You are on page 1of 22

POLICIA

FEDERAL

RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Estruturas lógicas.

Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V) ou
falso (F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.

2. Lógica de argumentação:

A Lógica de Argumentação pode ser entendida como o estudo criterioso da correção de um


raciocínio.

A Lógica de Argumentação analisa a validade dos raciocínios e das inferências.

A lógica é como pensamos sobre o que sabemos, ou pelo menos, achamos que sabemos.

A argumentação é como usamos nosso raciocínio para tentar convencer alguém sobre algo
que acreditamos estar correto. Esta argumentação para fazer sentido tem que estar
baseado em informações disponíveis e preferencialmente sobre dados corretos.

A lógica de Argumentação é a proposição (premissas) do raciocínio lógico, ou seja, é


baseada no que pode ser verdadeiro ou falso. Estas premissas têm uma explicação lógica
para que possamos concluir algo.

Por exemplo, considere as seguintes informações:

Todo padre é homem. José é padre. Logo, José é homem.

A partir de duas “informações” (Todo padre é homem/José é padre) chegamos à conclusão


de que José é homem.

A Lógica de Argumentação verifica justamente se raciocínios assim são válidos.

Com essa noção geral, vamos para os conceitos específicos, para que tudo fique mais claro
e preciso

2.1. analogias
Este raciocínio faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com
desconhecidos.

Ela defende que existe alguma semelhança entre as proposições.

É uma premissa parcial que nos leva a uma outra premissa que nos deve dar informações
para que cheguemos a uma conclusão. Estas premissas têm que ser verdadeiras.

Exemplos:

Todos os animais são irracionais


Todas os coelhos são animais
Conclusão: todas os coelhos são irracionais

2.2. inferências

Este raciocínio faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com


desconhecidos.

Ela defende que existe alguma semelhança entre as proposições.

É uma premissa parcial que nos leva a uma outra premissa que nos deve dar informações
para que cheguemos a uma conclusão. Estas premissas têm que ser verdadeiras.

Exemplos:

Todos os animais são irracionais


Todas os coelhos são animais
Conclusão: todas os coelhos são irracionais

2.3. deduções e conclusões.

Premissas e conclusões
A conclusão de um argumento é a proposição encontrada ao final da análise das premissas,
que são as proposições iniciais. Voltemos ao nosso exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem.


PREMISSA 2: José é padre.
CONCLUSÃO: José é homem.
Veja mais um exemplo para você fixar melhor o que são as premissas e as conclusões:

PREMISSA 1: Nenhum boi bebe vinho.


PREMISSA 2: Russo é um boi.
CONCLUSÃO: Russo não bebe vinho.
Compreendeu?

Se você teve alguma dúvida até aqui deixe um comentário para que possamos sanar suas
dificuldades.

Dedução

A dedução parte de uma certeza (uma premissa universal) para poder chegar a uma
conclusão, ou seja, ela vai do todo a uma parte. Ela parte de algo abrangente para
descobrir uma verdade particular. Ele tem mais segurança na conclusão porque usa
premissas já aceitas pelas pessoas.

Ex.:
Pedro é natural de Belo Horizonte
Belo Horizonte é uma cidade de Minas Gerais
Quem nasce em Minas Gerais é mineiro
Logo, Pedro é mineiro

Conclusão
É uma proposição que tem a resposta final da inferência que foi baseada nas premissas
dadas. Normalmente ela começa com as expressões logo, por isso, portanto….

3. Lógica sentencial (ou proposicional).

Sentenças abertas e fechadas

Sentenças abertas: são sentenças que possuem uma indeterminação, ou seja,


não temos como julgar se ela é verdadeira ou falsa.

Exemplo

I. x + y = 7.

II. Ele é um excelente advogado.

Sentenças fechadas: são aquelas que não possuem indeterminação, ou seja,


temos como julgar se ela é verdadeira ou falsa.

