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Direito Civil com a Edna Moda (Patricia Dias, terça) e Antonio Pedro Ferreira (Segunda)

Obra de António Menezes Cordeiro – 80$ tratado de direito civil parte II


Código civil anotado do mesmo autor

1º teste – 9 de maio
2º teste – 20 de junho

AULA 2 (22/03)
Princípio da Autonomia Privada

“ a autonomia privada corresponde assim a um espaço de liberdade jurigena atribuido,


pelo direito, às pessoas podendo definir-se como uma permissão genérica de produção de
efeitos jurídicos”

 Espaço de liberdade para autodeterminação e regulação dos interesses;


 Liberdade para exercer ou dispor de um direito
 Liberdade contratual
o Negativa, liberdade de não exercer o contrato
o Positiva,
 Liberdade contratual positiva – artigo 405º CC
o Liberdade de celebreçao , quer ou não celebrar
o Liberdade de estipulação no negocio jurídico
o Liberdade de escolha da contraparte, com que o sujeito quiser

Elementos da relação jurídica:


1. Sujeito
2. Objeto
3. Facto jurídico
4. Garantia

Direito Subjetivo, permissão de proveitamento de um bem (Segundo o manual deste ano)

Limites à liberdade contratual

1) Liberdade de celebração
 Obrigação legal de contratar: v.g. contrato de seguro automóvel
 Proibição de conclusão de certos contratos: v.g. artigo 579º, 876º, 2192º a 2198º
 Exigencia de consentimento ou aprovação: v.g. artigo 877º, 1682º.

2) Liberdade de estipulação
 Requisitos do objeto negócial: artigo 280º CC
 Proibição de celebrar negocios usuários: artigo 282º
 Regras da concorrência
 Regime legal imperativo
 Clausulas contratuais gerais
Relação jurídica e situação jurídica

“ a ciencia do direito, particularmente no campo do direito civil, não pode ser impermeável à inovação e ao
processo; muito menos deve regredir. Finalmente: os universitários, em especial, os nacionais devem
abandonar a postura de desconfiança apriorística perante qualquer novidade”
Pagina 392

Teoria tradicional:
o Todo o direito seria estruturável e explicável por relações jurídicas
o José de oliveira Ascensão iniciou a crítica
 Demonstração da insuficiencia da RJ como operador geral do direito
 Direitos absolutos – artigo 1305º
 RJ é hábil para direitos relativos 397º
o Relação jurídica é uma das várias situações jurídicas possíveis

Rejeição da Relação Jurídica

Exposições tradicionais baseadoas no elementos de relação jurídica


o Sujeitos
o Objeto
o Facto
o Garantia
o Crítica
o Sub alternatizaçao da pessoa

Abandono elementos da realaçao jurídica


a) Motivos dogmaticos: a relação jurídica verifica-se nas situações relativas
b) Motivos metodológicos: o dto civil não é um a priori, deve acompanhar a história, cultura e fontes
c) Motivos significativos-ideológicos: relega a pessoa para 2º plano
d) Motivos pedagógicos: encerra a materia dos 4 elementos
e) Motivos científicos: inibe o encontro de soluções novas e adequadas

Rejeição da relação jurídica


Pessoa
Coisas
Negócios
 Constituição, modificação ou extinção de situações jurídicas
 Parte geral: titulo II – das relações jurídicas
o Subtítulo III – dos factos jurídicos 217º a 333º
o Negocio juridico 217º a 294º
o Atos jurídicos 295º
o Tempo e a sua repercussão nas relações jurídicas 296º a 333º
AULA 3 – 28/03

RELAÇÃO JURIDICA
É nas relações contratuais que é possível se encontrar a relação jurídica. Na relaçao de compra/venda
a sua evidência é “perfeita”.

A relaçao jurídica exige a conecçao de duas partes.

Na titularidade de algum bem, direito de propriedade (usar/vender/etc), asistir a obrigação passiva de


respeitar a titularidade desse bem. Mas isto não implica qualquer relacionamento juridico, não há conexao de
vontades. Isto é apenas uma realidade jurídica, que permite ter titularidade.

