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MARA MUNICIPAL DE CURVELO, NO USO DAS ATRIAUTICO QUE LHES AS PELO ARTIGO 57, § 7 DALE! ORGANICA MUNICIPAL, PROMULGA A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR, RESULTANTE DA PROPOSIGAO DE LET COMPLEMENTAR N° 012/2019 QUE NAO FO! SANCIONADA PELO PREPEITO MUNICIPAL, £02 DE FEVEREIRO DE 2021. LEE COMPLEMENTAR N° 152, INSTITUL O CODIGO DE OBRAS E EDIFICAGOES DO MUNICIPIO DE CURVELO/MG E REVOGA A LEEN® 778, DE 13 DE MARCO DE 1973, CAPITULOT DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° Fica aprovado 0 Cédigo de Obras e Bdificagties do Municipio de Curvelo em substituigao @ Lei n° 778, de 13 de margo de 1973, que dispde sobre o Cédigo de Obras ¢ Normas de Urbanismo do Municipio de Curveto. Ant. 2° O Cédigo de Obras e Edificagdes tem por objetivo estabelecer normas condigdes para a execugo, por agente particular ou pablico, de toda e qualquer obra destinada a construgao, modificagde, reconstrugZo ou demoligao de cdificagses residenciais € niio residenciais no Municfpio de Curvelo, assim como para os respectivos processos administrativos de licenciamento e de fiscalizagdio, sem prejuizo do disposto ni legislagzio esiadual e federal pertinente. Art, 3° Os pardmettos técaicos estabelecidos nesta Lei buscam assegurar as edificacdes condigdes minimas de seguranga, conforto ambiental, higiene, salubridade, sustentabilidade urbana e ambiental e acessibilidade. Art. 4° A andlise dos processos de licenciamento ¢ de fiscalizagio, criados em decorréncia desta Lei, deve ser efetuada quanto a sna observncia aos pardmeiros tecnicos &._ demais exigéncias previstas nesta Lei, assim como em relagio: [+ as normas contidas no Plano Diretor do Municipio de Curvelo; If - As normas contidas na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupagiio do Solo do Municipio de Curvel III - as exigéncias relativas as condigdes de seguranga de uso das edificagdes quanto a risco de incéndios e situages de emergéncia; IV - as servidées administrativas; V~ asrestrigtes decorrentes das declaragies de utilidade publica e de interesse social; CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO ‘VI- as limitagdes decorrentes do tombamento ou de outras formas de acautelamento € preservagio de imdveis tendo em vista o interesse histérico, ambiental, paisagfstico, social ou cultural; VII- as normas para mitigar o impacto ambiental e de vizinhanga; VIL - as restrigdes para a ocupacdo de areas com risco ou contaminadas; IX- aquaisquer leis ou regulamentos que estabeleea parametros ou outras exigéncias relativas @ edificagao ou a sua inseredo na paisagem urbana. ‘Art. 5° Para efeito de aplicaglo desta Lei, so adotades os conceitos de termos técnicos contidos no Anexo 1. CAPITULO IT DAS RESPONSABILIDADES E DOS DIREITOS RELATIVOS AO CONTROLE DAATIVIDADE EDILICIA. Sega Do Profissional Art. 6° So considerados aptos @ elaborar projetos ¢ executar obras de edificagdes os profissionais Icyalmente habilitados para o cxercicio das atividades, aqui denominados responsaveis técnicos, bem como as empresas constituidas por esses profissionais, que sejam inscritos no Cadastro Municipal de Contribuintes no Municipio de Curvelo ¢ que estejam com seus impostos quitados. § 1° 0 ocupante de cargo ou emprego piiblico na estrutura da Administrag#o Publica Direta do Municipio de Curvelo fica impedido de exercer as atividades previstas no caput deste artigo no territério do Municipio. § 2° O disposto no § 1° deste artigo nao se aplica as atividades cujo exercicio decorra de atribuigao do cargo oa emprego puiblico ocupado pelo profissional, § 3° O profissional que tenha como atribuictio exercer atividades téenicas ligades ao cargo ou emprego piblico que ocupa deverd ser legalmente habilitado para tal e tera as mesmas obrigagées civis come responsivel técnico. § 4° O profissional legalmente habilitado pode assumir as fungdes de: I~ responsavel téenico pelo projeto, sendo responsiivel pelo atendimento a legislagaio pertinente na elaboraco do projeto, pelo conteddo das pegas graticas e pelas especificagdes e exequibilidade de seu trabalho; IL - responsdvel técnico pela obra, sendo responsdvel pela correta exeougao da obra de acordo com 0 projeto aprovado, observadas as normes técnicas aplicdveis, zelando por sua seguranga ¢ assumindo as consequéncias diretas ¢ indiretas advindas de sua atuagdo, CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO ‘Art. 7° Cabera ao responsivel técnico pelo projeto ou a0 responsiivel técnico pela obra tratar, junio ao Poder Executivo Municipal, dos assuntos técnicos relacionados aos projetos ¢ as obras de sua responsabilidade, devendo atender as exigéncias legais para elaboragio ¢ aprovagae dos projetos ¢ para execugdo das obras, dentro dos prazos estipulados. Art. 8° Cabe a0 responsavel técnico a responsabilidade técnica ¢ civil pelo projeto por ele elaborado ou pela obra por ele executada. § 1° Na hipotese de a autoria do projeto ser assumida por dois ou mais profissionais, estes serdo solidariamente responsdvets § Y © Executive se exime do reconhecimento dos direitos autorais ow pessoais referentes & autoria do projeto e a responsabilidade técnica Art, 9 So deveres dos responsiveis técnicos, nos limites das respectivas competéncias: I~ prestar, de forma comete e inequivoca, informagdes ao Executive e elaborar os projetos de acordo com a legistagdio vigente; IT- executar obra licenciada, de acrdo com 0 projeto aprovado ¢ com a legislacao vigente; HL cumprir as exigéncias técnicas ¢ normativas impostas pelos drgdos competentes municipais, estaduais e federais, conforme 0 caso; IV - assumir a responsabilidade por dano resultante de falha técnica na execugiio da obra, dentro do prazo legal de sua responsabilidade técnica; Y - promover a manutencio das condigdes de estabilidade, seguranga e salubridade do imével, de modo a evitar danos a terceiros, bem como a edificagdes e propriedades vizinhas, passeios ¢ logradouros piblicos; VI- zelar pela correta execugio da obra e pelo adequado emprego de materi conforme projeto aprovado no Poder Executivo Municipal ¢ em observancia as nomas téenicas da AssociacSo Brasileira de Normas Técnicas ~ ABNT; VII- dar o suporie necessério as vistorias e & fiscalizag&o das obras; VIII - afixar a placa de obra. Art, 10. No caso de alteragiio do projeto com simulténea troca do seu responsive! ‘téenico, o profissional inicial deverd ser comunicado do ocorrido. Art. 11. A substituiedo da responsabilidade técnica da obra para outro profissional que esteja devidamente habilitado e atenda as exigéncias desta Lei, ocorerd, mediante comnunicacio ao Executivo, nas seguintes situagdes: 1- de forma obrigatéria, em caso de impedimento do responsavel te II - de forma facaltativa a qualquer tempo. § 1° © novo responsivel téonivo deve assumir a responsabilidade pela parie ja executada da obra, sem prejuizo da zesponsabilizagao do profissional anterior. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 2° Quando a baixa do Registro de Responsabilidade Técnica - RRT, Anotagdo de Responsabilidade Técnica - ART ou Termo de Responsubilidade Técnica - TRT do responsével técnico for comunicada isoladamente, a obra devera permanecer paralisada até que sefa comunicada a inclusdio de nove responsével. Art. 12. A observancia das disposigdes desta Lei nao desobriga 0 responsavel técnico do cumprimento das normas disciplinadoras de sua regular atuagdo profissional, impostas pelo respective canselho profissional, e daquelas decorrentes da legislagio federal, estadual e municipal, Segfio II Do Proprietario ou possuidor Art. 13. As obrigagdes previstas neste Cédigo para o proprietério estendem-se a0 possuidor do imével. § 1° Para fins 1- proprietério: a pessoa fisica ou juridica, detestora de titulo de propriedade do imével registrado no Cartétio de Registro de Iméveis; TE possuidor: a pessoa fisica ou juridica, bem como seu sucessor a qualquer titulo, que temha de fato 0 exereicio, pleno ou ndo, de usar o imdvel objeio da obra. ce aplicag&o das disposigées deste Cédigo, considera-se: § 2 No caso de Orgto ou entidade da Administragao Publica Direia ¢ Indireta, a tiudaridade pode ser comprovada pela apresentagdo de mandado de imissio na posse, expedido em aco expropriatoria do imovel. Art. 14. E direito e responsabilidade do proprietrio ou possnidor do imével requerer perante 0 Executivo a expedi¢do dos atos administrativos relatives ao licenciamento de ptojetos e obras de edificacdes previstos nesta Lei, respeitados 0 direito de vizinhanga, a fungi social da propriedade e 4 legislagtio municipal correlate. Pardgrafo nico, © licenciamento de projetos ¢ obras de edificagdes ndo implica o reconhecimento, pelo Executive, do diteito de propriedade ou posse sobre o imével, Art. 15, Sao deveres do proprietésio ou possuidor do iméve!: L- responder pelas informagdes prestadas a0 Executivo; I+ providenciar para que os projetos e as obras no imével de sua propriedade ou posse estejam devidamente licenciados ¢ sejam executados por responsavel técnico; TH- promover e zelar pelas condigSes de estabilidade, seguranga e salubridade do imével; IV - dar o suporte necessiirio as vistorias e fisc livre acesso ao canteiro de obras e apresentando a documentagi téeni solicitado; V- apresentar, quando solivitado, taudo téenieo referente as condigdes de risco e estabilidade do imével; lizagOes das obras, permitindo-lhes 0 ica sempre que ay CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO VI- manter o imével e seus fechamentos em bom estado de conservacé. Parégrafo tinico, A depredaco por terceiro ou a ocorréneia de acidente nao isentam 0 proprietétio ou o possuidor da manutengiio do bom estado de conservagaio do imével ¢ de seus fechamentos. Ant. 16. Todos os pedidos de expedigdio dos atos administrativos relativos ao Ticenciamento de projetes e obras de edificagdes previstos nesta Lei devem ser subscritos pelo proprictério ou possuidor em conjunto com o responsivel téenico. Pordgrafo Gnico. A veracidade das informagSes e dados contidos nos projetos téenicos apresentados nos pedides de que trata esta Lei é de inteira responsabilidade do proprietirio ‘ou possuidor ¢ do responsavel téenico. Art. 17. Apés a conelusto de obra e, vencido o prazo legal de responsabitidade do responsavel técnico pela mesma, é de totel respoasabilidade do proprictétio on possuidor promover sua utilizagdo adequada e a manutenciio das condigdes de salubridade e seguranca para os ocupantes do imével, assim como para os vizinhos ¢ transeuntes. § 1° © Executive poderé Siscalizar as edificagSes de qualquer natureza, apés a concesséo da Baixa de Construglio (Habite-se), com 0 objetivo de garantir 0 disposte no caput deste artigo. § 2° 0 proprieldrio ou seu representante legal deverd comunicar ao Executivo, por meio de seus rgios de defesa civil, situagto de risco iminente que comprometa a seguranga ea salide dos usudrios e de terceiros, assim como deverd adotar providéncias no seatido de sand-las. Segio HI Do Poder Executive Municipal Art, 18. Sio atribuigdes do Executive aprovar os projetos, licenciar e fiscalizar a cexecucio das obras, certificar « conclusio das mesmas @ aplicar as penalidades cabiveis, visanido ao cumprimento da fegislagdo vigente. §1° As atribuicdes previstas neste artigo abrangem projetos ¢ obras de natureza piblicas pertencentes a quaisquer instancias das esferas de governo. § 2! Nao é responsabilidade do Executive qualquer sinistro on acidente decorente de deficiéncias dos projetos, da execugao da obra ou da qualidade dos materiais utilizados. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO CAPITULO It DO LICENCIAMENTO PARA EXECUCAO DE OBRAS Segao I Disposigdes Gerais Art, 19. Esto sujeitas ao licencismento, envolvendo a aprovactio prévia de prajeto, 2 execugéio das seguintes obras: 1- construcdio de edificaco nova ou sua modificagao; I- demoligao; IIE~ reconstrugao; IV~ movimentagfo de terra e entulho. Parigrafo tnico. A supressdo de vegetagdo deverd ser licenciada pelo érgao ambiental competente previamente A abertura do processo administrative de licenciamento para a exeengdio de obras. Art, 20. Est& sujeita a0 licenciamento, instrufdo por projeto arquiteténico contendo seas elementos consirativos devidamente dimensionados antes da execugao de obras, a construgio de marquises ¢ de muros de arrimo. Art. 21, Esto dispensadas do livenciamento, como também da aprovagio previa de projeto, execugio das seguintes obras: I= construgiio de muros, respeitado o alinhamento, exceto os de arrimo; U1- insialagdo de canteiro de obras, barracdo ¢ estande de vendas em obras licenciadas, desde que nao ocupem frea publica, nos termos de § 3° deste artigo; HII- modificagdes internas as unidades residenciais e nfo residenciais que nfo gerem alteragdo da érea liquida edificada, nos termos do Plano Diretor e da Lei de Parcelamento, Uso e Ocapacao do Solo de Curvelo: IV - instaiagdio de grades; V- servigos de manutengto e construgdo de passeios, que deveric observar as disposigdes do Cédigo de Posturas do Municipio; VI- consirug’o de abrigos para animais domésticos © cobertas em unidades residenciais, com altura maxima de 1,80m (om metto ¢ oitenta centimetros); VII- escadas ¢ rampas descobertas sobre tetreno natural, respeitados os parimetros da legislagdo vigente; ‘VUHI - impermeabilizago de lajes; § 1° As hipdteses de dispensa previstas neste artigo n&o se aplicam as obras om edifieacSes situadas nos conjuntos urbanos protegidos, iméveis com tombamento especifico, inventariados ou de interesse de preservagao, as quais deverdo ser executadas de acordo com diretrizes fornecidas pelo Consetho Deliberative do Patriménio Cultural do Municipio de Curveio, nos termos do art. 23 desta Lei. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO *'§ 2° A dispensa da aprovagiio do projeto nfo desobriga o interessado do cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros. § 3° A instalagao de canteiro e barraciio de obra e a colocagHo de elementos externos para a execusdo das obras, como cagambus e andaimes, que ocupem o fogradouro piblico, dependem da observancia de disposto no Cédigo de Posturas do Municipio de Curvelo. Art, 22. As edificagtes residenciais unifimiliares com érea méxima de 70m? (setenta metros quadrados) ¢ as edificagdes destinadas A Habitagdo de Interesse Social (HIS) ficam sujeitas @ processo simplificado de licenciamento, conforme dispuser regulamento do Executive. § 1° Para os efeitos desta Lei, considera-se HIS aquela vinculada ao atendimento de sca programas de financiamento piblice subsidiado, bem como aquela que atende aos critérios da Lei n? 11.977, de 7 de juthe de 2009, que dispde sobre o Programa Minha Casa Minha Vida, § 2° O Hicenciamento e a baixa da constragio de edificagies de que irata este artigo estd isenta do pagamento de taxa quando se enquadrar na hipotese prevista no art. 179, TH, do Cédigo Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017). § 3° Para o caso de edificagtes unifamiliares a que se refere o caput deste artigo, quando solicitado, o Executivo poderd fornecer o projeto aprovado com a planta de situagiio compativel com a sitwago topogritica do lote em questdo ¢ asistencia técnica, nos tetmos dos incisos V ¢ Vi do art. 44 do Plano Diretor do Municipio de Curvelo, que estabelece diretrizes para as politicas e ages municipeis para a habitagao. § 4° A anilise dos projetos arquitetOnicos destinados a HIS, de natureza unifamiliar ow multifamiliar, ser prioritéiria por parte do Executivo, Art. 23. As obras em edificagoes situadas nos conjuntos urbanos protegidos, iméveis com tombamento especifico, inventariados on de interesse de preservagéo dependem da amuéncia do Conselho Deliberative do Patriménio Cultural do Municipio de Curvelo, que fornecerd diretrizes para a sua execugo. Art. 24. S80 instrumentos integrantes dos processos administrativos de licenciamento para a execuglo de obras de edificacdo: I~ Cartiddo de informagao sobre zoneamento para uso e ocupagiio do solo; U- Notas de Alinhamento e Nivelamento; I= Aprovagdo de projeto; IV Alvard de Construgdo; V- Alvard de Demoligao; Vi- Alvaré de Reconstruga; VI- Certidio de Baixa de Construgio (Habite-se); Vill - Certidio de demolicéo. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Seeato Hf Da Certidao de informacao sobre zoneamento para uso ¢ ocupacite do solo Art, 25. O interessado na aprovagiio de projeto arquiteténico para a execugio de obras, como pré-requisito & apresentagio do requerimento destinado a este fim, deverd requerer a0 Sxecutivo a emissio de certidao de informagao sobre zoneamento para uso ¢ ocupacto do solo. § 18 Considera-se certidao de informagao sobre zoneamento para uso © ocupagtio do solo 0 documento que consolida as informacées urbanisticas do lote, como o zoneamento, incidéncia de dreas de diretrizes especiais (ADEs) e inserofio em Areas de protegdo, com a finalidade de subsidiar a elaboraytio do projeto arquiteténico para a excuse de obras. § 2° A informagiio sobre zoneamento para uso € ocuparao do solo seri requerida em formuldrio proprio do Executive Municipal, mediante 0 pagemento da comespondente taxa de expediente prevista no Cédigo Tributdrio Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017) e da apresentago das seguintes informagSes: I~ inscrigdo no Cadastro Municipal Imobilidrio do imével ou, no caso de ndo possuir ial insorigo, crogui detathado da sua localizagio georreferenciado; If - enderego completo do imovel. Seedio HI Das Notas de Alinhamento ¢ Nivelamento Art, 26, Para iniciar a constragiio de qualquer edificagfio, o interessado devera solicitar junto ao érgdo competente, as notas de alinhamento e nivelamento, mediante requerimento especifico e pagamento das texas publicas respectivas. Paragrafo tinico. A indicagfo das notas de alinhamento ¢ nivelamento decorte da necessidade de assegurar que a edificagfo seja construida em concordancia com a vie poblica. Art. 27. As notas de alinhameato ¢ nivelemento serdo fornecidas em forma de croquis, que indicarae os pontos piqueteados no terreno por servidor municipal competente, bem como, pelo menos, uma referéncia de nivel. 1° Qs piquetes colocados pelo érgio municipal devertio ser mantidos em seus lugares. § 2 Avalidade do croquis de alinhamento ¢ nivelamento é de 12 (doze) meses. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Sega IV Da Aprovagao de Projet Art. 28. Para efeito da aplicagdo do disposto nesta Lei, cabera ao Executive apenas 0 icenciamento do projeto arquiteténico. Art. 29. 0 processo de licenciamento para a aprovagiio do projeto arquitetinico deverk ser instrufdo com a seguinte documentagio, sob pena de indeferimento do pedide de aprovagao de projeto: 1- projeto arquitetdnico, acompanhado do Registro de Responsabilidade Técnica {RRT), Anotagiio de Responsabilidade Técnica (ART) ou Tero de Responsabilidade ‘Técnica (PRT); {- documentos que comprovem 0 atendimento a0 disposto na certidao de informagio sobre zoneamento para uso € ocupagao do solo previsia no art. 25 desta Lei; Il formuldrio de caracterizagio da edificagao com breve deseritive da concepeao arquitetOnica e do tipo de uso pretendido; IV - levantamento planiaitimetrico, quando se tratar de aprovagio inicial; V- temo de compromisso prestado pelo responsivel téenico, que seri disponibilizado no portal do Municipio de Curvelo ~ www.curvelo.mg.gov.br, atestando que © projeto arguiteténico atende ao disposto nesta Lei, no Plano Diretor © na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupaeio do Solo; Vi- comprovante de pagamento da taxa de fiscalizago de execugio de obras patticulares correspondente, conforme disposigGes previstas no Cédigo Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de seiembro de 2017) e/ou de prego piiblico aplicayel; VII- notas de alinhamento e nivelamento; VIIL- cGpia da guia de IPTU © Certidfio Negativa de Débitos relativa ao imével de que trata o licenciamento; 1X - enderego eletrénico do proprietétio € do responsivel téenico do projeto, no qual 0 interessado se deciararé ciente a partir de recebimento da mensagem pelo drgto competente. § 1° O projeto arquitetdnico ¢ suas moditicagées deve ser elaborado de acorde com as normas previstas na NBR 10126:1987, NBR 10067:1993, NBR 6492:1994, NBR 12298:1995 da ABNT e alteracdes posteriores. § 2° © Executive poderd indagar, desde que fimdamentadamente, a respeito da destinagao de uma obra, no seu conjunto ou em suas partes, recusando-se a aceitar 0 que for inadequado ou inconveniente do ponto de vista da seguranga, da higiene, da salubridade e da adequagdo & legistagto vigente. §3 Responsabil Parcelamento, Uso e Ocupagae d Deve ser anexada ac projeto arquiteténico de edificagdo a Anotagdo de idade Técnica de projet geotécnico nos casos previstos no art. 144 da Lei de Solo. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO “§ 4? Os projetos deverdo atender as fegislacdes e normativas vigentes, sob pena de responsabilidade civil, criminal e administrativa do responsive! técnico pelo projeto, pela execuydo da obra e do requerente. ‘Art 30. O prazo méxime para o Executivo concluir a andlise do projeto, aprovando-o ou emitindo ao responsavel técnico ¢ ao proptietirio ou possuidor eomunicagao eletrénica relativa & normas infringidas © eos erros técnicos cometidos é de 10 (dez) dias tteis, podendo ser estendido em aié 20 (vinte) dias iteis, contados da data de seu protocolo. 1° A prorrogagio de prazo prevista no caput deste artigo ¢ prerrogativa exclusiva de Secretario Municipal competente. § 2° E responsabilidade do Executivo providenciar, quando for 0 caso, a manifestagao de todos os 6rgios ¢ unidades da Administragio Direta do Municipio, que deverfo se pronunciar acerca da aprovaco do projeto dentro do prazo previsto neste artigo. § 3° O Executivo expedira Nota Técnica para os projetos que estiverem em desacordo com legislagéo vigente ous contiverem erros técnicos. Os projetos poderdo ser coztigidos. por uma nica vez @ sem éaus, pelo responsivel téenico e reapresentados ao Executive pare aprovagdo, desde que no alterada a concepedo do projeto original. Havendo necessidade de sucessivas corregOes fundadas na “Nota Técnica” expedida, a5 reandlises do projeto estardo sujeitas ao pagamento de taxa equivalente a 30% da taxa inicialmente recolhida. § 4° O responsavel técnico tera o prazo de 30 (trinta) dias tteis, contados de sua intimagio, para corrigir 0 projeto de acordo com “Nota Técnica” expedida pelo Executivo, sendo que 0 ndio atendimento desse prazo implica o indeferimento do projeto. § 5° Aprescntadas as comegdes previstas nos §§ 3° ¢ 4° deste artigo, o Executivo procederé conferéncia do projeto quanto ao atendimento de todes 2s modificagdes sélicitadas, devendo, no prazo ce 20 (vinte) dias iteis, aprova-lo ou indeferi-lo. § 6 Decorridos os prazos previstos no caput ¢ § 5° deste artiga sem que a andilise do projeto tenha sido concluida, 0 proprietério ou posseiro poderé notificar © Secretario Municipal competente para, no prazo de 15 (quinze) dias iiteis, aprovar ou indeferir 0 projeto. § 7 Esgotado 0 prazo previsto no §6° deste artigo sem que haja manifestacto conclusiva do Secretaério Municipal competente, fica o proprietario autorizado a dar inici obra, mediante notificagio a este. § 8° O disposto no § 7° deste artigo nao isenta 0 proprietirio e o responsivel técnica pela obra do cumprimento do disposte nesta Lei ¢ na legislagéio pertinente, bem como da aplieagia das penalidades em decorréncia da pritica de infiagdes administrativas previstas nesta Lei 6 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 9° O descumprimento pelo Executive dos prazos previstos neste artigo implica apuragio de responsabilidade, nos termos da legislagdo propria. § 10. Cada projeto seri distribuide a um Gnico servidor, que ficaré responsével por toda 2 sua andlise até a conclusto, sendo vedada a transieréncia para outa servidor, ressalvadas as hipdteses de afastamentos legais ou determinago expressa do Secretério Municipal competente § 11. Nos projetos para os quais haja previsio legal de manifestagiio dos conselhos municipais, os prazos de que tratam 0 caput § 5° deste artigo ficardo suspensos durante sua analise por esses conselhos. Art, 31. Poderfo ser aveitas divergéncias entre as dimensdes do lote, do conjunte de fotes ou do terreno constante da planta de aprovagio do parcelamento cm relagdo ae levuntamento topografico, respeitadas as dimensdes do logradouro piblivo, § 1° Na ocorréncia do disposto no caput deste artigo, para os efeites da aplicagao dos parmetros definides no Plano Diretor e na Lei de Parcelamento, Ocupayao e Uso do Solo do Municipio de Curvelo ser considerado 0 seguinte: = as dimensées apuradas no levantamento topogréfico da situagao existente, para 0 caso em que estas sejam menores que as constantes da planta de parcelamento aproveda; Il as dimensdes constantes da planta de parcelamento aprovada, conforme planta do parcelamento aprovada, no caso em que estas sejam menores que as dimensdes apuradas no Jevantamento topogréfico da situagio existente. § 2° Para 0 céleulo do potencial construtivo e da area permedvel definida pelo Plano Diretor, na bipotese descrita no inciso I do § 1° deste artigo prevaleceré a drea constante da planta de parcelamento aprovade, conforme planta do parcelamento aprovada. § 3° Pera fins do disposto no inciso 1 do § 1° deste artigo, os terenos ou lotes adjacentes devem ser regulamente aprovados e apresentar as divisas consolidadas. § 4° A eprovaciio de projeto nas condigdes expressas no caput deste artigo dependeré da prévia apresentacao, pelo proprietario do lote ou do conjunto ce lotes, de deolarayto que isente 0 Executive de responsabilidade perante terceiros. Art, 32. A aprovagio do projeto de construgdo nfo significa o reconhesimento da legitimidade dos direitos de posse, dominio ou quaisquer outros sobre o lote ou conjunto de lotes, nem a regularidade do uso da edificagiio. Art, 33. 