Exemplo
I. Renato Oliveira é um excelente professor de Raciocínio Lógico.
II. Marcos Antonio possui 8 filhos.
III. 3 + 5 = 8.

3.1. Proposições simples e compostas


É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, de sentido completo, a qual se
pode atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos possíveis:
verdadeiro ou falso.
Exemplos
P: Caio é médico.
Q: Renato não é pintor.
R: Fabrício nasceu em 1874.

Proposição simples

É uma frase declarativa, afirmativa ou negativa, constituída basicamente por


um sujeito e um predicado.

Exemplos
P: Marcelo é professor.
Q: Fabricio não é maluco.
R: Regina é escritora.

Proposição composta

É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, formada pela ligação de duas


ou mais proposições simples através dos operadores lógicos.
Exemplo
Regina é escritora e Caio é médico.

3.2. Tabelas-verdade

Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico, para
verificar se uma proposição composta é válida.

Vamos agora aprender como se constrói uma tabela verdade.


Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o algarismo 2 e elevá-
lo ao número de proposições simples.

Ex.: Duas proposições simples: 2² = 4


Três proposições simples : 2³ = 8

Vamos construir as duas:


Tabela verdade com duas proposições

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são duas, então:
2² = 4
Temos então 4 linhas nessa tabela verdade.
Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valores lógicos
verdadeiro (V) e falso (F)
São 4 linhas, então 4/2 = 2 Ficará duas verdadeiras e duas falsas colocadas
simultaneamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 2/2 = 1


Ficará uma verdadeira e uma falsa colocadas alternadamente

Tabela verdade com três proposições

É o mesmo processo:
Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são três, então:
2³ = 8
Temos então 8 linhas nessa tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valores lógicos
verdadeiro (V) e falso (F).

São 8 linhas, então 8/2 = 4 Ficará quatro verdadeiras e quatro falsas colocadas
alternadamente.

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 4/2 = 2 Ficará duas
verdadeiras e duas falsas colocadas alternadamente

Na terceira coluna é só dividir o resultado da segunda por dois 2/2 = 1


Ficará uma verdadeira e uma falsa colocada alternadamente.

3.3. Equivalências.
Estou me referindo à Equivalência Lógica. Ou seja, vamos aprender a identificar quando
duas proposições compostas são equivalentes uma à outra. Vamos lá! Dizemos que duas
proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente equivalentes) quando os
resultados de suas tabelas-verdade são idênticos.

3.4. Leis de Morgan

Primeira Lei de Morgan


Em linguagem simples podemos dizer o seguinte: negar duas proposições ligadas com “e” –
ou seja, uma conjunção – é o mesmo que negar duas proposições e ligá-las com “ou” (ou
seja, transformá-las em uma disjunção)
.
Considere que “p” e “q” são duas proposições. O que acabei de afirmar pode ser escrito da
seguinte forma, simbolicamente:

~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)

Para ficar mais claro:

Não (p e q) é igual a (não p) ou (não q).

Vamos a exemplos práticos:

Sendo “p” igual a “Pedro é marinheiro”.


Sendo “q” igual a “Queila é artista”.
Então, podemos ter como exemplo da primeira Lei de Morgan o seguinte:
Não (Pedro é marinheiro e Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro ou
Queila não é artista).
Finalmente, sendo ainda mais claro: negar que “Pedro é marinheiro e Queila é artista” é o
mesmo que afirmar que “Ou Pedro não é marinheiro ou Queila não é artista”.

Deu pra entender?

Segunda Lei de Morgan


Agora vamos à Segunda Lei. Em português claro ela diz que negar duas proposições
ligadas por “ou” é o mesmo que negar as duas proposições e juntá-las com “e”.

Novamente considerando “p” e “q” duas proposições, temos a seguinte representação


simbólica:

~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)

Para ficar mais claro


:
Não (p ou q) é igual a (não p) e (não q).
Tomando as mesmas proposições da Primeira Lei como exemplo, temos o seguinte:
Não (Pedro é marinheiro ou Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro e
Queila não é artista).

