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Couscho 0 QUE ESTO? Responsavel Lenio Lui2 Steck Lenio Luiz Streck 786960 1.Teari do di. 2. hid ii Tia eo - 34012 sive: Ma Robert, CRB-10652) 1. Objet, seo gt omelicotinewstico u 2. As pds jain em er roi 8 Be come en os vents ue despa i padi 5 Noe note da Hingusgem, a masfexagtesdousiniisque des-obrem DNA dosolpisna wie a 4A ienitcnn do fentneno ma espciidae: gre da filostia consi ss {1 Ocaguerasujetrobje ess consequcis noe pra odio, 38 '42. Arnie pier eo “domino da mera onde fx a"eoneacls?.- 65 5. Apostate de ind inerpretagio capo: camo Dieta ‘oma nen acon siesta ® §'1-Parmam dy culos sont “crpreenende maar ‘pontine’ 7” 5.2 \hennentcsaninelaivistne aoa na antdiciinsledade 12 6 Una advent: controlar deine uss ma questo de dca «qe mio prebiga d inerpese " (61 A dirisionaidade ous dertagc)come ut Taide” posts 7 Apts fino de com “a ra tein sr pps 6 ‘necessra rapes dei conto mata consign 95 ie — ArmisevraeG COLEGAS O QUE E ISTO? Ditia o antrpélogo Datei Ribeio que Deus 6 io wei, faz as coisas to recdndiase sfiscadas, que ainda precisamos de certo tipo de gente ~ 0s cientsis~ para dasvelar as obviedn tes do io. E 68 “nature” do Sbvio estar no anonimat. Est fes-velado, Desobnbilado, Dizer que algo est a, AApontar para ele. E pergutaro que tto ou "aque ¢ ita”. Essa a tarefa de qualquer pesquisa 6 um Fendmeno complexo. Afial, para o bem e parao mal, hi sempre algo regrando a nossa vida, Poder, police, violencia, fuera paz: o especto do dieito ronda a humanidade. Mas, feria 0 dzelto apenas um intrumento 8 dsposigao do poder? E possvel “simplifcar”odieto a panto de trnsforms-lo em im Conjunto de standards apicaives? Embora. patcela consderdvel da comunidade_ juridica aeredite que 0 direto € uma racionalidade meramente (0 "p ramente")instumental ~ no que aio diserepa sobremodo de srminzdas visbes advindas da Sociologia ou até mesmo da fi Josofia~ ven trabalhand de hs muito ma contrac desta ese (regimes ttalitérios eas strocidades cometidas sob o palo do dlieto deveriam ter nos ansinado que o dirito deve ser mais do ‘que instrument, tenia ou procedimento. E como dizer: depois tls fracassos do positivisme em expungir a moral do campo ju ‘dico, algo tina que ser Feito, Dito de outro modo: odreto nto pode) ficer imine aos influ das prarundastansformagoes Deorridas no campo dos paradigms filesfica, Pois é a partir dessa const ‘que, mais do che uma filosofia do direito, terlamos que eluborar fo elou resonhecimento de una flosfia no dieto, busco constr as condigées de possi- Dilidade port que postamos da resposta as diversas peguntas acerca da complexidade do dito Por que o pensar dos jurists seria diferente do pensar do \eofo? Por que o jurist feria um diferente “acesso” “reli dade"? Vejam-se por exempl, algo questes absolutament> Intrgantes: se m9 campo d Fiosofia ja nZo se creda em es séocias, qual é a razR0 de os jurists coninuarem a acreditar na pusca'da verdade real"? Ou: se a flosfia da consei¢ncia foi contest e superada pelas diversas correntes lngutcticas, por {gue Fazio no campo jutdieo se cominna a apostar na “conscien- ‘inde sido pensamento pansante™? neste sentido que, entre outras questes, a presente co legto procura desvendar os meandrosparaligmsiicos que obnw bilam 0 pensamento dos jurists. Busca-se fazer com o dieito, ‘Bunrdadas as pespectiva Nstixieo fos6ticas, o que Heidegger buscou na carn sic coma pergutO que € 0 ~ 4 - Mutais, nutans, 0 conjunto reflexivo que inieia com o volume O gue ¢ isto ~ "Deco conform minha consetéacia™, buses responder As mais diversas indagagoes acerca do (com pileso) fendmena juridico, O objetivo Final € contibuir para @ ‘eposta uma pergunta que tae sejaimposstvel de responder: Olque isto 0 Direito? Esse € 0 desafio que enfentamos com o primeiro volume desta colego. Lenio Laie Streck 1, OBJETO, SUJEITO EO GIRO ONTOLOGICO-LINGUISTICO, No pentamento ocidental, hi wna angistia particular que sassombra'o homem, Podemos sravessar 0 "abismo gnosiol6g 0” que separa o homem das cosas? Camo sed nome a8 coisas? Por que algo é? Desde o inicio, houve um compromiss0 da filo sofia com a verlade; a filosotia sempre pocurou esse ola que tlesvendasseo que a cosas sho, Talveaa obra que melhor sn bolize essa procura angustianteseja Cro, escrito por Patio Obra de fitosofa da inguagem da histria da humanidade. Nele, alm de S6erates, hd mas dois personagens: Herms. genes, que representa os softs, eCritil, que representa Hers lito (pré-sorético que, juntamente com Parménides,inaugura a diseusso acerca do "Scr" edo "pensar, e Jo logos superando ‘© mythat). Crtilo pode ser consderado 6 