You are on page 1of 26
DANIEL BELL O ADVENTO DA SOCIEDADE POS-INDUSTRIAL uma tentativa de previsio social Tradugio de Hetovsa pe Lima Danras EDITORA CULTRIX SiO PAULO INTRODUGAO Este € uum easaio de previsio social, Pode alguém, entretanto, predizer 0 futuro? A pergunia ¢ insidiosa. A resposta é “nao”, ainda ue seja apenas pelo motivo ldgico de nio existir isso que chamamos *. Usar ra desta mancira é reificéda, & admitir i Apalavra fuiuro é um de alguma coisa,? Este ensaio trata do futuro das 5 adiantadas, A previsio difere da predigéo. Embora arbitréria, essa distinggo deve ficar estabelecda, AS predig6es geralmente lidam com acontec. mentos — quem ganharé uma elei¢éo, entraré ou nfo um pas em + quem vencerd a guerra, 2 especiicagéo de um novo invento; elas giram em torno de decisées. Essas predigées, contudo, embora do podem ser formalizadas, ist i AA predicaio dos tos ¢ inerentement: mentos constituem a 1. Em seu enssio, “Has Futurology a Future?” Robett Nisbet escreveu: “A esséncia da fututlogin & estar 0 futuro eontido no presente, al ‘como 0 sido, .. a futurol de que a centinuidede do tempo 2 continuidade dos acomtecimentes.” Encounter (Novembro 1971, original). Aproveitando ut velho provérbio russo, o serhor et batendo grupo de metéfous — 0 futuro, 0 apreiel, nem usd a palaa futurlogis; atase de um pelavra essencimente destufda de sentido, 2. Trainse de uma confesio corrquei. Por exemiplo; ouvese falar muitis Yezs em conscdacia, ou despertar da consiéncia, No entaato, como observon Wiliam Jams bi jf mui tempo, nio existe contiéni, e.sin apenas coos. gitacia de alguma coisa. Ver “The Stream of Consconsress” cap. 2 de Peycho. tgp The Bricfer Course rane, 1561; publicado pela primeira vez em ub press6es, ¢ assim por diante). Embora seja possivel, até certo ponto, deter idualmente a forca de cada um uma “fisica social” para predizer com exatiddo os pontos de convergéncia onde as decisdes ¢ as forcas se combinam, n: Para constituir 0 acontecimento como também, 0 que € mais tuir os sous resultados. A predigéo, por conseguinte (e a Kremlinologia representa um excelente exemp! Parte uma fungio do conhecimento intimo ¢ pormenorizado, e de um Julgamento decorrente de um prolongado envolvimento na’ situagio. A previsio é possivel sempre que existam re rénclas de fenémenos (raras) ou quando existam tentes, cuja direcao, quando nfo a exata trajetéi ser assinalada mediante séries de tempo estatisticas ‘ou de ser formu- Jndas como tendéncias historicas. Necessariamente, entretanto, lida: mos com probabilidades ou com um arranjo das possiveis projegées. Mas so também evidentes as limitages da previsio. Quanto mais Jonge se chega no tempo com um conjunto de previsées, maior € a susceplivel de! margem de err0s, pois 0 leque das projegdes vaise abrindo. © que € ainda mais importante, nos pontos cruciais exsas tendéncias ficam sajeitas a opsdes (c nas sociedades modemas essas O9Gbes Vao-se trans formando cada vez mais em intervencdes conscientes dos homens que detem 0 poder) ¢ a decisio (a acelerar, desviar ou mudar o Tumo das tendéncias) representa uma intervensao politica capaz de muda todo o rumo da histéria de um pais ou de uma instituicao. Em outras palavras: a previsdo s6 € possivel quando se pode supor um alto grau de racionalidade por parte dos homens que int fiuenciam os acontecimentos — 0 reconhecimento dos custos € cocr- $8es, a accitagao geral ou a definicdo das regras do jogo, 0 acordo quanto a seguir as rogras, 0 desejo de coeréucia, Desta maneira, ‘mesmo que haja um conflito, a situagio poderd ser acertada medi trocas € negociagées, desde que se conheca a relagao dos custos aceie taveis e a ordem de prioridades de cada um dos partidos. Todavia, em muitas situagdes humanas — e particularmeate em politica — os privilégios e preconceitos esto em jogo, sendo baixo 0 gra de racio- nalidade ou de coeréncia Que valor tém entio as previs6es? Embora nio possam predizer 08 resultados, elas so capazes de especificar as coergdes, ow limites, dentro dos quais as decisses politicas se tornaram efetivas. Conside- randose o desejo que tém os homens de controlar sua hist6ria, isto Tepresenta claramente uma vantagem no sentido de uma autocons- ciéncia social A previsio tem vérias modalidades diferentes. A. prefigurasao social difere das outras quanto ao escopo © As A diferenca ‘nis importante est no fato de que as varldvels soclologicas S80 em geral as varliveis independentes ow exégenas que afetam o comporta: 16 mento das outras varidveis. E, muito embora seu raio de acko sejao mais amplo — e sejam potencialmente as mais poderosas, se compa- radas ds das outras modalidades de previsdo — elas sig as menos precisas, Um ripido exame dessas diversas modalidades de visio poderé flustrar 0 que esid em jogo. A previsdo tecnolégica lida com classes de transformacao ou per- mutagies ¢ combinagdes de fatores dentro das classes de acenieci- ‘mentos. Assim como nio se podem prever acontecimentos, tai njjo se podem prever as invengdes especificas. possivel, entre prefigurar a seqiiéncia necessiria dos passos numa sucessio de formacdes no interior de um sistema fechado. Desta maneira, é pos- sivel projetar as curvas de tendéncia da velocidade — fator’ impor tante nos transportes — desde 0s jatos até as velocidades super- sonicas; podemos tomar os dados de um computador, extrapolar 0 préximo nivel de capacidades e ajustar estas tltimas a “curvas de ia’.8 E possivel fazer essas projecdes, porque a tecnologia tros finitos, definidos por pressbes fisicas. Assim, a velo- cidade maxima sobre a terra & de 16000 milhas por hora; as. veloci ficamos limitados pelo carater das unidades transmissoras: ente, os tubos de vicuo, depois os transistores ¢ atualmente integrados. Teoricamente, podemos especificar os tipos s & tragdo ow leveza) ou os processos , por exemplo) necessérios & realizacio do. préximo nivel de velocidade ou de capacidade que se tém em vista, Procuram- te em seguida esses materiais ou processos. Esta, entretanto, jé é uma ‘questo econdmica — os custos da pesquisa, a determinagio dos pos- siveis lucros, 0 dinkeiro jé investido em tecnologias ¢ aleance de mereados para os novos produtos, e assim po isto tudo permanece fora do sistema tecnolégico. A prefiguragio demogrifica — as estatisticas da populagio cons- tituem a base da maioria das andlises econdmicas e socials — é uma inacdo e um sistema fechado modifieado. © numero de eriangas nascidas em qualquer periodo de tempo em particular esta sujeito a alteragies de valores, a flutuagdes das con- digSes econémicas, etc. Porém, uma vez nascido um determinado niimero, podemos predizer, gracas as tabelas estatisticas e com um grau bastante elevado de probabilidade, 0 nimero de criangas sobre viventes e 0 indice de diminuicéo do grupo com o passar do tempo. A partir dat, podemos calcular as necessidades sociais, como edi. 3. As téenicas especificas x40 analisadss na. solo consagrada i previsio tecnolésica, no capitulo 3, 2 Ww cago, satide, etc. As decisoes originais ficam, porém, indeterminadas so de ordem sociolégica. Ha trés espécies de previsiio econdmica. A primeira no passa de um levantamento do mercado, tomando como base os dados de rend. mentos, de di Bes por idade, de formagées domésticas e as necessidades previstas, utilizados pelas firmas para prever as exi- géncias do consumidor, as proporyOes dos estoques a serem mantidos € a aceitagao de novos produtos. A segunda, ¢ a mais padronizada, € a criagdo de séries de tempo de macrovaridveis — por exemplo: vendas por atacado ¢ tabelas de pregos para o consumidor, produgao industrial, produtividade agricola, indice de desemprego, e uma cen. tena de outros itens que funcionam como indicadores ‘da atividade ‘comercial e que se combinam py dla economia, A terceira, ¢ a mais artificial, constitui o modelo eco. qual, através da definicéo da verdadeira interacio das tates varlaveis no sistema, procura simular a realidade do Mais uma vez, hé limitagdes. Os levantamentos do mercado esto sujeitos as habituais contingénei ‘se agrava quando existe um jue 0 individvo poderd adiar (na acepcao téenica e eco- ita anos anteriores, em 1960 esse indice seria de 140. Contudo, o indice real em 196) foi de cerea de 400, Durante a década de 1940, ocorreu uma quebra ¢e sistema pro- vocada pelas vastas exigtncias do tempo de guerra, pela perda da forga humana de trabalho © pela revolusio na tecnologia agratia, gracas aos novos fertilizantes. O resultado por hora de trabalho hu ‘mano quase quadruplicou durante as décadas de 40 e 50, tendo havido 1p0 uma grande reduc&o no ntimero de fazendas ¢ uma do para as cidades depols da guerra.4 O modelo econo- vantagem de ser um sistema fechado, mas seus para- metros finitos séo estabelecidos pelo analista e nio por leis fisicas. Suas dificuldades, evidentemente, estio na identificacéo coreta das Varidveis relevantes e da ordem exata em que elas interagem, de modo a se poder representar 0 verdadeiro fluxo econdmico. 