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Microsoft Word - PONTESTAGUTI
Microsoft Word - PONTESTAGUTI
CAMPUS DE GUARATINGUETÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA
PONTES DE CONCRETO
Notas de aulas
2002
1. 1
ÍNDICE
páginas
NA = Nota de aproveitamento
NA = MP MP = Média das 4 melhores notas entre as 4 Provas e a MT
MT = Média das 05 melhores notas de testes
Calendário de Pontes:
a) provas : P1 ; P2 ; 1a. época: ; 2a. época:
b) testes : T1 ; T2 ; T3
Calendário de Protendido:
a) provas : P3 ; P4 ; 1a. época: ; 2a. época:
b) testes : T4 ; T5 ; T6
Bibliografia
Apostilas: -EL DEBS, M.K. & TAREYA, T. Pontes de concreto - notas de aula - 5
fascículos - EESC-USP-1990.
-MARTINELLI, D.A.D. Pontes de concreto - EESC-USP-1971.
-FREITAS, M. Introdução Geral. Pontes - EPUSP-1981
-BERNARDO, GRAULO - Pontes - Grêmio Politécnico-1980.
-HANAI, J.B. - Fundamentos do Concreto Protendido - Notas de Aulas, EESC-
USP, 1991
2.1
CAPÍTULO II (2002)
2. CONCEITOS GERAIS
2.1. Definições
Ponte: obra necessária para manter a continuidade de uma via qualquer, através de um
obstáculo natural ou artificial.
2.2. Requisitos
a) Funcionalidade . permitir tráfego atual com previsões para seu incremento.
. escoamento das águas sob ponte com o mínimo de perturbação.
b) Segurança . considerar as tensões, deformações e duração.
c) Estética . atender a boa aparência sem criar grandes contrastes com o ambiente.
d) Economia . objetivo da engenharia, apresentar uma solução de menor custo.
• Aparelhos de apoios
suportes { pPilares
• Infra-estrutura eEncontros
fundações
aterro
encontro
aterro aparelhos de
pilar apoio
VISTA LONGITUDINAL
(infra e superestrutura)
fundação infra-estrutura
guarda-corpo
estrado = laje superfície de rolamento passeio
defensa
. . . . . . . .. . . . . .
. . . . .
CORTE TRANSVERSAL
laje em balanço
(superestrutura)
l1 l2
hc
aterro
aterro hl
l3 l4
l5
pista de rolamento
N.A.
c / balanço
- Simplesmente apoiada s / balanço
−Vigas - Contínua
- Gerber
c / balanço
- Simplesmente apoiada s / balanço
− Lajes - Contínua
- Em pórtico
- Pórtico
- Arcos e abóbodas
b) Seção Transversal
- aberta { -- vigas
grelha
−−−> tabuleiro solidário
- Viga - celular −−−> láminas solidárias e rígido à torção
- treliça (metálica)
3.1
3.1. Introdução
Tais informações são fundamentais no processo de escolha do local de colocação dos pontos,
as quais devem respeitar algumas normas gerais. Estas visam:
Projeto de uma ponte é um conjunto de estudos, cálculos e gráficos que permitem definir,
justificar e construir uma ponte: definir, quanto ao sistema estático e materiais a empregar;
justificar, quanto às dimensões adotadas para o vão, outras partes da estrutura e o custo; construir,
de acordo com os detalhes gráficos e especificações do memorial descritivo.
a) Estudos preliminares
b) Ante-projeto
Aqui são formuladas as várias soluções técnicas que permitam respeitar as condições
indicadas nos estudos preliminares. Estas soluções são acompanhadas de orçamento
estimativo e do tempo necessário para a execução. Nesta fase a experiência, o conhecimento
de outras obras e a intuição profissional do projetista exercem significativa relevância.
c) Projeto definitivo
4.1 INTRODUÇÃO
O peso próprio dos elementos estruturais é avaliado em função do material a empregar, por
meio de fórmulas empíricas, pela observação de estruturas anteriormente projetadas. Este
procedimento é conhecido por PRÉ-DIMENSIONAMENTO.
Aço ............ 3%
Concreto ........... 5%
Madeira ............10%
- Empuxo de terra
Importantes em concreto
a) ⋅ Fluência (deformação lenta)
protendido, por causar
b) ⋅ Retração de concreto perdas de protenção - NBR 7197
- estruturas isostáticas - permitem a deformação
- estruturas hiperestáticas - acréscimos de tensões devido ao impedimento das deformações
É um dos critérios para a escolha do sistema estrutural. Quando são previstos recalques
excessivos, evita-se estruturas hiperestáticas.
São as que ocorrem com valores que apresentam variações significativas em torno de sua
média, durante a vida da construção.
Ocorrência - pontes de eixo curvo, através do atrito das rodas com o pavimento.
C = força centrífuga para cada eixo do veículo
Mv 2
C=
R R = raio de curvatura do eixo da estrada
v = Velocidade do veículo
M = massa do veículo
0,0077Qv 2 onde,
C= Q = peso do veículo (kN)
R
v = km/h
R=m
a) pontes rodoviárias
C = 0,25 do peso do veículo-tipo para R ≤ 300 m.
75
C= do peso do veículo-tipo para R > 300 m.
R
C atua na superfície de rolamento.
b) pontes ferroviárias
- bitola larga (1,60 m)
C = 0,15 da carga móvel para R ≤ 1200 m
4.3
180
C = R da carga móvel apara > 1200 m
C M
e M=C.e
C
seção transversal força C transferida ao C.G. da seção
Efeito da força centrífuga sobre a ponte - no caso, haverá aumento de solicitação nas vigas à
direita da seção, e uma diminuição nas vigas situadas à esquerda.
Surge apenas nas pontes ferroviárias devido à folga entre o friso das rodas e o boleto do trilho.
A ação do vento é traduzida por carga uniformemente distribuída horizontal, normal ao eixo
da ponte.
No caso de ponte de laje dispensa-se a consideração da ação do vento, pois, a área exposta é
pequena e por haver grande rigidez à ação horizontal.
1,0 kN/m2
0,7 kN/m2
a) b) c)
1,0 kN/m2
3,50m
1,5 kN/m2
. .. . . .. . .. . . ..
. . .. .. . . . . . .. . . . . .. .. . . . . . .. . .
. .
. . e) .. .
d) .
Fig. 4.2 - Pressão de vento sobre pontes, segundo a NB2, para vigas de alma cheia :
a) ponte rodoviária descarregada ;
b) ponte rodoviária carregada ;
c) passarela de pedestres, carregada ;
d) ponte ferroviária descarregada ;
e) ponte ferroviária carregada.
4.5
E q = K a qbh ; q=
(
q v .3,0 + q. p − 3,0 )
p
3,0m
q q
q v
q q
h
h K a. q
Ka. q cortina
encontro
q = K .v2
onde,
direção de fluxo
São ações de curta duração e baixa probabilidade de ocorrência: choque de veículos contra
elementos estruturais, explosões, enchentes, sismos etc.
4.3.10.1 - INTRODUÇÃO
A transposição de obstáculos pelos veículos é a função principal das pontes ou dos viadutos.
Como se sabe, existem vários tipos de veículos transitando nas estradas. Por motivos
econômicos, as pontes são construídas para determinadas classes de veículos. Fica a critério
dos órgãos governamentais, fundamentadas em dados sobre a circulação de veículos, a
escolha da classe das pontes. Para cada classe de ponte, esses mesmos órgãos estabelecem
cargas máximas por eixo, na chamada "lei da balança".
A ABNT fixa as cargas móveis a serem consideradas no cálculo de pontes, por meio
das seguintes normas:
Segundo a NBR-7188 as cargas de veículos utilizadas no cálculo de pontes são de três classes:
classe 45 . veículo-tipo de três eixos com peso total de 450 kN, sendo 150 kN por eixo.
. carga uniformemente distribuída em toda a pista de rolamento, inclusive no
acostamento, e exceto na área ocupada pelo veículo-tipo igual a q = 5kN/m2
classe 30 . veículo-tipo de três eixos com peso total de 300 kN, sendo 100 kN por eixo.
. carga uniformemente distribuída q = 5 kN/m2
classe 12 . veículo-tipo de dois eixos, com peso total de 120kN, sendo 40 kN para o eixo
dianteiro e 80 kN para o eixo traseiro.