primeiro que proble- matizou a filosofia da linguagem. Patio, pela boea de Séort tes, contrapie dialetcamente dis tses: a naturalism, pla qual «ada coisa tem nome por natureza (0 logos esté na pss), tee Gefendila na dilogo por Cratilo, eo convencionalismo, posgto Sofstica defend por Heemégenes, pela qual a ligago do nome om as coisa €absolutamente arbitra e convenciona,& dizer no hi qualquer lias das palavas com as coisas \Vejase: Crilo representa 0 enfrentamento de Patio com «softies. Os sofistas~ que podem ser considetados os pimei= sano dein bre» mon ps el gu ho era ade = ‘gna, Gn ma ‘0s positivist ~ defendiam 0 convencionalismo, isto & de que entre palaveas © coisis no hé neahuma ligegSorcagao. Claro ‘ve, com isso, a verdade defzava de ser priovitiia, © discurso passava a dapender de arguments persuasivos (erica ¢argu- ‘montagio). Os sofistas provecaram, assim, no contexioda Grécia Aantga, um rompimente paragmdtica Usiiza Plat ~ e sua obra Crdilo (seu context police) = para demonstrara busca pelo conbecimentoe pela verdad, Aina, ali, quato séculos antes da ra Crist, jf se dscutis a "jsieza dos names” no , quis at condiges de possibilidade para que os objlastenham determinados nomes & ni outios? Como funciona arelagio do sjita com objeto? Qual & papel da linguagem? Verdide ou métoda? Essas perguntas atravessam fs seeulos,experimentando diferentes resportae,representadas por diferentes “prinepios epocals", que igualmente fizeram a longa travesti do diss metafsieas, chogando, nesta quadra Jo femno, an universn de nostra etenasfileieas ave Feresen ‘amas poseses noje consieradas como pos-metalisics Cada épocaorganizou sua concepeto de fundamento? Fa- ‘endow pequeno eseogohistrico deses vite sécuos, a busca Ade um furdamens absolut inconcussure veritatis et na eis pltbnica, na substanciaacistottica, no esse substens do medieva (tims sintese da metafisicn cscs), no eogto Ina ‘turador da filosofia da conseiénca, no eu perso kantiano, m0 ‘absolute hegciano, pela vontode do poder nctescheana ¢* imperativa da disposivo da ea da nica”, em que o ser desapa: rece no peasamento que calcula (Heidegges).” No campo do direto, tis questes permancce(ra)m difusas ~e essa uma questo ainda no superada pelos jest em um isto de objetivismo e subjeivismo. Se a primeira “etapa” do linguistic mur foi recepcionada pelas concepeées analticas do direto, © mesmo aio se pode dizer acerca daqulo que se pode ‘denominae de “giro-ontlézice-linguistico” ‘a ar vin a eden ori a i 9 ‘Tato: aos orate Gates aca a Dito de outro modo ~ para fcilitar compreenso da pro ‘blemdtca da histra da flosfia~ € possve dizer qoe, para a setaiscaclssca, 0 sents etavarb nas coisa as coisas tém sentido porque hi nelas uma essncia) A metafisic foi enteni ‘dae projetada coma céncia por Aisttleseéaciéncia primeira ‘a sentido que fornece todas as outas © fundarmento comum, jsto 6, objeto a0 qu todas se referem e ox principio dos quals odes dependem. Para aguilo que aqui interesa, a metafisica & entendida como ontologia,doutrina que estuda os caracteres f= Hi decistes paradigmitcas, que conseguem, em poucas palavrn,fundie tess e teorias do paradigma representacional ‘como se pode ver na deisto do Superice Tribunal do Trabalho: (9 asemtenga € um ato de vontade do juie como 6rgo do Estado, Decor de un préo ato de intligencia com o ob {tivo de soluconarfodos 03 pelos, analisando as casas de pedir, mais de uma hower. Bustindo véris funda- 6 jlz nto estéobrigado a rear todos eles. A sentenga rio & wm dogo entre o mapistrado e as partes. Adotado tn fundamento lgico que slucione o indo “causa de pedicpedido’, existe omiss0"™ Nada surpreendente, mormento se levarmos em conta que reeentes trabalhos aeadémicos~emboracom pretensbes de cons teuir acionalidadese até mesmo tecer eis a decisionismos ‘lou volutarsmos—acabam por sfraga fess come a constar Teno cbrdgo-em tela e nos demas aga referidos.»B 0 caso, pot paren. {espanol wee pg. eet ‘nen yp ttc nn Bo mca ‘gerne soni ites si cacy doe come ‘height ce as ah se. 2 Pe ceclara nade ‘cnc ‘exemplo, de Eduardo Cambi> que, a pani de una mixagem de Inatrize autores, sstarta que o juz nos casos diflees, poss tanta margem de disericionariedale quanto 0 legislador, como fe, a um, 0 lepslador tives discicionariedae nesta quadra da histria e, dois, no fosse a disericionariedad, exatament, 2 porta de entrada dos dcisionismos e voluntarismos. Mais ainda, embora sua obra tena pretensbes pops vistas (ou antpasiivist), 0 qu, rqiste-se, & exttemamente Touvavel, ambi insist om teses questo conti (ow esto em contradigio) ac que rope, como, po exemplo, quando sustenta que a senfenga ¢ to de vontade do juiz ~repristinando, cons Cente a ineonscientemente, 0 pai do postsm0 normativista {Kelsen) ~ e que “rentenga ver de sent (sic). Ao fim e a0 ‘abo, reforga oprotagonism judicial que preende combate, 40 fazer ora eom Eduardo Couture, no seatido de que "sdignidade fo direitodepende da dgnidade do julz sto € de que "odieito ‘ater que valham 0 juts" Te ect ademas s nen went de Cami el lipsismo: "A decisdo jada retletecaracterisias pessoats do ji asa personlidade Seu temperament, as suas expeién ‘ia postadas, as suas frustragBs, as suas enpectativas etc.) ov {dos rads (..)"