Professional Documents
Culture Documents
ESTACIO EAD 2014 - Introd A Administracao - WEB
ESTACIO EAD 2014 - Introd A Administracao - WEB
2014
Editorial
1.4 Organizações................................................................................. 16
1.5 Conceito de Sistemas e Ambiente..................................................... 18
Atividades.................................................................................................... 26
Reflexão ......................................................................................................... 27
Leituras recomendadas ...................................................................................... 28
Referências............................................................................................................ 29
No próximo capítulo................................................................................................ 30
Capítulo 2: Funções, Planejamento e Organização............................................. 31
Objetivos de aprendizagem ........................................................................................ 32
Você se lembra ............................................................................................................. 32
2.1 Planejamento . ........................................................................................................ 33
2.2 Conceituando estratégia . ........................................................................................ 34
2.3 Níveis de Planejamento . ......................................................................................... 40
2.4 Função Organização . .............................................................................................. 56
Atividades....................................................................................................................... 71
Reflexão . ...................................................................................................................... 73
Leituras recomendadas................................................................................................. 76
Referências................................................................................................................. 77
No próximo capítulo................................................................................................ 81
Capítulo 3: Funções Direção e Controle........................................................... 83
Objetivos da sua aprendizagem........................................................................ 83
Você se lembra............................................................................................... 84
3.1 Direção .............................................................................................. 85
3.2 Controle e seus níveis................................................................... 107
Atividades........................................................................................ 122
Reflexão...................................................................................... 123
Leituras recomendadas .......................................................... 125
Referências........................................................................ 126
No próximo capítulo...................................................................................................... 127
Capítulo 4: Operações e Recursos Humanos............................................................. 129
Objetivos da sua aprendizagem..................................................................................... 130
Você se lembra............................................................................................................... 130
4.1 Administração de Operacões ................................................................................. 131
4.2 Administração de Recursos Humanos ................................................................... 142
Fontes de Recrutamento................................................................................................. 156
Atividades...................................................................................................................... 172
Reflexão ........................................................................................................................ 173
Referências . .................................................................................................................. 179
No próximo capítulo...................................................................................................... 185
Capítulo 5: Marketing e Finanças ............................................................................. 187
Objetivos da sua aprendizagem..................................................................................... 188
Você se lembra?............................................................................................................. 188
5.1 Marketing . ............................................................................................................. 189
5.2 Decisões de linhas de produtos............................................................................... 222
5.3 Estrutura dos canais de distribuição........................................................................ 232
5.4 Comportamento e organização do canal................................................................. 242
5.5 Distribuição física e gerenciamento da logística.................................................... 243
5.6 Seleção de um método de precificação................................................................... 257
5.7 Seleção do preço final............................................................................................. 262
5.8 Finanças ................................................................................................................. 265
Atividades...................................................................................................................... 279
Reflexão......................................................................................................................... 280
Leituras recomendadas................................................................................................... 281
Referências..................................................................................................................... 281
ã o Prezados(as) alunos(as)
A administração se trata de uma área de
estudo bastante nova, esta afirmativa ganha
aç ainda mais força quando comparamos a admi-
ent
nistração com áreas como matemática, engenharia,
física, astrologia, filosofia, medicina e até mesmo eco-
nomia ou direito, mas ao mesmo tempo em que se trata
res
Bom estudo!
Administração e seus
Desdobramentos
Neste capítulo abordaremos o conceito
administrador.
Vamos estudar também as organizações e seus níveis, enten-
dendo como a administração pode se beneficiar de sua correta
estruturação, e compreender as constantes trocas entre organi-
zações e o meio ambiente, estudando a natureza dessas relações
e como é importante conhecer esse ambiente para a correta ação
administrativa, para que os processos de tomada de decisões sejam
melhores constituídos e apoiados em informações corretas e atuais.
A partir da leitura atenta deste material, assim como da realização
das atividades propostas e da dedicação em assistir às aulas você
estará apto a aplicar estes conhecimentos em sua vida profissional, o
que trará crescimento e aumento do seu fator de empregabilidade.
Você se lembra
Você se lembra de ter organizado uma festa ou um churrasco
para seus amigos? Provavelmente, você se preocupou com
uma série de itens, como a lista de convidados, o som, a
comida e a bebida que iriam ser servidas, as mesas e as
cadeiras, os pratos, os copos, os talheres, entre outros. Para que a festa
saísse como o planejado, com certeza você utilizou-se de conceitos admi-
nistrativos.
Os próximos itens tratarão da Administração enquanto teoria e a
prática em organizações.
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
1.1 Administração
A prática administrativa não é nenhuma novidade. Nas sociedades
primitivas, as expedições para a caça de grandes animais eram empreen-
dimentos coletivos. A necessidade de antecipar a rota da caça, o local de
acampamento e a carga de suprimentos gerava uma situação que deman-
dava decisões de planejamento e divisão de trabalho. Podemos, então,
afirmar que essas expedições foram os embriões de empresas e seus líde-
res o modelo dos gerentes (MAXIMIANO, 2008).
As teorias ou escolas da administração, são mais atuais do que as
expedições de caça das sociedades primitivas, mas têm raízes antigas,
tendo sido originidas da intenção de resolver problemas e atender às ne-
cessidades das pessoas.
O entendimento desse contexto é muito importante, sobretudo quan-
do lembramos que a administração é um processo evolutivo e interativo,
ou seja, tudo o que acontece hoje em administração está correlacionado,
direta ou indiretamente, com os fatos e acontecimentos do passado e cer-
tamente irá influenciar os acontecimentos futuros (OLIVEIRA, 2009).
Administração
9
Introdução à Administração
Administração
– Oliveira (2009) afirma que administração é o sistema estruturado e intuitivo que con-
solida um conjunto de princípios, processos e funções para alavancar o processo de
planejamento de situações futuras e seu posterior controle, direção e avaliação, sendo
que todas as ações devem ser orientadas para os resultados esperados, buscando
minimizar os conflitos interpessoais.
Objetivos
Decisões Recursos
Figura 1
10
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
1.3 O administrador
O administrador exerce um papel fundamental no desenvolvimento
das organizações. É por meio dessas atividades de planejamento, organi-
zação, direção e controle, que as organizações enfrentam os desafios do
ambiente competitivo.
De acordo com o artigo 3o do decreto que regulamenta a profissão
(61.934/67):
11
Introdução à Administração
12
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
13
Introdução à Administração
Planejamento
Decisões sobre
objetivos e recursos
necessários para
realizá-los
Organização
Avaliação
Decisões sobre a
Decisões de assegurar divisão de autoridade,
a realização dos responsabilidade e
objetivos. recursos para realizar
Direção objetivos.
Decisões de execução
de planos. Direção,
coordenação e auto-
gestão são estratégias
de execução.
1.3.3.1 Planejamento
Um administrador não deve se restringir somente ao momento pre-
sente, ele precisa tomar decisões estratégicas e planejar o futuro de sua
empresa. Sabendo em qual direção deseja que sua organização vá em
frente, é possível tomar as decisões necessárias e elaborar os planos para
que isso realmente aconteça. O planejamento está voltado para o futuro,
pois é para ele que a empresa deve estar voltada a todo instante.
Segundo Rue e Byars (1989), pode-se afirmar que o processo de
planejamento pode ser definido como:
• definição de objetivos ou resultados a serem alcançados.
• definição de meios para possibilitar a realização de resultados.
• interferência na realidade, para passar de uma situação conheci-
da a uma situação desejada, dentro de um intervalo definido de
tempo.
• tomada, no presente, de decisões que afetam o futuro, para re-
duzir sua incerteza.
• verificação do ambiente em que a organização está localizada.
14
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
1.3.3.2 Organização
A organização constitui a segunda das funções administrativas,
vindo após a etapa de planejamento. Nesse sentido, significa o ato de
organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de
sua administração e estabelecer relações entre eles e suas atribuições.
As organizações precisam ser organizadas para produzirem melhores
resultados.
O processo de organizar aplica-se a qualquer conjunto de recursos,
como, por exemplo,a uma empresa organizada que tem uma estrutura
organizacional que identifica as responsabilidades, a autoridade e a comu-
nicação entre seus colaboradores (FERREIRA, 2008).
1.3.3.3 Direção
O processo de direção consiste em realizar atividades planejadas
que envolvam gasto de energia física e intelectual, para as quais há sem-
pre um plano. As execuções baseiam-se nos processos de planejamento e
organização, que são seus dados de entrada. A figura 3 mostra os resulta-
dos do processo de direção, que podem ser produtos ou serviços.
– Aquisição e – Atividades
mobilização de realizadas
recursos
– Fornecimento
de produtos
15
Introdução à Administração
1.4 Organizações
Organizações como entendemos atualmente são constituídas por
uma combinação sistemática e intencional de pessoas e tecnologias para
atingir um determinado objetivo. Vivemos numa sociedade organizacio-
nal, estamos cercados por organizações em nossa vida pessoal ou profis-
sional.
Empresas são tipos de organização, com ou sem fins lucrativos, ou
seja, aquelas que são constituídas com o objetivo de maximizar os lucros,
alcançando retorno financeiro sobre os investimentos e aquelas que são
constituídas com o objetivo de realizar alguma atividade voltada para
necessidades da sociedade, sem que seu propósito seja o lucro. Devemos
entender nesse sentido que as organizações sem fins lucrativos também
podem realizar atividades financeiras, já que necessitam de capital para
manterem-se operacionais.
Fayol (1950) apresenta dois conceitos de organização: o significado
já exposto, comumente tratado como empresas, ou ainda como o ato de
organizar, ou a função organização do processo administrativo, que con-
siste no efeito de organizar, estruturar, criar ordem e harmonia.
Proibida a reprodução – © UniSEB
16
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
Presidente
Nível
institucional Diretor
Superintendente
Cadeia escalar
Gerente divisão de autoridade
Nível Gerente
intermediário departamento
Chefe
Nível
operacional Operações ou tarefas
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
17
Introdução à Administração
Áreas funcionais: são definidas pelo agrupamento de “tarefas especializadas que as pessoas
e os grupos executam” (MAXIMIANO, 2004b, p. 28). Podem ser classificadas em (MEGGIN-
SON, MOSLEY, PIETRI Jr, 1998):
• Principais: são as funções essenciais para o desenvolvimento da empresa.
São elas: Operação (produção, fabricação ou prestação de serviço), Marketing
(distribuição, vendas) e Finanças (aquisição e utilização de fundos, orçamento);
• De apoio: são atividades de suporte às funções principais, tais como: pessoas,
contabilidade, compras, relações públicas, pesquisa e desenvolvimento, enge-
nharia, manutenção e atividades jurídicas.
ENTRADAS SAÍDAS
PROCESSO
FEEDBACK
18
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
19
Introdução à Administração
1.5.2 O Microambiente
O Microambiente corresponde aos fatores que estão mais próximas
da companhia, ou seja, que estão diretamente relacionados ao setor de atu-
ação da organização (KOTLER; ARMSTRONG; 2007). Nesta categoria
podem ser incluidos os seguintes fatores: clientes, fornecedores, concor-
rentes e parceiros de negócio (intermediários).
Em relação aos clientes é válido lembrar que as organizações de-
vem não só estudar com especial atenção os seus mercados de clientes de
forma bastante profunda, devido às características específicas inerentes a
cada um, como também, devem se esforçar para atender suas necessida-
des e desejos (CHURCHILL JR.; PETER, 2000).
