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LISTA 9 Funções Inversas

Cálculo 1A - 2020.2 Teorema da Função Inversa


Derivação implícita

Exercício 1

A figura a seguir contém o gráfico de uma função. Identifique, pelo menos, dois intervalos distintos em que essa
função é inversível. Identifique algum intervalo em que a função não é inversível. Encontre uma característica
comum no comportamento da função em todos os intervalos em que não é possível inverter a função.

−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1

−2
f

Exercício 2

Considere a função
x+1
f (x) = , x ∈ R, x 6= 2.
x−2
Determine o maior intervalo em que a função é inversível. Determine o domínio da inversa para esse intervalo.
Obtenha a expressão da inversa.

Exercício 3

Decida se a função f −1 (y) = arcsen(ln(y 2 )) pode ser inversa de f (x) = esen(x) em algum domínio.

Exercício 4

1
Obtenha a função inversa de y = f (x) = , x 6= 0.
x

Exercício 5

Se f e g são duas funções inversíveis, com domínio em um conjunto D, então f + g é inversível? E f g?

Exercício 6

O conjunto de pares {(2, −1), (3, 3), (4, 5), (π, 4)} está contido no gráfico de uma função contínua e inversível f .
Qual(is) afirmação(ções) é(são) verdadeira(s)?

1. (5, 4) é um ponto no gráfico da inversa de f .


2. Existe pelo menos um ponto em comum nos gráficos de f e f −1 .
3. π está na imagem de f −1 .
4. 5/2 é um ponto no domínio de f −1 .

Exercício 7

Um dos objetivos dessa pergunta é o desenvolvimento da redação em matemática. Procure escrever a resposta
como se estivesse dando uma explicação em um livro de matemática, antes de ler o gabarito. O gabarito
apresenta uma possibilidade para a redação dessa resposta, mas não a única. Tente fazer da sua maneira:

f : R −→ R e g : R −→ R são duas funções inversíveis. Discuta a inversibilidade de f ◦ g.

Exercício 8

Calcule:

1. arcsen( −1
2 ) 3. arccos(cos( 43
6 π))

2. cos(arctg(−1)) 4. sen(arcsen 35 + arcsen 23 )

Exercício 9

1
Determine o domínio da função f (x) = .
arcsen(|x| − 4)

Exercício 10

Os diagramas abaixo apresentam valores de uma função diferenciável f e sua derivada f 0 . Sabe-se que f é de
classe C 1 (R)
f f0
1 7−→ 3 1 7−→ 2
f √ f0
2 7−→ 2 2 7−→ 1
f f0
3 7−→ −5 3 7−→ −3
f f0
4 7−→ −1 4 7−→ 0
Em vizinhança de qual(is) valor(es) de x (dentre os dados) o teorema da função inversa é inconcludente?
Suponha que f é globalmente inversível. Sendo y = f (x), em qual valor de y não podemos calcular a derivada
de f −1 pelo Teorema da Função Inversa? Calcule (f −1 )0 (−5) e (f −1 )0 (3).

Exercício 11

Considere y = f (x) = sen(x), x ∈ (−π/2, π/2). Calcule a derivada de arcsen(y), y ∈ (−1, 1).

Exercício 12

A tabela a seguir apresenta valores referentes à inversa de uma função f ∈ C 1 (R). Suponha que alguém
aproximou (corretamente) f (x) pelo polinômio deduzido na definição da derivada de f , na forma ax + b, perto

2
de x = 1. Calcule a e b
f −1 (f −1 )0
1 7−→ 3 1 7−→ 2
f −1 √ (f −1 )0
2 7−→ 2 2 7−→ 1
f −1 (f −1 )0
3 7−→ −5 3 7−→ −3
f −1 (f −1 )0 √
4 7−→ 1 4 7−→ 2

Exercício 13

f (x) é uma função de classe C 1 em R. Sabe-se que f (0) = 1, f (1) = −3, f 0 (0) = −2 e f 0 (1) = 2. Defina
y = g(x) = f (x) + x. Discuta a existência de uma inversa local de g em vizinhança de x = 0. Calcule (g −1 )0 (1).

Exercício 14

Calcule y 0 (x) usando a derivação implícita:


√ √ x+1
1. tan(xy 2 ) = x+ y 2. x · sen(y) + y · cos(x) = y+1

Exercício 15

Encontre a equação da reta tangente à curva y = f (x) definida pela equação y 3 + 2yx2 − 3x − 10 = 0, no
ponto (3, 1).

