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Título: 7 – Guia de Práticas de Supervisão - GPS

Capítulo: 30 – Conduta
Seção: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subseção: 01 – Risco de LD e FT

1. Definição do grupo de risco


1.1 Trata-se de risco associado à possibilidade de a entidade supervisionada - ES ser
utilizada por seus clientes para a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
O sistema financeiro pode ser utilizado para esses fins em virtude da facilidade e da
velocidade na transferência de recursos, da grande variedade de serviços financeiros
disponíveis e da proteção trazida pelo sigilo bancário disposto na Lei Complementar nº
105, de 10 de maio de 2001.
1.2 O risco de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo - LD/FT implica
possibilidade de prejuízos por sujeitar a ES e seus administradores a danos de caráter
reputacional e a sanções legais (penais e administrativas).
1.3 O risco de LD/FT deve ser identificado, mensurado e mitigado pela ES. Para tanto, a ES
deve realizar avaliação interna de risco (AIR), considerando, no mínimo, os perfis de
risco (i) dos clientes, (ii) da própria ES, (iii) das operações, transações, produtos e
serviços e (iv) das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros de negócios e
prestadores de serviços terceirizados, bem como definir categorias de risco de forma a
implementar controles proporcionais às categorias de risco estabelecidas.

2 Objetivos da avaliação
2.1 Compreender a exposição da ES ao risco de LD/FT.

3 Resumo do grupo de risco


3.1 A tabela a seguir apresenta os elementos de risco e os principais itens a avaliar:
Elemento Itens a avaliar
Perfil de risco dos clientes Informações monitoradas
Informações não monitoradas
Contas de depósito à vista
Poupança
Contas de pagamento do tipo pré-paga
Contas de pagamento do tipo pós paga
Operações de câmbio manual
Perfil de risco das operações, Outras operações de câmbio em naturezas de maior
transações, produtos e serviços risco de LD/FT
Operações de crédito de maior risco de LD/FT
Cotas de consórcios
Contas cheques administrativos e ordens de pagamento
Outros produtos e serviços de maior risco de LD/FT
para a ES
Controladores
Presença internacional
Rede de atendimento própria
Perfil de risco da ES Correspondentes no País
Outros canais de distribuição de produtos e serviços
(ex.: digital)
Lançamento de novos produtos e serviços
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Perfil de risco das atividades Perfil de risco das atividades exercidas pelos
exercidas pelos funcionários, funcionários
parceiros de negócio e Perfil de risco das atividades exercidas pelos parceiros
prestadores de serviços de negócio, exceto correspondentes
terceirizados, exceto Perfil de risco das atividades exercidas pelos
correspondentes prestadores de serviços terceirizados (fornecedores)

4 Perfil de risco dos clientes


4.1 As características de cada cliente podem indicar uma menor ou maior exposição ao
risco de LD/FT.
Itens a avaliar
Informações monitoradas
Trata-se de informações, dados e relatórios aos quais o Banco Central do Brasil - BCB tem
acesso direto, que contribuem para a avaliação do perfil de risco dos clientes da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Percentual de clientes pessoas físicas - PFs com movimentações incompatíveis com a
renda;
 Percentual de clientes pessoas jurídicas - PJs com movimentações incompatíveis com
o faturamento e a classificação fiscal;
 Quantidade de clientes comunicados ao Conselho de Controle de Atividades
Financeiras - Coaf por outras ESs e não comunicados pela própria ES/Conglomerado;
 Percentual de clientes PF com situação, na Receita Federal do Brasil - RFB, diferente
de "regular" e “ativo”.
Informações não monitoradas
Trata-se de informações, dados e relatórios aos quais o BCB precisa requisitar à ES ou a
outras fontes externas para complementar à avaliação do perfil dos clientes da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Percentual de clientes considerados como de alto/médio/baixo risco;
 Percentual de clientes considerados pessoas expostas politicamente - PEPs;
 Percentual de clientes que exercem atividades consideradas pela ES de maior risco de
LD/FT;
 Percentual de clientes não residentes no País;
 Percentual de clientes PJ para os quais a ES informa não ser possível identificar o
beneficiário final.

