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RETIFICADORES |. 87 Para trensformar corrente alternada mono ou trifésica em corrente continua, podem ser usados tanto retiticadores rota- tivos quanto estéticos. A. FUNCIONAMENTO. Todos os retificadores estéticos baseiam seu funcionamento no mesmo principio. Aten => 7 + com vélvules elétricas, que apenas deixam passar a corrente niime direcio. De ambos anne 65 semiciclos de corrente alternade, apenas um pode passar pelo retificador (sentido sensisy ue ninnueta de conducdo). © outro semicielo, que tem sentido contrério, € bloqueedo. Acor- gem? | rente essim resultante € uma corrente pulsante, cujas Mutuagées podem ser compen: °° sadas pelo acréscino de reatores e cepacitores. Observe-se que por meio de ums Figs 87-4 . ligagSo adequada, € possivel aproveitar também © semicicle de sentido oposto da Ligacao do retificador corrente alternada. Ligagdes de retificadores » Z rt = ’ Fig. 87.2 Retificador de Fig. 87.4 Retificador de Fig. 87.6 Retificador em meia onda onda inteira ponte . He rea . fo Fig.87.3 Ligacaoestréla Fig. 87.5 Ligacdo em estréla dupla Fig, 87.7 Ligagdo em ponte trifdsica. B. TIPOS DE RETIFICADORES ESTATICOS. 1. Retificadores semi¢ondutores. Os retificadores semicondutores, sio na maior parte dos casos, os retificadores de selénio (figura 87.8) ¢ os de dxido de cobre (figure 87.9), para bsixas frecilincias, ov mais modernanente, de silicio. A caracteristica retificadora € determinade pela secic de pessogem entre 6 elemento condutor e 0 semicondutor. A figura 87.10, apresenta-nos a caracterlstica de um retificador, onde corrente que passa no sentide de conducéo e no de bloqueio € dada em funcao da tenséo ligada. ; = in Eletrodo de a -u +U ‘Eletrodo de opmalgio ——Guosieno Sentido de dloqueie| Sentido de conauséo Tenslo de bloquelo de 189.3 volts Teneo de Bleaueto de 10 e 19 volts W Fig. 87.8 Retificador de Fig. 87.9 Retificador de dxido Fig, 87.10 Caracteristica selénic de cobre A tensdo de bloqueio do elemento retificador, depende da seco de bloqueio, enquanto e corrente € fungio do Heecoho da placa. Se tensées mais elevadas precisam ser retificadas, entio deve ser feita a ligago do niimero neces- Sim0 de elementos em série. Tratando-se de um caso onde correntes mais clevadas precisam ser retificadas, a ligasso mecessris € a de conveniente nimero de elementos em paralelo. 88 RETIFICADORES Il. Uma segunda classe de retificadores semicondutores, apresents uma caracterlstica favordvel para 0 uso em frequéncias elevadas. Neste srupo, destacam-se sobretudo —_Sermanto Ponta metitiea 95 retificadores de silicio ¢ de germfnio. Distinguem-se neste particular os retifica- dores de superficie ¢ de pontos. O diodo de germénio (figura 88.1), compoe-se t= de uma ponta de metsl, que @ pressionada sore a superficie de um cristal de ae | germénio por meio de contetos com moles. O ponto de contato € a comeda de > | bloqueio. As correntes permissiveis sio bem pequenas e 3 capacidede por ele. O— ti mento também reduzida Fig. 88.1 Diodo de germanio | Nos retificadores de secio (figura 88.2), séo usados dois cristais diferentes de ger- j manio, cuja segao de contato € a sec3o de bloqueio. O germinio com pequeno acréscimo de antiménio, dé origem @ um excesso de eléttons (negativo= germs. =, - = nio—n). Se o germinio recebe um acréscimo de eluminio ou indio, o germa- == kaa nic resultante terd um falta de elétrons (positive = germanio—p) Retificadores de jung3e padem receber cargas mais elevadas que os de conteto —— or pontos (mais detalhes em transistores). Retificadores de jungdo com cristeis de 4 sillcio se distinguem sobretudo pela corrente e tenséo de bloqueio elevados que apresentam. Assim retifieadores de silicio, 30 usados nas aplicagdes' de corren- Fig. 88.2 Retificador de sv- tes intensas. perficie ou juncio Da comparagio dos retificadores se oxide ae wie condutores que s80 usados atualmen- Finrezn oamtattiont sense | Seti Terman] See te, (figura 88.3), aparece a grande (cv,0) | 69 |e | 6 importincis dos dois Gltimos retifica- [-—aaag aw seseeceamar PP cee Gia Pa Rerigeesto nate] O06 | O07 | 40 | 80 dor de silfcio, no setor das correntes Rerrigeragio torgndn} 0,14 | 0,20 100 200, elevadas. Ao lado da elevade tens80 [rensio ue bloguen ets V (valor eitivoi] 6 30 110 380 de bloqueio e da considerével cor- [a St Meme ss Y Cilor sitio 6 | 90 | rente de carga, o retificador de silfcio | neaxima temperatura de servico em°C 50 85 140 se distingue pela elevads temperatura de seryigo 0 que permite « refrigera- | Rendimento por elemento em 1% 78 92 98,5 99.6 80 simplesnente pelo ar, e dimen- : or s6es externas pequenas, com funcio- |TAmERHY mative pera mesma pote namento imediato, sem inércia. Tais = 18. B A retificadores indo exigem qualquer Fig. 98.3 Comparagao dos retificadores semicondutores mais usados acessério especial pera excitacdo, pré-aquecimento ou refrigerac3o a dgua e S30 insensfveis contra os efeitos detem- oes peraturas baixas ou muito elevadas e contra trepidacdes. ~ Tais ventagens fazem com que o retificador de silicio ocupe meis ¢ mais 0 setor de aplicacéo dos retilicedores com vapor de mercério, introduzindo-se sempre em novas aplicagées. BR O retificedor de silicio € hoje em die utilizado para tenses até 95 OOOV e cor- tentes até 1OQ00A em insialacdes eletroliticas, laminadoras, méquinas de solde € na tragdo elétrica, sobretude nas locomotivas elétrices. 7 Por meio de uma ligagio em série dos elementos de silfcio podem ser montados Fig, 88.4 Retificador de vapor retificadores de alta tensdo para qualquer valor, enquanto que por meio da ligacio de merctirio paralela de elementos, podemos obter os retificadores de alta corrente para valéres, até 100 000A e meis. > 2. Retificador a vapor de mereévio. SS Num recipiente de vidio ou ce ferro, dentro do qual € feito 0 vécuo, € colocado Po. 0 merctirio liquide (catodo) um eletrodo de gralite (enodo). Enquanto merctirio | esié fio, a corrente nfo pode circular. Desta forme, quendo se inicia o seu fun- a nal cionamento, € necessério desenvolver uma descarga por intermédio de um anodo de ignicio, que dé origem @ uma evaporacso de merctirio. Apés esta fase iniciel, 2 evaporacio continua, em virtude do calor desenvolvido pela corrente circulante. Montando-se dois anodos no mesmo invélucro ou bulbo, obtém-se 4 retificaczo da rds completa, Next cato, enpress-ie um uenslornador com une dervegso — |. central (figura 88.4). Na ligecdo trifésica de retificaga de meis onda, hé necessi- = dade de 3 anodos, valor éste, que se eleva a 6 quando a retificacdo da corrente trifésica € de onda complete. Retificadores de arco de mercdrio podem ser cons- truldos para correntes muito elevadas. Até cérce de 500A, so usados bulbo: de vidro, sendo que acima déste valor, pessam-se a usar recipientes de ferro. O rendimento depende da tensdo de servigo, sendo o seu valor de 0,9 em 210Ve 0,97 em T000V. 3. Retificadores a valvula. O funcionamento € semelhante a0 do retificador de vapor de merctirio. A vélvule deste tipo de retificador (figure 88.5), € preenchida com um gs nobre, (per exemplo argénio) e no lugar do merctrio calocado coma catodo um eletrodo de ignigio, que & aquecido por meio de um filamento , elétricemente. © aquecimento & feito por meio de um enrolamento especial. Quendo éste tipo de retificador inicia a sua operagio, ¢ necessério esperar um determinedo tempo de equecimento, dado pela firma fabricante, antes de se iniciar a retificacdo (ver tubos eletrSnicos, pagine 97). Fig. 885 Retificwior 3 valvula INSTRUMENTOS ELETRICOS DE MEDICAO I. 89 A. © INSTRUMENTO DE FERRO MOVEL a Na parte interna de ume bobina, ume chaps de ferro doce fixa € montada em oposiggo a uma chapa mével.. Se na bobine circula corrente, entdo ames as chapas séo megnetizades idénticamente em relacdo aos pélos resultontes, 2 desta forma se repelem. Quando se dé a inverséo do sentido de circulacéo da corrente, na bobina, as chapas so novamente magnetizedas idénticamente, ¢ continuam se repelindo. Por isto, os instrumentos de ferro mével fo ade. quados para a medigio tanto de corrente quanto de tensio, em corrente continua ¢ em alterneda AS Forgas magnéticas des chapas exercem um conjugado sdbre 0 eixo do ponteiro. A grandeza déste conjugedo ndo € proporcionsl 3 corrente na bobine, mes sim 60 quadrado desta corrente que esté sendo medida. Portento, uma corrente trés vézes maior ocasiona uma deflexio do ponteiro neve vézes superior. Por isto, a escala de leitura tem intervalos menores nos valéres mais baixos do que nos mais elevados. Por meio de ume forma edequada das chapas no instrumento € possivel corrigir éste detelhe, com excessio dos valéres bem baixos. Em muitos instrumentos, ume leitura exata apenas € possivel na faixa contide entre dois pontos bem destacados sObre a escala A mola montada sdbre 9 eixo do ponteiro desenvalve um conjugado oposto ao das chepas, levando essim © ponteiro novamente 2 zéro quando o instrumento € desligado. © ponteiro déstes instrumentos ndo estabiliza imediatamente a Sua posigio de leitura sébre o escela, em virtude de vibracBes do sistema de medicio. Por isto, é necessdrio acres. centar ao sistema, cdmaras de amortecimento, Este einortecimento & consegiiente da aco entre uma [mina que se des. loca dentro de ume cémara, deslocamento éste dificultado pela resisténcia do er. stes instrumentos s3o freqentemente encontredos devido 3 sua construcéo robusta ¢ mesno assim simples, para aplicagSes industriais (figura 89.1). B, O INSTRUMENTO DE BOLINA MOVEL Ili No campo de um ima permanente, € montada uma bobina mével, girat6ria, alimentade por corrente elétrica. A cor- rente € levada até 2 bobina por meio de molas espirais, que simult3neamente desenvolvem 0 conjugedo de oposicéo 20 deslocanento da bobina. A rotacdo, respectivamente, 2 deflexdio, sio proporcionais 3 corrente, © que faz com que 05 intervalos sdbre a escala estejam igualmente distanciados. O ponto zero de escala pode tanto ficar no meio quanto na extremidade. Quando ocorre inversio do sentido de circulagdo de corrente, ocorre tmbém a inversio da rotacSo da bobina ou da deflexio do ponteiro. Disto resulta que éte instrumento apenas pode ser usedo