Exercício 16

Encontre as equações das retas tangentes à curva x2 + 4xy + y 2 = 6, que sejam paralelas à reta 3x + 3y = 8.

Exercício 17

x2 y2 x0 x y0 y
Mostre que a reta tangente à elipse 2
+ 2
= 1 no ponto (x0 , y0 ) tem a seguinte equação 2 + 2 = 1.
a b a b

Exercício 18

Num determinado instante t0 , o comprimento do lado de um quadrado é de 10 centímetros.


1. Se cada lado do quadrado está aumentando a uma taxa de 0,2 cm/min, determine a taxa de variação da
área do quadrado no instante t = t0 .

2. Agora determine a taxa de variação da área se cada lado está diminuindo a 0,4 cm/min.

Exercício 19

Num determinado instante t0 , o comprimento de um cateto de um triângulo retângulo é de 10 cm e ele está


aumentando a uma taxa de 1 cm/min, o outro cateto tem comprimento 12 cm e está diminuindo a uma taxa
de 2 cm/min. Calcular a taxa de variação do ângulo oposto ao cateto que tem comprimento 12 nesse instante
do tempo.

3
Exercício 20

dx
Um ponto move-se sobre a semicircunferência x2 + y 2 = 10, y ≥ 0. Suponha > 0. Determine o ponto da
dt
curva em que a velocidade de y seja o triplo da velocidade de x.

Exercício 21

Cascalho esta caindo e formando uma pilha cônica que aumenta a uma taxa de 3 m3 /min, de modo que o
diâmetro do cone é sempre igual a sua altura. Encontre a taxa de variação da altura da pilha quando a altura
é de 3 m.

Exercício 22

Num determinado instante t0 , um controlador de trá-


fego aéreo vê dois aviões na mesma altura voando a
velocidades constantes, em trajetórias ortogonais que
se cruzam num ponto P (veja a figura). Neste instante,
um dos aviões está a y0 = 150 milhas do ponto P e se
aproxima de P a 450 milhas por hora, enquanto o ou-
tro está a x0 = 200 milhas do ponto P e se movendo a
600 milhas por hora, também em direção ao ponto P .

1. Calcule a taxa de variação da distância entre os aviões no instante t0 .

2. Num outro instante t1 > t0 , um dos aviões está a y1 milhas do ponto P e o outro está a x1 milhas do
ponto P (veja a figura). Determine a taxa de variação da distância entre os aviões no tempo t1 . O que
voce pode concluir sobre a taxa de variação da distância?
3. Os aviões correm risco de choque? em caso afirmativo, quanto tempo o controlador tem para fazer com
que um dos aviões mude a sua trajetória?

Exercício 23

Uma escada com 13 m de comprimento está apoiada em uma parede vertical alta. No instante t0 , a extremidade
inferior, que se encontra a 5 m da parede, está escorregando e se afastando da parede a uma velocidade de 2 m/s.
(a) A que velocidade o topo da escada está escorregando no instante t0 ?
(b) Um homem está sobre a escada, a 8 m do solo, no instante t0 . Com que velocidade ele se aproxima do solo?

Solução do Exercício 1

Existem infinitos intervalos em que a função é inversível. Por exemplo, (−3, 0) e (2, 5). Ela não tem inversa
em (−1, 1) pois não é injetora nesse intervalo. Note que a função perde a injetividade, quando deixa de ser
monótona. Portanto, uma característica da função nesses intervalos é a perda de monotonicidade. Note que
isso aparece representado no gráfico como uma espécie platô (ou pico) - como nos pontos (0, 2) ou (5, −2) -
aonde a função, se vinha crescendo, decresce; se vinha decrescendo, passa a crescer.

Solução do Exercício 2

Começamos por verificar a injetividade. Suponha que existem x1 e x2 tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
x1 + 1 x2 + 1
= .
x1 − 2 x2 − 2

4
Então:

(x1 + 1)(x2 − 2) = (x2 + 1)(x1 − 2)


x1 x2 − 2x1 + x2 − 2 = x2 x1 − 2x2 + x1 − 2
x2 − x1 = −2(x2 − x1 )
x1 = x2

Concluímos que a função é injetora em todo seu domínio (ou seja em R − {2}).

