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CENTRO UNIVERSITÁRIO WYDEN UNIFANOR

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GEOVANE TIBÚRCIO LIMA

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO


ARMADO

FORTALEZA-CE

2020
GEOVANE TIBÚRCIO LIMA

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO


ARMADO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de
Engenharia Civil do Centro
Universitário Unifanor Wyden
Educacional, como requisito parcial
para obtenção do título de bacharel.
Orientador(a): Prof. Dra. Joelane de
Carvalho Teixeira.

FORTALEZA-CE

2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Centro Universitário Fanor Wyden
Gerado automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

L732e Lima, Geovane Tibúrcio .


ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO ARMADO / Geovane
Tibúrcio Lima. - 2020.
43 f.: il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Centro Universitário Fanor Wyden, Bacharel


em Engenharia cívil, Campus Dunas, Fortaleza, 2020
Orientadora: Profa. Dr(a). Joelane Maria de Carvalho Teixeira .

1. Concreto armado. 2. Patologias. 3. Manutenção.


Dedico este trabalho a Deus, meus
familiares e à memória de meus pais
Geneflides e Alice, que foram meus
maiores incentivadores, e ao grande
professor e primo Jorge Henrique
Tibúrcio que foi um exemplo de pessoa
e profissional da Educação.
AGRADECIMENTOS

Neste ciclo que se fecha quero primeiramente agradecer a DEUS, pois


nos momentos mais difíceis da vida foi dele que retirei forças para continuar.

À minha família que sempre me apoiou ao longo destes cinco anos de


faculdade. Agradeço às minhas irmãs, Giselle Tibúrcio Lima e Larissa Tibúrcio
Lima.

Agradeço à minha orientadora, Prof. Dra. Joelane Maria de Carvalho


Teixeira, pela orientação, empenho e dedicação que foram essenciais na
conclusão deste projeto.

Gostaria também de agradecer a todos os meus amigos e colegas de


faculdade, em especial à Amanda Byanca Branco e Silva pelo seu
companheirismo e amizade e agradecer ao meu amigo Francisco Luan Oliveira
Alexandre, que me ajudou a concluir este trabalho. Agradeço igualmente a meu
grande amigo Gleriston Costa que me mostrou que Jesus é o caminho,
verdade e a vida, e é nesse caminho que quero seguir.
“O Eterno é a força motriz, que me
inspira a prosseguir em busca dos
meus sonhos”.

Pr. Douglas Soares.


RESUMO

Ao longo dos anos muitas obras de concreto armado apresentam problemas


oriundos de projetos falhos, de seleção incorreta de materiais, de execução e
manutenção. O presente estudo busca apresentar as origens e as formas de
manifestações patológicas em estruturas de concreto. O presente estudo trata-
se de uma pesquisa exploratória descritiva, de natureza bibliográfica, pois
aborda assuntos de suma importância para o âmbito acadêmico e industrial. Os
resultados da pesquisa demonstraram que, para cada anomalia, apresenta-se
um procedimento diferente a fim de amenizar as causas e as consequências
decorrentes desses problemas. Portanto, uma correta avaliação das estruturas
e determinação das causas é fundamental para o sucesso das medidas de
recuperação e proteção das estruturas de concreto.

Palavras–chave: Concreto armado, patologias e manutenção.


ABSTRACT

Over the years, many reinforced concrete works have problems arising from
failed projects, incorrect material selection, execution and maintenance. The
present study seeks to present the origins and forms of pathological
manifestations in concrete structures. The present study is a descriptive
exploratory research, of bibliographic nature, because it addresses subjects of
paramount importance for the academic and industrial scope. The research
results showed that, for each anomaly, a different procedure is presented in
order to mitigate the causes and consequences resulting from these problems.
Therefore, a correct assessment of the structures and determination of the
causes is fundamental for the success of the measures for the recovery and
protection of the concrete structures.

Keywords: Reinforced concrete, pathologies and maintenance.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Macroestrutura do concreto armado ........................................................... 15

Figura 2 - Classificação dos agregados ...................................................................... 16

Figura 3 - Incidências e origens das patologias no Brasil............................................ 20

Figura 4 - Representação química da ação da carbonatação ..................................... 22

Figuras 5 - Representação esquemática da carbonatação do concreto ..................... 22

Figuras 6 - Lixiviação em estruturas de concreto armado ........................................... 24

Figura 7 - Influência da dosagem de cimento e do seu teor de C3A na


resistência do Betão ao ataque por sulfatos................................................................ 25

Figura 8 - Processo de ataque de sulfatos .................................................................. 25

Figura 9 - Bloco de fundação atacada pelo RAA ......................................................... 27

Figura 10 - Corrosão eletroquímica na presença de cloretos ...................................... 28

Figura 11 - Ensaios não destrutivos ............................................................................ 36

Figura 12 - Patologias em obras de concreto armado ................................................. 36


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipos de cimentos Portland........................................................................ 18


LISTA DE QUADROS

Quadro1: Classificação do agregado miúdo quanto à dimensão das partículas ......... 17

Quadro 2: Divisão das britas de acordo com o tamanho das partículas ..................... 17

Quadro 3: Limitações máximas para as substâncias presentes na água .................... 18

Quadro 4: Classificação de aditivos segundo a NBR-11768/92 .................................. 19

Quadro 5: A agressividade no ambiente e as consequências dessas patologias


sobre as estruturas...................................................................................................... 34

Quadro 6: Classificação da agressividade e os riscos nas estruturas ......................... 35


LISTA DE SIGLAS

ABNT- Associação brasileiras de normas técnicas


CAD – Concreto de Alto Desempenho
CEB - COMITÊ EURO-INTERNATIONAL du BETON
A/C – Fator água cimento
pH – Potencial Hidrogeniônico
C3A – tricálcio aluminato
RAA – Reação álcali-agregados
RAS – Reação álcali-silicato
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 15

