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Joana Gomes

APONTAMENTOS AULAS

RETÓRICA E ARGUMENTAÇÃO – 2º. ANO, 1º. SEMESTRE

 Datas importantes:

Objetivos de aprendizagem:

 Definir o que é a retórica, os seus atributos e características;


 Conhecer a história da retórica e a sua evolução desde a Grécia clássica à
(pós)modernidade tecnológica;
 Compreender o sistema retorico e as suas formas argumentativas;
 Dominar os principais conceitos da retórica atual e aplicá-los em várias
áreas: contexto mediático, visual, publicitário e digital;
 Realizar análises retóricas de comunicações escritas ou faladas

AVALIAÇÃO

 Trabalho em grupo 30% | apresentação: 5 dezembro; entrega 12 de dezembro

- Aplicar conhecimentos e método de analise retórica que aprenderemos ao longo do


semestre à análise do discurso de uma personalidade

1. Autor (quem é, e que valores, tradições – filosóficas, religiosas, académicas, etc;


descrever o percurso pessoal e profissional do autor, como o orador adapta-se ao seu
auditório/audiência)

2. Contexto do discurso: motivação, objetivos, ocasião e constrangimentos

- Qual a causa ou motivação (acontecimento, ideologia, incidente, valor, ideal) que


origina o discurso; identificar e descrever a ocasião em que o discurso foi proferido

- Objetivo com que o orados discursa: separe aquilo que despoleta a argumentação
daquilo que a argumentação pretende realizar

3. Auditório/audiência

- Para quem é dirigido o discurso retórico?

- Quem é o auditório e quem a audiência?

- Para quem este discurso foi especialmente concebido e que elementos contém

- Refletir sobre a audiência do discurso no contexto da Retórica Mediatizada e da


Retórica Digital

4. Discurso

É, propriamente, o objeto da análise. É aqui que se concentram todas as atenções de


forma a descobrir as estratégias persuasivas utilizadas (incluindo a escolha lexical, uso
de figuras de estilo, construções frásicas)
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Analisar a qualidade do discurso, tendo como base os cânones retóricos?

 Invenção
 Disposição
 Elocução
 Memória
 Ação

Conclusão: concluir o trabalho com uma síntese dos conceitos e ideias explorados
anteriormente, refletindo sobre as estratégias de persuasão do discurso

 Teste individual 50% | 16 de janeiro


 Atividades e participação: 20%

O QUE É A RETÓRICA?

A retorica é a disciplina que estuda o modo como comunicamos persuasivamente


com os outros.

 Persuasão: a persuasão pode ser definida como “o processo simbólico no qual


os comunicadores procuram convencer outras pessoas a alterar as suas atitudes
ou comportamentos em relação a um assunto através da transmissão de uma
mensagem, num ambiente de liberdade” (Perloff, 2003:8).
 Comunicação: fenómeno relacional com dois polos, emissor e recetor, seja na
comunicação interpessoal ou mediatizada.
 A retórica desempenha um papel central na comunicação.

Em outras palavras, transmitir aos outros de forma estruturada e convincente o que


pensamos é real.

RETÓRICA:

 Disciplina que estuda o modo como comunicamos persuasivamente com os


outros
 Atividade persuasiva que procura influenciar e moldar a forma como alguém
perspetiva ou age sobre determinado assunto
 Técnica e prática que nos ensina a tornar aquilo que dizemos mais decisivo e
categórico

Persuasão: “o processo simbólico no qual os comunicadores procuram convencer outras


pessoas a alterar as suas atitudes ou comportamento em relação a um assunto através da
transmissão de uma mensagem, num ambiente de liberdade” (Perloff in Mateus,
2018:15).

A persuasão retorica pode manifestar-se sobre:


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 A forma ativa (quando, por exemplo, deliberadamente convencemos o nosso


superior hierárquico a aumentar o salário);
 Sob forma passiva (aliciamento do espectador por parte da publicidade através
de um anuncio esteticamente cativante);
 Ou pode destinar-se a fins específicos;
 Ou fins genéricos e mais abstratos;

A persuasão forma, assim, uma espécie de cimento que agrega diferentes pessoas a
propósitos comuns e que por isso facilita a ação coletiva (Keith and Lundberg, 2008:5).

RETÓRICA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA E RETÓRICA CONTEMPORÂNEA

A capacidade de retórica e argumentação aumentou, significativamente, com as redes


sociais.

Quais são as diferenças?

 Os meios de comunicação de massa (a imprensa, a radio, a televisão, a internet)


colocaram aos oradores novos desafios para chegarem às suas audiências, sendo
o mais importante deles, terem de ser convincentes, não em situações de
interação face-a-face, mas em contextos de quasi-interação mediatizada
(Thompson, 1995).
 O número de mensagens persuasivas é atualmente exponencial e são muito mais
rápidas do que na antiguidade
 A persuasão como uma profissão (profissões da comunicação: publicitários,
profissionais de RP)

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS?