A função tem uma assíntota vertical em x = 2 e uma assíntota horizontal em y = 1. Com efeito, se x → 2− ,
f (x) → −∞ Se x → −∞, f (x) → 1. Como f é uma função continua no intervalo (−∞, 2), pelo Teorema
do Valor Intermediário, concluímos que a imagem de f (x) contém o intervalo (−∞, 1). Uma análise análoga,
permite concluir que (1, ∞) ⊂ Im(f ) (conjunto imagem de f ). É fácil ver que f não assume o valor 1. Portanto
f é sobrejetora em (−∞, 1) ∪ (1, ∞). Então, f é inversível em R − {2} com imagem em R − {1}. Essa imagem
é o domínio da inversa. Nesse caso é possível obter uma expressão para a inversa que será:
 
−1 1 + 2y
f (y) = − .
1−y

Solução do Exercício 3

Vamos compor as duas funções para verificar. Note que não estamos especificando domínio.
 p 2 
f −1 ◦ f (x) = arcsen ln esen(x)
  
= arcsen ln esen(x)
= arcsen(sen(x)) = x

E, portanto, a resposta é sim, desde que sejam escolhidos conjuntos para domínio e contradomínio aonde a
função seja bijetora.

Solução do Exercício 4

1
f −1 (y) = y 6= 0
y

Solução do Exercício 5

Nem f + g nem f g são necessariamente inversíveis. Para contra-exemplo da soma, escolha f = −g. No produto,
1
basta tomar f (x) = x, x > 1 e g(x) = , x > 1.
x

Solução do Exercício 6

Todas são verdadeiras. Vamos justificar cada uma:


1. Sim, porque (4, 5) está no gráfico da função.
2. Sim, pois (3, 3) com certeza está no gráfico de ambas, uma vez que esses gráficos são simétricos em relação
à reta y = x.
3. Sim, porque π está no domínio de f .
4. Sim. Observe que f (2) = −1 e f (3) = 3. Então, pelo Teorema do Valor Intermediário, f assume todos
os valores entre −1 e 3.

5
Solução do Exercício 7

Vamos discutir passo por passo.

1. f ◦ g é bem definida em R: Com efeito, dado x ∈ R, queremos justificar que x está no domínio de f ◦ g.
Para isso, observe que x pertence ao domínio de g, pois o domínio de g é R. Ainda mais, g(x) ∈ R por
hipótese, e, como o domínio de f é R, então g(x) também pertence ao domínio de f . Portanto, x pertence
ao domínio de f ◦ g.
2. A imagem de f ◦ g é R: Com efeito, dado a ∈ R, queremos ver que a ∈ Im(f ◦ g) (imagem f ◦ g). Para
isso, como f é inversível em R, existe z ∈ R tal que z = f −1 (a). Da mesma forma, pela inversibilidade
de g, podemos tomar y = g −1 (z). Então,

f ◦ g(y) = f ◦ g(g −1 (z)) = f (f −1 (a)) = a

logo, f ◦ g(y) = a e portanto a ∈ Im(f ◦ g) como queríamos ver.

3. Pelo item anterior, sabemos que f ◦ g é sobrejetora com imagem em R.


4. f ◦g é injetora em R: Com efeito, dados x1 e x2 em R com x1 6= x2 , queremos ver que f ◦g(x1 ) 6= f ◦g(x2 ).
Mas, g(x1 ) 6= g(x2 ) já que g é inversível, e como f é inversível (portanto, injetora) então também
f (g(x1 )) 6= f (g(x2 )).

5. Portanto, pelos itens anteriores, f ◦ g é bem definida e inversível em R. Por último, notamos que

(f ◦ g) ◦ (g −1 ◦ f −1 ) = f ◦ (g ◦ g −1 ) ◦ f −1 = f ◦ id ◦ f −1 = f ◦ f −1 = id,

onde id é a função identidade nos reais (ou seja, id(x) = x). Portanto, a inversa de f ◦ g é g −1 ◦ f −1 .

Solução do Exercício 8

1. arcsen( −1 π π
2 ) = −π/6, pois sen(−π/6) = − sen(π/6) = −1/2 e −π/6 ∈ [− 2 , 2 ].

