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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL 1
AULA 6 – AÇOS PARA CONCRETO ARMADO
&
AÇOS PARA CONCRETO PROTENDIDO

Profa. Larissa Falcao


Normalização
 NBR 7480 Barras e fios de aço destinados a
armaduras para concreto armado
 Publicação: fevereiro de 1996.
 Normaliza sobre:

BARRAS: 5mm laminação a quente


FIOS: 10mm obtidos por laminação e trefilação
Classificação
 BARRAS
 CA-25: superfície lisa
 CA-50: superfície nervurada

 FIOS CA-60: superfície nervurada p/ > 10 mm

CA = Aço destinado ao concreto armado


25, 50 e 60 = Valor característico da resistência de
escoamento: Ex: CA 50 = 50 kgf/mm2 ou 500 MPa
Determinação das propriedades
mecânicas à tração

 Determina-se os valores de fy, fst e alongamento


em corpo-de-prova com comprimento inicial igual
a 10Φ
 Valores de entrada: massa e comprimento da
barra para cálculo da área média através da
massa específica ( = 7850 kg / m3)
 Marcação da barra para cálculo de alongamento

NBR 6152
Determinação das propriedades
mecânicas à tração
Determinação das propriedades
mecânicas à tração
σ1 σ2 σ em kgf/mm² ou MPa
σ = Carga solicitante
Aseção transv
L1 = L + ΔL1, ε1 =ΔL1
L L1 L2 L
L2 = L + ΔL2, ε2 =ΔL2
L
Fase elástica
σ=Exε
Determinação das propriedades
mecânicas à tração
 LAMINADO  TREFILADO
CA 25 CA 60
CA 50
fst fst
TENSÃO

TENSÃO
FASE fy
PLÁSTICA
fy
FASE
ELÁSTICA

DEFORMAÇÃO ε 0,2% DEFORMAÇÃO ε


fy = tensão de escoamento E é o módulo de deformação do aço
fst = tensão limite de resistência E = 21.000Kgf/mm² ou 210 GPa
Ensaio de dobramento semiguiado
 Corpo-de-prova é dobrado a 180o
 Proibida ruptura ou fissuração na
zona tracionada
 Esforços de montagem
 Aço laminado ou trefilado
 Diâmetro do pino:
 Maior p/ aço trefilado

<20mm >20mm
2 4 CA25
4 6 CA50 NBR 6153
5 CA60
Propriedades mecânicas
Cate- Ensaio de tração Ensaio de
goria (mínimos) dobramento

fy fst Along. Pino


(MPa) (MPa) 10 (%) <20mm

CA-25 250 1,20fy 18 2

CA-50 500 1,10fy 8 4

CA-60 600 1,05fy e 5 5


>660
Tolerâncias dimensionais

Massa Comprimento
Barra de 1m. Controla Nominal = 11m
indiretamente o diâmetro,
normalmente maior que o Tolerância = 9%
especificado Permite-se 2% de barras
Barras curtas com L>6,0m

6% nom > 10 mm
10% nom < 10 mm
Fios: 6%
Tolerâncias para a massa
CA 25 e CA 50
Pesos lineares (kg/m)
Bitola (mm)
Mínimo Nominal Máximo
-10% 0% +10%
6,3 0,220 0,245 0,269
8,0 0,355 0,395 0,434
-6% 0% +6%
10,0 0,580 0,617 0,654
12,5 0,906 0,963 1,021
16,0 1,484 1,578 1,673
20,0 2,318 2,466 2,614
22,0 2,805 2,984 3,163
25,0 3,622 3,853 4,084
32,0 5,935 6,313 6,692
Determinação do coeficiente de
conformação superficial
 Avalia a aderência por tração da barra e do fio de aço
ao concreto pelo espaçamento de fissuras
 Comparativo entre a barra nervurada e lisa
 Não é um ensaio de recebimento, e sim apenas de
caracterização
 Barras > 10 mm: Coef. conformação ~ 1,5