O processo persuasivo nunca se mostrou tão complexo e simultaneamente tão subtil, o


que motiva o crescimento das investigações em torno da Retórica Mediatizada.

 Persuasão como profissão: publicitários, profissionais de relações-públicas,


marketeers, influenciadores digitais;
 Retórica é essencial para a vida política e cultural das sociedades, educação dos
jovens, vida cívica;
 Retórica: diálogo e compromisso entre as partes, eloquência, razão, raciocínio e
argumentação.

 O que não mudou? A retorica continua uma função essencial na vida política e
cultural das sociedades, na educação dos jovens e na vida cívica e geral dos
cidadãos.

“Pelo discurso, o homem não se torna melhor, ele ganha apenas maiores possibilidades”
(Thomas Hobbes in Mateus, 2015:13).
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“O discurso é criador do mundo das possibilidades humanas” (Bitzer in Mateus,


2015:18).

Estreita ligação entre a democracias e a retórica

“Persuadir é levar os sujeitos – capazes de livremente as rejeitarem – a voluntariamente


aderirem ou afiliarem-se nas ideias que lhe são propostas. É requerer o assentimento
para transformar o modo de pensar sobre determinado assunto” (Mateus, 2015:18).

Definição de retorica:

A retórica é a arte de bem falar e de demonstrar loquacidade e expressividade diante de


um auditório com o objetivo de ganhar para a sua causa. Nota-se uma ênfase na
oralidade e implica-se um caracter argumentativo na medida em que a adesão se baseia
na apresentação discursiva e racional de teses devidamente justificadas perante uma
situação de indefinição.

Quintiliano.

A capacidade de descobrir o que é adequado a cada caso com o fim de persuadir.


Aristóteles

A retorica expressa de forma clara, ornamentada (sempre que necessário) e integral –


mas também persuasiva – as verdades que o pensamento descobriu cuidadosamente. A
eloquência é, assim, uma qualidade ao serviço da retórica enquanto método de buscar o
conhecimento e a verdade.

Santo Agostinho

A eloquência:

 A eloquência é uma qualidade ao serviço da retorica enquanto método de buscar


o conhecimento e a verdade;
 O grande orador seria aquele capaz de adquirir o vasto conhecimento dos
assuntos humanos já que sem dominar

O problema de aceitarmos sem critica que a Retórica é a arte de bem falar é que isso
pode potencialmente levar-nos a separar uma arte da persuasão, de uma arte de
agradar e, consequentemente, levar-nos a fazer coincidir a Retórica com a mera
adulação, corrupção ou manipulação.

Por discurso não entendemos apenas a realização concreta irrepetível da linguagem


verbal – escrita ou oral.

O exercício retorico de persuasão decorre por intermedio dos mais variados


discursos e as formas simbólicas.

“É proibido usar o telemóvel” =informação


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Mostrar um pequeno excerto de um filme insinuando ou apelando visualmente a que


se desliguem os telemóveis, como no cinema, isso pode ser um exercício retórico, na
medida em que, procura persuadir os espectadores a modificar o
comportamento=retórica.

Polarização e comunicação

O interesse e valor da retorica: o interesse e o valor da retorica consiste na sua


capacidade em lidar com a dimensão conflitual e agonística da vida social
articulando o nosso pensar, mas também o nosso sentir e o nosso agir.

Para Burke (1969:43), o conceito central da Retórica é a identificação: da tese, do


orador

Porquê estudar Retórica?

 Faz parte do currículo de muitas Universidades;


 Investigadores de todas as nacionalidades
 A Retórica pode melhorar as suas relações sociais a nível pessoal e profissional:
pessoas capazes de defenderem as suas ideias de modo categórico, de
argumentarem perante as objeções ou as dificuldades, e capazes de se adaptar a
todos os tipos de cliente, desde o mais recetivo ao mais hostil.
 “Introdução à Retórica no século XXI, Mateus Samuel (2018).

Com base na discussão em sala de aula, gostaria que escrevessem um pequeno texto
com a definição do conceito de retorica e a sua importância para:

 Democracia;
 Política;
 Vida em sociedade (dia-dia)

AULA Nº. 2 E 3 (24.10)

Livro: página 33-46

 Retórica: prática racional, para alem do estilo literário e da verbosidade pública


 Método para conduzir a persuasão e suscitar resposta do auditório
 Polémica ao longo da história da retórica: natureza da adesão do auditório
 Críticas de Platão: palavras belas, estilo afetado, discursos interferem com o
caracter racional da atividade persuasiva, diabolizavam as palavras
 Górgias
 Reabilitação da retórica no século XX: renascer das democracias ocidentais,
reabilitação e renovação (nova retórica)
A boa e a má retórica
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Com o ressurgimento da Retórica vem também a questão acerca da sua natureza


racional
A boa retórica:
 Transparente: argumentos para problematizar, questionar e atingir um desfecho
que beneficie todas as partes envolvidas
 Convoca o interlocutor a problematizar a realidade: e a usar a sua lucidez
crítica, não para consentir, mas para permitir ser convencido
 Comunicacional e argumentativa: convida ao dialogismo, às perguntas e às
respostas, à construção conjunta do discurso de persuasão.
 Inclusão do auditório na argumentação do orador
 Repudia o ardil ao estimular o espírito crítico do auditório: retórica franca
 A boa retórica pode mudar o mundo: a retórica tem o poder de mudar o mundo