Os fornecedores correspondem ao conjunto de empresas e indivídu-
os que disponibilizam os recursos necessários para a organização produzir
os seus bens e prestarem os seus serviços. Eles são um elo importante no
Proibida a reprodução – © UniSEB
clientes. Além disso, um aumento nos custos dos suprimentos pode forçar
a alta dos preços dos produtos/serviços ofertados, o que pode prejudicar o
volume de vendas da organização (KOTLER; ARMSTRONG; 2007).
Quanto aos concorrentes, a organização precisa monitorar sua atu-
ação no mercado e identificar de que forma ela pode superá-los no aten-
dimento das necessidades dos clientes e na diferenciação dos produtos/
serviços (CHURCHILL JR.; PETER, 2000).
Os parceiros de negócio ou intermediários consistem no conjunto de
empresas que podem ajudar a organização a promover, vender e distribuir
os seus produtos aos consumidores finais. Incluem revendedores (ataca-
distas e varejistas), empresas de distribuição física (empresas de transpor-
te, operadores logísticos), agências de serviços de marketing (agências de
publicidade e propaganda, de pesquisa de marketing e consultorias) e in-
termediários financeiros (bancos). São elementos fundamentais na criação
de valor para a empresa (KOTLER; ARMSTRONG; 2007).
22
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
zação, na troca com o ambiente, e não dentro dela mesma. Desta forma, o
maior erro dessas organizações é realizar esforços em desenvolver produ-
tos ou serviços que não estejam alinhados às necessidades e expectativas
dos clientes.
Em relação ao ambiente e às importantes relações estabelecidas
com as organizações, Chiavenato (2004) classifica o microambiente
ou ambiente de tarefa em dois grandes grupos, em acordo com a sua
dinâmica:
Ambiente de tarefa estável
Caracterizado como um ambiente previsível e conservador, per-
mitindo que as organizações adotem ações de reação padronizadas
e rotineiras. As principais características das organizações bem
sucedidas nesse tipo de ambiente são a rotina e o conservantismo.
Diante do contexto ambiental complexo e dinâmico de hoje, são
poucas as organizações que conseguem manter um ambiente de
tarefa estável e estático, com poucas mudanças em relação a seus
fornecedores, clientes e concorrentes.
Ambientes heterogêneos
É o tipo de ambiente onde ocorre muita diferenciação entre os for-
necedores, clientes e concorrentes. Este tipo de ambiente cria tam-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
25
Introdução à Administração
Ambientes homogêneos
É o tipo de ambiente composto por fornecedores, clientes e con-
correntes muito semelhantes, que não mantêm entre si diferenças
significativas. Normalmente, há pouca segmentação nos mercados
que constituem esse ambiente.
Atividades
01. Explique o conceito de administração.
26
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
Reflexão
A administração estratégica é um processo contínuo. Os sistemas
internos, assim como o ambiente, são dinâmicos e propõem desafios cons-
27
Introdução à Administração
Leituras recomendadas
– Acesse e leia o artigo Implantacão do Balanced Scorecard
(BSC), o qual analisa a operacionalização do planejamento estratégico de
um departamento de uma instituição de ensino por meio do uso do BSC.
Acesse: <http://www.administradores.com.br/artigos/implantacao_do_ba-
lanced_scorecard_bsc/22949/ >.
28
Administração e seus Desdobramentos – Capítulo 1
Referências
BATEMAN, T; SNELL, S. Administração: construindo vantagem
competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
29
Introdução à Administração
No próximo capítulo
No próximo capítulo, vamos abordar as duas funções iniciais da
administração, que são o planejamento e a organização. A primeira é
responsável por elaborar os objetivos organizacionais, dar foco e direção
à empresa, enquanto a segunda é responsável por organizar de forma har-
moniosa tanto o corpo social quando material da empresa.
Proibida a reprodução – © UniSEB
30
Funções,
Planejamento e
Organização
2 Neste capítulo, estudaremos duas das quatro
funções iniciais da administração: planejamen-
lo
to, organização, direção e controle. Nosso foco,
portanto, será o estudo do planejamento, que constitui
ít u
escasso, deve-se antes planejar seu uso, para que ele não seja
mal utilizado ou subaproveitado, garantindo, assim, o maior
retorno possível com o seu uso.
Vamos compreender o conceito de planejamento e seus níveis,
dividindo em planejamento estratégico, planejamento tático e pla-
nejamento operacional. Cada um deles se relaciona com o outro de
maneira muito próxima mantendo uma relação de interdependência e
devem ser pensados sempre conhecendo a situação atual da organiza-
ção para, então, pensar-se em possibilidades futuras, desafios e necessi-
dades.
Na segunda parte deste capítulo, vamos estudar a função organização,
estritamente ligada à função anterior, planejamento, já que para realizá-
-la é fundamental que antes tenha sido feito um planejamento eficaz, pois,
somente a partir dele, podemos pensar em organizar, dividir as tarefas,
alocar os recursos aos seus devidos lugares com o objetivo de auxiliar a
organização no alcance de suas metas estratégicas.
Estudaremos os modelos de estruturação organizacional mais utiliza-
dos e atuais, compreendendo suas vantagens e limitações, para que
seja possível aplicá-los realizando a adequada estruturação de orga-
nizações diante de suas características e necessidades.
Faça a leitura atenta do material, realize as atividades com dedi-
cação e assista às aulas, para garantir um ótimo aproveitamen-
to do conteúdo e enriquecer sua formação.
Objetivos de aprendizagem
Compreender a função planejamento, assim como o comportamento
do planejamento em seus diversos níveis: estratégico, tático e operacional,
identificando os fatores que influenciam a elaboração e a aplicação de
cada um deles.
Entender a função organização e seus desdobramentos, como divisão
do trabalho, estruturação organizacional, responsabilidade e autoridade.
Você se lembra
Você se lembra da necessidade de definir qual a direção que a or-
ganização vai tomar? A função planejamento permite às organizações
definirem um objetivo e traçar as formas pelas quais tais objetivos serão
atingidos. Para tanto, a empresa necessitará ter clareza tanto de suas
forças e fraquezas internas, quanto do conhecimento profundo sobre as
oportunidades e ameaças provenientes do ambiente externo. Dessa forma,
objetivos consistentes poderão ser definidos e cada nível administrativo
definirá de que forma, mobilizando quais recursos, irá alcançá-los. Lem-
bre-se de que, para cada nível administrativo, será realizado um tipo de
planejamento diferente, tendo em vista que cada nível realiza atividades
mais ou menos estratégicas dentro da organização.
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
2.1 Planejamento
Segundo Oliveira (2009), as funções da Administração são as ativi-
dades que devem ser desenvolvidas em todo processo administrativo nas
empresas. No Tema 1, fizemos uma breve introdução a cada uma dessas
funções. Agora, vamos discutir detalhadamente cada uma, apresentando
nesse capítulo os principais aspectos da função planejamento.
Inicialmente, vamos conceituar a função planejamento. O quadro 2.1
apresenta algumas definições na opinião de diferentes autores.
Função planejamento
33
Introdução à Administração
Figura 6
35
Introdução à Administração
36
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
37
Introdução à Administração
Revolução Industrial
Substituição do artesão pelo operário especializado.
Surgimento das fábricas.
Crescimento das cidades, originando novas necessidades de administração pública.
Surgimento dos sindicatos.
Administração consolida-se como área do conhecimento.
Primeiras experiências práticas com a Moderna Administração de Empresas: padro-
nização do processo produtivo, fabricação de peças intercambiáveis, planejamento e
controle da produção.
38
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
39
Introdução à Administração
40
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Exemplo
Um importante objetivo estratégico da McDonald´s Corporation é aumentar o
crescimento das vendas, principalmente no horário do jantar. Uma questão-chave
do planejamento tático é o menu que a empresa deverá oferecer para o jantar.
A McDonald´s Corporation deverá experimentar menus que ofereçam palitinhos
de cenoura, milhos na espiga e produtos que atendam às demandas dos clientes
para o jantar. Outro interesse tático é a campanha publicitária que deverá atrair os
consumidores ao McDonald´s para jantar.
A empresa deve também adequar os novos itens a seu sistema operacional de
franquia, de modo que o controle de qualidade, a consistência e a velocidade
não sejam sacrificados. As cozinhas de seus restaurantes já utilizam um manual
operacional de mais de 600 páginas que enfatiza a produção em massa e a uni-
formidade absoluta.
Se a McDonald´s Corporation pretende atingir seus objetivos de crescimento,
deve articular cuidadosamente seus planos estratégicos, táticos e operacionais.
41
Introdução à Administração
Planejamento Estratégico
Implementação da Estratégia
Acompanhamento e Avaliação
da Estratégia
Análise do
ambiente
Análise
dos pontos
fortes e fracos
Proibida a reprodução – © UniSEB
43
Introdução à Administração
• Desempenho
O desempenho das organizações é medido por meio de indicadores
como: participação dos clientes, vendas, rentabilidade, taxa de retorno do
capital investido, entre outros. Alguns indicadores são genéricos e usados
por empresas de diversos setores de atuação, outros são específicos como,
por exemplo, taxa de utilização dos assentos nas companhias aéreas.
• Uso de recursos
Essa análise tem natureza qualitativa e pode ser feita por meio de
perguntas como:
Análise Swot
O aspecto mais importante do diagnóstico estratégico é que o resu-
mo das sugestões deve ser tratado de tal forma que prevaleçam as ideias
da organização e não as individuais, inclusive com suas contradições que,
por meio de um debate dirigido, proporciona a concordância geral.
Você já ouviu falar de uma ferramenta chamada análise de SWOT?
Essa ferramenta nada mais é do que a análise do ambiente externo e
interno que acabamos de conhecer!
A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para a avaliação de
cenário (ou de ambiente). O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma
inglês e é um acrônimo de forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses),
oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats).
Segundo Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), a análise SWOT
Proibida a reprodução – © UniSEB
44
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe
um conselho de Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça
as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”
(SUN TZU, 2007.)
Normalmente, a análise de SWOT é representada por um diagrama,
conforme apresentado na figura 10, facilitando a visão global da influên-
cia dessas quatro forças.
Ameaças Oportunidades
Fraquezas Forças
45
Introdução à Administração
Perspectiva do
cliente
Perspectiva
Perspectiva do
inovação e Balanced
desempenho
aprendizagem Scorecard
financeiro
organizacional
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
Perspectiva
processos internos
47
Introdução à Administração
Liquidez corrente
Crescimento da receita
Margem bruta
Geração de caixa
48
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Perspectiva Indicadores
Inovação e aprendizagem Tempo para recuperar o investimento
organizacional Receita de novos produtos ou serviços
Conformidade dos processos
Conformidade dos projetos
Geração de ideias
Aceitação de novos produtos ou serviços
Segurança
49
Introdução à Administração
Planejamento Tático
O planejamento tático transforma os objetivos e planos estratégicos
mais amplos em objetivos e planos específicos que são relevantes para
uma parte específica da organização, geralmente uma área funcional,
como marketing ou recursos humanos. Esses planejamentos focam as
principais ações que uma unidade deve empreender para realizar sua parte
do plano estratégico (BATEMAN; SNELL, 1998).
Oliveira (2009) afirma que o planejamento tático fica no meio do
campo, entre o planejamento estratégico (ataque) e o planejamento opera-
Proibida a reprodução – © UniSEB
50
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Planejamentos
táticos
Marketing
Produção
Finanças
Processos e
Tecnologias
Retroalimentação e Avaliação
Processo decisório
Os administradores enfrentam problemas constantemente; alguns
demandam decisões relativamente simples, outros são muito complexos
e, portanto, requerem decisões complexas. Segundo Oliveira (2009), o
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
51
Introdução à Administração
Decisões
Alternativa
Avaliação
Diagnóstico
Problema
52
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Dificuldades
uma decisão;
––Brainstorming: envolve um pequeno grupo de empregados
criativos em uma reunião para gerar ideias, sob condições
rigidamente controladas.