0 ato de aprovagtio do projeto tem validade de 2 (dois) anos contados da data do deferimento do pedido, devendo, neste prazo, ser solicitady respective Alvaré de Execupao. § 1° 0 ato de aprovagto do projeto pode ser revalidado desde nfo tenha havido altcrag&o na legislag&io municipal pertinente, CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 2° No ocorréncia de alteragio na legisla;ao municipal pertinente devem ser aplicadas ‘as regras de tansigdo previstas no art. 130 desta Lei, ‘Art. 34. © proprictario ow o responsdvel téenieo poderd solicitar par escrito a emissaio de certida de aprovegdia do projeto. SeyitoV Do Alvaré de Construgio Att emissio éo respective Alvari de Construgio, salvo a hipdtese prevista no § desta Lei, Nenhuma obra prevista nos arts. 22 ¢ 23 desta Lei poderd ser iniviada sem a P do art. 30 § 1 Desde a data de aprovardo do projeto, 0 proprietéric ou o responsivel téenico poder soticitar a concesséo do alvard de constragio, que deverd ser emitido no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da soticitaca0. § 2° A demoligdo ¢ a movimentagao de tera ou entulko vinculados & construgdo de edificagdo nova ou a sua modificagdo sera licenciados por meie do Alvara de Construgso da obra principal. § 3° A demoligtio deverdi atender a todas as exigéncias previstas na Sedo V deste Capitulo ainda que seja ticenciada na forma prevista no § 3° deste artigo § 4° A emissio das licengas contidas no Alvaré de Construgio que sejam fato gerador da taxa de fiscalizagto de execugio de obras particulares, conforme disposigbes previstas no Cédigo Tributario Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017), e/ou de preco piblico instituido pelo Municipio, estar condicionada & comprovagdo do respective pagamento. § 8° A coneesstio da licenga pam construgdo de edifieap%o em terreno onde anteriormente existiv outra edificag2o que foi totalmente demolida depende da comprovagao de averbagdo do alvara de demoligo na matricula do respective imovel constante no Cartorio de Registro de Imaveis, salvo se tratar-se de posse comprovada. Art. 36, © Alvaré de Construgdo teri validade de 4 (quatro) anos, a partir da data de sua expedigao. § 1° © prazo mencionado no caput deste artigo no comeré durante impedimento Judicial momentaneamente insandvel pelo proprietirio, desde que devidamente comprovada ‘sua durago por documento habil. § 2 Encerrado 0 prazo previsto no caput deste artigo sem que a obra tenha sido concluida, 0 Alvara de Constragio poderd ser revalidado por mais 4 (quatro) anos par CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO conelusio da estnutura nfo executada, desde que nio tenha havido alteracdo na legislagao municipal pertinente. § 3°Na ocorréncia de alteragdo na legislagtio municipal devem ser aplicadas as regras de transigio previstas no art, 130 desta Lei. § 4 © Alvaré de Construg&o poderd ser cancelado mediante soticitaglo do proprietatio. Art, 37. A aprovagtio de projeto de arquitetura em substituigéo a outro j4 aprovade implica no cancelamento do Alvara de Construgtio em vigor. § 1° Sio dispensadas de nova aprovagio as alteragSes que nio atinjam elementos essenciais da edificado, conforme § 2° do art, 118 desta Lei. § 2° A substituig&io do responsivel téenico néo implica em revogagio ou renovagao de prazos de alvard. Secho VE Do Alvara de Demotigao Art, 38. A demoligdo de edificagtio deverd ser licenciada, por meio da emissiio de alvaré de demoligao ou de alvaré de construco quando vineulada a construgdo de edificagae nova ou sua modificagdio, conforme o dispasto no § 3° do art. 35 desta Lei. § 1°A demolig80 deve ser acompanhada por responsive! tecnico § 2 A concesso da licenga para demoligéo est4 condicionada comprovagao de pagamento da taxa de fiscalizayZo de execugdo de obras particulares correspondente, conforme disposigdes previstas no Cédigo Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017) e/ou de prezo piblico aplicavel, § 3° A demoligdo de imével de interesse de preservagiio depende de autorizagao prévia do drg&0 competente, § 4° A licenga de demolijio seri concedida juntamente com a licenga para movimentagao de terra ¢ entulho. § 5° © alvard de demoligdio teri validade de 12 (dove) meses a partir da data de expedigaio. Art. 39, Apés a conclustio da demoligdio licenciada ou na hipotese de reguiarizagao de demoligdo nic licenciada, 0 proprietério ou possuidor do imével deverd solicitar a0 Executive Municipal a emisstio da Certidao de Demolicao. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 1° Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipéteses nas quais, estando o Alvara de Construgio valido, a licenga de demoliggo tenha sido concedida juntamente com ¢ mesino. § 2°A emissiio da Certidao de Demoligao fica condicionada: I+ a consatagSo, por meio de vistoria, da efetiva demoligdo ¢ da limpeza complete do logradoure pitblico; Ii no caso de reguiarizacdo de demolicdo efetuada sem licenciamento, ae pagamente da taxa de fiscalizago de execugo de obras particulares correspondente, conforme disposigdes previstas no Codigo Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de seiembro de 2017), e/ow de prego piblico aplicavel e da multa prevista nesta Lei; § 3° A Certidio de Demolig&o deverd ser emitida pelo Executive no prazo maximo de 10 (dez) dias apés sua solicitagao. Art. 40, Constatada a demolig&o em curso ou conciuida de imével de interesse de preservacio ou inventariado sem o devido licenciamento, on de imével tombado, sera cada mutta na forma do Anexo VI desta Lei. § 19 Considera-se imével de interesse de preservagdo aquele cujo processo de tombamento esteja em andlise pelo Consetho Deliberative de Patriménio Cultural do Municfpio de Curvelo. § 2° Considera-se imével inventariado aquele constante da relagdo de bens calturais jnventariados pelo Municipio. § 3 © Executive, por meio do drg&éo municipal competente e¢ do Conselho Deliberative do Pattiménio Cultural do Municipio, aplicaré @ gradagdo do valor da multe prevista no cuput deste artigo Anexo VI desta Lei, considerando: [- arelevaneia histérica e cultural do imével; 1-0 dano causado aos direitos difusos; Ul - a irreversibilidade do dano causado; TV - oriseo que a movimentago de material acarreta ao imével, wos imaveis vizinhos a0 logradouro publica. § 4° E vedada a regularizagdo de demoligao de imével tombado, inventariado ou de interesse de preservacio. § 5° Na hipotese prevista no § 3° deste artigo, a solicitagtio de Cortid&io de Demoligaio deveri ser indeierida e 0 proceso encaminhado para acio fiscal, para aplicaciio das penalidades cabiveis, conforme disposto neste artigo. Art, 41, Em qualquer demoligfio ¢ retirada de entulho, o responsivel téenico ¢ 6 proprietétio ou possuidar serdo os responsdveis por todas as medidas de seguranga de terceitos, do logradouro publico ¢ de propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas necessdrias a garantia de limpeza e circulacdo dos iranseuntes, CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Segdo VI Do Movimento de Terras, Entulho ¢ Material Orginico Art. 42. A execugiio do movimento de terras, entutho ¢ materi previamente licenciada, juntamente com o licenciamento da construgio de edificagtio ou sua modificagio ou da demolico, e obedecerd ao diteito de vizinhanga, as Normas Técnicas Brasileiras, A legislago ambiental, ao Codigo de Posturas ¢ ao disposto nesta Li orgfnico deverd ser § 1°Na via publica nao poderé permanecer nenhum material decorrente de movimento de terra, entulho ¢ material orgénico. § 2° © movimento de terra ¢ entutho que resulte em desiocamento ¢ transporte de material extemo ao terreno obedecera as determinagSes contidas no Codigo de Posturas, Art. 43, Na execugo do movimento de terra, entulho ¢ material onginico é obrigatério: 1- adogdo de medidas técnicas de seguranga necessérias A preservagiio da estabilidade ¢ integridade das edificagGes, das propriedades vizinhas e da area publica; Il = apresentagaio de projeto de terraplanagem claborado por responsdvel técnico; TIE acompankamento por responsavel téenico. Parigrafo nico. © proprietario do imével ou o responsivel técnica pela modificagao das condig6es naturais do terreno que cause instabilidade ou dano de qualquer natureza a logradouro piblico ou tecreno vizinho é obrigado a executar as obras corretivas necessdrias. Secio VIE Do Alvaré de Reconstrugio de Edificagio Ar. 44. Sera concedida a licenga de reconstrugdo total ou parcial de edificacto regulermente licenciada e baixada que tenha sido vitimada por sinisiro ou que esteja em sitnagio de risco iminente, comprovados por meio de laudo téenico. § PA licenga de que trata este artigo seré concedida por meio da aprovagio de alteragiio de projeto, se for 0 caso, ¢ da emissdo de alvari de reconstrugao, sendo que a tramitagao do processo de licenciamento terd caréter prioritério. § 2° Nio seré admitide nenhuma modificagtlo na edificagio a ser reconstruida que ndo tenha como objetivo cumprir normas ¢ leis fixadas posteriormente a concessiio da Baixa de Construgto (Habite-se) da edificagdo que tenha sofrido o sinistro. § 3° Na hipétese de o projeto da edificago a ser reconstruida ndo obedecer & legistagao e as normas tenicas telativas a acessibilidade de pessoas com mobilidade CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO reduzida, sera exigida a incorporagdo de adaptagdes necessérias ao atendimento das mesmas, salvo iméveis tombados ou de protegdo especial, § 4° Nos casos previstos no § 3° deste artigo, o responsavel téenico deveré apresentar soficitacdo de exame ao Executivo, que deverd realizé-lo no prazo de 15 (quinze} dias. Ast 45, Solugdes emergenciais com vistas a abrandar situagdes de risco podem ser efetivadas antes da obtencdo do Alvaré de Reconstrugio ou de outras licengas, nas seguintes condigdes: I~ depois de efetuado aviso ao érgio municipal competente; IT garantido o acompanhamento por responsavel técnico. Art. 46, Apés 0 término da obra, 0 proprietdrio 04 possuidor devera comunicé-ia ao Executive para que sejam aplicados os procedimentos de concessto da Certidéio de Baixa de ‘Construgio (Habite-se) contidos na Segio Il do Capitulo IV desta Lei, Art. 47. A solicitagdo de licenga de reconstruco fica condicionada ao pagamenio da taxa de fiscalizagiio de execugdo de obras particulares correspondente, incluindo-se aquela relativa a alteragdo de projeto, se for o caso, conforme disposigdes previstas no Cédigo ‘Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017), e/ou de prego piblico aplicavel. ao 1X Da Regularizagao das Edificagées Art. 48, Para fins de regnlarizagiio de edificagao executada sem prévia licenga ou em desacordo com o projet aprovado, a anilise do projeto seré feita conforme critérios da legislagao vigente. § 1° Para as edificagdes comprovadamente existentes até a data de publicagtio desta Lei, ficam vilidas as disposigdes da legislagdo anterior, desde que comprovada a existéncia da mesma, § P Nas situagdes previstas no § 1° deste artigo, os parimetros previstos na legislago aplicével poderto ser flexibilizados para viabilizar adequagdes necessaries & garantia de acessibilidade c de prevengdo e combate a incéndio § 3° Para as edificagdes comprovadamente existenies até a data de publicagao desta Let ¢ que estejam em desconformidade com os perémetros da legislagae aplicavel, lei municipal especifica poder’ prever condigéies para a sua regularizago onerosa, devendo fixat as seguintes normas, entre outras: 1- _ critérios para o enquadramento da edificagao como passivel de regularizagao; IT- situagbes nao passiveis de regularizagéio; IIL critérios para o caiculo do valor a ser pago pela regularizapdo da edificagio: CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO IV - hipoteses de regularizagilo de interesse social, em que se admitird, de forma excepeional, isenpiio parcial ou total do valor a ser pago pela regularizagéo da edificagao. § 4° A comprovagdo de existéacia da