0 mo- 4, © exemplo foi extraido de Kenneth Boulding: “Expecting the Unex: pected: The Uncertain Future of Knovledge and Technology”, in’ Prospective Changes ix Society by 1980, Designing Education for the Futute, vol. 1 (Colorido Department of Educttion, 1946). 18 delo Brookings, que faz previsdes trimestrais, completado em 1965, contém mais de 300 equag6es e variiveis endogenas e mais de 100 variéveis exégenas — ¢ nesta altura os autores conchucm que “tendo examinado o sistema de equacéo composta, o leitor veria claramente que a tarefa de construir um modelo econométrico trimestral em grande escala para a economia dos Estados Unidos est apenas come- gando”. © A previsao politica é a mais indeterminada de todas. Em algumas Estados Unidos ou que de cinco em cinco anos haverd pelo menos fato ndo destituido de tanto, as questées politicas mais importantes conflito, nas quais os atores principais sio oped a ser feita. Eo grau em que séo levadas av: politicas mais decisivas depende muitas vezes das qui ranga e de fora de vontade; esses as facilmente calculdveis, sobretudo nas 5._ The Brookings Quarterly Econometric Model of tbe James S. Duesenberry, Gary Fromm, Lawrence R. Klein ¢ ,, 1965), . 734. : FPO ics cds ain cx 36 unt oto ea canst Oona Input, cme 8 demande do cng odeabra ¢ castmento, dezoito vatiéves; constmgio de habi- iaveis; comércio exterior, 9 varidveis, etc.) Ver cap. 18. “The Com- “Approximation” States, os. Kuh! (Chi ‘Minsk comprar alguns ‘ce algodio para. me coupe dgns rips de, taste lo ba gos de siglo, do todo. que pars gue mente"? que val a Miask compra 19 poem em agio novas alavancas de transformagao social, e as mu dangas projeladas nas principais estruturas sodiais. A mais comum, sobretudo tratandose de provisdes para perfodos curtos, é a projecio de indicadores sociais: indices criminais, o ntimero de individuos que deverao ser educados, dados sobre sade e morta lidade, migragao © outros. Mas esses dados apresentam sérias des. ‘s. Em primelo muitos indicadores or excmplo, 20 al s, de estupros, assaltos, arrombamentos, roubos de carros, etc., mas esses algarismos no $40 ponderados © no tem uma medida comum. Pe una medida comum calculada em délares, e pode-se computar diversos tipos de compras numa tabela de precos para 0 consumider. Mas como ela: borar um indice comum para o crime, ou uma tabela geral para a satide ou para a cxtenso da educagio? A segunda dificuldade esté mesmo dispondo de indices suficientemente desti- idade, os perfodos de tempo em que sio colhidos os dados sio muito curtos, ¢ néo sabemos quio significativas sejam algumas das mudancas. ‘(Por exemplo: a redugéo da idade para 0 casamento, iniciada cm meados da década de 50, parece terse inter. rompido por volta de 1970 e até mesmo haver retrocedido. Quanto 05 fadices de divércio, estarao os nimeros aumentando oi limitaram. se 05 indices a se?) Em terceiro lugar, ndo sabemos com exatiddo © que se relaciona com 0 que, e como.’ De um modo geral, sabemos que a segregasio residencial das ragas ¢ das classes aumenta a disparidade das capacidades educacionais; que ae proporgées © 0 cardter da educagio afeta as opcdes de trabalho e a mobilidade social na sociedade; que existem cortelagdes entre a migragdo macica e os indices de criminalidade. Mas nao dispomos de um “modelo” de socie- dade andilogo a0 nosso modelo de economia; faltanos portanto pre- cisdo quando relacionamos uns aos outros os indices de mudanga social. 7 As mudaneas de valores ¢ aparecimento de novos processos sociais anunciam modificagdes fundamentais na organizagao da socie- dade, © seu curso pode ser tragado, em linbas gerai tempo histérico. A Democracia na em 1835, € uma obra poderosa que ainda nos nela o autor identificou uma das forcas “irresist tais para a transformagao da socieda: ipulso para a igualdade. 7. Para um exame geral di anilse das tendéncias sociais, consultar Otis Dudley Duncan, "Social Forcing: The Sate of the An”, The Publi: Interest, 2 17 (outono, 1969). 20 Em moldes diferentes, Max Weber identificou 0 processo de burocra- tizacdo como fator de mudanca da organizacSo e das estruturas admi- nistrativas da sociedade, mas ele também viu esta mudanga — que ua msneira’de viver no trabalho e as relagéee sociais os membros da sociedade como parte de um proceso mais universal da racionalizagao de toda a vida na sociedade mo- derna.® tensves sociais inte estes ultimos cento e cinglenta anos, foram revelando suas falhas na politica ¢ na estrutura sociedade indusirial. Langando um percebese que 0 desejo de uma maior ‘organizagées que controlam a vida firmas comerciais) e a crescente (profissionalizagio, meritocracia) cons! flitos sociais. Mas a identificacao das “chaves” hist6ricas € bastante complicads. Hoje em dia, é moda ler en s tendéncias sociais, ou nos receates que talvez nio se encontrem nessas tendéncias ou movimentos, ou que sio rapidamente el das transformacées na moda intelectual & com fre- giieneia que nos outros campos). Existem, por conseguinte, poucos guias seguros com relagaio aos qu: @ processes constitiem pon Sem isto — ou pelo menos evitando qualquer apr = voltamo-nos para as mudancas nas estruturas sociais. ruturas sociais sao as maneiras segundo ges primordiais que ordenam a cxi do pats, mnls esta caracterfs- € ptadualmente, sob o aspecto formal, 2 este ) a um estado federal para um politicamente centralizado, representam. transformagées fundamentais nas estruturas sociais. Como esses arca- tural, eles tendem sempre a crescer, sendo Por este motivo, podem ser mais pron- ficados. Contudo, as mudangas nos arcabougos se fazem em grande escala e nio nos permitem especificar com exatidao os pormenores de um futuro conjunto de disposigies sociais. Enquanto festfo.se precessando, essas mudangas nfo nos permitem predizer 0 futuro, mas apenas identificar uma “agenda de questdes” com que a socledade se defrontard e que terdo de ser resolvidas. Esta agenda € que pode ser prevista, ‘A concepcio da sociedade’pés-industrisl, que constitui o tema deste iro, & uma presto social reerente a ‘un mudanga ma estar ial da sociedade ocidental. UMA DIGRESSAO METODOLOGICA As estruturas socizis nfo s sim esquematizagées conc tecimentos ¢ a sociedade uma teia de relagves conhecidas nao apenas p% distinedo entre matérias de fato e matérias de rela realidade social, fluxo de acon: ..0 conhecimento, correta entre a a experiéncia, a ordem fatual como combinacio das duas, depende da seqiiénci ordem fatual © a ordem légica. Pat ‘vem em primeiro lugar; para o significado, a ordem Iégica. A mente conhece a natureza pela descoberta de uma linguagem qualquer, na qual possa expressar um padrio subjacente. De modo que o conhe- cimento é uma funcSo das categorias que utilizamos para estabelecer os relacionamentos, tal como na arte a percepeio é uma fungio das ‘convencies que aceitamos para ver as coisas “corretamente”. Como disse Einstein certa vez: “A teoria é que decide o que podemos observar.” ® Nomen est nomear ¢ conhecer, diz uma antiga méxima. iporinea da ciéncis, nomen nio sio simples nomes, de complexa e os retine sob uma laridades e as diferencas. esquema conceitual nao é subrica comum, a fim de distingui Como expediente l6gico ¢ ordenador verdadeiro nem falso, mas apenas 9. Citado in Physics and Beyond: Encounters and Conversations, de Werner Heiseiberg (Nova Torque, 1971), p. 63. 22 intuito 6 restaurar parte da capacidade de informagdo de modalidades mais antigas de andlise social. Colocar um problema, como observou Dewey, é a maneira mais efetiva de influenciar o raciocinio subseqiiente. Marx colocou 0 pro- 1a de como definir a sociedad, postulando a idégia de uma subes- tura baseada em relagées econdmicas e de uma superestrutura por determinada. Os autores subseqiientes inverteram a relacio, insis na primazia dos fatores ideolégicos, quando a convencio passou a ser aceita, todos es fatores ¢ negaram a primazia de qualquer deles. Assim, 0 ataque & teoria de uma causa tinica terminou negando uma teoria geral de uma causagio social e até mesmo 0 esforgo visando a procurar primazias, Como disse um socislogo: “A teoria contemporanea dos sistemas encara a sociedade como um sistema total nio-agresado, cuja natureza dinimica decorre da interagio dos subsistemas que a compoem e que atuain uns sobre os outros, assim como sobre © ambiente externo.” 