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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Química Tecnológica
Laboratório de Termodinâmica
Departamento de Química

Operações de Medida e
Notação Científica

Autoras: Amanda Damasceno


Thaís Freitas Ramos

Orientadora: Patrícia

Belo Horizonte, 29 de março de 2022


Objetivo
Tal experimento tem como pensamento primordial a incerteza das medições
laboratoriais. Contudo, é descrito maneiras nas quais se devem observar, anotar e
calcular as medidas em diversas vidrarias. Por finalidade, descobrir o restringimento
de cada instrumento utilizado, além de descrever e calcular corretamente a notação.

Introdução
Processos aleatórios são quaisquer fenômenos que, a partir de condições
predeterminadas, possuem diferentes resultados (VOULO el at 1996). Na
termodinâmica, convivemos com um princípio básico no qual consiste que “não se
pode medir uma grandeza física com precisão absoluta”, ou seja, nenhuma medição
é 100% correta.
Contudo, chama-se valor verdadeiro o valor que seria obtido se a medição da
grandeza fosse feita de maneira perfeita e com instrumentos perfeitos. Por isso,
deve-se necessariamente associar um erro ou desvio ao valor de qualquer medida.
Ademais, por meio de cálculos, podemos, com mais exatidão, alcançarmos os
resultados esperados. Tais cálculos, como do erro relativo e erro absoluto, são
indispensáveis no laboratório.

Procedimento experimental
Parte A - Anotações de volume em diferentes utensílios
Utilizando uma bureta de 50 mL, uma proveta de 50 mL, uma pipeta graduada de 5
mL e um balão volumétrico de 250 mL, semelhantes ao da imagem 1, anotar o
máximo volume obtido juntamente do desvio padrão da vidraria.

Imagem 1: Vidrarias utilizadas


Fonte (autoria própria)

Parte B - Diferença de volume obtido


Em uma proveta de 100 mL, medir 50 mL de solução de fenolftaleína e adicioná-la
completamente em um balão volumétrico com volume idêntico ao medido de
solução. Observar, anotar, discutir e averiguar os resultados obtidos.
Parte C - Índice de erro
Meça, e anote corretamente, água destilada no volume máximo medido de uma
pipeta graduada de 10 mL, em uma bureta de 10 mL e em uma proveta de 20 mL,
em seguida transfira todas as medidas coletadas para uma proveta de 100 mL.
Calcule o volume total, juntamente do desvio, das três primeiras vidrarias somadas.
Anote o volume obtido na proveta sem esquecer seu desvio padrão. Por fim,
compará-las e explicar eventuais diferenças obtidas entre elas.

Parte D - Erro relativo do volume


Em uma proveta de 50 mL, acrescente, no seu volume máximo medido, água
destilada e a reserve. Pegue um béquer de 100 mL, pese-o numa balança analítica
e anote. Em seguida, transfira o líquido da proveta para o béquer e pese
novamente. Calcule a massa e meça a temperatura da água. A partir do resultado,
obtenha a densidade na tabela 1 abaixo. Calcule o volume contido no béquer e
compare-o com o medido na proveta

Tabela 1 - Densidade da água em várias temperaturas (1atm)


Fonte tabela 2.2 da Apostila do Curso Prático de Termodinâmica Química

Posteriormente, calcule o erro relativo da massa (Er m), o erro relativo da densidade
(Erd), o erro relativo do volume (Erv) e o erro absoluto do volume (Eav).

Erm = erro do instrumento de medição / medida encontrada


Erd = erro do instrumento de medição / medida encontrada
Erv = Erm + Erd
Eav = Erv . v

Resultados e Discussões
Parte A:
Instrumento Volume (mL)

Bureta (50,00 ± 0,05) mL

Proveta (50,0 ± 0,5) mL

Pipeta Graduada (5,000 ± 0,025) mL

Balão Volumétrico (250,00 ± 0,12) mL


Parte B:
Instrumento Volume (mL) Medição (mL

Proveta (50,0 ± 0,5) mL 50 mL

Balão Volumétrico (50,00 ± 0,05) mL ± 40 mL

Ao fazer a medição na proveta e transferir o líquido para o balão volumétrico, é


possível notar que houve uma diferença de ± 10 mL do líquido usado, essa
diferença ocorreu devido a precisão de cada vidraria utilizada.

Parte C:
Volume (mL) Instrumento Notação

Dez Pipeta Graduada (10,00 ± 0,05) mL

Dez Bureta (10,00 ± 0,05) mL

Vinte Proveta (20,0 ± 0,5) mL

Total - (40,0 ± 0,6) mL

O volume observado na proveta de 100 mL após a medição de água através das


vidrarias foi de (40,5 ± 0,5) mL, havendo uma eventual diferença do somatório dos
volumes das vidrarias, isso ocorreu devido a utilização de vidrarias para medição
aproximada de volume como a proveta e a pipeta graduada e de uma vidraria para
medição precisa como a bureta, nota-se que essa diferença aconteceu pela
precisão de cada vidraria, sendo assim, o mais preciso foi o valor encontrado no
somatório das vidrarias e não o que o foi observado na proveta de 100 mL.

Parte D:
Proveta 50 mL (50,0 ± 0,5) mL

Temperatura (27,0 ± 0,5) º C

Peso (49,0002 ± 0,0005) g

0,0005
Volume de água no béquer: Erm= → 1,0204 x 10-3
49,0002
0,0005
Erd= → 5,0175 x 10-4
0,9965
Erv= 1,0204 x 10 -3 +5,0175 x 10 -4
Erv= 1,5220 x 10 -3
m 49,0002
V= → → 49,17
d 0,9965
Eav= 1,5221 x 10-3 x 49,17
Eav= 7,4845 x10-2 → 0,074
Volume de água= (49,17 ± 0,07) mL

Ao realizar o cálculo observamos que o volume de água no béquer foi menor que o
volume medido na proveta, sendo assim, foi notado que o volume observado na
proveta não é exato, pois a vidraria serve para medir aproximadamente o volume.
No entanto, o cálculo se torna mais preciso para a questão.

Conclusão
A prática realizada teve como foco a demonstração das incertezas das vidrarias,
como calcular erro relativo e erro absoluto, propagação de erros e instrumentos para
medição de volume, massa e temperatura, onde foi mostrado de forma experimental
os conceitos de exatidão e precisão. Observou-se a variação de volume entre as
vidrarias, a diferença de massas, constatando que devemos fazer as medições com
maior precisão e junto a medição anotar as limitações dos instrumentos, de modo
que reflita corretamente essa medição. Com a realização dessa prática foi
observado valores próximos dos demais grupos, sendo possível analisar que as
vidrarias tem diferentes precisões, mesmo ao utilizar instrumentos com volumes
diferentes, sendo assim, os valores obtidos não serão de fato um valor exato.

Referências bibliográficas

● Apostila do Curso Prático de Termodinâmica Química


● https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-da-bahia/
quimica-geral/relatorio-termodinamica/4400869
● Voulo, J. H., Fundamentos da Teoria de Erros, 2ª ed., São Paulo: Edgard
Blucher, 1996. p. 1

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