*"Por fim, susteta a necessidae de que osc {apa panderagbes, 0 que, também neste cas, coloea-0em campo istante da hermentiea filosfiea da tora integrativa dwork ana e do antrelativismohabermasiano. -Exatamente nessa ligha € que no se pode (eno se deve) sulestimnar as misagens testcase a confuso acerca de poses tssumidas por deterinados jusfilésofos, que seabamm send ci tados fora de conexto, como se reforpassem 0 paadiginasubje tivsta, Por todos, vase: “Segundo moderna datrina de Dworkin, “Teoria da Ace tact Racional, no julgamento do caso conereto, o jug en te ee tical ae mie ITC Newenaconalin « nee, Dc: frome, pie ‘een Ss at Reva xT SH. 2 Lene ee rants ponies goa n pra neike "a ieitura da seguinte deci demonstra oacerto da pesqi Aor hi de trabathar, constrtivamente, 0 prineipio reas doe td Construivas do ditto vigente, para reforgar a seguranga Jurca ea certeza do dieito, proporcionando eaviventa ‘dona sociedade o seatimenta de justiga julgador deve ter (> bud da centeza de que ordenamentojurfdi= ‘0 € mais complexa do queo simples conjunto hirarquiza {do de repras, daendido pelos postvistas. Osentimento de jvstiga, que deve revestt oexpito do jut, 60 nico eapaz se Ee A in, dt ar Consagrcn a ae ef YA judicalura no. sobrevive como instituigdo permanenve (ders 1002. da sociedad apenas com 0 saber, com a téeica, com a ex “afngeo dlcelencin do conhecimento teérco, Todos esses ingredientes tule nae eblendo sho sfieientes para wn Jui. De nala aan conhecer odes ta pte as ‘aueguece seroma Donsaicose wee mel cers nn heen tof fa* eto ay tnt pre pares er [Neste dkima eato, édespiciendo edvertir para o fto de que ‘Dworkin no aposta em interpretagies que exsirjam do “espsto do iz" tampouc acted no juz como “nico copaz de ass [purara slider da ardem do Estado Derocritio de Dirito”. ‘Consiuise, assim, um imagindsio (gnosiol6gico) no seio «da comunidade juries brasileira, com forte sustentagio na dow twina no interior do qual "deci de forma solipsstaencontra expliitamente ~ no paraigma da (losoia da consclencia. ‘questo assume relevdnciae deve proacupara comunidadejur- dica, uma vez que, evada a0 seu extremo, ale ~ aprovada de ‘moctaticamente~ pene) (mais was) espago diante daquilo que “ojuiz pensa acerca da Ie Em determinados julgamentos, torna-s impossvel a0 jjito da modemidade” eteonder 0 solipsismo que 0 susteat, ‘ando-se, assim, razdo a Wemeck Vianna, quando afima que a situago do juiz brasileiro & ambigua “ele ¢eriatra de wma carreia buroerdtico-estatl, porén se concebe como um ser singular, auto-orientado, como se ‘au investidurana fang fesse dele wn personagem 30 ‘ial dotao de carga, Dal que, embora recrutado fora da politica, isto é, pelo insttuto do eoneurso pablico, ele nfo Se enquadreinteramente no ethos burvcraleo preconizado por Max Weber" limpoe a toga que vest, a vecusdo da sua consciéncia part ‘cir loge das presides de radosorte.(.)"* [Na mesina Hina, vale lembrar decisio que eseancara um nist de “Tlosfia da conscincia” e “jusnatualismo", em uma aso judicial de busca eapreensio de menor: "Havers el fo Juiz} ‘de acomodat-se mira reara wi esr (nom grins, ma i> a a rau ua eonscened wos que jz (et au), ue 1 ‘moni 3s origens da hurmanidade, com fincas no diteto natal jus est arts Bon! et agi (© direito€ arte do bem ¢ do justo)" Resta a pergunta:haveria uma "conscigncia ina” nagueles que jlgami? Permito-me insist tatase de uma questio paradigm ca, Veja-se, nesse sentido, asérdao da mais alta Carte do Pals “e- aapectosimbico que dela decoee ~ em que, por uma de "sas Turmas, por maori de votos, 0 Tribunal indeferin habeas ‘corpus em que se alegava fala de demonstra da urgéacia na produgdo antcipada de prova testemunfal de acusag, decre fade ns termos do art. 366 do Cisigo de Processo Penal, ante ‘ reveia do pacienteréa, © Supremo Tribunal daixou assentado ‘que a determinacdo de produsdo antecipada de prova ets ao al- Serio do juz. que pode ondenar a sua realizagdo se contderar enistentescondigdes urgenies para que ssa oc07ra 2 pose 1PREOL OTA agmOA3= T0106 Apa ty UDC Ce