser de, pelo menos, 8 horas ininterruptas.
As 3 horas restantes podem ser fracionadas ao longo do dia.

Em viagens de longa distância, quando o motorista ficar fora por mais


de 24 horas, o repouso pode ser feito no veículo, em alojamento ou em outro
local com condições adequadas.

O tempo em que o motorista fica aguardando carga, descarga ou


fiscalização da mercadoria transportada, não é considerado jornada diária, mas
deve ser indenizado em 30% do salário-hora normal.

O motorista não pode dirigir mais de 5 horas e meia ininterruptas. Seja


no transporte de carga ou no de passageiros. Esse tempo só pode ser
estendido em casos que o condutor precisa oferecer segurança ou
atendimento.

EXAME TOXICOLÓGICO

Uma das novidades aprovadas na lei 13103 foi a exigência de exames


toxicológicos nos motoristas. As análises devem acontecer nos seguintes
momentos:
Quando falamos de profissionais empregados, os exames são feitos na
admissão e desligamento.

A cada 2 anos e meio, o motorista também deve passar por um


programa de controle de uso de drogas e bebidas alcoólicas.

Se for reprovado no exame, o motorista perde o direito de dirigir por


três meses.

RESULTADOS E DISCUÇÃO

RASTREAMENTO

Rastreamento via satélite e radiofrequência:

Os sistemas de rastreamento via satélite já existem há muitas décadas.


Seu funcionamento, na verdade, é bem simples: um dispositivo se comunica
com uma central de atendimento e envia as coordenadas do usuário, veículo
ou objeto no qual ele está instalado.

A principal característica desse sistema é a sua ampla cobertura. Por


se comunicar via satélite, o dispositivo pode ser localizado em qualquer lugar
do mundo. Para complementar, dependendo do tipo de serviço adotado, é
possível realizar um monitoramento via web.

Rastreamento via satélite

Essa costuma ser a opção mais utilizada pelos gestores de frotas. Por
meio desse sistema, os satélites permitem que o veículo seja acompanhado
em tempo real, ao longo das 24 horas. Essa modalidade de rastreamento é
realizada por GPS e GPRS. O GPS é responsável por coletar informações
úteis para o gestor, como a jornada de trabalho do motorista.

A grande vantagem desse recurso é a possibilidade de acessá-lo por


meio de aplicativos de rastreamento. Esse aspecto torna a tecnologia mais
acessível e facilmente receptível para os usuários e transportadoras, por conta
da comodidade. Outro benefício do rastreamento via satélite é a possibilidade
de bloquear o veículo e enviar alertas quando necessário.
Rastreamento por radiofrequência
Esse sistema de rastreamento funciona por meio da emissão de sinais
de rádio. Por conta dessa característica, é possível acompanhar o
deslocamento de uma frota em locais fechados, como túneis e subsolos. Além
disso, diferentemente do rastreamento via satélite, os sinais de rádio não
sofrem interferências de inibidores de sinais. Dessa forma, o gestor de uma
frota sofre menos com oscilações de sinal.

Geralmente, as etiquetas RFID são utilizadas nessa categoria. Elas são


estruturadas por chips de silício e antenas. É possível encontrar RFIDs ativos,
que podem enviar sinais, e passivos, que apenas respondem aos sinais
enviados.

A grande desvantagem desse sistema é o fato de oferecer cobertura


geográfica limitada. Logo, é possível utilizar o rastreador com eficiência apenas
em ambientes regionais. Esse aspecto pode ser uma forte perda para
transportadoras que atuam em todo o território brasileiro.

Rotograma falado:

O rotograma também é um aliado no transporte de cargas esta


ferramenta fornece as principais informações da rota para que se tenha um
transporte mais seguro, com ele podemos encontrar benefícios, sendo alguns
deles:

 Informações sobre as rodovias:


Informa a quilometragem e nomes das cidades onde o risco é
maior;
 Subsistência de sinistros:
Ele informa os trecos com mais incidência de roubos;
 Postos autorizados:
Informa nomes e telefones de postos para pausas e pernoite;
 Pontos críticos da rota:
Área. Sem sinalização, trevos, curvas perigosas entre outros;
 Recurso e ponto de apoio:
Informa locais com pronto atendimentos, hospitais, polícia,
bombeiros, entre outros;
 Prevenção:
Com as informações antecipadas, o risco de acidentes e sinistro
diminui;
 Segurança:
O rotograma juntamente com programa de monitoramento e
rastreamento garante maior segurança durante todo o percurso do
veículo.

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/10909476/

A vantagens também para o empregador, pois, a cultura preventiva é


um investimento a longo prazo que reduz os danos operacional, assim
reduzindo os prejuízos.

