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Robert cresceu sob a influência de duas figuras paternas, o seu pai biológico e o
pai do seu amigo Mike. O primeiro era muito inteligente e instruído, tinha Ph.D.
e sempre foi um destaque no meio acadêmico. O outro nunca concluiu o ensino
médio. Ambos foram homens bem-sucedidos em suas carreiras, trabalharam
arduamente durante toda a vida e obtiveram rendas consideráveis. Contudo, um
sempre passou por dificuldades financeiras, enquanto o outro se tornou o homem
mais rico do Havaí. O interessante é que ambos acreditavam firmemente na
instrução, mas não sugeriram o mesmo tipo de estudo. Eles tinham ideias muito
diferentes sobre o dinheiro, então Robert ouvia o conselho dos dois e refletia- se
sobre eles. Esse processo se mostrou valioso ao longo prazo, pois aprendeu a
pensar por si mesmo para tomar as melhores decisões. Um dos pais costumava
falar: “Não posso comprar isso”. Por outro lado, o outro proibia o uso dessas
palavras. Ele insistia que Robert falasse: “O que eu posso fazer para comprar
isso?” O pai rico explicava que, ao dizer automaticamente que não pode comprar
algo, o seu cérebro parava de se esforçar. Entretanto, o ideal é fazer uma
pergunta que te faça pensar em alternativas. O objetivo desse exercício não é se
entregar aos desejos consumistas, mas treinar a nossa mente, o computador mais
poderoso do mundo. O fato de um dos pais exercitar a inteligência sobre o
dinheiro, enquanto o outro não, fez com que um deles ficasse financeiramente
mais forte, e o outro mais fraco. Os dois pais tinham atitudes mentais diferentes.
Um deles recomendava que Robert estudasse arduamente para poder trabalhar
em uma boa empresa, enquanto o outro recomendava que ele estudasse para
conseguir comprar uma boa empresa. Um dos pais dizia: “Não sou rico porque
tenho filhos”. O outro: “Tenho que ser rico por causa de vocês, meus filhos.”
Portanto, diante dessas diferenças, Robert Kiyosaki decidiu dar ouvidos ao pai
rico, mesmo que o outro tivesse os títulos universitários.
Saia da Corrida dos Ratos
Segundo o pai rico, a maioria das pessoas tem preço. E isso por causa de duas
desejo as leva a pensar nas coisas maravilhosas que poderiam ser compradas. Por
isso, suas vidas se resumem em acordar, ir para o trabalho, pagar contas, acordar,
ir para o trabalho, pagar contas. Nesse sentido, a vida das pessoas é eternamente
que ele chamava de Corrida dos Ratos. Mas, a questão que surge é: como sair da
Corrida dos Ratos? O primeiro passo é falar a verdade. Devemos refletir sobre
nossas emoções e ser sinceros sobre o que estamos sentindo. Em vez de enfrentar
usam suas mentes. Então, elas se veem com alguns dólares na mão e novamente
que não devemos evitar as emoções, pois são elas que nos tornam humanos. Na
verdade, devemos observá-las e não reagir a elas e usar nossa mente ao nosso
favor, não contra. Ele também falava que é a ignorância sobre o dinheiro que
funciona e como ele afeta toda a economia, elas não seriam mais reféns de suas
porque, sem o conhecimento, você também vai acumular mais gastos e continuar
Segundo Robert Kiyosaki, se você deseja ser rico, precisa entender a diferença
entre um ativo e um passivo e comprar ativos. O pai rico dizia que ativo é aquilo
que coloca dinheiro no seu bolso. O passivo o tira. “Os ricos adquirem
ativos. As classes média e baixa adquirem passivos pensando que são
ativos”.
Pai Rico
Por exemplo, a maioria das pessoas considera que a sua casa é o seu maior
investimento e a realização de um sonho. Contudo, apesar de todo o valor
sentimental, um imóvel tira dinheiro do nosso bolso, não coloca. O autor não
quer nos desincentivar a comprar uma casa, mas apenas quer que reconheçamos a
diferença entre os conceitos. A única forma de o seu imóvel se tornar um ativo é
se você colocá-lo para alugar. Nesse sentido, seu carro, o financiamento que você
fez e a fatura do seu cartão de crédito são passivos. Por outro lado, os ativos
são as ações, os imóveis (que geram renda), os títulos, as propriedades
intelectuais etc. Pois, por meio deles, você recebe o aluguel, os dividendos, os
juros e os royalties.
A fórmula da riqueza é simples, mas as pessoas não a seguem porque não sabem
diferenciar esses dois conceitos. Depois de entender as definições, tudo fica mais
simples, pois, se quisermos ser ricos, basta passar a vida comprando ativos. Por
outro lado, se quisermos ser pobres ou pertencer à classe média, é só adquirir
passivos. Em complemento ao tópico anterior, ganhar mais dinheiro não resolve
nossos problemas. As pessoas não são/ficam pobres por não ganharem dinheiro,
mas porque passam a vida comprando passivos em vez de ativos.
O que falta em nossa educação não é saber como ganhar dinheiro, mas como
gastá-lo. É o que se chama de aptidão financeira – o que você faz com o dinheiro
depois que ganha, quanto tempo você o conserva e o quanto dele trabalha para
você. Mas, à medida que nossos ativos crescem, como medir a extensão no nosso
sucesso? Robert cita uma frase que pode elucidar essa questão. “A riqueza é a
capacidade de uma pessoa sobreviver pelos dias que virão – ou, se
parar de trabalhar hoje, por quanto tempo poderá sobreviver?”
Buckminster Fuller Portanto, se construirmos um patrimônio que gere uma
renda que cubra todos os nossos gastos, seremos abastados. Ainda não seremos
ricos, mas estaremos aparados. Caso continuemos investindo em ativos geradores
de renda de modo que esta seja maior que nossas despesas, então poderemos
investir esse excedente em mais ativos. O autor diz que esse processo é como
plantar uma árvore. Você rega durante anos e, então, um dia, ela não precisa mais
disso. Suas raízes são suficientemente profundas. Então, a árvore lhe proporciona
sombra ao seu bel-prazer. Robert defende a ideia de que se queremos adquirir um
passivo, devemos antes investir em ativos que gerem o valor suficiente para
financiar nossos desejos.
Em breve, Pai Rico, Pai Pobre vai completar 1/4 de século desde sua publicação.
Contudo, ele continua tão, ou até mais, atual quanto na época em que foi escrito
por Robert Kiyosaki. Quando eu li esse livro pela primeira vez, minha mente
abriu para questões financeiras. Hoje, sem dúvida, o dinheiro é um aliado, não
um vilão. Então, busco todos os dias fazer dele um empregado, não um patrão.