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Raciocinio Lógico PF2021
Raciocinio Lógico PF2021
FEDERAL
RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Estruturas lógicas.
Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V) ou
falso (F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.
2. Lógica de argumentação:
A lógica é como pensamos sobre o que sabemos, ou pelo menos, achamos que sabemos.
A argumentação é como usamos nosso raciocínio para tentar convencer alguém sobre algo
que acreditamos estar correto. Esta argumentação para fazer sentido tem que estar
baseado em informações disponíveis e preferencialmente sobre dados corretos.
Com essa noção geral, vamos para os conceitos específicos, para que tudo fique mais claro
e preciso
2.1. analogias
Este raciocínio faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com
desconhecidos.
É uma premissa parcial que nos leva a uma outra premissa que nos deve dar informações
para que cheguemos a uma conclusão. Estas premissas têm que ser verdadeiras.
Exemplos:
2.2. inferências
É uma premissa parcial que nos leva a uma outra premissa que nos deve dar informações
para que cheguemos a uma conclusão. Estas premissas têm que ser verdadeiras.
Exemplos:
Premissas e conclusões
A conclusão de um argumento é a proposição encontrada ao final da análise das premissas,
que são as proposições iniciais. Voltemos ao nosso exemplo:
Se você teve alguma dúvida até aqui deixe um comentário para que possamos sanar suas
dificuldades.
Dedução
A dedução parte de uma certeza (uma premissa universal) para poder chegar a uma
conclusão, ou seja, ela vai do todo a uma parte. Ela parte de algo abrangente para
descobrir uma verdade particular. Ele tem mais segurança na conclusão porque usa
premissas já aceitas pelas pessoas.
Ex.:
Pedro é natural de Belo Horizonte
Belo Horizonte é uma cidade de Minas Gerais
Quem nasce em Minas Gerais é mineiro
Logo, Pedro é mineiro
Conclusão
É uma proposição que tem a resposta final da inferência que foi baseada nas premissas
dadas. Normalmente ela começa com as expressões logo, por isso, portanto….
Exemplo
I. x + y = 7.
Exemplo
I. Renato Oliveira é um excelente professor de Raciocínio Lógico.
II. Marcos Antonio possui 8 filhos.
III. 3 + 5 = 8.
Proposição simples
Exemplos
P: Marcelo é professor.
Q: Fabricio não é maluco.
R: Regina é escritora.
Proposição composta
3.2. Tabelas-verdade
Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico, para
verificar se uma proposição composta é válida.
Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são duas, então:
2² = 4
Temos então 4 linhas nessa tabela verdade.
Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valores lógicos
verdadeiro (V) e falso (F)
São 4 linhas, então 4/2 = 2 Ficará duas verdadeiras e duas falsas colocadas
simultaneamente
É o mesmo processo:
Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são três, então:
2³ = 8
Temos então 8 linhas nessa tabela verdade.
Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valores lógicos
verdadeiro (V) e falso (F).
São 8 linhas, então 8/2 = 4 Ficará quatro verdadeiras e quatro falsas colocadas
alternadamente.
Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 4/2 = 2 Ficará duas
verdadeiras e duas falsas colocadas alternadamente
3.3. Equivalências.
Estou me referindo à Equivalência Lógica. Ou seja, vamos aprender a identificar quando
duas proposições compostas são equivalentes uma à outra. Vamos lá! Dizemos que duas
proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente equivalentes) quando os
resultados de suas tabelas-verdade são idênticos.
~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)
~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)
Para entender melhor: negar que “Pedro é marinheiro ou Queila é artista” é igual a afirmar
que Pedro não é marinheiro e Queila não é artista”.
Em diversas circunstâncias ela vai facilitar a resolução de questões, pois ela acaba
mostrando rapidamente o valor de verdade de expressões aparentemente complexas.
Principalmente quando você estiver utilizando a Tabela de Verdade na prova do seu
concurso, as Leis de Morgan se mostraram muito importantes.
Esse tema é muito cobrado em questões que envolvem o termo “todo”, “algum” e “nenhum”.
Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de
elementos;
Inclusão
Todo, toda, todos, todas.