2.1 CONCRETO ARMADO .............................................................................. 15

2.1.1 Componentes do Concreto Armado .................................................... 16

2.1.1.1 Agregados ........................................................................................... 16

2.1.1.2 Água .................................................................................................... 18

2.1.1.3 Cimento Portland................................................................................ 18

2.1.1.4 Aditivos ............................................................................................... 19

2.2 PATOLOGIAS DO CONCRETO ................................................................ 20

2.2.1 CARBONATAÇÃO ................................................................................. 22

2.2.2 LIXIVIAÇÃO ............................................................................................ 24

2.2.3 ATAQUES DE SULFATOS..................................................................... 25

2.2.4 REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO............................................................. 27

2.2.5 ATAQUES DE CLORETOS .................................................................... 28

2.3 MANUTENÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO .............................. 31

3 METODOLOGIA ........................................................................................... 33

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 34

5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 38

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 39


13

1 INTRODUÇÃO

No decorrer dos anos, a utilização de concreto armado vem sendo de


extrema necessidade na construção de diversas obras arquitetônicas
espalhadas pelo mundo. O conceito desse material consiste em um tipo de
estrutura que usufrui de armações feitas com barras de aço, onde ferragens
são utilizadas devido à baixa resistência aos esforços de tração do concreto, o
qual tem alta resistência à compressão e possui grande durabilidade.
Sendo assim é questionável o surgimento de inúmeras patologias nas
estruturas de concreto, pois a durabilidade se tornou uma propriedade tão
eminente quanto a resistência. Segundo Helene (1998) os problemas mais
identificados em uma construção de concreto armado com relação à
durabilidade é a deterioração de suas armaduras, o que corresponde a 52%
das adversidades que se manifestam em toda a estrutura.
A deterioração de armaduras é um tipo de patologia muito comum e
crítica encontrada em diversas obras da construção civil, trazendo consigo,
como consequência, o comprometimento da capacidade de serviço das
estruturas. Tal manifestação patológica se origina de uma combinação de
fatores que podem influenciar em diferentes variáveis, podendo ser
classificadas de acordo com o mecanismo patológico, os sintomas, a origem da
causa e ainda o processo construtivo em que ocorrem (COSTA Jr., 2001).
Segundo a ABNT NBR 15575-1, o concreto armado ou as estruturas
confeccionadas com este material, teriam que ser duráveis ao longo do tempo,
levando em consideração as normas técnicas para elaboração de projetos e
construção, assim como as boas práticas construtivas, em concordância com o
meio de agressividade em que são inseridas as edificações. De acordo com
Albuquerque (1999) a evolução do processo construtivo preza pela qualidade
dos projetos por completo, o que inclui a qualidade do material e as
manutenções que são executadas ao longo do tempo.
Devido a isso, a manutenção tornou-se um imprescindível na
rentabilidade das empresas, na capacidade de produção e na qualidade do
produto, no caso as estruturas de concretos. (RELIASOFT BRASIL,2006).
Conforme Moubray (1994) apud Siqueira (2005), a manutenção tem como
objetivo assegurar que estruturas físicas continuem a fazer o que seus usuários
14

desejam que elas façam. Por isso, a falha desses itens torna-os incapazes,
total ou parcialmente, de desempenharem uma ou mais funções para qual
foram projetados e construídos (XENOS, 1998, p.67 e SAE, 1993, p. G-1).
A manutenção é fragmentada em corretiva, preventiva e preditiva. A
manutenção corretiva caracteriza-se por ser aquela efetuada após ocorrência
de falhas nas estruturas. A manutenção preventiva constitui as intervenções
periódicas planejadas de acordo com as normas da ABNT. E por fim, a
manutenção preditiva baseia-se na modalidade de predizer o tempo de vida útil
do projeto e as suas condições. (ABNT NBR 6118,2014).
Diante desse contexto, surge a seguinte questão: Qual a influência das
manifestações patológicas em estruturas de concreto armado?
O objetivo geral deste estudo é apresentar as origens e formas de
manifestações patológicas em estruturas de concreto armado. Como objetivos
especificos pode-se citar: realizar o levantamento bibliográfico sobre
manutenção, concreto armado, desgastes e técnicas de análise tanto do
concreto como da armadura; identificar as patologias e apresentar os
procedimentos de manutenção.
A questão supracitada o presente estudo se justifica por se tratar de um
conteúdo bastante relevante para o meio acadêmico e industrial, pois contribui
para sustentar o conhecimento em relação à prevenção dos ataques corrosivos
em estruturas de concreto armado, vez que a disponibilidade de material
acerca do tema não é tão atual.
A pesquisa está organizada em seis seções. Na introdução são
retratados os objetivos gerais e específicos. Na segunda seção apresenta-se o
referencial teórico utilizado para dar uma base a pesquisa do trabalho. Na
terceira, a metodologia do trabalho, onde são identificados os materiais e
métodos aplicados para alcançar os objetivos listados. Na seção seguinte
encontram-se os resultados obtidos no estudo. Na quinta seção são
apresentadas as conclusões acerca do estudo e por fim, na sexta seção, as
referências bibliográficas utilizadas para o desenvolvimento do trabalho.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico buscou analisar aspectos relevantes sobre as


manifestações patológicas e sua relação com a manutenção em estruturas de
concreto armado.