30 Postulase um conjunto de subsistemas — 0 educacic ‘apacional, o politico, 0 religioso, a socializagio — que se influenciam mutuamente; contudo, no existem indfeios que apontem 0 mais importante, ou por qué. Tudo se dissolve em forgas interatuantes. ‘A nogo de principios e estruturas axiais constitui um esforco no sentido de esp , mio a eatisagio (0 que 86 poderia ser feito através de uma teoria dos relacionamentos empiticos), mas sim a centralidade. Ao buscar @ Tesposta para a pergunta sobre como uma sociedadle se_mantér de um esquema se dispoem as out ‘ataram a interacé ¢ estruturas axiais. Assim, toda a estrutura interpreta” nuidade da sociedade fran- —a éniase dada 2 cesa antes e depois da Revolucio — tem como base uma estrutura axial, a centralizaglio da administragio nas mios do Estado. Em Democracia na América, x igualéade & o principio axial que explica 2 difusio do sentimento’ democrit Max Weber, 0 processo de raci mental para a compreensio da mu: que passou da sociedade tradicional para a moderna: avaliagdio re ional, tecnologia racional, ética econdmica racionalista e a raciona- Buckley, Sociology and Modern Systems Theory (Englewood 57), pp. 4243, passim. 23 lizagio da maneira de viver.11 Para Marx, a producio de bens de consumo constitui 0 principio axial do capitalismo, tal como a firma comercial é a sua estrutura axial; e para Raymond Aron, a tcenologia da maquina € 0 prinefpio axi sociedade industrial e a filbrica a sua estrutura axial, Os prismas conceituais sio ordens 16 & ordem fatual. Cor plexa ¢ divers: as impostas pelo anslista ‘ual é extremamente com- iitas ordens Idgicas diferentes — cada qual com io axial — podem ser impostas ao mesmo tempo ra social, dependendo dos problemas que temos em vista. Uma das falhas do pensames os séculos XVIII e XIX, foi o seu estava “ali adiante” e 0 linico probl em chegar a uma reflexdio verdadeira sobre ela, sem distorgdes provocadas por tendén cias, hdbitos, preconceitos inculeados e assim por Wiante. (Na formu: lagdo cldssica de Francis Bacon, as distorcées eram causadas pelos idolos da tribo, pelos fdolos da caverna, pelos {dolos da praca do mercado e pelos idolos do teatro.) Ora, 0 mapeamento do mundo social foi concebido & maneira de uma projecdo Mercator, na qual © mapa é desenbado como um “plano’, em nada diferente de um pro. Por um arquiteto, onde o ponta de vista se encontra to €: no nos colocamos em nenhum ponto em parti- 10, capitalismo e sociali uma seqiiéncia de esquemas conceituais, na concepgo marxista, acom- Fanhando 0 eixo das relagées de propriedade, As expresses soviedade Industrial, préindustrial e pésindustrial sio seqiiéncias conceituais a0 11. Quanto i formulugio de Weter, consultar a General Economie History (Londres, 3.d.), cap. 30, esp. p, 354, 12. ' Para ‘uma ilustragao ciara dessas Richard Edes Harson, Look et he World (Nowa 24 ver ot bole mipas de que, 1944). 7 longo do eixo da produgdio e dos tipos de conhecimento utilizados. Dependendo do eixo, podemos destacar as semelhangas ou as dife- Tengas. Assim, ao longo do eixo da propriedade, hi uma relagao con traditéria entre 0s Estados Unidos e a Unigo de que aquel sociedade so rmanecer na dependéncia exclusiva de um jo de convergéncia ou de conflito inerente; poderemos, pelo io, especificar os eixos de rotac: es. Desta maneira, podese ‘como por exemplo o determinismo tecnolégico, a0 explicar a transformagao social ¢, nfo obstan icularizar ica fundamental dentro de um determinado mas destacase a (do}.. Fica-se igual mente apto a criar um principio de “complementaridade” na explicacao social, 15 AS DIMENSOES DA SOCIEDADE POS.INDUSTRIAL Analiticamente, a sociedade pode ser dividida em trés to na transferéncia de um conceito decorrente saralmente pata outro campo, e as Cignciat Socials, em particular, témse prejudiado devido a nor. Por exemple, ‘pelo 3 estrutura € fi lade foi um termo usado por rio da luz como onda © como particula; mas, de 0 fisico Gerald Holton, Dor perebea que esse pri: se a muitos fenémenos da matureza ¢ da socedat Social Change: A Stock taking, que preparei para a Russell Sige Found ser publicada em 1974, Uma’ mancica diferente de usar os esquemas conceituais spurs em The Seca! Frameworks of Knowledge, de Georges Gurvitch (Oxtord, de sociologia fo por Max Scheler em seu Die Wissenformen snd do conhecimer die Gesellschaje 25 economia, a tecnologia e o sistema ocupacional. A politica rege a de cusios,capacidade' de substi ‘axial da politica moderna é a par -ontrolado, por vezes exigido de baixo para cima. O pr da cultura é 0 desejo de realizardo ¢ de aprimoramento passado, estas trés areas encontravam-se ligadas por um comum de valores (¢ na sociedade burguesa, através de uma esirutura comum de carter). Em nossa época, porém, tem havido uma crescente disjungéo das trés e, por motivos que sero analisados no Apéndice, essa disjungéo iré amplian: ie pésindustrial lida sobretudo com as mu dangas na estrutura social\ com a maneira segundo a qual 2 economia esta sendo transformadd e como esta sendo remanejado o sistema ‘ocupacional, € com 2s novas relacoes entre a teorla © o empirismo, larmente entre a citncia e a tecnologia. Essas mudangas podem fcamente demonstradas, como procuro fazer neste livro. Mas na estrutura social deter . Pelo com social — particularmente a estrutura social funcées planejadas de modo a coordenar as ages dos para a realizaco de fins especificos. As fungces 2m os individuos, cléncla e a cada vez maior. ¢sp* partes muito definidss. Contudo, nio ficou claro se os indi comegam a se dei is como fizeram os que ingressaram no sistema fabri aiienta anos. Em segundo lugar, as mudangas na estrutura soci blemas de ordem “administrativa” para o sistema sociedade que se vai tornando cada vez mais consciente de seus des inos ¢ que procura controlar sua prépria sorte, a ordem politica ad- quire necessariamente uma suprema importancia. Pelo fato de acentuar a importincia do componente téenico do conhecimento, a sociedade pés-industrial forca os hierofantes da nova sociedade — os 26 eo cnetiet cientistas, engenheiros ¢ tecrocratas — a competir com os politicos ‘ou a se tornarem seus aliados. 0 relacionamento entre a estrutura social e a ordem politica passa desta maneira a representar um dos principais problemas do poder numa sociedade pés-indust ‘mente em xeque as tendéncias ca cultura, a qual se empenha em aprimorar 0 eu ¢ se torna cada vez mais antinémica ¢ antiinstitue ional. interesse se volta sobretudo para_as_conse- cicestruturais da sociedade pésindustrial. Num esforgo central visa a celinear as mudangas que ocorrem antes de tudo na organizagio da estrutura social. “Uma eralingto demasiado ample", escreveu Alfred North co, se declare veementemente origi nto, quando eventualmente submetida a prova da realidade, se transforma numa caricatura. Por exemplo: a teoria de James Burnham sobre a revolugo administrativa, de trinta anos atrés, ou a © pro: desen- garantia de que isso venha a acontecer. As tensées e conflitos sociais, podem modificar consideravelmente uma sociedade; as guerras © recriminagdes podem destruta; as tendéncias podem desencadear um » estou ficgao, er, & qual pode-se comparar a futura realidade social com o intuito de verificar o que interferiu para modificar a sociedade, levando-a para a diregio assumida, conceito de sociedade pésindustrial é uma gene izacdio muito se espe: JT Setor econBanio: a mudanga de uma economia de produto de bens para uma de serigos;” 14. Alfred North Whitehead, Science and the Modern World (Nove Torque 1960; ediglo original 1925), : 7 Universicace do Brasitle 7 BIBLIOTECA | 4 centnlidede do conhecimento te6rko como fonte de inovagio e de formulacéo politica para a soriedade; 4 a furura: 0 controle da tecnologia e a disteibuigio tseno- 5. Tomads de decisdes: a criagio de uma nova “tecnologia intelectual”, vigos, Ha cerca de trinta anos, tons of Economie io — sendo o primirio sobretudo a agri \ dério, 2 manufatura ou a indéstria; e 0 tercidrio, os servicos. Toda | economia é uma mistura, em diferentes proporcées, desses trés setores. | rgumentou Clack entretanto que, & medida que as nagces se foram industrializando, elas seguiram uma trajetéria inevitével, através da qual, devido as diferencas setotiais na produtividade, uma proporsio da fora de trabalho se canalizou para a manufatura; e, com is, haveria uma demanda maior de ser- vigos © um deslocamento correspondente acompanhando essa prov pensio. De acordo com este critério, a primeira caracterfstica, e a mais simples, de uma sociedade pés-industrial é i nao estar a da forca de trabalho a ou A manufatura, € sim aos servicos, 0s quais iualmente, como comércio, fi- nangas, transporte, saide, pesquisa, educagao © governo, Atualmente, no mufido, um ndimero esmagador de nagdes (ver Quadros 1 2) ainda depende do setor priméi rracdo, pesca, si i nos recursos naturais. ‘Tém uma baixa produtividade e sao sujeitas a oscilagdes muito grandes da renda, das matérias-primas ¢ dos produtos as economias agrarias sfio responsive 196 da forea de trabalho. Na Europa Ocidental edo Norte, no Japio e na Unido Sovietica, a maior parte da forca de trabalho est aplicada a indistria ou & manufatura de bens. Os Estados Unidos sto, oj nag&o do mundo em que o setor de servigos ¢ responsavel da metade do niimero total de empregos e por mais de 50% duto Nacional Bruto. Tratase da primeira economia de servicas, da primeira nacio onde a maior parte da populagio nio esta