Situação Jurídica = tudo o que produz efeitos jurídicos, entramos assim na eficácia jurídica.

As consequências da eficacia jurídica dizem respeito sempre a pessoas. A eficácia jurídica é o


resultado de efeitos que se evidenciam nas pessoas.

Situação jurídica, resulta de uma decisão jurídica, que representa um ato e o efeito de solucionar uma
questão concreta através da aplicação de um direito.

EFICÁCIA JURÍDICA
 Eficacia Constitutiva (situação de aquisição originaria) = formação de uma realidade jurídica
que não existia - transforma a pessoa que achou os 20 euros em titular desses 20 euros perdidos =
ocupação, forma de aquisição de propriedade de coisas moveis (perdidos);
 Eficácia Transmissível (situação de aquisição derivada*) = a situação jurídica já existe, mas
ela existia na esfera jurídica de A e é transferível para B (COMPRA/VENDA);
 Eficácia Modificativa (*) = não há exatamente uma transmissão, existe uma modificação do
conteúdo de uma dada situação que esta titulada na esfera jurídica de alguém, artigo 288º CC.
Negocio juridico pode ser anulável, porque ninguém se comprometeu, houve situação abusiva da
propriedade;
 Eficacia Extintiva (*) = termo ou desaparecimento da ordem jurídica de uma situação que
anteriormente nela existia. Ex: 100 euros emprestado com a obrigação de pagar aqui a 5 dias,
durante este prazo tem se a obrigação de pagar, quando se paga tal obrigação extingue-se.

TRANSMISSÃO SUCESSÃO

TRANSMISSÃO (compra/venda), existe o ato de transmissão da situação X. Existe dinâmica, por a situação
ser acompanhada por outro após a alteração de titular.
Aqui o vendedor tem que assumir a responsabilidade da situação X. Transmissão de encargos.

SUCESSÃO, não há mudança da situação X, o herdeiro ocupa o lugar de outrem, mantém-se estátic, verifica-
se apenas a alteração do titular na situação estatica. Aqui não há transmissao de encargos.

EFICÁCIA PESSOAL, quando a situação jurídica se transmite, solifique não tem natureza patrimonial.
EFICÁCIA OBRIGACIONAL, situações jurídicas que reportam a uma relaçao de natureza obrigacional
compra e venda = dever de pagamento. Direito e obrigação correspondente.

EFICÁCIA REAL, situações me que estão em causa coisas porcorias. Subdivide-se em eficacia real quanto
ao efeito e quanto à constituição (so se considera realizado qunado for entregue ao novo titular, 669º Nº1 CC –
sem efeito do contrato) . 408º Nº1 CC – quanto ao efeito do contrato.

CONTRATO PENHOR – eficácia real quanto à constituição e quanto aos efeitos também é real, pode ser
proposto a qualquer sujeito esteja ele relacionado de maneira direita ou não.

CONTRATO MÚTUO 1142º CC – ex: contrato dos 100 euros. Não implica a transmissao de direitos reais.
Quanto à eficacia é obrigacional. Quanto à constituição a eficácia é real, por a sua validade exigir a entrega da
coisa.

FACTOS JURÍDICOS, é todo o evento qual o direito associa determinados efeitos.


São suscetíveis a classificações:
a) Lato sensu – tem haver com eventos naturais = tempestade destrói habitação, direito de
propriedade;
b) Sricto sensu (restrito) – tem haver com eventos humanos = comprar uma habitação.
Intervenção humana;

O ATO JURÍDICO, encaixa-se nas classificações acima,


a) Lícitos – respeitam o enquadramento do ordenamento juridico
b) Ilicitos – violam algum comportamento, podem não ser atos criminosos, significa todo o ato jurídica
que ao desrespeitar o ato juridico é sancionado. 875º CC

NEGÓCIOS JURÍDICOS, significam que a manifestação de vontade é associada à produçao de efeitos


jurídicos.
Traduz um ato de autonomia privada, a que o direito associa a constituição, a modificação e a extinção
de situações jurídicas.
Autonomia privada implica a liberdade de celebração (os contratos que querem) e a liberdade de
estipulação.