2.1 CONCRETO ARMADO

O concreto consiste em tipo de material da construção civil resultante da


mistura, em quantidades proporcionais, de aglomerante (cimento), agregados
(pedra e areia) e água. Esses modelos de matérias possuem, como
propriedade mecânica, a resistência à compressões e à tração do aço.
Conforme Mehta e Monteiro (2008), define-se o concreto como sendo o
elemento constituído por cimento, agregados, aditivos e água, sendo o cimento
material que mais interfere nos processos físicos e químicos que influenciam
na sua durabilidade. No entanto, após a mistura o concreto deve possuir
plasticidade suficiente para sua logística, ou seja, as operações de manuseio,
transporte e lançamentos em fôrmas, assim resultando a coesão e a
resistência ao longo do tempo.
O concreto possui uma natureza porosa, onde é impossível o
preenchimento dos vazios entre os agregados e a pasta cimentícia. Os
espaços são formados pelo excedente de água necessário para a hidratação
do aglomerante hidráulico, isto é, a água ao evaporar deixa cavidades que
diminuem o volume absoluto e permite a entrada de ar. A sua macroestrutura é
composta pela pasta de cimento e agregados (ver Figura 1).

Figura 1 – Macroestrutura do Concreto.

Fonte: Mehta e Monteiro, 1994.


16

Em algumas situações são adicionados aditivos que modificam as


características físicas e químicas desse material, a fim de melhorar
propriedades do concreto como resistência mecânicas e durabilidade,
contribuindo para proteção contra a corrosão das armaduras. No entanto, a
degradação da armadura e do concreto se dá através das estruturas desses
vazios, onde os fenômenos físicos e químicos diminuem a resistividade do
concreto, contribuindo para o aumento desses vazios.
Deve-se ressaltar que para cada tipo de obra existe um tipo de concreto
específico, com necessidades especificas. Os principais tipos de concreto
utilizados são: concretos de alta resistência inicial, concreto auto adensável,
concreto de alto desempenho (CAD), concreto celular e graute, dentre outros.

2.1.1 Componentes do Concreto Armado

Os componentes do concreto armado são divididos em agregados,


água, cimento e aditivos, analisados mais detalhadamente a seguir.

2.1.1.1 Agregados
Os agregados são granulares, sem volume e forma definidos e suas
propriedades e dimensões são estabelecidas para seu uso em obras. São
considerados como agregados o cascalho, pedras britadas, areias naturais ou
produzidas a partir de moagem de rochas e a argila.

Figura 2 - Classificação do agregado.

Fonte: Freitas Jr, 2013


17

Segundo a NBR 7.211 da ABNT os agregados são miúdos ou graúdos,


de origem natural, encontrados em forma fragmentada provenientes do
processo de britagem de rochas. O agregado miúdo é constituído de areias de
origem natural, britadas, cujos grãos passam através da peneira de 4,8 mm e
são retidos na peneira de 0,075mm.
Quadro 1- Classificação do agregado miúdo quanto à dimensão das partículas

Tamanho nominal
Módulo de Finura
Tipo de areia
Mínima Máxima (MF)

Muito fina 0,15 0,6 MF<2,0


Fina 0.6 1,2 2<MF<2,4
Média 1,2 2,4 2,4 < MF < 3,2
Grossa 2,4 4,8 MF> 3,2

Fonte: NBR 7211, 2020.

A mesma norma considera como agregado graúdo o pedregulho e a


brita de rochas estáveis. Esses grãos passam por uma peneira de malha
quadriculada com abertura nominal de 152 mm e ficam retidos na peneira de
4,8mm. (LA SERNA & REZENDE, 2009). Abaixo o Quadro 2 mostra a divisão
das britas conforme o tamanho das partículas conforme a NBR 7211.
Quadro 2 - Divisão das britas de acordo com o tamanho das partículas.

Pedra Brita NBR 7211 Comercial


numerada Tamanho Nominal
Número Mínima Máxima Mínima Máxima
Brita 0 4,8 9,5
Brita 1 4,8 12,5 9,5 19
Brita 2 12,5 25 19 38
Brita 3 25 50 38 50
Brita 4 50 76 50 76
Brita 5 76 100
Observação para efeitos de dosagem pode -
>76 mm considerado pedra
se utilizar Dmáx= 25 mm para uma mistura de
de mão
brita 1 + Brita 2

Fonte: Duart, 2009.


18

2.1.1.2 Água

A água é conhecida como solvente universal. É de suma importância na


preparação do concreto. Uma dosagem não correta causa influência nas
reações químicas da mistura e, consequentemente, nas características de
resistência e durabilidade das estruturas. A presença de água em excesso
pode ser prejudicial à durabilidade da estrutura podendo ocasionar o
aparecimento de manchas.

Quadro 3 - Limitações máximas para as substâncias presentes na água.

Substância Limitações Máximas

Resíduo Sólido 500 mg/1


Sulfatos (expresso em
300 mg/1
íons SO-4 )
Cloretos (expressos
500 mg/1
em íons Cl-)
Fonte: NBR 6118, (2014)

2.1.1.3 Cimento Portland

Para Neville (2016, p.1): “cimento, no sentido geral da palavra, pode ser
descrito como um material com propriedades adesivas e coesivas que o fazem
capaz de unir fragmentos minerais na forma de uma unidade compacta”. O
cimento usado no concreto é composto de óxidos cálcio, silício, alumínio e
ferro. Existem no mercado diversos tipos de cimento portland, que só se
diferenciam na composição e na forma de utilização. Entre eles estão CP I, CP
I-S, CP II-E, CP II-Z, CP II-F, CP III, CP IV, RS, BC, CPB. Para cada tipo de
cimento há uma NBR, a fim de padronizá-los (ver tabela 1).
19

Tabela 1: Tipos de cimentos.