. carga uniformemente distribuída q = 4 kN/m2
IMPORTANTE - O veículo tipo, q e q' serão colocados na posição mais desfavorável para
o cálculo do elemento estrutural, não considerando a porção do carregamennto que
provoque redução das solicitações
A veículo-tipo A
q 3,0 m q PLANTA
2 ou 3 eixos
6,0m
6,0 m
q
q q
o o o CORTE A-A
0,5m 0,5m
b 0,2 0,3 m
2,0m 3,0 m 2,0m 3,0 m
b 0,2 0,3 m
0,5m 0,5m
0,2 m 0,2 m 0,2 m 0,2 m 0,2 m 0,2 m
6,0 m 6,0 m
Q Q Q Q
q q q'
q'
a b c b a
4.3.10.4 PASSARELAS
O deslocamento das cargas ao longo de uma estrutura produz oscilações desfavoráveis à sua
estabilidade. As causas, em geral, são as irregularidades das pistas e a aplicação bruscas das
cargas.
Embora, a análise dos efeitos deva ser feita pela teoria da dinâmica das estruturas, permite-se
majorar as cargas móveis, através do coeficiente de impacto, e considerá-las como se fossem
aplicadas estaticamente.
Pontes rodoviárias
φ = 1,4 − 0,007 ≥ 1,0 com em metros
Pontes ferroviárias
(
φ = 0,001 1600 − 60 )
+ 2,25 ≥ 1,2 com em metros
onde:
4.9
a) viga simplesmente apoiada
= vão teórico
b) viga contínua
Se mí n ≥ 0,70 má x , então, usa-se a média dos comprimentos dos tramos, caso contrário,
= vão teórico de cada tramo
l1 l2 l3 l4 l5
Fig. 4.9 - Fixação do vão " l " , relativo ao coeficiente φ , para vigas contínuas
c) vigas em balanço
= o dobro do vão teórico do balanço
4.4.1 INTRODUÇÃO
Um conjunto de ações atuando sobre uma estrutura, em geral, tem probabilidade não
desprezível de atuarem simultaneamente, durante o período de sua vida útil.
A fim de que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura, aquelas
ações devem ser combinadas corretamente.
a) Ações permanentes
Devem figurar em todas as combinações
b) Ações variáveis
Em cada combinação última, uma das ações variáveis é considerada como a principal,
admitindo-se que ela atue com seu valor característico FK; as demais ações variáveis são
consideradas como secundárias, admitindo-se que elas atuam com seus valores reduzidos de
combinação Ψ0 FK.
4.10
A verificação da segurança é feita considerando-se as seguintes combinações:
m n
Fd = γ gi .FGi , k + γ q (FQ1, k + ψ 0 j.FQj, k )
i =1 j= 2
onde,
FGi,k = valores característicos das ações permanentes.
FQ1k = valor característico da ação variável admitida como principal.
ψ oj FQjk = valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis
γ gi , γ q = coeficientes de ponderação, respectivamente, das ações permanentes e das ações
variáveis
4.4.3.1 - INTRODUÇÃO
Os itens 1.1 e 1.2 do anexo da NBR 6118 estabelecem uma combinação de utilização para
cada verificação do estado limite de utilização, tais como:
m n
Fd , uti = FGi , k + ψ 2 jFQj, k
i =1 j=1
m n
Fd , uti = FGi , k + ψ1FQ1, k + ψ 2 jFQj, k
i =1 j= 2
m n
Fd , uti = FGi , k + FQ1, k + ψ 2 jFQj, k
i =1 j= 2
onde,
os valores dos fatores de combinações são os seguintes:
4.12
ROTEIRO DE CÁLCULO
I - DADOS
3- Esforços totais
3.1 - Momentos fletores extremos
3.2 - Esforços cortantes extremos
3.3 - Reações de apoio extremas
V - CÁLCULO DA INFRA-ESTRUTURA
VI – ANEXO
5.3
onde,
a) hp1 e hp 2 são, respectivamente, as alturas dos pilares 1 e 2
b) h3 = altura da viga principal = distância da face superior da laje até a face inferior da viga
c) h4 = altura da transversina = distância da face superior da laje até a face inferior da transversina
d) h2 = espessura da laje
e) h5 = h4 - h2
f) os aparelhos de apoio dos pilares 1 e 2 são, respectivamente, de neoprene e de Freyssinet
g) as demais dimensões estão indicadas na planta, cortes e vista longitudinal
6.1
CAPÍTULO VI (2002)
No caso de pontes sobre duas vigas principais, há basicamente, três esquemas estáticos de
cálculo:
P laje
P
a I vigas independentes
vigas
laje
P
transversina αP (1−α) P
II grelhas
b
vigas
laje
P
transversina
simplificação satisfatória
vigas
P P
e
P. e
Obs.: NBR-6118 - seções transversais com três ou mais vigas principais devem ser calculadas como
grelha.
6.2
A carga permanente pode ser considerada uniformemente distribuída, igualmente para cada
viga, inclusive o peso próprio das transversinas.
p' p'
P P
1 2
R == PP.. ηη ++ p'
R p'.. A
1
1 A LI de R 1
η (reação da viga 1 )
(parcelas das cargas P e p'
suportadas pela viga 1 ) 1
As cargas P e p' atuando sobre o tabuleiro, correspondem às cargas Pη + p'A sobre um determinado
ponto da viga 1 .
A A
φq q
φQ 2
q'
φQ + + Q1
φq q
1
B + + Q1
B
+ + Q1
φQ
C φq
q' C
q2
Q1 = φ Q ( y1 + y2 )
φQ φQ
φq
q'
CORTE B-B
A3
A4 A2 A1
A5 LINHA DE INFLUÊNCIA ( LI )
. . . . DOS QUINHÕES DE CARGA SOBRE A VIGA1V
1
A6 .
. . .
y
y1 2
Exemplo: Extremos de Mc
C
Viga principal V 1
Q1 Q Q
1 1
q1 q2
Posição do trem- tipo para o cálculo de
( Mc,mín = máximo momento fletor negativo na seção C)
q2 Q1 Q Q1
1 q2
- C - LI de M c
São os valores máximos e mínimos dos esforços em cada seção transversal da viga. Esses
valores são determinados pela combinação das cargas permanentes e móveis.
O número de seções adotadas em cada tramo varia com o vão do mesmo, podendo adotar-se:
L = 26 m
5 15 5 15
5
40
6
5 cm
40 12
15 2 25
4
10 cm
3
1 200 cm
40 260 cm 40 80 cm 230 cm
2,0 m
0 , 60 x 5, 0 4
x2, 0x x 25 = 10 , 0
2 30
6.6
= g1 = 101,51kN / m
- Peso próprio das transversinas (considerando unif. distrib. ao longo da viga, l = 30m)
laje já considerada
25 cm
10 cm
200 cm
50 30 50 cm
Fig.6.7 - Seção transversal da transversina
2,0 m transversina
12,50 m cortina
laje já considerada
0,25
0,25
0,50 m 0,10
1,65 m 2,0 m
Ala 0,25
0,25
0,50 + 2,25
ALA: x2,25x0,25 + 0,50x2,25x0,25 x25 = 26,37 kN
2
0,10x0,50
CORTINA: 0,25x0,25 + 0,25x2,0 + 6,25x25 = 91,80 kN
2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
2,5 m 2,5 m 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,5 m 2,5 m
Rg 2 = Rg12 = 1703,37 kN
6.8
1915
627
- 8
- Mg [ kN . m ]
1475 +
2535
3170
3382
648
383
-
118
-
Vg [kN]
0
+ 212 +
424
636
848
1060
C 0,40
0,5 2,00
2,0 mm 0,40
0,5 m
q
2
1,5 m
Q
+ + + + 1
veículo-tipo 1,5 m
classe 45 q = 5 kN/m 2 Q
1
+ +
B B
1,5 m
Q
1
+ +
A Q = 450 / 6 = 75 1,5 m A
q
1
q = 5 kN/m 2
q
2
V1 V2
0,40 0,40
SEÇÃ O TR A NSV ER SA L
9,8 m
9,4 m
8,9 m
6,9 m
6,6 m .