pera medi- fo de tenso ou corrente continua (figura 89.2), © amortecimento do movinento do ponteiro € obtido por frenagem de correntes de histerese, oriundo do movimento de rotago de uma moldura de aluminio que envolve ¢ bobina mével, no campo magnético (figura 89.9). ¢. O INSTRUMENTO ELETRODINAMICO => O sistema de medigao eletrodinémico consiste de uma bobine fixa ¢ uma bobina mével. Perante a passagem de deter- mineda corrente, as bobinas apresentario ¢ mesma polaridade e assim levar3o o ponteiro 3 deflexao, por repuls3o (figura 89.3). A corrente que aliments a bobina mével € levada ¢ esta por meio de 2 molss espirais, que simult’- neamente desenvolvem uma férga contrérie a0 deslacemento angular. Numa inversdo do sentido-da corrente, ambas as bobinas invertem 80 mesmo tempo @ sua polaridade. Com isto, as condig6es de repulsdo entre as bobinas nao se alteram ¢ a deflexdo do ponteiro se dé sempre para o mesmo lado. Por esta razdo, 0 instrumento pode ser utilizado tanto em corrente continue quanto alternada. Usedo como amperf- metro ou cara voltimetro, ambas as bobinas s80 ligedas em série ou perante correntes muito elevadas, sao ligadas em paralelo. A principal aplicagto déste tipo de instrumento & encontrado nos medidores de poténcia (wettimetros). Como a poténcia € obtida do produto da tensdo pela corrente, « bobins fixa é dimensionade como bobina de corrente e 4 mével coma de tensio. A poténcie, em walls, pode assim ser obtica diretamente por simples leitura. Na medicgo de poténcias em corrente altemade, a poténcia indicada € a potencia ctil, porque apenas equela parte da corrente efetuard um trabslho, que estiver em fase com a tensio, € assim seu valor seré P=U.. L.cos?. © amortecimento é gbtido por uma cémara com ar, tal como no instrumento de ferro mével As vézes si0 empregedos instrumentos de medicao blindados por uma chapa de ferro,para eviter influéncias magnéticas Presentes no ambiente externo. Neste tipo, a bobine fixe € montada dentro de um anel de ferro fechado e laminado, evitendo-se assim @ formac8o de correntes parasitas. A preciséo do instrumento é menor devido ao ferro (figura 89.4). te ce Kocotamat da came ae fecea Chay Inve Fig.89.4 Instrumento eletrodiniimico blin- Fig. 89.4 Fig. 89.2 Fig, 89.3 Instrumento dado Instrumento de Tnstrumento de eletrodinamico ferro mével bobina movel ” INSTRUMENTOS ELETRICOS DE MEDICAO II. D. O INSTRUMENTO DE INDUCAO Gc) fate instrumento se compe de un corpo de ferro quadripolar ¢ que possui dois pares de bobinas, cruzadas entre si No circuito de corrente de um déstes pares de bobines, inclui-se uma induténcia. Disto resulta um deslocamento de fase entre os pares de bobines, ¢ desta forme e existéncie de um campo girante. Um tambor de elumfnio, montedo de tal mado que opresente un movimento giretério, fica sob © efeito indutivo déste campo girante. As correntes induzidas neste tambor, desenvolvem um conjugado ¢ com isto una deflexzio do ponteira. A forge contrérie a esta deflexio € conseaiiéncia da acto das molas espirais. © amortecimento do instrumento "feito por um fmé, em forme de ferradura, cujo campo atua sdbre o tambor girante (figura 90.1). O instrumento. de inducio, também chanado de instrument de campo girante ou instrumento de Ferraris, apenas pode ser usedo para comrente elternads Devido & indutincia, éte instrumento sofre @ influéncia da freabéncie E, O INSTRUMENTO DE BOBINAS CRUZADAS = SS Entre os pélos de um ima permanente, dues bobinas interligadas entre si, porém cruzadas, estdo dispostas de tal forma que possam girer Cligura 90.2). Cada uma das bobinas € ligads 3 determinada tensio. Por esta razdo, cada uma des bobinas influi com certa fSrga magnetics sobre o {ma permanente. Se a tensdo é igual em ambas as bobinas, seus efeitos magnéticos contrérios se equilibram, © que significa que as bobines se ejustam sdbre um valor central (médio). Neste instrumento, portanto, a posicéo zero ndo € obtido por meio da farca de moles, mas sim pela existéncia de correntes iguais em ambas as bobinas. Se cada uma das bobinas estiver ligada 8 tensdo diferente, entéo epresentam-se tambéni campos magnéticos de intensidade diferente, do que resulta, que o campo mai: forte iré’determinar a deflexio do corpo do bobine. Disto se pode concluir que o instru- mento de bobinas cruzades apenas se destina a indicar diferengas de tensdes. Seu emprégo é encontrado sobretudo: na medicdo de resistencias assim como ne de temperaturas ¢ presses, 3 disténcia. Para estas finalidedes, as tensdes correspondentes s30 enviadas a0 instrumento por meio de um divisor de tens, que se altera em fungéo da tempe- | reture ou da pressio rt al es acon £4]; ! | rel ud pvipamente [saasmiair da prs Fig.90.10 instrumento —_Fig.90.2 Medico, a dis- Fig. 903 Medidor de fa- Fig. 90.4 Medidor a de'medicao por indu- tincia, de pressoes por tor de poténcia. Ligagdo fator de potencta. Li cao ou tipo Ferraris meiode um instrumen- em corrente alternada gagdo em corrente tri- to de bobinas cruzadas monofasica fasica F. © MEDIDOR DE FATOR DE POTENCIA. G2) O tator de paténcia pode ser determinado por céleulo, baseado na tensio, corrente ¢ poténcia itil, ou sendo direta- mente por meio de um médidor de fator de paténcia. A construgso déste instrumento corresponde a0 de um instru- mento eletrodinamico blindado em invélucro de ferro, com bobinas cruzadas méveis. Os polos do nicleo de ferro que é fixo, so estabelecidos por meio de uma bobina de corrente. Ambas as bobinas do sistema mével de bobines cruzades, sio ligades 3 tensd0 e epresentam um comportamento em oposicao. Aplicando-se corrente alternsda mono- fésice, uma das duas bobinas cruzades ligadas em paralelo, iré comandar uma indutancia, enquanto a outra comandaré um resistor puro (figura 90.3). No caso de corrente trifésica, ambas as bobinas cruzadas esto ligadas @ dues tensSes detasadas entre si da rade trifésica (figura 90.4). Em ambos os casos analisados, apresentam-se conjugados opostos nas bobinas cruzadas, devido a0 defasamento, em relacao 3 bobins de corrente © conjugedo que atua sobre a deflex3o do ponteiro é determinado pela bobina cuja tenso apresenta um maior deslocamento de fase em relac3o 3 corrente da bobina de corrente. © ponto zero do instrumento, tal como em todos os instrumentos de bobina cruzada, é dado apenas apés ¢ ligagdo da tenséo. Estes instrumentos tem emortecimento por correntes parasitas. G. O VOLTIMETRO ELETROSTATICO == © funcionamento déste instrumento baseia-se na atragéo reciproca de corpos elétrica- mente carregados, com polaridades contrérias. O instrumento se compde de placas fixas @ méveis, 8 quais € ligada a tensdo a ser medida. Sébre 0 eixo do disco mével, € mon- tado um ponteiro. Ume mola stua no sentido contrério ao deslocamento déste (figura 90.5). Instruments eletrostiticos se destinam especificemente & medicdo de tensdes elevadas, pois epenes estas sdo capazes de desenvolver um conjugado suficientemente elevado., instrumento pode ser usado tanto em corrente continua quanto em corrente Fig. 90.5 Instrumento eletrostatico Dinoo fee nctiet rae {parse INSTRUMENTOS DE MEDICAO Ill. n” H. SISTEMA DE MEDICAO COM FIO TERMICO. ~Y~ Neste instrumento, € utilizade ¢ dilatac3o que um fio fino sofre devido ao calor ori ginado pela passagem da corrente (figura 91.1). Fixa-se um fio de trag3o ¢ um fio esticado de pletina-irfdio, estando o fio de tracde fixo a uma mola passando por um rélo ou bobina. Quando da dilatagio do fio térmico, a bobina é movimentada pela acio de mola € © ponteiro é ativado, deslocendo-se. A subdivisto da escala nao € uniforme, uma vez que o calor dissipado varia com © quadrado da corrente. O ins- trumento € adequado para corrente continua ¢ alternada, sendo empregado sobre- tudo nas medigoes em alta freqiéncia, I. © FREQUENCIMETRO. << | a tox Fig, 91.1 Sistema Para os medicdes em baixa frequéncia, é geralmente usado o freqiienclmetro de [a de _medi¢&o com minas (figura 91.2). O instrumento baseia o seu funcionamento nos efeitos de res. fio térmico sonincis. Uma deterninada quantidede de laminas metslicas (linguas) de diferentes frealigncies propries de ressonincia sio levadas « vibror, pela acio dos impulsos magnéticos provenientes de um eletroim® alimentado com freatiéncia nominal da réde. Com isto, uma das laminas vibraré com maior intensidade, e exotamente aquele cuja freqiéncia propria € a mesma como a freqiiéncia aplicada. Laminas adjacentes tem- bém vibrardo, porém cém menor intensidade MEDICAO DE CORRENTE E DE TENSAO. Medigio de corente. Todos os instrumentos destinados 3 medir correntes que’ atualmente do utilizados, baseiam o-seu funcionamento na agio magnética da corrente. Medidores de cor rente ou amperimetros so ligados em série com o circuito de corrente, apresentando uma pequena resisténcia interna. Instrumentos de ferro mével so fabricados pare cor- rentes até 250 A, enquanto os de bobins mével sio executados para medir correntes de apenas alguns ampéres. Limiaa vibeando -—— 47 4849 50 51 59 53 Froattncia om Hx Para a medigéo de tensdes mais elevades. Fig, 912 Frequén- Liga-se exatamente a0 instrumento um resistor em paralelo (figura 91.3), designado —aurmetro por derivador (antigamente shunt). Caso o amperimetro deva ser utilizade para uma feixa de medicéo m vézes superior a existente (fator de amplificagao n), entio uma parte da corrente passaré pelo amperimetro ¢ (n-1) partes deverdo passar pelo deri- vedor, Resisténcia_do instrumento R; Fator de amplificacdo Lo - Resistencia R= Exemplo: A faixa de medico de amperimetro deve ser ampliada de 100 mA para TA A resisténcia interna € de 2 ohms. Qual o tamanho do derivador R,? R, 9 2 Fig, 91.3 Amperi- aT FOI =H 7 Ohms — metros Fetor de amplificacaé n Para a medigio de elevadas correntes alternadas, séo usados transformadores de cor rente (ver pégina 59). + Medico de tensio. Medidores de tenséo ou voltimetros séo medidores de corrente com elevada resis. téncia interna. Quando da aplicacao de uma tensio, circula nos aparelhos uma de- terminada corrente, que provoca a deflex3o do ponteiro. Devido a resistencia interna inalterével do instrumento, a escala pode ser sjustada em volts. Voltimetros so | Rp gedos em paralelo com © consumidor ou réde Pars 2 medigio de correntes mais elevede: ee eth Vojiene- E utiizado um resistor de pré-ligacio (figura 94.1.). Se a tensio e ser medide én ros com resistor vézes superior a faixa de medicao existente, ent3o 0 valor de tensdo a ser consumido de preligacao pelo resistor € de (n~1) volts. I Resistor de pré-ligegdo R,=Resisténcia interna do instrumento X(n—1) Rp—=R, -(n—4) Exemplo: A faixa de medigdo de um voltimetro de 19 volts deve ser ampliada para 60 volts. A resistencia in- terna do instrumento € de 2000 ohms. Quel o valor de Ry? Fator n = = 5) Rp = R (n-1) = 2000 5 - 1) = 8.000 chms Para 2 medicao de altas tenses de corrente alternada, empregam-se transformadores de potencial (ver pégina 59). R Fator de amplificecio n 2 INSTRUMENTOS ELETRICOS DE MEDICAO IV. MEDICAO DE POTENCIA. Nos instrumentos eletrodinanicos utilizados para a medigao de poténcis, um resistor & ligado antes de bobina de tensio quando a corrente nesta bobina nao deve atingir valéres muito elevados. Neste ceso, a ligacio deve ser feita de tal forna, que a bobine de corrente e 2 de tenséo em uma de suas extremidades, estejam ligedas 20 mesmo pélo (), (figuras 92.1 € 99.9). Assim, evite-se que entre a5 duas bobinas esteje atuando téda a tensio, 0 que poderia dar Origen 3 descarga no instrumento Prinel de aneto ‘ao ene ata o 5 ‘ s a N ‘ é Fig. 924 Ligacéo das bobinas Fig. 92.2 Ligago do wattimetro Fig. 92.3 Ligacdo do wattimetro do wattimetro para medir a poténcia de fase Se a deflexto do ponteiro se der no sentido inyerso ac desejado, entéo € necessério inverter 6 poleridade de uma das bobinas, seja de corrente ou de tensio. Uma inverséo simult&nea da polaridade de ambes es bobinas nao modifi- caria o sentido de deflexdo. Nos casos de igual carga por fase, o poténcie total é 3 vézes maior que a poténcis de uma fase. Por esta razéo, um nedidor de poténcis pode ser ligedo « um dos condutores de fase (A). A bobine de tensio € ligade entre a fase considerada (R) ¢ 0 condutor neutro ou ponto de estréla (figura 92.3). No caso de um sistema de 3 condutores, 0 ponto neutro € formedo artificialmente por meio de 3 resistores; neste caso, o resistor de pré-ligagdo R, deve ser menor que 08 resistores Ri ¢ Re, pelo valor da resisténcia interna do aparetho R, de modo que Ri=Ry=ReatR, (igure 92.4). No caso de cargas desequilibradas nas diversas fases, @ medicio pode ser feita por meio de 3 wattimetros (figura 99.5). A poténcie total € dada pela soma das 3 poténcias parciats. A bobina de corrente ligada nas 3 fases, ¢ 05 terminais das 3 bobinas de tenso s30 unidas entre si ou levadas s um condutor neutro existente. A ligacso com 3 wattimetros € pouco useda, empregendo-se mais o sistema de 2 wattimetros, que permite obter o valor total somando- se os valéres medidos em ambos os instrumentos (figura 92.6). As bobinas de corrente so inserides em duas fases externas e as extremidades das duas bobinas de tensio 38 Squéle condutor de fase, que ainda néo recebeu ligacéo. jades Paine do Hato fio ene tlds Zk tu Wy “ é Fig.92.4 Ligacdo da poténcia de Fig. 925 Medicao da poténcia total Fig, 92.6 Medicao de fase com neutro artificial com 3 wattimetros poténcia total com 2 wattimetros SIMBOLOS REPRESENTATIVOS DE INSTRUMENTOS. Classe de precisio: A preciso do instrumento é indicado pelo seu érro em porcentagem do seu valor, no fim da escala. Tnstrumentos de alta Instrumentos para fins Classe precisio norais 01 og 05 1,0 15 25 | 50 Ero em porcentagem do valor, no final +01 | s02 | +05 | #140 | 415 | 495 | +50 da escala Exemplo: Qual 0 éro de um amperimetro pare 60A da classe 1,5, quando o instrumento indica 40A? Erro de medigio £1,5% de 60A=0,015 .60= +0,9A O velor real ests entre 39,1 ¢ 40,9A Tipo de conente: corrente continua — corrente alternada ~ corrente cont{nua ¢ alternsda = A Tensio de ensaio: J? Estréla sem nimero=500V S37 Numero na estréla indice 2 fenséo de ensaio em rV Posig3o de instalacéo: L Vertical © Horizontal [60° Inclinado de 60° MEDICAO DA RESISTENCIA. 3 A. RESISTENCIA OBTIDA PELA MEDICAO DA TENSAO E DA CORRENTE. A determinacio da resisténcia de uma carga pode ser feita por medigéo indireta. Para tanto, 0 elemento resistive € ligado 4 uma tensio, medindo-se 4 sua queda de tenséo ¢ @ absorcio da corrente. © valor da resistencia € obtida segundo a Lei de Ohms: R=E/l. Nas medicdes de grande precisio, devem ser levados em consideragio 9 resistencia intema e a corrente absorvide pelo instrumento de medicZo (igure 93.1). B. MEDICAO POR MEIO DE UM OHMIMETRO. Ligendo-se diversos resistores de valéres diferentes a uma mesma tensdo, entéo em cada um apareceré uma corrente de-valor diferente. As grancezas das correntes sio inversamente proporcionais 308 valéres dos resistores. Quando de interrupsio de um circuito de corrente, isto é, cuando a resisténcia tem um valor infinitamente elevado, a corrente terd valor nulo. Por estas razdes, « escala de um amperimetro pode ser calibraca em ohms ¢ 0 instrumente utilizedo como um ohmimetro (figura 93.9). A escala em ohms comega entdo com o valor infinito (0), (figura 93). A fonte de tensio é normalmente uma bateria de 4 volts. O valor da deflexdo méxima do instrument (valor zero), € ajustado: nediante o pressionamento do botio de prova (eliminagdo do resistor R.) € pelo ajuste do resistor preligedo. Quendo diferentes baterias séo usadas, a tensdo exate € obtida por meio de um divisor de tensdo. = © relieacto Ly ob lie) s fe prova Pace resetoree ‘Pam restores 4} yo hou a Apa pee ® fe ensio Fig, 93.4 Ligagdes para a determi- Fig.93.2 Ligacdo do ohmimetro Fig.93.3. Escala do ohmimetro nacdo indireta de resisténcias C. PONTES DE MEDICAO. Compde-se 2 ponte de medigio de dois divisores de tensdo ligados em parelelo, cade un composto de 2 resistores (rR) © RR), sob 4 mesma tensio, acrescentando-se mais um amperimetso (galvanémetro), ligado entre os ter- mminais de um dos divizores de tensdo (Figura 93.4). A ponte se baseia no prinelpio de que 2 corrente no galvand- metro € nula, quando a relacdo entre o8 veléres Ri € Ri de um dos lados € igual a relacdo Rye Ri. Isto significe: RyfRe=RUR, Gs tesistores Ri e R,, podem ser feitos varidveis, mediante um cursor que deslise sObre 0 fio metélico, Desta forma, € possivel determinar 0 valor de um resistor 2, desconhecide Cfigura 93.5). Neste caro: No execuc3o normal de pontes de medicio, usa-se um potenciémetro no lugar do fio com cursor. Para se obter valéres de medio exatos, o valor de Re deve se aproximar o mais possivel do valor de R,. Isto leva a fazer com que © resistor Rp seja executado nos tamanhos de 1- 10-100-—-1000—10000 ohms. % e aloe! 4 =f ] Fig.93.4Divisores de tensdo ligados Fig.93.5 Ligagio da ponte | ht |e em paralelo (ligagao em ponte) de medicao. Fig.93.6Ponte de medigio de corrente continua com campainha D. PONTE DE MEDICAO DE CORRENTE ALTERNADA. Pore a medicao de resisténcies de liquidos ou de aterramento, deve-se usar corrente alternada no lugar de corrente continua, pois caso contrério apareceré una decomposigSo quimice, que influird sébre 0 valor de medicio. Da mesma forma, numa medicao de um resistor com parte reativa, a ponte deve ser alimentsda com corrente alternada. A corrente € entio obtida da bateris, tornada pulsante e ajusteda por meio de um translormader, No lugar do galvanémetro & colocede um fone. A ponte de medicio é ajustade eté a posicao em que o som desepsrece. do fone (figura 93.6). 4 MEDIDORES DE ENERGIA ELETRICA 1. ‘Sima a GENERALIDADES, modi cone Para a medicéo do trabalho elétrico, s0 empregados medidores de energia elétrice, cujos eo valéres s80 obtidos em func da tenséo, da corrente e do tempo. Dependendo do seu Sete emprégo, 80 encontrados diversos tipos, clessificades segundo: eee, 1, Tipo de corrent 2, Tipo de medica 3. Tipo de construgs 4. Medidor de diver sas tari medidor que apés um determinado tempo passa a um segundo sistema F de medigdo ou um medider que apenas marce consumos acima de um determinado valor, medidor de méxima. A. MEDIDORES DE CORRENTE CONTINUA. 1, Medidor de motor para medicéo des ampére-hores. Este medidor baseia © seu funcionamento no principio dos motores de corrente continua, (ne =) iso do [fran perm fdvside “Yuen corrente continua, alterneda monofésica ¢ alternada trifdsica. medidores de ampére-horas, medidor de watt-horas. medidor com motor, medidor de indugio, medidor eletrolitico. igure 94.1). Os pélos so constituidos por um {md ferradura. O induzido se compde de _Pnymisto do earta~ 3 bobinas planas, que so dispostas entre dois discos de aluminio. Os terminais das bobinas " sao levados a um coletor de 3 lamelas. Fig.9%4 Medidor O induzido @ percorride apenes por uma parte da corrente devido 2 ligagto de um deri de ampére-horas vader. © conjugado do induzido € proporcionel eo fluxo de corrente. © disco de alu- minio sofre ume frenagem durante a sua rotacdo, em fungéo da prépria rotacio e das correntes parasitas que se desenvolvem. Desta forme, of efeitos de rotacio e de frenegem mentém a rotacio num certo equilibrio, fezendo com que a rotacdo represente @ grandeza de corrente Sha de do induzide. A rotacdo do eixo do induzido é transmitida 20 mecanismo de medigo por [Raiiar meio de uma engrenagem. Como'o niimero de voltas do disco depende de corrente do in- duzido ¢ do tempo, o niimero de ampére-horas pode ser lido diretamente, levando-se em consideragéo uma relac3o de transmiss’o adequada. Considerando-se constante a tensio de réde, éste mecanismo pode ser calibrade para indicar o consumo de kWh. A constru- so déste medidor é simples ¢ por isto relativamente barata. Os termineis devem estar com a polaridade certs, pois caso contrério 0 medidor endaré para trés. 2. O medidor de motor para watt-horas, Este medidor também beseia o seu funcionamento nos motores de corrente continua ¢ asse~ melha-se na sua construcdo 20 instrumento eletrodingmico de medicSo (figura 94.9). Duas bobinas de corrente fixas pelas quais passe a corrente de carga, originam 0 campo magnético fixo (campo do estator). O induzido, que € uma bobina de tensio sem niicleo de ferro ¢ formato circular, ligado 8 tensio de réde, recebe a alimentacso de corrente por meio de escBvas ¢ um coletor de metal nobre. As [ércas de frenagem desenvolvem-se devido as correntes parasitas, empregando discos de alumfnio € ims permanentes. O némero de voltas depende tanto da corrente como ds tensdo, em virtude da montagem dinamométrica. O valor medide ao longo de um certo tempo € dado em kWh. Fig.942 Medidor de watt-horas ic | BEND 4 5 6] Fig.94.3 Designacdo dos terminais Fig. 944 Mediior de watt-horas Fig. 9%45 Medidor de watt- de dois condutores -horas de trés condutores Para a compensacio des perdas devidas 20 atrito, acrescenta-se ums bobine auxiliar. Esta bobina & ligada a0 circuito de corrente do induzido ¢ fica assim pemanentemente sob tenséo. £ de se observar porém que esta bobina auxiliar poderé fezer com que 9 induzido gire mesmo sem carge quando ocorre ume sobretensie ou aparecem vibragdes mecBnicss, Para eviter tal stsasSo, 0 eixo € dotado de ume lmina de ferro, @ qual € préze pelo id de frenagem perto da posigéo déste. A designacio dos terminais dos medidores de corrente continue ¢ corrente elternada & normalizads (figura 94.3) A ligacéo de um medidor de watt-hores de dois condutores e de trés condutores pode ser vista nas figures 94.4 ¢ 94.5. 