Tipo de cimentos Adições Sigla Norma


Cimento Portland Escória, pozolana ou CP I-S 32
5732
comum filler (até 5%) CP I-S 40
CP II-E 32
Escória (6 até 34%) CP II-E 40
Cimento Portland
Pozolana (6 até 14%) CP II-Z 32 11578
composto
CP II-F 32
Filler (6 até 10%)
CP II-F 40
Cimento Portland de CP III-32
5735
Alto forno Escória (35 até 70%) CP III-40
Cimento Portland Pozolana (15 até
CP IV-32 5736
Pozolânico 50%)
Cimento Portland de Materiais
CP V-ARI 5733
alta resistência inicial
carbonáticos (até 5%)
Esses cimentos são designados
Cimento Portland
pelas siglas RS, EX: CPIII-40 RS e 5737
resistente aos sulfatos
CP V- ARI RS

Fonte: Faz fácil reforma e construções, 2018

2.1.1.4 Aditivos

Os aditivos são empregados em todos os tipos de concreto visando


modificar suas propriedades, seja no material ainda fresco ou já endurecido. A
sua utilização é considerada como um dos elementos cruciais na composição
do concreto armado, juntamente com a água, o cimento e os agregados.
(FREITAS JR, 2013).
Dentre as finalidades da aplicação dos aditivos pode-se destacar o
aumento da maleabilidade do concreto fresco; redução do consumo de
cimento, ou seja, em relação ao custo; alteração do tempo de pega (seja
acelerando ou reduzindo) e diminuição da retração. Sua classificação obedece
à NBR-11768/92 (ver Quadro 4).
20

Quadro 4 - Classificação de aditivos segundo a NBR-11768/92.

NBR-11768/92 Classifica alguns tipos de aditivos


Tipos FINALIDADE
P Plastificante e retardador de água (mínimo 6% de redução)
A Acelerador do tempo de pega
R Retardador do tempo de pega
PR Plastificante e acelerador do tempo de pega
PA Incorporador de ar
IAR Superplastificante (mínimo 12% de redução de água)
SPR Superplastificante e retardador
SPA Superplastificante acelerador

Fonte: o autor, 2020

Para assegurar as melhorias se faz necessária a utilização correta dos


aditivos, atentando-se para o prazo de validade, forma de aplicação adequada,
a quantidade de produto utilizado e ao momento certo de colocar a mistura.

2.2 MANIFESTAÇÕES PATOLOGIAS DO CONCRETO

As construções podem apresentar diversos tipos de patologias. Essas


anomalias são comparáveis a doenças e situações que, caso não são tratadas,
podem provocar trincas, rachaduras, fissuras, manchas, descolamentos,
deformações, rupturas, corrosões, oxidações, dentre outros malefícios. Assim
podem afetar o desempenho da estrutura em relação à estabilidade, estética e,
principalmente, à durabilidade.
Segundo a NBR 15575 (2013), as obras têm que ter uma vida útil de no
mínimo 50 anos, porém muitas vezes as edificações apresentam problemas
muito antes deste prazo devido a muitos fatores como se pode observar na
Figura 03, que ilustra as principais origens de incidências das manifestações
patológicas no Brasil.
21

Figura 3 - Incidências das origens das manifestações patológicas no Brasil.

Fonte: Silva e Jonov (2011).

A Figura 3 mostra que cerca de 48% das origens das enfermidades


estão correlacionadas com a questão da execução da obra. Além disso,
atividades relacionadas aos ramos de manutenção, projetos, fortuitas e até
mesmo na utilização do empreendimento contribuem para originar patologias.
Para Souza e Ripper (1998, p.14), a patologia das Estruturas define-se como:
“campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens,
formas de manifestação, consequências, mecanismos de ocorrência das falhas
e dos sistemas de degradação das estruturas". Logo, pode-se definir patologia
como sendo a “doença” do concreto, causada por fatores mecânicos,
biológicos, físicos e químicos.
São considerados fatores mecânicos a vibração e as erosões sofridas ao
longo da sua vida útil. Os fatores biológicos são as bactérias, os fatores físicos
e químico são representados pelas variações de temperaturas e as reações
químicas como as que ocorrem entre os ácidos e sais.
Os fatores mecânicos como as vibrações, podem ocasionar fissuras
locais, o que permite ataques de agentes químicos nas armaduras, fazendo
com que as couraças sofram corrosões. Essas fissuras, em contatos com
líquidos contendo partículas de suspenção, podem ocasionar a erosão do
22

concreto e se estes líquidos contiverem substâncias químicas agressivas ao


concreto podem fazer com que a estrutura sofra uma erosão-corrosão.
Os fatores físicos como a variação de temperatura ocasionam choques
térmicos entre os componentes do concreto, possibilitando a formação de
microfissuras, assim permitindo a entrada de agentes agressivos ao concreto.
Já os fatores químicos estão interligados com a presença de substâncias
químicas, geralmente presentes na água, ar e solo. Os agentes mais
agressivos são os ácidos sulfúrico e clorídrico que agem na pasta do cimento,
agregados e nas armaduras. Logo abaixo serão apresentadas algumas
manifestações patológicas.

2.2.1 Carbonatação

A carbonatação consiste na introdução do CO2 nas estruturas de


concreto. O CO2 consegue penetrar por entre os poros do concreto, reagindo
com hidróxido de cálcio. Para Pauletti (2009) a carbonatação é um fenômeno
físico-químico que ocorre principalmente entre os hidratos do cimento e o CO2
da atmosfera. A carbonatação provoca uma série de alterações na
microestrutura dos materiais cimentícios, sendo que as maiores consequências
são a queda do pH e a mudança na permeabilidade conforme ilustrado pela
Figura 4.

Figura 4 - Representação química da ação da Carbonatação.

Fonte: Thierry, 2005.


23

De acordo com a NBR 6118 (2014) a carbonatação é causada por ação


do gás carbônico do ar sobre o aço da armadura. Segundo Cadore (2008), o
gás mais atuante no processo de degradação das estruturas é o dióxido de
carbono (CO2), pois aparece em maiores proporções na atmosfera, superiores
a gases como o dióxido de enxofre (SO2) e o sulfato de hidrogênio (H2S),
embora esses últimos também possam atuar como agentes de degradação. A
Figura 5 faz a representação esquemática da carbonatação do concreto.

