Introdução ao Estudo

do Direito

PROFESSOR: JONAS CALENGE

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

ÍNDICE

Introdução ao Direito
 1- FONTES DO DIREITO

Sendo o Direito um conjunto e Princípios e normas jurídicas, têm uma fonte ou

uma origem. Abordar sobre Fontes do Direito, significa ir à procura do modo
como se manifestam e se produzem as normas jurídicas.

1- Lei : Art. 1.º do CC

2- Costume: Traduz-se na prática social reiterada e

acompanhada por uma convicção de obrigatoriedade.

3- Jurisprudência: Trata-se do conjunto de orientações

gerais que resultam da actuação dos Tribunais sobre o
modo de resolver os casos

4- Doutrina : Concebe-se na gama de opiniões e pareceres

de jurisconsultos, sobre uma determinada matéria.

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 2- A NORMA JURÍDICA

Conceito: Designa-se assim toda a regra destinada a regular relações inter-subjectivas

que assumem importância na vida social, sendo vista como um comando geral,
abstracto e coercívo emanado por autoridade competente.

NOTA: A norma jurídica não se confundem com os princípios do Direito, pois

estes são mais abstractos pelo que, estão concretizados nas normas.

Estrutura da Norma Jurídica

Refere uma situação típica da vida, ou seja, uma Hipótese

Previsão determinada situação de facto, um conduta, uma certa
relação regulada pelo Direito.
Ex.: Art. 25.º CC-Parte A.

Traduz-se na prescrição dos efeitos jurídicos no caso da

situação prevista se verificar. Esta por sua vez, prevê a Consequência
Estatuição
consequência decorrente da verificação da hipótese.
Ex.: Art. 25.º CC- Parte B.
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 CARACTERÍSTICAS - Hipoteticidade;
DA NORMA JURÍDICA - Generalidade;
- Abstracção.

-Hipoteticidade: A norma jurídica regula situações hipotéticas, prevendo uma regulação em

caso de verificação de situações hipotéticas (na verdade entendemos ser uma conclusão
subsumida da estrutura da norma).

-Generalidade: Destina-se a uma categoria ampla de pessoas e não a destinatários

singularmente identificados.

-Abstracção: A norma é relativa a um número indeterminado de casos ou a uma

categoria mais ou menos ampla de situações e não a situações concretas ou
individualizadas.

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Características da Norma Jurídica Características do Direito

- Hipoteticidade; - Necessidade;
- Generalidade; - Alteridade;
- Abstracção. - Imperatividade;
- Coercibilidade;
- Exterioridade;
- Tridimensionalidade.

3- INTERPRETAÇÃO

Conceito: Traduz-se na actividade segundo a qual procura-se retirar uma “fonte

do direito” o sentido normativo que permita resolver uma caso prático que
reclama por solução jurídica.

- Subjectivista;
Métodos da Interpretação - Objectivista;
(Sentido) - Historicista;
- Actualista.

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 Tipos de Interpretação

• I.Autêntica: É feita pelo próprio legislador,

• I. Doutrinal/Doutrinária: É aquela feita
através de uma nova lei de valor igual
pelos aplicadores do Direito,
ou superior com base numa lei
tribunais, advogados, juristas, ou seja,
interpretativa que se integra na lei
feita por qualquer pessoa.
interpretada.

Elementos de Interpretação(Art. 9.ºCC)

• Elemento Gramatical ou Literal;

• Elemento Lógico;
NOTA: O art. 9.º do CC, refere todos os elementos
• Elemento Histórico;
mencionados no objeto da interpretação
• Elemento Teleológico ou Racional

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 MODELOS DE INTERPRETAÇÃO

Há interpretação quando o sentido que o interprete fixou à

• Interpretação Declarativa norma coincide com o significado literal ou um dos
significados literais que o texto comporta, por ser o que
corresponde ao pensamento legislativo.

• Interpretação Extensiva Quando o interprete chega à conclusão de que a letra da

lei fica aquém do se espírito , porque o legislador disse
menos do que no fundo queria (minis dixit quam voluit).

Aqui, a letra da lei vai além do seu espírito, porque o

• Interpretação Restritiva legislador disse mais do que aquilo que pretendia (maius dixit
quam voluit).

Quando o intérprete chega a conclusão de que o sentido

• Interpretação Ad-Rogante da norma é *indecifrável, não sendo possível apreender o
seu conteúdo, pelo que a reputa inexistente.

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 Surge quando o intérprete deduz, de uma norma
• Interpretação Enunciativa interpretada, outras que nela estão implícitas, utilizando
para tal certos processos lógico-jurídicos.

Nota: É o processo interpretativo que permite extrair do

conteúdo de uma norma tudo o que nela se encontra
implícito e tudo o que dela se pode deduzir, isto é “Quem
pode o mais, pode o menos. Quem não pode o menos,
também não pode o mais”

Tem a ver com o processo interpretativo que leva o

• Interpretação Correctiva
interprete a emendar os erros manifestos contidos na lei
como as gralhas tipográficas, remissão para artigos errados,
etc.

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 4- Vigência das Leis
Nem sempre a publicação implica a imediata entrada em vigor da lei. Por
vezes, entre a publicação e a entrada em vigor, decorre um certo tempo
(vacatio legis)- Art. 5.º CC.

Cessação da Vigência da Lei- Art. 7.º CC

- Cláusula Expressa pelo legislador;

• Caducidade
Pode resultar de:
- Desaparecimento dos pressupostos de
aplicação da lei.

• Revogação Resulta de uma nova manifestação do legislador, contrária à anterior.

- Expressa: Quando a nova lei declara que revoga uma determinada

Quanto à Forma lei anterior
- Tácita: Quando resulta da incompatibilidade entre as normas
da lei nova e da lei anterior.

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 -Total: Quando todas as disposições Ab-rogação
de uma lei são atingidas.
Quanto à Extensão

- Parcial: Quando só algumas disposições da Derrogação

lei são revogadas pela lei nova.

NOTA: A Lei Repristinatória

Trata-se de uma lei que repões em vigor uma lei que repõe em vigor
uma lei revogada. Acontece sobretudo, com a declaração de
inconstitucionalidade de uma lei que tinha revogado outra. A nova lei
que tinha revogado a antiga, ao ser declarada inconstitucional, faz
com que a lei por ela revogada seja novamente colocada em vigor.
Repristinação

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OBRIGADO!