absorvida Por ocupagdes de carter agririo ou industrial. Cerca de 60% da atual forga de trabalho nos Estados Unidos esti sendo absorvida pelos servicos; por volta de 1989, esse niémero tt ido usada genericamente, a expressio “servigos” corre o risco ir em erro quanto as verdadeiras tendéncias da sociedade. ‘Multas sociedades de tipo agrario, como a da india, contam com uma 28 empregos domés- ticos) porque o trabalho ¢ mal pago ¢ existe geralmente 0 subemprego. ‘Numa sociedade industrial, 0 miimero de servigos diferentes aumentar em virtude da necessidade de obter mio-de-obra mentar para a produgio; por exemplo, nos transportes ¢ na distri buicgo. {Mas numa sociedade pés-indust e satide, educagio, pes. categoria & que E € esta a categor universidades, das organizagées destinadas pesquisa, das profieeies e do governo. uma sociedade pés.industrial & nas distribuicées ocupacionais; isto as pessoas trabalham como 1, 8 ocupacio cor tante dentre os determinantes de classe e de estrai dade i ago ctiou um novo fendmeno, 0 traba- Inador semiqualificado, que seria treinado dentro de umas poucas semanas para executar as operacoes de si trabalho com as méquinas. Nas sociedad indo a eateporia rmerosa da forga io da economia de servicos, dando destaque 9 trabalho em escritérios, & educacdo € a0 gov ralmente uma mudanga de tendénclas, que s cionalismo. Nos Estados Unidos, em 1956, 0 em escritérios superou, pela primeira vez na zagio industrial, 0 mimero de operarios na estrutura ocupaci artir dat, essa’proporgao tem aumentado constantemente; em 8 proporgéo entre empregados de escritorio e operarios era de mai de cinco para quatro. Contudo, @ mudanga mais impress pregos de natureza profissional ou téen para fungdes que exigem = numa proporeaio duas milhdes de pessoas dese tipo na socicdade; em 1964, esse néimero tinha subldo para 86 milhoes € calculase que em 1975 existam 13,2 milhées de individuos téeni i dos, colocando-se em segundo lugar entre as oito di nais mais numerosas do pais, sobrepujada apenas pela 29 QUADRO 1 rabalbo wo mundo, ealeaada por continenies ¢ cconbrricos amplos Toral de ett setor tee, % de distiibuigio por (eilhées)_agrcaltora_indetsia—_servigns 1296 8 19 nr 3 20 8 % 7 % 6 i 10 7 2 8 39 a 20 ‘América Central (continente) 56 is Regio do Caribe 3 is América do Sel Tropical 2 0 ‘América do. Sul Temperada* 25 33 Asia n a ‘Asia Oriental (continente) B 0 Jano * 3 28 Resto da Asia Oriental @ ro i n M Bs 8 eo M4 B 38 i 5 30 5 5 31 a 32 B 34 2 0 8 3 aL 4% 28 ratonel Labour Review (snckofevacir, 1961 aefondaneatos indspendemtes, as somas das partes nem leangam os rouals dos. grupos inésin e 2. Micronésia TLO pars 1970 deverd ser publicado mais tarde ainda “Em 1969, entreanto, 0 OHCD em Pasis publicoe a redusio Ae fexge de tabaiho na Enropa Ocideatsl, por sctore, permitindo «= com Daragies apresentadis no Quadko 2. 30 QUADRO 2 Fone de trabalbo ¢ GNP na Earone Oeidwial Estados Unies, por scores ‘Agriculture Todiotia Servigor Bde de H do de do srabalho Patses GNP tabalho GNP trabalho GNP “96 de ‘Alemania Oc 41GB A Prange T4166 79 406593258 G. Bretanha 3 BT 310 48,7 Suécia 390 WB 2488 ‘Holanda 72 83 aig 36 498 Lilia we 05 uy 48k Estados Unidos 3052365 wos ott 1969). cinco ands mals tarde, © também por tezem sido formalades diversas a respeto do indeed desenpres, “Mine alnismos parti 31 Quapro 5 f Quapno 4 Emprego por Grupo de Ocupacio Principal, 1964 A Compesicio das Ocupasdes Profissionais e Técnicas 8° FO Demanles Previstes, 1915" { 1360 ¢ 1975 (em mi 1954 1975, i 1960 1915 Ninso Nine 96 de { a0 88660 Grupo de Ocupasio fen (em smudanga 7415 12925 Principal milhies) 9% miles) % 196479 1092 1994 prego tot Toa 1000-887 — 63 58 65 a” 46 Dp Operdrios 35 6S PT 7 3 os, contramestes ae 90 18d 2 % Trbaliows oafe «29st virion geal, exeto ee 8a a oe Be Empregados em servigos 93 " 221 374 oa | Boe rs ura, tcabalbaoret ma ea fe capatazes: 44 63 35 39 at i Par 4 126 ' Biclor suo «Demin i « cbmology and. the Averican Lcommy, Relatrio da Nation — | nizor (Méicos © Dents “ 383 FONT Cencaten on Techclogy Atomaton ad Progress Economic, we. Oxtios 25 32h re D. 5) 'p. 30; obtido do Burest of Labor Prof 1945 3063 Stat trial and Occupations! Manpower Requi- lementares 978 1233 rene a3 11a NOTA: Devdas aodontanests, «sme ds Hes indvidils pode mio | 26 8 comresponde: aos tole ‘a — As projegdes admitem um indice nacional de desemprego de 39% em 1973. 2386 4210 ‘K cpspospor 390 como tixa de desemprego como base para essa presses S EA as"lapes an neni endoss, au requer dapookio. accar exe 2 ea nel de escapees. 23 520 b= Mencs de 3 por eats, % 320 ‘ 3 % © dos homens para a produsto dos bens. A sociedade |} 2 2 sgaiza'go em torno do conhecimento, a fim de exercer | a ie. a oa dirogio das inovagdes © mi i Beier a ee : Fotdgrafos, Relesdes Pesous, ete) a7 1695 PONTE: BLS Bulletin no 1606, /s Moapowss Needs”, vol. 1¥ i (fevereito de 1969) Apéndice 2 ae 32 I . 2 da sociedade pésindustrial, esta na mudance de cardter do conheci- ‘do conhecimento teérico: a primazia dat ‘a codificagdo do conhecimento em sistemas abstratos de simbolos que, a exemple de todo sistema dos para escla- recer muitas dreas de experié natureza ca inovacio & qi to tedrico. relacionamento entre a ciéncia e a tecnologia, Ouase todas as grandes inédistrias ainda existentes — siderurgia, energia elétrica, telégrafo, telefone, automdvels, viagio — foram induistrias do sculo XIX (muito ‘tena comecado no século XVIII © a aviagio no de inventores, de indlfcrentes & Ciéneia ¢ as leis fundamentais que’ dev. a suas investigacoes. Kelly e Bessemer. que criaram mente) 0 processo de oxidagao, processo que tomnou po: versor de‘ago ea produgio em grande escaladesse m rnhociam o trabalho de seu eontemporineo Henry Clifton So Pesquisas no campo da metalurgia desvendaram a verdadeira micro- do ago. Na opinito de Clerk Maxwell, Alexander Graham Bell, inventor do telefone, no passava de um mero declamador que, ‘para aleangar os seus fins particulares (ganhar dinheiro) transfor mouse em eletricita’. O trabalho, de. Edison sobre.as.“faiseas oté reas”, que levou ao desenvolvimento da luz eiéitica provocow uma a revolugao na tecnologia, foi empreendido fora do campo ticulariente na substituigio das mAquinas a vapor, s6 poderia ter indo da parte de engenheiros treinados de maneira formal em Fisica ‘Matematica, A Edison, como escreveu um de seus bidgrafos, faltou "a capacidade de abstragio”.18 © que polleriamos designar como 16. Matthew Josephson, Edison (Nova Torque, 1959), p. 361. 34 toma tio fundamental 0 pode ser percebido, em primeiro lugar, na modificago do | recombinacio e transformacéo dos compostos.11 Em 1909, Walter Nerst e Fritz Haber transformaram o nitrogénio e o hidrogénio para fe ‘Trabalhando a partir dos principios ted ricos afirmados em lugar pelo francés Henri Le Chatelier em 1888, 0s dois quimicos alemées chegaram 2 uma confirmagio espeta- cular da frase de Kant, quando este declarou que nfo hé nada sais prético que uma boa teoria.!8 A ironia, entretanto, esté no uso do resultado. ‘A.guctra representa um laboratério tecnol centretanto, jungiu a ciéncia & tecnologia de uma maneira nova, Antes di Primeira Guerra Mundial, todos os quartéisgenerais numa mesa de negociagdes), Este raciocinio baseava-se no simples fato de que o Chile era, para a Alemanha (¢ para o mundo) a prin. ‘cipal fonte dos nitraios naturals, indispensaveis aos fertli © 20s explosivos ¢, em tempo de guerra, a Marinha Britanica Em 1913, a Alemanha usou cerca de , metade das quais importadas. Os festoques comegaram a baixar, mas 0 processo Haber-Bosch para @ nia sintética foi desenvolvido tio rapidamente que, por volia de 1917, ja se tornara responsavel por 45% alema de composios de nitrogenio. Na época do armis menha era quase autosuficiente quanto a0 nitrogénio 1 yeiéneias com planadores, ¢ em 1903 eee ce coer ‘num seroplano. Ma» 0 proseepuimento este trabalho 36 ee tcavGs do desenvolvimento, spss 1908, de certor expetimentos = Technology and Wester Ci wa Torque, 1967). Ves 1B. tbr, The Chemical Indes, 1900-1530 (Oxford, 1971) 35 sentido, @ Primeiza Guerra Mundi lha moda” em que se envolveu a ‘Mas, com @ novo papel d foi também a primeira das gucrras “modemas’. A eventual fusdo simbplica da Ciencia e da guerra foi, fem grand> escala de en- ides” e de ataques controlados por compute jas. Também a guerra se acha hoje gob 0 “terri ‘cularmente na administragio da economia, Durante a Grande De. pressio da década de 1930, quase todos os governos agiram as cegas, ‘a politica do governo, seu curso", querendo Sado, de acord> com seu raciocinio marxista, seria. absorvida. Na Inglaterra, predominava uma scasagdo scmelhante de desesperanga. ‘confidente de Stanley Baldwin e membro da Unemploy- indicios favoriveis, embora discrotos, de melhoras no comércio, mas mada que traga qualquer alteracgo as cifras de desemprego. De uma maneira Ienta, porém sogura, um ntimero cada vez maior de pessoas centros ocupacionais e de treinamento.” 