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MANUAL DE SANEAMENTO - FUNASA 2015

RESÍDUOS SÓLIDOS

Saneamento e Cidades
Dalila Vitória da Silva Santos
GERAÇÃO DOS RESÍDUOS
A atividade humana gera impactos ambientais, eles são perceptíveis nas
águas, no solo, no ar e na própria atividade humana. Eles repercutem
nos meios físicos, biológicos e sócio econômicos. Os resíduos sólidos são
gerados a partir dessas atividades, e seu manejo e gerenciamento
inadequado ainda são um dos principais problemas do país.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) foi criada em 2010 para
resolver um problema ambiental crítico: os lixões.

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CONCEITOS
RESÍDUOS SÓLIDOS: resíduos resultantes da atividade humana, nos
estados sólidos e semissólidos, ficando incluídos nessa definição o lodo
proveniente dos sistemas de tratamento de água e esgoto;
CHORUME: líquido produzido pela decomposição de substâncias
contidas nos resíduos sólidos;
LIMPEZA URBANA: é o manejo de resíduos sólidos originários da varrição
e limpeza de logradouros e vias públicas, e do conjunto de atividades até
a destinação final dos resíduos sólidos domésticos;
LOGÍSTICA REVERSA: é um conjunto de ações que viabilizam a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial.

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LOGÍSTICA REVERSA

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CONCEITOS
GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS: é um conjunto de ações
voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a
considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social,
com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: é um conjunto de ações


exercidas nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e dos
rejeitos.

RESÍDUO X REJEITO

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CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À ORIGEM: Domiciliares, resíduos públicos, sólidos urbanos,
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço, dos serviços
públicos de saneamento básico, industriais, de serviços de saúde,
construção civil, agrossilvopastoris, serviços de transporte e mineração.
QUANTO À PERICULOSIDADE: Perigosos e não perigosos.

CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS: Compressividade, teor de umidade, composição gravimétrica,
per capita e peso específico;
QUÍMICAS: Poder calorífico, teores de matéria orgânica, relação
carbono/nitrogênio e potencial hidrogeniônico.

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PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Devem ser elaborados conforme a legislação vigente e deve reunir um conjunto de
princípios, instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotadas pelo poder
federal, estadual e/ou municipal.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos os
geradores de resíduos, os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços
que gerem resíduos perigosos, e os não perigosos que não se equiparam aos
resíduos domiciliares.

POLÍTICA DE REDUÇÃO:
No Brasil, a questão dos resíduos sólidos urbanos foi regulamentada, tendo
avanços como a responsabilização do gerador pelos resíduos gerados, a
elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pelo titular dos
serviços, a análise e avaliação do ciclo de vida do produto e a logística reversa.
A estratégia dos R's (repensar, recusar, reduzir, reutilizare reciclar) deve ser
abordada em projetos de educação ambiental que trabalham a questão dos
resíduos sólidos.

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COOPERATIVISMO
Cooperativa é uma sociedade de pessoas, sem fins lucrativos, uma sociedade
autônoma, com características de microempresa de seleção e comercialização de
materiais recicláveis. Sua administração é de responsabilidade dos catadores,
atendendo às condições de limpeza e higiene do local, sempre com o apoio e
orientação dos técnicos ou autoridades sanitárias.

As cooperativas asseguram aos catadores melhores condições de trabalho, de


ganhos financeiros e de vida, com a venda de materiais coletados diretamente
para as indústrias de reciclagem.

A legislação no Brasil institucionalizou o papel relevante que os catadores


desempenham no manejo dos resíduos sólidos, permitindo que o poder público
contrate com dispensa de licitação associações e cooperativas.

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ACONDICIONAMENTO, COLETA E TRANSPORTE
ACONDICIONAMENTO NAS FONTES PRODUTORAS: ele é de
responsabilidade dos geradores, e deve apresentado para a coleta nos
dias e horários estabelecidos pelo órgão responsável pela limpeza.
COLETA: convencional, de resíduos de limpeza urbana, de resíduos de
serviços da saúde, de resíduos da construção civil, de resíduos especiais,
coleta seletiva e estabelecimentos industriais.
- A coleta e seu transporte deve garantir sua universalização,
regularidade, periodicidade, frequência e horário.
- Dimensionamento da frota de veículos: as características dos Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU) gerados de acordo com a população, por isso
recomenda-se que se realize a caracterização física do RSU.