−π 1
2. cos(arctg(−1)) =
 cos( )= √
 4 2

y

y = arctg(−1) ⇐⇒ tg(y) = −1
−π
Impondo a condição y ∈ [− π2 , π2 ] obtemos y = 4
−π
Quer dizer, arctg(−1) = 4

3. Lembrar que arccos : [−1, 1] → [0, π] é a inversa de cos : [0, π] → [−1, 1]. Em particular temos
arccos(cos(α)) = α se α ∈ [0, π].
Mas observe que 43 43 43
6 π 6∈ [0, π]. Logo é incorreto dizer que arccos(cos( 6 π)) = 6 π. Por outro lado sabemos
que y = arcsen(x) é o único numero real y ∈ [0, π] que satisfaz cos(y) = x. Então, se queremos calcular
arccos(cos( 43 43
6 π)), temos que encontrar o único numero real y ∈ [0, π] tal que cos(y) = cos( 6 π). Para
fazer isto procedemos da seguinte forma:
Como cos : R → R é periódica de período 2π temos
   
43 43
cos π = cos π + 2πk para todo k ∈ Z.
6 6
Então é só encontrar esse único inteiro k0 tal que
43
π + 2πk0 ∈ [0, π],
6
43
e a solução seria y = 6 π + 2πk0 . Fazemos então
 
43 6.6 + 7 7 7
π= π= 6+ π = 6π + π.
6 6 6 6

6
43
Logo 6 π = 6π + 76 π, e por tanto
     
43 7 7
cos π = cos 6π + π = cos π .
6 6 6

Notemos que 67 π 6∈ [0, π], logo é incorreto dizer que arccos(cos( 43 7 7 5


6 π)) = 6 π. Porém 6 π = 2π − 6 π, logo
         
43 7 5 5 5
cos π = cos π = cos 2π − π = cos − π = cos π .
6 6 6 6 6

Notemos que 56 π ∈ [0, π]. Assim, temos achado o único numero real em y ∈ [0, π] que satisfaz cos(y) =
cos( 43 43 5
6 π), e portanto arccos(cos( 6 π)) = 6 π.

4. Sabemos que sen(α + β) = sen(α) cos(β) + cos(α) sen(β) para todo α, β ∈ R. Tomando, em particular os
valores α = arcsen(3/5) e β = arcsen(2/3) temos que sen(α) = 3/5 e sen(β) = 2/3. Então

α := arcsen(3/5)
β := arcsen(2/3) Desenvolvendo o seno da soma
 
 
  
3 2 y y
sen arcsen + arcsen = sen(α + β) = sen(α) cos(β) + cos(α) sen(β) (∗)
5 3
3 2
= cos(β) + cos(α)
 5 3

y

Observar que sen(α) = 3/5 e sen(β) = 2/3

Assim, para finalizar falta achar somente os valores cos(β) e cos(α), isto é cos(arcsen(2/3)) e
cos(arcsen(3/5)).
√ Usamos a relação sen2 α + cos2 α = 1, e sabendo que α ∈ [−π/2, π/2], temos que
2
cos(α) = 1 − sen α. Entao
s   s  2 √
2 2 2 5
cos(arcsen ) = 1 − sen2 arcsen = 1− =
3 3 3 3

e s s
   2
3 3 3 4
cos(arcsen ) = 1 − sen2 arcsen = 1− = .
5 5 5 5
Voltando a (∗) concluímos que:
  √ √
3 2 3 2 3 5 4 2 3 5+8
sen arcsen + arcsen = cos(β) + cos(α) = · + · = .
5 3 5 3 5 3 5 3 15

Solução do Exercício 9

O denominador deve ser diferente de zero. Logo devemos ter arcsen(|x| − 4) 6= 0. Note também que arcsen :
[−1, 1] → [− π2 , π2 ], logo |x| − 4 ∈ [−1, 1]. Então
arcsen(|x| − 4) = 0 ⇐⇒ sen(arcsen(|x| − 4)) = sen(0)
⇐⇒ |x| − 4 = 0
⇐⇒ |x| = 4
⇐⇒ x = 4 ou x = −4,
Ou seja, para que arcsen(|x| − 4) 6= 0 devemos considerar os valores de x tais que x 6= 4 e x 6= −4. Isto é,
x ∈ (−∞, −4) ∪ (−4, 4) ∪ (4, ∞).

7
Por outro lado, dado que |x| − 4 ∈ [−1, 1], temos

|x| − 4 ∈ [−1, 1] ⇐⇒ −1 ≤ |x| − 4 ≤ 1


⇐⇒ 3 ≤ |x| ≤ 5
⇐⇒ |x| ≤ 5 e |x| ≥ 3
⇐⇒ x ∈ [−5, 5] e também x ∈ (−∞, −3] ∪ [3, +∞)
⇐⇒ x ∈ [−5, −3] ∪ [3, 5].