0,48
6,4 m
-
+ +
. .. w = 1 / 6,60 =
. . . 1,35 (w x 8,9)
0,97 (w x6,4)
1,00 (w x6,6)
LINH A D E IN FLU ÊN CIA ( LI )DA R E AÇÃ O DO APO IO 1
1,42 (w x 9,4) 1,05 (w x6,9) (quin hão de carga para a viga V )
1,48 (w x 9,8) 1
φq
C O R TE A -A = C O R TE C -C
φQ φQ φq
q2 Q1 Q Q1
1 q2
q1
0 , 97 x 6 , 40 20,64 19,56
q1 = φ x 5 x ( )
2
1, 42 x 9 , 40 44,38 42,05
q 2 = φ x 5x ( )
2
0 1 2 7 12 13 14
Viga principal
5,0 m A 20,0 m B 5,0 m
q2 Q1 Q Q
1 1
q1
Posicionamento do TREM-TIPO para
a obtenção da mínima reação do apoio A ou
q2 da seção 2 , R qA,mín = R q2,mín
Q1 Q Q 1 q1
1
. . .. 1,00
1,25 . 1,025
1,10
1,175
1,5 1,5 1,5 20,0 m 1,5 1,5 1,5
0,50 m 0,50 m
Fig. 6.17 - Reações máxima e mínima da viga principal, causadas pelas cargas móveis
0 1 2 7 12 13 14
Viga principal
5,0 m A 20,0 m B 5,0 m
239,4 kN
20,64 kN
Posicionamento do trem-tipo para o cálculo de M q1,mín
2.5 .
.
- 1,0 Linha de influência do momento
1 fletor da seção 1 , M q1
1,5 2,5
1,0
2 , 5x 2 , 5
M q1,mín = − 239 , 4 ( 2 , 5 + 1, 0 ) − 20 , 64 ( ) = − 902 , 40 kN . m
2
M q1,máx = 0
239,4 kN
20,64 kN/m
Posicionamento do trem-tipo para o cálculo de V q1,mín
. 1,0 . 1,0
-
Linha de influência do esforço
cortante da seção 1 , V q1
1,5 2,5
1,0
M d ,máx = γ g Mg + γ q M q ,máx
M d ,mín = γ g Mg + γ q M q ,mín
0,14 0 0 0 - - 0 - - 0
1/13 -627 0 -902,40 1,3 - -815,10 1,3 1,4 -2078,46
2/12 -1915 0 -2774,67 1,3 - -2489,50 1,3 1,4 -6374,04
3/11 -8 1682,21 -2552,68 1,0 1,4 2347,09 1,3 1,4 -3584,15
4/10 1475 2952,74 -2330,68 1,3 1,4 6051,34 1,0 1,4 -1787,95
5/9 2535 3836,88 -2108,69 1,3 1,4 8667,13 1,0 1,4 -417,17
6/8 3170 4397,61 -1886,70 1,3 1,4 10277,65 1,0 1,4 528,62
7/7 3382 4590,81 -1664,71 1,3 1,4 10823,73 1,0 1,4 1051,41
6051,34
6051,34
+
máximos 8667,13
8667,13
10277,65 2759,03
10277,65
10823,73
2292,40
2008,98 1835,60
1390,61
1240,46
mínimos 957,40 - 865,76
842,40
535,95 647,58
497,90
418,79
-
488,62 189,88
144,42
153,40
153,40
Vd [kN]
144,42
189,88 488,56
418,79 497,90
865,76 647,58 535,95
+ 842,40
+ 1240,46
1390,61
2008,98
1835,60
máximos
2292,40
2759,03
b1 + b a + b 3
ou
bf =
2 b1 + bw
2 b 3 + bw
- Largura colaborante
onde,
0,10a
0,10a
b1 ≤ 8h f b3 ≤
6h f
0,5b 2
onde,
a = , viga simplesmente apoiada
3
a= , tramo com momento em uma só extremidade
4
3
a= , tramo com momento nas duas extremidades
5
a = 2 , viga em balanço
6.15
bf bf bf
h hf
f
b3 b1 b1 b1 b3 b3
b2
bw bw bw
ba
a) Seção 7
h f = 25 cm hf = 25
10 cm 10 cm
viga V1 viga V2
40 cm 40 cm
10 cm 10 cm 10 cm 10 cm
3
0,10a = 0,10x x2000 = |120cm|
5
b1 ≤ 8hf = 8x25 = 200cm
0,5b 2 = 0,5x600 = 300cm
0,10a = |120cm|
b3 ≤
6h f = 150cm
b f = 120 + 60 + 120 = |300cm|
300 xd 2 d
CA − 50A → Kc lim = 2,4 = d = 93cm h= = 104 cm
1082373 0,9
x
> ξ= = 0,6283 x = 0,6283 x93 = 58,43cm > 1,25h f = 31,25
d
L. N . corta a alma.
OBS.: A princípio, a altura da seção poderia ser diminuída, entretanto, será mantida a altura
inicial, por se tratar de exercício didático.
OBS.: As dimensões iniciais, deste exercício didático, serão mantidas, porém, nota-se que é
possível modificá-las. Se, no entanto, forem feitas modificações deve-se refazer os cálculos,
desde que a variação do peso próprio seja maior que 5%.
Exemplo:
Seção bw ou Md + M- KC KS As1+ As2 -
d
(bf) kN.cm (cm2) (cm2)
(kN.cm)
(cm)
3 76 358.415 8,70 0,024 442,55
(336) (234.709) (58,70) (0,023) (27,244)
bd 2 Md
Kc = → Ks → As = Ks
Md tabela d
A s2
.....
d = 202,5 cm
Fig. 6.23 - Armaduras superior e inferior
.....
A s1
τ d = 115
, τ wd − τ c > 0
τ c = ψ 1 f ck (MPa )
Vd
τ wd =
bwd
τd
ρw =
f yd ρw mínimo = 0,14 % para aço CA-50
,
onde,
ψ 1 = 0,15 → flexão simples e flexo-tração
Mo
ψ 1 = 0,15 1 + → flexo-compressão ou flexão com protensão
M d ,máx
ψ 1 = 0 → Flexo-tração (LN fora da seção)
Mo = momento fletor que anula a tensão normal na borda menos comprimida
Exemplo
6.18
bw ou kN kN ρw (%)
Vd (kN)
Seção (cm) τ wd ( ) τd ( )
cm2 cm2
5 40 1391 0,172 0,134 0,31
Vd 1391 kN
τ wd = = = 0.172kN / cm 2
b w .d 40 x 202,5 cm 2
fyk 50
fyd = =
1, 15 1, 15
τd 0 , 134
ρw = = x1, 15 = 0 , 0031 = 0 , 31%
fyd 50
Os ensaios de flexão revelam que após 2 x 106 de ciclo de flutuações de carga, a armadura
pode romper com tensão inferior à medida em ensaio estático. Este fenômeno denomina-se fadiga
de armadura.
- Fator de fadiga
É o fator pelo qual devem ser multiplicadas as áreas de armadura de uma seção, para atender
as flutuações de tensões.
∆ σs
Fator de fadiga = ≥ 1, 0
∆ σs
∆σs
Se, > 1, 0 , então, corrige-se a armadura calculada,
∆σs
∆σs
A s,corrig = . A s,calculado
∆σs
onde,
6.19
OBS.:As tensões σ s devem ser calculadas com esforços solicitantes de serviços, isto é, sem
majorá-los com os coeficientes de majoração.
Solicitações de serviço:
M máx = M g + M q ,máx
M mín = M g + M q ,mín
M
0,87d seção retangular (M < 0)
σs = ; Z= h
Z As d - f seção T (m > 0)
2
M máx
M = ou
M mín
- armadura comprimida
σs = α eσc ; α e ≅ 10 ; M
σs = 10 yi
M I
σc = yi
I
onde,
I = momento de inércia
σc = tensão no concreto
σs = tensão na armadura comprimida
yi = distância do C.G. da seção até a armadura comprimida
EXEMPLO
Seção 3
6.20
M g = −800kN.cm
Mmáx = 167. 421 kN.cm
M q , máx = 168.221kN.cm
Mmín = - 256.068 kN.cm
M q , mín = −255.268kN.cm
bf = 336 cm
bw = 76 cm
h = 225 cm
hf = 25 cm
b f = 336 cm
A s2 = 42,55 cm2
25 cm ..... I = 1.1957 x 10
8
cm 4
y2 = 72,5 85 cm
+ d = 202,5 cm
C.G.
200 cm
y1 = 117,5 140 cm
0,87.d = 176,18 cm
..... z =
d - h f / 2 = 190 cm
76 cm A s1 = 27,24 cm2
a) armadura superior, A s 2
a.1) momento, M = Mmáx = 167. 421 kN cm (armadura será comprimida)
M 167.421
σs = 10 y 2 = 10 x 8
x 72,5 = 1,015kN / cm 2
I 1,1957 x10
M 256.068
σs = = = 34,16kN / cm 2
z.As 2 176,18x 42,55
35,18
As 2,corrig. = x 42,55 = 83,16cm 2
18
b) armadura inferior, A s1
M 256.068
σs = 10
y1 = 10 x 8
x117,5 = 2,52 kN / cm 2
I 1,1957 x10
b.3) variação das tensões na armadura As1
OBS.: Nos cálculos das variações ∆σ s , as parcelas foram adicionadas, pois, o que se procura é a
amplitude total das tensões. Caso os momentos máximos e mínimos forem de mesmo sinal,
as parcelas que compõem ∆σ s devem ser subtraídas uma da outra.