Observes, ness julgado, a ibricagdo entre o sistema in- ‘uistérin¢ a flosoia da consciéncia (questo paradigmsticn, ois). delerminaglo de produgio antecipada de prova fica & Enigtio (discrclonariedade, lve apreciagdo, para der 0 me- for) do juz O Min, Lewandowels votou vencido, concedendo, ‘ondem, porque vislumbrou ofensa ao dever de fundamentar 25 fdecisoosjuciis es garantias do contratéioe da ampla de eet, uma vee gue adecislo que determinou a produgto de prova exteve“fundamentad” to somente no fo de o paciente no ter Sido localizado (nas palavras do Ministo, “a decisio fora deter ‘minada de mado automitico”) ‘Apenas 0 voto de Lewandowski mostrou-se acertado, vez aque frac no sistema acusatGrio. Os vtos vencedores apenas fovilecem o protagonieme judicial, apostanco na “boa escola” a tivorciondria ~ do magistrado. Com efeto, parece raz08vel rma patiede uma sbordagem bermenéatica - que,quando fel estabelece que ode pode determina a produydo antecipa Sinider nena comreradne aroentes® sua Jecsio dever estar Tndamentadnjustcada com toaos 8 deanes, at te unos pelo ceive do contradtéioe da ampla dees, como, lis, bern Fisou 0 volo vencido, Além disso, a urgéneia de que falta lei process deve ser considarada evando em conta tod histria Tretiucional das deelsies anteriores que tatam dessa temic, tespestando a coeréncia e a integridade. Ox se, "provas cons eras urgentes" no & um emncado assetico. A. “proposi- {ho jurtdica 96 tert sentido om eada caso conereto. A apicag futométin do dispositive (Abul rasa) abre expan pora a dt Sito que oe jalgar mais convenont. FE isso€reforgar 0 “sub- Jetivsmo(aiseniionarismo” dos utes.” meal gp Ane itn eo a 365 oi sane on eet om oe CPF ie tan vo apart eee ge Le oa nko es con TD Se SSISTa Host oot Rte eB pin 216) See eer ate yea cl 3. NAS NESGAS DA LINGUAGEM, AS MANIFESTACOES DOUTRINARIAS QUE DES-COBREM O DNA DO. SOLIPSISMO JUDICIAL Para além da operaionaidade stricto sens, a doutina in sca o camino para a interpretagio colocando a consciéncia 0» ‘nconviegto pessoal coma noteadores do juz, perfectibilizando ‘san "mctodologia” de virion modos, E isto "aparecers™ de vé- Fias maneiras.enriana irtn angst ns a) iferpretago coma ato de vontade do julz ou no ado “sentenga como sentra"; 'b)imerpreiagao como fruto da subjtvidade judicial; ©) interpretago como produto da consciénea do julgador, €)crenga de que juiz dove fezer a “ponderagto de vo res a pate de seus "valores", «)razoabilidae slau propocionalidade como ato volunta- risa do juleador f)erenga de que “os caso fleas se resolvem disricions~ 2) cis estrtural entre regras eprinfpios, em gue estes preporciona(iay wma "abertra se sentido” que devera ser pre fenchida efow produzida pelo inepree HG ainda cures hipsteses ~ ecto to somentealgumas que ‘representa, simbolicamente, uma forte parcela do Imagindrio jutdico ~ de manifestagio de fillago ao paradigma da subje tividade(esquema sujeto-obje). Vejanos: para Maria Helena Dini “conhecer € azar para o sujeto algo que se pe como compton do DS Fak Sain, 1.1 cbjeto”, consistindo, assim, "em levar para a consciécia do si- Jeitocopnoscente algo que est fora dele.) ornando-o preseie ‘inteliganeia";e=s Shag no paradigma subjetivsta ji estava presente em processuaigas como Moacye Amaral dos Sans, fe dizi que "a senenga € ato de vontade." Js Tourinho Filho “al dizer que o ui, sravés da senenga, "declare o que sents” Geixando expliitada ast adesto & tse da adeaguatio ret et tellectus. Observes, neste contexo, que “filosofia da consién- cia” © “dscrcionaredade judicial” s20 faces da mesma moed, Sendo muito comm esa jung ser fete a pati da tese~ expli= Gita ow impleta ~ de que a ntespeeacdo (ou a sentenga “Eun ‘to de vontade",reconstuindo 2, asim, odiscrcionarismovde- isionismo sustentado por Keen na sua Teoria Pura do Direc, Refiraze, que, nfo raras vezes, deparamo-nos com uma, rminagem (ou sincretisma) de paradigmas inconcilivels, como 6 ‘ caro da “jungle” do paradigia metaisco-lassieo (adeagu tio intellect re) ea flosvia da conscéncla(adeaquatio rei “tivre convieso” ou "a vinculgd a conseiéneia do jugar” Interessente notar como essa probleindic atravessa os dh versos campos ideoldpicos, 0 6, ese do "protagonisno”e do “poder dscricionirio" do uit 6 professada por vezes por campos (eéricosdstanes ene st, 0 cako de Ermane Fidelis dos Santos” Rol Portanova, Assim, 0 primeiso vai dizer que, “para assegi tar a imparcalidade do Jue, € ele dotado de completa indepen- bncta, a ponta de ndo far sujet, no jgamento, a nenhuma ssn ng at iM ai Bar ae de eae ne {erg summers ret ge snes it uk een ‘elas veins prs ge soni lve she Tei on iinet Pm ssp becegtima