NBR 7477
Ensaio de fadiga de barras de aço
para concreto armado

 Submete o corpo de prova a esforços cíclicos


 Resultado em função do número de ciclos
necessários para rompimento da barra para um
determinado nível de tensão
 Não é um ensaio de recebimento
 Destinado a caracterizar o material em condições
específicas
 Ex: pontes NBR 7478
Tipos de solda em barras de CA
POR CALDEAMENTO
≥5Ø NBR 8965/85 (Barras de CA
42 S com características de
COM ELETRODO 60º soldabilidade destinadas a
armaduras de concreto
≥5Ø armado – Especificação)
2 a 3 mm
POR TRANSPASSE
Ø
Ø

≥5Ø ≥5Ø ≥5Ø

COM BARRAS JUSTAPOSTAS

2Ø ≥5Ø

≥5Ø ≥5Ø
Defeitos

 As barras e fios de aço devem estar isentos de


“defeitos prejudiciais” (a norma não especifica,
critério do Engenheiro)

 Aceita-se oxidação superficial (uniforme e leve)


removível com “tecido grosseiro ou escova
qualquer”
Aceitação e rejeição

 Isenção de defeitos e dentro das tolerâncias de


diâmetro e comprimento
 Conformidade dos requisitos de desempenho
avaliados pelos ensaios de tração e dobramento
 No caso de rejeição pelos resultados de ensaio
faz-se uma única contraprova com nova amostra
do mesmo lote.
Protensão

• Tração aplicada no aço com o objetivo de impor


esforços normais e/ou de flexão contrários ao
carregamento da estrutura de concreto, possibilitando
a redução das seções transversais e/ou aumento dos
vãos para um mesmo carregamento.
Ação da protensão na estrutura

Compressão Compressão Compressão

+ =

Tração Compressão Compressão

Esforços de Esforços devido à Esforços


carregamento protensão resultantes
Tipos de protensão

• Pré-tração
Operação de tracionar os aços antes do
lançamento e do endurecimento do concreto
ancorando-os em apoios pré dimensionados.
• Pós-tração
Operação de tracionar os aços depois do
lançamento e do endurecimento do concreto
ancorando-os definitivamente já na própria peça .
Pré-tração

Características
• Empregados nas indústrias de pré-fabricação
de peças, que são, geralmente, produzidas em
local diferente de onde serão montadas;
• Existe a necessidade da construção de
elementos de ancoragem para o aço capazes de
resistir aos esforços horizontais gerados com a
protensão;
• O aço de protensão fica totalmente aderido
ao concreto;
Pré-tração
Pós-tração

Características gerais
• As peças, geralmente, são moldadas no
local onde irão trabalhar (moldadas “in loco”);
• É necessário que o aço seja colocado na fôrma
com uma proteção (bainha) que o isole do
concreto;
• As ancoragens metálicas colocadas nas
extremidades são incorporadas ao concreto;
Pós-tração
Aço para concreto protendido
 Fios e cordoalhas ativas no sistema estrutural
(atuam carregadas sempre).
 São sempre encruados
 Obtidos por trefilação, sofrendo, posteriormente,
tratamento térmico ou termo-mecânico para alívio
das tensões devido à deformação mecânica a frio.
 NBR-7482 Fios da aço para concreto protendido
 NBR-7483 Cordoalhas de aço para concreto
protendido
Tipos de aço para concreto protendido

Fios

Cordoalhas

Sete três fios dois fios


fios
Diâmetro da cordoalha = diâmetro da circunferência circunscrita
Designação de fios de aço para
concreto protendido

CP 150 RN 7
fio para concreto protendido
tensão nominal de ruptura (150kgf/mm2)-
150; 160 e 170
relaxação normal (alívio de tensões) e
RB significa relaxação baixa (estabililzação)
diâmetro do fio (7mm)
Designação de cordoalhas para
concreto protendido