Outras funcionalidades de um sistema de rastreamento veicular

Embora saber o ponto exato em que se encontra um veículo seja a


função mais conhecida desse tipo de sistema, essa não é sua única utilidade.
Ou seja, há ainda mais o que saber sobre como funciona o sistema de
rastreamento veicular.
Além de sua localização, a triangulação dos sinais obtidos por meio
das antenas receptoras possibilita o acesso a outras informações a respeito do
veículo e seu funcionamento, como:

 Velocidade em determinado ponto


 Locais pelos quais passou
 Tempo que ficou parado
 Além de muitas outras informações úteis para o
monitoramento e gestão de frotas

Outra de suas funcionalidades, tida como uma das principais e mais


importantes, é a possibilidade de realizar o bloqueio remoto do veículo, função
extremamente útil em casos de roubo ou furto.

Alternativa para controle da jornada de trabalho do motorista mais


segura

Implantação do sistema de rastreamento e controle de jornada


americano conhecido como Log Book eletrônico.

 Vantagens:
 Velocidade do veículo controlada;
 Tempo de paradas para descanso;
 Controle do tempo total da jornada de trabalho;
 Sensores dentro da cabine que detectam se o motorista
está com sono e emitem avisos sonoros;
 Comunicação em tempo real com a Base;
 Rastreamento e monitoramento durante toda a viagem sem
perca de sinal.

ESPECIFICAÇÕES DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL

O Tanque para o transporte do etanol é construído em chapa de aço


carbono em compartimento único ou dividido, tem um formato oval elíptico com
quebra ondas internas semi-abaulados e bordas viradas.
Fonte: http://www.tanquesscherrer.com.br/ts/combustivel-veiculos-8x2-bitrucks/

Fonte: https://www.escavador.com Fonte: https://www.escavador.com

Fonte: blogdocaminhoneiro.com
Fonte:https://www.caminhoes-e-carretas.com

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Uf9CB34ybd4

Possui um cofre (caixa de retenção) na parte superior do tanque para


evitar possíveis derrames do produto. É composto por uma escada do tipo
marinheiro com degraus antiderrapantes e alguns com salva corpo também.
Tem uma tubulação de descarga dotada de válvula de fundo e válvulas de
saída de acordo com as normas do Inmetro, é dotado de uma base de apoio
com vigas montadas sobre longarinas reforçadas, com uma caixa para guardar
a mangueira de descarga, caixa de ferramentas, acessórios e epi’s 3 e epc’s4,
suportes para fixação de placas sinalizadoras de simbologia, suporte para
extintores e suporte para cones de sinalização. Sistema elétrico com fiação
embutida em dutos metálicos, lanternas do tipo olho de gato. Sistema interno
do tipo quebra ondas e antitombamento.

FISPQ – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE


PRODUTO QUÍMICO

3
Equipamentos de proteção individual
4
Equipamentos de proteção coletiva
A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) na
parte 4 da norma ABNT NBR 14725 define um modelo geral de apresentação
da ficha e deve ser seguida para elaboração do documento.

Fonte: https://www.br.com.br/wcm/connect/6fad4419-69ca-47f1-aabb-b507d1980d19/fispq-
comb-etanol-etanol-hidratado-combustivel-ehc-rev02.pdf?MOD=AJPERES&CVID=lLpYx9u

Para certificar o uso seguro de produtos químicos no ambiente de


trabalho, seja nas atividades de armazenamento, processamento, embalagem
e distribuição, se pressupõe a classificação de perigo dos produtos de forma
harmonizada. No Brasil adota-se o Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), conforme a NR 26-
TEM e a ABNT-NBR 14725.

A FISPQ (ficha de informações de segurança de produtos químicos)


fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias
ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.

SIMBOLOGIA
Resolução Nº 5.848 de 25 de junho de 2019 – ANTT (agência nacional
de transportes terrestres)

No painel de segurança que é retangular sob a cor laranja e bordas


pretas esta as informações sobre o número e grau de risco do produto na parte
superior e o número da ONU (organização das nações unidas) na parte inferior.

http://www.tnbrasil.com.br/Produtos/19010/painel-de-seguranca

Já no rótulo de risco que é um losango e tem a cor vermelha na parte


superior está contido um símbolo de fogo, na parte do meio a descrição do
produto e na parte inferior a numeração de risco.

https://www.rededompedro.com/noticia/dica-rdp-sinalizacao-no-transporte-de-cargas

Os painéis de segurança devem ter o número das Nações Unidas e o


número de risco do produto transportado, não menores que 65mm, num painel
retangular de cor laranja, com altura não inferior a 140mm e comprimento
mínimo de 350mm, com uma borda preta de 10mm. Já o rótulo de risco tem a
forma de um losango, com símbolo, identificação escrita e um código ONU;
Tamanho padrão de 30 cm de largura por 30 cm de altura (30x30).