Distinção de negócios jurídicos:


o Unilaterais – so releva a vontade de uma das partes, a vontade dessa parte não se contrapõem à
vontade da outra no sentido de obtenção de atos jurídicos, ex: testamento, renuncia, confirmação
(288ºcc);
o Bilaterais / plurilaterais / multilaterais – pode haver mais que duas partes – há um encontro de
vontades dirigidas à obtenção de um objetivo estruturalmente comum, compro porque alguém vende,
hà contraposição. O contrato é a figura pragmático deste tipo de negocios. Ex: compra e venda,
doação, casamento, etc.

DENTRO DOS NEGÓCIOS MULTILATERAIS ou CONTRATOS, pode se ainda encontrar outras


modalidades: contratos sinalagmaticos e não sinalagmaticos, monovinculantes e biviculantes. (o stor explicou
mas nao tinha a certeza se devia dar esta materia ptt caguei  )
AULA 4 – 29/04
Estatuição da norma - efeitos decorrentes da norma

"nos termos da alínea a), do número 3 do artigo 879" - escrever do particular para o geral

Eventos que tem relevância jurídica - factos - os eventos com relevância jurídica são os que
estão previstos na norma, é a norma que dá relevância jurídica a um evento.

Fundamentos da doutrina do negócio:


a) Savigny: vontade juridificadora;
b) Um ato de vontade tendente a um fim protegido e desenvolvido pelo ordenamento jurídico;
c) Um ato de autorregulamentação de interesses;
d) Um ato de autonomia privada (permissão genérica de atuação jurigena), a que o Direito
associa a constituição, a modificação e a extinção de situações jurídicas
- Direito institui, regula e defende a autonomia privada;
- Partes indicam os efeitos por via das suas declarações.

Facto juridico é entendido em varios tipos de efeitos: os obrigacionais, pessoais…

ESTRUTURA DO FACTO JURÍDICO, criterio da interferencia da vontade na produção do facto


 Natural ou involuntario;
 Humano ou voluntário;

FACTOS VOLUNTÁRIOS, produção de efeitos independentes da voluntariedade ou porque e na medida em


que sejam voluntarios.

FACTOS JURÍDICOS LATO SENSU


 Factos jurídicos stricto sensu;
 Atos jurídicos
o Sentido estrito: liberdade de celebraçãos
o Negocios juridicos: liberdade de celebração + liberdade de estipulação

AULA 5 – 04/04
MODALIDADES, CLASSIFICAÇÕES DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS:

NEGOCIO JURIDICO UNILATERAL, uma vontade expressa por uma ou mais pessoas;

NEGOCIO JURIDICO MULTILATERAL, pelo menos duas vontades contrapostas, mas convergentes
(comprar e vender);

NEGÓCIOS INTENCIVOS, produzir efeitos em conta dos seus celebrantes; pagina 95 do manual

NEGÓCIOS MORTIS CAUSA, por fundamento básico, o falecimento de alguém, ou seja, são produzidos
efeitos depois da morte de alguém (testamento). Possui uma aplicabilidad muito limitada – art, 2028º nº 2 do
CC; art 946º CC (duração por morte);
NEGÓCIOS CONSENSUAIS E NEGÓCIOS FORMAIS
 Diz respeito ao criterio de validação formal da declaração

Art 219º CC – Liberdade de forma - CONSENSUAIS / CONSENSUALISMO


Em regra os negócios jurídicos soa consensuais. Ex: comprar telemóvel a um colega.
Escolha da forma (liberdade de escolha) – autonomia da vontade.

Art. 875º CC – Forma


Necessidade de formalidade – nos casos de compra e venda de imóvel exige-se uma forma especifica.

NEGÓCIOS PESSOAIS, relacionados com a identidade do próprio. Ex: doação de sangue

NEGÓCIOS OBRIGACIONAIS, envolvem uma situação enediticia. Ex: encomendo uma pintura do meu
reparo, o pintor tem o direito de receber o dinheiro e a obrigaçao de me retratar o reparo

NEGÓCIOS REAIS, tem sempre por objeto uma coisa certa e determinada. Podem ser reais quanto aos
efeitos e quanto à constituição. Tradição da coisa, não se celebram este negocios sem a entrega da coisa
(deposito, doação, etc).