CP 175 RB 12,7
cordoalha de 7 fios
tensão nominal de ruptura (175kgf/mm2)-
175 e 190
RB relaxação baixa (estabilização) e
RN significa relaxação normal (alívio de
tensões)
diâmetro nominal da cordoalha (12,7mm)
Designação de cordoalhas para
concreto protendido

CP 180 RN 3x2,5
cordoalha para concreto protendido
tensão nominal de ruptura (180kgf/mm2)
relaxação normal (alívio de tensões)
3 fios de diâmetro 2,5mm, podem ser 2 ou
3 fios com vários diâmetros (2; 2,5; 3;
3,5mm)

Cordoalhas de 2 e 3 fios: sempre CP 180 RN


Tratamentos dos aços para
concreto protendido

PATENTEAMENTO

 Aquecimento a 900-950oC e resfriamento em


chumbo fundido a 500oC.
 Refina a estrutura cristalina reduzindo a ferrita livre
e os defeitos.
 Aumenta a resistência à tração e melhora a
trefilabilidade.
 Executado antes e depois da trefilação a frio.
Tratamentos dos aços para
concreto protendido
DECAPAGEM

 Também é utilizado na produção dos aços para


concreto armado.
 Remove a camada de óxidos fina, aderente e
abrasiva que se forma na superfície do aço após a
laminação a quente.
 Evita desgaste prematuro dos equipamentos.
 É realizado por banhos químicos (ácido clorídrico)
ou mecanicamente.
Tratamentos dos aços para
concreto protendido
TREFILAÇÃO

 Tratamento que procede ao encruamento a frio


do aço.
 Aumenta o limite elástico do material e reduz a
ductilidade.
Tratamentos dos aços para
concreto protendido
ALÍVIO DE TENSÕES

 Banho do aço em chumbo líquido, formando um


aço de relaxação normal (RN).
 Reduz as tensões residuais da trefilação
 Aquecimento a 400oC e resfriamento, evitando a
recristalização do material
 Aumenta o limite elástico e ductilidade tornando o
fio retilíneo
Tratamentos dos aços para
concreto protendido
ESTABILIZAÇÃO

 Alternativa em relação ao alívio de tensões. Tratamento


termo-mecânico
 Aço submetido a uma tensão de tracionamento de 45%
da carga de ruptura, juntamente com o aquecimento do
fio a 370oC.
 Aumenta o limite elástico e a resistência à tração
 Reduz a relaxação do aço de 1/3 a 1/5 das obtidas com o
tratamento de alívio de tensões, classificando-os como de
relaxação baixa (RB)
Tratamentos para redução da
relaxação

estabilizado

PERDA DE TENSÃO
aliviado
trefilado
aliviado
TENSÃO

estabilizado

DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA TEMPO


Perda de tensão por relaxação
NBR 7484 - Duração do ensaio: 1000 h

relaxação máxima para tensão inicial igual a


designação 70% 80%
do limite de resistência mínimo especificado
fio RN 5,0% 8,5%
fio RB 2,0% 3,0%
cordoalha RN 7,0% 12,0%
cordoalha RB 2,5% 3,5%

Importância: avaliar o desempenho do aço durante a vida útil da


estrutura e a necessidade de se efetuar a re-protensão
Aço para concreto protendido
Gráfico tensão x deformação

220

200
180
Carga (KN)

160

140
120

100

80

60

40

20

0,2 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Deformação %
Características do aço para
concreto protendido

Elemento Aço CA 50 Aço CP


%C 0,25 a 0,50 0,80 a 0,85
Composição
% Mn 0,50 a 1,20 0,45 a 0,90
Química
(% em peso) % Si 0,40 máx 0,15 a 0,35
%P 0,050 máx 0,020 máx
%S 0,050 máx 0,025 máx
Tensão mínima de ruptura do 550 1100
aço laminado (MPa)

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