53
Introdução à Administração
Conexão:
A Fundação Nacional da Qualidade – FNQ – lançou recentemente os Critérios de Excelência 2010 –
avaliação e diagnóstico da gestão organizacional. Essa publicação aponta os oito critérios considerados
na avaliação, assim como os indicadores considerados em de cada um deles.
Tais critérios são utilizados para avaliar as empresas que participam do Prêmio Nacional da Qualidade®
(PNQ), também da FNQ, que anualmente reconhece as organizações que praticam a Excelência em
Gestão no Brasil.
Acesse: Critérios de Excelência 2010: <http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/Criterios_Exce-
lencia2010rev1.pdf >
PNQ: <http://www.fnq.org.br/site/397/default.aspx>
O Instituto Ethos é uma organização que tem como objetivo mobilizar e sensibilizar as empresas, aju-
dando-as a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, por meio da troca de conhecimento
e experiências, o desenvolvimento de ferramentas que permitem às empresas analisar suas práticas de
responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
Leia mais em: <www.ethos.org.br/>.
Principais aspectos do
Área funcional
planejamento funcional
Acompanhamento e estudo da concorrência.
Análise e seleção de mercados e clientes.
Análise e seleção de produtos e serviços.
Marketing Definição das estratégias preço.
Definição das estratégias promoção de vendas.
Definição das estratégias comunicação.
Definição das estratégias de distribuição.
Definição técnica da linha de produtos e serviços.
Desenvolvimento de Definição dos recursos técnicos.
produtos e serviços
Desenvolvimento de fornecedores.
Proibida a reprodução – © UniSEB
54
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
55
Introdução à Administração
Função organização
• Bateman e Snell (1998, p.28) definem a função organização como aquela que visa a
“reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros, físicos, de informação e outros
necessários ao atingimento dos objetivos”.
• Para Fayol (1994, p. 77), “organizar uma empresa é dotá-la de tudo que é útil a seu
funcionamento: matérias-primas, utensílios, capitais e pessoal”.
Definição de
responsabilidades
Análise Divisão Desenho da
dos do estrutura
objetivos trabalho organizacional
Definição de
autoridade
58
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Linhas de
Autoridade e hierarquia
(cadeia de comando)
comunicação
Figura 15 – Organograma
Maximiano (2008, p. 86)
59
Introdução à Administração
60
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
• Organização funcional
Em uma organização funcional, os cargos são especializados e agru-
pados de acordo com a função de negócios e as habilidades que requerem,
como, por exemplo, produção, marketing, recursos humanos, entre outros.
Essa estrutura é comum em pequenas organizações (BATEMAN; SNELL,
1998).
A principal vantagem da estruturação funcional é a separação das
áreas das empresas por especialização do trabalho ou áreas funcionais
(OLIVEIRA, 2009).
61
Introdução à Administração
• Organização territorial
Quando se usa o critério geográfico, cada unidade de trabalho cor-
responde a um território. Esse tipo de estrutura pode ser utilizado quando
a organização atua em uma área grande, ou em locais diferentes, e em
cada local é necessário disponibilizar certo volume de recursos ou certa
autonomia. No caso da estruturação territorial ou geográfica, a empresa
procura o melhor conhecimento e logo a melhor atuação em regiões ou
locais específicos (MAXIMIANO, 2008; OLIVEIRA, 2009).
62
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Presidência
Assessoria Assessoria
financeira administrativa
Projeto 1
Clientes Produtos Fábrica Fábrica
Fábrica
empresas do tecnológicos região região
região sul Projeto 2
governo norte sul
Projeto 3
Clientes Produtos de
empresas consumo
privadas
Explicando a figura 16
63
Introdução à Administração
64
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
2.4.2.5 Adhocracia
Adhocracia é um terno cunhado por Alvin Tofler que depois tornou-
se popular quando da publicação do livro Adhocracy – The power to
change por Robert Waterman. Este termo tem o significado exatamente
oposto ao de burocracia, pois ela tem como prática a busca pela mudança,
flexibilidade e inovação, não se prendendo a regras e normas, pelo contrá-
rio dando ênfase à liberdade de expressão e criatividade.
Normalmente, o modelo de gestão do tipo adhocratico envolve
equipes temporárias, que se formam para a realização de projetos e, assim
que estes terminam, seus membros formam outras equipes para a realiza-
ção de novos projetos. Caracteriza-se desta forma uma organização flexí-
vel e mutável.
Entre as principais características da adhocracia, podemos destacar:
• estrutura organizacional marcadamente orgânica;
• pouca formalização dos procedimentos e comportamentos;
• especialização do trabalho assente na formação;
• coordenação e controle efetuado pelas próprias equipes de
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
trabalho;
• baixo grau de padronização de processos;
• elevado grau de descentralização;
• indefinição de papéis;
65
Introdução à Administração
Auditoria
Comitês Externa
Presidência
Executiva
Proibida a reprodução – © UniSEB
Auditoria
Interna
Diretores
66
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
ganização, que detêm autoridade para cuidar que as leis sejam cumpridas.
Essas pessoas agem dentro de uma jurisdição (MAXIMIANO, 2006).
Essas organizações, baseadas em leis racionais, são denominadas
burocracias e são regidas por três princípios básicos, que expressam o seu
nível de racionalidade (MAXIMIANO, 2006):
• formalidade: burocracias são essencialmente sistemas de nor-
mas que definem os direitos e os deveres dos participantes. A
autoridade é definida pela lei, que tem como objetivo a raciona-
lidade das decisões baseadas em critérios impessoais;
• impessoalidade: as pessoas são ocupantes de cargos ou posi-
ções formais, que eventualmente possuem autoridade. A pessoa
que ocupa um cargo investido de autoridade é um superior e
está subordinado a uma legislação que define os limites de seus
poderes, dentro dos quais pode dar ordens e deve ser obedeci-
do. A obediência de seus funcionários não lhe é devida pessoal-
mente, mas ao cargo que ocupa; e
• profissionalismo: os cargos oferecem a seus ocupantes uma car-
reira profissional e meios de subsistência (salário). O integrante
de uma burocracia é um funcionário que faz do cargo um meio
de vida; recebendo um salário regular em troca de seus serviços.
A escolha para ocupar o cargo, em geral, deve-se a suas qualifica-
ções, que são aprimoradas por meio de treinamento especializado.
Maximilian Carl Emil Weber nasceu em 21 de abril de 1864, na Prússia (atual Alema-
nha). Filho de uma família da classe média alta que possuía considerável influência
política e social. Weber foi criado em um ambiente propício para o desenvolvimento
intelectual, recebendo excelente educação e formação em línguas, história e literatura
clássica.
É considerado um dos fundadores da Sociologia. Foi professor das universidades de
Freiburg e de Heidelberg, dedicando-se ao estudo de economia, história, filosofia e
direito. Escreveu a Ética protestante e o espírito do capitalismo. Weber faleceu em
14 de junho de 1920, em Munique.
Adaptado de Wren (2005)
Proibida a reprodução – © UniSEB
68
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Disfunção Características
• As pessoas levam para dentro das organizações os inte-
resses dos grupos de que participam fora dela. Muitas pes-
soas estão voluntária ou involuntariamente afiliadas a gru-
Particularismo pos externos, ou fazem parte de grupos sociais.
• Esses interesses podem estar relacionados a ideias se-
melhantes, amizade, pressão.
• Prática em que o funcionário usa a organização para re-
alizar objetivos pessoais ou utiliza recursos da organiza-
ção em benefício próprio. Como exemplo podem-se citar
contratação de parentes e fechamento de negócios com
empresas da família.
Patrimonialismo • A organização burocrática oferece muitas vantagens para
as pessoas que são alçadas às posições de chefia, como
símbolos diferenciadores e vantagens materiais. Conse-
quentemente, a burocracia incentiva o conflito entre as pes-
soas que desejam essas posições por causa de suas van-
tagens e realça a vaidade de seus ocupantes, prejudicando
a qualidade da administração.
• Multiplicidade de regras e exigências para a realização
de atividades, complicando a realização destas.
Excesso de regras
• Por exemplo, podem-se citar: assinatura com firma reco-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
69
Introdução à Administração
70
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Atividades
01. Quais os tipos ou níveis de planejamento?
71
Introdução à Administração
72
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Reflexão
As questões estratégicas normalmente são amplas e atuam no lon-
go prazo, causando mais impacto na eficácia de longo alcance da organi-
zação em termos de como esta pode direcionar as necessidades de seus
clientes. Para se obter sucesso essas estratégias precisam estar alinhadas
com a estratégia coorporativa.
As decisões táticas direcionam eficientemente a programação dos
insumos dentro das restrições estratégicas estabelecidas anteriormente.
Já as decisões referentes ao planejamento e ao controle operacional são
estreitas e de curto prazo, estando relacionadas a atividades como escala
de trabalho, prioridades de produção, entre outras situações que estão
fortemente vinculadas ao chão de fábrica.
Dentro de seus limites, uma operação deve atuar continuamente.
Com isso, podemos afirmar que qualquer operação produtiva requer
planos e controle que possibilitem o gerenciamento das atividades, de
modo a satisfazer de forma contínua a demanda (FERREIRA, 2008).
Levando em consideração o fato de que o planejamento estra-
tégico, isoladamente, não atende a todos os aspectos necessários para
estruturar os caminhos a serem seguidos pela empresa, os planejamentos
tático e operacional devem ser desenvolvidos e implantados de forma
integrada.
Segundo Oliveira (2009), essa interação deve ser feita de manei-
ra estruturada, considerando o fato de que o planejamento estratégico
aborda toda a empresa, o planejamento tático considera uma parte ho-
mogênea da empresa e o planejamento operacional evidencia os planos
detalhados e específicos de assuntos ou partes do planejamento tático. O
quadro 2.15 permite visualizar essa situação.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
73
Introdução à Administração
Tipo Nível
74
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
Aspectos básicos
75
Introdução à Administração
O empowerment, termo em inglês, significa “atribuir poderes a alguém”, quer seja a funcio-
nários de forma individual, quer seja a equipes. De acordo com Maximiano (2004, p. 283), o
empowerment envolve:
Leituras recomendadas
– Reforce seu conhecimento sobre a função planejamento com a
leitura do artigo O que é planejamento estratégico. Acesse:
<http://www.administradores.com.br/artigos/o_que_e_planejamen-
to_estrategico/10386/>
por Sun Tzu no século IV a.C., publicado pela editora WMF MARTINS
FONTES. A obra é um tratado militar que contempla vários elementos da
estratégia de guerra, mas que, com adequações, adapta-se ao contexto da
estratégia empresarial.
76
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
– Acesse: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_
TR15_0699.pdf>, leia o artigo Estruturas de gerenciamento de pro-
jetos e competências em equipes de projetos e entenda melhor quais
são os critérios a serem considerados que direcionam as organizações a
implantarem a organização por projetos.
Referências
ARGYRIS, Chris. Personalidade e organização. Rio de Janeiro:
Usaid, 1968.
78
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
79
Introdução à Administração
80
Funções Planejamento e Organização – Capítulo 2
No próximo capítulo
Daremos continuidade ao estudo das funções da administração,
apresentando a função direção, responsável por colocar em execução tudo
aquilo que foi previamente planejado e organizado na empresa, sobretudo
por meio da liderança, comunicação e motivação. Também estudaremos a
última função da administração, a função controle, que é responsável por
oferecer informações sobre o andamento das atividades, verificando se
estão de acordo com o que foi previamente planejado e organizado.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
81
Introdução à Administração
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
82
Funções Direção e
Controle
Neste capítulo, abordaremos duas fun-
comunicação.