edificagao, para os fins de aplicactio do disposto nos § § 1° 3° deste artigo, devera ser realizada por meio de langamento tributario relativo & cobranga de IPTU, alvards anteriores, fotos aéreas ou autos de fiscalizagiio que atestem « situagko anterior da obra. § 5° Conctuida a regularizagao, sera concedida a Certidao de Baixa da Construgio. Art. 49. A tramitagdo do processo de licenciamento para a regularizag2o de edificegdo é condicionada 20 pagamento da taxa de fiscalizagdo de execugdo de obras particulares correspondente, incluindo-se a relativa & aprovagio do projeto ¢ a baixa de construsio, conforme disposigdes previstas no Cédigo Tributério Municipal (Lei Complementar n° 118, de 27 de setembro de 2017), e/ou de prego pablico aplicavel. Art. 50. rnfio exchul a aplicagdlo de penalidades administrativas por infraglio Lei tramitagfio do processo de licenciamento para a regularizacio de edificagtie normas previsias nesta Art, 51, Para regularizaclo das edificagdes destinadas a abrigar os seguintes servigos de uso coletivo, serdo exigidas as condigdes de acessibilidade contidas na legislagéo e nas normas téenicas vigentes: I+ estabelecimentos de ensino de qualquer nivel; I~ teairos, It cinemas; IV - auditérios; V - estadios; VI- gindsioa de esporte; VII- casas de espetaculos; VIII ~ salas de conferéncia e similares. Segaio X Da anulagdo dos instrumentos de licenciamento para a execugio de obras Art, $2. Sem prejuizo da aplicagao das penalidades previstas na legistag%o municipal, 605 instrumentos integrantes dos processos administrativos de licenciamento para a execugdo de obras de edificagio discriminados no art. 24 desta Lei serdio anulados, sempre que verificado vicio que o tome ilegal, tais como nas seguintes situagoes I+ 0 ficenciamento tiver sido concediéo com inobservancia de preceitos legais ¢ regulamentares; i ficar comprovada a faisidade ou a inexatidao de qualquer declaregdo ov documento que fundamentou o licenciamento. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO ‘art, 53. Para anulacdia do instramento de licenciamento deverd ser instaurado processo administrative para averiguapio dos fatos. Pardgrafo nico. Verificuda hipitese de enulagdio, mediante decisio na qual se que os vicios de legalidade néo acarretam lestio ao interesse piiblico nem prejuize is poderd ser evider a tereeiros, 0 instrumento de licenciamento que apresente defeitos sens convalidado pelo Executivo. CAPITULO IV DA EXECUCAO DAS OBRAS Segao 1 Do Canteiro de Obras Art. 54. Para dar inicio & obra, € obrigatéria a instalagdo de placa de identificagdo que atenda & padronizarfio estabelecida pelo Executive, em posi¢éo visivel a partir do logracouro piblico, devendo conter as seguintes informagdes: I~ ntimero do processo de li T1- uso a que se destina aed do Solo em vigor, IIE - mimero de pavimentos; IV - nimero de unidades auténomas; V- rea total da edificago: Vi-nome © numero do registra profissional no CREA/CAUICFT do responsive! téenico pela execugio da obra: VII~ nome e mimero do CNPJ da empresa responsavel pela direcdo da obra, se for 0 280; VIII ~ mimero ¢ deserigio de autorizagdes complementares, quando for o eso; IX - autorizagdes dos conselhos tematicos, quando houver; X-~ 0 zoneamento em que estd inserido 0 imével, nos termos do Plano Diretor ¢ da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupagao do Solo. cenciamento ¢ do respectivo Alvaré; ago segundo a Lei de Parcelamento, Ocupagge € Uso § 1° placa de identificagio nfio poderd ter nenhuma mensagemi publicitaria. § 2° Os critérios relatives a padronizacio da place de identificaglo sero regulementados por Decreto do Executivo. Art. 55, O responsivel téenico deverd manter, no canteiro de obras, cépia do Alvar, do projete aprovado e da anctago ou registro téenico de obra, em local de facil acesso a fiscalizagdo. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO ‘Art. 56, O canteiro de obras, suas instalagdes e equipamentos, bem como os servigos preparatérios e complementares, respeitario 0 dirvito de vizinhanga e 0 disposto nesta Lei, ‘has normas técnicas brasileiras, na legislagio sobre seguranga e no Cédigo de Posturas. Art. 57. 0 canteiro de obras cuja instalegdo ocupe parte de logradouro piblica obedecerd As nommas previstas Cédigo de Posturas. ‘Art, 58, Durante a execugdo de obra, seforma, reconsirugdo ou demoli responsavel técnico ¢ 0 proprietiirio, visando a protegdo de pedesires ou de edificagbes vizinhas, deverdo instalar dispositivos de seguranga, tais como tapumes, andaimes e telas de protecdio, conforme eritérios definidos nesta Lei, na legislagdo especifica sobre a seguranga ¢ medicina do trabalho e no Cédigo de Posturas. Parigrafo nico. Na via pdblica nfo poderé permanecer nenhum material de constrag2o, observadas as normas do Codigo de Posturas. Segio IE Da Baixa de Construgio (Habitese) Art. 59. A edificagdio somente poderd ser habitada, ocupada ou utilizada apos a concessiio da Certidéo de Baixa de Construgio (Habite-se). Art. 60. A conchisio da obra seré comunicada ao Executive pelo proprietirio, possuidor ou responsavel técnico. Parigrafo Unico, Considera-se obra conciuida a que atenda, cumulativamente, as seguintes condigdes: I~ tenham instalagSes hidrossanitérias e elétricas executadas e devidamente ligadas & rede publica, bem camo area permedvel demarvada, pisos ¢ paredes impermedveis em ambientes de preparo de alimentos e higiene, vagas de estacionamento demarcadas ¢ passeios pblicos executades ao longo do meio-fio em freme ao lote, conforme exigéncias técnicas da legisiagdo em vigor; Il- apresentem as seguintes condigSes minimas de habitabilidade, salubridade e seguranga: a) contrapiso concluido: ») paredes rebocadas: ¢) cobertura concluida; ) revestimento externo acabado e impermenbilizado: e) esquadrias instaladas: f) instalagdes de combate a incéndio executadas, certificadas pelo org#o competent, quando necessétio; 2) condigdes de acessibilidade garantidas de acordo com as normas técnicas vigentes; h) concordancia com o projeto aprovade CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Art. 61. A Certidia de Baixa de Construgiio (Habite-se) seré concedida quando atendidas as seguintes condigdes: I~ apresentagio da documentagdo pertinente, inclusive o Laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros referente as instalagdes de prevengdo ¢ combate a incéndio executadas, se for caso; 11 - vistoria do imével, constatando: a) que a obra foi execatada de acordo com o projeta aprovado: ) que foram atendidas as condigdes previstes no art. 60 desta Lei; c) que a via publica e passeios froatais & obra foram reconstituidos encontram-se desobstruidos de material de constragiio. § 1° Caso a edificagio tenha sido concluida com alteracties em relagdo a0 projeto aprovado, a regularizacao do imével dar-se- mediante apresentagao de levantamento da sinagdo existente, para verificagio do Sérgio competente quanto <0 atendimento da tegislagdio em vigor. § 2° A apresentagdo do levantamento referido no § 1° deste artigo deveri ocorrer no smomento do comunicado de conchisdo da obra, hipdtese na qual a vistoria para concessao de Certidaio de Baixa de Construgdo (Habite-se) apenas sera realizada caso as alteregdes empreendidas em relagdo ao projeto aprovado no impliquem desrespeito & legislacao emt vigor. § 3° B permitida # concessiio de Certidfio de Baixa de Construgao (Habite-se) parcial para construgdo inacabada em que houver partes em condigSes de sere ocupadas, desde gue: I estas constituam unidades ou pavimentos authnomos; IL- estas aiendam ao disposto no art. 60 desta Lei; TIT- as dreas comuns estejam concluidas. § 4° Somente serd concedida Certidao de Baixa de Construgio (Habite-se) parcial para obras que posstam Alvard de Construgao em vigor. ‘Art. 62. Apés a conclustio da obra, 0 proprietdrio ou o responsdvel téenico pela obra deverd comunicar 0 seu término ao Bxecutivo, mediante formulatio proprio, instruido com a documentagio pertinente ¢ com a comprovagio do pagumento da taxa de fiscalizagiio de excouciio de obras particulares comespondente, conforme disposi¢des previstas no Cédigo Tributdrio Municipal (Lei Compiementar n° 118, de 27 de setembro de 2617) eiou de prego publico aplicével § 1° A documentagdo exigida seré a anexada ao formutirio de comunicagdo de término de obra. § 2° Para comunicagiio de término de obra, a obra deverd estar conciuida nos termos do disposto no artigo anterior de lei » CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 3° No ato de comunicagio de término da obra, 0 Alvaré de Consiragio deverd estar dentro de prazo de velidede. Art. 63. As construgdes que estiverem em desacordo com a legislagio terio sens responsaveis técnicos e proprietérios comunicados para efetuar a devida regularizacto. Pardgrafo Unico. A Certidéo de Baixa de Consirugiio (Habite-se) sera negada caso a regularizacao referida no caput deste artigo nao seja executada no prazo maximo de 12 (doze) meses, ficando o proprietirio sujeito As penalidades cabiveis, Art. 64, Apds a emissio da certidiio de habite-se © baixa de construgio, a Secreiaria Municipal de Obras ¢ Servigos Urbanos encaminbaré 0 processo 4 Secretaria Municipal de Fazenda para que os elementos de interesse da tributagdo municipal sejam transcritos no cadastro fiscal. Sesto 1 Das Obras Paralisadas Art. 65. Ocorrendo paralisaco de obra, o tapuine e 0 barracio de obra instalados sobre 9 passeio deverio ser recuados para o alinhamento do terreno, no prazo estabelecide no Cédigo de Posturas, ¢ passelo deverd ser desobstruido, pavimentado ¢ limpo. ‘Art. 66. © proprietirio de obra parelisatla ou de edificagéo abandonada serd diretamente responsvel pelos danos ou prejuizos causados a0 Municfpio ea terceiros, em decorréncia da paralisagéo ou abandono da mesma. CAPITULO V DOS PARAMETROS URBANISTICOS DAS EDIFICACOES Segao I Disposigdes Gerais Art. 67, Considera-se érea construfda a drea coberta, & excego de: I- Area sob deiral e marquise, desde que esses tenham dimenstio méxima de 1,20m (um metro ¢ vinte cestimetzos), néo ultrapassem a 60% (sessenta por cento) do afastamento minimo e estejam de acordo com 0 Cédigo de Posturas, T- reas para uso de guarda de material, atmario, cabine de gis e abrigo de animais, com aliura igual ou inferior @ 1,80m (um metro € oitenta centimnetros); UL- area de deck de piscinas ou sob terreno natural e rampas de acesso cobertas; IV - saliéncias, nos termos desta Lei; V- rea sob toldo, conforme previsto no Cadigo de Posturas; VI- rea sem utilizagao sob projegao da edificacio: CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO VIF. drea de jardineiras, contada da fachada da edificacto até 060m (sessenta centimetros) de projegao, Parégralo tnico. A area aberia sob pérgula nfo constari como area construida desde que esta no receba fechamento dos véos existentes entre elementos construidos formendo toldo. Art, 68 A permisstio para aberturas de vos de ‘luminagio ¢ ventilagao voltados para as divisas dos lotes, em edificagdes dispensadas da exigéncia de afustamentos lateral ¢ de fando minimos pela Lei de Pareelamento, Ocupagio e Uso do Solo, devers atender ao seguinte: [+ afastamento minimo de 1,50m (um metro e cinquenta centimetzos) para as divisas laterals ¢ de fund U1 - a partir do segundo pavimento, ao nivel de cada pavimeato, o fosso deverd pemitira inscrigto de um circulo de diémetro minimo D dado pela formula consiante nes alineas seguintes, onde A representa a disténcia em metros entre a laje de cobertura do pavimento considerado ¢ o piso do primeiro pavimento iluminado através da drea: a) D = 180m + (A - 5,30m)/10, no caso de os vos ilominarem e ventilarem exclusivamente compartimentos de permanéncia transitoria; ') D — 1,50m + (A - 5,30m)/4, no caso de os vaos iluminarem pelo menos 1 (am) compartimenio de permanéneia prolongada. Parigrafo dnico, As janelas ou aberturas existentes a menos de 1,50 {um metro ¢ cinquenta) da divisa lateral e de fundo deverdo apresentar anuéncia formal do proprietirio do terreno vizinho. Segio HE Dos Elementos Construtivos e dos Materiais de Constragao Art. 69, O responsivel téenico € responsivel pela escotha ¢ pela correta utilizagdio dos materiais e elementos construtivos, estruturais ou no, de acordo com as normas técnicas brasileiras relativas a resisténcia ao fogo, isolamento térmico, isolamente ¢ condicionamento aciistico, resisténcia estratural, durabilidade e impermeabilidade. § 1° Sio elementos construtivos de uma edificagao as fundagces, a estrutura, as paredes, as lajes ¢ os telhados. § 2 © responsivel téenico deverd zelar, sempre que possivel, pela utilizagao de materials ¢ tecnologias