Para entender melhor: negar que “Pedro é marinheiro ou Queila é artista” é igual a afirmar
que Pedro não é marinheiro e Queila não é artista”.

Como aplicar a Lei de Morgan

Considerando dos conjuntos pertencentes a um universo U, tem-se:

1.º) O complementar da união é igual à intersecção dos complementares:

2.º) O complementar da intersecção é igual à união dos complementares:

Alguns entenderão que as Leis de Morgan atrapalham seu caminho no estudo de


Raciocínio Lógico. Mas isso não é verdade.

Em diversas circunstâncias ela vai facilitar a resolução de questões, pois ela acaba
mostrando rapidamente o valor de verdade de expressões aparentemente complexas.
Principalmente quando você estiver utilizando a Tabela de Verdade na prova do seu
concurso, as Leis de Morgan se mostraram muito importantes.

Nesse caso, lembre-se sempre dessas expressões:

PRIMEIRA LEI DE MORGAN: ~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)


SEGUNDA LEI DE MORGAN: ~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)

3.5. Diagramas lógicos

Os diagramas são utilizados como uma representação gráfica de proposições relacionadas


a uma questão de raciocínio lógico.

Esse tema é muito cobrado em questões que envolvem o termo “todo”, “algum” e “nenhum”.

Conjunto: Um conjunto constitui-se em um número de objetos ou números com


características semelhantes. Podem ser classificados assim:
Conjunto finito: possui uma quantidade determinada de elementos;

Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de
elementos;

Conjunto unitário: apenas um elemento;

Conjunto Vazio: sem elemento no conjunto;

Conjunto Universo: esse caso tem todos os elementos de uma situação.

Esses elementos podem ser demonstrados da seguinte forma:


Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}
Diagrama de Venn: Os elementos são inseridos em uma figura fechada e aparecem apenas
uma vez.

Todo A é B: Nesse caso o conjunto A é um subconjunto do B, sendo que A está contido em


B.

Nenhum A é B: Nesse caso os dois conjuntos não têm elementos comuns.

Algum A é B: Esse diagrama representa a situação em que pelo menos um elemento de A é


comum ao elemento de B.

Inclusão
Todo, toda, todos, todas.

Interseção
Algum, alguns, alguma, algumas.
Ex: Todos brasileiros são bons motoristas

Negação lógica: Algum brasileiro não é bom motorista.

Disjunção Nenhum A é B.
Ex: Algum brasileiro não é bom motorista.

Negação lógica: Nenhum brasileiro é bom motorista.

4. Lógica de primeira ordem

A lógica de primeira ordem, conhecida também como cálculo de predicados de primeira


ordem, é um sistema lógico que estende a lógica proposicional (lógica sentencial) e que é
estendida pela lógica de segunda ordem.

As sentenças atômicas da lógica de primeira ordem têm o formato P (t1,…, tn) (um predicado
com um ou mais "argumentos") ao invés de serem símbolos sentenciais sem estruturas.

5. Princípios de contagem e probabilidade

O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, é


utilizado para encontrar o número de possibilidades para um evento constituído de n etapas.

Para isso, as etapas devem ser sucessivas e independentes.

Se a primeira etapa do evento possui x possibilidades e a segunda etapa é constituída de y


possibilidades, então existem x . y possibilidades.

Portanto, o princípio fundamental da contagem é a multiplicação das opções dadas para


determinar o total de possibilidades.

Esse conceito é importante para a análise combinatória, área da Matemática que reúne os
métodos para resolução de problemas que envolvem a contagem e, por isso, é muito útil na
investigação de possibilidades para determinar a probabilidade de fenômenos.

A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos


aleatórios e através dela é possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na
ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser
determinados antecipadamente.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor
que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua
ocorrência.
*****
Princípio Multiplicativo — (Princípio Fundamental da Contagem)
Se um evento A ocorrer de (n) formas diferentes e para cada evento de A ocorrer um evento
B de (m) formas diferentes, podemos concluir que o número de maneiras diferentes que os
eventos A e B podem ocorrer é dado pelo produto entre n e m, ou seja, n.m.