5 Perfil de risco das operações, transações, produtos e serviços


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5.1 Para cada categoria de operações, transações, produtos e serviços disponibilizados aos
clientes é possível identificar características associadas que podem influenciar o risco
de LD/FT da ES.
Itens a avaliar
Contas de depósito à vista
As características das movimentações nas contas de depósito à vista, principalmente
relacionadas a movimentações em espécie, e do comportamento dos titulares dessas
contas, podem estar relacionadas a práticas de LD/FT.
Nesse sentido, destaca-se as aberturas de contas online por apresentarem desafios na
verificação da verdadeira identidade do titular da conta e da sua origem geográfica ou
ramo de negócio.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de contas de depósito à vista mantidas na ES;
 Quantidade e volume de movimentações em espécie com valor acima daqueles
definidos nos arts. 34, 35 e 49 da Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020;
 Percentual das operações em espécie com valor acima daqueles definidos nos arts. 34,
35 e 49 da Circular nº 3.978, de 2020;
 Percentual de TEDs em espécie com valor acima daquele definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020;
 Valor médio das TEDs em espécie cujo valor é superior ao definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020.
Contas de poupança
De utilização similar as contas de depósito à vista, as contas de poupança apresentam
preocupações semelhantes.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de contas de poupança mantidas na ES;
 Quantidade e volume de movimentações em espécie com valor acima daqueles
definidos nos arts. 34, 35 e 49 da Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020;
 Percentual das operações em espécie com valor acima daqueles definidos nos arts. 34,
35 e 49 da Circular nº 3.978, de 2020;
 Percentual de TEDs em espécie com valor acima daquele definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020;
 Valor médio das TEDs em espécie cujo valor é superior ao definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020.
Contas de pagamento do tipo pré-paga
A facilidade para abertura de contas de pagamento do tipo pré-paga pode viabilizar sua
utilização para movimentação de recursos de origem ilícita, mediante saques em terminais
de atendimento automático ou pagamento de despesas de terceiros sem qualquer
fundamentação.
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Tais contas também apresentam preocupações semelhantes às da conta de depósito à vista.


Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de contas de pagamento do tipo pré-paga mantidas na ES;
 Quantidade de clientes titulares de contas de pagamento do tipo pré-paga;
 Volume médio movimentado nas contas de pagamento do tipo pré-paga;
 Percentual de TEDs em espécie com valor acima daquele definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020;
 Valor médio das TEDs em espécie cujo valor é superior ao definido no art. 49 da
Circular nº 3.978, de 2020.
Contas de pagamento do tipo pós-paga
Cartões de crédito podem ser utilizados em tipologias que envolvem a cobrança por um
comerciante para terceiros, que podem ter acesso à conta desse comerciante para lavar
dinheiro.
Da mesma forma, clientes podem utilizar cartões de crédito com limites acima de suas
possibilidades, posteriormente cobertos por depósitos com recursos de origem ilícita.
Indivíduos podem também se utilizar desses cartões para acessar fundos ilícitos mantidos
em bancos ou fundos de investimento estabelecidos em outras jurisdições, possibilitando o
acesso a esses depósitos por meio da utilização de cartões de crédito ou débito.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Representatividade das contas de pagamento do tipo pós-paga;
 Quantidade de clientes titulares de contas de pagamento do tipo pós-paga;
 Atipicidades no padrão de consumo (utilização, valor, periodicidade, etc.).
Operações de câmbio manual
Operações de câmbio manual (compra e venda de moeda estrangeira em espécie)
apresentam elevado risco de LD/FT, principalmente quando o contravalor em moeda
nacional não ultrapassar R$ 10.000,00, situação em que pode ser aceito o pagamento ou o
recebimento dos reais em espécie, conforme disposto na Circular nº 3.691, de 16 de
dezembro de 2013.
Outro aspecto a destacar diz respeito à possibilidade de fragmentação de operação a fim
de burlar o limite regulatório de reporte.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de operações de câmbio manual;
 Quantidade de clientes dessas operações de câmbio manual.
Outras operações de câmbio em naturezas de maior risco de LD/FT
Operações de câmbio motivadas por transações de comércio exterior podem estar
relacionadas com práticas de LD/FT.
Nesse sentido, por exemplo, os pagamentos derivados de transações de comércio exterior,
tais como a exportação e importação de bens e de serviços, serviços de frete, contratos de
câmbio de natureza comercial ou de investimento e transferências unilaterais, a título de
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manutenção de residentes ou doações, a partir da análise das documentações e da