20 fom de cai ao erSen. Su inca eendoe a cies als selino pats sates postion” Tbsly p30. ae ste 1949. TT. J. € mancita isaien com que Jones rcferiase a si mesmo. 36 Atendendo aos conselhos de George Warren, cle manipulou 0 ‘em ouro do délar de modo a elevar o nivel do preco. Para beneficiar ‘0s desomprogados, deu inicio a uma vasta campanha de obras piblicas, govern junto A economia, como meio de superar 0 abismo entre @ poupanga e o investimento.22 © trabalho de Kuznets, Hicks ¢ outros, ‘em macrocconomia, forneceu A do governo um quadro bas. tante firme, através da criagio de um sistema de orgamentos cconé- micos nacionais — somas dos dados econdmicos e 0 ajustamento esses componentes, considerados como investimento € consumo em estimativas de procducao e de rendimento — para que se pudesse avaliar 0 nivel da atividade ceondmica © decidir quais os setores necessitados de interven: arte do governo. de grande aleance na economia foi a tentativa de utilizacio de um conjunto de teorias econdmicas cada vez mais rigorosas © matematicamente formalizadas, decorrentes. da Teoria do equilforio geral de Walras ¢ desenvolvida durante as tres liltimas décadas por Leontioy, Tinbergen, Frisch ¢ Saruelson,?8 com I, The Deoocratic Reorevelt (Nova Torave, it of Economic: Analy fpresentada uma versio matematicamente formalizada da Economia ncocisica, dos outros 89 setores (ow por todos). A matriz de entrada e as proporgées de dados fornecidos jes (em termos de valor em délares ow rotar gue durante a depressio no se medin realmer do descamprego, em. virtade da desordem existeate em torno da. dei emtaens ake fits por estabeleciment cenresos wine cone podem-se demonstrat graficame ‘mands finais com relagéo aos el satis de inno proto reprcate tists de tavemo produ rep vm loreae ey Siaatons am Econometric Med! (Brockings Insivaon, Wathigton, B.C, 1968 tad em Wolf e Enns, op. re i on i 28." Com os inrramontor da moderns Economia afrms Robert, ‘una adiministrigio conepue obter, dentro Ge certon its, x me da ro déficit) dé, por si mesmo, ura medida do grau de artificializagao econdmica a que chegou o govern nestes ultimos trinta anos, A unido da ciéncia, da tecnologia e da economia nos ultimos anos ~ € simbolizada pela fras mais o setor manufatureiro da sociedade e 4 icles de produtos, para as sociedades indus cessas indistrias, que se fundamentam na Ci que surgiram no século XIX, dependem antes de tudo do trabalho teorico anterior & produrao. 0 computador néo teria existide sem 0 tuado na fisica do solids 0 do século XX; a © do segundo tergo; © IBM, 0 do terso final. AS atitudes contrastantes das corporacbes frente’ pesquisa ¢ ao desen- volvimento dio a medida dessas transformagoes,) que ¢ verdade quanto & tecnologia ¢ & economia, também o é,| muito embora de uma maneira diferente, para todas as modalidades de conhecimento: os progressos num campo vio dependendo cada ccontmica que quiser, porque o nivel de gastos do governo pode equilibrar os Acfices dos gastos paticulares ¢ levintar a atividade ecordmlch, ‘Mas, 20 faxe0, 4 adminis tom Ge exoe: ene inasao © © enpreg ina ee dena ea econdmica, © as medidas dente Nixon, impondo © contrele do salérion « dos obrigitério tivesse sido relasado em 1973, ainda o * opgto para ustlo, 40 ‘vem emergindo. © plancjamento da tecnotogii. Com as novas modalidades de" previsdo tecnoldgica, meu quarto critério, as sociedades pisindustriais Poderao estar aptas a atingir uma nova dimensio da mudanga de ‘social, o planejamento e 0 controle do desenvolvimento tec dades se tornarem mais dependentes da tecnologia ¢ das mais rect jinovacdes, introdurir-se4 no sistema uma “indeterminacio" perigosa (Afirmava Marx que a economia capi i para no morver. Posteriormente, os mar» Luxemburgo, afirmaram que essa ia de’ ser necessaria . Todavia, 2 expansio ‘aor fem td un eardver de aumento do capital ou de um aumento .) Sem a nova tecnologia, como se poderé m: cimento? © de mapeamento’ conseguinte, a redu econdimico. (Se isto realmente pode ser de extrema importancia, discutida no Cay crescente utilizagio de fertilizantes de baixo mentos responséveis pela revolugio na produl espejo de nitratos nos rios tem A introdugaio do DDT como pe também tom destrafde plantes uma das pores fontes de poluigdo. 10, nada disto precisaria acontecer. Podem ser encon- 108 de controle. Como demonstrou certo ni- mero de estudos efetuados por um grupo da National Academy of Sciences, se essas tecnologias tivessem sido bem “avaliadas” antes de sorem introduzidas, poderiam ter sido examinadas outras alterna. tivas, ou outros sistemas. Como © grupo. acredita que, em ‘usedos para aumentar a eficiéne m lugar de permanecer na depensénci' do automével A regulamentacdo da tecnologia 6 exeqiiivel. O que se faz neces- para a regulamentegio das novas tocnologias. tada no Capftulo 4.) nova tecnologia intelectual. "A cescrevent Alfred North Whitehead, 29. Technology: Processes of Assessment ard Choice, Relaécio da National Academy of Sciences, US Tose of Reneseatatives, Commitee on Sciece ia de deveizaso do walt, & tema neering, julho de 1969. 42 tenela, Para compreender nossa época, podemos deixar de lado todos 68 pormerores da transformacio, como as estradas de ferro, 0 t2lé grafo, 0 rédio, as maquinas de fiar, os corantes sinte! nos concentrar no préprio métod dade, a que destraiu os tecnologia intelecinal que, no fim deste século, talver venha a ter tanta projesio nos assuntos humanos quanto a tecnologia da mé. quina durante o§ tiltimos cento € cinglenta anos. Nos séeulos XVIII e XIX, os cientistas aprenderam a lidar com problemas mas com duas varidveis: a relagio entre a forga ¢ a dis- Uancia mos objetos, entre a pressac pequona monta para trés ou quatro varidv Cipios fundamentals de quase toda a tecnologia moderna. 0 como os telefones, 0 ridio, o automével, o aeroplano ¢ a turbin: para usar a formulagao de analiticamente muito atraentes e simplificam um universo ‘complexo. ‘Acompanhando a progress da Ciéncia, os problemas que véim a seguir no foram 05 de um pequeno niimero de varidveis interde- pendentes, mas sim os da di le io: aprovada ran so Technology ‘catras sugesttes nesta. segf0. B a distribuicao por diante, Segundo diz idade desorganizada”, mas (Os principais problemas intelectuais ¢ sociolégicos da sociedade pésindusirial sGo, prosseguindo na metéfora de Weaver, os da “com plexidade organizada” — a maneira de dirigir os sistemas em grande scala, sistemas com um nimero muito grande de variaveis intera- tuantes, varidveis que tém de ser coordenadas para atingir suas metas especificas. Jactase 0 modermo tedrico dos sistemas de ja poder dispor de técnicas para dirigit esses sistemas. dos jogo: técnicas especificas, como a programacdo linear, a teoria da decisto cstatistica, as aplicagoes em cadeia de Markov, 0 cAlculo das probubi- lidades de Monte Carlo e as solugdes de minimalizacio, usadas para entagiio, so simplificagées usa ‘se possa manejar manualmente a Matemdtica, O célculo admiravel- mente adequado para problemas com poucas varidveis © indices de transformagio, Mas os problemas de complexidade organizaca tém de ser descritos em termes de probabilidades — as conseqiiéncias cal vas, as quais introduzem as coercdes pro- fe, para resoivélos, é ‘de 1940, rigorosa ¢ axiomtica), na teoria sof do jogo € da decisio tornaram teoricamente possi sgressos na aplicagao. nigh de Harvey especificar as maneiras de fazer as coisas de um modo repro. Tast Singh, Greet Ideas of Operations Research (Nova Torque, 196 34, tvs Brooks “Tecnology andthe clot Css, confrec pronancada em Amberst. « 9 de maio de 1971, p. 13 do texto inédito (o grifo 44 Neste sentido, a organizago de um hospital ou de w nacional de comércio constituem uma tecnologia social automovel ou um instrumento numericameate coatrol ia tecnologia mecdnica. A tecnologia intelectual é a suds intuitivos. Esses algoritmos podem ser automatica ou a um programa de com) instrugées baseado em alguma formu ‘iéenicas estatfsticas ¢ Iogicas utilizadas a0 poder de resolucéo muito reduzido". nailtipios susceptivels de serem felts formes que mai mmitas variaveis, = fatos que cons = 86 se tornam possiveis com um instrumento de tecrologi | Ieetual: © computador. A caracteristica distintiva da nova tecnologia esforco no sentido de definir a para chezar a tant lemativas contrérias. E toda aco ocorre em con- de risco ou de certeza. Existe cortez quando as is jea que se conhece um mular as probabilidades de ocorréncia de cada resultado. Exisie incerteza quando 0 conjunto de resultados possfveis pode ser estipu lado, sendo porém inteiramente desconhecidas as suas probabilidades. Além disso, as situagGes podem ser definidas como “jogos contra a jozos nos quais as presses sio ambientais, ou “jogos entre acio de cada uma das pessoa é jamentos reciprocos das intencSes 08, agéo recomendavel € uma Thowo), Pate uma aplcssio desses pons