cece cons ‘auoridae superior. No exetccio da jursdigio, oj ¢ sober fo. Ni hd nada que ale se sbreponha, Nem a propria le 14 0 segundo,* notoriamente ligado As teoiasertcas do iret repsiese,destacado juristae um dos expoentes do di ‘eit alterativo nos duros tempos do ancién régime 20 lado de ‘outros no menes importants, como, por tas, Amion Bueno ‘de Carvalho, Marcio Pagsia, James Tubenchlake Antonio Ca los Welker) ~ no diserepa da posigio de Fidelis dos Santos, quando diz, por exerplo, que “enfim, todo homem, assim tam ‘bem a juz, € levado a dar significado e aleance universal e até ttanscendenteAguels order de valores imprimida em sua cons cieneia individual. Depos, v8 tai valores nas regen juridieas Conti, estas no so pesias 86 por si. B a motivagao eol6gi ‘eda sentenga”. Embora Portanova reconega que "o setenciar alterativo no € autorizaio para motivagGesazbitdras” que (0 iz deve manter-se dento de um sistema jurdic, mas com Tinerdade para assomie psigio diante dale, na busca de trad ‘da com o pipe Fidelis dos Santos, ctando-o, na linha de que “nda hi nada que se sobreponka ao juz, nem a prbpsia le” * Em outta obra nfo menos relevane, Portnova® assevera que Edifil acrditar eo: algo que possa resting a liberdade do Juie de decidir como quiser. preciso reconheoerealisticamen- te: nem all, nem os principios podem, préviaeplenanente, con trolar 0 jugador”. E complement: “Depois de tantos anes, os +" chrom, ei de eet 9 ten Stein ashe ump qn edonnes owns ope ‘fot andes es cnn gah et SSS n as em an cinch impeleempmicine sede ores esi msntes pes mse juzes aprendem como molar sev sentimento as ftos trazidos nos autos e a ordenaiento unico em Vigo. Primero se fem a solugo, depois se busca atl para fundamentd-la" |Além do paradigma epistemoligico da flosofia da cons- cltncia,€possivel também perczber, nesses autores, a subi ‘go de um vetor de rcionaliade etrturane (pré-compreensto) Dor uma racionlidade meramente instrumental, Iégeo-argu ‘mentativa. Com efit, & preciso reconheces,jnto com Stein, {que $6 fazemos Filosofia na estito sentido da palavra inclusive filsotia no direitos essa filsofia€ uma filosofa de standard de racionalidage, Iso significa que, para que o filosofar tna resultados profcuos, é neessro que o ildsofo (ou jusil6s0f0) sala se movimentar no interior de um paradigma filséfico ov ‘de algo que, com Lorenz Pune, podemos chara de quo re Ferencialredrico. fa partir dese quadro referencal rerico que fo tabal ilossfieo if articular suas constrgées no que tage a ‘uma teora da verdad, wm eon de realidad, uma lingvagem "Na maria erica agai defend, fica claro que hi paradig mas distintos sendo tabalhados. Nesse context, exsutge unin ‘questo que nilo pode ser ignorada, ou sea, ade que a dogmsticn ‘oles Ucar em ein oe ao Bae Sua Meer Pag (A Maca atest soins darn. Ini ite An (eters Cina Sb ao eh, ska aire ss usps meee es tn nr anes a pote ent i's te earn an ‘ptr icon tae da ‘ferns sgn sor oe i am Eon pins |juvdicapermaneceaferradaa um paradigms esruturado, dese fuundo nivel, que se assemelha, muito grosselramente,aquilo que foi produzido pela filotofia asliticae suas adjacEncias. Nio é, pois, um vetor de racionalidade esuuturant, de primeico nivel, Como € 0 eas da filosofa hermenfutica ou da heementutica fi Tossa Explicando melhor: para as tetas anatcas,o problema da Fingwagem comeya etrmina na tata de entice dos cones. Ou set, o problema da linguagem se resolve a pair de uma “la fieagio” ou de uma melhor caloeago do conceit. Ames do con eto nao hd nada (e por isso € que a dogrtica juice rabalha ‘com “concetos sem eoas")-Daf que é muta dif, no interior de {uma flosofia anaes, flosofar com ahistérie da filosfia. Pare "hexmendutica, todavia, 2 hisria da flosoia € condigio de pos sitlidade do Mlosofar € a represetagzo sintico-semantiea dos ‘concits 6 apenks a supetote de algo muito mais profundo, ‘Vale dizer: aquilo que € dito (mosirado) oa Tinguagem 1 Supedcic de algo que jf fo! compreendido nus nivel de pro fundidade que € hermenéuico, Dal que, para a hermeneutic, & ‘soma a afimagio de que o to sempre carrega consign 0 na dio, sendo que a tarefe do hermeneuta€ dar conta, nfo daquilo (que ja foi mostada pelo discurso (logos) apofintio, mas sim Alaguile que permancce retide com possibilidade~ no diseurso (dogs) heementutico. Porto, para hermenéutca,nBo faz sentido procurar= rmos determina, de manera abetrats, 0 sentido das palaras © os concetos, como fazem as postrasaaltieas de carz seman. tio, mas € preciso se eolocar na congo concreia daquele que ompreende oe humana ~ paraqque 0 compreendido possa ser ‘evidamenteexplicitado.E ese € 0 ponto fur! [Ngo se