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ROP - UCT.001 Dialisadores-E-Linhas-Hd-Final-1
ROP - UCT.001 Dialisadores-E-Linhas-Hd-Final-1
HOSPITAL DE CLÍNICAS
1. FINALIDADE
O reprocessamento em diálise é um conjunto de procedimentos executados, desde a
retirada do dialisador do paciente, incluindo a limpeza, verificação da integridade e medição do
volume interno das fibras, esterilização, registro, armazenamento e enxague imediato, antes do uso
dos dialisadores no mesmo paciente.
O procedimento tem por finalidade reduzir os riscos associados ao reprocessamento de
dialisadores, reutilizar o dialisador com a máxima segurança para o paciente, assegurar uma diálise
eficiente, prevenir infecções, garantir a correta identificação dos elementos de diálise (dialisador,
linhas e caixas de armazenamento) utilizados durante as sessões de hemodiálise (HD), minimizar os
riscos inerentes relacionados a identificação do paciente no tratamento dialítico, descrever medidas
de segurança para o reprocessamento seguro dos dialisadores, a fim de garantir a qualidade e a
segurança na assistência de enfermagem ao cliente e/ou melhorias no processo de trabalho da
enfermagem.
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Unidade de Terapia Renal (UTR) da Unidade de Captação de Transplante (UCT) do Hospital
de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).
3. COMPETÊNCIA
Equipe de enfermagem
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei do Exercício Profissional e Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC/Anvisa)
nº 11, de 13 de março de 2014.
5. NORMAS
O reprocessamento de dialisadores é um processo minucioso. Requer seguimento rigoroso
dos protocolos de reprocessamento para atingir o padrão estipulado nos métodos para esterilização
dos dialisadores. Desta forma, se faz necessário seguir algumas orientações de segurança para
minimizar os riscos inerentes relacionados à reutilização de capilares.
Todos os trabalhadores, ao realizarem procedimentos nos pacientes, no reprocessamento
de dialisadores e linhas arteriais e venosas ou manipulação de produtos químicos, devem estar
protegidos com Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Os dialisadores e as linhas arteriais e venosas podem ser utilizadas, para o mesmo paciente,
até 20 (vinte) vezes, em reprocessamento automático em máquinas registradas na Anvisa.
É vedado o reuso de dialisadores de paciente com sorologia positiva ou desconhecida para
hepatite B, hepatite C, HIV e Covid-19.
Após a medida do volume interno das fibras, qualquer resultado indicando uma redução
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tratamento de hemodiálise
Antes de permitir o uso de um dialisador reprocessado, o profissional responsável pelo
paciente deve inspecionar: a identificação de rótulo, a integridade estrutural, as conexões
devidamente tampadas, o completo preenchimento com solução esterilizante ( para isso deve-
se verificar o nível hidroaéreo nos encabeçamentos com o dialisador em posição horizontal: os
dois encabeçamentos devem estar preenchidos, no mínimo, até a altura de dois terços) tempo
mínimo de exposição ao agente químico esterilizante (tempo de exposição de acordo com as
recomendações do fabricante) e as condições de armazenamento apropriadas.
O ácido peracético não tem pressão de vapor e sua efetividade depende do contato direto;
assim sendo, o profissional precisa confirmar se o volume de líquido desinfetante no dialisador é
suficiente para garantir o contato direto.
O capilar é montado na máquina de hemodiálise, as tampinhas dos conectores do capilar,
deverão ficar imersas em ácido peracético após a montagem do mesmo para, posteriormente,
ser utilizado na sala de reprocessamento do mesmo.
O capilar deverá ser lavado com solução de soro fisiológico até a retirada de todo o
germicida do capilar, antes do uso no paciente.
A ausência total de ácido peracético, deverá ser confirmada com o reagente especifico para
resíduo do mesmo.
Concluída a lavagem, se o início do tratamento for adiado por algum motivo, antes de iniciar
a diálise, o profissional deve testar novamente se houve um “rebote” de germicida causado pela
interrupção de dialisato ou solução salina, enquanto o dialisador estava em modo de espera.
Uma vez preparado para o uso em um paciente, o dialisador pode permanecer na máquina
por no máximo duas horas, caso ultrapasse este tempo, faz-se necessário repetir o ciclo do
reprocessamento.
Antes de ligar o paciente, no caso de reuso, o responsável pelo paciente deve verificar a lista
de verificação de segurança, que são os elementos críticos essenciais para segurança do paciente:
1. O dialisador se destina ao paciente.
2. Modelo correto do dialisador.
3. Tempo de contato com o germicida foi adequado.
4. Ausência de germicida no dialisador
5. O paciente deve participar desta verificação.
Após a hemodiálise
Ao fim da sessão, o profissional devolve o sangue contido no dialisador para o paciente, e
encaminha o mesmo para o reprocessamento. É de extrema importância, fechar as aberturas do
dialisador para evitar contaminação cruzada. O dialisador é lavado, limpo, testado, desinfetado,
inspecionado, rotulado e armazenado até o próximo uso.