Assim, o domínio da função f dada é o conjunto


 
(−∞, −4) ∪ (−4, 4) ∪ (4, ∞) ∩ [−5, −3] ∪ [3, 5] = [−5, −4) ∪ (−4, −3] ∪ [3, 4) ∪ (4, 5].

Solução do Exercício 10

Em x = 4 a derivada de f se anula. Assim, o Teorema da Função Inversa não afirma nada sobre uma vizinhança
de x = 4. O valor x = 4 está associado a y = −1. Logo, em y = −1 não podemos calcular a derivada de f −1
(se existir) pela fórmula do TFI. Usando a fórmula escrevemos
1 1 1 1
(f −1 )0 (−5) = =− e (f −1 )0 (3) = =
f 0 (3) 3 f 0 (1) 2

Solução do Exercício 11

Considere sen : (−π/2, π/2) −→ (−1, 1). Sabemos que essa função é inversível e de classe C 1 no seu domínio.
Além disso, sen0 (x) = cos(x) 6= 0 x ∈ (−π/2, π/2). Assim, pelo TFI, escrevemos:
1
arcsen0 (y) =
cos(x)

sabemos que y = sen(x) e que sen2 (x) + cos2 (x) = y 2 + cos2 (x) = 1 =⇒p cos2 (x) = 1 − y 2 . No intervalo
considerado o cosseno é positivo, de modo que podemos escrever: cos(x) = 1 − y 2 . Assim:

1
arcsen0 (y) = p y ∈ (−1, 1)
1 − y2

Solução do Exercício 12

Se estamos trabalhando perto de x = 1 no domínio de f , pela tabela, estamos em vizinhança de y = 4 no


domínio de f −1 . Usando o TFI, escrevemos
1 1
f 0 (1) = =√ .
(f −1 )0 (4) 2
Conhecemos, portanto, f (1) e f 0 (1). Usamos f (x) ≈ f (1) + f 0 (1)(x − 1) = y(x) para escrever:
1
y(x) = 4 + √ (x − 1)
2
1 1
e vemos que a = √ e b = 4 − √
2 2

8
Solução do Exercício 13

Por inspeção, g(0) = 1 e g 0 (0) 6= 0. por hipótese, g ∈ C 1 (R). Portanto, estamos dentro das hipóteses para as
quais o TFI garante existência de inversa com x = 0 e y = 1. Além disso, pelo TFI:
1 1
(g −1 )0 (1) = = = −1
g 0 (0) −2 + 1

Solução do Exercício 14

1. Derivamos ambos os lados com respeito a x,

1 y0
sec2 (xy 2 ) · [1 · y 2 + x · 2yy 0 ] = √ + √ .
2 x 2 y

Juntando os termos envolvendo y 0 para o mesmo lado,

y0 1
sec2 (xy 2 ) · 2xyy 0 − √ = √ − sec2 (xy 2 ) · y 2 .
2 y 2 x

Isolando y 0 e simplificando:

1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
 
1
y 0 sec2 (xy 2 ) · 2xy − √ = √ ,
2 y 2 x

4xy 3/2 · sec2 (xy 2 ) − 1 1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
y0 · √ = √ .
2 y 2 x
Finalmente calculando y 0 , √ √
0 y 1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
y =√ · .
x 4xy 3/2 · sec2 (xy 2 ) − 1
2. Derivamos ambos os lados com respeito a x,

y + 1 − y 0 (x + 1)
sen(y) + x · cos(y) · y 0 + y 0 · cos(x) − y · sen(x) = .
(y + 1)2

Isolando y 0 e simplificando:
 
x+1 y+1
y 0 x · cos(y) + cos(x) + = y · sen(x) − sen(y) +
(y + 1)2 (y + 1)2

(y · sen(x) − sen(y))(y + 1)2 + (y + 1)


y0 = .
(x · cos(y) + cos(x))(y + 1)2 + (x + 1)

Solução do Exercício 15

O coeficiente angular da reta tangente no ponto x = 3 é


dy
mT = (3) = f 0 (3).
dx
Derivando implicitamente a equação em relação à variável x obtemos
dy dy
3y 2 + 4xy + 2x2 − 3 = 0,
dx dx
fazendo x = 3 e y = 1, tem-se
dy dy dy 3
3 (3) + 12 + 18 (3) − 3 = 0 ⇒ (3) = − .
dx dx dx 7