Solicitação de serviço:
1,15( V1 − V2 )
∆σs =
d . bw . ρw
caso contrário
1,15V1 − τc . bw . d
∆σs =
d . bw . ρw
1,15(1023,58 − 224,30)
∆σs = = 36,6kN / cm 2
202,5x 40 x 0,0031
6.22
36,6
ρ w ,corrig. = x 0,31 = 0,0081 → 0,81%
14
7.1
Calculam-se os esforços solicitantes para cada transversina, tendo como base as seguintes
considerações:
3.2
área de influência da transversina T1
Seções de cálculo A B 0 1 2 3 4 C D
Cortina .........
0 1 2 3 4
Transversina ....
exemplo: T3
laje
Esquema estático
transversina
para o c cálculo das reações
das transversinas
T1 T2 T3 T4 T5
T2 T3 T4
q
2
B q B
q
q q
Q 1
1
A A
Q
1
q
q
2
PLANTA
TREM-TIPO
do tabuleiro
da transversina
Q Q Q
q q
CORTE A-A
LI DE T3
laje (região c/veículo-tipo)
0.70
0.85
1
7.00 1.50 1.50 1.50 1.50 7.00
q
CORTE B-B
LI DE T3
(região s/veículo-tipo)
1 (1*10)/2=5
10.00 10.00
Q1=1,354x75x(1+2x0,85) = 274,2kN
q1 =1,354x5x[2x(0,70x7)/2] = 33,17kN/m
q2 =1,354x5x[2x(1x10)/2] = 67,7kN/m
7.4
7.2.3. Cálculo de M e V
Exemplo: seção 1 das transversinas T2 , T3 e T4
0 1 2 3 4
Seções de
Cálculo
1.65 1.65 1.65 1.65
q Q Q q
2 1 1 2
q
1
LI de M
q
0.25 (seção 1 )
1.65
0.86 0.61
0.74
1
1.24
q Q
2 1
p/ V
q,mín
q
2
Q Q
q 1 q 1
1 1
p/ V
q,máx
0.25
0.17
_
LI de V
q
+ (seção 1)
0.15
1.00
0.37
0.45
0.75
Mq(1)=274,2(1,24+0,74)+33,17[2,5x(1,24+0,61)/2+0,50x(1,24+0,86)/2]+
+67,7[(0,86x1,15)/2+ (0,61x2,45)/2] = 721,10 kN.m
Vq,máx(1)=274,2(0,75+0,45)+33,17x2,50(0,75+0,37)/2+67,7(0,37x2,45)/2=406,16kN
Vq,min(1)=-274,2x0,25-33,17x0,50(0,17+0,25)/2-67,7(0,17x1,15)/2=-78,65kN
Para a envoltória de momentos fletores deve-se considerar nos apoios os seguintes valores:
1/3 M
máx
1/4 M
máx
M M
máx máx
Esta providência visa a considerar momentos que podem ocorrer,caso as vigas principais tenham
deslocamentos diferentes.
viga principal
tração
transversina
tração
8.1
CAPÍTULO VIII (2002)
8.1 Introdução
Os esforços solicitantes de lajes são obtidos através da Teoria das Placas. Embora as lajes ,
em geral , têm comportamento anisotrópico , isto é , rigidez diferente nas duas direções , considera-se ,
para efeito de cálculo de solicitações , que seja elástica e isotrópica . Existem também o cálculo à ruptura,
onde se abandona o comportamento elástico da laje, e outros procedimentos alternativos que não serão
objeto deste curso.
Encontram-se na literatura , em forma de tabelas , as soluções de placas elásticas , tais
como as de Czarny e Marcus . Porém , estas são válidas apenas para cargas distribuídas . No caso de lajes
de pontes , as principais solicitações são provocadas pelas cargas concentradas das rodas dos veículos,
que além de serem preponderantes em relação às outras cargas , são móveis . Com isso , faz-se necessário
outras tabelas. As tabelas , freqüentemente utilizada , são as de Rüsch , que serão aquí adotadas .
Vale salientar que em lajes de pontes , o problema resume-se em encontrar as posições das
cargas que produzam as solicitações mais desfavoráveis para as lajes . Este cálculo é extremamente
trabalhoso. Para facilitá-lo foram desenvolvidos diversos procedimentos , tal como o de Rüsch.
L1 L1
L2 L3 L4 L5
A A
L4
L6
L6
PLANTA DO TABULEIRO
B
CORTE B-B
L2 L4
L3 L5
CORTE A-A
Figura 8.1
8.2
Os esquemas estáticos foram adotados como lajes isoladas para que se possam utilizar as tabelas
de Rüsch , que foram elaboradas como tais . Após os cálculos dos esforços solicitantes das lajes isoladas
consideram-se a continuidade da estrutura por meio de um coeficiente α . Estes coeficientes afetam
apenas os esforços devidos às cargas móveis , cujos esforços são preponderantes em relação àqueles
devidos às cargas permanentes.
l
x
y
x
ly
x = direção da continuidade
ly lx MA constante αo
Pontes
Placas ≤ 0,80 1,00 1,00 1,05
em
vinculadas = 1,0 1/2 MB 1,05 0,96 1,13
vigas
nos quatro = 1,20 1,07 0,94 1,18
M d = γ g . M g + γ q . α. M q
Nos apoios internos serão obtidos dois valores de momentos fletores, porém será utizado ,para
dimensionamento, apenas o maior valor , o qual corresponde o caso mais desfavorável ,pois, este é aquele
em que somente a laje correspondente ao maior momento sofre a ação do trem-tipo .
As tabelas de Rüsch foram obtidas para veículos-tipo com cargas de rodas e cargas
uniformemente distribuídas unitárias. Ou seja, os esforços solicitantes das tabelas resultaram da aplicação
deste carregamento unitário sobre a superfície de influência destes esforços. O conceito de superfície de
influência é o mesmo do de linha de influência das estruturas lineares, isto é, cada ordenada da superfície
,no ponto de aplicação da carga unitária, é o valor do esforço solicitante em uma determinada seção.
Graças à coincidência dos trens-tipo da norma brasileira NBR 7188 daqueles da norma
alemã DIN 1075 ,utilizadas por RÜSCH, pode-se utilizar as referidas tabelas nas pontes brasileiras.
Entretanto, deve-se considerar nestas tabelas a carga distribuída p' = p ,pois na norma brasileira a carga
distribuída ao redor do veículo-tipo é igual à carga p (no curso é "q") ,enquanto que na norma alemã ,
atrás e em frente ao veículo-tipo a carga distribuída é p e nos lados a carga distribuída é p' ., conforme
Fig. 8.2 .
lateral do lateral do
q p'
veículo veículo
+ + + faixa do + + + faixa do
q q veículo p p veículo
+ + + + + +
lateral do lateral do
q veículo p' veículo
As tabelas de Rüsch foram obtidas para condições de vinculações prefixadas, tais como :
borda livre
borda apoiada
borda engastada
y
Núm.
l
x Figura 8.3
o
contato da roda superfície quadrada projeção a 45 planta da projeção
com a laje equivalente t' no plano médio
pavimentação
e
b o o t'
t' 45 45 h/2
h/2 t' t
0,20m t'
t
laje
plano médio
t
direção de tráfego
Figura 8.4
Segundo a NBR 7188 a largura "b" do contato da roda com a laje depende da classe da
ponte :
- classe 45 → b = 0,50m
- classe 30 → b = 0,40m
- classe 12 → b = 0,20m (roda dianteira)
b = 0,30m (roda traseira)
8.5
0,50m 0,50m
b 0,20m 0,30m
0,20m
0,20m 0,20m
2,00m 2,00m
b
0,50m 0,50m
1,50m 1,50m 1,50m 1,50m 1,50m 3,00m 1,50m
Figura 8.5
No caso de trem-tipo classe 12 (dois eixos, com cargas diferentes) , Rüsch considera como
efeito mais desfavorável um segundo veículo-tipo , colocado lateralmente ao existente , porém
considerando-se apenas as rodas traseiras(mais pesadas) de ambos os veículos . Isso implica em utilizar
somente um valor de t/a , o correspondente ao eixo traseiro .
onde ,
Mq = momento total devido à carga móvel
ϕ = coeficiente de impacto,
Q = carga de uma roda do veículo-tipo ( no caso de ponte classe 12 , roda traseira),
q = carga distribuída ao redor do veículo,
mL = momento fletor provocado pelo veículo-tipo com cargas das rodas unitárias,
mq = momento fletor provocado por carga distribuída unitária na faixa do veículo,
mq' = momento fletor provocado por carga distribuída unitária nas faixas laterais do
veículo .