Figuras 5 - Representação esquemática da carbonatação do concreto.

a) poros totalmente secos; b) poros saturados com água e c) poros parcialmente, preenchidos
com água (concreto com umidade relativa normal do ambiente). Fonte: BAKKER, 1988 apud
CASCUDO, 1997.

Para Pauletti (2009), a carbonatação no concreto é uma das principais


causas para o início do processo de corrosão das armaduras, ou seja, essas
manifestações patológicas afetam as estruturas de concreto armado. Para
Barin (2008), os ambientes urbanos, principalmente nas grandes metrópoles,
possuem concentração de dióxido de carbono na atmosfera que pode variar
entre 0,3% e 1% e isso pode contribuir para essa anomalia. De acordo com
Neville (1997), a carbonatação ocorre também em ambientes rurais, com
baixas concentrações de CO2 na atmosfera, na ordem de 0,03% em volume.
A carbonatação se mostra agressiva quando apresentado um alto teor
de CO2 no ar. O fato do concreto ser poroso faz com que o CO 2 que está
concentrado no ar penetre facilmente pelos poros do concreto, resultando na
24

redução da alcalinidade da camada do cobrimento do concreto e na reação


com hidróxido de cálcio Ca(OH)2, entre outros hidróxidos (ANDRADE, 2001).
A profundidade e a velocidade de carbonatação podem ser influenciadas
por fatores que estão ligados ao sistema de poros e ao pH do concreto, os
quais são determinados através da sua composição e pela execução da
estrutura de concreto. Os principais fatores se que pode listar são: a presença
de adições minerais, a relação água/aglomerante, o processo e o tempo de
cura, a dosagem, a porosidade, a resistência à compressão, os fatores internos
do concreto (idade, grau de hidratação, agregado e aglomerante) e as
condições ambientais (temperatura, umidade relativa, concentração de CO2 e
tempo de exposição).

2.2.2 Lixiviação

É um tipo de patologia mais comum nas estruturas de concretos. Se dá


pela infiltração da água no concreto. A agua transporta os cristais de Ca(OH) 2
presente no concreto ocasionando o aparecimento de mancha brancas na
superfície do concreto. Essas manchas são formadas pela reação do hidróxido
de cálcio lixiviado com o CO2 do a e podem aumentar a porosidade interna do
concreto, reduzindo o pH e possibilitando o risco de corrosão (HELENE, 2013).
A Figura 6 mostra a lixiviação em estruturas de concreto armado.

Figura 6 - Lixiviação em estruturas de concreto armado.

Fonte: Bauer, 2020


25

O processo de remoção da eflorescência é bastante simples. Basta uma


escovação com escova dura e seca, leve jateamento d’água e um leve
jateamento de areia. Alguns sais, contudo, tornam-se insolúveis na água,
quando em contato com a atmosfera. Nesses casos essas eflorescências
podem ser removidas com ácidos diluídos em água (DNIT, 2006). A prevenção
da recorrência da lixiviação realizada através da redução de absorção de água,
com o tratamento das fissuras e trincas e pinturas hidrofugantes.

2.2.3 Ataques de sulfatos

Segundo a NBR 6118 (2014), a expansão por ação de águas ou solos


que contenham ou estejam contaminados com sulfatos causa reações
expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. Em um ambiente
quimicamente agressivo, a degradação resultante do ataque por sulfatos
depende do teor de aluminato (tri cálcico) em determinado tipo de cimento,
sendo menos notória a sua dependência à medida que a dosagem aumenta.
(GONÇALVES, 2000). A Figura 7 representa a influência da dosagem de
cimento e do seu teor de C3A na resistência do Betão ao ataque por sulfatos.

Figura 7 - Influência da dosagem de cimento e do seu teor de C3A na


resistência do Concreto ao ataque por sulfatos.

Fonte: Gonçalves, 2000


26

Observa-se que a contaminação do concreto por sulfato pode ser


ocasionada por agregado contaminado por gipsita com cimento com alto teor
de trióxido de enxofre (SO3), chuvas ácidas, solos contaminados e
contaminação das águas subterrâneas e efluentes (CABRAL, 2014).
Segundo a CEB (1992), os principais parâmetros que influenciam a
expansão do concreto sob ataque de sulfatos são as condições de exposição,
condições de acesso, a suscetibilidade ao concreto e a quantidade de água.
Esses parâmetros estão correlacionados com a severidade do ataque à
estrutura (ver figura 8).
Figura 8 - Processo de ataque de sulfatos.

Fonte: CEB, 1999

Os fatores que influenciam no desenvolvimento e evolução do ataque


por sulfatos dividem em duas categorias: os fatores endógenos ou de
produção, os quais estão associados ao processo de produção do concreto, ou
seja, à seleção dos materiais, dosagem, amassamento e cura; e os fatores
ambientais, correlacionados com a origem dos sais.
Conforme Neville (2016), os sais sólidos não atacam o concreto, mas
quando estão presentes na forma de solução podem reagir com a pasta de
cimento hidratada. Todos os sulfatos levam à deterioração do concreto, mas o
grau de ataque depende do tipo de sulfato presente. Ao penetrarem os íons
27

sulfatos reagem com hidróxido de cálcio, formando o gesso, ou com aluminato


tricálcico, formando etringita, ou ainda com a alumina do agregado,
ocasionando expansões, fissurações, descamação do concreto, amolecimento
e até mesmo a sua desintegração.
Segundo a norma do DNIT (2006) recomenda-se, para um concreto com
peso normal, que uma relação água/cimento mais baixa seja usada para
estanqueidade ou para proteção contra a corrosão. Já para condições de
ataque muito severas exige-se o uso de cimento Portland resistente a sulfato,
uma relação água/cimento máxima de 0,45, um consumo mínimo de cimento
de 370 kg/m3 e uma camada protetora de concreto.