Interseção
Algum, alguns, alguma, algumas.
Ex: Todos brasileiros são bons motoristas
Disjunção Nenhum A é B.
Ex: Algum brasileiro não é bom motorista.
As sentenças atômicas da lógica de primeira ordem têm o formato P (t1,…, tn) (um predicado
com um ou mais "argumentos") ao invés de serem símbolos sentenciais sem estruturas.
Esse conceito é importante para a análise combinatória, área da Matemática que reúne os
métodos para resolução de problemas que envolvem a contagem e, por isso, é muito útil na
investigação de possibilidades para determinar a probabilidade de fenômenos.
Exemplo:
Tenho 4 calças e 3 camisetas. De quantas formas diferentes posso me vestir para ir ao
cinema?
Solução:
Probabilidade
Exemplo:
Considerando o lançamento de um dado de 6 faces numeradas de 1 a 6. Determine a
probabilidade de ocorrer um número primo.
Solução:
A motivação para o estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas
trazem para a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas
ferramentas gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações
entre dois ou mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos,
diferença de conjuntos e conjunto complementar.
União de conjuntos
A união entre dois ou mais conjuntos será um novo conjunto constituído por elementos que
pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos em questão. Formalmente o conjunto união é
dado por:
Sejam A e B dois conjuntos, a união entre eles é formada por elementos que pertencem ao
conjunto A ou ao conjunto B.
Em outras palavras, basta unir os elementos de A com os de B.
Exemplo:
a) Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11}:
A U B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}
b) A = {x | x é um número par natural} e B {y | y é um número ímpar natural}
A união de todos os pares naturais e todos os ímpares naturais resulta em todo o conjunto
dos números naturais, logo, temos que:
Intersecção de conjuntos
A intersecção entre dois ou mais conjuntos também será um novo conjunto formado por
elementos que pertencem, ao mesmo tempo, a todos os conjuntos envolvidos. Formalmente
temos:
Sejam A e B dois conjuntos, a intersecção entre eles é formada por elementos que
pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Desse modo, devemos considerar somente os
elementos que estão em ambos os conjuntos.
Exemplo
a) Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e C = {0, –1, –2, –3}
A ∩ B = {2, 4, 6}
A∩C={}
B ∩ C = {0}
O conjunto que não possui nenhum elemento é chamado de conjunto vazio e pode ser
representado de duas formas.
Diferença de conjuntos
A diferença entre dois conjuntos, A e B, é dada pelos elementos que pertencem a A e não
pertencem a B.
A – B = {5}
A – C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
C–A={}
Conjuntos complementares
Exemplo
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B ={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}.
O complementar de A em relação a B é:
7. Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais
Problemas aritméticos
PERÍMETRO
Perímetro é a medida do comprimento de um contorno de uma figura plana, ou seja, é a
soma das medidas de todos lados de uma figura ou objeto.
O cálculo do perímetro de qualquer figura geométrica plana é feito pela soma de seus lados.
ÁREA
Área é a medida equivale a medida de uma dimensão determinada, ou seja, serve para
calcular uma superfície plana.
TEOREMA DE PITÁGORAS
Em um triângulo retângulo, o lado maior, recebe o nome de Hipotenusa. Este lado sempre
estará oposto ao ângulo reto. Os outros dois lados, recebem o nome de Cateto.
Problemas matriciais
Matrizes, determinantes e sistemas lineares
Matrizes e Determinantes I
Matriz de ordem m x n : Para os nossos propósitos, podemos considerar uma matriz como
sendo uma tabela retangular de números reais (ou complexos) dispostos em m linhas e
ncolunas. Diz-se então que a matriz tem ordem m x n (lê-se: ordem m por n)
Exemplos:
A = ( 1 0 2 -4 5) ® Uma linha e cinco colunas ( matriz de ordem 1 por 5 ou 1 x 5)
Produto de matrizes
Para que exista o produto de duas matrizes A e B , o número de colunas de A , tem de ser
igual ao número de linhas de B.
Amxn x Bnxq = Cmxq
Observe que se a matriz A tem ordem m x n e a matriz B tem ordem n x q , a matriz produto
C tem ordem m x q .