9
Portanto a equação da reta tangente de f (x) no ponto (3, 1) é
3 3 16
y − 1 = f 0 (3)(x − 3) ⇔ y − 1 = − (x − 3) ⇔ y = − x + .
7 7 7

Solução do Exercício 16

Lembre que duas retas paralelas têm o mesmo coeficiente angular. Como o coeficiente angular da reta 3x+3y = 8
é m = −1, então o coeficiente angular de todas as retas tangentes à curva x2 + 4xy + y 2 = 6 será mT = −1.
Agora, derivando implicitamente a equação em relação à variável x, obtemos
dy dy dy x0 + 2y0 x0 + 2y0
2x + 4y + 4x + 2y =0 ⇒ (x0 ) = − ⇒ = 1 ⇒ x0 = y0 .
dx dx dx 2x0 + y0 2x0 + y0

Como o ponto (x0 , y0 ) pertence à curva x2 + 4xy + y 2 e y0 = x0 , tem-se:

x20 + 4x20 + x20 = 6 ⇒ x20 = 1 ⇒ x0 = 1 ou x0 = −1.

Finalmente as equações das duas retas tangentes são

y − 1 = −(x − 1) ⇔ y = −x + 2
y + 1 = −(x + 1) ⇔ y = −x − 2

Solução do Exercício 17

Derivando implicitamente a equação da elipse em relação à variável x, obtemos

2x 2y dy dy xb2
+ 2 =0 ⇒ (x) = − 2 .
a2 b dx dx ya

dy x 0 b2
Assim o coeficiente angular da reta tangente à elipse no ponto (x0 , y0 ) é mT = (x0 ) = − e portanto a
dx y0 a2
equação da reta tangente será

x 0 b2 (y − y0 )y0 (x − x0 )x0 (y − y0 )y0 (x − x0 )x0


y − y0 = − (x − x0 ) ⇒ =− ⇒ + =0 ⇒
y0 a2 b2 a2 b2 a2
y0 y x0 x y2 x2 x0 x y0 y
⇒ 2 + 2 = 20 + 20 ⇒ + 2 = 1.
b a b a  a2 b


y

Como (x0 , y0 ) pertence à elipse,


x2 y2
temos que 20 + 20 = 1
a b

Solução do Exercício 18

Sejam x = x(t) o comprimento do lado do quadrado no instante t e A(x) = x2 a área do quadrado. Pela
hipótese, sabemos que x(t0 ) = 10.
dx
1. Temos que (t0 ) = +0, 2 cm/min.
dt
Então a taxa de variação será
d dA dx
A(x(t0 )) = (x(t0 )) (t0 ) = 2 x(t0 )(0, 2) = 20(0, 2) = 4 cm2 /min.
dt dx dt

10
Isto indica que a área do quadrado tem um crescimento com uma taxa de variação de 4 cm2 /min no
instante t = t0 .
dx
2. Temos que (t0 ) = −0, 4 cm/min.
dt
Então a taxa de variação será
d dA dx
A(x(t0 )) = (x(t0 )) (t0 ) = 2 x(t0 )(−0, 4) = 20(−0, 4) = −8 cm2 /min.
dt dx dt
Isto indica que a área do quadrado tem um decrescimento com uma taxa de variação de 8 cm2 /min no
instante t = t0 .

Solução do Exercício 19

Seja x = x(t) o comprimento do cateto tal que x(t0 ) = 10 e y = y(t) o comprimento do cateto tal que y(t0 ) = 12.
dx dy
Sabemos pelas hipóteses que (t0 ) = +1 e (t0 ) = −2.
dt dt
Seja θ(t) o ângulo oposto ao cateto y(t), então podemos relacionar as três funções na seguinte expressão

y(t)
tan(θ(t)) = .
x(t)

Derivando em relação a t obtemos:


dy dx
dθ x(t) (t) − y(t) (t)
sec2 (θ(t)) (t) = dt dt .
dt (x(t))2
 2  2
y(t0 ) 12 244
No instante t0 , temos que: sec2 (θ(t0 )) = 1 + tan2 (θ(t0 )) = 1 + =1+ = .
x(t0 ) 10 100
dθ 10(−2) − 12(1) 8
Assim: (t0 ) = =− Rad/min.
dt 244 61
8
Isto indica que o ângulo está diminuindo a uma taxa de variação de Rad/min.
61