2.2.4 Reação álcali-agregado

As reações álcali-agregados ou (RAA) são reações químicas que


envolvem álcalis (óxido de sódio e oxido de potássio), provenientes do cimento
e dos agregados reativos, que ocorre em uma estrutura de concreto.
(NOGUEIRA, 2010). As reações são ocasionadas no interior do concreto, na
presença de umidade os produtos formados e são capazes de expandir-se
gerando fissurações e deslocamentos, comprometendo a estrutura de
concreto.
A formação do um gel que se expande no concreto é consequência da
reação dos minerais dos agregados com os hidróxidos que estão dissolvidos
nos poros do concreto (CABRAL, 2014). Os tipos são: reação álcali-sílica
(RAS) opala, trimidita e cristobalita. Além desses existem as reações álcali-
silicato ardósia, feldspato, quartzito e a reação álcali-carbonato agregado
calcárico-domilítico. A figura 9 exibe um bloco de fundação atacado pela RAA.
Figura 9 - Bloco de fundação atacada pelo RAA.

Fonte: Pecchio et al. 2008.


28

Assim, as condições para estas reações ocorrerem são agregados


potencialmente reativos, umidade, álcalis e fatores complementares:
temperatura, área de superfície matéria, tensões confinantes e álcalis externos.
Este tipo de patologia só pode ser identificado através de testes
laboratoriais. A recuperação de pequenas estruturas pode ser realizada três ou
cincos anos após a estabilização das trincas, com a aplicação de injeções de
epóxi nessas trincas. Antes da aplicação de epóxi pode-se tratar as trincas com
argamassa mais fracas, evitando assim a entrada de agentes mais agressivos.

2.2.5 Ataques de cloretos

Os ataques de íons cloreto na estrutura de concreto é a patologia mais


estuda pelos especialistas. Segundo Neville (2016, p. 23): “o ataque por
cloretos é diferente, devido ao fato de que o ponto principal é a corrosão da
armadura, e é somente em consequência da corrosão que o concreto é
danificado”. As estruturas em regiões litorâneas sofrem a ação desses íons,
muito mais efetiva e severa do que as de íons sulfato.
Seguindo Lovato (2007), os malefícios da presença de cloretos nas
obras de engenharia civil estão relacionados à sua influência sobre a
composição química do concreto, desgastando as armaduras. Para Abbas et.
al., (2014), a corrosão do aço danifica as estruturas de concreto, o que causa
quebra e desintegração do cobrimento em concreto, acelerando ainda mais os
danos.
A corrosão das armaduras no interior do concreto é ocasionada por
mecanismos eletroquímicos, quando há uma reação química que envolve a
condução de elétrons entre regiões diferentes de um mesmo metal. Uma região
sofre com as reações de perdas de elétrons (região anódica), enquanto outra
sofre reações de consumo de elétrons (região catódica). A circulação de íons
ocorre pelo eletrólito, que no caso do concreto é a solução contida nos seus
poros.
29

Reações anódicas:
Fe → Fe2+ + 2e-
Fe2+ + 2OH- → Fe (OH)2 (hidróxido ferroso)
4Fe (OH)2 + 2H2O + O2 → 4Fe(OH)3 (hidróxido férrico)

Reações catódica:
4e- + O2 + 2H2O → 4OH-
O oxigênio é consumido e a água é regenerada, mas é necessária para
que o processo continue. Desta forma não haverá corrosão em concretos
secos, com umidade inferior a 60% (NEVILLE,2016). O autor ainda afirma que
que não há corrosão no concreto imerso em água, exceto quando a água puder
carregar ar. A Figura 10 mostra o esquema da corrosão eletroquímica na
presença de cloretos.
Figura 10 - Corrosão eletroquímica na presença de cloretos.

Fonte: Neville, 2016.

Com o ataque dos íons cloretos à camada passivadora do aço dá-se o


início da corrosão. Os cloretos no aço formam o ânodo e a camada de
passivação, o cátodo. Para Verbeck (1975) os íons cloreto “é um destruidor
único e específico”, segundo as reações:

Fe2+ + 2Cl- → FeCl2

FeCl2 + 2H2O → Fe(OH)2 + 2HCl.


30

O cloreto é regenerado, porém a ferrugem não possui cloreto, embora


seja formado FeCl2 em etapas intermediárias. Nesse processo, nas áreas onde
há presença da salinidade da água, é de extrema importância evitar o uso de
materiais contaminados a fim de se evitar o contágio de novos concretos
produzidos com resíduos dessa origem.
Segundo Neville (2016), a corrosão apresenta como consequências os
produtos formados pela corrosão, que ocupam volumes maiores que o aço
resultando na formação de fissuras, descamações e de laminação do concreto,
com a redução da área da seção transversal do aço e diminuição de sua
resistência.
Existem diversos fatores que influenciam no ingresso e ação dos íons
cloro no concreto, desencadeando o processo de corrosão das armaduras do
concreto armado. Para Portella (2013), os principais fatores que estimulam a
entrada e a ação do íons cloreto, são: composição e tipo de cimento, relação
água/cimento, grau de hidratação do cimento e cura do concreto, cobrimento
da armadura, carbonatação, porosidade do concreto, ambiente marinho, a
umidade relativa do ar e a temperatura, a ação do vento, o distanciamento do
mar, resistividade elétrica, conforme apresentado a seguir:
• Composição e tipo de cimento: as diversidades dos tipos de
cimento expõem as variações em relação à sua composição e
finura, que atuam de formas diferentes quanto à proteção da
armadura e ao ingresso de íons cloreto (TROIAN, 2010);
• Relação água/cimento, grau de hidratação do cimento e cura do
concreto: a relação a/c, na medida em que é reduzida, reduz a
porosidade e aumenta consideravelmente a resistência mecânica
do concreto, diminuindo a velocidade e intensidade do processo
corrosivo (PORTELLA, 2013). Uma cura ineficiente reduz o grau
de hidratação do cimento, especialmente em locais superficiais,
acarretando maior interligação entre os poros da pasta de
cimento, aumentando a sua porosidade (BRANDÃO ,1998);
• Cobrimento da armadura: a partir do cobrimento da armadura o
concreto atua como barreira de proteção física contra agentes
agressivos (CABRAL, 2000);
31