que T= tenham sido gerados de forma respeitosa com a preservagdo dos recursos naturais; IL- promovam a melhor eficiéncia em termos de consumo de energia; Il - promovam o bom uso e a economia de égua; CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO TV - promovam o canforto nos ambientes internos sem prejudicar o ambiente externo, especialmente quanto a emissto de gases geradores de efeito estufa ou outros poluentes. Art. 70. © convenieate dimensionamento, especificagao © emprego de materiais, elementos constratives ¢ instalagdes deveri assegurar estabilidade, seguranga ¢ salubridade s obras, edificagdes e equipamentos. § 1° O desempenho obtide pelo emprego de componentes habituais ou no, bem como sua utilizagtio, sera da inteira responsabilidade do responsdvel téenico que 0s tenha especificado ou adotado. § 2 As edificagdes habitacionais, no que se refere a seu desempenho, deverdo obedecer as normas técnicas previstas nas seis partes da NBR 15575:2013 da ABNT, além das demais normes técnicas que a mesma cita expressamente como necessitias para sua aplicaglo, tais como a NBR 15215:2005, relativa 4 iluminagdo natural e o ambiente construido § 3° As seis partes da NBR 15575:2013 a que se refere 0 § 2° deste artigo sto as intes: 1- requisitos gerais; I~ requisitos para os sistemas estruturais; HIE requisitos para os sistemas de pisos; 1V - requisitos para os sistemas de vedagoes verticais imernas ¢ externas; V ~ requisitos para os sistemas de coberturas; VI- requisitos para os sistemas hidrossanitario § 4 As edificagdes comerciais, industriais, institucionais ¢ especiais, quanto ao seu desempenho tecnico, devem atender as normas especificas da ABNT vigentes. ‘Art. 71. As estruturas de fundap&o ov outras estruturas deverdo ficar inteiramente dentro dos limites do lote e garantir, na sua execucdo, a seguranga das pessoas © das edificagdes vizinhas, de forma a evitar, obrigatoriamente, quaisquer danos a logradouros piblicos ¢ instalagdes de servigos. ‘Art, 72. As coberturas deverio ser feitas de modo 2 impedir o despejo de aguas pluviais nos terrenos vizinhos © logradoutos piiblicos, devendo estes ser canalizadas ¢ ter seus condutores ligados a sarjetas, « sisiemas de esgotamento de éguas pluviais ou a caixa de captacao. Ari, 73. As estraturas © paredes eparentes edificadas nas divisas do tote deverio ter as faces externas acabadas. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Secho HT Das Fachadas Art. 74. As fachadas das edificagSes podertio ter saliéncias e marquises, observade 0 disposto neste artigo § 1° As saliéncias poderdo ter dimenstio maxima de 1,00m (um metro) e avangar sobre as dreas delimitadas pelos afastamentos minimos em até 0,25m (vinte ¢ cinco centimetros) § 2 As saliéneias deverdo situar-se 4 altura de 2,60m (dois metros e sessenta centimetros) acima de qualquer ponto do piso imediatamente abaixo, com excegtio dos pilares. §3° As marquises deverdo atender, cumulativamente, as seguintes exigéncias: I~ teraltura minima de 3,00m (trés metros) acima de qualquer ponto do piso; IE- ser executadas em material duravel e dotadas de calhas ¢ condutores para égua pluvial; Il no conter pilares de sustentag%o, grades, peitoris ou guarda-corpos, sendo constituidas por balangos nas projegGes da fachada sobre o piso térreo. § 4 Em saligncias utilizadas para a instalagdo de sistemas de ar-condicionado, obrigatério baver dispositive que impeca o gotejamento ou despejo de residuos sobre a vizinhanga ou logradouro publico. Art, 75. Nenbum elemento de fachada citado nesta Segao podera avangar sobre 0 passeio, exeeto marquise. Parigrafo Gnico. A marquise deveré ter no méximo 60% (sessenta por cento) da largura de passeio, limitada a 1,00m (um metro). Art. 76. A depredago por terceiro on a ocorréacia de acideme ndo isentam 0 proprietaric da manutengao do bom estado de conservagdo das fachadas do imovel Art. 77. Nas terrenos em declive, as estruturas que gerem espacos nao utilizados deverto ser tratadas paisagisticamente ou construtivamente, de modo a ndo comprometer a paisagem urbana, 2m CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Seetio fV Dos Ambientes e Compartimentos Subsecdo [ Disposighes Gerais Art. 78. Os compartimentos terdo sua destinagdo considerada pela sua designagao ne projet e deveriio atender aos pardmetros técnicos correspondentes as fingdes que neles serio desempenhaclas fleagdes sto clasificados em: Art, 79, Os compartimentos das edi 1- de permanéneia protongada; IL- de permanéneia transitéria. § 1° Os compartimentos de permanéncia prolongada sio aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes fungSes: I= repouso; HH estar ou lazer; {1 - tratamento ou recuperagéo de satide; TV - trabalho, reunido, ensino: V- recreagio: VI- pritica de esportes ou exercicio fisico. § 2 Os compartimentes de utilizagdio transitéria so aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes fungdes: 1+ cireulagdo e acesso de pessoas; HL- higiene; IIL. guarda de veiculos; TV - guarda de materiais. Art, 80, Para todo tipo de edificagio, aplica-se, ainda, o seguinte: J nos casos de teto inclinado, 0 pé direito & definido peta média das alturas maxima e minima do compertimento, respeitada, nas edificagdes de uso nfo residencial, a altura minima de 2,10m (dois metzos e dez centimetros): T- nenhum compartimento poderd ser subdividide com prejuizo das Areas e dimensdes minimas estabelecidas nesta Lei IIL € obrigatéria a instalagao de guerda-corpo com altura minima de 0,90m (noventa centimetros), sempre que houver desnivel superior a 1,00m (um metro) entre pisos; TV - 08 vos de azesso nfo poderc ter altura inferior a 2,10m (dois metros ¢ dex centimetros). CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Subsegio ff Das Edifieaghes de Uso Residencial Unifamiliar Art. 81. Os compartimentos ou ambientes das edificagdes destinadas ao uso residencial unifamiliar obedecerdo aos parimetros minimos definidos Anexo II ~ Parimetros relativos 20s compartimentos das edificagaes de uso tesidencial unifamiliar © Anexo I-A- Pardmetros relatives aos compartimentos das edificagSes de uso residencial unifamiliar de interesse social ~desta Lei Pardgrafo énico. Entende-se por unilamiliar a edificagéo constituida por uma nica unidade residencial, em um lote onde nio existam outras edifieacdes. Subsegio 11 Das Edificagdes de Uso Residencial Multifamiliar Art. 82. As edificagSes destinadas a0 uso residencial moltifamiliar terfio, em cada unidade residencial, ambientes para estar, repouso, preparo de alimentos e higiene. § 1° Consideram-se ambientes de higiene a instalagilo sanitéria ¢ a érea de servigo. § 2° Cada untdade residencial ter pelo menos uma instalagdo samitéria, vedada sua abertura para o ambiente de preparo de alimentos. § 3° Serd admitida a conjugag&o em um mesmo espago de todos 05 ambientes citados rno caput deste artigo, excetuadas as instalagGes sanitirias, desde que esse espago ten I~ forma gue permita, em seu piso, um didmetro minimo de 2,40m (dois metios ¢ quarenta centimetros); IE ponto de égua e ecgoto para preparo de alimentos. § 4° A area liquida ou Gtil minima da unidade sera de 25,00m?2 (vinte e cinco metros quadrados). § 5° Na conformagito de ambientes minima serd 0 somatério das areas minimas de cada ambiente constante de pr inta da prevista no § 3° deste artigo, a drea total ijeto. § 6° A drea e as dimensdes minimas definidas no Anexo I desta Lei para dormitérios poderio ser reduzidas, mediante apresentagiio de leiawe que comprove acessibilidade e condigdes de habitabitidade. Art. 83, Para efeito de iluminagtio e ventilagio, toda edificaglio deveré atender 0 disposto nas normas técnicas da NBR 15575: 2013 da ABNT Att 84. Os compartimenios ou ambicntes da edificago residencial ynultifamiliar obedecerio aos pardmetzos minimos contidos nos Anexo III ¢ V desta Lei, que estabelecem, respectivamente, pardmetros relatives aos compartimentos das unidades privativas das % comum Subsegiio 1V Das Edificagbes de Uso Nao Residencial Art. 85. Qs compartimentos ou ambientes das edificagdes destinadas ao uso nfo residencial obedecerio aos pardmetros minimos contidos nos Anexos IV ~ Pardmetros relativos aos compartimentes das unidades privativas das edificagbes de uso nao residenciat —desta Lei, Art. 86. As edificagdes destinadas a usos niio residenciais deverao dispor de, no minimo, um lavabo em cada pavimento, Paragrafo tinico. As instalages sanitirias destinadas a uso comum deverdo atender ao previsto no Anexo Ill desta Lei, bem como as diretrizes contidas na legislagdo ce medicina e seguranga do trabalho e acessibilidade e, quando derem acesso a comparimentos destinados a trabalho, refeitorio ou consumo de alimentos, serdo providas de antecdimara ou anteparo. Art. 87. As edificagdes destinadas a usos especificos. como de educagdo ¢ setde, deverio obedecer, ainda, as normas dos érgtos competentes da Unido, do Estado ¢ do Municipio, eabendo ao responsive! técnico providenciar 0 licenciamento do projeto nessas instiincias previamente & aprovagao de projeto junto ao Executive, quando necessétrio. 2015 da ABNT. Art. 88. As edificagdes de uso coletivo deverio atender a NBR 90 Seeao V Das cireulagdes, eseadas ¢ elevadores em edificagdes de uso residencial multifamiliar ¢ ndo residencial Art 89. As circulagdes horizontais e verticais e os halls das edificagdes serdio clasificados como de uso privative quando pertencerem a unidades autnomas, ¢ como de uso comum quando destinadas ao acesso a mais de uma unidade auiénoma, ov quando houver uso piiblico ou coletivo. As cireulagdes horizontals e verticais ¢ os halls de que trata o caput i € A legislagio € as normes Parigrafo tni: deste artigo obedecerao ao disposto nos Anexos V desta L técnicas pertinentes. Art, 90, As escadas deverio observar as seguintes exigéncit I altura do degrau ndo deve ser maior que 0,18m (dezoito centimetres), ¢ 0 piso no deve ter menos de 0,27m {vinte ¢ sete centimetros), nlio podendo o somatério da Jargura do piso mais duas vezes a altura do degrau ser menor que 0,63m (sessenta ¢ trés CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO centimetros) nem maior que 0,64m (sessenta e quatro centimetros), ressalvadas as normas de seguranga para as escadas coletivas; Il os degraus em leque ou de escada helicoidal teréo, no minimo, 0,27m (vime e sete centimetres) na parte média do piso; JH - os pisos nflo devem ser escorregadios, nem apresentar ressaltos em sua superficie; TV -em todas as habitagdes coletivas as caixas de escada deverdo ser iluminadas € ventiladas de acorde com segra dos cOmodos de permanéncia transitéria, excetuadas as escadas de incéndio, que deverdio obedecer a legislagao especifica. § 1° Nas edificagdes coletivas com dois ou mais pavimentos, nil sera permitido o ‘emprego exchisivo de escada helicoidal para 0 acesso aos demais aveis. § 2° Nas edificagdes coletivas com 2 (dois) ou mais pavimentos, nfo sera permitido © ‘uso de degrau no patemar. § 3° Sempre que o nlimero de degraus exceder a 19 (dezenove), serdo obrigatérios os patamares intermedidrios, com comprimentos minimos de 1,00 metro e com larguras minimas correspondentes as das escadas. Art. 91, E obrigatéria a instalagdo de pelo menos 1 (um) elevador nas seguintes edificagSes. T+ com mais de 4 (quatro) pavimentos, compreendido 0 térreo, ¢ contedos a partir deste, num s6 sentido; II - em que a distancia vertical, medida a partir da soleira do acesso principal até o piso do iitimo pavimento, exceda 12,00m (doze metros). § 1° Excluem-se de célculo da altura para instalagio do elevador: I~ aspartes sobrelevadas destinadas A casa de maquinas e caixa d’Agaa; I~ 0 Gitimo pavimento quando for de uso exclusivo de pentltimo. § 2" A quantidade ¢ 0 dimensionamento de elevadores necessirios para a edificagae serd definida a partir do ediculo de trafego, a cargo do requerente, de ecordo com a NBR 5665 da ABNT, ficando estabelecido que, acima de 7 (Sete) pavimentos, € obrigatéria a instalagiio de, no minimo, 2 (dois) elevadores. § 3° Toda edificagdo de uso piblico com mais de 2 (dois) pavimentos terd, no minimo, 1 (um) elevador adaptado ao uso de pessoas com deficiéncia ou com mobilidade reduzida, salvo quando apresentar solugao em rampas, conforme os padres das aormas técnicas da ABNT de Acessibilidade. § 4 Os edificios mistos, quando obrigatéria a instalagto de elevador, devertio ser servidos por elevador exclusive para atividade residencial e exctusive para comercial servicos, devendo o cdlculo de wafego ser feito separadamente, § 5° Os elevadores nao poderio constituir o meio exclusivo de acesso aos pavimentos superiores e inferiores do edificio, devendo haver