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Objetiva-se analisar os impactos do racismo institucional na saúde da população

negra no Brasil, propondo estabelecer algumas reflexões sobre o histórico dessa


população e como isso influenciou no cenário atual, referente ao acesso às políticas
públicas voltadas para a saúde e principalmente, sobre o racismo institucional, que faz
parte dos serviços públicos e tem vitimado negros, pobres e sobretudo mães.
As informações descritas nesse artigo são fundamentadas, de maneira descritiva-
bibliográfica, por artigos de periódicos eletrônicos, capítulos de livros, teses,
dissertações e pela legislação federal, além de doutrinadores com grande contribuição
para a discussão sobre preconceito e racismo na sociedade, como Kabengele Munanga,
Paulo de Carvalho e Florestan Fernandes.
As inúmeras conquistas alcançadas no campo da igualdade de gênero e raça, não
excluem os grandes desafios existentes perante o assunto. Pesquisas estatísticas
comprovam com frequência que a desigualdade entre negros e brancos, homens e
mulheres, se mantém firme, em lenta redução. O Dossiê das Mulheres Negras: retrato
das condições de vida das mulheres negras no Brasil, elaborado em associação ao
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e organizado por Marcondes,
Pinheiro, Queiroz e Valverde (2013), assim como o artigo Gênero e Educação:
fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais (VIANNA et al., 2016),
exibem fatores e dados importantíssimos que explicam não apenas a condição da mulher
negra, mas os fatores que mantém a população negra em uma posição desigual.
Tais fatores envolvem questões de contexto histórico, abordada por Florestan
Fernandes ao explicar as consequências geradas pela escravidão na sociedade brasileira.
Ainda mais, a problemática engloba a influência do racismo estrutural e dos mitos
socio-raciais na difusão do preconceito racial, como explicado por Kagenbele Munanga
através dos seus estudos realizados desde a década de 70, assim como Paulo de
Carvalho ao questionar a definição de racismo.
No Brasil, os direitos de acesso a políticas públicas, à educação, saúde e
principalmente, à igualdade, estão assegurados por lei. Entretanto, muitas vezes a lei
não se cumpre, fato comprovado pela enorme desigualdade existe entre negros e
brancos no país. Por esse motivo, é válido reafirmar a necessidade de se fazer cumprir a
lei e as políticas públicas já existentes, para que assim, toda a população tenha as
mesmas oportunidades de acesso à educação e viva em um ambiente mais justo,
promovido pelo respeito e igualdade.
Segundo Batista (2010), existe uma baixa quantidade de produções e estudos
científicos que qualifiquem ou quantifiquem no quesito cor. Nesse sentido, este estudo
tem como principal proposta contribuir positivamente para a ampliação e disseminação
dos conhecimentos sobre essas questões.

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