• Carbonatação: pode exercer influência na liberação de cloretos


alocados na pasta de cimento, resultando no aumento do
processo de corrosão ao longo da armadura do concreto;
• Porosidade do concreto: a estrutura porosa da pasta de cimento
endurecida influencia decisivamente no transporte de íons cloro,
oxigênio e água, além de outras substâncias dissolvidas, para o
interior do concreto, influenciando significativamente o início e a
manutenção do processo de corrosão das armaduras;
• Umidade relativa do ar e a temperatura: contribuem
expressivamente para a penetração de íons de cloro, pois, a sua
elevação aumenta a mobilidade molecular favorecendo o seu
transporte, no entanto a sua queda pode provocar a condensação
e aumento da umidade do concreto. A ação do vento sobre a
superfície do mar provoca a produção do aerossol marinho
(névoa marinha) contendo íons cloro;
• O distanciamento do mar: existe um decréscimo da intensidade
de ataque, que varia com a distância do mar em direção ao
interior;
• Resistividade elétrica: consiste na grandeza do concreto que
indica a maior ou menor probabilidade do início da corrosão da
armadura. Deve-se ressaltar que a importância do estudo da
corrosão também está relacionada a aspectos econômicos, que
geram custos com reparos e são extremamente altos (PEREIRA,
2001).
2.3 MANUTENÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

As estruturas de concreto são consideradas comprometidas quando


apresentam manifestações patológicas com capacidade de afetar a sua
durabilidade e seu desempenho.
Brandão (1999), afirma que durante anoso concreto foi considerado um
material extremamente durável. E que atualmente a deterioração precoce das
estruturas estão ligadas diretamente a uma somatória de fatores, dentre os
quais: inadequação dos materiais, má utilização da obra, agressividade do
32

meio ambiente, ineficiência e falta de manutenção. Não se pode determinar ao


certo a vida útil de uma estrutura de concreto, ele depende do desempenho, da
sua utilização, manutenção e conservação NBR 6118 (ABNT, 2003).
Existem três tipos de manutenções em estruturas de concreto são:
Manutenção preditiva, preventiva e corretiva. A Manutenção preventiva
compreende a realização de tarefas que antecedem falhas, efetuadas em
determinados períodos com o intuito de reduzir as falhas e a degradação das
estruturas. As tarefas dividida nessa manutenção são baseada no tempo
(consiste em recondicionar e substituir componentes da estrutura em tempos
pré-definidos), condição (capazes de medir parâmetros da falha com utilização
de instrumentos ou equipamentos portáteis e correlacionar com o projeto
inicial) e teste para a falha. A Manutenção Preditiva, segundo Barbosa (2011),
consiste em executar as atividades de manutenção preventivas, de acordo com
a análise dos diversos elementos do edifício, com base em um planejamento
de inspeções.
O ideal é que a programação de inspeções seja prevista ainda na fase
de projeto, onde deverão ser identificados os elementos a inspecionar e a
periodicidade recomendada, em função da durabilidade média dos materiais e
equipamentos especificados. Já a Manutenção Corretiva é definida como
sendo qualquer manutenção realizada com o objetivo de restaurar as
condições iniciais e ideais de operação de máquinas e equipamentos,
eliminando as fontes de falhas que possam existir.
Segundo a NBR 15575 (2013) é caracterizada por serviços que
demandam ação ou intervenção imediata a fim de permitir a continuidade do
uso dos sistemas, elementos ou componentes das edificações, ou evitar graves
riscos ou prejuízos pessoais, patrimoniais aos seus usuários e proprietários.
33

3 METODOLOGIA

O presente estudo seguiu os preceitos do estudo explorativo de natureza


bibliográfica que segundo Gil (2008, p.51): “foi desenvolvido a partir do material
já elaborado, constituído de livros e artigos científicos”. Como fontes para
desenvolver o presente trabalho foram utilizados livros e manuais técnicos que
abordaram assuntos correlacionados com a temática sobre a ação dos íons
cloretos em estruturas de concreto armado.
Além disso artigos científicos sobre a temática publicados nos últimos 20
anos foram acessados, todos integrantes de renomeados congressos
espalhados pelo brasil. Foram também utilizados monografias disponíveis nos
acervos da biblioteca da Unifanor. Para seleção das fontes foram excluídos
livros e artigos que não possuía nenhuma ligação com a temática. Para a
coleta realizou-se uma leitura explorativa de todo o material selecionado (leitura
rápida que continha o objetivo de averiguar as obras consultadas) e também
uma leitura seletiva com o objetivo de aprofundar-se nas partes mais
relevantes para o estudo.
Na etapa de análise e intepretação de resultados foi realizado uma
leitura analítica com a finalidade de ordenar e organizar as informações
contidas nas fontes, de forma que a contribuir para responder ao problema da
pesquisa. Ao final trabalho se fez necessário analisar as categorias anteriores e
discuti-las a partir do referencial teórico relacionando à temática do estudo.
34

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
No Quadro 5 é apresentada a agressividade no ambiente e as
consequências dessas patologias sobre as estruturas.

Quadro 5 – Agressividade e consequência das patologias sobre as


edificações.