sempre scesso por meio de escada ou rampa a todos os pavimentos, 2 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 6° © hall dos elevadores em tovdos os pavimentos deverd permitir a inscrigdo de um circulo, no nivel de cada piso, com as seguintes medidas: I= 1,50m (um metro e cinquenta centimetros) de diémetro em edificios residenciais; IL- 2,00m (dois metros) de diémetro para outras categorias de uso. § 7° Todo hall que dé acesso ao elevador deverd possibilitar acesso direto escada § 8° A instalagto de elevador ou de qualquer outro aparelho de transporte somente terd sew uso liberade apés expediglo de ART - Anotagdo de Responsabilidale Téenica da instalacdo e Certificado de Funcionamento pela empresa instaladora, cuja exibigdo poderd ser solicitade a qualquer tempo pelo érgfio competente. Sega VI Da Acessibilidade das Edificagdes Art 92. A consing20, modificagao © amplizgao de edificio publico ou privado obedecerio as disposigdes previstas nas legislagtes federal, estadual e municipal referentes & acessibilidade de pessoa portadora de deficigncia ou com mobilidade reduzida, bem como as normas técnicas pertinentes. Parigraf nico. No caso de modificagio ou ampliagto de edificagdo anteriormente Heenciada, destinada ao uso residencial, comercial, de servigos ou industrial, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupagdo e Uso do Solo, os requisitos de acessibilidade deverfio ser exigidos apenas na parte da edificaglo em alterug&o, excetuada a hipdtese de impossibilidade de atendimento aos mesmos, comprovada por meio de laudo téenico. Art. 93. £ obrigatéria a comunicagao entre o hall do elevador e a eseada de incéndio. Parigrafo tinico. A exigéncia prevista no caput deste artigo poder ser dispensada se atendidas as seguintes condigdes: I~ aelevador der acesso direto a cada uma das unidades auténomas da edificacdo; H- cada uma das unidades auténomas da edificagdo tiver acesso & escada de incéndio. Art, 94, Para apticagto das nommas para a promogdo de acessibilidade as pessoas portadoras de deficiéncia ox com mobilidade reduzida, previstas na Lei Federal n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, ¢ nas demais normas pertinentes, adotam-se os seguintes conceitos: I- Euificages de Uso Pablico: aquelas administradas por entidades da Administcaglo Publica, direta ou indireta, ou por empreses prestadoras de servigos piblicos ‘eas destinadas ao publico em geral. Ss ill Bdificaghes de Uso Coletivo: aguelas destinadas as seguintes atividades, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupagdo e Uso do Solo: 2) servigo de uso coletivo, exceto os previstos no inciso I deste artigo; >) comércio, em ambientes de lojas; ©) indistria; 4) servigos de natureza hoteleira, cultural, esportiva, financeira, de saiide, social, religiosa, recreativa, turistica e edecacional; Il - Biificagdes de Uso Privado: aquelas destinadas a habitagio, & excepdo das habitagSes unifamiliares, ¢ as atividades ¢ servigos nao mencionados na alinea “d” do inciso Ti deste artigo. Art. 95. O percurso acessivel, quando exigido, atém de atender as normas fixadas ne ABNT, deverd estar livre de bareims arquitetinicas e possuir piso antiderrapanie e continuo, sendo vedada a utilizagao de piso intertravado. § 1° Nas edificagdes deve ser garantido pelo menos um percurso acessivel as pessoas portadoras de deficiéncia do fogradouro ao interior da edificacao, das lojas e das éreas de uso comum da edificagao. § 2° A acessibilidade as areas comons fica dispensada nas edificagSes cam mais de um pavimento e que no estejam obrigadas a instalaydio de elevador, Art, 96. O sanitétio acessivel, quando exigido, deverd garantir os requisitos minimos previstos na ABNT. § IP Nas Edificagdes de Uso Piblico deve ser gerantido pelo menos um sanitério acessivel, para cada sexo, em cada pavimento, com entrada independente dos demais sanitdrios coletivos. § 2° Nas Edificagdes destinadas aos Servigos de Uso Coletivo, nos termes da Lei de Parcelamento, Ocupagao ¢ Uso do Solo e da alinea “u" do inciso II do art, 94 desta Lei, deve ser garantido pelo menos um sanitério acessivel em cada pavimento, com entrada independente dos demais sanitérios coletivos. § 3° Nes Edificagdes de Uso Coletivo previstas nas alineas “b”, “c” e “d” do inciso do art. 94 deste Lei, quando obrigatério ou na exisiéncia de sanitario de uso comum ou aberto ao piblico, este deverd ser acessivel 20 uso por pessoa portadora de deficiéncia & deverio ter entrada independente dos demais. § 4° As edificagdes de uso piiblico existentes devero, no prazo de até 5 (cinco) anos, jar 0 processe de adaptagiio do edificio As normas de acessibilidade. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Art. 97, As vagas de estacionamento de veiculos para uso de pessoas portadores de deficiéncia devertio atender, além dos requisitos constantes da ABNT, os seguintes I- localizarem-se proximas ao acesso a edificagao: I~ percurso entre a vaga e a entrada da edificagdo totalmente acessivel e sinalizado; It - utilizagio de piso continuo e antiderrapante, sendo vedado o piso intertravad TV - serem de livre acesso, no configurando vagas presas. Pardgrafo tinico. As rampas de garagem deverao ter inclinagao maxima de 20% (vinte por cento) © pé-direito de 3,00m (trés metros), além de atender as normas téenicas previstas na NBR 9050:2015 da ABNT e alteragées posieriores. Seciio VI Da Iluminagio e Ventilacav das Edifieacoes de Uso Residencial Multifamiliar ¢ Nio Residencial Art, 98, Todo compartimento ou ambiente deveré ter vaos que o comuniqaem com 0 exterior, garantindo iluminagdo e ventilagdo proporcionais 4 sua fungfio, de acorda com as disposigdes desta Lei § 1° As hipéteses de dispensa do cumprimento do disposto a0 caput deste artigo sio: I= comedor de cireulagtio com menos de 10 m (dez metros) de comprimento: Hi - favabo; IKL- depésito ou clo: 1V- ball; V ~ compartimento de escada entre 2 (dois) pavimentos; VI- geragem; VIL- salas ou compartimentos de pesquisa ¢ ow estabelecimentos de satide; VIIT- salas de projegéo ¢ cabines. afi § 2° Serd permitida a adogio de dispositives cspeciais para iluminagaio ¢ ventilagtio artificiais nos eémodos previstos nos incisos I a VIII do § 1° deste artigo. Art. 99. A iluminacdo e a ventilagao do compartimento deverao observar as seguintes condicdes: 1- nenhum ponto do compartimento deve distar do vao de iluminagfo, livre de obsticulos, mais que duas vezes © meia o seu pé-direito; II- 0 vo de iluminagdo e ventilactio somente poderd ser aberto para reentrancia cuja profumdidade maxima seja igual A sua largura; TIT- quando 0 compartimenio cu ambiente for ileminado e ventilado através de varandas ¢ pela area de servigo, atenderd a) vilos de ifuminagao e ventilagdo com distncia maxima de 3,00m (trés metros) da face extema da varanda ou da drea de servico; 3 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO C4) profandidade do compartimento, medida a partir da parede onde se encontra 0 vaio de ihuminagHo, Himitada a duas vezes o seu pé-direito ¢) 0 vio de iluminagdo e ventilagao poderé ser fechado por esquadria, desde que garantidas as condigges de ventilagto, respeitadas as demais normas legais pertinentes, Art, 100, © vaio de iluminagao e ventilagao poderé ser voltado para érea de ihuminagae fechada. Art, 101. No caso de compartimentos de permanéneia prolongada iluminados através de fosso, 0 mesmo deverd medir, no minimo, 10,00m* (dez metros quadrados) e permitir « insetigo de um circulo com didmetro minimo de 2,00m (dois metros). § 1° A partir do segundo pavimento, o fosso deveri permitir, a0 nivel de cada pavimento, a inserigto de um clroulo de didmetro minimo D dado pela érmula D = 2.00m + (A - 5,30m) / 4, onde A representa 2 distancia em metros entre a laje de coberture do pavimento considerado e o piso do primeiro pavimento iluminado através do fosso. § 2° Em edificagzo com altura maxima de 6,00m (seis metros), sera admitido fosse com didmetro minimo de 1,50m (um metro ¢ cinquenta centimetros), desde que a area do fosso tenha mais de 20,00m¥ (vinte metros quadrados). Art, 102, © fosso de ituminagéio ¢ ventilagtio podent ter drea minima de 6,00m? (seis metros quadmdos) e permitir a inscrigo de um circulo de diémeiro minimo de 1,50m (om metro e cinquenta centimetros), no caso de atender, exclusivamente, compartimentos de permanéncia transitéria. Parigrafo unico. A partir do segundo pavimento, ao nivel de cada pavimento, 0 £0 deveri permitir a inscrigdo de um cireulo de didmetro minimo D dado pela formula D 1,50m + (A - 5,30m) / 10, onde A representa a distancia em metros entre a laje de cobertura do pavimento coasiderado ¢ o piso do primeiro pavimento iluminado através da area Sesao VINE Das Instalacdes ¢ Equipamentos em Edificagdes de Uso Residencial Maltifamiliar e Nao Residencial Subsegio} Disposigdes Gerais Art 103, As instalegdes e os equipamentos das edificagaes serdo projetados, caleulades e executados por profissionais habilitados, de acordo com as Normas Técnicas Brasileires, a legislagdo vigente e as especificagdes dos fabricantes, de modo a garantir seguranga, higiene e conforto dos usuarios. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO sip Act. 104, Os equipamentos mecénicos das edificagdes serdio instalados atendendo aos limites de raidos, vibragées ¢ calor estabelecidos nas Normas Técnicas Brasileiras Subsecio Ul Dos Elevadores ¢ Aparelhos de Transporte Art. 105, A instalagiio, a conservagio, a reforma, a modemizagiio e o funcionamente de elevadores ¢ outros aparelhos de transporte no Municipio sero regidos pelo disposto e! legistagdio especifica e pelas normas técnicas brasiletras. Parégrafo ‘nico, Entendem-se por elevadores ou apareihos de transporte quaisquer equipamentos destinados ao deslocamento realizado mecanicamente. Subsegio Das Instalagdes De Prevengdo EK Combate A Incéadio E Panico Art. 106, As edificagées deverdio conter condigdes de prevengae © combate a incéndio ¢ panico, conforme determinam as leis especificas de seguranga ¢ de combate a incéncio © as Normas Técnicas Brasileiras. Parégrafo nico. Excetuam-se da exigéncia do caput deste artigo as residéncias muitifamiliares horizontals com acessos independentes e diretos ao logradouro piblico © com instalagées de gis individuais. Subsegio IV Das Instalaghes de Lixo Art. 107. As edificagées multifamitiares de uso residencial, nfo residencial ¢ misto deverio dispor de compartimentos para estocagem de lixo. Parigrafo tinico. Excetuam-se da exigencia do caput deste artigo as residéncias multifamiliares horfzoniais com acessos independenies ¢ diretos 20 logradouro pablico. Segio IX Das Garagens e Estacionamentos Art. 108. As garagens ¢ estacionamentos de veiculos serio classificedas em: 1 - privativas: de utilizagiio exclusiva da populago permanente da edificagéo; 2 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO Il-coletivas: abertas @ utilizagdo da populagdo flutuante da edifiearao, podendo haver servigos de lavagem, lubrificagdo e abastecimento, Art. 109. © dimensionamento das vagas e a quantidade minima de vagas de estacionamento de veiculos para os diferentes usos e atividades permitidos deverdo atender aos pardmetros do Plano Diretor e da NBR 9050. ‘Art 11, Os estacionamentos e garagens devertio obedecer, além das demais disposigdes deste Cédigo no que couber, ds seguintes condigdes: L- acesso de veicutos independente do acesso de pedesties; I~ vaos e circulagdes de entrada e saida de vefculos com langura minima de 2,80m {dois metros ¢ oitenta centimetros) cada um, sendo que, quando componar mais de (cinquenta) veiculos, dever tera largura correspondente a dois vos; HIE- cisculago com largura minima de 3,00m (trés metros), 3,50m (trés metros ¢ cinquenta centimetms) ou 5,00m (cinco metros), quande os tocais de estacionamento formarem respectivamente éngulos de 30°, 45° e 90°; TV - fechamento externo resistente « impactos através de guarda-corpo ou outros dispositivos de protege que suportem uma carga horizontal de no minimo 25KN quando aplicada a 0,50m (cinquenta centimetros) do piso; ‘Y - altura minima de 2,30m (dois metros e tinta censfmetros) embaixo do vigamento, VI- locais de estacionamento para cada carro, numetados sequencialmente: VII - nos projetos deverdo constar obrigatoriamente as indicagdes graficas da localizagio de cada vaga de veiculo e dos esquemas de circulagHo, nic sendo permitido sobreposicdo as rampas, passagens, circulagdes € patamares de acomodagto; 'YIIL - 08 locais de estacionamento para cada carro, a distribuigao dos pilares na estrutura e a circulaedo prevista, deverdo permitir a entrada ¢ saida independente para cada veiculo. IX - as