OBS. : No caso de ponte classe 12 há uma quarta parcela (coluna L' da tabela) ,correspondente ao veículo
lateral . Com isso , a expressão anterior fica da seguinte forma :
8.6
M q = ϕ .[ Q ( m L + m L' ) + q . m q + q . m q ' ]
onde ,
Q = carga de uma roda do eixo traseiro do veículo-tipo,
mL = momento fletor provocado pelas cargas unitárias do eixo traseiro do veículo-tipo,
mL' = momento fletor provocado pelas cargas unitárias do eixo traseiro do veículo
lateral(na realidade é idêntico ao veículo-tipo),
os demais termos têm o mesmo significado da expressão anterior .
Tabela 8.3
M g = K . g . l2
x
No y carga uniforme em
direção de tráfego toda placa
97 - para Mg,xm : K=0,021
x ly/lx = 1
- para Mg,ym ; K=0,021 g ( kN )
- para Mg,xe ; K= - 0,053 m2
- para Mg,ye ; K= - 0,053
l x em metros
Mg,xe
Mg,xm Mg,xe
Mg,xm
x ly
x
Mg,xe
Mg,ym
0,20 ly
νMg,ye νMg,ye
0,20 lx
lx
Segundo Rüsch, o tipo de apoio , a relação entre os vãos da laje têm pequena
influência no valor dos esforços cortantes . Por isso , o esforço cortante produzido pela carga móvel é
tratado somente para quatro casos característicos , apresentados nas tabelas 99,100,101 e 102 . Portanto ,
deve-se adotar , para a situação de projeto , aquela que mais se aproxima da laje em estudo.
L1
3,20m
L2 L3 L4 L5 6,60m
L6 3,20m
Figura 8.7
a) carga permanente
h = 0,25m (espessura da laje)
e = (0,12+0,05)/2 = 0,085m (espessura média da pavimentação)
5,00
contato da roda : classe 45
M g = K.g. l 2x
Para esses valores de t/a e lx/a ,inexistentes na tabela , devem ser obtidos os
momentos mL , mq ,mq' , por interpolação linear :
Portanto ,
Tabela 8.4
Mq,xm no centro da laje
lx/a t/a para todos os
valores de t/a
0,250 0,368 0,500
mL mL mL mq mq'
3,00 0,264 0,203 - 0,120
3,30 0,291 0,261 0,227 0,003 0,168
4,00 0,351 0,284 0,010 0,280
Tabela 8.5
Mq,ym no centro da laje
lx/a t/a para todos os
valores de t/a
0,250 0,368 0,500
mL mL mL mq mq'
3,00 0,310 0,287 - 0,350
3,30 0,339 0,328 0,315 - 0,485
4,00 0,406 0,380 - 0,800
Tabela 8.6
- Mq,ye no centro da borda
lx/a t/a para todos os
valores de t/a
0,250 0,368 0,500
mL mL mL mq mq'
3,00 0,790 0,720 0,05 0,800
3,30 0,856 0,822 0,786 0,065 1,064
4,00 0,1,01 0,940 0,10 1,68
Considerando-se mL, mq, e mq' para cada momento , tem-se o efeito global , dado por :
8.10
Mq = ϕ ( Q . mL + q . mq + q . mq' ) , então ,
M g = K.g. l 2x
Laje L2=L5
x
coordenadas da tabela de continuidade
Mq,xm =
y' lx' = 5,0m ly'
= 27,89 = 1,32
ly' = 6,6m lx'
y
6,60
x'
Mq,ym =
x' = direção da continuidade
= 36,89kn.m/m
Figura 8.11
5,00m
1 ly
MA = MB ; α 01 = 1, 07 ; α 0 B = 0 , 94 ; pois, ≅ 1, 20
2 lx
8.12
como lx' < 20,0m , então ,
1, 20 1, 20
α1 = x1, 07 = 1, 223 ; αB = x 0 , 94 = 1, 074
1 + 0 , 01x 5, 0 1 + 0 , 01x 5, 0
Portanto ,
x
onde , Mq,ya = momento negativo no meio do apoio
Mq,xm =
simples da esquerda .
= 27,68
Mq,ya =
y
6,60 = - 49,33
Mq,ym = Mq,ye = - 98,66kn.m/m
= 45,12kn.m/m
Laje L3=L4
x
coordenadas da tabela de continuidade
y'
lx' = 10,0m ly'
= 0,66
Mq,xm=95,22 ly' = 6,6m lx'
6,60 Mq,ye= y
= -126,46 x'
Mq,ym= 48,20 Mq,ye=
[kn.m/m] = -126,46 x' = direção da continuidade
1,20 1,20
α1 = x1,05 = 1145
, ; αC = αB = x1,00 = 1,091
1 + 0,01x10,0 1 + 0,01x10,0
Portanto ,
8.13
x
Mq,xm=55,19
6,60 Mq,ye= y
= -137,97
Mq,ym= 55,19 Mq,ye=
[kn.m/m] = -137,97
10,0m
x x
Mg,xm=7,62
Mg,ym=13,45kN.m/
kn.m/m
Mg,xe=− ν. Mg,ye=
Mg,ye= -28,69 = - 0,2x28,69=5,74
kN.m/m kN.m/m
y y
lx=6,6m
0,5.ly=2,5
0,2.lx=1,32m
0,20.ly=1,00m 0,25.ly=1,25 0,25.ly=1,0m
ly=5,00m
a) Mg,y b) Mg,x
x x
Mq,xm=27,89
Mq,ym=45,12
kN.m/m
kN.m/m
Mq,xe= −ν . Mq,ye=
0,3.ly 0,25.ly
= -0.2x98,66=
Mq,ye= - 98,66
= -19,73kN.m/m
kN.m/m
y y
Mq,ya= 0,2.ly
0,5.ly
= - 49,33
0,2 lx
c) Mq,y d) Mq,x
Figura 8.15 Envoltórias(diagramas) de momentos fletores
8.14
Observe-se nas Figs.8.15b e 8.15d que deve-se considerar, no
engaste,momentos na direção x, Mg,xe e Mq,xe, que não foram calculados pela tabela. Isto significa que
são necessárias armaduras negativas(superior) no engaste, na direção x, além das principais na direção y.
A partir dos diagramas da Fig. 8.15 , é possivel fazer a combinação dos
momentos, para cada seção préfixada. Entretanto, a combinação dos momentos será feita somente no
centro e nos apoios da laje. No detalhamento das armaduras deve ser considerado o cobrimento dos
diagramas de Rüsch(envoltórias).
M d = 1, 4 Mg + 1, 4 Mq ( M q , corrigido )
Laje L2=L5
Laje L3=L4
Md (kN.m/m)
x
82,0 259,04 101,74 259,04
69,06
y
6,60
49,71 51,81 167,19 51,81 ObS. Note-se que o momento
[kN.m/m] sobre a segunda transversina
5,00m 10,0m foi considerado o maior dos
dois momentos obtidos. Por
Figura 8.16 Momentos de cálculo ser mais desfavorável.
