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O CHIFRE DE AZOTH

Gerry Conway & Roy Thomas


— trttor—
Mike Docherty

Tony DeZuniga
arte-flnalista

Tom Vincent
coloriata

Dorian Vallejo
caplata
CONAN, O ROTEIRO
por Roy Thomas & Cerry Conway

jE/sta graphic novel não era para ser uma graphic novel, prio Dagoth foi modificado de um deus-demónio alado para
ou mesmo qualquer revista em quadrinhos. um monstro terrestre, pois, seja por quais razões. Dino não
Tudo começou com um roteiro. queria usar efeitos especiais no filme. Tudo isso faz parte
Em 1982, Edward R Pressman. produtor do filme Conan. o do processo cinematográfico, e quem vai dizer que fulano
Bárbaro, nos contratou para rotei rizarmos o segundo filme está certo ou errado em dada situação? Ninguém produ- —
do Conan, que seria estrelado por Arnold Schwarzenegger. tor, diretor, roteirista —
tem certeza se o "seu jeito" funcio-
Roy, que escreveu todas as aventuras de Conan para a Mar- naria melhor na tela do que o que foi realmente filmado.
vel entre 1970 e 1980, serviu como consultor do Edward e Assim que a linha narrativa foi mais ou menos definida e
do diretor John Milius no filme anterior. Nesse ínterim, os personagens, criados, o casting teve inicio. Isso antes
Geny e Roy escreveram juntos o desenho animado Pire and que o roteiro estivesse pronto, uma situação bastante in co-
Ice [Fogo e Gelo), que continha elementos de espada e ma- mum. Em um encontro com Jane Feinberg, a distribuidora
gia, trazendo-os de volta á atenção de Ed. de papéis, Geny mencionou que Grace Jones seria uma boa
0 diretor previsto para este segundo filme era o novato escolha para o pape) de Zula. a amazona negra. A andrógina
Roger Donaldson, cujo filme neozelandès Smash Palacc foi musa pop não só aceitou o papel como acabou sendo um
aclamado pela crítica americana. Junto com seu colega dos pontos altos do filme.
atorroteirista Ian Mune, Roger viajou para Hollywood: e, sob Logo depois. Dino finalmente estabeleceu Richard Fieis-
a orientação de Pressman, eles começaram a forjar os pri- cher como diretor. Fleiscber. que. na década de 50. dirigiu
meiros elementos do argumento. os bem-sucedidos filmes de açáo Os Vikings e 20.000 lé-
E como foi divertido. guas Submarinas, incorporou suas próprias ideias ao filme,
No meio dos trabalhos, o artista original do Conan, Barry naturalmente, e logo contratou o veterano Stanley Mann [O
Windsor-Smith, também foi levado a LApor Ed para fazer o Rato Que Ruge, etc. como roteirista.
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storyboard, embora seus desenhos não tenham sido usados Então o filme foi rodado com um novo título Conan. o—
no filme definitivo. Destruidor —
e, de acordo com uma reportagem, faturou
As instruções de Ed eram simples: ele e a Universal que- 100 milhões de dólares em exibições mundiais, um pouco
riam que Conan D fosse mais leve, sem a classificação "PO", menos que Conan. o Bárbaro. Depois dos devidos arbítrios,
pois achavam que o primeiro filme tinha sido um pouco lú- recebemos os créditos pela "História", enquanto Mann rece-
gubre. Assim, tivemos que abrir mão de algumas ideias, co- beu os créditos pelo "Roteiro". Isto porque o Sindicato dos
mo um clímax tipo A Última Tentação de Cristo (isso foi Roteiristas. que decide estas coisas, percebeu que a história
anos antes do romance do Kazanzakis ser filmado), no qual era basicamente a que havíamos feito, embora alguns ele-
Conan pensa que triunfou sobre Dagoth. enquanto essa vi- mentos tenham sido acrescentados e remanejados e os diá-
tória e suas consequências não passam de um sonho ilusó- logos totalmente reescritos.
rio induzido por seu inimigo divino. Além disso, durante o ano seguinte, continuamos sendo
0 resultado, quando finalmente nos trancamos no escritó- contratados para fazer roteiros por pessoas que haviam lido
rio com nossos novos processadores de texto, foi um roteiro nosso primeiro esboço de Conan D. (Aquela foi a única que
intitulado Conan, o Rei dos Ladrões. difundimos, pois achamos que as quatro seguintes, inclusi-
Ed adorou, mas havia um problema. Ele decidira vender ve a do Destruidor, afastaram-se do rumo que queríamos
seus direitos no filme ao megaprodutor Dino DeLaurentis. E que o filme seguisse. A pergunta mais frequente feita pelo
Dino, pouco familiarizado com o Conan de Robert E. Ho pessoal de cinema que leu o roteiro era: "Por que vocês não
ward. tinha suas próprias ideias de como seria a direção do filmaram esta versão em vez da outra?" Só nos restava en-
segundo filme. colher os ombros e responder. "Isto é Hollywood!")
A primeira delas era alterar os diretores. Roger Donaldson Recentemente, o editor da Harvel. Craig Anderson, leu o
voou até Nova York para se encontrar com Dino e discutir o roteiro e teve a mesma reaçáo. Ele sugeriu que. já que o ro-
roteiro. Na volta, ele nos comunicou que Dino pediu-lhe pa- teiro original era tão diferente do filme acabado, nós trans-
ra dirigir The Bounty, um remake daquela história que jã foi formássemos Conan. o Rei dos Ladroes em uma graphic no-
contada duas vezes. 0 Grande Motim Dino já havia adquiri- vel da Manei
do um autentico modelo em escala real do H.M.S. Bounty, Claro que, para nós. este foi um trabalho prazeiroso. mes-
que se encontrava ao largo da Nova Zelândia, Assim. Roger mo que a adaptação de um roteiro de 130 paginas para uma
desapareceu, junto com Ian. da vida de Conan (depois de graphic novel de 62 páginas exigisse alguns cortes.
Bounty. Roger dirigiu Sem Saída, com Kevin Costner, e E assim o circulo se fechou.
Cocktail, com Tom Cruise). De Conan, o Rei dos Ladrões para Conan. o Destruidor e
Seguiram-se muitas reuniões de diretoría com o Dino em até para Conan e o Chifre de Azolh — que é praticamente
seu novo acampamento no famoso Beverly Hills Hotel. A li- Conan. o Rei dos Ladrões com alguns nomes modificados
nha narrativa foi varias vezes ajustada e revisada. Nos inter- para evitar confusão com a adaptação do filme para os qua-
valos das conferências. Dino fazia substituições dos ele- drinhos que a Marvel fez em 1984.
mentos do argumento como um técnico de f u te boi. Quem espera, consegue. As vezes.
As sanguessugas gigantes, por exemplo, foram cortadas Obrigado, Craig, Dino. Roger e Ed Pressman por terem de-
em uma conversa com Dino, que entendemos apenas par- positado fé em nos desde o primeiro momento.
cialmente, pois era conduzida em parte por um intérprete.
"Sem que entendemos. Sem ratos
bichas!", foi a única coisa Classificação PG * censura livre co i a sugestão de acompa-
também, e com isso a cena inicial foi para o espaço. 0 pró- ahameiilo de um adulto, (n.do.t- I
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