A má retórica:

 Visa aproveitar-se e ludibriar o auditório;


 Visa passar por verdadeiros os discursos desprovidos de verdade;
 Apodítica (lógica, que não pode ser refutada)
 Manipuladora
 Exclusão do auditório

Como diferenciar a boa da má retórica?

Retórica (atributos fundamentais)

 É uma técnica

- Conjunto de preceitos que se podem pôr em prática com o fim de convencer

- Consiste numa competência característica: emprego da oratória e da eloquência


segundo alguns padrões discursivos´

- De entre os seus principais rudimentos encontramos a distinção entre o logos,


ethos e pathos.

Retórica: código moral

 Conjunto de prescrições acerca da relação entre o orador e o seu auditório


 De natureza ambígua
 É duplamente código

Retórica: características definidoras

 Planeamento
 Persuasão
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 Orientação para o auditório


 Despoletar mudanças de pensamento e comportamento

AULA (31.10.2022)

 Sistema retorico – como organizar o seu discurso


 A dinâmica retórica

RETÓRICA = PERSUASÃO COM BASE EM INTENSA PRÁTICA ARGUMENTATIVA.

 O argumento é o principal instrumento para levar o interlocutor a aceitar a tese


do orador.
 Argumentação: atividade comunicativa, de base discursiva, na qual uma
opinião é reconhecida ou refutada tendo por base um conjunto de razoes bem
fundamentadas (os argumentos), com vista a obter a adesão do auditório e, deste
modo, provocar uma mudança na sua compreensão e/ou comportamento em
relação a um dado assunto.
 A dinâmica argumentativa da retorica é uma atividade, na qual um orador….
1. Procura a melhor receção possível para a sua argumentação, de acordo com
o contexto comunicativo;
2. Identifica o auditório, ao perceber que argumentos serão, provavelmente,
mais bem recebidos;
3. Seleciona uma opinião, de entre várias que possuí para se dirigir a um
conjunto de indivíduos;
4. Transforma a sua opinião num ou mais argumentos que suportem a sua tese;
5. Modifica o modo como o auditório perceciona determinado assunto, questão,
ou realidade e que, em última análise, determinará a sua atitude para com
esse tópico.
 O cliente, ao deslocar-se à loja, demonstra já alguma recetividade à compra do
telemóvel

- Vejamos a dinâmica na prática: um vendedor tenta persuadir um cliente a comprar


um telemóvel:

 O vendedor quererá conhecer o cliente o quanto antes:


 As suas necessidades;
 Aquilo que o motiva num telemóvel;
 Quanto está disposto a pagar, etc.;
 Exemplo: o cliente passa muito tempo online, devido à sua vida
profissional como gestor;
 O cliente quererá não um simples telemóvel, mas um smartphone de
última geração.
 Componentes da dinâmica retórica:

A dinâmica retórica mobiliza a argumentação colocando em prática os seguintes


elementos principais:
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1. Opinião – a opinião ou ponto de vista versa um assunto sobre o qual não existe
uma resposta cabal ou evidente. Trata-se de uma opinião situada no domínio do
verosímil e da plausabilidade, e que, por esse mesmo motivo, é objetivo de
disputa.
Ponto de vista sobre um determinado tópico (seja um eletrodoméstico, teoria,
ideologia, decisão política ou causa humanitária) que pode ser transformado em
argumento

NÃO É NECESSÁRIO ARGUMENTAR SE CONTRA AQUILO QUE É NECESSÁRIO E


EVIDENTE NÃO É NECESSÁRIO ARGUMENTAR.

2. Orador – a sua principal tarefa é criar uma argumentação cálida e submetê-la à


apreciação dos outros indivíduos: criação e transmissão de um argumento.
O seu objetivo é fazer com que o auditório adira e partilhe a sua tese através do
seu exercício retórico.
O sucesso retorico depende da
3. Argumento – consistem na apresentação encadeada e rigorosa de razoes
destinadas a fazer convencer. Podem ser apresentados:
- Por escrito (acórdãos dos tribunais);
- Oralmente (discurso de general às suas tropas);
- De forma direta (presencial);
- Indireta (meios de comunicação de massa);
- Não-verbal (uma imagem, cartoon)