3. Medidor eletrolitico. ste medidor baseia-se na decomposigio eletrolitice de um liquide. Nests decomposigio, dé-se a liberacio de hidro- sénio ou metal. A quantidade que se desprende € proporcional corrente e 20 tempo, podendo desta forma ser iisada como uma medida des ampere-horas. Tais medidores podem apenas ser’ usados em corrente continua | MEDIDORES DE ENERGIA ELETRICA II. B. MEDIDOR DE CORRENTE ALTERNADA. 1. Funcionamento, Um disco de aluminio montado de tal forma que possa girar horizontalmente, fica sob a acdo de diversos campos magnéticos eltemnados préximos. Por meio déstes campos aperecem no disco correntes parasites. Os efeitos magnéticos destas correntes influem entre si e originam a rotagSo do disco. 2) Rotagio do disco por blindagem. Um campo magnético pode ser blindado parcial ou totalmente quando o pélo do ima € dotado de um anel metdlico. O mesmo efeito tem uma lamina de ferro em presenca de um campo (figura 95.1). O fluxo magnético induz assim, de um lado 6 anel metslico, ¢ do outro, con seu fluxo no blindado, o disco. Desta forma desenvolvem-se carrentes de igual sentido em ambos os lados, cujos campos se atraem € dando essim ao disco o movimento de rotagio. b) Rotagio do disco pela atuacio de dois campos masnéticos. Medidores de corrente alternade séo construfdos de tal modo, que dois campos alternados, defasados entre si, atuam sébre um disco de aluminio, (figura 95.9). Un dos campos é criado pela bobine de tenséo, 0 outro pela bobina de corrente. O defasamento de 90° entre anbos & devido em grande parte ao fato dea bobina de tenséo, com elevado némero de espires, apresentar ume induténcia bem superior 8 bobina de corrente. Além disto, a bobina de tensio € feita com um circuito magnético paralelo, de modo que apenas parte do fluxo pasta pelo disco. Desta forma, aparece mais um defasamento angular. Para o ajuste exato da posicdo de fase, os enrolamentos de tensdo e de corrente sto dotados de mais uum enrolamento auxiliar, que € curtocircuitado por meio de um reostato. 2. Construgio. O mecanismo resistrador € acionedo por meio de uma engienegem, que esté ligada a0 eixo do induzido. Um {ma permanente forma tanbém equi a férce oposta 3 rotacio, por meio da acéo das correntes parasitas (ligure 95.3). Para compentar as frcas de atrito, desenvolve-se um conjugado suplementar, obtido por meio de uma blindagem percial do campo da bobine de ten:o ou por meio de um pequeno parafuso de Ferro, lateralnente a0 campo magnético. Obtém-se assim uma distribuigio irregular do campo magnético e com isto uma fBrca resultante que motive a rotacdo. Uma ldmine de frenagem evita a rotagio sem carga, tal como no medidor com motor de corrente continua C. MEDIDORES TRIFASICOS. Para a medigao do trabalho em corrente trifésica, com carga equilibrada, besta ym medidor de corrente monofésica. Este € ligeda em ums dls fases e 0 valor medido € multiplicado por: trés. No caso de carga desequilibrada, empregam-se dois instrumentos de mediga0, que esto interligados da mesma forma como. lois watttmetros (figura 95.4). Os dois discos do induzido sio neste caso montades sdbre um mesmo eixo. No caso de um sistema de 4 condutores, ou seje, trés condutores de fase ¢ um neutro, 330 empregados medidores com trés sistemas de medicéo (figura 95.5). Os trés discos sso montados sdbre um eixe comum, de modo que as suas fércas de rotago se somem. D. MEDIDORES ESPECIAIS. Os medidores de poténcia reativa: destinam-se 3 medicio do trabalho reativo. Estes medidores se distinguem dos medidores trfisicos de poténcia ativa, apenas pele mudence da ligacto: de seus elementos internos, devendo-se atenter pare que a seqiéncia de fase seja correta (A, B, C), Os medidores de duas tarifes: sic dotedos apenas de um sistema de medicSo, que, porém, € comutado com dois sistemas registradores, por meio de um relégio de comando. Dests forme, € possivel © registro de duas tarifas, por exemplo, diurna notums. Os medidores de excesto de consumo: po:suem igualmente dois sistemas de registro. Um déles indica o consumo total e 0 outro 9 excess de consumo acima de um valor méximo preestabelecido. A separacéo de ambos 05 val6res é feits por um motor sincrono, © qual, por meio de uma engrenagem ajustvel, separe 0 niimero de rotacdes do medidor, que corresponden a0 excesso le carga. Os medidores de méxime: possuem olém de um dispositive de medigio do trabalho til (EWh), um destinado e medir « poténcia (KW), para_deterninar Eizo do iducid P| discs te ic eats Pan ‘Anal do i bliodagem Fig. 95.1 Rotaco do disco por meio da agdo de um anel de blindagem Dobina de tense, Tobia de aaron Fig. 95.2 Rotacao do disco por meio de dois campos magnétic Fig. 95.3 Medidor de corrente monofésica Fig, 95.4 Medidor de Watthoras na ligacdo com dois wattimetros Fig. 95.5 Ligacdo de medidores num sistema de 4 condutores 2 carga méxima que ocorre dentro de um periodo de leitura de 15 ou 30 minutos. Esta € a base para 0 célculo do pre- {co bésico. Por meio de um sistems de contatos, podem ser ligados sistemas de alarme ou de desligamento, quando uma determinade carga méxima prefixade € ultrapassada. Também os medidores de coniréle do valor maximo, que se bbaseiam no principio de funcionamento do Medidor de Excesso de Consumo, executam éste servigo. % TARIFAS ELETRICAS. 1. CONSIDERACOES GERAIS. © Tomecimenta de energia por parte das usines sofre grandes voriacdes durante o transcorrer das 24 hores do dia, lem de ser influenciado pela estacio do ano e pele atividade precominante da regiia Assim, por exemplo, centros industrials apresestam picos de.carge por volta das 8 horas da manhi e 2 horas da tarde, quando todas os motores ¢ demais carges s8o ligados, fazendo-se notar 0 excesso de corrente devido 3s correntes de partida clevades da maioria das carges motoras. Nestas regides, 0 consumo minimo € encontrado 3 noite, de ma- drugeds, quendo praticamente inexiste carga industrial, permanecendo apenas a de iluminagéo, tanto piblica quanto de lominoror'e retelencles. Emotes centes; onde aiianioed dala eauiee Ue re ee cokers € cake intense, centros éstes normalmente de atragao turistica e sem atividade industrial acentuede, o maior consumo de energia pode ocorrer 3 noite, em iluminaco. Numa reaigo agricole, por exemplo, os picos de carga ocorrem em perlodos diérios diferentes dos de centres industriais ou locais turlsticas. Entretanto, se atentarmas para a usina elétrica, esta deve ser projetada para poder suprir uma determinada carga méxima, independente do feto de esta carga apenes se fazer presente por poucas horas difrias, pare a qual entretanto tem que ser feito todo o projeto e investimento da instalacio. Fiea claro desta forma que, apeser de ser capaz de fornecer continuamente uma energia maior, ¢ using trabalha abaixo déste valor em virude de une demands menor, 0 que ldgicamente vird encarecer 0 prego do kWh fornecido. Diversas sio as medidas tEcnicas com reflexos econdmicos, adotadas pelas emprésas concessiondries de energia, para adaptar seu sistema de gerag8o a0 consumo ou, de outro lado, criar condigées tais a equilibrar mais © consumo de energia no perlodo de 24 horas. Na primeira das solugdes, as unidades geradoras poderio ser aunentadas ou dimi- nufdas, 0 que entretanto nio elimina a desvantegem do capital empstado pore uma gerecto méxima (e nao médi) de energia, Para o caso das providéncias no sentido de igualar mais 0 consumo de energie, recomenda-se um sistema ainda sem expressdo pratice entre nés, que € a de instituir uma tarifa mais barata pera os periodos em que a curva normal de consumo apresenta val6res beixos (por exemple & noite), Uma tarifa noturna mais reduzida poderia atrair grandes consumidores, sobretudo industrisis para funcionarem neste periodo, economizando na texa de consumo de energia, Fata técnica € useda nos centros industriais mais desenvolvidos, not quais 40 para tanto instelados os medi- dores de duas tarifes, j6 mencionados Num &mbito mais emplo, recomenda-se a interligacio de sistemas de qeracio que tenham regimes de carga diferentes) neste caso, um centro industrial interligado @ outro de projecso turlstica, nos queis o primeiro epresenta picos de carga diurnos e © segundo no perlado noturno, durante o dia haveria fornecimento de energie do segundo eo pri- meiro e & noite, vice-versa, Esta técnica € amplamente usada, sobretudo no Snbito do Mercado Comum Europeu, onde o sistema de energia elétrice de cade pais esté interligado com 05 palses limitrofes, formando uma réde nica, @ onde assim © aproveitamento das fontes geradores de energie € méxima As tarifas do kWh so estabelecidas em funcio do custo de operacio, como segue: Custo de operaco—trabslho elétrico . cruzeiros por kWh-+texas adicioneis. 