Você irá compreender que qualquer gestor deve desenvolver
capacidades essenciais relacionadas à função direção, que são
motivação, comunicação e liderança. Então, prepare-se para com-
preendê-las como três conceitos inter-relacionados para a efetiva
realização da função direção.
Na segunda parte deste capítulo, estudaremos a função controle, que
fecha o ciclo das funções da administração. Vamos conhecer os níveis
do controle, suas fases, o processo de controle, estudar questões relati-
vas à qualidade, entre outros pontos importantes. Devemos compreender
que sem controle não é possível tomar decisões e, portanto, torna-se im-
possível o processo de gestão.
Esperamos que estes conhecimentos façam a diferença em sua vida pro-
fissional. Lembre-se de organizar seus estudos e dedicar-se a leitura aten-
ta e cuidadosa do material, pois assim conseguirá um desempenho muito
melhor durante as aulas.
3.1 Direção
Segundo Oliveira (2009), a função direção é a mais complexa para
ser analisada, pois é a função menos estruturada dentre as básicas da ad-
ministração. O quadro 3.1 apresenta algumas definições na opinião de
diferentes autores.
Função direção
• De acordo com Oliveira (2009, p. 211), essa função da administração “cuida da capa-
cidade e habilidade de se supervisionar e orientar os recursos (humanos, financeiros,
tecnológicos, materiais, equipamentos) alocados nas atividades das empresas, visan-
do otimizar o processo decisório direcionado ao alcance dos resultados estabelecidos
nos planejamentos”.
• Para Fayol (1994, p. 26), dirigir “é conduzir a empresa, tendo em vista os fins visa-
dos, procurando obter as maiores vantagens possíveis de todos os recursos de que
ela dispõe, é assegurar a marcha das funções administrativas”.
• Para Bateman e Snell (1998), direção é tratada como liderança, ou seja, estimular
as pessoas a serem grandes executores, é dirigir, motivar e comunicar-se com os
funcionários.
86
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
87
Introdução à Administração
88
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
89
Introdução à Administração
90
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
3.1.2 Motivação
Os objetivos organizacionais são atingidos por meio do trabalho
de pessoas e equipes. A eficiência e a eficácia com que estes objetivos
são alcançados estão relacionados ao desempenho das pessoas e das
equipes, o qual é afetado pelo nível de motivação deles.
Vamos ao conceito:
Motivação
“É o processo de induzir uma pessoa ou um grupo, cada qual com
suas necessidades e personalidades distintas, a atingir os objetivos da
organização, enquanto tenta também atingir os objetivos pessoais” (MEG-
GINSON; MOSLEY; PIETRI JR, 1998, p. 346)
A motivação das pessoas no ambiente organizacional possui duas
perspectivas que devem ser consideradas pelos administradores:
––Motivos internos, tais como atendimento a suas necessidades
pessoais, aptidões para o desenvolvimento de determinadas
atividades e valores pessoais confrontados com os valores da
organização;
––Motivos externos, que são relacionados aos estímulos recebi-
dos do ambiente de trabalho, tais como salário e equipamen-
tos de trabalho.
MOTIVOS INTERNOS:
necessidades, aptidões,
valores e outros
MOTIVAÇÃO
MOTIVOS EXTERNOS:
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
Estímulo ou incentivo do
ambiente
91
Introdução à Administração
Necessidade Exemplos
de auto- Auto desenvolvimento
-realização Auto-satisfação
Necessidade Reconhecimento
Confiança
de Status
estima Admiração
Relacionamento
Necessidades Aceitação
sociais Amizade
Necessidades primárias
Consideração
Busca de estabildade
Necessidades de segurança Proteção contra: ameaça,
doença, desemprego, roubo,
incerteza
Alimento
Necessidades fisiológicas Repouso
Abrigo
Sexo
92
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Exemplos: Exemplos:
Reconhecimento Salário
93
Introdução à Administração
Fatores higiênicos
Figura 21
94
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Necessidades secundárias
Necessidade Exemplos
de auto- Auto desenvolvimento
-realização Auto-satisfação
Necessidade Reconhecimento
Confiança
de Status
estima Admiração
Relacionamento
Necessidades Aceitação
sociais Amizade
Necessidades primárias
Consideração
Busca de estabildade
Necessidades de segurança Proteção contra: ameaça,
doença, desemprego, roubo,
incerteza
Alimento
Necessidades fisiológicas Repouso
Abrigo
Sexo
Figura 23
As necessidades fisiológicas e de
segurança são as primeiras a serem
satisfeitas, seguidas pelas neces-
sidades sociais, de estima e de A teoria de Maslow é particularmente
autorrealização (MARRAS, importante no ambiente de trabalho porque
2000). A apresentação de um mostra que as pessoas não necessitam ape-
nas de recompensas financeiras, mas também
comportamento negativo por de respeito e atenção (GIL, 2001)
parte dos colaboradores significa
que, de forma geral, há falhas no
atendimento das necessidades por
parte da empresa (MAXIMIANO,
2006).
A Hierarquia das Necessidades possui
muito pouco embasamento empírico, mas tem grande aceitação popular
(ROBBINS, 2002). Um dos motivos que levam a essa situação é o fato
de que essa teoria permitiu que se compreendesse que no ambiente de
trabalho as pessoas apresentam diferentes necessidades, cada uma delas
com peculiaridades e intensidades distintas, devendo a empresa ampliar
os estímulos para atendê-las (SPECTOR, 2004).
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
3.1.2.2 Teorias X e Y
Douglas McGregor desenvolveu sua teoria motivacional a partir
de uma postura crítica à filosofia administrativa. McGregor considerava
manipuladora e coercitiva a postura das empresas para com seus empre-
gados.
97
Introdução à Administração
98
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Figura 24
Assim surgiu a teoria dos dois fatores, que explica como o ambien-
te de trabalho e o próprio trabalho podem interferir no nível motivação
(MAXIMIANO, 2006). De acordo com essa teoria há, no campo indivi-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
99
Introdução à Administração
100
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
3.1.3 Liderança
A liderança pode ser entendida como o processo de influenciar pes-
soas e equipes de forma a direcioná-las para o desenvolvimento de ativida-
des. De acordo com Chiavenato (2000, p. 314), a liderança é “a influência
interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do processo de
comunicação humana à consecução de um ou mais objetivos específicos”.
O líder, portanto, é a pessoa que exerce tal influência, a qual pode
ter caráter mais ou menos centralizador (autocrático). De acordo com Me-
gginson, Mosley e Pietri Jr (1998, p. 377), os líderes podem ser classifica-
dos quando à abordagem de sua atuação como:
“– Líderes autocráticos: chamados de autoritários, tomam todas
as decisões, em vez de permitir a seus seguidores que partici-
pem delas;
– Líderes democráticos ou participativos: envolvem bastante
os seguidores no processo de decisão. Usam o envolvimento
grupal para estabelecer objetivos e para determinar objetivos e
estratégias básicas e para determinar as funções dos cargos;
– Líderes do tipo laissez-faire: chamados “líderes de rédea sol-
ta” – são frouchos e permissivos, deixando os seguidores faze-
rem o que querem”.
seja desenvolvido.
A figura 25 apresenta o Grid Gerencial, elaborado por Robert Blake
e Jane Mouton, o qual apresenta a combinação entre a orientação para a
tarefa e a orientação para as pessoas que resulta em cinco estilos diferen-
tes de liderança. Cada um dos estilos é apresentado na figura 25, seguido
pelo estilo de atuação do líder.
101
102
Proibida a reprodução – © UniSEB
Introdução à Administração
– Obediência às regras
– Atributo singular
3.1.4 Comunicação
A comunicação é fundamental em qualquer atividade coletiva. Sem
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
103
Introdução à Administração
Comunicação
Mensagem
Canal de comunicação
Transmissor Receptor
Feedback
Ruído
104
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
• Formal
A comunicação formal, segundo Oliveira (2009), é planejada, facili-
tada e controlada. Ela segue a corrente de comando na estrutura hierárqui-
ca da empresa. Nós estudamos as estruturas organizacionais no capítulo
anterior!
• Informal
Este tipo de comunicação surge espontaneamente nas empresas, em
reação à necessidade de seus funcionários, executivos e prestadores de
serviços. Ela poderá ser ruim para a empresa, quando permitir a propa-
gação de muitos boatos, ou será boa, quando facilitar a ajuda entre seus
membros (OLIVEIRA, 2009).
A comunicação informal pode ser administrada por meio de alguns
cuidados. Primeiro, se o gestor ouve uma história que pode vir a gerar
situações desagradáveis para a empresa, ele deverá conversar com as
pessoas-chave envolvidas para obter os fatos. Em segundo lugar, suges-
tões para impedir esse tipo de situação (boatos) incluem: explicar coisas
que são importantes, mas não foram explicadas; dispersar a incerteza
fornecendo fatos e trabalhar para estabelecer comunicações abertas e con-
fiança ao longo do tempo. Em terceiro lugar, neutralizar os rumores que
já surgiram: desconsiderar os rumores caso sejam sem sentido; confirmar
abertamente quaisquer partes que sejam verdadeiras; fazer comentários
públicos; negar o rumor se a negação for baseada na verdade; garantir que
as comunicações sejam consistentes; selecionar um porta-voz com conhe-
cimento adequado (BATEMAN; SNELL, 1998).
105
Introdução à Administração
100%
Conselho
63% Vice
presidentes
56% Supervisores
gerais
40% Administradores
de fábrica
30% Supervisores
20% Trabalhadores
• Horizontal
A comunicação horizontal pode ocorrer entre pessoas da mesma
equipe de trabalho, porque muita informação precisa ser partilhada por
106
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Conexão:
A Associação Brasileira de
Comunicação Empresarial –
ABERJE é uma organização que visa
difundir o conhecimento e as experiências
profissionais relacionadas à comunicação
empresarial.
No site da AERJE, podem ser encontrados vá-
rios artigos sobre como desenvolver adequa-
damente a comunicação empresarial.
Acesse: <http://www.aberje.com.br/>.
• Para Bateman e Snell (1998, 29), a função “controlar” assegura que os objetivos
sejam atingidos. Ela pergunta e responde à questão: “Nossos resultados estão con-
sistentes com nossos objetivos?” E faz ajustes quando necessário.
108
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
109
Introdução à Administração
Produção de
bens e
serviços
Dentro dos
limites
Parâmetros
Continuar o
trabalho
Proibida a reprodução – © UniSEB
110
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
(1)
Estabelecimento
de
padrões
(4) (2)
Tomada de ação Mensuração de
corretiva desempenho
(3)
Comparação do
desempenho atual
com o padrão
112
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
– No de empregados
Padrões de – Volume de produção
qualidade – Volume de vendas
– Rotação do estoque
– Índice de acidentes
– Qualidade para a
produção
– Funcionamento das
Padrões de máquinas e equipamentos
qualidade – Qualidade dos produtos e
serviço da empresa
– Qualidade da assistência
técnica
Tipos de
padrões
– Pemanência média do
empregado na empresa
Padrões de – Tempo padrão de
tempo produção
– Tempo de processamentos
de pedidos
– Estocagem
– Processamento de
um pedido
Padrões de – Requisição de material
custo – Custo x benefício de um
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
novo equipamento
– Custos diretos e indiretos
de produção
113
Introdução à Administração
114
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
3.2.2 Qualidade
O que é qualidade? De fato, a qualidade pode ter uma definição cla-
ra, porém a percepção da qualidade é algo subjetivo. Não podemos con-
fundir, então, o conceito de qualidade com a percepção dela.