Rüsch estabelece um momento negativo no lado apoiado igual à metade do momento do lado engastado,
além disso , no engaste, considera também momentos na outra direção.
dir. de tráfego
a) Laje do projeto b) Laje de Rüsch adotada
y Vq,x = Qx
Vy convenção
dir. de
de Rüsch
direção de tráfego Vq,y = Qx tráfego
y
x Vq,x . . Vq,x ly=6,6m
6,60 m
x
placa
.
o_
N 102 , pág.76
5,00 m Vq,y
OBS. A escolha de lx e ly a
lx=6,6m
favor da segurança
l x 6,6 t 0,736
= = 3,30 ; = = 0,368
a 2,0 a 2,0
g = 10,29 kN 2 ; Q = 75,0 kN ; q = 5,0 kN ; φ= 1,365
m
Nomenclatura de Rüsch : Qx e Qy
" do Curso : Vq,x e Vq,y
8.16
Tabela 8.10
Vq,y (Qx↔) [kN] Vq,x (Qx↑) [kN]
t/a para quaisquer t/a para quaisquer
lx/a 0,250 0,368 0,50 valor de t/a 0,250 0,368 0,500 valor de t/a
vL vL vL vq vq' vL vL vL vq vq'
3,00 1,860 1,070 0,030 0,520 1,860 1,020 0,020 0,450
3,30 1,890 1,519 1,103 0,066 0,622 1,887 1,492 1,050 0,029 0,603
4,00 1,960 1,180 0,150 0,150 1,950 1,120 0,050 0,960
Note-se que , embora a laje de Rüsch seja quadrada ,os valores de Vq,x e
Vq,y são diferentes . Isto ocorre devido à direção do tráfego , pois , para uma dada direção o veículo-tipo
tem três fileiras de rodas ,enquanto que na outra tem duas fileiras Na Tabela 8.10 vL, vL',vq, e vq'
,significam esforços cortantes devido ao trem-tipo unitário .
dir. de tráfego
a) Laje do projeto b) Laje de Rüsch adotada
Vq,x = Qx
Vq,y convenção
de Rüsch
dir. de
y direção de tráfego y Vq,y = Qx
ly=10,0m tráfego
6,60 Vq,x . . Vq,x
x
x
. placa
10,0m
o_
Vq,y N 102 , pág.76
lx=10,0m OBS. A escolha de lx e ly a
favor da segurança
Figura 8.18 - Esforços cortantes
l x 10,0 t 0,736
= = 5,00 ; = = 0,368
a 2,0 a 2,0
g = 10,29 kN 2 ; Q = 75,0kN ; q = 5,0kN ; φ = 1,354
m
Tabela 8.11
(Qx↔ [kN] (Qx↑) [kN]
Vq,x ) Vq,y
t/a para quaisquer t/a para quaisquer
lx/a 0,250 0,368 0,50 valor de t/a 0,250 0,368 0,500 valor de t/a
vL vL vL vq vq' vL vL vL vq vq'
5,00 2,05 1,667 1,260 0,340 1,340 2,02 1,624 1,180 0,009 1,560
8.17
Vq,x = 1,354(75x1,667 + 5,0x0,34 +5,0x1,34) = 180,66kN/m
Vq,y = 1,354(75x1,624 + 5,0x0,09 +5,0x1,56) = 176,09kN/m
8.4.1.2.3 Esforços cortantes totais
Laje L2=L5
Laja L3=L4
24 cm (área equivalente)
(área equivalente)
150cm 150cm 40
60kN
Q1=60kN
o
x
45 o
0,80m 45 z = 0,80m
A B C 2z = 1,60m
Figura 8.20
a) Seção A
Q1 . z Q1 60
MA = = = = 30 kN. m / m
2. z 2 2
Q1 60
VA = = = 37,5kN / m
2. z 2 x 0,80
b) Seção B ; Seção C
MB = MC = 30kN/m
VB = VC = 0
0,50m
a = 0,50 + 2e + h = 0,50 + 0,17 +0,25 = 0,92m
b = 0,62m
0,20m b = 0,20 + 0,17 + 0,25 = 0,62
a = 0,92m
Figura 8.21
a) Seção A
MA = VA = 0
b) Seção B
z
o
45
0,31m
b = 0,62m B 2.z
0,31m tráfego
o
45
PLANTA DO BALANÇO
Esquema para o cálculo do momento fletor
0,19 0,71m 0,39 1,50m na seção B
0,21
Figura 8.22
Da fig.8.22 tem-se :
8.20
ϕ.Q total .z ϕ.Q total
M q ,B = = ;onde, Q total = c arg a compreendida entre as retas a 45 o
2.z 2
então,
Q total = 75kN
1,356 x 75
M q ,B = = 50,85kN.m / m
2
b = 0,62m bw
tráfego
a1 PLANTA DO BALANÇO
Esquema para o cálculo do esforço cortante
na seção B
0,40 0,92m 1,50m
0,18
Figura 8.23
Da Fig.8.23 , tem-se :
b
b w = b + 0,50a1 ( − ) ; onde,
então ,
0,62
b w = 0,62 + 0,50x 0,46(1 − ) = 0,80m
3,125
1,356x 75
Vq , B = = 127,12 kN / m
0,80
c) Seção C
o
45
0,92m
0,31m
b = 0,62m
C
tráfego
o
0,31m
o
45
0,31
PLANTA DO BALANÇO
2,0m
Esquema para o cálculo do momento fletor
na seção C
0,19 0,71m 0,39 0,69m 0,81m
0,21
roda
Q total
M q, C = = 186,33kN. m / m
2
b = 0,62m bw bw
1 2
Q2 Q1 tráfego
PLANTA DO BALANÇO
0,81m
Esquema para o cálculo do esforço cortante
na seção C
0,40 0,25 2,0m 0,35 0,11
3,0 m
Figura 8.25
Da fig.8.25 ,tem-se:
0,62
b w1 = 0,62 + 0,50 x 0,405(1 − ) = 0,782 m
3,125
0,62
b w 2 = 0,62 + 0,50 x 2,35(1 − ) = 1,562 m
3,125
75
Q total,1 = ϕ. Q1 = 1,356 x x 0,81x 0,62 = 89,54 kN
0,62 x 0,92
Vd = 1,4 Vg + 1,4 Vq
Md = 1,4 Mg + 1,4 Mq
Tabela 8.13
Seção Mg Mq Md Vg Vq Vd
(kN.m/m) (kN.m/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m)
(kN.m/m)
A 30,00 42,00 37,50 52,50
B 16,89 30,00 + 136,84 19,27 127,12 205,00
50,85
C 57,34 30,00 + 383,14 34,70 179,61 300,00
186,33
8.23
9.1 Introdução
A função dos pilares é transmitir as cargas da superestrutura (carga móvel, peso próprio,
frenagem, vento, deformações, etc.) para a infra-estrutura(fundações) .
Após a determinação dos esforços que atuam nos pilares(esforços no topo dos pilares e
cargas aplicadas diretamente em seu fuste), objeto desta parte do curso, o dimensionamento(dimensões,
armaduras) dos pilares é feito da mesma forma que aquela utilizada nas disciplinas de concreto armado.
transversina transversina
travessa
travessa
maciças
Parede fina
costante ou
variável
estrutura de suporte
da forma
forma
barra para suporte
da forma
No caso de pontes em arco ou pórtico, o cálculo dos esforços não pode, em geral, ser
dividido em dois: superestrutura de um lado, meso e infra-estrutura de outro. Nestes casos a estrutura deve
ser calculada como um todo.
Nas pontes de vigas, lajes ou celulares, que constituem a grande maioria das obras
executadas, a separação acima referida pode ser feita, o que simplifica bastante o projeto. A superestrutura
9.3
é assimilada a uma viga contínua articulada na superestrutura (pilares) através dos aparelhos de apoio.
Essas articulações são admitidas móveis com exceção de uma, admitindo-se uma vinculação isostática.
Esse modelo de cálculo (Fig. 9.4) é usado para os efeitos, M,N,V e reações, das cargas
verticais sobre a superestrutura (tabuleiro, ou estrado).
Para efeito das cargas horizontais esse modelo não serve, devendo ser substituído. Admite-
se (Fig. 9.5), usualmente, para esse caso, que a super seja representada por um bloco rígido sobre apoios
elásticos. Esses apoios elásticos correspondem ao conjunto: aparelho de apoio, pilar, fundação.
A seguir são representados os modelos de cálculo:
a) Modelo de viga contínua, para cálculo dos efeitos(esforços solicitantes e reações) das cargas.
verticais sobre a superestrutura.
1 2 3
b) Modelo de bloco rígido sobre apoios elásticos, para cálculo dos efeitos das cargas horizontais.
k k k
1T 2T 3T
F1 Fi F i+1 Fn
Fi
Fi
Pn Fi
P Pi Pi+1
1 Fi
∆ F
∆ ∆ ∆ ∆ ∆
corpo rígido
pilar
∆ = deslocamento produzido pela força F, através da deformação dos apoios elásticos.