COMPONENTES DA DINÂMICA RETÓRICA: ARGUMENTOS

 Argumento de autoridade: ajuda a sustentar a sua posição


 Argumento de exemplificação: relata um facto ocorrido com ele ou com
alguém para dar um exemplo
 Argumento de provas: comprova os seus argumentos com informações
incontestáveis, dados estatísticos, factos históricos, acontecimentos notórios
 Argumento de princípio ou crença pessoal: refere-se a valores éticos ou
morais supostamente irrefutáveis
 Argumento de causa e consequência: afirma que um facto ocorre em
decorrência de outro

4. Auditório – conjunto daqueles que orador visa influenciar através da sua


argumentação.
Nem sempre o interlocutor direto do orador é, na verdade, o seu auditório.
O ministro parece falar com o jornalista, porém, provavelmente, o seu auditório
será composto pelos cidadãos que deseja influenciar.
Auditório particular: grupo específico de interlocutores
Auditório universal: auditório universal constitui-se por aqueles que, pela sua
razoabilidade e competência são capazes de seguir uma argumentação
Audiências: auditório à distância da retórica mediatizada
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Os auditórios mediatizados constituídos pelos indivíduos que fazem uso, num


dado momento, de um dispositivo tecnológico de mediação simbólica, como,
por exemplo, televisão. As audiências tendem, assim a ser exponencialmente
maiores do que auditórios.

5. Perceção e comportamento – de acordo com os valores, juízos e conhecimentos


mobilizados durante a argumentação, o auditório tenderá a aceitar ou rejeitar as
propostas argumentativas do orador. A adesão do auditório irá manifestar-se de
forma passiva (reconhecendo a força da argumentação) ou de forma ativa (o
reconhecimento intelectual transformado em disposição para agir).

OS GÉNEROS RETÓRICOS

 Deliberativos quando:
 Os pais discutem com os seus filhos, por exemplo, qual o curso universitário
escolher
 Quando se debate em conferencias e tertúlias, o que fazer para diminuir a taxa
de criminalidade
 Recomendar ou prescrever, perante uma assembleia, um curso de ação associado
ao futuro
 Questão principal é qual o comportamento a adotar no futuro que seja mais
benéfico e útil
 Pesar os prós e contras de uma decisão: orientada para o futuro – o que deve ser
feito
 Quais as ações mais adequadas a tomar para a satisfação e o bem-estar do
auditório
 O género deliberativo diz respeito ao futuro e lida com as questões relativas

 Discurso epidícticos:
 Nos hospitais, quando as famílias louvam o excelente trabalho da equipa
médica
 Quando, num editorial de opinião, se censuram as atitudes pouco
responsáveis de um qualquer jogador de futebol
 Discursos de louvor, aclamatórios
 Discurso elogia (epainos), no Espaço Público, e prante os cidadãos, o
carácter ou os feitos de um indivíduo
 Busca enaltecer a virtude. Exemplo: o carácter excecional de uma
personalidade
 Discurso proferido para condenar algo ou alguém

GÉNERO EPIDÍTICO: UMA OPORTUNIDADE DE REFORÇAR OS VALORES, SEJA


POR IDENTIFICAÇÃO, SEJA POR CONTRASTE

 O papel potencialmente agregador dos discursos epidícticos de louvor


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APONTAMENTOS AULAS

 Exemplo: encontramo-los, na atualidade, nos encómios e homenagens quem


por exemplo, os grandes atores, cantores e desportivas recebem.
 O género epidítico não possui, pois, uma natureza pragmática como o género
deliberativo (procurando abraçar um curso de ação), ma, antes, uma natureza
contemplativa

 Discursos judiciários
 Pense-se na retórica acusatória que alguns deputados praticam em entrevistas
televisivas quando atribuem a responsabilidade
 Pleitos e arguições acerca da culpabilidade ou inocência de alguém.
 Associado ao valor de justiça
 A oratória epidíctica continua a ocorrer hoje e fora dos ambientes forenses

Os géneros retóricos são moldes da argumentação

 Orientação para o orador preparar a sua preleção frente ao auditório


 A orientação em termos:

AULA 07.11.2022

AULA 14.11.2022

O caso do jornalismo

 Em princípio: teríamos um jornalista individual que daria a notícia num


jornal, sendo este apenas o veículo onde daria a informação
 Hoje em dia: os jornalistas diluem-se de algum modo no sujeito coletivo
que é o jornal, compreendido este como todo, administração, redação e
distribuição.
 As características da autoridade e da credibilidade são tantos ou mais
propriedade do jornal, enquanto entidade, que dos jornalistas que assinam

A imagem e as prestações isoladas do orador

 Uma prestação pode ser fraca e chorar mesmo a boa imagem de um orador,
ou vice-versa
 Pode um orador ter uma má imagem e surpreender com uma boa
representação retórica.