Exemplo:
Tenho 4 calças e 3 camisetas. De quantas formas diferentes posso me vestir para ir ao
cinema?

Solução:

Tenho 4 possibilidades para calças e 3 possibilidades para camisetas, também podemos


dizer que para cada possibilidade de calça terei 3 possibilidades de camisetas. Assim,
podemos concluir que o total de possibilidades de me vestir para ir ao cinema e 4. 3 = 12
possibilidades.

Probabilidade

A palavra probabilidade deriva do Latim probare (provar ou testar). Para calcularmos a


probabilidade de um evento ocorrer, devemos efetuar a divisão o número de possibilidades
favoráveis e o número de elementos do espaço amostral, que é o número total de
possibilidades do evento.

Exemplo:
Considerando o lançamento de um dado de 6 faces numeradas de 1 a 6. Determine a
probabilidade de ocorrer um número primo.
Solução:

O número de elementos do espaço amostral é 6 — {1, 2, 3, 4, 5, 6} e o número de


elementos do meu evento favorável é 3 — {2, 3, 5}. Para calcular a probabilidade de ocorrer
um número primo, iremos efetuar a divisão entre o número de elementos do evento
favorável e o número de elementos do espaço amostral. Observe os cálculos.

Geralmente representamos o resultado de um probabilidade em porcentagem, sendo assim,


existe a necessidade de multiplicar por 100 o resultado obtido — (número decimal) após os
cálculos.

6. Operações com conjuntos

A motivação para o estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas
trazem para a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas
ferramentas gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações
entre dois ou mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos,
diferença de conjuntos e conjunto complementar.

União de conjuntos

A união entre dois ou mais conjuntos será um novo conjunto constituído por elementos que
pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos em questão. Formalmente o conjunto união é
dado por:

Sejam A e B dois conjuntos, a união entre eles é formada por elementos que pertencem ao
conjunto A ou ao conjunto B.
Em outras palavras, basta unir os elementos de A com os de B.

Exemplo:
a) Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11}:
A U B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}
b) A = {x | x é um número par natural} e B {y | y é um número ímpar natural}
A união de todos os pares naturais e todos os ímpares naturais resulta em todo o conjunto
dos números naturais, logo, temos que:

Intersecção de conjuntos

A intersecção entre dois ou mais conjuntos também será um novo conjunto formado por
elementos que pertencem, ao mesmo tempo, a todos os conjuntos envolvidos. Formalmente
temos:

Sejam A e B dois conjuntos, a intersecção entre eles é formada por elementos que
pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Desse modo, devemos considerar somente os
elementos que estão em ambos os conjuntos.

Exemplo
a) Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e C = {0, –1, –2, –3}
A ∩ B = {2, 4, 6}
A∩C={}
B ∩ C = {0}

O conjunto que não possui nenhum elemento é chamado de conjunto vazio e pode ser
representado de duas formas.

Diferença de conjuntos

A diferença entre dois conjuntos, A e B, é dada pelos elementos que pertencem a A e não
pertencem a B.

No diagrama de Venn-Euler, a diferença entre os conjuntos A e B é:


Exemplo
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 6, 7} e C = { }. Vamos
determinar as seguintes diferenças.

A – B = {5}
A – C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
C–A={}

Observe que, no conjunto A – B, tomamos inicialmente o conjunto A e “tiramos” os


elementos do conjunto B. No conjunto A – C, tomamos o A e “tiramos” o vazio, ou seja,
nenhum elemento. Por último, em C – A, tomamos o conjunto vazio e “tiramos” os
elementos de A, que, por sua vez, já não estavam lá.