Solução do Exercício 20

Derivando a equação da semicircunferência em relação de t, obtemos


dx dy dx dy
2x(t) + 2y(t) = 0 ⇔ x(t) + y(t) = 0.
dt dt dt dt
dy dx
Pela hipótese temos que: = 3 , logo
dt dt
dx dx
x(t) + 3y(t) =0 ⇒
 x(t) + 3y(t) = 0 ⇒ x(t) = −3y(t).
dt dt 

y

dx
como >0
dt

Finalmente, substituindo na equação da semicircunferência obtemos

(−3y(t))2 + (y(t))2 = 10 ⇒ 10(y(t))2 = 10 ⇒ y(t) = 1.

O ponto procurado será o ponto (−3, 1).

11
Solução do Exercício 21

Temos que V = 13 πr2 h. Como 2r = h para todo t então V (t) = 1 3


12 π[h(t)] . Derivando com respeito ao t,

dV π dh
= · h2 · .
dt 4 dt
dV π dh dh 4
Substituindo dt = 3 e h = 3, obtemos 3 = 4 ·9· dt ou que dt = 3π m/min.

Solução do Exercício 22

1. Usando o teorema do Pitágoras obtemos no tempo t

x(t)2 + y(t)2 = z(t)2 .

Vamos denotar por x0 , y 0 e z 0 as derivadas com respeito ao t. Então derivando ambos os lados com respeito
ao t,
xx0 + yy 0 xx0 + yy 0
2xx0 + 2yy 0 = 2zz 0 ou z 0 = =p .
z x2 + y 2
Dividindo por x o numerador e o denominador e substituindo x0 = 600, y 0 = 450 podemos escrever

x0 + (y/x) · y 0 600 + (y/x) · 450


z0 = p = p .
1 + (y/x)2 1 + (y/x)2

No tempo t0 , y(t0 ) = y0 = 150, x(t0 ) = x0 = 200 e logo y0 /x0 = 3/4. Então

600 + (y0 /x0 ) · 450 600 + (3/4) · 450


z 0 (t0 ) = p = p = 750 m/s.
1 + (y0 /x0 ) 2 1 + (3/4)2

2. Observamos que usando triângulos semelhantes y0 /x0 = y1 /x1 = 3/4. Logo

600 + (y1 /x1 ) · 450 600 + (y0 /x0 ) · 450


z 0 (t0 ) = p = p = 750 m/s.
1 + (y1 /x1 ) 2 1 + (y0 /x0 )2

Então podemos concluir que a taxa de variação da distância é constante e não depende do tempo t.
3. Para chegar de y0 a P um avião vai demorar 150/450 = 1/3 horas ou 20 min. Para chegar de x0 a P o
outro avião vai demorar 200/600 = 1/3 horas ou 20 min. Logo sim tem risco de choque e o controlador
tem menos de 20 min. para fazer com que um dos aviões mude a sua trajetória.

Solução do Exercício 23

O leitor deve fazer um diagrama baseado no exemplo do texto da semana. Usando o teorema do Pitágoras
obtemos x(t)2 + y(t)2 = 132 . Derivando ambos os lados com respeito ao t,

−xx0
2xx0 + 2yy 0 = 0 ou y 0 = .
y

No instante t0 temos que x = 5, x0 = 2, e y = 132 − 52 = 12. Logo
−2 · 5 5
y0 = =− .
12 6
Observamos que a velocidade é negativa porque a escada está escorregando para baixo.
No caso do item (b), o lado vertical do triângulo relevante tem comprimento 8 (veja figura abaixo). Usando
triângulos semelhantes podemos calcular o tamanho do lado horizontal x0 ,
12 5 10
= ou x0 = m/s.
8 x0 3

12
Formamos a equação x(t)2 + y(t)2 = r2 , onde r é o comprimento da hipotenusa, que não depende do tempo.
Derivando ambos os lados com respeito ao t, obtemos como antes

−xx0
2xx0 + 2yy 0 = 0 ou y 0 = .
y

Nesse caso, no instante t0 temos que x = 10/3, x0 = 2, e y = 8. Logo

−10/3 · 2 5
y0 = = − m/s.
8 6
Observamos que obtemos a mesma resposta como no item (a). Isso aconteceu porque comparamos triângulos
semelhantes, o que não afetou a expressão da velocidade y 0 = − xy · x0 .

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