Sem duvida os dois elementos estão relacionados, pois uma boa imagem ou reputação
se consegue com boas prestações como também se perde com más prestações.
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Orador clássico, orador mediático

1. O meio é a mensagem
 O elemento fundamental para a compreensão
2. Aldeia Global

Exemplo:

 Exemplo, as apresentações gráficas, tipo PowerPoint, associando o computador


e os projetores, revolucionaram o modo de falar, apresentar e expor em público.
 De tal modo o que fizeram que hoje em muitos casos a projeção é o essencial e o
orador um acessório, uma voz-off, externa, que vai explicando e comentando os
dispositivos à medida que vão sendo passados
 Quanto a técnica falha, quando o computador não abre o ficheiro ou a lâmpada
do projetor se funde
 Menos grave seria se a falha fosse o orador, se de repente, por acaso, lhe faltasse
a voz e a tivesse de ser substituído por outro orador.
 Provavelmente nunca a retórica, como foi entendida ao longo de milénios, se viu
tao desafiada na própria natureza quanto com a introdução do PowerPoint

Acesso aos meios: quem tem voz nos grandes meios de comunicação?

Os meios de comunicação de massas pertencem, na larguíssima maioria, a indivíduos ou


empresas particulares, que decidem quem neles trabalha e quem pode expressar-se
neles. Mas também nas empresas de comunicação do sector público o acesso não é
universal. Os critérios de escolha são de diversa ordem, nomeadamente económica,
social e política.

 O acesso aos meios é indispensável a qualquer orador que queira realmente


persuadir a sua comunidade e influenciar a vida publica. Os meios são condição
de um exercício retórico efetivo.
 Sem os meios o orador não se fará ouvir.
 Os meios não são um elemento secundário na prestação retórica, eles são o
elemento determinante.

As indústrias da persuasão (publicidade, relações-públicas, marketing)

 A industrialização da persuasão começou com a propaganda nos princípios


do séc. XX.
 No período entre as Guerras Mundiais, a propaganda agudiza-se com o
alastramento do comunismo internacional.
 A propaganda torna-se um elemento central da II Guerra, uma arma tão ou
mais importante que todas as outras. O cinema de Chaplin e de Eisentein, e
a difusão radiofónica dos discursos de Churchill e Goebbels constituem
marcos incontornáveis da retórica.
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Democratização, mediatização e o consumo

São três os fatores que induziram à massificação, organização e


profissionalização da retórica.

 A democratização da sociedade;
 A mediatização da comunicação;
 A emergência da sociedade de consumo.

A RETÓRICA MEDIATIZADA (21.11.2022)

As indústrias da persuasão (publicidade, relações-públicas, marketing)

 A industrialização da persuasão começou com a propaganda nos princípios


do século XX em conflito recorrem a táticas de persuasão

DEMOCRATIZAÇÃO:

 O que era privado tornou-se público ou político (condições sociais, o


trabalho, a alimentação, a habitação e a saúde);
 Tornando-se tudo público.

MEDIATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

Tudo o que sabemos do mundo sabemo-los pelos meios de comunicação.

A realidade é então a realidade mediatizada, existe o que aparece nos media.

A SOCIEDADE INDUSTRIAL E DE CONSUMO

 Na economia artesanal não havia consumidores;


 Só com o surgimento da sociedade industrial é que aparece a sociedade do
consumo;
 As escolhas são feitas mediante a informação e a persuasão publicitárias.
 Em suma, a disseminação da retórica por todos os domínios da atividade
humana e a prática empresarial;

Mudou a sociedade, mudou a cultura, mudou a religião, mudou o modelo de governação


política, pelo que a retórica não poderia manter-se inalterada, ela própria tao imbricada
com a sociedade e com as formas de vida social e política;

Os públicos são muito mais diversos, os temas e os objetos da persuasão extravasam


em muito as categorias do justo e do injusto, útil e nocivo que pautavam as retóricas
forense e deliberativa, e mesmo as provas intrínsecas da credibilidade dos oradores, da
consistência da apresentação de posições e da patologia dos públicos têm hoje uma
necessária diferenciação inimaginável há dois milénios.
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A retórica que renasce no século XX e se afirma em pleno século XXI já não é


exatamente a mesma técnica retórica que herdámos da antiguidade clássica: ainda está
ao serviço da persuasão, no entanto, persuadir na época da comunicação de massas, é
bastante diferente da persuasão que o orador clássico mobilizava face-a-face com o seu
auditório…

Retórica hoje:

INSTAGRAMABILIDADE

Vivemos na era da ‘instagramabilidade’ da imagem. O poder da imagem. O poder da


imagem e do visual é cada vez mais forte, alavancado no sucesso de uma rede que nos
transporta para outros mundos, para referências e para a inspiração.

O PODER DA IMAGEM

E por isso há uma imagem que não me sai da cabeça e que foi eleita a fotografia pela
World Press Photo. A imagem de uma criança hondurenha de dois anos, Yolanda
Sanchez, ao chorar enquanto a sua mãe é revistada, à noite, na fronteira entre México e
Estados Unidos. Uma imagem que na altura percorreu o mundo, gerando muito debate,
conversa e chegando mesmo à capa da Time.