informação das partes envolvidas, podem remeter a tipologias identificadas em operações
de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de pagamentos antecipados de importação e fretes;
 Quantidade e volume de recebimento antecipado de exportação;
 Quantidade e volume de remessas/ingressos realizados por meio de convênios com
empresas de remittance;
 Quantidade e volume de investimentos regulamentados pela Resolução CMN nº
4.373, de 2014;
 Quantidade e volume de operações estruturadas que resultem em empréstimo em
moeda nacional com garantias em ativos no exterior;
 Quantidade e volume de operações para constituição de disponibilidades no exterior;
 Quantidade e volume de transferências "destinadas a" ou "originárias de" pessoas
domiciliadas em países que cuja legislação permite manter em sigilo a composição
societária das empresas (paraísos fiscais);
 Quantidade e volume de doações;
 Movimentações de contas de domiciliados no exterior - CDE.
Operações de crédito de maior risco de LD/FT
Operações de crédito podem ser contratadas para aquisição de bens e serviços e,
posteriormente, liquidadas com recursos de origem ilícita.
Configuram maior risco de LD/FT para a ES a liquidação de operações de crédito
mediante execução de garantias, prestadas no País ou no exterior, cuja origem não seja
claramente conhecida, em valores ou formas incompatíveis com a atividade ou capacidade
econômico-financeira do tomador e prestadas por terceiros não relacionados ao tomador.
Além disso, operações de crédito quitadas antecipadamente ou em prazo muito curto,
podem fornecer indícios que a dívida contraída carecia de fundamentação econômica.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de operações de crédito com maior risco de LD/FT, conforme
AIR;
 Quantidade de clientes das operações de crédito com maior risco de LD/FT. conforme
AIR;
 Quantidade de clientes de operações de crédito quitadas antecipadamente;
 Quantidade e volume de operações de crédito quitadas antecipadamente.
Cotas de consórcios
A atividade de administração de consórcios, que envolve complexidade de operações com
movimentação dinâmica de capital, torna a ES suscetível a práticas de LD/FT por ocasião
da adesão das cotas.
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Exemplos de aspecto passível de avaliação:


 Percentual de contas contempladas por lances elevados;
 Percentual de clientes com número de cotas ativas;
 Percentual de cotas contempladas com crédito pendente de entrega;
 Percentual de cotas transferidas para outro titular até o trimestre seguinte à
contemplação.
Contas cheques administrativos e ordens de pagamento
O cheque administrativo é uma opção para pagamentos de compras que envolvam valores
elevados, como, por exemplo, aquisição de imóveis ou automóveis, proporcionando ao
vendedor uma garantia de que o valor será quitado.
A ordem de pagamento é uma transferência de valor que fica disponível para o
beneficiário, necessariamente não correntista, retirar no mesmo dia. O beneficiário pode
receber em espécie ou, se preferir, por meio de cheque administrativo - cheque OP.
Atualmente, o uso desses instrumentos é viabilizado, também, pelos sistemas de internet
banking, com a possibilidade de transferências online, por TED ou DOC.
Diante disso, a utilização desses instrumentos, ante a opção de quitar uma transação por
outros meios normais e seguros, implica em maior risco de LD/FT para a ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Variação da soma das contas cheques administrativos e ordens de pagamento em
dezembro em relação ao saldo anterior de depósitos;
 Percentual de cheques administrativos ativos e ordens de pagamento sacadas em
espécie em um determinado período;
 Valor médio dos cheques administrativos e ordens de pagamento em um determinado
período;
 Quantidade e volume de cheques administrativos e ordens de pagamento emitidos por
um determinado CPF e/ou CNPJ.
Outros produtos e serviços relevantes para a ES
Além dessas categorias de produtos e serviços relacionados acima, há a possibilidade de a
ES considerar outras categorias como de maior risco, conforme sua AIR.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade e volume de operações categorizadas como sendo de maior risco;
 Quantidade de clientes dessas operações.

6 Perfil da ES
6.1 É possível identificar determinadas características relacionadas ao perfil da ES, que
podem implicar em maior risco de LD/FT.
Itens a avaliar
Controladores
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A ES que possui controlador, direto ou indireto, sediado em países que aplicam