Conjuntos complementares

Considera-se os conjuntos A e B, em que o conjunto A está contido no conjunto B, isto é,


todo elemento de A também é elemento de B. A diferença entre os conjuntos, B – A, é
chamada de complementar de A em relação a B. Em outras palavras, o complementar é
formado por todo elemento que não pertence ao conjunto A em relação ao conjunto B, em
que ele está contido.

Exemplo
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B ={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}.
O complementar de A em relação a B é:
7. Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais
Problemas aritméticos

Para resolver problemas aritméticos de raciocínio lógico é necessário o conhecimento de


aritmética, ou seja, operações com números, ou seja, operações de adição, subtração,
multiplicação, divisão, frações, múltiplos e divisores e números pares e ímpares.
Problemas geométricos
Polígonos: São as figuras geométricas figuras planas fechadas.
3 lados: Triângulo
4 lados: Quadrilátero
5 lados: Pentágono
6 lados: Hexágono
7 lados: Heptágono
8 lados: Octágono
9 lados: Eneágono
10 lados: Decágono
11 lados: Undecágono
12 lados: Dodecágono
15 lados: Pentadecágono
20 lados: Icoságono
As figuras (formas) mais comuns são:
Triângulo
Quadrado
Retângulo
Paralelogramo
Losango
Trapézio
Círculo

PERÍMETRO
Perímetro é a medida do comprimento de um contorno de uma figura plana, ou seja, é a
soma das medidas de todos lados de uma figura ou objeto.
O cálculo do perímetro de qualquer figura geométrica plana é feito pela soma de seus lados.

ÁREA
Área é a medida equivale a medida de uma dimensão determinada, ou seja, serve para
calcular uma superfície plana.

Veja abaixo as fórmulas de cada figura geométrica plana:


VOLUME

Segundo o Sistema Internacional de medidas (SI) a unidade padrão de volume é o metro


cúbico (m3). 1 m3 equivale a 1.000 litros.
Cada unidade de medida tem equivalência de 1000 vezes multiplicando (unidade maior
para uma menor) ou dividindo (unidade menor para uma maior)
Ângulos
É a medida de abertura entre duas semirretas com um ponto em comum chamado de
origem.

Classificação dos ângulos quanto à sua medida:


Classificação de ângulos quanto à sua relação com outros ângulos

TEOREMA DE PITÁGORAS
Em um triângulo retângulo, o lado maior, recebe o nome de Hipotenusa. Este lado sempre
estará oposto ao ângulo reto. Os outros dois lados, recebem o nome de Cateto.
Problemas matriciais
Matrizes, determinantes e sistemas lineares

Matrizes e Determinantes I
Matriz de ordem m x n : Para os nossos propósitos, podemos considerar uma matriz como
sendo uma tabela retangular de números reais (ou complexos) dispostos em m linhas e
ncolunas. Diz-se então que a matriz tem ordem m x n (lê-se: ordem m por n)
Exemplos:
A = ( 1 0 2 -4 5) ® Uma linha e cinco colunas ( matriz de ordem 1 por 5 ou 1 x 5)

B é uma matriz de quatro linhas e uma coluna, portanto de ordem 4 x 1.


Notas:
1) se m = n , então dizemos que a matriz é quadrada de ordem n.
Exemplo:

A matriz X é uma matriz quadrada de ordem 3×3 , dita simplesmente de ordem 3 .


2) Uma matriz A de ordem m x n , pode ser indicada como A = (aij )mxn , onde aij é um
elemento da linha i e coluna j da matriz.
Assim , por exemplo , na matriz X do exemplo anterior , temos a23 = 2 , a31 = 4 , a33 = 3 ,
a3,2 = 5 , etc.
3) Matriz Identidade de ordem n : In = ( aij )n x n onde aij = 1 se i = j e aij = 0 se i ¹ j .
Assim a matriz identidade de 2ª ordem ou seja de ordem 2×2 ou simplesmente de ordem 2
é:
A matriz identidade de 3ª ordem ou seja de ordem 3×3 ou simplesmente de ordem 3 é:

4) Transposta de um matriz A : é a matriz At obtida de A permutando-se as linhas pelas


colunas e vice-versa.