A retórica atual apresenta-se estilhaçada em vários sentidos:

 A estilhaçada nos contextos de ussos, os quais ultrapassam o discurso do


orador perante uma assembleia;
 Estilhaçada quanto ao foco persuasivo já que comporta agora a prática
persuasiva em geral, desde o discurso e comportamento do vendedor,
passando pelos palestrantes e conferencistas até, por exemplo, ao discurso
familiar;
 Estilhaçada na própria definição, a qual tem e incluir a influencia
incontornável dos dispositivos tecnológicos de mediação simbólico, ou
Media, nas nossas vidas.
 Retórica mediática: tipo discursivo característico dos media durante o seu
exemplo normal funcionamento (por exemplo, a retórica da informação e do
entretenimento, de acordo com os seus respetivos regimes de objetividade e
de imediatez).
 Mediatização da Retórica
 Ao tornarem possível a infinita reprodução do discurso do orador, os media
libertam a retórica das amarras do único e do irrepetível
 Em nome da reprodução, a retórica mediatizada disponibiliza os discursos de
persuasão independentemente do lugar e do tempo em que ocorreram.

Retórica mediatizada
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1. Enorme acessibilidade aos diversos discursos persuasivos e uma colossal


intensificação desses discursos, os quais passam tendencialmente a estar
disponíveis, em permanência, para consulta, ao consumo ou estudo.
2. Esta possibilidade do orador discursar uma vez e endereçar uma única preleção a
múltiplos auditórios em tempos e lugares distintos, tem implicações sérias nos
próprios princípios da Retórica: em vez de existir uma adequação e adaptação
do orador ao seu discurso, há somente uma reprodução padronizada de um
discurso originalmente singular que depois se massifica em torno de
audiências anónimas e estereotipadas. A persuasão é tendencialmente
organizada em torno da massificação e padronização do discurso.

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

Pesquisa sobre a Retórica a partir de um duplo enquadramento:

1. Interrogam as formas pelas quais a persuasão se altera e se processa no tempo de


intensa mediatização;
2. Interrogam os efeitos que os Media causam na técnica retórica, bem como as
novas formas de comunicação persuasiva que eles induzem.

A retórica mediatizada é convencer alguém através dos meios de comunicação. Por


exemplo, os tweets de Donald Trump na época de eleições.

As especificidades envolvidas

A retórica mediatizada é em forma de quadrado: orador, auditório/audiência, mensagem


e meios de comunicação (media).

Audiência: por trás do meio mediático

Auditório: escuta presencial do orador, possui uma única finalidade, favorecimento no


sentido da audição e explicação face à exposição

Audiência: espacial e temporal, múltiplo e heterogéneo, favorecimento da visão à


audição, privilégio de mostrar face à demonstração e natureza tangível que pode ser
medida e quantificada

RETÓRICA MEDIATIZADA: PATHOS E ETHOS

Pathos: intensificação das emoções. Convence-se através do explorar emocional das


necessidades que os indivíduos possuem e por isso se compreende a atenção ao detalhe
e o investimento estético.

Ethos: intensificação da importância do carácter, da idoneidade e da imagem pública.

RETÓRICA DIGITAL:

 Campo de estudo empírico e teórico da persuasão em ambientes digitais


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 Como os media digitais e a comunicação online são usados para


influenciar os indivíduos
 Media online: omnipresença e criação de novos contextos comunicativos.
Estimulam novas e criativas formas persuasivas, modificando a relação entre
o orador e auditório em termos de estilo comunicativo e efetividade.

CARACTERÍSTICAS DA RETÓRICA DIGITAL:

 Circulação;
 Interatividade;

AULA 28.11.2022

Uma das características mais salientes da Retórica é o facto de ser uma técnica em
constante evolução, tal como exemplarmente confirmado pela emergência dos meios de
comunicação de massa (retórica mediatizada).

ANÁLISE RETÓRICA

Face às suas diferentes facetas, formas de expressão e áreas sociais, a Análise Retórica
assume uma especial importância ao garantir que conseguimos detetar os seus
princípios argumentativos.

RETÓRICA

 Mistura uma parte efetiva, basilar e estruturante da persuasão


 E uma parte móvel e inconstante, fruto das circunstâncias e contingências sociais
e culturais da argumentação
 Ao longo da História, e nas mais diversas situações sociais, repetem-se os
argumentos de autoridade ou os apelos à piedade.
 No entanto, esses argumentos não são exatamente os mesmos: o seu contexto
social, as suas motivações e os indivíduos visados podem variar.
 A análise retórica permite percebermos as estruturas argumentativas que
suportam o processo geral de persuasão e convencimento.
 Como é feita a análise retórica?
 Concentra-se em elementos argumentativos;
 Explica como determinado texto ou discurso nos persuade acerca da validade
do seu ponto de vista;
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 Identifica e investiga o modo como o orador comunica, e as estratégias por si


empregues para conquistar a adesão do auditório, estabelecer as suas teses,
justificá-las e persuadir sobre a necessidade de aceitar aquilo que lhe é
proposto;
 É o exame das diversas estratégias (textuais, discursivas, performativas, não-
verbais e para-linguísticas).