faz necesstia uma andlise mais aprofundad para perccher que parcela importante da doutina ~e falo aqui dos Formadores de opnido ne plan das prtiasjudcisrias ~ sufraga {eves pelas quis anterretagao (apleasao) do dieito cant tente dependente de um sujelto cognoscente julgador, pa pin nm teen een ul [esse sentido, 6 preciso resaltar gue essa questio vem de Fonge na verdade, do séeulo XIK. Desde eno, hd um problema Filossfico paradigmsticn ve continua presente nos diversos ra mos do direito passados dois séeulos, momente na problemiica Felacionada a jurisdigho eo papel destinado ao juiz, Desde Oskar ‘on Bulow ~ questo que também pode sr vista em Anton Men- bere Franz Klein rela publica est lasreada na guna to juin, "pora-vor avangad do sentimento juridico do pave", com poderes para além Jae, tese que viahilizou, na sequéncia, {Escola do Direito Live. Essa aposasolipsicta est astrenda no paradigma racionalista-subjetivsia que aavessa dois séculos, Podend faclmente ser percbida, a seqoéna, em Chiovenda, Para quem a voniade copereta da ie aguite que o juz afima ser vont concreta da fei; em Carelli de cuja obra se depre- nde que a jurisigho € “prover, "Fazer que Sj necessvio” também em Couture, para o qual, a parti de sua visio inuiiva Ssibjeivsta, chega a dizer que o problema da escolha do juiz€ om definitvo, o problema da justia’; em Liebman, para quem jay enchant i rng © MOLE WE HUN cane Interpretequalificedo da Ti 'No Brasil, ess “delegnsa0" da atibuigo dos sentidos em favor do juz atravessou o silo XX (ng, de Carlos Maxi no 4 Palo Doarada de Gusro),sendo que tis questaes esto presents na conceprda instramentalsia do processo, cujos de Fensoresadmitem aexist@ncia de escopos metajuridicos,estando permitide a0 juiz realizar determinagdesjusdieas, mesmo que ho contidas no diritolegilado, com o que oaperteigoamento do sistema jurdica dependeté da "bea escolna dos jules” (sie) , consequentemente, de seu — como assinalam aluins Gouin ddores “sad protagonismo” ‘nessa que, vg, Joré Roberto dos Santos Bedaque, im portantee pesigado processualist, procura resolver o problema 5 efetividade do procesen a prtir de ma espscie de “delegagio” fem Favor do julgador, com poderes para reduzir as frmalidades ‘ae mpedem a realiagio do dieito material em confi, E isso feito a partir de um novo principio processual ~ decorente do * principio da insturentalidade” das formas” ~ denominado prin cpio da adequagto on adopagdo do procedimento a corrta al apo da tdenica proces Por este “pinclpio” se econhece "30 julgador a copecilade prs, con seneliade ¢ bom sens, ae {ur 9 mecaniso ds expeceidades da situacdo, que nd € er Prewmenna Mais snd, deve "er reconecido 20 juz per Ai atonrslucdes no prevists plo eta, adapando opr ‘toro ar necesidadesverficodasna saga concreta "Est sense ~soisticada tee, embora demons peceupasio em ‘st la da diselonaedade, Beague teria por saga 38 tres haranae Kelsenianes,qoand admiteque a formulas legs Inivas aber favorecem essa atuagio juicial® ‘No mesmo seid, Cndide Rangel Dinamarco—que na _gvou com sua tese de Citedra a corvente chamada instramen- elutade do Proceso, que infuenciou e continua infkenciando feragics de jurists tims sem resalas, qe ou 0 cael Frinlegiado de copay das valores soca, devendo ees op ‘ecerem ssiilados na serene. Nes plavas do ao." ult Go Toitmo canal através de que o univers axicligico da scie- ido doe texts, a supir hes ventas lacuas es determina a tvolugao do conte substancal das narmas constituconais"” Tia sequtnca, Dinamaco faz una veeodcra profes de 1 no solipsismo do juan verbs “entra aqui, utr vez, © que tem sido ilo soba patipag do uiz na evelagio do ito do caso concreto. Ser suelo elo signiic ser pro a igo {es palovran quo os textos comtém, mas ao espito do dst do feu tempo", E complementa: “se 0 texto aparenta apontar para ta cold que nfo satsfaga a0 seu sentiment deste, 1880 ap aot vient fo esc Feet ver a tne hg ork! Tenn fe ine Goes Dain tm fos 2768.0 2, Pinar Pre ns Pc S e 8 48 significa que provavelmente as palayras do texto ou foram mia tempregadas pelo legislader, oo proprio texto, segundo a mens leplslatoris, discrepa dos valores aceltos pela naga no tempo presente”, ‘A opsto pelo pardigasa subjtivitssolpssta fica mais claro quando aszevera gu, “na medida em que prOpsio onde armen juridio oferega (a0 jue] meios para uma interpretago slstemitica satistat6ria perante0 seu senso de justia, 20 alata se das aparéncias vrbais do texto e atender aos valores subja ‘entes de, ee estar Sazendo cumpriro dreito™* -Estrabamente ssn apora aibém é fit po autores liga os & soctologi juries, por vezes temperaéa por