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Ação Previdenciária de Concessão de Pensão Por Morte: Dos Fatos E Fundamentos Jurídicos
Ação Previdenciária de Concessão de Pensão Por Morte: Dos Fatos E Fundamentos Jurídicos
JUDICIÁRIA DE
Inicialmente, cumpre salientar que a pensão por morte é um benefício pago aos
dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer, aposentado ou não, conforme
previsão expressa do art. 201, V, da Constituição Federal. Trata-se de prestação de pagamento
continuado, substituidora da remuneração do segurado falecido.[1]
As regras gerais sobre a pensão por morte estão disciplinadas pelos arts. 74 a 79 da lei
8.213/91, com as alterações promovidas pelas leis 13.135, 13.146 e 13.138/2015, e arts. 105 a
115 do Decreto 3.048/99.
Nos termos do art. 16, inciso I, da Lei 8.213/91, é beneficiário do Regime Geral da
Previdência Social na condição de dependente do segurado o FILHO NÃO EMANCIPADO DE
QUALQUER CONDIÇÃO, MENOR DE 21 (vinte um) ANOS. Além disso, veja-se o que dispõe o § 4º
do artigo citado:
Ocorre que, em razão das moléstias que a acometiam na época, a falecida começou a
ter dificuldades de desempenhar suas atividades laborativas, fato que motivou a perda de
diversos clientes, ficando desempregada posteriormente.
${informacao_generica}
Aliado a isso, destaque-se que a causa do óbito foi NEOPLASIA MALIGNA DOS
BRÔNQUIOS E PULMÃO, de modo que muito dificilmente a extinta possuiria condições de
exercer atividades laborativas no ano que antecedeu seu óbito.
Quanto à data de início do benefício, considerando o disposto no art. 74, inciso I, da Lei
8.213/91, o benefício deverá ser concedido desde a data do óbito, ocorrido em $
{data_generica}.
Ademais, tendo em vista que o óbito do segurado ocorreu após vertidas mais de dezoito
contribuições mensais e que a menor ${informacao_generica} possuía 13 anos na data do
falecimento de seu genitor (vide carteira de identidade anexa), o benefício deve ser concedido
até que a mesma complete 21 anos completos.
Em cumprimento ao art. 319, inciso VII do CPC/2015, a parte Autora vem informar que
não há interesse na realização de audiência de conciliação ou de mediação, haja vista a
iminente ineficácia do procedimento e a necessidade de que ambas as partes dispensem a sua
realização, conforme previsto no art. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.
PEDIDOS
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Cristiano Dos Anjos Porfirio
OAB/RJ 231.487
[1] LAZZARI, João Batista. CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito
Previdenciário. Rio de Janeiro: Forense, 2016. p. 819.