Se perguntarmos a várias pessoas diferentes o que é qualidade, mui-
tas respostas diferentes serão ditas, porém esta é a percepção de qualidade
de cada um, já que normalmente ela está ligada também a sentimentos
subjetivos de cada um.
Segundo a definição da ISO – International Standardization
Organization, qualidade é: “Adequação ao uso. É a conformidade às exi-
gências”.
A Revolução Industrial pode ser considerada o marco inicial da
corrida pela qualidade, com o advento da produção em massa, com a qual,
incentivada pela linha de produção aplicada por Henry Ford, tinha início o
controle da qualidade, depois evoluindo para a qualidade total.
A partir de então, a corrida pela competitividade global exerceu im-
portante papel na evolução das técnicas de controle da qualidade.
Normalmente divide-se a evolução do controle da qualidade até a
qualidade total em três eras:
Era da Inspeção:
• produção é verificada um a um;
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
116
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
117
Introdução à Administração
Sua correção exige uma grande mudan- Sua correção é, em geral, justificável e
ça no processo. pode ser feita no próprio local de produ-
ção.
A melhoria da qualidade do produto,
quando somente flutuações comuns es- A melhoria da qualidade pode, em gran-
tão presentes, precisa de decisões da de parte, ser atingida por meio de ações
alta gerência, o que envolve investimen- locais, que não envolvem investimentos
tos significativos significativos
120
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
121
Introdução à Administração
Atividades
01. Explique o que é direção?
122
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Reflexão
Nesse tema, discutimos os principais aspectos que devem ser con-
siderados no desenvolvimento da função direção. A partir do exposto, po-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
123
Introdução à Administração
124
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
Leituras recomendadas
– Para compreender como a liderança pode promover a mudança da
cultura da organização, leia o livro Cultura organizacional e liderança,
de Edgar Schein, publicado pela Editora Atlas.
125
Introdução à Administração
Referências
BATEMAN, T; SNELL, S. Administração: construindo vantagem
competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
2008(b).
126
Funções Direção e Controle – Capítulo 3
No próximo capítulo
Tendo abordado as quatro funções da Administração, começare-
mos o estudo de algumas áreas funcionais mais comumente encontradas
nas empresas, como a área de operações, também conhecida como ad-
ministração da produção, momento em que iremos conhecer conceitos,
técnicas e metodologias para aplicação tanto em indústrias quanto em
empresas prestadoras de serviços. Vamos estudar também a área de Re-
cursos Humanos, essencial para qualquer atividade organizacional, já que
eles mobilizam todos os outros recursos organizacionais. Estudaremos os
diversos subsistemas que compõe o sistema de Recursos Humanos das
organizações.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
127
Introdução à Administração
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
128
Operações e Recursos
Humanos
Neste capítulo, trabalharemos duas
Você se lembra
Você se lembra qual é a principal razão da existência de qualquer
organização, seja uma empresa grande ou pequena, de manufatura ou ser-
viço, que visa ao lucro ou não? É a criação de produtos e serviços com a
intenção de atender à necessidade de seus clientes, e a Administração da
Produção é a área que se preocupa com essas atividades.
130
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
131
Introdução à Administração
132
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
133
Introdução à Administração
Função
engenharia
Função contábil-
Função de Função financeira
produção marketing
Proibida a reprodução – © UniSEB
Função tecnologia
Funções centrais da informação Funções de apoio
134
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Projeto
• projeto da produção de maneira geral;
• projeto dos bens e dos serviços;
• projeto dos processos produtivos;
• estudo dos tempos;
• projeto das tecnologias de automação;
• projeto da rede e da localização das operações produtivas;
• projeto do arranjo físico, ou seja, do layout.
Planejamento e controle
• planejamento da capacidade produtiva;
• previsão e planejamento da demanda;
• planejamento da produção;
• planejamento das necessidades de matérias;
• planejamento e controle de estoque;
• planejamento da cadeia de suprimentos;
• planejamento de projetos.
Controle e melhoria
• controle da produção;
• qualidade;
• prevenção de falhas;
• melhorias da produção.
• informações;
• consumidores;
• instalações;
• pessoal.
135
Introdução à Administração
Input predomi-
Exemplos de operações produtivas
nante
Todas as operações fabris
(manufaturas) Comércio (varejo em geral)
Materiais Armazéns Transporte de carga
Linha de transporte de con- Mineração e extração
têineres
Empresas de pesquisa de
Contadores marketing
Informações Serviços de notícias Empresa de telecomunicações
Bancos Analistas financeiros
Dentistas
Cabeleireiros
Faculdade
Consumidores Transporte de pessoas
Teatro
Parque temático
Hotéis
Adaptado de Slack, Chambers e Johnston (2002)
Processo de transformação
O processo de transformação está diretamente ligado à natureza dos
inputs a serem transformados, isto é, materiais, informações e consumidores.
Classificamos o processo de transformação em:
Processamento de materiais, com quatro formas distintas de pro-
Proibida a reprodução – © UniSEB
Processos de
transformações
Introdução à Administração
Posse Localização
Recursos a des físicas informativas acomodação fisiológico cológico
serem proces-
sados
Operações
Processadores fabris Transporte
Comércio rodoviário de Armazéns
Materiais Mineração e carga
extração
Contadores
Serviços
Empresas
Processadores Bibliotecas Bibliotecas
Notícias
de teleco-
Informações Arquivos Arquivos
Pesquisa MKT municações
Analistas finan-
ceiros
Transporte
Cabeleireiros público Teatro
Processadores Hotéis Hospitais
Cirurgiões Ônibus Parque temá-
Quadro 4.4 – Diferentes tipos de processos de transformação
1. Os consumidores
• De todos os aspectos que
influenciam a prioridade que
uma organização dá a seus objetivos de desempenho, os mais
imediatos são os dos consumidores da organização. A produção
procura satisfazer aos clientes, desenvolvendo seus cinco obje-
tivos de desempenho.
• Por exemplo, se os consumidores valorizarem especialmente
produtos ou serviços de baixo preço, a produção dará ênfase a
seu desempenho e custos. Já se os consumidores insistirem em
produtos ou serviços isentos de erros, a produção dará ênfase
em seu desempenho de qualidade. A ênfase dos consumidores
em entrega rápida tornará o critério velocidade importante para
a produção, enquanto ênfase em confiabilidade de entrega tor-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
139
Introdução à Administração
LISAFX / DREAMSTIME.COM
Figura 33
2. Os concorrentes
• Os clientes não são os únicos a influenciar na prioridade dos
objetivos de desempenho. Em alguns momentos, produção
também é influenciada pelas atividades dos concorrentes.
• Por exemplo: se a operação de entrega de pizzas a domicílio
competir ganhando uma entrega rápida aos clientes em sua
área, estará concentrando-se na velocidade de entrega, porque
acredita que é isso que seus consumidores desejam. Contu-
do, se uma pizzaria concorrente oferecer entrega igualmente
rápida junto com uma variedade maior de pizzas, a produção
da primeira pode ficar preocupada em ampliar sua própria
variedade. Suas prioridades podem deslocar-se de velocida-
de para desenvolvimento de flexibilidade, para oferecer uma
gama maior de produtos com o objetivo de igualar-se ao seu
concorrente.
• Isso, porém, não significa que uma organização sempre se preo-
cupará em igualar-se aos movimentos de seus concorrentes. A
operação de pizza poderia ter respondido à operação de gama
ampliada de produtos de seu concorrente deslocando suas prio-
ridades para um fator competitivo totalmente diferente. Pode-
Proibida a reprodução – © UniSEB
ria, por exemplo, ter escolhido diminuir anda mais seu tempo
de entrega, de forma a especializar-se em entrega rápida, ou
ainda, uma alternativa nova, como a redução de preços.
140
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
141
Introdução à Administração
142
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Observe que essa fase da gestão de pessoas coincide com a escola clás-
sica, na qual o empregado era visto como um mero recurso produtivo
da organização. A preocupação era fazer com que os trabalhadores
alcançassem as metas de produção, sem a mínima preocupação com as
condições de trabalho e a saúde do trabalhador. Quando um empregado
deixava de “ser produtivo”, era automaticamente desligado da organi-
zação e rapidamente substituído por outro.
Você percebeu como a gestão de pessoas era precária nessa fase? Ser em-
pregado nessa fase não era uma posição confortável, não é mesmo?
143
Introdução à Administração
144
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
145
Introdução à Administração
Figura 34
146
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
147
Introdução à Administração
148
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
149
Introdução à Administração
1. Agregar
6. Monitorar 2. Aplicar
3.
5. Manter
Recompensar
4.
Desenvolver
Vantagens:
• é mais econômico para a empresa;
• é mais rápido;
• apresenta maior índice de validade e de segurança;
• é uma fonte poderosa de motivação para os funcionários;
• aproveita os investimentos da empresa em treinamento;
• desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal.
Desvantagens:
Vantagens:
• gerador de renovação de ideias na organização;
• gerador de diversidade;
• pode ser responsável por inovação e criatividade;
• enriquece o capital intelectual da empresa.
Desvantagens:
• é mais caro para a organização;
• apresenta maior lentidão, quando comparado ao recrutamento
interno;
• menor segurança;
• pode gerar desmotivação por parte dos colaboradores;
Aplicados
Em outras empresas
Candidatos (reais ou potenciais)
Recrutamento
externo
Disponíveis
(reais ou potenciais)
Atraindo talentos
Uma das principais preocupações do subsistema de provisão de re-
cursos humanos é com a atração de talentos para os processos de seleção,
já que o sucesso deste processo depende muito da qualidade dos candida-
tos recrutados. Quanto maiores forem as qualidades destes, possivelmente
melhores serão os resultados do processo de seleção.
A primeira condição para a atração de talentos externos à organização
é a própria imagem que ela apresenta ao mercado de recursos humanos.
Aquelas empresas tidas como as melhores para se trabalhar, que pagam
bons salários e apresentam ambiente e clima de trabalho positivos certa-
mente receberão um maior número de candidatos e como consequência
seu poder de escolha entre os melhores será alavancado. Desta forma, para
atrair talentos é muito importante cuidar dos talentos que já fazem parte da
empresa, pois estes serão os principais agentes de recrutamento, na medida
em que elogiam a empresa e gostam de trabalhar nela.
Para as micro e pequenas empresas, que não dispõe de uma ima-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
153
Introdução à Administração
Tipos de recrutamento
Basicamente há dois tipos de recrutamento: interno e externo.
154
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Desvantagens
Recrutamento interno Recrutamento externo
Fonte: Elaborado pelo autor com base em DESSLER (2003); GIL (2001);
HANASHIRO et al (2007); MARRAS (2000); MILKOVICH, BOUDREAU (2000)
Qual foi a sua conclusão mediante a análise do quadro? Qual dos tipos de
recrutamento é melhor? Vamos refletir sobre o assunto juntos?
Na verdade, não há um tipo de recrutamento melhor, pois, como pode
ser observado no quadro, ambos os processos apresentam vantagens e
desvantagens para a organização.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
155
Introdução à Administração
Fontes de Recrutamento
Agora que você já conhece as formas de recrutamento e suas res-
pectivas vantagens e desvantagens, é interessante aprender sobre as fontes
de recrutamento, de forma que você seja capaz de escolher a fonte mais
adequada para divulgar uma vaga disponível.
No que diz respeito ao recrutamento interno, é fundamental que a
empresa tenha uma política formalizada, com critérios claros e objetivos,
que englobe todos os níveis hierárquicos (DESSLER, 2003).