de vista, consultr 06 és presididos pelo protesor Hrooks, Tecbrology, rocescs gh Ae and Choice, Reaséao de National Academy of Science, publ on Sienes ‘and Astonavicam, U. 8 Slee of Repeseatt Saence Grows and Society, OECD (Dies, 1971). feaciyoes contectie: Bc custo cde psy a protean intéatage Por amen, fedes de estradas, ¢ assim por dlante. Estando claros 0: cbjetivos! (os tracados de entradas mais eficientes, ou o melhor rendimeato susceptivel de set extialdo 45 estratégia que leve & solugio optima ou “methor"; isto ¢, 2 que faga ‘com que 0 resultado assuma um valor méximo, ou & da determinacio dos riscos e incertezas, procure mini i ile pode ser definida como a capacidade estaria em condigdes de produzir 0 resul- tado preferido. #9 ‘As pretenses. mai festam com relagiio & todo conjunto de retacionament no carter (ou no valor numérico) de um dos elementos deter = € possivelmente avaliani — as consegiiéncias de todos 0s rio. gerade ume Economia fechaca qve apresenta um deenwolvimento a Tiuites. dos procedimentos de computacio foram desenvolvides pelo Ve Keantorovch, cur tabalhos permancceram ignoracos Tenis semelhtate form saboradae-no ina dv ada "D Dontig, matemico da Rand, em seu modo simple. A Stag puites dh progsmagio linear teve de apuariar 0 devenveiviments do Ctnnpatadae tb - Sarivels tna seqdencia (> low de Savage, tio encantadora- probabilidades subje- ‘pessoas ¢ aplicou ma 90 comportamento econ por von Neumann ¢ Morgenstem — 3 , cujos membros estejam empenhados em tarelas esprcializadas visendo a um cbjetivo comum, é um sistema de esta- belecimento de metas; um modelo de bombardeiros e bases forma tum sistema varidvel: a economia como um todo constitui um sistema aberto. © problema do nimero de vaxiéveis tem sido um fator ge impor tincia fundamental nos mais recentes campos de andlise dos sistemas para o que diz respeito as decisoes militares ou comerciais. Ao pla nejar um avido, por exemplo, um s6 parimetro de desempenho (velo- cidade, distincia ou capacidade) nfo poderé dar a medida do. valor intrinseco de um projeto, pois tudo isto esta interrelecionado. Charies J. Hitch valewse desse exemplo para ilustrar os problema: dos sistemas para os bombardeiros. “Vamos supor que si sumariamente 28 earacteristicas das aeronaves, reduzindoas a velecidede, raio de agéo, altitude. © que mais teremos de considerar, ao avaliar @ eficiénela dos bombardeiros de 1965? Felo menos 0 se guinte: a formagdo que iro utilizar, seu trajeto de vO0 até 0 alvo, 0 sistema da bai aS bombas € as defesas do inimigo. Aparentemente, fo possa parecer como um nimero irmos apenas dois valores alternatives para cada parimetro, }05 210 casos para caleular e comparar (210 1000). Se permi tirmos quatro valores alternativos para cada parametzo, teremos 410 87 A escolha de um novo sistema de bombar- ‘cargo dos “velhos” generals da Forca Aérea. Teria que ser computada 3 todas essas varidveis, ‘Um sistema complexo, insistem eles, envolve a interacio de um nt mero tio grande de varidveis que a mente nio as pode reter todas de uma vez, numa ordom correta. Ou, como também sugere Forrester, titives respondem as relagées imediatas de causa: sticas dos sisiemas mais simples, eaguanio nos sis fs causas podem estar profundamente ooultas ou distantes no tempo, ou ainda, 0 que é mais freqliente, podem estar na prépria estrutura (isto é, no modelo) do sistema em si mesmo, 0 que mio pode ser reconhecido de imediato. Por este st Charles J. Hitch, “Analysis for Air Fonve Decisions’, in ty Deco. the Ran rE. S, nna elaboracao das decisoes. 38 © engano contido na relacdo de causa-cefeito fica ilustrado por Forrester num modelo de simulagdo em computador da manelra se- gundo a qual uma cidade central comeca a crescer, para depois estagnar e decair. Compdese esse modelo de irés sctores principais, populace contém profissionais-administrativos, trabalhadores © sub- empregados. Esses nove elementos estio ligados, em primeiro lugar, por vinte e dois modos de interacdo (por exempl tipos de migracao) e depois com o mundo plicador de fungées. © conjunto cor chado e dinimico, que modela a hit infcio, o terreno vazio se enche, alcangase um equilibrio, e depois desenvolvese a que as industrias vao morrendo e as taxas vo aumentando. As aligneia desenrolase ao longo de um period de 25 anos. A partir deste modelo, Forrester elaborou certo nimero de con clusées politicas. Argumenta ele que o aum: baixa renda na parte central da cidade tem um ntimero maior de pessoas com ret de impostos e desestimula as novas in namento para empregos (@m 2 Indesejével conseqli2ncia de levar para fora da cidade operdrios treinados. Nada disto surpreende Forrester porque, segundo observa, a abordagem direta consiste em dizer que, se ha necessidade de mais casas, construase um ntimero maior de ), enquanto as mais acertadas seriam as “contra S. # clara a logica da claboragio de decisdes subseatiente & anilise dos sistemas. No caso da Rand e da Air Force, ela levou & instalacdo de tecnocratas no Departamento de Defesa, & criagio do Program janning Budget Systems (PPBS) que foi responséi pelo realinhamento dos programas estratégicos © sigdo de critérios de custos efetivos na escotha dos No exemplo de Forrester, ela teria levado & substi econdmicos, € ndo & dos’ politicos, nas decisoes sobre a politica fun- damental da vida da cidade. 38. Jay W. Forrester, Urban Dynamics (Cambridge, Mass, 1969), pp. 10-11 48 — A meta da nova tecnologia intelectual, é, nada mais nada menos, ‘a realizagtio do sonho social do alquimista: o de “harmonizer” a massa da sociedade. Em nossa sociedade at diariamente bilhdes de dec niimero de filhos milhSes de pessoas tomam eS a respeito do que vio comprar, do pretendem ter, do candidato em quem iréo yotar, do emprego que te. Toda escolha sin: gular pode ser ti dos quantum a res- ponder desordenad: istrumento de avaliagio, embora os padres agregados pudessem ser tracados com a mesma precisiio com que o gebmetra triangula a altura e a horizontal, Se o instrumento mputador, quem 0 maneja ¢ a teoria da decisio, Assim como tou jogar dados © os fisiocratas buscaram de- esse em ordem todos of inter ‘e6ricos da decisao procuraram 9 seu préprio tableau entier — 0 compasso da racionalidade, a “melhor” solugao para as opcdes que perturbam os homens, © fato de ter este sonho — tao ut6pico, & sua maneira, quanto 98 de uma comunidade perfeita — fraquejado € atribufdo, pelos que ele acreditam, a resist i pode ser devido a propria reendimento — a definigao de fungi sem uma justif Este ¢ também um dos temas que exploro nestes ens A HISTORIA DE UMA IDEIA Nenhuma idéia chega jamais a emergir plenamente desabrochada da cabega de Jupiter, ou de alguma musa secundé dimensoes que se ai (seus antecedentes i 10 delineados no Capitulo 1) tiveram uma longa e complicada histéria, Isto tudo poderd interessar 20 leltor. ‘Meu ponto de partida foi um tema implicito no meu livro The | End of Ideotogy — 0 papel na sociedade da elaboragao técnica de decisdes. Na realidade, essa tomada téenica de decisdes pode ser enca- rada como diametralmente oposta & idcologia: uma é cal instrumental, e a outra emocional ¢ expressiva. 0 tema de The End of Ideology foi a exaustao das velhas paixdes politicas; as teorias que se desenvolveram dando como resultado “A 4 9 ‘ser compreendido nao s6 como sistema economico, ‘eujes lagos eram constituidos empresa familiar que fornecia a’ argamassa social do sistema, pela eriagao de uma comunidade de interesses ¢ de uma continuidade de interesses através da dinastia familiar. Por conseguinte, 0 apareci- mento do capitalismo adh como parte da profiss vada, compesta pelos opulentos homens a classe diriget fem grande parte, |, que incluia os gerentes corp », naquele tempo, ocupavam a posi Ga slo alimei que todo pensementa idealéico chegera 40. fim. Na verdade petmmenta die elas deologi avelente a Om intelecuais, at velhas paixoes se desgasiamam. A nove desses antgos debates, © fe ve em busca de novos entorpeceder. chets de dificakdades a quescio de saber como mobilizar essas energias.” The End 1960), pp. 374375. cb a'ferma de capitals, 0 2*, de The Bud of Tdeo- scold no tpt segine do mesmo Her, estava operando referencia a0 dex niioligado & produgio na fabrica, 0 ac empregado profissional ¢ téc- nico no sistema ocupacional. Neste pont 1 influénela de Conditions of Economic Progress, d de mato de 1953, 0 qual ndo somente apurava a categoria “terciaria’ de Clark (deixando demonstrados os setores quaternério © quin: como também ligava esses mudangas setoriais a padres de m dade social. Ao relacionar as mudanges nas distribuigdes setor para padres ccupacionais, Hart ¢ Foote apontaram, como desenvol- Uma teresira influtneia foi a Gnfase peters & tecnologia como um mar aberto I em diversos esiudos por Arthur Cole, Fritz Redlich e Hugh Aitken, no Harvard Center for Entrepreneurial Studies, na década de 1950).41 argumento de Schumpeters, lido novamente no inicio da década de 1960, voliou a meu ¢s} it9 para a questio da previsio © crescimento quando encontrou Os virios esforgos visando & écada de 1960 (resumidos por Erich casting in Perspective, Paris, OECD, eu apontaria um ensaio | que me esclareceu snto te6rico em sua relagio alterada com a (0 da teorla como base para a inovagio, nto como demonstrara Holton, mas também no fleagoes ¢ de ramificagées do conheckmento. +2 “41, Consultar Joseph Schumpetes, Capitalism, Socialis end Democrecy (Nora Torgue, 1942), p. 118. 