2, A TARIFA DE ENERGIA ELETRICA. A taxa de energia elétrica Cr$/kWh que estabelece a tarifa 2 ser paga, depende do tipo de carga, estando divi- dida em trés grupos, 2 saber: 1. Energia elétrica residencial 2. Muminacgo comercial ¢ industriel 3. Energi Dependendo da concessionéria, s30 prefixados consumos minimos mensais para efeito de célculo, como, por exemplo, 30 kWh para 0 setor residencial, 50 kWh para o de iluminac3o comercial e industrial ¢ 100 kWh para o de energia elétrica comercial e industrial, Estabelece-se outrossim, um prego para um determinado ndmero inicial de kWh (por exemplo 100 kWh) ¢ um preco inferior para os kWh seguintes. elétrica comercial e industrial. 3, TAXAS ESPECIAIS. Pelos motivos j8 estudados, referentes & circulacdo de poténcias reetives que no produzem trabalho, as que solici- tam tanto o sistema de geracio quanto o de transmissio, a5 concessionéries de energia elétrice estabelecem sobre- taxas quando o fator de poténcia de uma instalagio se apresents abaixo de certo valor (por exemplo abaixo de 0,80), ou ainda obrigam o consumidor o instolar capacitores adequades para a elevagao do fator de potencia. Para o caso em que € cabrada uma sobretaxa, a concessionéria de energia instala medidores de poténcie restive, € estabelece um preco por kWh para esta energie. VALVULAS ELETRONICAS I. 7 As vélvulas eletrénicas ou a vécuo so usedas sobretudo pare as seguintes finalidades: 1. Para a retificagio de correntes alternadas. 2. Para a amplificacdo de tensdes alternadas e poténcias alternadas. 3. Para a formagio de oscilagdes elétricas, I. O DIODO A VACUO. Num bulbo de vidro desprovido de ar, encontram-se dois eletrodos. O catodo é ligedo 20 pélo negativo e o anodo 40 pélo positive da fonte de corrente anédica. Quando 1A a 2 catodo € aquecido, éste liberta elétrons, que sio atraldor pelo ancdo positivo. Desenvolve-se assim um fluxo de elétrons ne vélvula. No circuite externo, ¢ corrente do enodo flui do anodo pare o catodo. Para failitar # enissio dos elétrons do catodo, >t MiLx @ste € recoberto com uma camada de bério, ¢ aquecido por via direta e indireta (figura 97.1) Direto Iodine Fig. 97.4 Aquecimento (n>) I ‘Quando a tensio do enodo se eleva, v, elevense também a corrente no anodo, --if-i| ~ sendo limitada a emissio do catodo. = + ue Fig. 97.2 Variag3o da corrente anddica em fungéo da tensio anédica Quendo a fonte de corrente tem sua polaridede invertide, fazendo com que o anodo se tone negetivo, entéo os létrons sdo impulsionados de retérno ao cstodo; nestas condigdes néo pode haver corrente no anodo (setor de blo- queio). Disto se conclui que a corrente anédica apenas pode circular durante um meio ciclo (meia onda), tendo assim efeito retificante. © diodo a vécuo ou vilvula de dois polos destina-se 8 retificagdo de correites elternades. Considerando que as vélvulas a vécuo trabalham praticamente sem inérciz, pode-se retificar tanto correntes alternadas industriais quanto de frequéncia elevada (figuras 97.3 ¢ 97.4). + + Corrente do ltron DINNS oA, Fig. 97.3 Retificagao de meia onda por Fig. 97-4 Retificador de onda completa com dio- meio de diodo do duplo Corteate do eétzon Nos retificadores de réde, 2 redugio das flutvacdes provenientes de corrente pulsante, que resulta da reti- ficacio, € obtide pelo acréscino de um conjunto capa- 4 x citivo-indutiv como representa e figura 97.5. O capa- citor C. € chamedo capacitor de carga, pois éle se carrega em presenca do valor méximo, perdendo cargo neureater eg durente os intervalos. A reatincia L, € 0 capacitor Cy : melhoram éste efeito, de modo aue no fim déste filtro 2 corrente € praticemente uma corrente continua. =, 7 Fig. 975 Filtro Consumidoe 8 VALVULAS ELETRONICAS II. Il, O TRIODO A VACUO. O triodo, € uma valvula de trés pélos. Entre 0 catodo eo anodo € acrescentada a grade, Ligando-se uma tenséo @ ests grede, @ corrente do anodo pode ser comandada. Se a grade se torna negative 2m relacio a0 catodo (figura 98-1), entdo os eletrodos sio frenados no seu caninho em direcio a0 snodo; isto €, « corrente do enodo fics menor. Nestes condigdes no flui corrrente no circuito da grade. Se a grade € tornada positiva em relagio a0 catode (figura 98.9), entéo esta grade exercerd sObre os elétrons uma acdc de atragio igual 20 enodo, e a corrente do enodo se leva. Neste oso, também fluiré uma corrente pelo cireuito de grade. Pequaus corvente de anode — correate de grade mula Correate deanodo lovada ¢ com soctente de grade Fig.98.1 Tensio de grade negativa Fig. 98.2 Tenséo de grade positiva Nos triodos a corrente do anodo nao depende apenas da tensio ido anodo, mas também da tensiio de grade. Armplificegto com triodos. Vilvulas amplificadoras trabalham sempre com tenséo de grade negetive. A tensio de grade atua entéo no sentido opesto eo da tens3o do anodo. Enquanto a tensio de regulacio néo esté ligada, a tensao anédica dé origem a ums queda de tenséo continua constente, na resistencia de trabalho Ra. Entretanto, quando a tenséo de comando comega a atuar sobre a grade, entao durante o semiciclo positivo, corrente anédica € reforgada, e enfraquecide no semi- ciclo negativo. Esta variacdo da corrente do enodo faz com que, ns resistencia Rs, @ queda de tensdo varie acentua- demente (figura 98.3). A tensfo alternada de anodo continue sendo conduzida por meio de um capacitor. valor de piso Corrente de anodo varia com as vanacses da fensie de comando Tensic de comands =t-t Pré-tensio de grade ‘Tensio do anodo Fig. 983 Amplificagio com triodo A. = Ponto do trabaino Us = 250V ZV 4 too 200—=—«g00 «v0 a, u.— Fig. 98.4 Curva earacteristica de um triodo a valvula VALVULAS ELETRONICAS Il. 99 Ill. A VALVULA PENTODO. Os pentodos sd0 vélvulas de 5 pélos (figura 99.1). Além da grade de comando possuem mais duas grades, uma de frenagem € outra de protec3o. A amplificacdo € bem maior nos pentodos que nos triedos, ‘x A grade Gz tem a fungao de evitar as variagdes da tensio de snodo, que sio oca- sionadas pela resisténcia interna. A tenséo desta grade € sempre positiva, 3 Re A grade Gs & montada entre a grade Ge eo anode. Normalnente esta grade € ligada com 0 catodo, ¢ assim € negativa. Por meio desta grade, os elétrons que 0 sdo repelidos pelo enodo, so conduzides eo catodo (elétrons secundarios), IV. VALORES CARACTERISTICOS DE VALVULAS. i: t Fig 99.1 Pentodo A vacuo 1. Transcondutancia, Entende-se por transcondutincia de ume vélvula, a variagio da corrente de anodo motivada por uma variag’o de tens’o de grade de 1V, (figura 99.2). Al Jean, mais acentuada a transcondu- ga = imA|V| {h tancia, tanto maior a amplificagio que ues Al) Free 2. Fator de penetracio (iu). A corrente de enodo de ume vslvula depende da tensio de grade e da tensio do anodo. Una vatiagio do tensio de enodo pode ser equiliorade de tel forme pela tensio de grade, que o corrente de anodo permanesa constante. A relacéo Entre 0 variecto de tensso de grade (AU) ¢ a correspondente variagio da tensio de anodo (AU,) é chamade de fator de penetracio. Seu valor & indicado normal- mnente en porcentagem Fig. 99.2 Grafico da trans. condutincia 100 Quanto maior o fator de penetragdo de uma vélvu- AU, Ja, tanto menor @ sua ampl AU, 3. Fator de amplificacéo. © ator de amplificacdo (11) € 0 inverso do valor do fator de penetragio. 4 Aus rp aU, 4, Resisténcia intema Entende-se por resistBncie tena de uma vélvula, e resisncla em corrente alternada. E a relecSo entre a variacSo da tenséo de anodo € @ variago da corrente de anodo é indicade em k&2, 5. Caleulo das caracteristi Os valéres caracteristicos e de servigo de vélvulas, podem ser obtidos normalmente de tabelas. Sendo dades duas caracterfsticas, as demais podem ser calculades pelas “formulas de Barkhausen”, Gf | An "AU, Portanto ia cas 100 VALVULAS IONICAS I. Vélvulas idnicas s80 vélvulas com enchimento de gés. Sao estas vélvules usadas na eletrénica, para fins de comando, tegulacdo e medicio. Em oposigéo as vélvulas a vécuo, as vélvules idnicas no trabelham sem inércia, Por esta raz3o, no s80 apropriadas para lreqiigncias elevadas. I. O DIODO A GAS. No diode a 985, (figura 100.1) temos além do deslocamento dos elétrons, também o dos fons. Ao elcangar a tensio. de descarga U,, aparece instentineamente uma elevada corrente, que & limitada por meio de um resistor. A corrente do anodo nfo pode assumir valéres intermedirios. Entre anodo e catodo, apresenta-se ums queda de tensio cons- tante, a chamada “tenso de arco U,,,”’. Se a tensio de servico cai absixo de tenséo do arco, entéo a “‘ionizaco”’ da vélvula péra instantaneamente, ¢ 0 diode se apaga. f i + te Simbolo Tenitagio pelo vator de Rp © Moléeulns naateas do ps ° © fons negatives @ eee Faixa de extingto | Paiza de ignigto Fig, 100.1 Diodo'a gas Diodos-a és, com aquecimento, séo usados sobre tudono fomecimento de cotrente de valor elevado ap + TE + uw Ht z = Fig, 100.2 Retificador de meia onda Fig. 1003 Ligagio em oposicéo Quando no existe perigo decurto-circuito, entéo 0 resistor limitedor pode ser retirado, poraue a resisténcie do consumidor efetua @ necesséria limitscéo de corrente. Devido ao baixo valor da resistencia interna das vélvules iénicas, 05 filtros colocados atrds do diode « gés, no podem ter como primeiro elemento um capacitor de carga. TUBOS DE GAS NEON. Quando 2s tensio é suficientemente elevacla ¢ pequeno o afastamento entre of eletrodos, of diodos 4 gé podem tam- bém iniciar o seu funcionamento sem preequecimento. Teis vélvulas so chamades de véluulas néon ou tubos néon. Independente da carga, a tensio de arco se estabelece nes condicSes de servico. Quando ligado em corrente alter nade, siloos 0: eletrodos se tornam luminosos (figure 100.6), enquanto que, quando alimentado por corrente continua, apenes 0 pélo negetivo se ilumine (Figure 100.60). Tois vaivulas sd0 usados para fins de sinalizagio de circvitos de cortente, pers originar freqiiéncias especisis como deterninador de pélos de corrente continua € como estebilizedor de tensio (figuras 100.4 2 100.7), OD reanausiaas + ——o ~~ Us ue Ur, = tens de oxtingio Fig. 100.4 Sinalizacio Fig. 100.5 Geracdo de freqiiéncias especiais ca, rs » 1 pormanece constante om cores varilvel Fig. 1004 Localizador de pélos Fig. 100.7 Estabilizador VALVULAS IONICAS II. 101 Il. O THYRATRON. O Thyratron é uma vélvule de trés pdlos, com enchimento de gés. Além do catodo aquecido ¢ do anodo, possui ainda uma grade. © thyratron, € designado como um retificador de corente, Aplicando-se uma tensdo na grade, entio e tenso de ignigéo de vélvule também