Outro aspecto importante é quanto à divulgação da vaga. A organização
deve dispor de todos os meios de comunicação interna para que todos os fun-
cionários possam ter acesso às informações sobre o cargo disponível (MAR-
RAS, 2000). A empresa pode, por exemplo, utilizar a intranet, enviar emails,
afixar cartazes nos murais como canais de comunicação.
Todos os candidatos interessados na vaga devem fazer sua inscrição
através de um formulário padrão (formatado em papel ou disponibilizado de
Proibida a reprodução – © UniSEB
de conhecimento em inglês,
nível de conhecimento em O processo de
informática; recrutamento interno deve
ser ter procedimentos transparen-
• Dados profissionais:
tes de inscrição dos candidatos à vaga
departamento, cargo (MILKOVICH.; BOUDREAU, 2000).
ocupado atualmente
na empresa, tempo
de experiência no
cargo, principais ati-
vidades desenvolvidas,
contribuições pessoais
em relação à melhoria das
atividades relacionadas ao cargo
ocupado, participação em projetos desenvolvidos pela organi-
zação;
• Competências: descrição dos conhecimentos, das habilidades
e das atitudes do candidato que contribuem para o alcance dos
objetivos da organização;
• Justificativa: breve explanação dos motivos que levaram o
candidato a inscrever-se para a vaga disponível;
• Plano de ação: breve descrição das contribuições futuras do
candidato em relação à vaga disponível;
• Cláusula de veracidade: declaração de que as informações
fornecidas pelo candidato são verdadeiras e legítimas.
• Assinatura: data e assinatura do candidato no caso de formu-
lário em papel. Utilização de mecanismo de confirmação, se o
formulário for eletrônico, registrando data e nome do candidato
inscrito;
• Comprovante de inscrição: entrega ticket ao candidato com
número da sua inscrição para a vaga. Se o formulário for ele-
trônico, este deverá dispor de um mecanismo que possibilite ao
candidato imprimir seu comprovante.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
158
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
159
Introdução à Administração
Prós Contras
162
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
· Descanso semanal
Indireta
Compensação remunerado
· Férias
· Gratificações
· Gorjetas
· Horas extras
· 13º salário
· Adicionais diversos
· Reconhecimentos
Não financeira
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
· Autoestima
· Segurança ao
emprego
· Orgulho
163
Introdução à Administração
164
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
165
Introdução à Administração
Figura 38
167
Introdução à Administração
Avaliação dos
Determinação Programação Execução do
resultados do
de necessidades do treinamento treinamento
treinamento
que tem como objetivo garantir o bom andamento das atividades, de acor-
do com o planejado. Qualquer desvio ou distorção deve ser corrigido, tão
logo seja identificado.
168
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Desempenho
esperado
(planejado)
Comparação
Desempenho
alcançado
(realizado)
Figura 40 – Controle
Fonte: Elaborado pelo autor.
Estabelecimento
de padrões
desejados
Monitoração
Ação corretiva
do desempenho
Comparação do
desempenho com
os padrões
Desligamento de pessoas
Desligamentos de pessoas de uma empresa podem ocorrer por mo-
tivos organizacionais quanto por decisão do próprio colaborador, ou seja,
a empresa pode decidir desligar um colaborador por motivos de baixo
desempenho, comportamentos e atitudes inadequados, crises, enxuga-
169
Introdução à Administração
170
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
171
Introdução à Administração
Atividades
01. O que é administração de operações?
172
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Reflexão
Administração da Produção é termo usado pelas atividades, decisões
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
173
Introdução à Administração
174
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
• Controle da produtividade.
• Emissão da folha de pagamento.
175
Introdução à Administração
176
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Fonte: Elaborado pelo autor com base na revisão teórica apresentada no item.
remuneração), como também deve ter uma visão holística das demais áre-
as da administração (estratégia, marketing, desenvolvimento de produtos,
produção, logística, pós-vendas, tecnologia de informação, controladoria
e finanças), a fim de traçar políticas e estratégias que satisfaçam às ne-
cessidades dessas áreas no que se refere à gestão de pessoas (DESSLER,
177
Introdução à Administração
178
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
Referências
ALBUQUERQUE, A; ROCHA, P. Sincronismo organizacional:
como alinhar a estratégia, os processos e as pessoas. São Paulo: Sarai-
va, 2007.
180
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
181
Introdução à Administração
182
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
183
Introdução à Administração
184
Operações e Recursos Humanos – Capítulo 4
No próximo capítulo
Dando sequência aos estudos das principais áreas funcionais das
organizações, abordaremos a área de marketing, responsável por com-
preender as necessidades e os desejos dos clientes, realizando pesquisas
e constituindo políticas de produtos, preços, entre outras voltadas para
o mercado. Vamos estudar também a área de finanças, responsável por
buscar e aplicar recursos financeiros da organização, conheceremos mais
sobre decisões de financiamento e investimento, tipos de recursos, assim
como técnicas e métodos de aplicação prática.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
185
Introdução à Administração
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
186
Marketing e Finanças
Neste capítulo, vamos trabalhar
conceitos e práticas de grande impor-
Você se lembra?
Você se lembra da última compra que fez em uma loja de roupas?
Esta compra satisfez a uma necessidade ou a um desejo? A loja procurou
agregar mais valor nos serviços prestados para você? Qual o preço dos
produtos? Quais as formas de pagamento? Aproveito para dar uma dica a
você. Comece a observar os momentos de compra não apenas como con-
sumidor, mas como profissional. Observe as instruções disponíveis para
orientá-lo no momento da compra, a predisposição dos profissionais da
empresa para atendê-lo, os diferenciais criados para surpreendê-lo. Obser-
ve! Você aprenderá muito mais.
188
Marketing e Finanças – Capítulo 5
5.1 Marketing
No dia a dia, você vive várias situações que envolvem diretamente
marketing. Segundo Churchill e Peter (2003, p. 4), “você liga a TV e um
comercial do sabão em pó OMO aparece na tela, seguido por outro que
incentiva você a não dirigir depois de beber. Você vai ao supermercado
e no corredor pega um cupom de desconto para o molho de salada da
Hellmann´s em uma promoção. No final do corredor, experimenta uma
amostra da batata frita sem gordura Pringles. Na faculdade, você visita a
seção de estágios para verificar as oportunidades de emprego. Em seu tra-
balho, você mantém o controle de suprimentos do escritório e encomenda
reposição quando necessário”.
Muitas pessoas referem-se ao marketing apenas como vendas e
propaganda, talvez pelo fato de as empresas que o utilizam estarem cons-
tantemente divulgando seus produtos e suas marcas na mídia. Entretanto,
todas as situações citadas acima envolvem marketing. Assim, vendas e
propaganda constituem apenas duas das muitas funções do marketing.
Autores Definições
189
Introdução à Administração
Filosofia
Organizacional
Troca Processo
190
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Criar
até pagar para evitá-lo.
191
Introdução à Administração
Quadro 5.2 – Estados da demanda – Elaborado pelo autor com base em Kotler; Keller (2006)
(“poder de computação”).
O trabalho da empresa é vender benefícios ou serviços “embutidos”
nos produtos físicos, em vez de apenas descrever suas características físi-
192
Marketing e Finanças – Capítulo 5
193
Introdução à Administração
194
Marketing e Finanças – Capítulo 5
195
Introdução à Administração
Você pode perceber, por meio da figura 44, que esses conceitos
“centrais” do marketing estão vinculados. É importante notar que cada
conceito é constituído com base no que o antecede.
Necessidades,
desejos e demanda
Produtos e
Mercados
serviços
196
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Análise do contexto de
Contexto interno Contexto externo
marketing
Segmentação de
Posicionamento
mercado
Gestão estratégica de
marketing
Produto
Preço
Distribuição
Promoção
Valor percebido e
satisfação do cliente
Desempenho empresarial
197
Introdução à Administração
Marketing prático
Nome colocado à prova
“Leontino Balbo Júnior, da Native, quer transferir o valor da sua marca de açúcar
orgânico para produtos que não fazem parte do negócio principal – e isso é es-
tratégico”
“É das usinas da Native em Sertãozinho, no coração dos canaviais do interior
paulista, que sai boa parte do açúcar orgânico que adoça produtos de multina-
cionais como Danone, Nestlé e Kraft Foods em mais de 55 países. Nos últimos
20 anos, desde que fez a opção pela agricultura orgânica, a Native ultrapassou
as fronteiras nacionais – é a líder mundial de seu mercado, com 34% de todas
as vendas de açúcar orgânico. Seu faturamento anual está na casa de 70 mi-
lhões de reais. Mas apenas 15% disso vem da linha destinada ao varejo, como
pacotes de 1 quilo e sachês. Leontino Balbo Júnior, de 48 anos, fundador da
Native, precisa aumentar essa fatia. Isso é estratégico para que sua empresa
se proteja de riscos típicos de um negócio que cresce num mercado com muito
Proibida a reprodução – © UniSEB
198
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Para isso, nos últimos tempos a Native vem investindo em novos produtos. A maior
parte deles pode ser consumida no café da manhã, como o açúcar. A diversificação
inclui café solúvel, achocolatados, biscoitos e suco de laranja. A presença da marca
foi reforçada com campanhas de degustação nos pontos de venda. No próximo
ano, deverá ser criada uma rede de vendas de porta em porta, nos moldes do que
fazem empresas de cosméticos, como a Avon. “Uma linha de produtos além do açú-
car torna possível a empresa ser bem-sucedida na venda direta”, diz Balbo Júnior.
“Os produtos chegam ao consumidor com preços mais baixos, e também aumen-
tamos as margens com a eliminação de intermediários.” Com essas estratégias,
Balbo Júnior espera um crescimento de 40% nas receitas em 2008....”
Belda, Francisco. Nome colocado à prova. Exame,
SãoPaulo: Abril, ano 41. 29/11/2007
Consumidores-
Fornecedores Praça Preço Públicos
alvo
Co o
çã
ma ntro Promoção e nta ting
rke le d m e
tin e ple ark
g Im e m
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
Ambiente Ambiente
político / legal Concorrentes sociocultural
199
Introdução à Administração
servação e experimentação);
5. procedimentos de mensuração e escalas;
6. elaboração do questionário;
7. processos de amostragem e tamanho da amostra;
8. plano de análise dos dados.
201
Introdução à Administração
202
Marketing e Finanças – Capítulo 5
203
Introdução à Administração
Para que você conheça um pouco mais sobre a segmentação dos produtos
Coca-Cola, visite o site: <http://www.cocacolabrasil.com.br/conteudos.asp?it
em=3&secao=36&conteudo=121> e navegue pelas diferentes marcas. Iden-
tifique os diferentes segmentos em que atua e seus respectivos públicos-
alvo.
205
Introdução à Administração
206
Marketing e Finanças – Capítulo 5
207
Introdução à Administração
208
Marketing e Finanças – Capítulo 5
209
Introdução à Administração
210
Marketing e Finanças – Capítulo 5
2a Etapa: escolhendo
as vantagens
competitivas certas
3a Etapa: selecionando
uma estratégia de
posicionamento
Para que você compreenda mais sobre o tema posicionamento, leia o livro:
RIES, Al; TROUT, Jack. Posicionamento: a batalha por sua mente. 20. ed.
São Paulo: Makron Books, 2002. Uma dica para você. Neste livro há vários
exemplos de estratégias de posicionamento adotadas por diversas empresas
globais.