12," Concoline Gerald Hol Research and Scholarship: Notes aedalas (primavera de 1963), ‘Toward the Design of Proper Sea 31 Muitas dessas idélas foram iniclalnente apcesentadas por numa série de conferéncias no Seminario de Salzburg, Austria, dui © verdio de 1959, conferéneias nes quais eu usava a expressio dade pésindastrial”, Eu sallentava entdo, sobretudo, as mudangas nos Setores ¢ a passagem de uma sociedade produtora de bens para uma Sociedade de servigos. Durante a primavera de 1952, redigi um longo trabalho para um congresso em Boston, int Andustrial: Visio Especulativa dos Depois". O tema aqui se transferira para o papel decisivo da “teeno- Jogia intelectual’ e da cienci © como responsével pela constitu |. Apesar de néo ter sido public mente divalzado nos circules academicos © governameniais.+7 Uma versio modifiada do mesmo foi spresentada durante o inverno de 1962-63 perante 9 Semindrio Sobre Tecnologia e Transformagio Social nna Universidade de Colimbia, e impresso sob uma forma truncada, um ano mais tarde, entre os documentos daquele Semindiio, editados or Eli Ginzberg. A posigao ceatral da universidade ¢ das organizagées intelectuais como instituicdes da sociedade pds-industrial constituit 8, The Reforming of General (€ por este motive foi omitida aqui a discussio da ). A enfase atribuida aos esquemas conceituais surgiu, fem conexio com, o meu trabalho como presidente da Comisséo para 0 ‘Ano 2000, enquanto iam sendo deseavolvidos os travejamentos para a anilise do futuro da sociedade americana. Alguns memorandos que eserevi nessa époce tratam dos conceitos de uma sociedade naci de uma sociedade comunal, ¢ de uma sociedade pésindustr recursos para compreender as mudancas provocadas na socied: ricana pelas revolugées ocorridas nos transportes e na com pela exigéncia dos diveltos dos grupos e pelo aparecimento da tomada de decisées publica e de cardter nio-comercial, assim como pela cen: tralidade do conhecimento tedrico ¢ daz instituigées de pesquisa, A nocdo de estruturas axiais surgiu de meus esforgos no sentido de ‘tratar de uma forma mais te6rica os problemas ca mudanga social, rar eee aia obi de tiie os caabe on alee Eos Se lo aparesido como, ciara no "Teecesloviquia sobre a5 revol am x ¢ constitui a base para um levantamento das teorias sobre essa mu. daca, © que esta sendo feito para a Russell Sage Foundation. ++ ‘Temme perguntado por que dei a este concelto especulativo © TH. Quanto esa ver , consutar Tecbnalogy and Social Chane, arg. Ti Ginsberg (Nora owgue, 1964), csp. 3; The. Reforming of General ‘rotor the Year 2000, erg, Daniel cul sempe, oma mines en 3 enize os. papantes do. Seminario de fprescio wociedade poeindaseial — expres: vestige dh produto de Danendort, pols cn citara tratando de. raw uta as relies de antoridade preeado & tutesuato cin peyuera de dava 0 nome de “estado posi —- propriedade), as estrutures de poder existeates (centralizadas em it ea cultura bureuesa (baseada em nogbes de satis lardada) se esto rapidamente desgastando, A ‘sia aurfonomia na’ sociedade oci que sero essns novas formas sociais. Nem & provavel que venham idade 1a econdmico ¢ a estrutura do cariter, ta de meados do século XVIII até mez- Dprefixo pds seguido de um hifen & assim ‘sensacdo de existencia numa épo« al. ‘do a nogio de sociedade pés-industrial hi quase imos anos ela tem sido usada mais corrente- mente, embora com significados cujos matizes diferem dos meus. Pode valer a pena anotar algumas dessas diferengas. ‘Herman Kaha ¢ Anthony J. Wiener fazem éa sociedade pésindus- trial o pivo de seu livro The Year 2000 [0 Ano 2000), «# mas atribuem J expresso um significado econdmico quase intelramente diverso (© em seu indice descritivo cla é equiparada a sociedade pésconsumo em les retratam uma sociedade tao rica (na qual a renda per lobra de dezoito em dezoito anos) que o trabalho © 2 efi ia perderam 0 seu significado; ¢ a crescente rapidez, da mudanga. produzifia um trauma de “aculturacio” oui 0 choque do futuro. Kahn e Wiener quase que adn Sociedade “pSs-ccon6mica”, na qual Sao havent pencria, © cijos Giniecs problemas se relacionario com a Contudo, 0 conceite de “pésecon}- {0 tem sentido légico, visto implicar uma situagdo social onde tein custes pare coisa alguma (pois a economia consiste na fadministracdo dos custos) ou entdo 0s recursos toro de ser infinites. THA cerea de cinco anos falouse enforicamente numa revolugio tit lice, gragas & qual a “cibernetizago" traria wma eornucépia cheia Je bens, Ouvese hoje falar num planeta devastado ¢ na necessidade de reduzir ‘0 crescimento econdmi pena de virmos a poluir com todos os recursos do mundo, apocaliticas estio erradas, bier para 0 {sto €, uma sociedade modelada ‘Galmente e economicamente pelo impact logicamente, ygia @ da cletrd- A andlise mais desenvolvida encontrase no cap. TV, “Post Industial ap. po. 16189. Ver Herman ‘Kahn ¢ Anthony "The Year 2000 (Navn oraue, 1967). © trabalho aparccea original rents 0b forms de vols, IL ¢ [T+ dos Dacamentos da Comissio para 0 Ano 2000 (Pablicagio particular, 1966) 54 |nica — particularmente na area dos computadores e das comuni tem, dois inconvenientes. ora o foco da mudanca postas so muito menos previsiveis)|E, como i ue tual autonomia da culture acareia temsformacoes nos sts je vida e nos valores que no decomrem de allerag6es na prépria estru- tra social a a Ouiro grupo de eseritores, como Kenneth Keniston © Paul Goodman, ttm’ usado a expressio sociedade pésindastrial para de- signar uma mudanga fundamental nos valores! para uma parte sign ficatira da juventude, em cujo meio, como eserere Keniston, existe uma “busca de um mundo além do materilismo, a rejeigto do carreirismo © do vocacionalismo”. Na opinio de Goodmai retorno em diregao.a uma “economia de subsisigacia pesso pendente dos excessos de uma civilizagdo da méquina.+® Re 10 Penso que existe €. cultura, eujas fontes porém, se encontram, nas profundezas do carder antiburgues de um : ke, OB * Age ca’s Role in the Tecb- Eatin Vk ie en tae x Sata sge scam aie one Interest,"n2 25 (outubro de 1971). modernista, ¢ tratam de se manifestar de uma maneira muito mais diferenciada, ¢ ndo simplesmente através da impulsividade de um movimento da juventude. 6 ‘nalmente, 0 tema da sociedade pOs-indt escritos de alguns tedricos europe Richta, Serge Mallet, André Gorz, apareceu nos como Radovan Roger Garsudy, “determinado” da classe operaria como agent social. O trabalto por eles efetuado deu origem a diverses teorins que, de uma maneira ou de outra, dio énfase A fusio da Ciéncia Go pessoal téenico com a classe operdria “avangada’, ou propéem a se trabalhadora”, constituida sobretudo pelo pessoal tecnicamente qualificado.8 Embora todos esses eseritores fenham sentido a urgéncia das transformacdes estruturais na_socie- dado, eles se tornaram cans: te teolsgicos ao discutirem a vyelha” ¢ a ‘nova” classe oper: nfio consiste em esclarecer as mudangas que re: yrrendo na sociedade, mas sim em “salvar” o conceito marxista de mudanca social ¢ a con- sia de agente da mudanca. Porque existe uma crise ideo- ‘existe tum desgaste da classe trabalhadora na sociedade mo se poder manter a visio marxista da mudanga Social? E se a classe operiria nfo herdar o mundo (possibildade que; teorla de uma “nova do proletariado” ¢ 0 papel do Partido Comunista como da classe operitia? Nao se pode salvar a teoria insistindo em afirmar ‘aue quase todo mundo faz parte da ‘nova classe operdiria”. FLANO DO LIVRO /, Os seis capitulos deste li pela exploracdo de diversos t movimento Totativo semdhante ao de um fornecer a exposicéo linear de um argumento. was que giram, por assim dizer, num em luger de 50, Este ¢ uma tema implicit na concepeio de “anticu! ‘Talling, Consular Trilling, Beyond Culture (Nova Torque, 1 t_ &eoria de Radovan Richta ¢ de seu grapo ma Acade vista que a maiotia dos ttabalhadores vive boje de um silitio e no de um thbitho remunerado por_unidade ox por hors, como se pode sugsrir ume “diteduca dos assalariados"? E exercida sobre quetn? 