Por definição, rigidez é o esforço que provoca deslocamento unitário. Assim, como o topo
do apoio "i" sofre o deslocamento ∆ , a rigidez ki deste apoio é dada por : ki = Fi / ∆
∆
Fi
Neoprene
Fi
Rigidez do apoio elástico = ki =
∆
pilar
apoio elástico é o conjunto pilar + aparelho de apoio de Neoprene
a) Rigidez do pilar
9.5
d pi
Fi
Fi
rigidez do pilar= kpi =
d pi
pilar
Da fig.9.9, tem-se:
Fi Fi l 3pi 3E pi I pi
k pi = δ mas, δ pi = ∴ k pi = = rigidez do pilar (9.1)
pi 3E pi I pi l 3pi
onde,
l pi = comprimento do pilar i
I pi = momento de inércia do pilar i
E pi = módulo de elasticidade do pilar i
Fi δ ai
Fi τ Fi Fi
k ai = mas, pela lei de HoO ke, γ = e τ= ∴ γ=
δ ai G ai A ai G ai A ai
Fi h ai
pela Fig.7.10 tem − se: γh ai = δ ai ∴ δ ai =
G ai A ai
G ai A ai
Por tan to, k ai = = rigidez do aparelho de apoio (9.2 )
h ai
δpi δ ai
k
i
Fi = k i ∆ (9.3)
onde,
1
ki = 1 1
= rigidez do apoio elástico ( pilar + aparelho de apoio) i (9.4)
( + )
k ai k pi
F
F= Fi = ki∆ = ∆ k i , então, ∆= (9.5)
ki
substituindo - se (9.5) em (9.3), tem - se :
ki
Fi = F (9.6)
ki
onde,
Note - se que a distribuiçã o da carga F, que atua no tabuleiro, para os apoios elásticos
ocorre na proporção de suas rigezas.
Deve-se também observar que, caso o apoio elástico seja constituído por mais de um pilar,
na direção transversal, a carga absorvida por cada pilar será igual a (Fi / n), onde n é o número de pilares
naquele apoio elástico. Pois, na dedução da expressão (9.6) foi considerado, no equilíbrio, que o apoio
elástico continha, na direção transversal, apenas um pilar (ver eq. (9.5)). Se, o apoio fosse constituído por
"n" pilares, ele absorveria, considerando Fi a força absorvida por cada pilar do apoio, nFi ,
conseqüentemente, o equilíbrio seria escrito da seguinte forma: F=###nFi . Portanto, a carga em cada pilar
seria:
1 ki
Fi = F
n Σk i
1
Fi = Fi ...... c.q. d.
n
Estes casos não se incluem no procedimento de cálculo visto anteriormente, pois não há
força resultante aplicada na superestrutura, apenas deformações longitudinais impostas.
Para efeito de projeto, considera-se a variação de temperatura e a retração reunida numa
única variação de temperatura equivalente:
A solução desse problema se obtém superpondo-se duas soluções: uma em que se aplica
∆Teq à superestrutura com uma extremidade fixa (deslocamento nulo, com isso, os deslocamentos e os
esforços correspondentes nos topos dos apoios elásticos são determináveis)e outra em que se devolve à
superestrutura a reação do apoio (Fig. 9.12) .
∆Teq
F1 Fi Fn
k1 ki kn
r) estrutura real submetida a variação de temperatura , ∆Teq
apoio introduzido
δ δ δ
o1 oi on
xi
Fo
Fo ∆Teq
δ oi = α.∆Teq . x i (9.7)
onde,
α = coeficiente de dilatação térmica , para o concreto, α = 10−5oC−1 ,
∆Teq = variação de temperatura equivalente à retração e temperatura,
xi = distância da extremidade fixa até o apoio "i" .
A força no topo do apoio "i" devido ao deslocamento δoi , produzido por ∆Teq , é
dada por,
Foi = k i . α. ∆Teq . x i (9.8)
9.8
Fo = Foi (9.9)
Fo = k i .α.∆Teq .x i (9.10)
Σk i . x i
Fi = k i . α. ∆Teq .(x i − ) (9.13)
Σk i
onde,
Fi = força correspondente a cada aparelho de apoio , pois, nasce caso não foi utilizado a equação
de equilíbrio, e só depende da deformação produzida pela variação de temperatura no
aparelho de apoio.
ki = é a rigidez do conjunto (aparelho de apoio + pilar)
xi = é a distância da origem "o" , do sistema de coordenadas oxy, colocada na extremidade da
viga com deslocamento nulo, até o apoio "i".
Neste caso, também, pode ser considerada a superestrutura como rígida apoiada
sobre apoios elásticos (aparelho de apoio + pilar), devido à grande rigidez das lajes no plano horizontal.
Nas Figs. 9.13a 9.13c representam-se tabuleiros solicitados por esforços horizontais
transversais.
9.9
Fc (força centrífuga)
tabuleiro
pilar
E (empuxo)
E
w(vento)
w
Pi
E α xi
xi
E α
w o
c) Ponte esconsa d) Deslocamento do pilar P provocado pela rotação
i
α do tabuleiro em torno do ponto "o"
ΣF = 0 Σ Fi = Σ k i . α . x i = αΣ k i . x i = 0 (9.14)
ΣM = 0 Σ Fi x i = Σ k i . α . x 2i = αΣ k i . x 2i = M res (9.15)
dA
y
M
σy
x y σy = c.y
CG onde,
LN
c = coeficiente de
proporcionalidade
Figura 9.14 - flexão simples
ΣF = 0 σ y . dA = c y . dA = 0 (9.16)
M M
ΣM = 0 σ . dA . y = c y 2 . dA = M c= 2
= (9.17)
y . dA I
9.10
Das eqs. (9.16) e (9.17) resultam, respectivamente:
y. dA = 0 momento estático nulo ( origem "o" do sistema de eixos oxy em que o momento
estático é nulo corresponde ao centro de gravidade (CG) da seção transversal);
M
σy = .y onde, I = momento de inércia em relação ao CG da seção.
I
y = distância do CG da seção até o ponto onde se quer a tensão.
Analogia
Problema de flexão simples da resistência dos Problema de cargas transversais horizontais
materiais de pontes
dA = área elementar da seção ki = rigidez de cada apoio(pilar+ aparelho de
apoio)
y = distância do CG até a área elementar xi = distância do centro de gravidade das
rigezas ki
até a rigidez ki do apoio "i"
CG = centro de gravidade das áreas CGr = centro de gravidade das rigezas dos
elementares apoios
da seção
A = Σ ki
I = Σ k i . x 2i (9.18)
onde,
A = somatório das rigezas dos apoios(pilar + aparelho de apoio)
I = momento de inércia das rigezas ki
Se, no ponto CGr (centro de gravidade das rigezas) for aplicado a força Fres , o sistema
sofrerá uma translação. Nessas condições, se todas as cargas transversais horizontais aplicadas forem
referidas ao CGr das rigezas dos pilares, resulta um problema análogo ao de flexão composta da
resistência dos materiais, cuja expressão da tensão σi em um ponto "i" , é dada por :
Fres M res _
σi = ± .xi (9.19)
A I
onde ,
Como a área elementar é análoga à rigidez ki de cada apoio "i" , do problema de pontes,
então, considerando-se (9.18) e (9.19) ,a força correspondente ao apoio "i" é dada por :
F M 1 e. x i
Fi = σ . k i = k i ( res ± res . x i ) = k i . F res .( ± ) (9.20)
A I A k i . x i2
9.11
OBS. a) Fi é a força recebida pelo conjunto de "n" pilares (pórtico transversal) do apoio elástico "i" , se
houver mais de um pilar nesse apoio na direção transversal, então, a força recebida por cada pilar
do apoio será Fi /n . Pois, na dedução da expressão (9.20), foi considerada aplicada na estrutura
total a força resultante Fres . Para que a força Fi representasse a carga recebida por cada pilar do
apoio elástico "i", a força Fres teria que ser dividida pelo número "n" de linhas longitudinais de
pilares.
b) A parcela, da eq. (9.20), devido ao momento, pode ter direção diferente daquela devido à força,
por isso o sinal vetorial.
c) De forma análoga ao que é feito com áreas, pode-se calcular o centro de gravidade das rigezas,
da seguinte forma:
Σk i . x i
x CG r = (9.21)
Σk i
juntas de
dilatação
ELEVAÇÃO
P1 P P P
2 3 4
a 2 a 2 b 2 b 2 c 2 c 2
PLANTA
w(vento)
Segundo a fig. 9.15, os comprimentos de influência de cada apoio são dados por:
a
apoio 1 → l1 =
2
a+b
apoio 2 → l2 = ; Σ li = a + b + c
2
b+c
apoio 3 → l3 =
2
c
apoio 4 → l4 =
2
e, a força absorvida por cada apoio Fi , da resultante Fw , devido à pressão do vento w, é dada
por :
li
Fi = . Fw
Σ li
9.12
E E
P1 P2 P3 P1
Neste caso (figura 9.17) , a carga aplicada no pilar provoca no apoio superior uma
reação horizontal R11 , devido à resistência ao movimento do apoio de concreto ou elástico.