insuficientemente as recomendações do Gafi apresenta maior probabilidade de ser utilizada
para práticas de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de controladores sediados em países que aplicam insuficientemente as
recomendações do Gafi ou em paraísos fiscais;
 Quantidade de países em que os controladores estão presentes.
Presença internacional
Uma ES pertencente a um grupo financeiro que possui presença em países que aplicam
insuficientemente as recomendações do Gafi apresenta maior probabilidade de ser utilizada
para práticas de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de países em que o grupo financeiro a que pertence a ES está presente;
 Quantidade de países em que o grupo financeiro a que a ES pertence está presente em
relação à quantidade de países que aplicam insuficientemente as recomendações do Gafi.
Rede de atendimento própria
Quanto maior a quantidade de agências em regiões de maior risco de LD/FT, como portos,
aeroportos, municípios de fronteira e regiões de extração mineral, maior a probabilidade de a
ES ser usada para LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Percentual de instalações próprias em regiões de maior risco de LD/FT.
Correspondentes no País
A ES que utiliza correspondentes no País apresenta maior probabilidade de ser utilizada para
práticas de LD/FT, em razão das atividades como identificação do cliente, coleta de dados e
documentos, bem como o registro e contratação de operações de responsabilidade da ES. O
risco é mais elevado quando esses correspondentes realizam operações de câmbio. Quanto
maior o número de dependências de correspondentes no País utilizados para captação de
contas de depósito ou para realização de operações de câmbio, maior o risco de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de correspondentes no País;
 Percentual de correspondentes no País em regiões de maior risco de LD/FT;
 Percentual de correspondentes no País que realizam operações de câmbio;
 Percentual de correspondentes no País utilizados para captação de contas de depósito.
Outros canais de distribuição de produtos e serviços (ex.: digital)
O risco de LD/FT é significativamente influenciado pela natureza e atributos dos canais
usados para disponibilizar produtos e serviços aos clientes.
Nesse sentido, novos meios de pagamento como carteiras eletrônicas, cartões pré-pagos,
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moeda digital ou pagamentos móveis ao mesmo tempo que trazem maior conveniência aos
clientes podem ser usados para movimentar ou transferir recursos de forma anônima. O
electronic banking acelera a entrega de produtos e serviços bancários ao substituir o contato
presencial tradicional pela abertura remota de contas eletrônicas e pela realização de
transações remotamente, mas traz desafios no que diz respeito, por exemplo, à confirmação
da identidade de quem está solicitando a abertura da conta e à transparência das transações.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Utilização de novas tecnologias;
 Quantidades de canais de distribuição que dispensam o encontro presencial.
Lançamento de novos produtos e serviços
As ESs lançam novos produtos e serviços por vezes sem rever e avaliar adequadamente o
risco de LD/FT associados a eles. A implementação desses produtos e serviços, sem uma
análise adequada e eventuais melhorias nos mitigadores e controles, pode implicar no
aumento do risco de LD/FT da ES.
O tipo de mercado para o qual os produtos e serviços são direcionados (por exemplo,
corporações, indivíduos, pessoas de negócios, atacado ou varejo, etc.) pode afetar o risco de
LD/FT da ES.
Outra questão a ser considerada é se os produtos ou serviços permitem que seus clientes
conduzam negócios ou transações com segmentos de negócios de maior risco de LD/FT, ou
poderiam ser usados em nome de terceiros.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Frequência com que a ES lança novos produtos;
 Existência de avaliação de risco de novos produtos anterior ao seu lançamento;
 Grau de acurácia na identificação e avaliação do risco dos novos produtos.

7 Perfil de risco das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores


de serviços terceirizados, exceto correspondentes
7.1 É possível identificar determinadas características relacionadas ao perfil de risco das
atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores de serviços
terceirizados, exceto correspondentes, que podem implicar maior risco de LD/FT.
Itens a avaliar
Perfil de risco das atividades exercidas pelos funcionários
Funcionários da ES correm o risco de cumplicidade ou de omissão no controle das transações
realizadas para clientes ou usuários que tencionam utilizar a ES para práticas de LD/FT.
Nesse contexto, funcionários expostos a conflitos de interesse podem ser mais suscetíveis a
práticas de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Movimentações incompatíveis com a renda;
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 Quantidade de funcionários em áreas de risco de LD/FT;


 Qualidade dos dados existentes desses funcionários;
 Grau de interferência no processo de designação de contas.
Perfil de risco das atividades exercidas pelos parceiros de negócios, exceto
correspondentes no País
Quanto mais propenso ao risco de LD/FT for o perfil das atividades exercidas pelos parceiros
de negócios, maior o risco de LD/FT da ES.
Nesse sentido, parceiros de negócios que atuam, por exemplo, em atividades de maior risco
de LD/FT podem aumentar o risco de LD/FT da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de movimentações incompatíveis com a renda/faturamento;
 Representatividade da participação do parceiro de negócios na ES;
 Quantidade de parceiros de negócio que atuam em regiões de maior risco de LD/FT.
Perfil de risco das atividades exercidas pelos prestadores de serviços terceirizados
(fornecedores)
O Risco de LD/FT da ES pode ser influenciado pelas características das atividades exercidas
pelos seus prestadores de serviços terceirizados.
Por exemplo, prestadores de serviços que atuam em atividades de maior risco de LD/FT
podem influenciar o risco de LD/FT da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
 Quantidade de prestadores de serviço terceirizados que atuam em atividades de maior
risco de LD/FT;
 Quantidade de prestadores de serviço terceirizados que atuam em regiões de maior risco
de LD/FT;
 Quantidade e qualidade de informação disponível dos funcionários dos prestadores de
serviços terceirizados.

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