NEGÓCIOS FAMILIARES, todos aqueles que influenciam a situação familiar dos sujeitos podendo ser:
o Familiares pessoais – casamento, perfilhação, adoção (estritamente pessoal);
o Familiares natureza patrimonial – eu e o cônjuge decidimos qual o regime de casamento;

NEGÓCIOS SUCESSÓRIOS, situaçoes que dependeriam do falecimento de alguém (testamento)

NEGOCIO MISTO DE DOAÇÃO, o imóvel vale e é vendido por 20,000 paus. Excluímos negociação neste
tipo de negocios.

AULA 6 – 05/04

FACTO JURÍDICO LATO SENSU


 Critério: natureza do facto para efeitos de eficacia;
 Factos jurídicos stricto sensu:
o Factos involuntários em que a vontade é irrelevante para a produção de efeitos juridicos.

ATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO


 Art. 295º - “Aos atos juridicos que não sejam negocios juridico aplicáveis, na medida em que a
analogia das situaçoes o justifique, as disposições do capitulo precedente;
 Liberdade de celebração – PP, autonomia privada: refrações livro III, IV, V;
 Liberdade de celebração + liberdade de estipulação – art.405 CC; Atos juridicos em sentido estrito no
dominio de negocios juridicos;
 Criterio: relevancia da vontade finalista;
 Atos quase negocios, manisfestaçao da vontade;
 Atos materiais: atuações materiais voluntárias.

MODALIDADES DE NEGÓCIOS JURÍDICOS

UNILATERAIS E MULTILATERAIS OU CONTRATOS


 Parte e terceiro;
 Determinação do nº de partes – v.g. art. 951º
 Contratos:
o Signalagmaticos e não signalagmaticos
o Obrigações reciprocas
o V.g. art 411º

INTER VIVOS E MORTIS CAUSA


 Mortis causa – situações jurídicas que produzem efeitos com a morte – DS

SIGNALAGMA = obriga a ter prestações reciprocas

NEGÓCIOS ANEROSOS E GRATUITOS


 Empobrecimento de patrimonio vs enriquecimento de patrimonio
o Mandato nº1 art. 1158º; deposito art.º 1186;
o Exceção art. 963º;

NEGÓCIOS TÍPICOS E ATÍPICOS + NEGÓCIOS NOMINADOS E INOMINADOS


 Regulaçao consta na lei;
 Engendrado pelas partes;
 Tipos sociais – pratica jurídico-social;
 Típico e nominado;
 Típico e inominado
o Contrato de associação;
 Atípico e nominado
o Trespasse;

CLASSIFICAÇAO DE MODALIDADES DE NEGIOCOS JURÍDICOS:

“No 1 de abril de 2022, o António vendeu ao Bento pelo o preço de 200 euros um telemóvel.” — negocio
multilateral, aneroso, típico (consta na lei, compra e venda, a sua forma esta prevista na lei). Podem desviar a
data para outro dia

“O Antonio vende ao Bento, uma fração autonoma por 250 mil euros.” – multilateral aneroso, forma, real e
signalagmaticos e é também típico;

“O Bento deixa ao sobrinho em testamento alojamento no alentejo.” – contrato, porque depende de aceitação,
gratuito, típico, real consoante a constituição, não signalagmatico

“O antónio deixou um mambo de chupetas para o sobrinho tipo fralda gigante, e bue tipos de fraldas” –
multilateral, consensual, não se sabe se é aneroso ou gratuito provavelmente aneroso, signalagmatico ,
obrigacional e real

AULA 7 – 11/04
SUBCLASSIFICAÇAO DOS NEGÓCIOS PATRIMONIAIS ONEROSOS

NEGÓCIOS PATRIMONIAIS
 ONEROSOS, natureza patrimonial
o SIGNALAGMATICOS
o NÃO SIGNALAGMATICOS
 GRATUITOS

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