faixas de circulagzo com mudanga de direcdo terdo largura livre minima ¢ raio interno minimo de 3,50m (irés metros e cinquenta centimetros), conforme figura abaixo: CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO somone Paragrafo tnico. Os espagos de circulagao, com ou sem mudanga de diregao, dreas de manobra ¢ vagas de estacionamento de vefculos devem ser totalmente livres de qualquer inierferénoia estrutural ou elemento fisivo. Art. TIL. As garagens coletivas deveriio atender, além das demais disposigies deste eddligo no que couber, as seguintes exigéncias: I~ servigos de controle e recepg&o localizados no interior da edificagdio ou do tote, bem como a reserva de area destinada & acumulacao de veiculos no interior do lote correspondente a $% (cinco por cento}, no minima, da drea total reservada as vagas de estacionamento, nfo podendo ser numerados nem sendo computado nesta érea 0 espago necessitio a circulacko de veiculos; 11 - sala de administragao; CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO jos para usuitrios; IV - sanitarios para funciondrios; V - local de saida de veiculos para o logradonro piblico dotado de mecanismo redutor de velocidade, além de sinalizado ¢ sonorizado, de forma a garantir a seguranga dos pedlesires que transitam pela calgada, Segho X Rampas de Veieulos Art, 112, As rumpas de veiculos deveriio obedecer, além das demais disposigdes deste Codigo no que couber, a tabela e figura abaixo: (Tine 7 Wares Eve T alieag Bao nicang)Patamar de 7 | |G | maria %) |G} | Acomodasto cm) | P RETA; 300) 20) 354 $00) __espandic tol FOMPARETANQ0G 2 REAM iti Raab CURA n208 Ce eprint (eas pater a asaogs Parigrafo Unico. Os veiculos citados no caput referem-se a automéveis ¢ ulilitirios. Art. 113. As rampes de veiculos devertio apresentar: 6 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO 1 = quasda retas, apresentar faixa de cireulagao com largura livre minima de 3.00m (48s metros); TE - quando em curva, cotovelo em 90° ou em solugdo em circulagdo com largura livre minima de 4,00m (quatro metros), com 5 3,500m (trés metros e cinquenta centimeiros); II - nos casos de rampa em solugdo helicoidal, a faixa de cireulagdo deve ter largura livre minima de 5,00m (cinco metros) Taio interno minimo de 6,00m (seis metros); TV - se a rampa atender mais de 50 (cinquenta) vefoulos, em um ou mais pavimentos, a faixa de circulacdo deverd ter langura livre minima de $,00m (cinco metros) quando reta ¢ 6,00m (seis metros) quando em curva; 'V - patamar de acomodagto de 5,00m (cinco metros). Perigrafo Gnico. As rampas devem ser totalmente livres de quslquer interferéncia estrutural ou elemento fisico. ' apresentar faixa de jo interno minimo de CAPITULO VI DA FISCALIZAGAO DAATIVIDADE EDILICIA Sega E Das Infragdes e Penalidades Art. 114, A ago ou a omissfio que resulte em inobservancia as regras desta Lei constitui infiago administrativa e sua constataglio no ambito das agdes de fiscalizagao realizadas pelo Executivo Municipal resuliaré na aplicagao das penalidades previstas neste capitulo. uidor do § 1° Para os efeitos desta Lei, considera-se infrator 0 proprietario ou pos: imével e, quando for 0 caso, 0 responsivel téenico peta obra. § 2 Quando prevista a aplicagio de multa ao proprictério ou possuidor ¢ a0 responsivel iéenico pela obra, a responsabilidade é solidéria, considerando-se ambos os infratores. § 3° Os sucessores do proprietirio ou do possuidor do imével também respondem pelas penalidades. Azt. 115. © cometimente de infragilo implicaré a aplicagHo das seguintes penalidades de acorde com o previste nesta Segio eno Anexo Vi desta Lei: 1+ molta pecuniéria; Tl- embargo de obra: Ill - interdig&io de edificagio; 1V - cassagdo de documento de licenciamento; V- demoligao; § 1° A aplicagdo de uma das penslidades previstas neste artigo ado prejudica aplicagdio de outra, se cabfvel. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 2° Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infragbes, ser-lhe-Bo aplicadas, cumulativamente, as penalidades pertinentes. § 3° A aplicagtio das penalidades previstas neste Capitulo no isenta o infrator da obrigago de reparar o dano resultante da infragao, § 4° Responderd solidariamente com o infiator quem, de qualquer modo, concorrer para a pritica da infragdo ou dela se beneficiar. § 5° A pessoa juridica ou fisica, penalizada por 3 (ues) vezes em um periede continue menor ov igual a 12 (doze) meses, que ndo regularizar as pendéncias apontadas, ainda que em obras diferentes, fica impedida de aprovar projeto ou ser licenciada para executar obra nos 12 (doze) meses seguintes. Art, 116, A multa seré aplicada quando o infrator nfo sanar a irregularidade dentro do prazo fixado na notificagfo prévia ou imediatemente nas hipoteses em que nfo é prevista a notificagio prévia, conforme estabelecido nos artigos 122 ¢ 123 eno Anexo VI desta Lei: § 1° A muita sera fixada em UFM ~ Unidade Fiscal do Municipio, ¢ seu valor serd atualizado até 31 de dezembro de cada ano, com base na variagéc do indice acumalado do INPC ({ndice Nacional de Pregos ao Consumidor) dos dltimos 12 (doze) meses, na forma do ast. 335 do Cédigo Tribatirio Municipal (Lei Complementar n° 118, de 2017), © seré aplicada de acordo com os critérios ¢ valores contidos na tabela do Anexo VI desta Lei. § 2° Em casos de intervengdes em bens inventariados ou tombados em nivel municipal, estadual ou federal, sem sua respectiva licenga, 2 multa devida de acordo com ‘Anexo VI serd rmultiplicada em 10 (dez) vezes. Art. 117. Em cada reincidéncia, o valor da mult a ser aplicada corresponderé ao dobro do valor que seria devido. Parigrafo Gnico, Considera-se reincidéncia a repetigdo da infragdo de um mesmo dispositive desta Lei pela mesma pessoa fisica e juridica depois de passeda em julgado, administrativamente, a decistio condenatéria, referente a infragtio anterior. Art, 118. A penalidade de embargo de obra seré aplicada quando: 1- a obra estiver sendo executada sem projeto aprovado € respective alvaré, ressalvado 0 disposto no § 7 do art. 30 desta Lei; Ll- for desrespeitado o respective projeto aprovado, em qualquer de seus elementos essenciais nos termos do § 2 deste artigo; III a obra no possuir o acompanhamento de um responsével tecnico: IV- estiver em risco a estabilidade da obra, conforme atestado através de laudo especifico; V~ 0 proprietario ou o responsdvel téenico se recusarem a atender qualquer notificagfo do Executivo referente ao cumprimento de dispositives desta Lei CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO ia forem observadas as “Notas de Alinbamento”, ou sua execugio se Iniciar § 1° Considera-se embargo a ordem que determina a paralisagtio imediata dos trabalhos na obra em execugiie sem a respectiva licenga ou por desatendimento a legistacao. § 2° Os elementos essenciais da edificagio de que trata o inciso II deste artigo sto os seguintes: 1- nivel de implantagdo da edificagao; If- locagio da edificagdo em relagao ao terreno; IM - perfmetro da edificagao; TV. altura da edificacio, incluindo pé direito e espessura de lajes; V- freae forma da cobertura; VI- as dimensdes e as areas dos pavimentos; VIT- qualquer outro elemento que configure a mudanga de destinagdo da edifi § 3° As obras que forem embargadas deverdia ser imediatamente paralisadas. § 4° Para assegurar a paralisagiio da obra embargada, 0 Executive poderi, se for 0 ‘caso, realizar a apreensio de ferramentas ou equipamentos. § 5° Durante o prazo em que vigorar 0 embargo, somente poderdo ser executadas as obras necessirias & garantia da seguranca da edifieago ou dos iméveis vizinhos e as necesséiries para fina de regularizago, mediante autorizagio do Executive. § 6 © embargo somente seré levantado apés 0 cumprimento das exigéncias que 0 motivaram ¢ mediante requerimento do interessado ao Executivo, acompanhado do projeto aprovado, Alvari e comprovantes do pagamento das rmultas, taxas e/ou pregos puiblicos devidos. § 7°A desobediéneia a0 aato de embargo acarretard ao infrator a aplicacao da pena de multa conforme previsto no Anexo VI desta Lei. Art. 119, A penalidade de interdigao da edificagao sera aplicada quando: I- houver sua ocupagdo sem o respectiva Baixa de Construgdo (Habite-se); IL- risco @ seguranca da coletividade ou do pessoal da obra: IIL - ameaga a satiée piblica; TV - risco A segurana e estabilidade de construgdes préximas; V - se for utilizado para fim diverso do consignado no projeto. § IP Considera-se interdigao a ordem que determina a proibigto imediats de uso de porte ou da totalidade da edificaciin, envolvenda a seu fechamento e desocupactio em decorréncia de situagao irregular ou de risco. § 2 Qualquer edificagho poderé ser interditada, sempre que suas condiges de conservagdo possam afetar a saiide on a segurenga de seus ocupantes ou ce terceiros, independenitemente ¢e estar ou nfio em obras. » CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 3° A desobediéncia ao auto de interdig&o acarretard ao infrator a aplicagae da pena de muita conforme Anexo VI desta lei, § 4° Mediante requerimento do inieressado ou determinagdo do Executivo, poderao ser autorizadas obras necessérias & garantia da estabilidade, seguranga e corregio da edificagae nos termos deste Cédigo, podendo o Executivo exigir laudo téenico com Anotagao de Responsabilidade Técnica — ART, Registro de Responsabilidade Técnica ~ RRT ou Termo de Responsabilidade Técnica - TRT. § 5° A interdigdo somente serd levantada apés 0 cumprimento das exigencias que a motivaram c mediante requerimento do interessado ao Executive, acompanhado do projeto aprovado, Alvara e comprovantes do pagamento das multas, taxas c/ou pregos publicos devidos. Art. 120. A penalidade de cassaciio do alvard seri aplicada: 1- apés a aplicagio do embargo ou da interdigZo, na hipétese de nflo terem sido efetivadas as providéncias para regularizacao da obra nos prazos estabelecidos; T= em caso de desvirtuamento, por parte do interessado, da licenga coneedida; TIT - em caso de desceraterizagao de bem iombado ou inventariado. Parigrafo tnico. Para efeito do disposto no inciso I deste artigo, considera-se desvirtuamento da licenga concedida I- amudanga de uso em relagio a0 projeto aprovado; IL- a perds de elementos arquitetdnicos do edificio que sejam objeto de sua caracterizago como bem cultural. Ast, 121. A demolig%o, total ou parcial, da obra sera imposta nas seguintes situagdes: E- construgdo isregular, assim entendida aquela que nao for passivel de regularizegiio: I~ construct considerada em situagdo de risco iminente, conforme faudo técnieo de profissional devidamente habilitado, em que 0 proprietario nao queira ou néo possa reparar, HIL- obra paralisada, conforme previsto no caput do art. 66 desta Lei. IV. construgdo que descaracterize hem tombado ou inventariado, § 1° Nos casos de risco ou dano ao patriménio cultural, as providéncias cabiveis serio tomadas seguides de laudos téonicos de vistoria, assinadas pelo responsével técnica legalmente habilitado, assegurando medidas para conter 0 risco existente ou a descaracterizagtio do bem cultural iombado, § 2° Nos casos de risco alto ¢ iminente, haverd imediata desoeupagéo do imével, com respectiva lacragio do edificio, até que providéncias cabiveis de reparo ou de demoligao, dentro do respective processo administrativo, sejar tomadas. 4 Bee CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 3° Veneido © prazo para o cumprimento do disposto na notificagdo sem que demolig&o teaba sido efetuada, o Executivo dard inicio aos procedimentos legais com vistas & demoligdo do imével, correndo as custas e os custos por conta do proprictério. Segiio HI Da Aplicacio das Penalidades e dos Recursos Art 122. A aplicagio das penalidades previstas nesta Lei ser antecedida de notificagéo prévia nos casos previstos no Anexo VI desta Lei § 1°A aotificagdio implica a cbrigatoriedade de o infrator sanar a imegularidade dentro do prazo fixado. » Nao sanada a irregularidade dentro dos prazos previstos no Anexo VI desta Lei, 0 infrator sera autuado, devendo-se aplicar as penalidades correspondentes a infragho. Art 123. A notificagdo prévia ser dispensada nas hipéteses previstes no Anexo VI desta Lei, devendo, nesses casos, 0 inffator ser autuado com aplicagao direta das pena correspondentes & infragao. Art. 124. Os documentos de notificagdo ¢ de autuagio deverio conter: 1- aidentificagao do infrator TL- a descriedo da ago ou omissio, que constitui violagao ao disposio nesta Leis TI- dispositivo legal infringida; IV- oprazo fixado para que a irregularidade seja sanada, quando for 0 caso; V- apenalidade aplicada, conforme o caso; VI- a identificagdo do érgao responsavel pelo ato; VIL- ¢ identificagio da reincidéncia, quando for 0 caso; VIIL- 0 prazo para apresentacio de recurso contra a autuagio, conforme art, 126 desta Lei, ‘Art 125, O documento de autuago serd entregue diretamente ao infrator ou a seu preposto, ou enviada por via postal com aviso de recebimento, ou publicada no Ditirio Oficial do Municipio. Att. 126. 