Produto de matrizes
Para que exista o produto de duas matrizes A e B , o número de colunas de A , tem de ser
igual ao número de linhas de B.
Amxn x Bnxq = Cmxq
Observe que se a matriz A tem ordem m x n e a matriz B tem ordem n x q , a matriz produto
C tem ordem m x q .
Vamos mostrar o produto de matrizes com um exemplo:

Onde L1C1 é o produto escalar dos elementos da linha 1 da 1ª matriz pelos elementos da
coluna1 da segunda matriz, obtido da seguinte forma:
L1C1 = 3.2 + 1.7 = 13. Analogamente, teríamos para os outros elementos:
L1C2 = 3.0 + 1.5 = 5
L1C3 = 3.3 + 1.8 = 17
L2C1 = 2.2 + 0.7 = 4
L2C2 = 2.0 + 0.5 = 0
L2C3 = 2.3 + 0.8 = 6
L3C1 = 4.2 + 6.7 = 50
L3C2 = 4.0 + 6.5 = 30
L3C3 = 4.3 + 6.8 = 60, e, portanto, a matriz produto será igual a:

Observe que o produto de uma matriz de ordem 3×2 por outra 2×3, resultou na matriz
produto P
de ordem 3×3.
Nota: O produto de matrizes é uma operação não comutativa, ou seja: A x B ¹ B x A

DETERMINANTES
Entenderemos por determinante , como sendo um número ou uma função, associado a uma
matriz quadrada , calculado de acordo com regras específicas .
É importante observar , que só as matrizes quadradas possuem determinante .
Regra para o cálculo de um determinante de 2ª ordem
Dada a matriz quadrada de ordem 2 a seguir:
● O determinante de A será indicado por det(A) e calculado da seguinte forma :
● det (A) = ½ A½ = ad – bc

Regra para o cálculo de um determinante de 3ª ordem ( Regra de SARRUS).


SARRUS (pronuncia-se Sarrí), cujo nome completo é Pierre Frederic SARRUS (1798 –
1861), foi professor na universidade francesa de Strasbourg. A regra de SARRUS, foi
provavelmente escrita no ano de 1833.
Nota: São escassas, e eu diria, inexistentes, as informações sobre o Prof. SARRUS nos
livros de Matemática do segundo grau, que apresentam (ou mais simplesmente apenas
citam) o nome do professor, na forma REGRA DE SARRUS, para o cálculo dos
determinantes de terceira ordem. Graças ao Prof. José Porto da Silveira – da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, pudemos disponibilizar a valiosa informação acima! O Prof.
SARRUS, foi premiado pela Academia Francesa de Ciências, pela autoria de um trabalho
que versava sobre as integrais múltiplas, assunto que vocês estudarão na disciplina Cálculo
III, quando chegarem à Universidade.
Para o cálculo de um determinante de 3ª ordem pela Regra de Sarrus, proceda da seguinte
maneira:
1 – Reescreva abaixo da 3ª linha do determinante, a 1ª e 2ª linhas do determinante.
2 – Efetue os produtos em “diagonal” , atribuindo sinais negativos para os resultados à
esquerda e sinal positivo para os resultados à direita.
3 – Efetue a soma algébrica. O resultado encontrado será o determinante associado à
matriz dada.
Exemplo:

.2 3 5

.1 7 4

Portanto, o determinante procurado é o número real negativo .– 77.