A portaria do Ministério dos Transportes Nº 204, de 20 de maio de


1997 ainda trata, a partir do item 7.3, dos painéis de segurança e rótulos de
risco.
O veículo que transporta produtos perigosos, conforme a legislação
vigente deve fixar a sua sinalização na frente (painel de segurança, do lado
esquerdo do motorista), na traseira (painel de segurança, do lado esquerdo do
motorista).

Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/emergencias-quimicas/aspectos-gerais/simbologia/
paineis-de-seguranca/

Nas laterais (painel de segurança e o rótulo indicativo da classe ou


subclasse de risco) colocados do centro para a traseira, em local visível.

Quando a unidade de transporte trafegar vazia, sem ter sido


descontaminada, está sujeita às mesmas prescrições que a unidade de
transporte carregada devendo, portanto, estar identificada com os rótulos de
risco e os painéis de segurança.

Fonte:https://cetesb.sp.gov.br/emergencias-quimicas/aspectos-gerais/simbologia/paineis-de-
seguranca/

A aplicação destes painéis e rótulos devem atender a NBR 8286 e as


NBR 12227- Inspeção periódica dos tanques de carga utilizados em transporte
rodoviário e NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos que também normatizam o
transporte de produtos químicos.

EPI’S E EPC’S NO TRANSPORTE DE ETANOL


 Epi’s
o Capacete de Proteção
o Luvas Nitrílicas e de Vaqueta
o Macacão de Proteção
o Botas em PVC com solado de borracha
o Óculos de Segurança Anti Respingos
o Máscara Semi Facial com filtros para gases e vapores
 Epc’s
o Cones de Sinalização
o Fitas Zebradas
o Pá e Enxada
o Placas de Sinalização
o Extintores de Incêndio
o Baldes
o Cabos de Aterramento

Fonte: sintrinal.org.br

RESOLUÇÃO ANTT Nº 5.232/16, DE 14 DEZEMBRO DE 2016


1.1.2 No transporte terrestre de produtos perigosos, as seguintes Normas da
ABNT devem ser atendidas:

ABNT NBR 7500 - Identificação para o transporte terrestre, manuseio,


movimentação e armazenamento de produtos.

ABNT NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte


terrestre de produtos Perigosos – Epi’s e Epc’s.

ABNT NBR 14619 - Transporte terrestre de produtos perigosos –


Incompatibilidade química”

ABNT NBR 12982 – Desvaporização de tanque para Transporte Terrestre de


Produtos Perigosos da classe 3 Líquidos Inflamáveis.

ABNT NBR 14725 – A ficha de informações de segurança de produtos


químicos (FISPQ) fornece informações sobre vários aspectos de produtos
químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e
ao meio ambiente.

CLASSE 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Fonte: valor.globo.com

O etanol está classificado no sistema de rotulagem como líquidos


Inflamáveis pertencentes da classe 3 da normatização da ONU. Tem o seu
ponto de fulgor em PFg5(ponto de fulgor) ≤ 23ºC. Está também identificado pelo
painel de segurança sob o número da ONU 1170 identificando o produto.

5
ponto de fulgor: temperatura mínima onde os combustíveis começam a liberar vapores
inflamáveis.
Número ONU 1170
Número de Risco: 33
Líquido Altamente Inflamável PFg ≤ 23ºC
Limites de inflamabilidade no ar:
Limite Superior: 19%
Limite Inferior: 3,3%
Aspecto (estado físico, forma e cor):
Líquido límpido e incolor
pH: 6,0 – 8,0
Ponto de Ebulição Inicial: 77 °C
Temperatura de Auto Ignição: 363 °C

ESTUDO DE CASO

CAMINHÃO CARREGADO COM 45MIL LITROS DE ETANOL TOMBA


NA RODOVIA (SP-308)

00:00/02:22
O acidente ocorreu no dia 18/06/2016 na rodovia Luiz de Queiroz em
Piracicaba, o caminhão carregado com 45 mil litros de etanol iria de Pauliceia (SP)
à Guarulhos (SP), o caminhão estava na Rodovia do Açúcar (SP-308) e após
pegar a alça da Luiz de Queiroz, para seguir em direção a Santa Barbara do Oeste
(SP), o motorista perdeu o controle do veículo, que ficou atravessado na pista e no
canteiro central.
O motorista foi socorrido pelo Samu com ferimentos leves.
Com o impacto, os dois tanques ficaram virados, ocorrendo vazamento
do produto por dois furos, além de pela boca de um dos dois tanques.
O caminhão ficou tombado na pista por 11h esperando a empresa
responsável pelo transporte chegar para fazer a remoção do combustível do
caminhão com segurança.
A Cetesb também foi chamada ao local do acidente, eles
providenciaram uma contenção de terra utilizando uma retroescavadeira, pois
vazou mais de 20mil litros de etanol no solo e essa contenção impediu que o
produto vazado atingisse uma galeria pluvial que havia próxima ao local,
impedindo que o etanol não atingisse nenhum córrego.