pressupostos, tmarxistas, como o caro de Boaventura de Sousa Santos, Coro borando gue f pregava de hé muito, mormente para a escolas da magistatura de terrae brasil, o importante socislogo, em recente entrevista ao joral portugues Global Nortcas, pregow tum maior poder disercionéro em favor dos juizes no imbito do ‘ides sitsrias” peta dfess: 0 juizdevetia tr mais autonomia para dizer. “ngo acelio esta dligencia porgue no me parece {que sei para que re fap justia". Mais ainda, acentuou que ‘s jules devern poder tet" papel mais activ ediscriiondrio ho sentido de recusarem algurtas dilgencias ou arolamento de ‘mais testemunhas" > ‘A toda evidéacia, no & possvel concordar com a tee de Sousa Santos. Qual € 9 fundamento de, em plena democracia€ ‘de produgao demoeritca do direito,delegar para o juz esse po: der discrciondrio? E o que € ito, "azerjusuea"? Mais: 0 cum: Drimento estito dae regrasprocessuais~ que, mas constinigies Contemporinea eso inscriias com diteitosFundamentas~ im plea ‘privlépios”processuais ou injstigas"? Fo ju teria que feropoder de fazer essas“cotesGes"? Mas, seo devido processo legal € uma garanta contiucioal, de que modo 0 julz poderia secontrapor esa iplicagso? Veja-i 0 eterno retorno ao proble- rua do solipsismo, © que, paadoxalment, aproxima as teses de 2 pt poe an espa sp Sousa Santos com aquela defendids por Menger, Klein, out re, Bedaque, Dinarareoe tants autos. Embora so pressupotosterics diferentes, Maia Tereza Sadek ~ cientsta politica com largo prestgi junto ao Poder J: dicidrio e Ministtio PAblicabratletos ~ seg caminho seme Thante so ithado por Sousa Santos. De mit, é reset dizer ‘que Sadek de ha muito ver apontando as deficiecias na pres- tapio jurisdicional. Seus imeros deixar ear, inclusive, que, atialment, a maioria dos juizes recoahece o “estado de crise” ‘Denuncia que, ao sistema judiidrio, "a ce ébem relacionalo ou imal relacionado, 0 ideal de ustica Se contapse a privilei Tenifca como um dos fatores da impunidade a legislagio pro cestua, com demasiado nimero de recursos, manipulives pela ‘éenien jurdiea No eampo do processo civil, tia a subvalri- ‘ag dos jizados especiis: "A face de prestagao de servigus de Tinie deveria evar no Tuizado, 6 que a Justica comumn esta ‘proxima da faléncia™2” Lament, também, que # decsbes que siz individual. No plano das reformas mais ecentes,reeonese ‘que “AEC 4S sbriy espago par # efetivaeo de aleragdes de na- {urezainstcional no Judicirio. Qualificam-se nesa dimensio 4 simula vineulant, o sistema de repercussio geral, a Lei dos Recursos Repetitivas eo erlgria de tanscendencia. Esses expe Gientes comeperam aver ubizados e jf provaceram alteragdes signiicativasno perfil das Cores, no volume de processos © na ‘yalidad das sentengan™ mbora a rgueza dos dados e a importincia das dent ‘as que podem ser rtiredns das pesquisa Je Sado, as solugees pontads permanecem ou seguem una lnha de acietnf ado rminante no pepo judiiti: ade que o problema da cise es hamiorosidade,no “emaranodo” legislative e que, portato, hd (que se “fazer pesto", Em 2008, a detathat as concluses das esquisisfeitas sobre oJudicano, Sadek chega a afirmar que “o ‘lesempento de Judieirio depaade exchusivamente da gesto, da Sera ji nese be 2807208 administragio intra (2 Observes o grau de compromet mento das conclusdes da pesquisadora, vez que passa 20 lng dhe una andlise soba perapectiva da substancalidade: para ela, tetas de Tuiclaro torna-se an probleia de adminstagiovze Fenciaentoforganizasao da justiga, ‘in outs palavras, segundo Sadek, problema da vise dt justigaentaia no fato de que 03 jules (lato sensu) no estariam preporades para a gestioaiminisvativaccondmica do juicié Fo E que, se os jlaesforem melhor preparados~ inclusive ou snocmente em relagio a siber gestions ~ 0 Iudicisrio podettis) superar crise NNotse, ademas, como ae digndstios eas slugies) apr sentados por Sadek nfo enfventam o problema dos jolgamentos ‘emoerlcos (por exemplo, a qualidade das decises) e dos obs- Helos 8 democraciarepresentados exatamente poios mecanis fos por ca “elogiados” a simula” ea repercussdo geral, para fatyramenas dese. tidos como “intrumentos com eapasidade de Alera starr quo na eSTULr4 oy rowes saan Ine qualidade da prestagto jrisdicional. Agu Sadek esquece, por exemplo, ue as sdmolas So produto dla prprin fragmenta Fao das decisdes, problemstica nem de longe enftentada na pes fea Ou sei, ignora que ax simaassejamn decorrentes de um problema paradigmstico. |Além do mais, lose pereebe, nem no dingndaticn © nem sas soles, qualqier preocipagao com a problemstica filosé Ca que envelve oat de interpretar/splica. Iso fie claro quan- do, ao