COMO FAZER UMA ANÁLISE RETÓRICA EM 4 PASSOS:


 O autor/orador
 Contexto do discurso: motivação, objetivos, ocasião e constrangimentos
 Motivação (acontecimento, ideologia, incidente, valor, ideal, etc.) que origina o
discurso? Parte de uma confrontação com opiniões contrárias e a necessidade de
responder a objeções. Baseia-se nos valores do orador (sente que determinada
situação deve ser corrigida e o seu discurso pretende iniciar o processo de
mudança). Pode advir de aspetos relacionados com a profissão do orador (o
comediante tem como motivação divertir os espectadores e assim garantir o
sucesso).
 Objetivos (separe aquilo que despoleta a argumentação daquilo que a
argumentação pretende realizar)
 Ocasião
 Constrangimentos (limitações envolvidas na conceção argumentativa do
discurso) os oradores possuem experiências de vida particulares e pautam-se por
determinados valores e perspetivas que molda a sua compreensão acerca de
determinado assunto e determinam o argumento geral aposentado.
 O auditório/audiência
 O discurso

Elementos linguísticos: construção frásica, conjugação verbal, rimas, repetições,


figuras de estilo, riqueza e a diversidade do vocabulário.

IRONIA COMO DISCURSO (19.12)

Argumentação e persuasão

Argumentar: servir-se de argumento; alegar; discutir; raciocinar;


Joana Gomes
APONTAMENTOS AULAS

Persuadir

O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates, pois “Sócrates é a


manifestação primeira, pela qual a ironia veio ao mundo e habitou entre nós”.
(Kierkegaard, 1841, p. 11).

É por intermédio de Platão que passamos a conhecer o método socrático que se


utilizava de perguntas para sobrepujar seu oponente; quando fazemos uma pergunta,
geralmente esperamos uma resposta, entretanto, Sócrates.

TIPOS DE IRONIA

 Antífrase: quando são exaltadas ideias fora de propósito ou quando se faz uso
carinho de termos ofensivos. Ex: “Moça linda bem tratada,/ três séculos de
família,/
 Parêmia: é um provérbio curto, ou seja, são frases ou expressões passadas de
geração em geração, e geralmente trazem uma mensagem com o objetivo de
ensinar algo:

- “O sábio que sabe que sabe e o ignorante pensa que sabe”

- “O tambor é barulhento, mas por dentro só tem vento”

- “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”

 Sarcasmo: indica uma zombaria com uma finalidade quase cruel e que,
muitas vezes, pode magoar profundamente seu destinatário, por meio dele se
pode manifestar raiva ou humor, dependendo da situação em que é
empregado.

- “Não tenha medo da perfeição. Você nunca vai atingi-la” (Salvador Dali)

 Eufemismo: com frequência na comunicação entre as pessoas, são


substituídas algumas palavras ou expressões carregadas de sentido negativo
ou desagradável, por outras que acumulem um valor ameno, como se
observa na passagem de Dom Casmurro.
Podemos afirmar, então, que a irónica faz parta da nossa linguagem habitual
e talvez não tenhamos consciência desse facto.
Joana Gomes
APONTAMENTOS AULAS

COMO DEFINIR IRONIA?

 Consiste em dizer o contrário daquilo que se pretende dar a entender


 Uso da palavra ou expressão em sentido oposto àquele que se deveria usar para
definir
 Recurso estilístico que veicula um significado diferente ou contrário daquela que
deriva da interpretação literal do enunciado
 Sarcasmo, zombaria.

O CONTEXTO É DETERMINANTE (INTERPRETAÇÃO DOS SIGNIFICADOS)

Desde a República que a ironia se apresentou mediante esse passe de magia que é o de
exprimir a negação, pelo contraste contextual do que afirma.

Simulação e contradição. Um exemplo: Noel Coward, escritor e ator inglês, encontrou


uma novelista americana, Edna Farber, que usava um fato de homem: “Você quase
parece um homem”, disse-lhe ele. “Você também”, respondeu-lhe ela.

Reversibilidade argumentativa

Todas as formas de ironia são

IRONIA NA PUBLICIDADE

 Os publicitários usam vários recursos como, por exemplo, a ironia a fim de


persuadirem os potenciais compradores na aquisição do produto anunciado, pois
o humor contido nela serve de argumento, junto com outros elementos
encontrados, que servirão no convencimento do leitor/consumidor.
 Então, conhecer ou reconhecer as modalidades de ironia utilizadas em anúncios
publicitários.
 Propaganda é ideológica, é grátis, é dirigida ao individuo, apela para os valores e
sentimentos (moral, cívico, religioso, político, etc.).
 Publicidade é comercial, é paga pelo consumidor, é dirigida à massa, apela para
as necessidades.