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Serviços de coleta domiciliar e suas etapas:
• Estimativa da quantidade de resíduos a ser coletado;
• Definição das frequências de coleta;
• Definição dos horários de coleta domiciliar;
• Dividir a cidade em setores;
• Definição de itinerário de coleta;
• Dimensionamento da frota dos serviços.

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COLETA SELETIVA
É um sistema de recolhimento dos resíduos recicláveis inertes e
orgânicos previamente separados nas próprias fontes geradoras, com a
finalidade de reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo.
Para o dimensionamento e planejamento das ações de coleta seletiva, é
necessário o levantamento das características e geração dos resíduos. A
partir disso, deverão ser dimensionados para cada comunidade o
número de catadores, frequência da coleta, extensão dos percursos,
números de postos de captação, números de postos de entregas
voluntárias (PEV), equipamentos básicos, meios de transportes, setores
de coletas e horários.
- Divulgação e treinamento

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- Forma de separação:
Lixo seco (inertes): Lixo úmido (orgânicos)
- Papéis; - Restos de alimentos;
- Papelão; - Restos de verduras;
- Vidros; - Restos de frutas;
- Metais ferrosos e não ferrosos; - Outros materiais orgânicos não
- Plásticos. recicláveis.

- Acondicionamento da coleta seletiva:


- De casa em casa, por carros movidos manualmente;
- De casa em casa, por caminhão;
- Coleta domiciliar, por coleta mista;
- Posto de coleta voluntáia.
Caminhão misto.
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VIDRO: O vidro é triturado e realimentado no processo produtivo, fundido e
moldado em recipientes e frascos para embalagens alimentícias ou garrafas.

PLÁSTICO: pode retornar à linha de produção de produto similar ou à linha de


produção de produto de exigência inferior, fazer parte da produção de insumos
químicos ou geração de energia por incineração.

PAPEL: As aparas são trituradas, separados, prensados e comercializados para a


indústria de fabricação de papel.

METAIS FERROSOS: o metal reciclado é obtido basicamente da fusão do metal já


usado e transformado em lingotes para posterior transformação.
ALUMÍNIO (NÃO FERROSO): depois de prensadas, as latas e/ou artefatos de
alumínio são derretidos e transformados em placas, chamadas lingotes.

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DISPOSIÇÃO FINAL
ATERRO SANITÁRIO
O aterro sanitário é a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos
no solo, visando à minimização dos impactos ambientais, e devem
ocupar a menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível.
Os principais métodos de operação são de trincheira ou valas, rampa ou
da área. E quando executado corretamente, não apresenta perigo de
poluição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos
O processo de escolha da área deve ter por premissas o menor risco à
saúde humana, o menor impacto ambiental possível e serem conduzidos
de forma criteriosa e ponderada, satisfazendo os condicionantes
ambientais e operacionais das localidades a serem atendidas.

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DISPOSIÇÃO FINAL
ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE
Consiste no confinamento dos resíduos sólidos em valas escavadas,
tendo comprimento variável com largura e profundidade proporcionais à
quantidade de resíduo a ser aterrado. Este método é muito utilizado em
cidades de pequeno porte.

Admite-se a disposição final em valas, de forma excepcional, com a


devida aprovação do órgão ambiental, para os municípios ou consórcios
com população urbana que gerem até 20 toneladas por dia de resíduos e
não tenham aterro sanitário licenciado. Esta alternativa deve obedecer
aos critérios estabelecidos na legislação.

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PRINCIPAIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO
DE PROJETOS DE ATERRO SANITÁRIO
INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO: Aspectos ambientais,
econômicos e sociais;
ESTUDOS PRELIMINARES: Estudo específico de uma área já selecionada
buscando dados que confirmem sua escolha;
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO;
ESTUDOS AMBIENTAIS: Meio físico, biótico e antrópico;
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS;
CONCEPÇÃO DO PROJETO: Descrição sucinta da concepção básica do projeto;
INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA: Descrição das instalações das estruturas;
ELABORAÇÃO DO PROJETO: Detalhamento em nível básico e executivo.

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REFERÊNCIAS
https://blog.eureciclo.com.br/saiba-como-cumprir-a-politica-
nacional-de-residuos-solidos-em-2021/

https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/06/aument
o-da-producao-de-lixo-no-brasil-requer-acao-coordenada-entre-
governos-e-cooperativas-de-catadores

https://instagram.com/autossustentavel

Manual de Saneamento. Funasa, 2015.

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