56 ‘onde Marx prevé a centralizacfo da empresa, a polarizasio ‘da sociedade em duas classes e crise econémica do sis- vai apresentando gra separacio que ocorrerd entre a propriedade ¢ 0 controle na adi tracio das empresas; a ascensdo de uma classe admi funcionirios, que se tornaria desproporcional com trabalhadora; © os novos modos de obtenci ‘A importineia de Marx manifests-se ainda de uma segunda me neira; em sua visio da substrutura econdmica da sociedade, 0 modo de produgio ¢ dividido em duas partes: as relagoes soci dugio (propriedade) ¢ as forcas ou técnicas de produces que vem sendo proposta mai ‘cularmente por Raymond Aron, parte do segundo aspecto da teoria de Marx, relativa 20 modo: de producio, ‘As teorias sobre 0 desenvolvimento social no Ocidente — as de Werner Sombart, Max Weber, Emil Lederer, Joseph Schumpeter, Ray- mond Aron — constituem, como procuro mostrar, uma espécie de “Gidlogo” com esses i " de Marx, mas acompanhando as linhas burocratico previstas por Weber. O confronto com a burocracia, e a nova classe por ela gerada, foi o problema com que se defrontou Trotsky, ao avaliar os frutos ‘da Revolucd 57 comunistas tém recusdo, diante das implicagdes dessas_mudancas, excetuandose o notivel estudo da Academia de Ciéncias Tchecoslo- vace, sob a otientagio de Radovan Richta, que surgiu durante 0 “degelo” de Fraga, Contrariando am dos te6ricos. comunistas, reconhece a possibilidade de conflitos de “interesse", se mao icoprofissional e a classe do deseavolvimento see te, 0 cipais diferencas entre sociedade pi industrial © pésime dustrial, como fundamento para uma andlise comparativa des estru fuiras sociais. A parte cocrespondent® 2 conclusio oferece um Ean rama do conceito de sociedade pésindustral, que cord detenvolvido nos capitulos subsequentes. "6 Capitulo 2 explora, dentro do cendrio dos Estados Unidos, duas das” Ginco dinnensdes principals da sociedade pésindustrial:\a pas: Sagem de uma economia de producto de bens para uma de prestagio eas alteracées nas tendénciss ocupacionais, nas qusis a ynal ¢ téenica surge como 0 grupo ocupacional predo- Iminante da socledade pévindustriel. Dentro desse conceito, io explo- tados alguns temas referentes em grande parte ao futuro da classe teorias da “nova classe operéria’: a forca hist6rica do , como poder da. classe trabalhadora, ¢ suas erescentes ingit_ as metas futuras, como o contrcle do tre medes de uma economia de servigos © da. com petigéo estrangeira. "As dimensGes do conhecimento ¢ “da tecnologia constituem os temas do Capitulo 3. © pro 1, decorrente das. transfor macSes que vem sofrendo a za de ambos, esté relaci a rapidez dessas transformagées, Em torno desta idéia, existem con- fusoes sem conta, porque multo poucas pessoas tém si definir com exatidao 0 que est mudando. Et 105 de teznologia, favelmente a mudanca mais foi a introduzida ja dos individuos, durante 0 século XIX, pela estrada de portes. Acompanhando, porém, um maior gran de interdependéncia, veo uma-madanca de-escala —'o erescimiento das eidades, o cresci- 58. mento da drea da organizagéo, a ampliacéo da arena politica — le Ades maiores ¢ estendendo © Ambito do controle, exercido a partir idades de qualquer organizacio. A revo- tentativa de controlar a “escala” com o auxilio de novos recursos teenolégicos, que tanto podem ser a informagio em “tempo-real” do computador, como noves espécies de programagio quantitative. © Capitulo 3 procura definir 0 “conhecimento” dentro deste con- texto: analiser a natureza de seu crescimento exponencial; especificar ira realmente 0 conhecimento se desenvolve mediante ramificagSes; ¢ definir a tecnclogia, avaliar seu crescimento, © espe- icar as modalidades da previsio tecnologica. A segunda metade do capitulo representa um esforco estatistico pormenorizado, visando esbocar a estrutura da classe erudita: a5 distribuicdes das ocupagées profissionais e suas tendéncias predominantes, assim como a atribut G0 de recursos para uma sociedade técnica, isto ¢, a distribuicao de verbas para pesquisa e desenvolvimento. al — passa a ter menos sent ‘modelos “economizantes” e jgica” para uma finalidade diferente. O modelo “economizante” orienta.se para a eficiéncia funcional e para a adm nistragio das coisas (¢ dos homens tratados como coisas). 0 mo- delo “sociologizante” estabelece critérios socials mais amplos, mas 1a reducio da producao jo de valores nio-econd- © outros prejulzos que sobrevém Imicos. ‘Dentro do contexto dos Estaros Unidos, o Capitulo 4 examina 2 logica desses dois modelos ¢ sustenta que o equiibrio. entre. ambos Constitui.tuma questio primordial -para-a-sociedade-pésindustrial. Sociedade pésindustrial € aquela em que terd ce haver, neces mada de decisio. mais consciente. O_ problema ago das opgies sociais que refletem de maneira de preferéncias estabelecida pelos individuos. © paradoxo de Condorcet, tal como fol desenvolvido por Kenneth J. mente, & impossivel criar uma opto de . Por conseguints, 0 que Testa so 0+ acor ‘Mas, para estabelecer esses. acordos, & preciso socials assim como os preiuizos. No momento, ‘a essas avaliagoes ¢ verificar a5 metas sociais.| 0 Capitulo 5 trata da 59 adequagto de nossos conceltes © de nossos instrumentos a0 plancja- mento social. Finalmente, a significagdo da socledade pésindustrial € a seguinte: o papal da Cigacia ¢ dos valores comnts, como neces feet i ta enone queza, 0 poder e o status ndo sao dimensoes de cl buscados ou conquistados por classes. Numa soci criadas pelos eixos de estratificacio fundamentais. Os dois eixos de ctratificagio mais importantes da sociedade ocidental sao a propric- dade © conhecimento. Paralelamente a cles, hi um sistema pol ss (temporarias, no sentido de nao existit uma co ia de poder entre as mios de um grupo social expec tinuidade mantida através de um cargo, como exisie uma co1 ‘Jo relaclonamento entre .Contrariando os sons doe primeltos tecnocratas a Santsimen, coperavam Gus D governo visosoa ser exerido peleseabioe,vaiee tornano claro vg af delsbespifleas, na socedade, s4o ns fundamenias,¢ gu 0 GUenetimento mantem dante do poder, uma telagio essercialmente Ge subservitncla (© aparecimento de todo sistema novo gora hostilidade nos que se seaten emeapades’ por ee--O wea ‘prcclpal Ssatae Sociedade pos to gerado HOF unt BHNEIpO. da cee cman : pendéncia historica da comunidade cientifica ¢ des problemas contra- igerados por sua tradicio de autonomis, sua erescente depen- ia do governo para a obtengio de fundos para suas pesquisas, © dos servigns que esta destinada a prestar. Essas quest6es tornaram-se 6 ceriticas na universidade, que é a i pésindustrial.. B, finalmente, as te surgem entre’ a cultura, ct j0 primordial da sociedade ‘mais profundas sio as que ‘questdes encontram-se esbocadas no Apéndice. © que ex procuro demonstrar neste livro é que a maior fonte de mudanga de esirutura na sociedade — a mudan inovacdo no relacionamento entre a Ciéncia ¢ a tecnol de orgamentos para P & D ¢, no fundo de tudo isto, a 0 ‘conhecimento teorico. A atituds frente ao coahecimento cientifico define o sistema de valores de uma sociedade, A concepeao de ciéncia natural na Idade Média era a de um “conhecimento proibido". Os eclesidsticos temiam ‘que “o comhecimento enchesse de orgulho” © que pente”. Durante esses séculos da cristandade, a “natureza”, tomada rum sentido bastante especial, ficara adstrita A ordem de’ Sat Allenda de Fausto, usada por Marlowe, ¢ um testemunho do teme1 faseinio das Ciénclas Naturais durante a Idade Média.63 Por volta do séeulo XVI, a conflanga no poder em expansto do homem comeyou a substituir a primitiva viséo de terror. que Francis Bacon pretendeu colocar no lugar da ia de Timew do i Ja nao é 0 filésofo, mas si pesquisador. E de Bensalém, 0 a Casa de Sa 10 de pesquisa, “a mais nobre fundagao ... jamais erigida sobre a terra e fanal deste reino’. A Casa de Salomo, ou Colégio dos Trabalhos dos Seis Dias, 6 uma instituigio do Estado, criada “para a produgio de grandes e maravie thosas obras em beneficio do homem”. Como descreve um dos ‘dade de nossa fundagdo 6 0 ragdo secreta das coisas; assim império da humanidade para a realizaco de todas as te Até agora, esta aml é 's tem presidide & busca do conhecimento, A principio, o homer ocurou dominar a ordem nae 55. Conte Basil Wiley, Toe Seventeenth Century Bactyronnd (Lontscs, 1949), ca, HE “Bacon and he Relation Norure’, exp. p. 31. ‘ranks Bacon, New dais, in Fomour Utopia, Chkes M, Andrews, ove. (ions longue, 4.) 263, Gt tural; ¢ quase foi bem sucedido. Nestes siltimos cem anos, ‘a ordem natural por uma ordem técnica; e e de conse Feformulagéo dessa busca de uma ordem técnica sob uma forma ainda mais poderosa, Mas surge agora a questao de saber se o homem ird querer ou nao leva adianie. F esta a abertura da Historia. ee ery ee wane see ott a pls Masten 5 Sas, yt sone, atti, Rees 4 See Ha pels Coogi ot Peas ha es foyace Sorat Be a Cariruro 1 DA SOCIEDADE INDUSTRIAL A POS-INDUSTRIAL: TEORIAS SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO SOCIAL. © socislogo sempre se sente propenso a se fazer de profeta — o, » de vidente. De 1850 a 1860, sentado todas a3 tara do Muscu Britfnico, Marx acreditou ouvir, ‘todo rangido de retrocesso do ciclo comercial o ribombar da revolucso ¢ a sibita mudanga da homens” das novas eras.

You might also like