R11
E
P1 P2 P3
P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3
R11
R21
E
P1 P1
MB
B R11 R11 B R11 R11
E E E E
A A
MA MA
M A = momento de engastamento perfeito M A , M B = momentos de engastamentos perfeitos
OBS. : Os esforços nos outros apoios do problema da Figura (9.18a) , são nulos, pois esses apoios
não sofrem deslocamentos e os pilares correspondentes estão descarregados. Chamando-se
esses esforços de R1i , tem-se que para i 1 , R1i = 0 .
No problema da Figura 9.18b , o apoio "i" absorve uma parcela de R11 , como visto na eq.
(9.6), dada por:
ki
R2 i = . R11 (9.23)
Σk i
particularmente, o apoio 1 (P1), absorve :
k1
R2 1 = . R11 (9.24)
Σ ki
Para os demais apoios (exceto aquele que suporta carregamento direto, que no caso é o
apoio 1 , (P1) )
ki k
R1 i = R1i − R 2 i = 0 − R11 = − i R11 ; para i ≠ 1 (9.26)
Σ ki Σ ki
Se no topo do pilar carregado diretamente (pilar P1) existir ,um aparelho de apoio de
Neoprene, a reação R11 será menor que nos casos de aparelho de Freyssinet ou de aparelho
contínuo, devido à deformação do Neoprene.
k a1
R .(
R 11 k + k )
11 a1 p1
E E
k a1
R11 = R11. ; reação no apoio carregado do problema da figura 9.18a,
k a1 + k p1 (9.27)
quando o aparelho de apoio for de Neoprene
k1 ka1 k
R11 = R11 (1 − ) = R11. .( 1 − 1 ) ; para o pilar 1 carregado diretamente , cujo
Σki k a 1 + k p1 Σ ki (9.28)
aparelho de apoio é de Neoprene.
onde,
Estes problemas podem ser resolvidos de forma análoga aos itens 9.5.3.1 e 9.5.3.2.
Porém, é comum, para esses carregamentos, dimensionar os pórticos transversais(pilares ligados por
travessas) como sendo independentes do tabuleiro (ver fig. 9.21).
9.15
p (pressão d'água)
reações da superestrutura
vento
a) modelo para o cálculo dos esforços b) modelo para o cálculo dos esforços
solicitantes nos pilares solicitantes nos tubulões
F
Momento fletor transferido para o nível
M h
F do topo dos pilare :
M = F.h
ELEVAÇÃO
H1 H1
H2 M H2 M
h1
H1+H2 h2 H1+H2
Rp Rp
b
M = H1.h1 +H2.h2
Obs. O momento M solicita o pilar parede
M = H1.h1 +H2.h2
de forma constante
Rp . b = M
a) Pilar parede- transferência de esforços b)pórtico transversal - transferência de esforços
( φ = 1,0m) 5,0m
8,0m ( φ = 1,0m) ( φ = 1,0m) ( φ = 1,0m)
P4
P1 P2 P3
2,0m
0,80m
0,10m
CORTE TRANSVERSAL
2,25m
0,40m
6,0m
a) Pilares
Ep = 2.100kN/cm2 = 2,1x107 kN / m2
d=1m
πd 2 πd 4
Ap = = 0 , 785 m2 ; Ip = = 4 , 91x10−2 m4
4 64
3mm 3mm
900mm 3mm
2mm
12mm
37mm 3mm
250mm 12mm
2mm
3mm
chapa de aço neoprene
Figura 9.26 - Aparelho fretado de Neoprene
Ff = 258,0 kN (9.33)
Supondo-se que a pista de rolamento de acesso tenha largara l p = 13,6m , tem-se(ver cap.
II) :
q v .3 + q (l p − 3,0)
E q = k a .q.b.h ; q=
lp
450
onde,q v = c arg a distribuida equivalente ao veículo = = 25kN / m 2 (9.40)
3× 6
q = c arg a móvel distribuída = 5kN / m 2 (classe45)
então,
1 [25 × 3,0 + 5(13,6 − 3)]
Eq = × x13,6 x 2,25 = 96,00 kN (9.41)
3 13,6
Considerando-se as rigezas dos apoios elásticos, eqs. (9.32), a eq. (9.6) que calcula a força em
cada apoio elástico "i”, e também que:
A força absorvida por cada apoio elástico é dada pela expressão (9.13). Adotando-se a
extremidade esquerda da viga principal como a origem do sistema de coordenadas oxy, e considerando-
se:
∆ Teq = ± 25 o C ( efeito conjunto da temperatura e retração )
,
α = 10 − 5 o C − 1
pode-se construir a tabela 9.2 , que fornece a força FiT , em cada apoio elástico "i" .
pilares são calculados em relação ao centro de gravidade das rigezas dos mesmos, através das expressões
(9.20) e (9.21). Para isto, considere-se a fig. 9.27, onde a origem do sistema de coordenadas é adotada no
pilar P1.
9.22
20,0m 25,0m 20,0m
P P P P
1 2 3 4
k k k k
1 2 3 4
x
O
Figura 9.27 - Rigezas dos pilares para o cálculo do centro de gravidade das
rigezas, CGr
A partir da figura 9.27 e dos dados anteriores pode-se obter os valores da tabela 9.3,
que são representados na figura 9.28.
Para o cálculo dos esforços em cada pilar, utiliza-se a expressão (9.20). De forma
análoga à resistências dos materiais, o momento de inércia das rigezas, em relação ao CGr , é dada por :
I y = I y − A.d 2
onde,
9.23
I y = Σ k i x = momento de inércia em relação ao sistema oxy
2
i
1 6,95x 39,45
apoio P1 F1vt = 343,13x 3.629,24( + ) = 94,24kN
19.411,71 11.347,047
1 6,95x19,45
apoio P2 F2vt = 343,13x 3.093,30( + ) = 67,32kN (9.42)
19.411,71 11.347,047
1 6,95x 5,5
apoio P3 F3vt = 343,13x 6.041,60( − ) = 99,75kN
19.411,71 11.347,047
1 6,95x 25,55
apoio P4 F4vt = 343,13x 6.647,57( − ) = 81,81kN
19.411,71 11.347,047
Como cada apoio é constituído por dois pilares, a força recebida por cada um deles é obtida
dividindo-se os resultados anteriores por 2, que são as forças para o dimensionamento dos pilares (ver
item 9.5.2).
A título de ilustração, calculam-se as cargas anteriores (9.42) pelo critério simplificado exposto no
item (9.5.2):
15
apoio P1 F1vt = x 343,13 = 68,63kN
75
22,5
apoio P2 F2vt = x 343,13 = 102,94kN (procedimento simplificado) (9.43)
75
22,5
apoio P3 F3vt = x 343,13 = 102,94kN
75
15
apoio P4 F4vt = x 343,13 = 68,63kN
75
Observa-se que os valores obtidos para os pilares 1 e 4, pelo processo simplificado, são contra a
segurança.
Quando as pontes são muito longas (> 100,0m) deve-se provê-las de juntas de dilatação, a
fim de aliviar os efeitos devidos à retração e à variação de temperatura. Nas pontes pré-moldadas as
juntas são espaçadas, naturalmente, com vãos da ordem de 15 a 20m, por motivos estéticos ou
construtivos (montagem, transporte, etc.).
9.24
9.5.4.1 Distribuição dos esforços transversais horizontais
Utiliza-se, em geral, neste caso o critério simplificado exposto no item 9.5.2, que atribui a
cada apoio, o esforço transversal correspondente ao seu comprimento de influência( comprimento
compreendido entre os pontos médios dos tramos adjacentes ao apoio).
Neoprene
L1 L2
L1 L2
F = F1 + F2 ; F1 = F ; F2 = F
L1+L2 L1+L2
Figura 9.29 - Tabuleiro com trechos hiperestáticos
Nas pontes com tramos biapoiados (fig.9.30), pode-se também distribuir o esforço
longitudinal proporcionalmente aos seus comprimentos, e o esforço de cada tramo é dividido, em partes
iguais, entre seus dois apoios.
F
onde,
F1 F2 F3
F = força longitudinal total
F1 F1 F2 F2 F3 F3 Fi = parcela de F correspondente ao tramo i =
2 2 2 Li F
2 2 2 =
Σ Li
L1 L2 L3
Figura 9.30 - Tabuleiro com trechos isostáticos
Existem formulações mais rigorosas, para estes casos, como, por exemplo, aquela que leva
em conta a rigidez dos aparelhos de apoio (ver Pfeil, vol. 2, pág.258).