Agressividade do meio ambiente Consequências sobre a estrutura


Sintomas
Natureza do Condições apresentados
Efeitos a longo prazo
processo particulares na superfície
do concreto
Redução no PH, corrosão
Carbonatação Ur 60% a 85% Imperceptível da armadura e fissuração
superficial
Eflorescência Redução no Ph, corrosão
Atmosfera ácida,
Lixiviação e manchas da armadura e
água puras
brancas desagregação superficial
Umedecimento e
secagem,
Fissuração e corrosão das
Retração ausência de cura Fissuras
armaduras
UR baixa
(<50%)
Partículas em
suspensão na
Manchas Redução do PH e corrosão
Fuligem atmosfera
escuras das armaduras
urbana e
industrial
Temperaturas
Manchas Redução no PH, corrosão
Fungos e altas (> 20ºc e
escuras e da armadura e
mofo <50ºc) com
esverdeadas desagregação superficial
UR>75%
Atmosfera
Concentração Despassivação e corrosão
marinha e Imperceptível
salina cl- das armaduras
industrial
Expansão=>Fissuras,
Esgoto e águas
Sulfatos Fissuras desagregação do concreto
servidas
e corrosão na armadura
Composição do Fissuras, gel
Expansão=>Fissuras,
Álcali- concreto ao redor do
desagregação do concreto
agregado umidade, agregado
e corrosão na armadura
UR>95% graúdo

Fonte: Autor, 2020


35

Pode-se observar que algumas manifestações patológicas apresentam


sintomas iguais nas superfícies de concreto, a exemplo das fissuras, que
podem acontecer em manifestações patológicas do tipo de retração e ataques
de sulfatos. Além disso, a longo prazo pode ocorrer a corrosão na armadura do
concreto, seguindo da deterioração do concreto.
Deve-se ressaltar que os métodos mais importantes e frequentes no
envelhecimento e de deterioração das estruturas de concreto estão descritos
nas ABNT NBR 6118:2007 e ABNT NBR 12655:2006. Desta forma, ácidos
orgânicos e minerais, óleos, substâncias fermentadas, esgoto industrial podem
atacar o concreto. Numa estrutura de concreto armado o aço é a parte mais
sensível ao ataque do meio ambiente e por essa razão as armaduras devem
ficar protegidas através de uma espessura de concreto de cobrimento.
Além disso, a agressividade do meio ambiente está correlacionada com
as ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas do concreto
armado. Essa agressividade pode ser classificada a partir das condições de
exposição da estrutura e suas partes, levando em conta o microclima e o
macroclima atuantes sobre as obras (ver quadro 6).
Quadro 6 - Classificação da agressividade e os riscos nas estruturas

Classes de Risco de deterioração de


Agressividade
agressividade estruturas

1 Fraca Desnecessário
2 Média Pequeno
3 Forte Grande
4 Muito forte Elevado

Fonte: O autor, 2020.

Pode-se afirmar, a partir das referências bibliográficas utilizadas no


desenvolvimento do presente trabalho, que a agressividade pode ser avaliada
partindo do ponto de vista da durabilidade das armaduras e do próprio
concreto.
Para a avaliação de uma estrutura, segundo Emmons (1994), deve-se
seguir uma série de passos: a inspeção visual ao longo da estrutura pode
facilitar a identificação de algumas patologias e com isso permitir que o
36

responsável pela obra possa revisar ou analisar os documentos dos projetos,


permitindo o acesso aos últimos registros de manutenção, facilitando a
programação de medidas de manutenção, se necessário. Além da inspeção
visual e de uma boa análise técnica da estrutura faz-se necessário o
acompanhamento de diversos fatores como o mapeamento das deficiências,
monitoramento, pesquisa conjunta, ensaios e testes, permitindo-se uma análise
estrutural completa a fim de corroborar a decisão final sobre o
empreendimento. Na Figuras 11 são apresentados ensaios não destrutivos
feitos em estruturas.
Figura 11 – Ensaios não destrutivos.

Fonte: Cimento Itambé,2020.

Na figura 12 estão representadas patologias em obras de concreto


armado: corrosão generalizadas e desplacamento de cobrimento.
Figura 12 – Patologias em obras de concreto armado.

Fonte: Marcelli, 2007


37

Deve-se ressaltar que o desplacamento do concreto é muito comum nas


estruturas de edifícios e tem como fator principal a umidade, pois se a estrutura
apresentar infiltração pode ocasionar oxidação. Os danos estruturais
ocasionados pela infiltração são muito graves, podendo afetar outras áreas da
construção. A oxidação do ferro faz com que aumente o seu tamanho,
resultando em rachaduras e fissuras, além de manchas avermelhadas na
parede e bolhas nas pinturas.
Para se evitar as infiltrações que causam o desplacamento é preciso
seguir à risca um cronograma de manutenção preventiva, com um processo de
impermeabilização principalmente em áreas onde a água tem maior atuação.
38

5 CONCLUSÃO

As manifestações patológicas apresentadas em obras civis possuem


suas origens em qualquer uma das etapas do processo de construção. Devido
a isso, pode-se observar que os planos de manutenções padronizados pelos
órgãos competentes são essenciais para garantir a eficiência dos materiais
empregados e a qualidade na execução dos projetos.
Antes de se realizar qualquer medida para a correção de uma patologia
é necessário saber a origem do problema, pois manifestações patológicas com
origens diferentes podem gerar falsas soluções, por possuírem as mesmas
características físicas, o que faz com que uma patologia acabe encobrindo
outra.
Pode-se concluir que o presente trabalho conseguiu alcançar os
objetivos propostos, pois evidenciou a necessidade de se adotarem
procedimentos no intuito de retardar as consequências decorrentes de cada
manifestação patológica. Concluiu-se que para que uma estrutura alcance um
nível satisfatório de durabilidade, sem manifestações patológicas, todas as
áreas envolvidas no processo devem estar em harmonia: a mão de obra de
execução, os projetistas, os materiais utilizados, etc.
Devido ao limitado número de estudos relacionados ao tema, sugere-se
para pesquisas futuras a realização de trabalhos que abordem novas técnicas
de manutenção, comparando as manifestações patológicas e suas origens,
utilizando períodos de análise mais recentes.
39

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