comentar unin deeiso fudicial de repercussto ~reformada Delo Suprerno Tribuval Federal ~Sadek diz no set possvel ds tuts a acer on erro do juz, “porque ele decide conforme esa interpretago da lei ea sua consciéncia”* Desse modo, Saek se hpronima petigosanente das {ese inscumentaitas Jo dict, etc ci 09 ina, 208 Spine wn i rege ii ae {ustamente sob o po das quis os diversos pojetos de reforma dd Poder Jieicio vm sendo conduzies (inclusive por ele eo iada, EC 45). = ‘A problematica aio es restita is froneias do Bras No direitoalienigena, Alejandro Nico faz uma profissio def no realismo juriico tm seu BI arburlo judicial juntando os ingredientes da disctisionaredade positvista com 0 paradigma sbjetivsta, Tambéin Mauzo Cappelli rende-se aos poderes Alsricionarstas do juiz, Nem mesmo Mircile Delmas-Narty* ‘consegue superar o paradigma represetacional e suas conse: ‘quéncias na teoria do ditt, Ou cea, mesmo que se afirme que a CConstituigio 0 norte da interpretaeto,doutinae urisprudeneta tind insisem na tve de que 0 “produto” desse process hecre htutivo "deve ficara cargo da convicglo-do-jui2, fenémeno que parece cob o Alibi da disercionaiedade Sob outa perspective, este fendmeno se repete no dircito civil, a partir da defesa, por parte da maiora da doattina do power snterpreniave dos yee Ms CuUSLIAS era, YUE Ut vem ser preenchidas” com amplo “subjetvismo” e "ideologi- camente”, As elausulas gerais seria uma espécie de "Cidigo do Juiz" ‘Com efeito,parcelaconsierivel dos doutrinadores civil tas braieios tailha pelo eaminho de entender o novo Cogn Civil como um sisteia abort, em face, principalmente, da ado- ‘io das clausulas grais, que seriam normas “que se caracteizam pela aberurs e porsibiliades de ring conferida ao interpret” "o esfogo intelectual do operader do direito que trabatha com hotmas abertas, como 0 io as cldusulas geri, & sobremanet ra dimensionado”, porque carecem de “complementaio valor tiva™ 0 que faz com que oinézpete se veja “obrigndo a buscar ‘em cartes espagos do sistema, ou até mesmo fora dele, a fonte ‘que inpirardefandamentara sua decisio™.© Bt ua: il 9.20 ‘hse ena do UH Fao Alege, ao SEK 1 eh pe DDespiciendo lembrar que atese representa uma concessia 3 iseriionanedade positivits, a que pode ser facilmente perebi dom assertvas do tipo le (0 Cédigo Civil na parte rlaiva $e ctdusuls peeis}confia oo intépete-aplicador, com absolut txclusividade e larga margem de liberdade, a inter responsi Tidade de encontrar dante de um modelo vago, a decisto sta pata cada hipstese fevada 8 decisio judicial” Qra, de tdo.0 foi dito, no parece de elesar so juiz 0 preeuh ‘nto conceitual ds assim chainadas “eiuulasgevair" (a mes gna crea pode ser felt ao uso da ponderagto para a, "escotha” {Go principio que srs uiizado pam a resolugio do problema ca sco pela “texturatheta da clus") Registre-se, por jusiga, que 0 pape (ou “esse” papel) das cus gerais nto sto unanimidade no seio da doutuna evil € processual evi. Nese sentido, a importante ertica de Humberto ‘Tneodoro J." contra 0 emmpregolegislativo dsse tipo de extra: tékia, muito embora admita 2 intodugto, pelo jui, de valores ‘quem “entender que o recurso as elausulas gers € wm expen {E iddneo a garantir wn ratamento mais responsive das normas ‘or parte do juz 6 altamentediscutivel, que nfo ha pré-detes: rivagio da interpreta das nosmas, © que remete& dicotomia ‘ubjelvismo-cbjedvisma"* Porisso nfo e pode confundir ou tentar buscar similines centre os prinipios constiteionas eas referidasclausulas grais {abertas) Sto coisas absolutamentedistntas, Aliss,seiancom- 6s mtn nr iinetyen petra ‘loprasigin te bu fe cee ne seca (2. Ri de Jia: Lien Sh Ce o's inna el meni acute don chow as do OS Poca a vkoge de gic, pativel com a democracia que uma Constuigdo estabelecesse, por exemplo, "principios” sie) que autorizassem juz a buscar, os “spas” for le ots pr campeon {como se « Constiuiio permitise que ela mesma fosee complementade-por qualgueraplicador, a revelia do provesso legislative reguumenrar (portant, & revela do principio demo- tration) Tso seria uma “aori2agao”paraativsmos, que, 2 fim 20 cabo, desdguam em decisicnismos ™ Ou sea, qualquer tt bunt ou propria dousina poderiam “construir”prneipios que substtalseem ou derrogesem até mesmo dispositives const ‘onais, 0 que, eonwerhames, é um passo ars em relagao a0 frau de autonomia que o diteito dover ter no Estado Demoeritieo de Dire, ‘imo proesso penal no passa despersdida a continuidade 4s forga do "principio" da verdade real, presente na maria dos auores ullizados nos cursos de dieito © nos jlgamentos

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