depende da tensdo de grade (figutas 101.1 ¢ 101.2). ua 00 400 | 300, atans apasace a U5) 100 -u@is 64 Fig. 101.1 Ligacdo Fig. 101.2 Caracteristica de comando ‘Quanto mais negativa a tensio de grade, tanto mais elevada tem cue ser @ tensio de anodo, para que o thyratron inicie seu funcionamento, Apés a ignicio, a grade € “‘neutralizada”, isto é, acumulam-se fons positives em temo da grade, de modo que dess- parece a influéncia sdbre as descargas. A corrente de anodo continue fluindo, independente da tenso de grade ajustada. Comando do thyratrron, Se a0 anodo de um thyratron é ligada uma tensdo alternada, entdo esta vélvula trabalha como diodo retificador. A vélvula apenas apresenta ume ignigéo em cada semionda positiva. A tensdo de ignigao € com isto o instante da igni¢io, podem ser modificados por meio da tensio de grade. Neste caso, a5 semi-ondes positivas s30 deformadas, como mostra 4 figura 101.3. Caracteritien Be de temulacae flternaca de anode t J Caracteristien da tenszo 42 anodol | I 1 1 i ' I | I veo? | I | I Curva. de fenigia n 1 Caructeristion dn ‘corrents de anode Angulo de ignigio—60";~Uj~3,3V;Up~500¥ ah er Fig. 101.3 Caracteristica da tensio de anodo Fig. 101.4 Tracado da curva de ignicao a partir da ca- ¢ da corrente de anodo racteristica de comando ¢ da tensio alternada de anodo © Ajuste vertical O Sangulo de ignicéo pode ser detetminado em fungéo da tensio de grade negativa, (figura 101.4) (ajuste vertical) Quando a tensio de grade negativa se eleva, o angulo de ignicéo € elevado, reduzindo o valor médio da corrente anédics retificade. Se agora a tensio negetiva de grade foi escolhida elevada demais, entéo o thyratron ngo mais inicieré 0 seu funcionamento. Por esta razo, 0 Sngulo de ignicdo pode no méximo alcangar 90°, Angulos de ignigao entre 60 ¢ 90" podem ser ajustados com imperfeicio, pois as variagdes de tensdo da grade nesta faixa 580 muito pequenas. Uma oe desvantagem do ajuste vertical com simples tensdo de grade (figura 102.1) é que a corrente de anodo nao pode ser levede ¢ zero. a0, VALVULAS IONICAS III. O Angulo de ignicéo pode ser aumentado até 180° quando o ajuste é vertical. Para tanto, ¢ preciso que, além de uma tensGo continua de grandeza veridvel, seja ligeda 8 grade uma tenséo altemada defasade de 90° em relacéo a tensio alternada (U «). A geracao desta tensio suplementar alternada de grade € obtida em um circuita especial de defasamento (figura 102.9). Clreuito de Aetasament ~censtante em 90" Fig. 102.1 Apenas com variagdo da Fig. 102.2 Tensio alternada de grade defasada cm 90°, mantendo tensdo continua de grade defasamento fixo ¢ uma tensio continua de grade variével Ajuste horizontal. No juste horizontal, a tenso continua de grade & mantide constante. © instante de ignisio pode ser modificado, deslocando-se a terséo de anodo em relegio a posicio de fase da tenséo altemade de grade que esté efetuendo o comendo (figura 102.3), Em vez de se usar a tensio altemada de grade, a ignicéo poderia ser iniciada também por meio de impulsos retanguleres deslocados de fase (Figura 109.4). O angulo méximo de ignicio € de 180° no ajuste horizontal. As figuras 102.5 ¢ 102.6, mostram exemplos de ligacdo. Us Ue constante ° > oI ut uy = “Fig, 102.3 Tensio alternada de grade defasada Fig. 102.4 Impulso defasado uy vd wih ae. i sreanstor. 2 Me TY mador |B [ee eu ce a Fig. 1025 Ajuste horizontal com Fig. 102.6 Ajuste horizontal com tenséo conti- tensfo alternada de grade defasada nua de grade negativa © tensdo alternada de grade defasada. O transformador de impulso trabalha na faixa saturada ¢ transforma a ten- sfio alternada de grade em impulsos VALVULAS IONICAS IV. 103 Thyratrons em ligegéo-paralela em oposigio O thyratron deixa passar apenas a meia onda positiva. Seu huncionamento € 0 de um retificador ¢ desta forma apenas consumidores de corrente continue podem ser comandados. Se € necessério comandar também consumidores de corrente alternada, entéo hé necessidade de dois thyre trons em ligacio paralela em oposi¢ao (ligagio antiparalela). Cada thyra- tron fornece a0 consumo ume meia onda ¢ © consumidor recebe corrente alterneda. Ill, © IGNITRON. Fig. 103.1 Thyratrons em ligagio de O ignitron (Figura 103.9), & como 0 thyratron, uma vélvule iSnice com oposicdo feito de um retificador. Possui um catedo de merctrio liquide, um - oh A eletrodo de ignicSo que mergulha no mercério € um ancdo de grandes ie, dimensées ¢ com grande capacidade de corrente. A ignicgo é iniciede aplicando-se a0 eletrodo de ignicio ume tensio poritiva, Ignitrons apre- ‘| sentam em servigo, uma queda de tensgo muito baixa, com perdas internas 7, aT. pequenas. Nos ignitrons, de acérdo com a necessidede, hé conveniéncia = de incluir no circuito de ignigéo, um resistor limitador de corrente. As 7h figuras 103.3 ¢ 103.4, mostram exemplos de ligacdo. Dois ignitrons em vee a igagio antiparalela s8o quelificados como “‘contatores de ignitron”. Por Fig. 403.2 Construgéo e simbolo meio déles € possivel o comende de consumidores de corrente alternade. go igmitron Seus tempos para inicio de funcionamento sé0 muito curtos ¢ néo hé des- geste das pecas de contato. Mai 2 Ry Fig. 1033 Alimentacao por Fig. 103.4 Alimentagdo por corrente continua corrente alternada Ignitrons s’o usados como valvulas retificadoras, sobretudo IV. A VALVULA DE RELE. - A valvule de relé, (figura 103.5), € também uma vélvula preenchida de gés, com um catodo sem aquecimento especialmente prepsredo (catodo frio) ¢ um anodo auxilier ou de igni¢do, que estd bem préximo eo catodo. O anodo de igni¢do tem que ser positivo, tal como com 0 anodo princi- pal. Sua funcio € iniciar o fluxo de elétrons. Tal como no ignitron, tanto o circuito de ignicéo quanto © circuito principal tem que ser dotados de resistores. Se a tenséo no anodo principal tc déste tipo de vélvula fér muito elevada, entéo a ignicgo pode ser feita também sem anodo de Fig, 4035, ignigio, Neste caso a vélvula trabalhs como uma simples vélvula néon. Simbole Exemplo de ligegio de uma vélvula de relé. Na figura 103.6, esta vélvule trabalha como dispositive de comando de uum circuite de corrente comandado pela luz. O doador & um resistor sensivel 3 luz (lotorresistor), que com a resistencia fixe R, forma um divisor de tensio e, dependendo de intensidade luminosa, ocasiona grandes va- riagBes no valor resistive. Quando « luminosidade aumenta tensio no - Rp. eletrodo de ignicio se eleva, até a yélvula se iluminar, atuando o relé no circuito principal. Para evitar a flutuac8o do induzido do relé, éste € ligado em paralelo com um capacitor. le Observacio. I As caracterlsticas de servico de vilvulas iGnicas esto contidas em manuais de valvules especiais. Fig. 103.6 Valvula de relé com fotorresistor 104 RELES | © relé 0 componente mais importante nas instalagbes de lerma sinalizacdo ¢ telecomunicagio. € sempre utilizado, em todos os casos onde a ligacdo direta do circuito principal néo € recomendével ou onde simulténeamente diversos circuitos de corrente devem ser comandados. HRelés séo chaves eletromagnéticas. Seu principio de funcionemento varia bastante e depende des finalidades de seu emprégo. Portes principais: Z Simbolo geral —Y- 1. Bobina 2. Nicleo central 3. Nacleo mével 4. Jugo ou carcaca 5. Jogos de contato O niicleo central, o niicleo mével e @ carcaca so de ferro doce, de elevada permeabilidade e reduzide remanéncia. As molas dos relés séo feites de chapa especial, normalmente de 0,5mm ¢ os contatos (Iregiientemente contatos duplos) de prata, volframio, platina em liga ou liga de palédio. As formas mais freqiientemente encontrades sao os relés com bobina cilindrica (figure 104.1) ¢ os relés planos figura 104.9). Parafuso de aiuste Medas com eontatoa Gnfelon mated {go de malas, com Nala moval sears Fig. 104.1 Relé de bobina cilindrica Fig, 1042 Relé de bobina plana Para a identificagio numérica dos terminais de enralementos ¢ pegas de contato, o relé deve ser colocado de tal modo que o observador tenhe ne sua frente os pontos de solda (figure 104.3 a-c), Se numa ligacdo existirem di- versos relés, enti deverso ser identificados por létras maidsculas (p. ex., A, B,C, etc). Acs contatos #30 dados as mesmas létres, porém minésculss. ‘ we : mo aga Pala ae 30 - w 20 u 2 = £ wt] 20 a5 wt] 20 ott] 28 68856 D ey Fig.104.3¢ Relé de bobina Fig. 10434 Relés de bobina cilindrica Fig.1043bRelés de bobina plana _ plana segundo DIN O' numero de enrolamentos € de na méximo trés, com 5 ou 6 pinos terminais. Distinguem-se entre enrolamentos prin cipais cu de setvico < enrolamentos resistivos. © enrolamento principal ou de servigo, cria © necessério fluxo pera o deslocamento do niicleo mével. A férga de airagdo depende da corrente ¢ do nimero de espires. Por esta razio, a grandeze da farce de atragdo é expressa em ampéres-espiras. Devido a saturacéo do ferro, os relés apresentam, normalmente até 300 Ac, € no méximo 500 Ac. Enrolamentos resistivos so bifilares e n3o tem, por isto, qualquer efeito magnético. Sua aplicacdo nos relés € neces- séria quando certas resistencias #80 exigides e quando o espago disponivel para a bobine € grende. Uma des nomen- claturas usades pare relés € 9 indicada ne figura 104.4. Emclamento N 4 ork Voraia 1 = 530 = 3200 — o2scur mM — 00 — bi — o1wd Std A seqiiéncia de comando dos contatos, Ginle olMmIemReh cceece ain, Fig. 104.4 Designagéo dos enrolamentos do relé rente de caso em caso. Resultam, assim, cn a montagem, intimeros tipos, dos quais —_ a @ figura 1045e até c, apresenta alguns Bo 3508. Contato de weve Contato do repouso Contato somutadoe Fig. 104.50 Fig. 104.56 Fig. 1045¢ RELES Il. 16 RELES DE DESLIGAMENTO 1 RETARDADO #2. AL Le ‘Além dos relés com tempos normals de eal ce) comendo, existem equéles com retardamento, 3 » a ’ tanto de ligacdo quanto de desligamento. O : tempo de retardo pode ser ajustado por via q)Cvbertura de cobra ) Contato de eurtoctreutto mecinica ou elévica. Mecinicanente, tenpo Syttisamenle a curociatio 3} eon pie de desligamento € aumentado, redusinde « (Tempo ae rtardamento pecueno) (Sem cotardamonto de atoagin) pressio de contato sdbre o niicleo mével ou Fig. 105.ta—d Relé com retardo de desligamento reduzindo a espessura da lémina de