Proibida a reprodução – © UniSEB
215
Introdução à Administração
A. Marketing indiferenciado
Mix de marketing 1
Segmento 1
da empresa
Mix de marketing 2
Segmento 2
da empresa
Mix de marketing 3
Segmento 3
da empresa
B. Marketing diferenciado
Segmento 1
Mix de marketing
Segmento 2
da empresa
Segmento 3
C. Marketing concentrado
216
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Marketing concentrado
Esta estratégia é atraente quando os recursos da empresa são limi-
tados. Nesta estratégia, em vez de “perseguir” uma pequena fatia de um
grande mercado, a empresa se concentra em perseguir uma grande partici-
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
já atuava no Brasil havia muitos anos, e não foi possível aguentar a pres-
são do concorrente.
218
Marketing e Finanças – Capítulo 5
têm pouco tempo para se dedicar ao marido e aos filhos, passou a oferecer
uma linha de produtos congelados. Quando a empresa ofereceu sua nova
linha de produtos, ela não salientou suas qualidades – ela sugeriu o bene-
fício da liberdade, que é algo de que as mulheres se vangloriam nos dias
219
Introdução à Administração
Abrangência –
número de
diferentes linhas
produtos
Consistência
Profundidade –
número de
versões para cada
linha de produto
Proibida a reprodução – © UniSEB
Extensão
Leite Longa Cereais Derivados
Biscoitos Massas
Vida Parmalat de Tomate
221
Introdução à Administração
222
Marketing e Finanças – Capítulo 5
50
Vendas 40
Lucro
30
Percentual de 20
contribuição para
vendas e lucros 10
0
1 2 3 4 5
Item de produto
223
Introdução à Administração
224
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Vendas e Vendas
lucros ($)
Lucros
Tempo
Estágio do Introdução Crescimento Maturidade Declínio
desenvol-
vimento do
produto
Figura 62 – Vendas e lucros comparados com a vida do produto do início ao fim – Kotler e
Armstrong (2003)
mercado.
225
Introdução à Administração
Alto custo por Custo médio Baixo custo por Baixo custo por
Custos
cliente por cliente cliente cliente
Altos lucros,
Negativos Lucros Lucros
Lucros então lucros
ou baixos crescentes declinantes
mais baixos
Número decli-
Concorrentes Poucos Crescente Número estável
nante
Maximizar os
Criar consciên-
Objetivos de Maximizar a lucros enquan- Reduzir gastos
cia do produto e
participação de to defende a e tirar o máximo
marketing induzir a experi-
mercado participação de da marca
mentação
mercado
Proibida a reprodução – © UniSEB
226
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Oferecer novas
características Diversificar
Oferecer uma Eliminar
Produto ao produto, marcas e
versão básica modelos fracos
atendimento e modelos
garantia
Ser seletivo:
Desenvolver Desenvolver
Distribuição eliminar pontos
Distribuição distribuição distribuição
mais intensiva de venda não
seletiva intensiva
lucrativos
Construir
Conscientiza-
conscientização Reforçar as Reduzir ao nível
ção do produto
de produto diferenças necessário para
Comunicação e interesse no
entre adotantes de marcas e reter clientes
mercado de
imediatos e benefícios fiéis e convictos
massa
distribuidores.
227
Introdução à Administração
São vários os motivos que estão provocando maior uso de canais e, conse-
quentemente, aumentando sua importância, destacam-se:
• Mudança de perfil dos consumidores (demográficos, culturais, étnicos)
• Evolução do e-commerce
• Desenvolvimento da Logística e Terceirização de Atividades
• Aumento no nível de expectativas dos consumidores
• Evolução da TI e Comunicação
• Lançamento de novos produtos e diversidade dos serviços
• Igualdade em Produtos e Preços
• Velocidade dos Canais
228
Marketing e Finanças – Capítulo 5
229
Introdução à Administração
1
2 1 4
4 2 5
5
6
7 3 6
8
9
Figura 63
230
Marketing e Finanças – Capítulo 5
onde estão presentes também outros tipos de fluxos. Isto significa que,
muito mais do que apenas uma estrutura montada, o canal de distribui-
ção se constitui em um sistema complexo caracterizado pelo relacio-
namento entre o fabricante,seus intermediários e consumidores finais
(ALMEIDA, 1999).
Neves (1999) afirma que os membros dos sistemas de distribuição
mantêm uma interligação direta com seus consumidores e com seus forne-
cedores (indústria ou atacadista), mediante nove fluxos, sendo executados
e monitorados pelos agentes dos canais de distribuição. Estes nove fluxos
estão devidamente mostrados na figura 64.
• Posse física: refere-se ao fluxo físico do produto do fabrican-
te até o consumidor. É a parte em que predomina a logística.
• Propriedade: é ter o direito de propriedade sobre o produto
(quase todos assumem, exceto agentes e representantes).
• Promoção: é a atividade realizada com o objetivo de criar
demanda, pois os participantes do canal são os responsáveis
pelos contatos.
• Negociação: existe em todas as etapas do canal.
• Financiamentos: são formas de pagamentos e de fluxos fi-
nanceiros ligados ao custo de capital, principalmente o de
carregar estoques no sistema.
• Riscos: são envolvidos nos fluxos, abrangendo aqueles ad-
vindos de obsolescência, enchentes, incêndios, sazonalidade,
crescimento da competição, problemas econômicos, “recalls”
dos produtos e baixa aceitação destes, entre outros.
• Pedidos: é o fluxo de pedidos de produtos.
• Informações: é a comunicação adequada entre os agentes,
contendo as percepções de cada um sobre os produtos e
serviços, e, principalmente, a informação que parte dos con-
sumidores finais, de fundamental importância para todos os
agentes.
• Pagamentos: é o fluxo dos pagamentos existentes no sistema.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
231
Introdução à Administração
Consumidores Industriais
Promoção Promoção Promoção
e domiciliares
Atacadistas
Produtores
Varejistas
Negociação Negociação Negociação
Agente
232
Marketing e Finanças – Capítulo 5
5.3.3.1 Varejo
O varejo caracteriza-se por atividades de negócios que vendem pro-
dutos e serviços aos consumidores para uso pessoal, familiar ou da casa
(STERN e EL- ANSARY,1992; ROSEMBLOON, 1999). Segundo Parente
(2000), o varejista faz parte dos sistemas de distribuição entre o produtor e o
consumidor, desempenhando um papel de intermediário, funcionando como
um elo de ligação entre o consumidor e o atacado ou a produção.
Assim, os varejistas compram, recebem e estocam produtos de fa-
bricantes ou atacadistas para oferecer aos consumidores a conveniência
Proibida a reprodução – © UniSEB
Aspectos Definição
Novos formatos e Dois ou mais varejistas ocupam um mesmo local, como super-
combinações de mercados com agências bancárias, livrarias contam com cafe-
varejo teria, posto de gasolina com loja de conveniência.
Crescimento da A concorrência ocorre entre diferentes tipos de varejistas. Lojas
concorrência de de desconto e de departamentos, por exemplo, competem pe-
intraformatos los mesmos consumidores.
Concorrência entre O varejo sem loja tende a aumentar. Vendas pela televisão, in-
varejo com loja e o ternet, catálogos e máquinas automáticas de vendas são exem-
varejo sem loja plos de varejo sem loja que concorrem com as lojas físicas.
Grandes varejos com alto poder de compra, oferecem aos con-
Crescimento dos sumidores bom nível de serviços, grande variedade no mix de
megavarejistas produtos a preços atraentes.
Declínio de vare- Crescimento do varejo ou se concentra no topo, oferecendo pro-
jistas do mercado dutos de luxo ou na base atuando no segmento de desconto.
médio
Uso da tecnologia para gerar melhores previsões, controlar
Crescente investi- custos de estoque, fazer pedidos por via eletrônica. Sistemas
mento em tecno- de leitura de código de barras e troca eletrônica de dados são
logia exemplos utilizados no varejo.
Grandes varejistas como hipermercados, que possuem forma-
Presença global de to exclusivo e forte posicionamento de marca estão entrando
grandes varejistas em vários países.
Quadro 5.7 – Tendências no varejo – Baseado em Kotler e Keller (2006, p. 513-514)
► Independentes
Classificação
► Redes
de acordo
► Franquias
com a
► Departamentos Alugados
propriedade
► Sistemas Verticais de Mkt
► Alimentícias
Instituições Instituições
► Não Alimentícias
Varejistas com Lojas
► Serviços
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
237
Introdução à Administração
5.3.3.2 Atacado
Como são especialistas na comercialização de produtos e serviços,
os atacadistas desempenham essa função de maneira mais eficaz do que o
fabricante ou produtor poderiam efetuar. A importância destas atividades
pode ser medida por meio da utilidade que criam, do serviço que prestam
e da sua capacidade de reduzir os custos. Segundo Kotler; Keller (2006) o
atacado inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços
para aqueles que compram para revenda ou uso industrial.
Dessa forma, o atacado, em seu sentido mais fundamental, envolve
todas as transações de vendas, exceto aquelas feitas a indivíduos ou lares
para seu consumo pessoal. Portanto, o atacado inclui todas as vendas de
matérias-primas, a venda de bens empresariais de um fabricante para ou-
tro ou de um distribuidor para um fabricante, a venda de produtos impor-
tados e exportados e todas as vendas a varejistas (SEMENIK; BAMOS-
SY, 1995).
Segundo Boone e Kurtz (1998) os atacadistas criam três tipos de
utilidades para os consumidores:
• Tempo: é criada quando os produtos estão disponíveis para a
venda no momento em que os consumidores desejam comprá-los;
• Local: é criada quando os bens e serviços estão disponíveis em
locais convenientes;
• Propriedade: é criada quando a propriedade dos produtos pas-
sa dos produtores ou intermediários para os compradores.
238
Marketing e Finanças – Capítulo 5
239
Introdução à Administração
240
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Quadro 5.8 – Formas que o atacado agrega valor para os membros do canal – Churchill;
Peter (2003)
241
Introdução à Administração
Figura 68
Rodovia – os caminhões são muito flexíveis em termos de rota e
tempos.
Proibida a reprodução – © UniSEB
Figura 69
Ferrovia – são uma forma de enviar grandes quantidades de produ-
tos sobre grandes distâncias a um custo mais baixo.
244
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Figura 70
Fluvial e marítimo – em países que tenham uma grande costa e ca-
nais internos esta é uma forma com custos baixos de enviar mercadorias.
Mas só para produtos de baixo valor, não deterioráveis já que este meio de
transporte é um pouco lento.
Figura 71
Figura 72
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
245
Introdução à Administração
246
Marketing e Finanças – Capítulo 5
247
Introdução à Administração
Ações que visam agregar valor ao produto estão sendo cada vez
mais utilizadas pelas empresas. Propagandas cada vez mais criativas
possuem o objetivo de persuadir os consumidores, fazendo-os enxergar
outros atrativos nos seus produtos além daqueles que eles já conhecem.
Por exemplo: não basta para as empresas hoje em dia apenas mos-
trar que o seu refrigerante “mata” a sede, é preciso associá-lo a outros
atrativos como poder de conquista, garantia de satisfação e diversão,
entre outros.
O administrador de marketing pode ainda aumentar as vendas e lu-
cros promovendo custos mais baixos para os clientes. Isso é comumente
feito por meio de preços mais baixos por um tempo limitado.
As Lojas Americanas, por exemplo, ocasionalmente anunciam
“queima” de CDs por preços bem abaixo do mercado. Além dela, pode-
mos citar lojas que fazem ofertas sazonais quando trocam suas c o l e -
ções de roupas ou supermercados e distribuidores que vendem ovos de
Páscoa e panetones depois das respectivas datas festivas.
As organizações que não visam lucros também utilizam a comuni-
cação para atingir suas metas. A Comunidade Solidária (um programa de
ação social coordenado pelo governo em parceria com a sociedade), por
exemplo, utiliza anúncios para atrair voluntários, enquanto que as Casas
André Luiz (organização social ligada ao movimento espírita) os utilizam
para pedir donativos (ALMEIDA, 2008).