5.3 Monitoramento
Eventos adversos relacionados, devem ser registrados através de notificação eletrônica
VIGIHOSP (Aplicativo de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares). É
uma ferramenta online pela qual o Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente (SVSSP),
centralizará as notificações de incidentes ou queixas sobre fatos ocorridos durante a assistência
à saúde, permitindo identificar e analisar as falhas nos processos.
Devem ser notificados dados completos do paciente, RG, circunstâncias em que ocorreu o
evento adversos, se houve dano ou não e conduta adotada. Os dados do notificador e do
notificado são sigilosos.
6. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
AGENTE AÇÃO NÃO CONFORMIDADE
Confeccionar escala diária Não se aplica
de serviço e determinar o técnico de
enfermagem que fará o
reprocessamento.
Verificar diariamente as Caso seja detectado um capilar fora da
identificações das caixas dos caixa adequada, o enfermeiro deverá verificar
Enfermeiro dializadores e respectivo conjunto onde está o capilar da mesma e reorganizar as
(linha e capilar ) dentro da caixa. caixas da sala de armazenamento do reuso.
Caso necessário, se capilar estiver sem
identificação nenhuma, o mesmo deverá ser
descartado. O enfermeiro de plantão deverá
realizar a comunicação com o enfermeiro
responsável técnico (RT), que deverá tomar
medidas para melhoria de tais intercorrências.
Inspecionar após o Caso o capilar não esteja preenchido de
reprocessamento se o volume de acordo com as normas de segurança
solução esterilizante dentro do estabelecidas acima, o mesmo não deverá ser
capilar está de acordo com as usado, encaminhar para reprocessamento.
recomendações de segurança para Montar um capilar novo para o paciente, se o
a esterilização eficaz do conjunto mesmo for dialisar imediatamente. Caso tenha
linhas e capilar. tempo suficiente, o enfermeiro deverá solicitar
o técnico de enfermagem escalado para novo
Enfermeiro reprocessamento do mesmo.
Realizar teste da Caso não atenda o título estabelecido
concentração da solução nas normas, a solução deverá ser desprezada.
esterilizante após ser diluida para o
reprocessamento, com fita teste
apropriada e marcar na folha
controle (anexo A) .
Realizar dupla checagem No caso de montagem de capilar
para conferência do dialisador. trocado, o mesmo deverá ser encaminhado
(dialisador certo para paciente para novo reprocessamento, em seguida
certo). montar o capilar devidamente identificado,
repetir o processo de preparo e teste para
ausência de ácido peracético.
Verificar se a máquina de Caso a máquina solicitar para
reprocessamento automático de desinfecção periódica no turno da manhã, o
dialisador está solicitando enfermeiro deverá comunicar, na passagem de
desinfecção periódica. plantão, aos enfermeiros da tarde q
necessidade de realizarem a desinfecção, com
Seguir rigorosamente as
normas de segurança descritas
acima e cada etapa da
Procedimento Operacional Padrão
(POP) Reprocessamento de
dialisadores e linhas de
hemodiálise.
Lavar o capilar para o
preparo da hemodiálise, com
solução de soro fisiológico até a
retirada de todo o germicida do
capilar, antes do uso no paciente.
Confirmar a total ausência Repetir o processo de enxague da
de ácido peracético, com o máquina conforme POP Preparo da máquina
reagente especifico para resíduo do para hemodiálise.
mesmo.
Ligar imediatamente o Concluída a lavagem, se o início do
Técnico de paciente na máquina após a tratamento for adiado por algum motivo, antes
enfermagem realização do teste negativo para de iniciar a diálise, o profissional deve testar
do reuso presença de ácido peracético. novamente se houve um “rebote” de germicida
causado pela interrupção de dialisato ou
solução salina, enquanto o dialisador estava em
modo de espera.
7. REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde – Resolução da Diretoria Colegiada - RDC N° 11, dispõe sobre os
Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Diálise e dá outras providências,
13 de março de 2014
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Gestão de riscos e investigação de eventos
adversos relacionados à assistência à saúde. Ministério da Saúde: Brasília, 2017.
Manual de Diálise de Jonh T.Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S.Ing. 5ª Edição
8. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 17/11/2020 Elaboração da Rotina Operacional Padrão (ROP) no modelo de
documentos oficiais do HC-UFTM
9. ANEXOS
A - Teste para controle de diluição de ácidos para desinfecção e esterilização de dialisadores