Vamos mostrar o produto de matrizes com um exemplo:
Onde L1C1 é o produto escalar dos elementos da linha 1 da 1ª matriz pelos elementos da
coluna1 da segunda matriz, obtido da seguinte forma:
L1C1 = 3.2 + 1.7 = 13. Analogamente, teríamos para os outros elementos:
L1C2 = 3.0 + 1.5 = 5
L1C3 = 3.3 + 1.8 = 17
L2C1 = 2.2 + 0.7 = 4
L2C2 = 2.0 + 0.5 = 0
L2C3 = 2.3 + 0.8 = 6
L3C1 = 4.2 + 6.7 = 50
L3C2 = 4.0 + 6.5 = 30
L3C3 = 4.3 + 6.8 = 60, e, portanto, a matriz produto será igual a:
Observe que o produto de uma matriz de ordem 3×2 por outra 2×3, resultou na matriz
produto P
de ordem 3×3.
Nota: O produto de matrizes é uma operação não comutativa, ou seja: A x B ¹ B x A
DETERMINANTES
Entenderemos por determinante , como sendo um número ou uma função, associado a uma
matriz quadrada , calculado de acordo com regras específicas .
É importante observar , que só as matrizes quadradas possuem determinante .
Regra para o cálculo de um determinante de 2ª ordem
Dada a matriz quadrada de ordem 2 a seguir:
● O determinante de A será indicado por det(A) e calculado da seguinte forma :
● det (A) = ½ A½ = ad – bc
.2 3 5
.1 7 4
Matrizes e Determinantes II
1 – Definições:
1.1 – Chama-se Menor Complementar ( D ij ) de um elemento aij de uma matriz quadrada
A, ao determinante que se obtém eliminando-se a linha i e a coluna j da matriz.
Assim, dada a matriz quadrada de terceira ordem (3×3) A a seguir :
Podemos escrever:
D23 = menor complementar do elemento a23 = 9 da matriz A . Pela definição, D23 será
igual ao determinante que se obtém de A, eliminando-se a linha 2 e a coluna 3, ou seja:
Da mesma forma determinaríamos D11, D12, D13, D21, D22, D31, D32 e D33. Faça os
cálculos como exercício!
1.2 – Cofator de um elemento aij de uma matriz : cof ( aij ) = (-1 ) i+j . Dij .
Assim por exemplo, o cofator do elemento a23 = 9 da matriz do exemplo anterior, seria igual
a:
cof(a23) = (-1)2+3 . D23 = (-1)5 . 10 = – 10.
2 – Teorema de Laplace
● O determinante de uma matriz quadrada é igual à soma dos produtos dos elementos
de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
● Este teorema permite o cálculo do determinante de uma matriz de qualquer ordem.
Como já conhecemos as regras práticas para o cálculo dos determinantes de ordem
2 e de ordem 3, só recorremos à este teorema para o cálculo de determinantes de 4ª
ordem em diante. O uso desse teorema, possibilita abaixar a ordem do
determinante. Assim, para o cálculo de um determinante de 4ª ordem, a sua
aplicação resultará no cálculo de quatro determinantes de 3ª ordem. O cálculo de
determinantes de 5ª ordem, já justifica o uso de planilhas eletrônicas, a exemplo do
Excel for Windows, Lótus 1-2-3, entre outros.
● Para expandir um determinante pelo teorema de Laplace, é mais prático escolher a
fila (linha ou coluna) que contenha mais zeros, pois isto vai facilitar e reduzir o
número de cálculos necessários.
● Pierre Simon Laplace – (1749-1827) – Matemático e astrônomo francês.
3 – Cálculo da inversa de uma matriz.
a) A matriz inversa de uma matriz X , é a matriz X-1 , tal que X . X-1 = X-1 . X = In , onde In
é a matriz identidade de ordem n.
b) Matriz dos cofatores da matriz A: é a matriz obtida substituindo-se cada elemento pelo
seu respectivo cofator.
Símbolo: cof A .
c) Fórmula para o cálculo da inversa de uma matriz: