You are on page 1of 9

UNIFAGOC – CENTRO UNIVERSITÁRIO GOVERNADOR ONZANAM

COELHO

PEDAGOGIA – SEGUNDA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO


ESPECIAL INCLUSIVA (EAD)

DISCIPLINA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM DOCÊNCIA DA


EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL

PROFESSORA: PATRÍCIA PELUSO CONDE

RELATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM DOCÊNCIA DA


EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL

VANUÍRA FERNANDES LEITE DE SOUZA


12/03/2023
Ubá/MG
JUSTIFICATIVA

O meio social exige que tenhamos a capacidade de interação para viabilizar


nossa formação dentro do contexto na qual fazemos parte. Porém, nem todos os
indivíduos tem essa capacidade de interação social e precisam de cuidados
especiais para garantir seu processo de desenvolvimento dentro da sociedade. É o
caso de pessoas com autismo atualmente conceituado como transtorno do Espectro
Autista (TEA).
Segundo Miele e Amato (2016) o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um
transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízos na comunicação,
interação social e comportamental. Esse prejuízo pode acarretar ao sujeito uma
dificuldade de manter uma interação com os outros e com o meio na qual ele faz
parte.
O projeto aqui desenvolvido vem para ajudar as crianças com TEA a assimilar
melhor o conhecimento sistemático e desenvolver em vários aspectos cognitivos
desse processo. Para isso houve a elaboração de atividades práticas e lúdicas que
remetem a criança a um mundo mais divertido e que chame a sua atenção.

PÚBLICO ALVO

O publico alvo do projeto foi crianças do primeiro período do Ensino Infantil


que tem TEA e, portanto precisam de uma atenção e de um planejamento voltado às
suas necessidades.

OBJETIVO

Analisar a importância da mediação escolar na vida de uma criança com


autismo compreendendo como as atividades práticas e lúdicas podem melhorar a
qualidade no seu processo de desenvolvimento.

TIPO DE OBSERVAÇÃO (PARTICIPANTE)

A observação foi participante uma vez que a atividade foi planejada e


executada pelo autor da pesquisa.
EXECUÇÃO

A atividade foi realizada com uma criança de 4 anos de idade que foi a pouco
tempo diagnostica como TEA, Transtorno Espectro Autista. Por isso a escola e a
família estão se adaptando as suas necessidades e buscando novos caminhos para
que a Isabela possa se desenvolver. A atividade planejada nessa prática foi
elaborada com esse propósito e não dar a ela uma rotina massacrante. Pois para
Souza et al (2020) as crianças autistas são marcadas pela dificuldade em modificar
a rotina, e manutenção de padrões ritualizados.
Ela foi levada para uma sala onde se sentisse à vontade com a professora
que elaborou a proposta de atividade e pode realizá-la de acordo com o seu ritmo e
tempo. Primeiro a professora conversou, mostrou as figuras de forma assistemática,
sem compromisso pedagógico para que ela se sentisse mais a vontade e confiante.
Em seguida, a criança foi orientada de como seria a atividade e como ela iria
brincar com as figuras. Foi proposto a ela que colasse as figuras associando com
suas cores no local adequado. A cada figura que Isabela pegava a professora ia
perguntando qual cor que era e qual era a outra figura que era associada a que ela
pegou. Na medida em a criança ia se soltando a atividade ia fluindo e o processo
educacional se desenvolvendo com naturalidade. Dessa forma foi possível
compreender o que foi assimilado pela criança e o que era necessário analisar para
melhorar o seu desenvolvimento.
Pra Camargo, et al (2020) as dificuldades da criança com TEA em engajar-se
em uma atividade escolar pode estar fortemente atrelada a características do
transtorno, ou seja, elas podem relacionar, por exemplo, os interesses restritos e à
inflexibilidade para engajar-se em tarefas não preferidas. E durante todo o momento
em que houve essa interação houve a preocupação em estimular o seu interesse
para que ela participasse ativamente da atividade.
E dessa forma, a atividade atingiu seu objetivo principal que é ser a mediação
entre crianças com TEA e o conhecimento sistemático, uma vez que ela se divertiu,
se sentiu tranquila e confortável e aprendeu sobre cores. A atividade lúdica foi
realizada com sucesso provando que as crianças podem ter uma melhor qualidade
de vida quando são submetidas a um planejamento voltado para as suas
necessidades.
CONCLUSÃO

A atividade foi bem elaborada e aplicada com todos os cuidados necessários


para se adequar a criança com TEA. Sua aplicação teve como primordial a
preocupação com o local, com a interação professor/aluno e o conforto da criança
respeitando seus limites e seu ritmo.
A aluna foi bem expressiva e o planejamento elaborado foi capaz de trabalhar
dentro das possibilidades da criança, facilitando que o objetivo dessa proposta fosse
alcançado. E durante todo o processo em que a atividade foi realizada comprovou-
se o objetivo para a qual ela foi criada que é analisar a importância da mediação
escolar na vida de uma criança com autismo compreendendo como as atividades
práticas e lúdicas podem melhorar a qualidade no seu processo de
desenvolvimento.
A interação entre o conhecimento e uma criança com TEA ficou bem clara
mediante a intervenção da professora. Dessa forma, foi possível proporcionar um
ambiente tranquilo e confortável para a Isabela e esta se sentiu à vontade para
aprender brincando.
Portanto, ao utilizar o lúdico e não o rotineiro possibilitou um caminho
alternativo para que uma criança com TEA possa aprender. E ela pode criar um
vínculo mais salutar com o seu desenvolvimento cognitivo melhorando até mesmo
sua autonomia.

Referências

CAMARGO, S. P. H.; SILVA , G. L. Da; CRESPO, R. O.; OLIVEIRA, C. R. De;


MAGALHÃES, S. L. Desafios no processo de escolarização de crianças com
autismo no contexto inclusivo: diretrizes para formação continuada na
perspectiva dos professores. Educação em Revista|Belo
Horizonte|v.36|e214220|2020. Texto retirado do sit:
https://www.scielo.br/j/edur/a/6vvZKMSMczy9w5fDqfN65hd/?format=pdf&lang=pt.
Acesso dia 10 de março de 2023.

MIELE, Fernanda Gonçalves e AMATO, Cibelle Albuquerque de la Higuera.


Transtono do espectro autista: qualidade de vida e estresse em cuidadores
e/ou familiares - revisão de literatura. ISSN 1809-4139. Texto retirado do
sit:http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpdd/v16n2/v16n2a11.pdf. Acesso dia 10 de março
de 2023.
SOUSA, D. L. D. de; SILVA, A. L. da; RAMOS, C. M. de O.; MELO, C. de F. Análise
do Comportamento Aplicada: A Percepção de Pais e Profissionais acerca do
Tratamento em Crianças com Espectro Autista. Contextos Clínicos, v. 13, n. 1,
jan./abr. 2020. Texto retirado do sit:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cclin/v13n1/v13n1a07.pdf. Acesso dia 9 de março de
2023.
ANEXO 2

Planejamento
Cronograma 6 e 7 de março
O quê Atividade usando dois tipos de figuras
para realizar uma prática pedagógica de
português com o tema cores.
Para quem Essa atividade é destinada para alunos
com TEA do 1º período do Ensino
Infantil .
Por quê É nessa faixa etária que a criança está
nos seus primeiros passos para o seu
desenvolvimento cognitivo,
possibilitando maiores chances de um
progresso sistemático.
Como A aluna escolhida tem um grau
moderado de TEA e adora brincar com
coisas coloridas. Assim, a atividade
proposta é para o desenvolvimento das
cores e usa de figuras para serem
associadas de acordo com as cores que
elas possuem.
Lista de materiais utilizados EVA, velcro, folha A4, lápis, tesoura, cola
quente.
Figura 1: Criação da ativdade Figura 2: Recurso pedagógico

Figura 3 : Atividade realizada

You might also like