249
Introdução à Administração
250
Marketing e Finanças – Capítulo 5
251
Introdução à Administração
Custos
Enquanto que o mercado e os concorrentes estabelecem um teto para
o nível de preço que se pode praticar, os custos também estabelecem um
piso. Já sabemos que um produto não pode ser vendido abaixo dele, pois te-
ríamos prejuízo e a empresa não sobreviveria por muito tempo. Além disso,
Proibida a reprodução – © UniSEB
252
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Considerações Organizacionais
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
253
Introdução à Administração
Mercado e Demanda
O mercado é composto por todas as pessoas que têm interesse e
poder aquisitivo para adquirir o produto ou serviço oferecido. Precisamos
entender o seu comportamento para obter as informações necessárias para
o estabelecimento do preço.
O conceito básico de marketing, como vimos, é o estudo das rela-
ções de troca entre o mercado, que busca a satisfação de suas necessida-
des, e a empresa, que busca remuneração adequada, geralmente monetária.
Quanto mais vendemos, mais lucro podemos obter. Precisamos, portanto,
descobrir o que representa uma boa venda para o cliente, de forma que ele
fique satisfeito. O problema é que este valor é subjetivo, ou seja, depende
da pessoa, das suas necessidades de momento e de seu contexto.
Dessa forma, quanto maior a diferença entre o preço que ele paga
e o valor que ele percebe ter recebido, maior sua intenção de compra e,
portanto, maior será a demanda. Por outro lado, quanto maior o preço,
menor será a diferença para o valor percebido e menor será sua intenção
de compra (ALMEIDA, 2008).
Baseado nos estudos de Kotler (2000) e Almeida (2008), esta é a
primeira informação de que precisamos, ou seja, como a demanda varia
com diferentes níveis de preço. Mas, de modo geral, vendemos menos se
pedimos preço mais alto. Isso significa que não basta aumentar o preço
para ter mais lucros, já que o aumento de preço faz com menos pessoas
comprem. Se por um lado ganhamos mais lucro por unidade, por outro
vendemos menos e o lucro total pode ser menor.
O correto, portanto, é estabelecer um preço ideal que possa trazer o
maior lucro. Por exemplo: se colocarmos um preço muito baixo, vamos
atrair muitas pessoas, mas a margem de lucro vai ser pequena ou até mes-
mo negativa. Vendemos uma quantidade enorme do produto, mas, quanto
mais se vende, mais se tem prejuízo.
Proibida a reprodução – © UniSEB
nem tão baixo que o posto tenha prejuízo e não consiga pagar seus outros
custos, como mão-de-obra, luz, água etc.
Outro fator do mercado que devemos considerar é a elasticidade de
preço de demanda. A demanda de alguns produtos reage de maneira mais
rápida ou mais lenta às variações de preço, e a esta sensibilidade chama-
mos elasticidade. Produtos de demanda elástica são aqueles em que a
demanda cai mais rápido com o aumento do preço, enquanto que aqueles
em que essa queda é pequena ou nula são denominados de demanda ine-
lástica, conforme mostrada na figura 74.
A – Demanda inelástica
A demanda muda muito
pouco com uma pequena
P2
Preço
mudança de preço.
P1
Q2
Q1
Quantidade demandada por período
B – Demanda elástica
A demanda muda bastante
com uma pequena mudança
P´2 de preço.
Preço
P´1
Q2 Q1
Quantidade demandada por período
Concorrência
Outro fator importante em preços é a ação da concorrência. A em-
presa precisa obter informações de custos, preços e oferta de seus concor-
rentes para estabelecer seu preço. Os custos do concorrente podem limitar
o preço final a ser praticado, já que ele pode ter maiores margens e, por-
tanto, tornar-se mais competitivo.
Para o mesmo nível de preço, o mercado vai analisar o valor agrega-
do oferecido para estabelecer a oferta mais interessante. Se a concorrência
oferece um produto ou serviço ao mesmo preço que o nosso, mas que é
percebido como melhor, de mais valor, o cliente não irá optar pelo seu. O
conceito de preço justo também irá depender da oferta da concorrência.
O consumidor, principalmente para produtos de valor ou risco
maior, busca informações antes de escolher o que vai comprar. Depois
de identificar a categoria de produto que ele pode usar para satisfazer sua
necessidade, vai identificar quais são as alternativas de produtos e marcas
disponíveis, suas características e preços, ou seja, vai identificar todos os
custos e benefícios para poder ponderá-los e encontrar a opção que ofere-
ce a melhor relação custo-benefício.
De uma forma geral, as pessoas vão colocar de um lado da balança
o preço e todos os outros custos que ele vai incorrer na sua compra – des-
locamentos, compra de informações, riscos que ele pode correr (físicos,
sociais, emocionais) e do outro lado todas as vantagens, com pesos dife-
rentes, de acordo com suas preferências pessoais. A empresa deve também
considerar que esta situação é dinâmica e que o concorrente pode reagir
de formas diferentes à sua estratégia de preços, alterando a sua. Por isso,
esse tipo de análise deve ser contínua para que as informações não fiquem
defasadas e novas ações sejam planejadas (ALMEIDA, 2008).
256
Marketing e Finanças – Capítulo 5
257
Introdução à Administração
+ Custos
+ Despesas
+ Impostos Mark up
+ Lucro
= Preço de venda
Exemplo:
Preço de Venda 100,00%
ICMS da venda 18,00%
PIS/Cofins 4,65%
Comissões 2,50%
Despesas administrativas 6,00%
Lucro antes dos impostos 20,00%
Total 51,15%
258
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Resultado da venda
Vendas $ 2,05 (100,00%)
Custo $ 1,00 (48,85%)
ICMS $ 0,37 (18,00%)
PIS/Cofins $ 0,09 (4,65%)
Comissões $ 0,05 (2,50%)
Desp. Adm. $ 0,13 (6,00%)
Lucro $ 0,41 (20,00%)
259
Introdução à Administração
12 Receita total
10
8 Custo total
6
4
Custo fixo
2
260
Marketing e Finanças – Capítulo 5
261
Introdução à Administração
Descontos
Um desconto é uma redução de preço, geralmente, usada para ofere-
cer maior valor a segmentos de mercado específicos.
262
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Preços segmentados
Consiste em definir preços diferentes para segmentos de mercado
diferentes, adotando várias formas (KOTLER, ARMSTRONG, 2003):
• Por segmento de clientes: pessoas diferentes pagam preços
diferentes para exatamente o mesmo produto/serviço.Ex.: nos
museus há preços para crianças, adultos e idosos.
• Por versão de produto: consiste em vender versões diferentes
do mesmo produto a preços diferentes, independentemente
do custo de produção. Note-se que a qualidade dos produtos
é diferente. Ex.: Aparelhos de DVD, modelos superiores têm
preços superiores.
• Por local: produtos iguais em locais diferentes são vendidos a
preços diferentes, mesmo que os custos de distribuição sejam
iguais. Ex.: O preço dos bilhetes de teatro é diferente para os
lugares diferentes. As poltronas de teatro têm preços diferentes
porque o público tem preferência por determinados lugares.
• Por período: preços variam com a época, com o dia ou até com
a hora, dependendo das necessidades dos consumidores. Ex.:
Chamadas de telefone mais baratas à noite.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
Preços psicológicos
O uso de preço psicológico é uma estratégia em que o preço é mo-
dificado para aumentar o seu apelo. As três estratégias mais comuns são
a de preço de prestígio, preço de valor quebrado e preço de pacote (AL-
MEIDA, 2008):
263
Introdução à Administração
Preços geográficos
Na composição do preço, podemos ter influência do grau de con-
corrência local, do poder aquisitivo do mercado, taxas e impostos locais,
dos custos de logística e distribuição entre outros fatores. Isso pode fazer
com que seja necessário ajustar-se o preço a cada região geográfica para
torná-lo mais competitivo. Os principais tipos de preços geográficos são
(ALMEIDA, 2008):
• Preço FOB (Free On Board) origem – significa o preço do
produto colocado no ponto de embarque, correndo os custos de
transporte por conta do comprador, como no caso de um produ-
to comprado pela Internet em que os custos de correio e seguro
são cobrados a parte, de acordo com o local de destino.
• Preço FOB destino – O preço inclui os custos de transporte e
seguros, por exemplo, na compra de um produto de catálogo
em que o preço inclui a entrega em qualquer lugar do Brasil.
• Preço FOB com frete permitido – O cliente paga pelo trans-
porte, que é escolhido pelo fabricante. Ele permite que o fabri-
cante use sua rede de contatos para encontrar o melhor forne-
cedor e paga pelo que ele escolher. Um exemplo é a compra de
livros usados pela Internet por lojas cadastradas em sites como
Proibida a reprodução – © UniSEB
5.8 Finanças
Para utilizar e administrar os cinco recursos empresariais da melhor
maneira possível, as organizações agrupam indivíduos com conhecimen-
tos técnicos específicos em cada área. Este processo é conhecido por
departamentalização e tem como resultado final a definição de um orga-
nograma.
Departamento
Administrativo
faxineiro.
d) Departamento de produção – São realizadas funções rela-
cionadas à gestão dos recursos materiais, isto é, relacionadas
à produção de bens ou à prestação de serviços oferecidos pela
organização.
265
Introdução à Administração
266
Marketing e Finanças – Capítulo 5
267
Introdução à Administração
268
Marketing e Finanças – Capítulo 5
269
Introdução à Administração
Figura 77
270
Marketing e Finanças – Capítulo 5
271
Introdução à Administração
Departamento
Financeiro
Controladoria Tesouraria
Auditoria Caixa
272
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Curiosidade: em organizações de
pequeno porte, normalmente, não
existe um departamento contábil,
pois tais funções são terceirizadas
para escritórios de contabilidade.
Figura 79
273
Introdução à Administração
REINALDO TRONTO
Figura 80
financeiros devem olhar além das demonstrações contábeis para refletir sobre
os problemas atuais ou potenciais de uma organização. Também lembra que
os controllers estão bem conscientes da importância de se analisar os fluxos
274
Marketing e Finanças – Capítulo 5
275
Introdução à Administração
276
Marketing e Finanças – Capítulo 5
pagamento de impos-
tos e da folha de paga-
mento dos funcionários.
277
Introdução à Administração
Passivo circulante
Patrimônio líquido
(capital próprio)
278
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Atividades
01. O que é marketing e qual sua função?
279
Introdução à Administração
08. O que deve ser levado em conta para a tomada de decisões de inves-
timento?
09. O que deve ser levado em conta para tomada de decisões de financia-
mento?
Reflexão
Neste capítulo, foram apresentados os conceitos introdutórios
de marketing. Você conheceu a evolução do conceito de marketing e
as principais orientações da empresa em relação ao marketing. Foram
Proibida a reprodução – © UniSEB
280
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Leituras recomendadas
Para melhor entendimento do assunto apresentado, acesse os sites e
leia outros artigos de introdução de marketing.
ESPM: caso TECNISA
http://www.espm.br/ESPM/pt/Home/Global/Publicacoes/Central-
Cases/
Revista Exame - artigo: “Que diabo é isso”
http://www.ucb.br/comsocial/mba/texto_exame.doc
Referências
AAKER, D. Como Construir Marcas Líderes. São Paulo: Futura,
2002.
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
282
Marketing e Finanças – Capítulo 5
283
Introdução à Administração
Atlas, 2000.
285
Introdução à Administração
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
286
Marketing e Finanças – Capítulo 5
Minhas anotações:
EAD-14-Introdução à Administração – © UniSEB
287
Introdução à Administração
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
288