Os bombeiros estancaram os pontos de vazamento nos tanques com


aplicação de um tipo de massa chamada epóxi.
Pelo etanol se tratar de um produto bastante volátil e devido ao calor
intenso na região, houve a formação de uma nuvem de gases em torno do
caminhão. Em consequência disso, todo o sistema elétrico do caminhão foi
desligado e os bombeiros optaram por ficar resfriando o tanque até a empresa
responsável chegar, pois tinha risco eminente de explosão. Eles isolaram os
dois sentidos da rodovia, interrompendo totalmente o tráfego de veículos.

Depois que todo o líquido dos tanques foi retirado, ainda havia uma
atmosfera com gases inflamáveis por conta da quantidade de etanol existente nos
tanques. O trabalho realizado consistiu em inertizar o interior do caminhão
utilizando LGE (líquido gerador de espuma) e aterrar o veículo para evitar qualquer
tipo de faísca que pudesse causar explosões.

Foi chamado um caminhão bomba para drenar o líquido que vazou no


solo e assim evitando maiores danos ambientais no entorno. Os bombeiros
limparam a pista e o tráfego foi liberado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema de transporte de líquidos inflamáveis como o etanol precisa


ser entendido e tratado com o grau de risco que representa de fato.
Acreditamos que a forma mais segura de fato seria que esses produtos fossem
transportados por dutos ou linhas férreas o que hoje ainda não é possível.
Seguir alguns procedimentos já existentes na legislação e adotar um conceito
mais rigoroso de formação dos motoristas e acompanhamento das empresas
transportadoras seria o ideal.
Manter em dia a formação dos motoristas, sempre adotar um sistema
de rastreamento dos veículos, maior controle de manutenção dos veículos e de
velocidade.
Nas rodovias a serem construídas, poderiam ser instalados
reservatórios com pontos de acesso para em caso de acidente esse líquido
possa ser armazenado com maior agilidade, possibilitando assim a
desobstrução da via com maior agilidade e reduzindo o risco de explosões ou
incêndios.
Os caminhões poderiam ter válvulas de descarga apenas na parte
traseira do tranque, em caso de acidente evitaria a ruptura das mesmas, e os
tranques mesmo feitos dupla chapa de aço de carbono, tivessem anéis de
proteção para prevenir o rompimento do tranque em caso de acidente.
É a clara necessária de desenvolver a integração entre os órgãos
públicos e empresas privadas estimulando o investimento privado, com regra
claras e definidas, criando mais postos de atendimento aos motoristas que
realizando os transportes principalmente de combustíveis.
REFERÊNCIAS

Manual para Atendimento a Emergências com Produtos Químicos ABIQUIM,


2015.

ONU – Organização das Nações Unidas – Orange Book

Resolução 5232/2016 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

Resolução 5848/19 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

Resolução 3665/11 da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT

Aplicativo de Produtos Perigosos Versão: 2.3.1

NBRs 7500 – 7503 – 9735 – 10271 – 14619 – 12982 - 14725

Manual de fiscalização do transporte rodoviário nacional e internacional de


produtos perigosos da ANTT de 2018.

Guia de respostas a emergências do Departamento dos Transportes dos


Estados Unidos (USDT) de 2016.

www.inmetro.gov.br

https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/saude-e-seguranca-do-
trabalhador/dados-de-acidentes-do-trabalho/arquivos/aeat-2017.pdf

https://www.google.com/amp/s/viacarreira.com/curso-mopp/amp/

https://www.google.com/amp/s/www.vgresiduos.com.br/amp/blog/aprenda-o-
que-e-mopp-e-sua-importancia-na-gestao-dos-residuosnão

https://www.youtube.com

https://www.youtube/vlog18rodas

https://www.valor.globo.com

https://www.pintrest.com

https://gestran.com.br/2018/06/conheca-tudo-sobre-a-lei

https://www.sintrinal.org.br

https://www.celuloseonline.com.br/caminhoes-a-etanol-opcao-mais-economica
https://www.escavador.com

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