“Compre!”
 Segundo Carvalho (2000), “a tarefa da mensagem publicitária é informar as
características dos produtos, e essa função objetiva é, aparentemente, primordial.
Ou seja, a verdadeira intenção pode não estar evidente.
 Na língua falada, o interlocutor geralmente percebe a intenção do locutor pela
entonação dada na enunciação.
 E nos textos escritos? Esses contratos verbais, na publicidade impressa, podem
se apresentar por meio de palavras ou imagens.
Joana Gomes
APONTAMENTOS AULAS

 Linguagem não verbal.

 Segundo Souza (2001), “ler uma imagem, portanto, é diferente de ler e a


palavra: a imagem significa não fala, e vale enquanto imagem que é”, ou seja,
essa imagem serve para conduzir a interpretação necessária do que se quer
compartilhar.

 Conclusão da análise
 Todos os elementos encontrados no anúncio foram empregues para,
simultaneamente, reforçarem a ironia presente;
 Ironia que se apresenta em forma de um humor, quase sarcástico, pois pode ser
entendida como uma crítica à qualidade musical e vocal do cantor.
 Com a finalidade de envolver e seduzir o consumir, a publicidade articula tudo
isso de uma maneira que ele não perceba, por meio da ironia.

JORNALISMO E IRONIA

O texto jornalístico

O texto jornalístico caracteriza-se por uma linguagem direta e uma postura objetiva.

Mesmo em crónicas ou artigos de opinião, por exemplo.

Como seria possível aliar ironia e jornalismo?

Entretanto, um posicionamento mais descontraído tem sido buscado, com o uso cada
vez mais intenso da ironia, por parte dos meios de comunicação social, para que se
possa realizar a interpretação dos factos como uma critica ao ocorrido ou às pessoas.

Novas terminologias sobre os novos limites da comunicação.

Principais tensões, disputas e negociações nas fronteiras do jornalismo

1. O alargamento da atividade, em moldes muito diversos

Os cidadãos

Acessibilidade das novas tecnologias de informação e comunicação

A omnipresença da internet

A multiplicação de dispositivos

A crescente vontade de ter voz ativa na paisagem mediática


Joana Gomes
APONTAMENTOS AULAS

A presença dos cidadãos ‘leigos’ no mundo das notícias e dos comentários sobre a
atualidade não cessa de crescer.

As empresas estimulam a participação ativa de leitores.

Publicitários

O jornalismo X a publicidade, o marketing, as relações-públicas, a assessoria, a


consultadoria de comunicação, etc

“Anúncio ‘travestido’ de informação”

Os humoristas

 Sem usar os padrões e normas profissionais ou as exigências ético-


deontológicas próprias do jornalismo.
 Cada vez mais gente sobretudo entre os mais jovens, afirma que são a sua
primeira, e a mais fiável, fonte de informação em matéria política.
 Desempenham uma função muito revelante nos seus processos de formação
de decisões

Modernidade líquida – Baumann (2001)

A sociedade está imersa uma realidade em muito determinada pelas tecnologias digitais
que possuem.

Ironia como instrumento de crítica política

Tem-se assistido, inclusivamente, a vulgarização de peças satíricas, em programas


televisivos, páginas, suplementos e mesmo jornais satíricos, em que os autores metem a
ridículo, de forma jocosa.

A SÁTIRA
A sátira é uma técnica artística e/ou literária, através de ironia e humor

 A sátira;
 A ironia;
 O humor;
 O cartoon;
 A caricatura (a imagem digital manipulada – caracterizada no século XXI).

A ironia como estratégia de defesa

A construção da significação no discurso jornalístico contemporâneo está fortemente


dependente de algumas características inerente ao jogo das relações, aos interesses dos
Joana Gomes
APONTAMENTOS AULAS

responsáveis (jornalistas, editores, donos das empresas jornalísticas), às expectativas


dos leitores.

O INIMIGO PÚBLICO
O suplemento Inimigo Público, é um jornal impresso satírico português, apesar de
também estar disponível online e tem atualizações diárias, e quanto ao conteúdo é mais
geral, aborda todos os assuntos da atualidade nacional, sempre com humor e sátira.

Outros exemplos na TV

 Contra Informação, exibido na RTP


 O Gato Fedorento

Jornalismo opinativo

Rocha (2004) destaca o papel da objetividade no jornalismo tradicional, algo em que a


sátira não se enquadra.

O uso da linguagem humorística presume uma manifestação de opinião onde são


necessários recursos subjetivos por parte do jornalista.

A existir, seria uma objetividade parcial pela visão do autor.

Os jornais satíricos enquadram-se num conceito de jornalismo opinativo.

Encontrar exemplos de estratégicas retóricas que utilizem a ironia no jornalismo ou na


publicidade.

 Breve introdução teórica


 Exemplo prático

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