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Empresa e Empresário – Aula I:

Unidade I – Introdução ao Estudo do Direito Empresarial

1.1. Conceito.

O Direito Empresarial cuida do exercício dessa atividade econômica organizada de


fornecimento de bens ou serviços, denominada empresa. Seu objeto é o estudo dos meios
socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesses envolvendo empresários ou
relacionados às empresas que exploram.

A denominação desse ramo do direito (“comercial”) tem origem histórica (que


verificaremos na sequência). Porém, outras designações têm sido empregadas na
identificação desta área do saber jurídico: Direito Empresarial, Direito Mercantil, etc...

1.2. Natureza Jurídica

É um ramo do direito privado que estabelece o conjunto de regras disciplinadoras da


atividade negocial do empresário.

1.3. Evolução Histórica

Nem sempre os bens e serviços, que hoje necessitamos, foram produzidos em


organizações econômicas especializadas. Vejamos:

a) Na Antiguidade (Século VIII A.C. até Século V D.C) , as roupas e objetos eram
produzidas na própria casa, para seus moradores; apenas os excedentes eventuais eram
trocados entre os vizinhos ou na praça.

Alguns povos da Antiguidade, como os fenícios, destacaram-se intensificando as


trocas e, com isto, estimularam a produção de bens destinados especificamente para à venda
(expansão do comércio).

b) Na Idade Média (Século V até Século XV), o comércio difundiu-se por todo o
mundo civilizado. Comerciantes europeus reuniam-se em corporações de ofício e poderosas
entidades burguesas.

c) Na Era Moderna (1453 até 1789) estas normas pseudo-sistematizadas serão


chamadas de Direito Comercial (Primeira Fase). Nessa fase inicial era aplicável aos
membros de determinadas corporações de comerciantes (de ofício). Esta fase é classificada
de teoria subjetiva porque só aqueles que estavam matriculados nas corporações é que eram
considerados comerciantes.

d) Na França do início do século XIX, Napoleão, com a ambição de regular a


totalidade das relações sociais, patrocinou a edição de dois diplomas jurídicos: o Código Civil
(1804) e o Comercial (1808). Este último delimitado pela Teoria dos atos de comércio
(sistema francês ou sistema objetivista).

Crítica: Na lista dos atos de comércio não se encontravam algumas atividades


econômicas que, com o tempo, passaram a ganhar importância equivalente às de comércio,
banco, seguro e indústria. Exemplos: prestação de serviços, atividades econômicas ligadas à
terra, a negociação de imóveis, agricultura ou extrativismo (Segunda Fase).

e) Em 1942, na Itália, surgiu um novo sistema de regulação das atividades


econômicas dos particulares. Ampliou-se assim o âmbito de incidência do Direito Comercial,
passando as atividades de prestação de serviços e ligadas à terra a se submeterem às mesmas
normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais. Esse sistema foi
chamado de Teoria da Empresa (Terceira Fase)

Adotou-se esse termo, pois deixou de cuidar de determinadas atividades de mercancia


e passa a disciplinar a forma empresarial (específica) de produzir ou circular bens ou
serviços.

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