separagio. RELES COM RETARDO DE LIGACAO o, Mecanicamente, 0 retardo na ligacdo pode ser obtido, tomnando mais fortes ¢s moles que atuam sbbre © niicleo mével ou aumentado 0 caminho de deslocamento do niicleo mével. As figuras 105.2 e-c apresentam diversas possibilidades elétricas de elevar 0 retardo de ligagéo. Enrolamentos ei oposicfo. (figura 105.2a). Quando da ligagio, @ corrente aumenta no enro- lamento de retardamento (V) rapidamente até o seu yalor de servigo, pois a pequena indutdncia (menor némero de espiras), origina uma menor auto-indugao. /\ corrente no enrolamento prin- cipal (H) cresce de maneira muito mais lenta. Ambas a3 correntes formem campos magnéticos contrérios. O relé apenas pode atuar, quando © campo principal supera 0 campo formado pelo enrola- mento de retardamento, do necessério nimero de ampére-espires. Capacitor paralelo com resistor preligado. (figura 105.2b). Enquanto 0 capacitor C se carrega, sua corrente de carga desen- volve no resistor preligedo um consumo de tensio, que reduz a tenso do relé, Relé com escalées (figura 105.2c). O contato Md" € ajustado de tal forma que o seu fechamento se dé quando © nicleo mével ndo esté totalmente fechado. Desta forma, a corrente no relé é reforcada e assim 0 nicleo mével fecha total- mente, fechando consigo os contatos principsis. RELES DE FASE PARA CORRENTE MONOFASICA + : kK O relé de fase de corrente monofésica tem dois nicleos, cada um com um enrola- mento, ¢ sdbre os queis existe um niicleo mével comum. O capacitor efetue o defasamento entre as correntes hi € |. Desta forma, evitam-se as vibracdes devidas 3 requéncia da corrente monofésics. ip 4qg.a Relé de fase de corrente » RELE TERMICO J, monofasica Ao contrério dos relés eletromagnéticos, neste tipo de relé é apro- veitado o efeito térmico da corrente elétrica. Uma mola bimetélica € =——— aquecida por meio de um enrclamento de aquecimento. A deforme- gio do bimetal efetua 0 comando. O relé térmico pode ser ajustado de tal forma, que, se obtenha um grande retardamento no seu fun- cionamento. RELES POLARIZADOS =. sig sas. nelé térmico O relé polarizedo possui um ima permanente. Sébre um dos dois nicleos (por exem- plo no pélo sul), sdo montadas duas sapatas polares com respectivos enrolamentos. No instante em que néo passe corrente, o nticleo mével, de polaridade norte, & atraido igualmente por ambas as sapatas polares do pélo sul. Ligando-se em seguide ‘uma tensao continua, em fungdo da diregao de corrente, uma das duas sapatas polares € enfraquecida por efeito eletromagnético, enquanto a outra € reforcada. Desta forma, 0 nicleo mével sofre a maior farca de atracéo magnética para um dos lados ¢ fecharé © contato elétrico correspondente. Relés polarizados sto muito sensfveis, 0 que significa que @les atuam com correntes muito pequenes (abaixo de 3mA). Além disto, pode-se com éstes relés transmitir dois singis pelo mesmo condutor (dois sentidos de corrente). Relés polarizados sio sobre- tudo empregados nas instalagdes de sinalizagio, alarme e telecomunicagio. RELES DE RETENCAO ©. O relé de retengdo € um relé de bobine plane, cujos niicleos mével ¢ fixe, possuem cada um, um rebite de material de eleveda remanéncia. Ambos os rebites se encontram perfeitamente em oposicgo € terminem em superficie plana. Sua fungdo é a de reunir o magnetismo residual, que permanece aps o desligamento da corrente de partida. Desta forma o nicleo mével € préso durante todo o tempo até que se dé o desligamento por meio da agéo de uma excitagao contréria. Fig.1052a—c’ Relé comretardo de ligacao Bimetal_squecide Fig. 108.5 Relé polarizado 106 TRANSISTORES 1. © transistor € um elemento amplificador pare fins eletrOnicos, onde um cristal de germanio € 0 elemento bésico. © deslocamento des portadores de carga nao & felto no vécuo, como no caso das vélvulas eletr&nicas, mas sim num set 1, O GERMANIO. Constituigo O germinio é um elemento quimico. Seu prego é muito elevado € sua purificage técnicamente dificil. Cada étomo de germénio possui_um nicleo atémico com carga positiva, em témo do qual girem 23 elétrons. Os elétrons se dispde em camadas, sendo que os da camada externa so chamados de elétrons de valéncia, Estes s30 05 responséveis pelo comportamento do stomo e pelas caracteristices elétricas do germénio (Figura 106.1). Isto porque, os elétrons de valéncia de um étomo formam com os elétrons de valéncia de um étomo vizinho 0 assim chamedo par de elétrons, de modo que existe uma concatenagio sucessive de cada dtomo com outros 4 stomos anexes. A passagem p-n Se num cristal de germnio, alguns Stomos de germinio forem substituldos por étomos de antiménio, que tem 5 elétrons de valencia (figura 106.9), entio apenas 4 déstes podem formar pares de elétrons. O quinto elétron de valéncia sobra, ¢ por- tanto hé excesso de elétrons ou de cargas negativas (germanio n). Se ao contrério, Stomos de germinio forem substituldos por Stomos de indio, que tem apenas 3 elétrons de valencia (figura 106.3), entio um dos pares de elétrons néo se completaré e haverd falta de cargas negativas. A falha assim constituida apenas pode ser suprimida por meio de um elétron vizinho. A falta de elétrons assim existente, toma o corpo eletropositive e dé origem as chamedas lacunas ou vazios (germanio p). Estas lacunas se movem através do cristal (figura 106.4) ¢ no sentido contrério a0 dos elétrons negatives. Um cristal de germdnio, composto de elementos p en apresenta na superficie de contato entre ambos, um comportamento retificador (figuras 106.5 ¢ 106.6). CCamada timite de elevad reste 8 8 icondutor. Os transistores n3o podem por isto ser comendados sem poténcia. Fig. 106.2 Germanio-n Fig. 106.3 Germénio-p i [-0-0-0-0-0-0-0-6=!—o- ne Fig. 106.4 Deslocamento de elétrons e de lacunas Sect nite, ae bejes romiattonia lea] ex Fig. 1065 Polarizacdo no sentido de bloqueio Os portadotes de carga negativa sio atraidos para o pélo positive e os de carga positiva para o polo ne- gativo. Na camada de contato entre pen nao ha portadores de carga ¢ assim ndo & condutora (senti- Fig, 106.6 Polarizacao no sentido de condugio Os portadores de carga positives € negatives so pressionados para o sctor de contato entre os semi- condutores, devido a férca de repulsao. A resistén- cia da,camada limite € bem pequena, ¢ conduz, bem do de bloqueio) a corrente (sentido de condugdo) ll. O TRANSISTOR. Generalidades O transistor se compée de 3 camadas semicondutores. De acérdo com seqiiéncie escolhide, dictinguem-ze transistores pomp ou 3 3 n-p-n (figuras 106.7 ¢ 106.8). O funcionamento € igual em ambos os casos, sendo invertida apenas a polaridade da fonte de alimentagéo. Na prética, € mais freqiiente se encontrar a seqiéncia pnp. A parte central € chemade de bese, ¢ 05 dois outros setores extremos de emissor ¢ coletor. Assim, na eletré- nica, usam-se as expressdes ligagSo do emissor, da base ou do coletor. Em tédes a5 ligacdes, as camadas limites de cada setor atuam como vélvules elétricas. A corrente no circuito de comando influi sébre a corrente no circuito principal. Fig. 106.7 Fig, 106.8 ‘Transistor p-n-p ‘Transistor n-p-n TRANSISTORES Il. 107 LIGACAO TIPO BASE. ¢ar1Usr © transistor nesta ligacdo (figura 107.1) tem a fungdo de amplificador de tenséo ¢ de poténcia. A resistencia de entrada, com um valor da ordem de 25, € bastante baixa, contrastanclo com a resistencia de saida, que tem um valor da ordem de 500 kQ. A freqiiéncie limite se move na faixa do MHz. A ligagio tipo base néo permite amplificagdo de corrente. Do recta teeters Comente de clot 4 ~~ ——— acta Coacinas provenientes do enissory 1 Cex prineipa Superticle tmitadors R Trsiaa Tr lleada. no. sentido fe logieso 1 eS Cirenita é& eominde Teneo. de eomane Supuaticie imitadors Te passagem nosen~ fio de bteguelo Fig.t074 Transistor com ligagao tipo base LIGACAO TIPO EMISSOR. Co-1U-1 Esta ligacdo (figura 107.2) € a mais empregada. Corresponde & ligago tradicional das vélvulas amplificadoras, onde © emissor € 0 catodo, a base & a grade € 0 coletor corresponde ao anodo. A resistencia de entrada nesta ligacgo mois elevada (cérca de 1 « 2 kQ) do que ne ligacio tipo base. Pela fonte de tenséo de comando pessa apenas uma pequena corrente de base. Por isto, a poténcia de comando necesséris € bem menor. Além de amplificagio de tensdo, obtém-se também ums considerdvel amplificagio de corrente. 1 le le < > Zk =m m—e : Crom fl I Citcuito de comanco’ Circuito principal Re Varian ° 11 is ir | ite a + Fig. 107.2. Transistor na ligacdo tipo emissor LIGACAO TIPO COLETOR. COM . Na ligacdo tipo coletor (figura 107.3), a resisténcia de carga esté no circuito emissor. A tensto de comando néo fica mais diretamente entre o emissor ¢ a base, mas sim em série com a resisténcia de carga. Nesta ligagdo, a resisténcia de entrada é bem mais elevada (cérca 100 k®); o transistor tem func3o de amplificador de corrente, porém nao atua como amplificador de tensto. Exerce assim fungio de transformador de resisténcia (translormador de impedancia) permite obter apenas pequena amplificacio de poténcie. Iy=le=te le > < : Fig.1073 Transistor na ligacao tipo coletor Vantagens e desvantagens do transistor. O transistor ndo necesita dz aquecimento, 0 que faz com que esteja sempre em condigdes de servico. As tens6es € correntes necessérias para o seu funciongmento sdo bem menores que no caso de aplicacéo de vélvulas. Suas dimen- ses s80 menores € seu péso reduzido. ede constituig’o simples ¢ mecénicamente resistente, fazendo com que no sejam necessérias precaugées especiais ¢ apresentando ums durabilidade elevada. Nao funciona sem poténcia, pois pelo seu circuito de comando circule ume corrente. 108 COMO PODEM SER EVITADOS ACIDENTES ELETRICOS? © QUE DEVE SER FEITO EM CASO DE ACIDENTE ELETRICO? 