Principais propriedades dos determinantes
P1) somente as matrizes quadradas possuem determinantes.
P2) o determinante de uma matriz e de sua transposta são iguais: det(A) = det( At ).
P3) o determinante que tem todos os elementos de uma fila iguais a zero , é nulo.
Obs: Chama-se FILA de um determinante, qualquer LINHA ou COLUNA.
P4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de um determinante, ele muda de sinal.
P5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais ou proporcionais, é nulo.
P6) multiplicando-se (ou dividindo-se) os elementos de uma fila por um número, o
determinante fica multiplicado (ou dividido) por esse número.
P7) um determinante não se altera quando se substitui uma fila pela soma desta com uma
fila paralela, multiplicada por um número real qualquer.
P8) determinante da matriz inversa : det( A-1) = 1/det(A) .
Se A-1 é a matriz inversa de A , então A . A-1 = A-1 . A = In , onde In é a matriz identidade
de ordem n . Nestas condições , podemos afirmar que det(A.A-1) = det(In) e portanto igual a
1.
Logo , podemos também escrever det(A) . det(A-1) = 1 ;
logo , concluímos que: det(A-1) = 1 / det(A).
Notas:
1) se det(A) = 0 , não existe a matriz inversa A-1. Dizemos então que a matriz A é
SINGULAR ou NÃO INVERSÍVEL .
2) se det A ¹ 0 , então a matriz inversa A-1 existe e é única . Dizemos então que a matriz A
é INVERSÍVEL .
P9) Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal principal de uma matriz
quadrada de ordem n , forem nulos (matriz triangular), o determinante é igual ao produto
dos elementos da diagonal principal.
P10) Se A é matriz quadrada de ordem n e k Î R então det(k.A) = kn . det A
Matrizes e Determinantes II

Matrizes e Determinantes II

1 – Definições:
1.1 – Chama-se Menor Complementar ( D ij ) de um elemento aij de uma matriz quadrada
A, ao determinante que se obtém eliminando-se a linha i e a coluna j da matriz.
Assim, dada a matriz quadrada de terceira ordem (3×3) A a seguir :

Podemos escrever:
D23 = menor complementar do elemento a23 = 9 da matriz A . Pela definição, D23 será
igual ao determinante que se obtém de A, eliminando-se a linha 2 e a coluna 3, ou seja:

Da mesma forma determinaríamos D11, D12, D13, D21, D22, D31, D32 e D33. Faça os
cálculos como exercício!
1.2 – Cofator de um elemento aij de uma matriz : cof ( aij ) = (-1 ) i+j . Dij .
Assim por exemplo, o cofator do elemento a23 = 9 da matriz do exemplo anterior, seria igual
a:
cof(a23) = (-1)2+3 . D23 = (-1)5 . 10 = – 10.
2 – Teorema de Laplace
● O determinante de uma matriz quadrada é igual à soma dos produtos dos elementos
de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
● Este teorema permite o cálculo do determinante de uma matriz de qualquer ordem.
Como já conhecemos as regras práticas para o cálculo dos determinantes de ordem
2 e de ordem 3, só recorremos à este teorema para o cálculo de determinantes de 4ª
ordem em diante. O uso desse teorema, possibilita abaixar a ordem do
determinante. Assim, para o cálculo de um determinante de 4ª ordem, a sua
aplicação resultará no cálculo de quatro determinantes de 3ª ordem. O cálculo de
determinantes de 5ª ordem, já justifica o uso de planilhas eletrônicas, a exemplo do
Excel for Windows, Lótus 1-2-3, entre outros.
● Para expandir um determinante pelo teorema de Laplace, é mais prático escolher a
fila (linha ou coluna) que contenha mais zeros, pois isto vai facilitar e reduzir o
número de cálculos necessários.
● Pierre Simon Laplace – (1749-1827) – Matemático e astrônomo francês.
3 – Cálculo da inversa de uma matriz.
a) A matriz inversa de uma matriz X , é a matriz X-1 , tal que X . X-1 = X-1 . X = In , onde In
é a matriz identidade de ordem n.
b) Matriz dos cofatores da matriz A: é a matriz obtida substituindo-se cada elemento pelo
seu respectivo cofator.
Símbolo: cof A .
c) Fórmula para o cálculo da inversa de uma matriz:

Onde: A-1 = matriz inversa de A;


det A = determinante da matriz A;
(cof A)T = matriz transposta da matriz dos cofatores de A .

You might also like