8) Nunce tocar na pessoa atingida enquanto esta ests sob tensio. b) Primeiro interromper @ alimentac3o de instelacdo elétrical Desligar as chaves! Tirar os fusiveis! Qu senio, pro- curar isolar a pessoa atingide com pecas isolantes (caibros), para separé-la da tensdo. ) Em seguida, ciar imediatamente a respi Bo ar I, prosseguindo até a chegede do médico! d) Chamar um médico por intermédio de terceiros. Nunce interromper a respiragéo artificial para buscar © médico! COMO PODEM SER EVITADOS ACIDENTES ELETRICOS? As normas indicam diversas medidas, a saber: 2) Protec3o contra contato acidental de partes de instslacio elétrice que estio sob tensio. de servigo; tais partes precisam ser isoladas completamente ou convenientemente constru‘das, posicionades, ou dispostas, ou ainda estar protegidas por meio de dispositivos sdequados. &) Construco segura dos meios de acionamento e de instalacdo elétrica técni- camente comprovada: © aparecimento de defeitos na isolacio (p. ex., curto- -circuito), raz80 do aparecimento de tensSes expostas, deve ser evitsdo por uma construg3o adequada dos componentes do circuito, sobretudo dos iso- lantes e uma isolacdo perfeita des partes sob tensio (figura 108.9) e por meio de uma construgo cuidedosa da instalacio elétrics, por expe ©) Medidas complementares de protecio: dettinadas a ovitar o aparecimento de tensées de conteto muito elevadas. As medidas so. Isolagie de protecic Pot uma réde geral de terra [lens sire viet ae Contra tensio de defeito de Aterramento de protecio. isolagdo, » Neato sterado Contra corrente de defeito Separacéo com transformador de isolacso de isolacao ONDE SAO NECESSARIAS MEDIDAS SUPLEMENTARES DE PROTECAO? Fig. 108.2 Isolagio de a) Néo sdo necessétias, em instalagdes até o mdximo de 65 V contra terra. condutores, b) Sio necessérias em instalacdes entre 65 © 950V, excluindo-se: 1 Instalagdes residenciais e de escrit6rios com assoalho isolente, onde as instalagdes de éguo, 94s © aquecimento estdo fora do alcence da mao, porém aterradas. Se existirem mécuinas elétrices que possem ser tocadas simul- téneamente, a excess8o no se eplica. Entendem-se por assoalhos isolantes os de madeira, recobrimento as- faltico, pléstico, borrache ou cortiga, ¢ tapétes fixos. Envoltérios metélicos € tubos, em recintos secos, também no caso em que o assoalho nao é isolente. Caixas de entrada em residéncias, medidores com respectivo painel de leitura assim como relégios de comando € relés ligados 3 estes 4, Postes de eco ou aco-concreto, em rédes externes 5. Reforcos meidlicos em telhados e partes metélicas anexes. ¢) Séo necessérias sempre, em instalagdes acima de 250 V. QUAIS OS TIPOS DE DEFEITOS QUE PODEM APARECER ? a) Defeitos de isolagdo: condigées de deficiente isolacko do circuito. b) Curto-circuito intertio: ligagto que se apresents entre um elemento da instalagio, n3o destinado a condugio de corrente (p. ex., carcaga do motor) ¢ uma parte do sistema elétrico, sob tenséo (p. ex., enrolamento). <) Curto-circuito entre dois condutores que conduzem corrente elétrica, quando no circuito de corrente nao existe resisténcia dtil (por exemplo uma l8mpada); € 0 caso de curto-circuito entre condutores. d) Curto-circuito a terra: defeito ou caminho condutor, que se estabelece devido a um arco, entre um condutor de fase ou um neutro isoledo, com a terra ou partes ligadas & terra. © curto-circuito € dito pleno, quando a ligacdo que se estabeleceu no apresenta resistencia, e € dito incompleto quando alguma resisténcia existe QUANDO A CORRENTE ELETRICA E PERIGOSA? _ 109 © PERIGO NO CONTATO DE PARTES VIVAS DE UMA INSTALACAO ELETRICA. No contato de duas partes vives de uma instalacio elétrica, atua a tensdo da réde sdbre a pessoa. Atualmente, em tédas as rédes que possuem condutor neutro (N), éste & ligado 3 terra tanto nes subestagSes quanto na propria dis tribvicdo. Deste forma, a “terre!” € parte do circuito ou réde, Quem esté em contato com a terra, precisa portanto apenas entrar em contato com uma des partes vives do circuito (condutor de fase) para ficar sob acdo da tensio de réde. 3~3e0y 3300 w ‘ig.109.2 Contato entre a fase C e a terra. AN Gale GES ee Quando a ligacdo de terra é boa, a tensao tensio entre fases de 380V ee eee oe © PERIGO NO CONTATO DE PARTES NAO CON- DUTORAS DE UMA INSTALACAO ELETRICA. Quendo ocorrem defeites de isolagdo em instalagdes elétricas, partes que név pertencem ao circuito condutor desta instalacdo (por exem- plo, ¢ carcaca de motores elétricos ou as partes metdlicas de um fog8o elétrico), podem se tornar condutoras, aparecendo assim tensdes € correntes acidentais Correntes acidentais fluem portanto, devido a falhes de isolacio. A tensBo acidental é « tensio que sperece entre as partes em que se apresenta o defeito de isolagdo, que esto em contato, dos quais uma € da réde e a outra nao pertence ao circuito condutor, ou entre estas ¢ a terra (sua determinacao é feita por meio de um veltimetro com R; = cérca de 40k{2). Tenso de contato € uma das partes da tensdo acidente! (ou de uma tensdo 2 terra), que pode ser suporteda pelas pessoas. Se, por exem- plo, a carcage de um motor ests com defeito de isolacio de um enro- lamento alimentado, entéo aparece uma tensao acidental entre a car caga do motor ¢ a terra de referéncia. A tensio de contato existe entre a carcaga do motor € 0 assoalho nao isolante (figura 109.3). (Medicao por meio de um voltfmetro com R, de cérca de 3k). A tenséo de contato também pode aperecer, quando © assoalho esté an eon Ur = tenedo avidental isolado contra a “terra”. Se, por exemplo, partes metélicas de um Resi ROen rae aera eeeictaseke ste cantata forno elétrico se tornaram condutoras, em virtude de defeitos na sys If renin acideial Ty. = corente plo ci isolago, entéo aparece uma tenséo de contato entre as panelas do fogio ea canalizacio de égua que se encontra préxima, ¢ que pos- Fig. 109.3 A carcaga do motor se tor- sam ser simult8neamente tocadas (figure 109.4). nou condutora em virtude de um de- QUANDO E QUE TENSOES DE CONTATO SE “tito na ssolagéo do enrolamento TORNAM PERIGOSAS? As tensdes de, contato so, mis perigosas entre mBos e pes. Se esti. vermos apoiados na “terra” € tocarmos com as mos partes que se tornaram condutoras, entéo circula uma corrente etravés das ertérias © veias do corpo e desta forma passaré pelo coragio. Em tal caso, 14 30mA so perigosos. Se éste valor se eleva pore 50 mA, entéo 0s misculos do coracdo jé trabalham irregularmente, prevocendo um fornecimento irregular de sangue ao cérebro e as conseqiiéncias podem ser fateis (liguras 109.1 a 109.4), Nos casos em que a cor- rente de 30mA jé € perigosa, passa pela resistencia do corpo, que, em pessoas adultas varia de-2 2 5 kl (para criances o seu-valor € menor), uma tens30 de contato de: fig. 1600 Began etélltabcdedaa or: pic Rie 0,03:-A2000:9 =260W no elétrico se tornaram condutoras em De acérdo com as normas de seguranca, tensSes de contato supe- virtude de uma falha de isolacdo res a 65 V sio consideradas perigosas. Em condigées adversas, = id @ tensfo de 42 V para adultos ¢ 24 V para criancas so 0s limites que podem ser. suportados. 110 ISOLACAO DE PROTECAO (VDE 0100/12.65§7N). QUAL A FUNCAO DA ISOLACAO PROTETORA? Sua fungio € e de evitar 0 contato entre partes com isolagio defeituosa Que ficaram sob tenséo, ¢ que nfo pertencem ao circuito principal de corrente ou as partes condutores da instalagio, como por exemplo 2 carcaca do motor Tal protecdo pode ser obtida a) Por meio de uma isolagio protetora do elemento de circuito (motor); ens do else i ectesoate b) Pela isolacdo do local : Heian. © QUE SE ENTENDE POR ISOLACAO DE PROTE- : imine CAO DE UM ELEMENTO DE CIRCUITO? mat Na isolacio de protecto do elemento de circuito, tdas a partes Recobrimento isolante de um motor acessiveis 20 contato, que podem ficar sob tenséo no caso de isolagso elétrico defeituosa (por exempio, a carcaca do motor), devem ser recobertes continua e permenentemente com um material isolante (fig. 170-1). Além desta protecio ou como medida suplementar & mesma, as partes que se podem tornar condutoras ¢ que s30 scessiveis, podero também ser separadas das demais por meio de peces isolantes préprias O recobrimento de esmalte, verniz, ou cameda oxidade, assim como 0 de tecidos mesmo impregnedos, ndo séo consi- derados elementos de isolacéo. Por outro lado, o recobrimento exteno de condutores destinacios e anbientes dmidos, € considersdo um material isolente no sentido da protecio 20 contato. Elementos de circuito com isolecéo de protegio devem satisfazer ds normas correspondentes ¢ serem representadas pelo seu simbolo normalizado, que é (esa | © QUE SE ENTENDE POR ISOLACAO LOCAL? A isolacéo do local, como medida de protegdo, apenes é permitide no caso dos elementos de circuito que nao mudarem a sua posigao. Devem ester protegidas tdes es partes eo alcance da m&o, assim como © assoalho, ou outras partes condutoras em contato com a terra (figure a3 @ 110.3). Os recobrimentos devem satisfazer 35 seguintes condigSes: 2) Deven ser reenter ¢ de dinenses tay que a slemenio de ce gta Alicere condutor: cirela cui , motores, condutores), apenes possan , A gerteendos de jpontas’Teolados: uma corrente acidental. O fusivel po- de atuar. Nao hé tensio de contato b) Devem ser lixos sébre sua base de montagem. ©) Se diversos elementos estio presentes, que possem ser alcangados da posicio isolada, entéo es suas partes, que néo pertencem 40 circuito de corrente, devem ser interligados entre si por meio de =— um condutor. ONDE SE EMPREGA A ISOLACAO PROTETORA? A isolacéo de protecto € ume medida ideal de segurance, porém 0 seu setor de aplicag3o é muito limitado. Um motor de 15 cv ou um fogdo elétrico ndo podem ser isolados com uma isolacko que os re- cubra. © recobrimento isolante pode, por isto, ser empregado: 2) em pequenos aparelhos elétricos (por exemplo barbeadores elé- Fig, 110.3 Alicerce isolante, Néo cir tricos). cula uma corrente acidental. O fusi- b) em aparelhos elétricos, que tém grandes superffcies continuas (por vel nfo pode atuar. Outros corpos exemplo furadeiras-elétricas). nas adjacéneias esto recobertos. ©) no acionamento de ferramentas elétricas Nio ha tensio de contato d) em luminérias destinadas a recintos dmidos e molhedos. © QUE DEVE SER OBSERVADO EM APARELHOS COM ISOLACAO DE PROTECAO? Aparelhos com esta protegio, ao contrario das determinacdes normais, néo devem ter um terminal pera a ligagso de um condutor de aterremento | © condutor mvel, que € fixo ao aparelho, n3o deve ter condutor de protecSo; entretanto os pinos pare oa devem possuirum pinc de protecdo.

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