0 infrator poderé apresentar recurso: I~ em primeira instincia: a) conta a notificacdo prévis, dirigido & chefia do drgfo notificante, dentro do prazo fixado para sanar a irregularidade; ’) contra outras autuagées, no prazo de 10 (dez) dias, dirigido A chefia do drgto autuante, contados do recebimento ou da publicagdo do documento respectivo, conforme 0 caso; 4 CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO TI - em segunda instancia, no prazo de 10 (dez) dias, dirigido ao Secretirio da pasta, a partir do recebimento da comanicagdo da decisio de primeira instincia ou da publieagao da mesma, conforme 0 caso. § 1° A interposigao de recurso no suspende © prosseguimento da ago fiscal correspondente, ficando suspenso apenas o prazo para o pagamento da multa. § 2 Os recursos serio sempre por escrito e dentro do respectivo processo administrativo. § 3° Aplica-se subsidiariamente a esta Sego, as disposigGes da Lei Municipal 1° 3.298, de 11 de abril de 2019. CAPITULO VIL DAS DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS Art, 127, Sio partes integrantes desta Lei os seguintes Anexos: 1- Anexo 1- Conceitos II- Anexo H ~ Parimetros relativos aos compartimentos das edificagSes de uso residencial unifamiliar € Anexo H-A- Partmetros relativos aos compartimentos das edificagdes de uso residencial unifamitiar de interesse social; HIE~ Anexo TI — Parametros relativos aos compartimenios das unidades privativas das edificagdes de uso residencial multifamitiares; IV - Anexo IV —Pardmetros relativos aos compartimentos das unidades privativas das edificagdes de uso nao residencial: V- Anexo V ~ Parimetros relativos aos compartimentos das areas de uso comum; VI- Asexo VI--Tabela de notificagao prévia e multas. Art, 128, Os procedimentos complementares que se fizerem necessitios para a execugio desta Lei com transparéncia e garantia do direito de acesso i informagio seréo fixados em regulamentos do Poder Executivo. Art, 129. As edificagées destinadas a usos especificos que impliquem a aglomeracao de pessoas, tais comio, templos, auditérios, cinemas, casas de espeticuio, teatros, estédios esportivos, escolas e hospitais, deverdo respeitar as normas de seguranga ¢ demais nommas téenicas especificas pertinentes, além dos parimetros urbanisticos ¢ demais critérios para edificagdes destinadas a usos nZo residenciais previstes no Capitulo V e no Anexo IV desta Lei Parigrafo. nico. © Poder Executive Municipal poderd ainda estabelecer regulamentacao especifica voltada a definir regras complementares para as edificagées provistas neste artigo. CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO “art. 130, Nas seguintes situagSes é garantida a aplicag&o dos parimetros urbanisticas ¢ lemais exigéncias relativas a constrasio de edificagtes previstos na legislagdo anterior & esta Lei: I+ projetos apresentados para aprovacio até a data de publicagio desta Lei, desde que 0 alvard de consirucdo seja requerido em até 60 (sessenta) dias apds a sua aprovacdo; I~ projetos aprovados até a data de publicagtio desta Lei, desde que o alvard de construgde sgja requerido em at 90 (noventa) dias apés # publicagdo desta Lei; Iff - projeto aprovado com alvard de construgdo vigente. § 1° Nas situagdes previstas no inciso 1 deste artigo, caso, no decomer dos procedimentos relacionados A avaliago do projeto, o empreendedor se mantiver inerte por mais de 30 (trinta) dias da notificagao para tomar providéncias a seu cargo, 0 processo administrativo de aprovagtio sera encerrado, nfo eabendo reconsideragao. § 2° Nas situagées previstas nos incisos 1 € 11 0 alvard de constragae nde poder ser revalidado, § 3° Nas situagGes previstas no inciso HI deste artigo, findo 0 prazo do alvari de construg8o sem que a obra esteja conclufda este poderd ser revalidado, por perfodo maximo de mais 4 (quatro) anos. § 4° Na hipotese no § 3° deste artigo, para a revalidagdo de Alvari de Construgéo de ‘obras que inciuam a complementagdc da estrutura constante de projeto aprovado, este deverd ser reapreseniado para aprovacdo, de acordo com os critérios da nova legislacdo, § 5° Excepcionalmente, a revalidagdo de Alvar de Construgao de obras que incluam a complementacfo da esiratura constante de projeto aprovado de acordo com pardmetros urbanisticos alterados por lei superveniente poderé ocorrer, desde que preenchidos os seguintes requisitos: 1 os pardimetros urbanisticos constantes da legislagfo alterada ¢ considerados para aprovagto do projelo arquiteténico podertio ter sido objeto de, no maximo, uma iinica alteragfio: I~ eventuais modificagdes de projeto n&o poderio resultar em parémetros urbanisticos menos resttitivos que aqueles constantes do projeto aprovado: III - a revalidagtio do Alvaré de Constragdo, na hipstese prevista neste pardgmafo, seri onerosa, determinando-se o valor devido pela formula V = (Ap - Ae)/2. x VUCAb, na qual: a) V Go valor a ser pago pelo requerente; b) Apéa frea liquida a edificar constante do projeto arguitetdnico aprovado; ¢) Ae corresponde a drea ligida edificavel, apurada de acordo com a legislagdo em vigor, ow a érea liquida edificada corespondenie a estrutura jé executada, o que for maior; ‘Vi € 0 valor do metro quadrado de terreno. apurado em conformidade com os elementos constantes do Cadastto Imobilidrio, utilizados para a definigao da base de célculo do Imposto sobre Transmissio de Bens Iméveis por Ato Oneroso "Inter Vivos" - [1 BK, 2) CAb é 0 Coeficiente de Aproveitamento basico do terreno. a CAMARA MUNICIPAL DE CURVELO § 6 © valor apurada para a revalidagaio de Alvaré de Construgfio na forma do § 5° deste artigo poderd ser abjeio de parcelamento, § 7° As varidveis Ap e Ae serfo definidas, tomando-se por base os critérios legais vigentes de célculo de area construida. § 8° Fiea dispensado do pagamento do valor de que tata o § S* deste artigo o eondominio de adguirentes que, com 0 objetive de dar continuidade a construgho do empreendimento, promover a destituigao do incorporador, denunciando a incorporagao, em virtude de paralisagio injustificada da obra, da existéncia da deelaragdo de faléncia ou de recuperagio judicial. § © Na hipétese de que trata o § 8°, a revalidagio do Alvard de Construgdo podera ser concedida mesmo que no tenha ocorrido o inicio das obras. § 10. 0 incorporador que vertha a ser regularmente desiituido na forma da Lei Federal nf 4.591, de 16 de dezembro de 1964, tera suspenso o direito de obter novos alvarés de construgdo no Municipio pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do ato de destituigao. § 11. Os prazos mencionados neste artigo nfio correrdo durante impedimento judicial momentaneamente insanével pele proprictério ou possuidor, desde que devidameme comprovada sua duragao por documento habit Art. 131, Fica tevogada de forma integral a Lei n° 778, de 13 de maryo de 1973, que dispde eobre 0 Cédigo de Obras e Normas de Urbanismo do Muniefpio de Carvelo. Art.132. Esta Lei entrard em vigor na data de sua publicagdo. ‘Camara Municipal de Curvelo(MG), 02 de fevereizo de 2021. ANEXOI (a que se refere o art, 127 desta Lei) CONCEITOS E TERMOS TECNICOS © ACESSIBILIDADE - Possibilidade e condicio iguslitérias de acesso e uso, sem barveiras arquitetdaicas ¢ obsticulos, para todo cidadio, especialmente para pessoas com mobilidade recuzida. + AFASTAMENTO FRONTAL MINIMO - Menor distincia permitida etre a edificagao ¢ 0 alinhamento do terreno, medida perpendicularmente a este. « AFASTAMENTO LATERAL E DE FUNDO MINIMO - Menor distancia pemnitida entre qualquer elemento construtivo da edificagdo ¢ as divisas laterais e de fundes, medida perpendicularmente a essas. * ALINHAMENTO - Limite divisério entre o lote ¢ 0 logradouro pitblice. «+ ALVARA DE CONSTRUCAO —€ o instramento por meio do qual é concedida licenga para edificar; + ANDAIME - execucio de obras. + ANDAR - Qualquer pevimento de um edificio; + APARTAMENTO - unidade habitacional componente de um edificio multifamil + AMBIENCIA — Qualidade de determinado lugar, que corresponde a um conjunto de elementos fisieos — naturais e constnuidos -, estéticos, repletos de significados, em fenclo de valores e vivéncias dos grupos sociais que, historicamente, constroem a cidade. « AMBIENTE - Espaco nfo necessariamente delimitado por paredes com destinacdio especifica. + ANOTACAO DE RESPONSABILIDADE TECNICA - Terme de responsabilidade civil do profissional habilitado em seu consetho de classe, » ANTECAMARA - Espaco fechado com duas ou mais portas, interposto entre duas ou mais dreas de classes de limspeza distintas, com 0 objetivo de controlar 0 flaxo de ar eatre ambas, quando precisarem ser adentradas. « _ANTEPARO - peca rigide que cumpra a funcdo de resguardar o ambiente, impedindo a visio direta de seu interior. » AREA DE ESTACIONAMENTO DE VEICULOS - Area que compreende espagos de guarda e manobra de veiculos cuja dimensdo minima é prevista na lei de uso, ocupaco e parcelamento do sok + AREA DE ILUMINACAOIVENTILACAO - Area Livre descoberta destinada 4 ituminagdo e & ventilagdo dos diversos compartimentos da edificacao. + AREA DE ILUMINACAO FECHADA - Area descoberta confinada ou fosso de iuminacto, + AREA DE CARGA E DESCARGA - Aree destinada a carregar ¢ descarregar merzadorias. « AREA DE ILUMINACAO E VENTILACAO - Arca livre destinada a iluminagdo ¢ ventilacio, indispensivel sos compartimentos. + AREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE - Aree destinade a embarque desembarque de pessoas. ispositive de seguranga utilizado para suporte de operirios durante + AREA DE ESTACIONAMENTO - Area destinada 2 estacionamento ov guarda de veicutos, + AREA DE USO COMUM proprietérios ou usuarios do prédi comunitari « AREA UTIL ~ superticie utilizavel de uma edificacdo, exclnidas as paredes * BARRACAO DE OBRA - estutura proviséria, com fins exclusivos de suporte as atividades da obra * BEIRAL - Prolongamento em belango da cobextura, que sobressai das paredes extemas da edificacio, no podendo ser utilizado como piso, ndo contando com ares construide * BRISE - Conjunto de elementos construtives postos nas fachadas para controlar e incidéncia direta da luz solar nos ambienies, * CANTEIRO DE OBRAS - espaco onde so desenvolvidos os trabalhos de uma construpdo, armazenagem dos materiais ¢ alojamento provisdric dos operatios. * CERTIDAO DE BAIXA DE CONSTRUGAO (HABITE-SE) - documento relative & comprovagio de que 2 edificariio foi construida conforme o projeto aprovado. * COMPARTIMENTO - ambiente limitado por paredes. * CONSTRUCAO - qualquer obra nova ou modificacio de edificacdo existente. * CORRIMAO ~ barra instalada junto a paredes, escadas, rampas ou corredores, com altura adequada para servir de apoio aos usudrios. * CIRCULACAO HORIZONTAL COLETIVA - espago de uso comum necessirio a0 desiocamento em um mesmo pavimento ¢ ao acesso as unidades privativas. * CIRCULACAO VERTICAL COLETIVA - espaco de uso comum necessério ao deslocamento de um pavimento para outro em uma edificagdo, como caixas de escadas, de elevadores ¢ rampes. * COBERTURA - Ultimo pavimento de uma unidade residencial em edificaedo com mais de duas unidades autdnomas agrupadas verticalmente. * COTA ~ indicagdo ou registro numérico de dimensdes DEMOLICAG - destruicgo, parcial ou integral, de qualquer edificacao. DEPOSITO - compartimento nao habitavel destinado a guarda de utensilios e provi DIVISA ~alinhamento que separa o lote da mua ou logradouto piiblico. Edificacao ou edificio - construgdo destinada a abrigar quaisquer atividades humanas. ELEVADOR ~ Equipamento eletromeciinico destinado a construgdo vertical. EMBARGO ~ penalidade administrativa que determina a paralisaco imediata de uma obra. * ENTULHO ~ residue sélido de construcdo ou demoligao. + ESCADA - elemento de composiede arquitetOnica cuja fingdo & propiciar a circulagio vertical entre desniveis, constimindo uma sucessio de, no minimo, wés degraus. « ESQUADRIA- termo genérico para indicar porias, caixilhos, venezianas, etc. * ESTANDE DE VENDAS — Estrutura proviséria, voltada exclusivamente para a comercializagao e demonstracde das unidades da edificagto em construcdo e edificada no terreno da mesma. « ESTRUTURA - conjunto de elementos construtivos de sustentacde da edificagdo, abrangendo furdacées, pilares, alvenaria autoportante, vigas e lajes. * FACHADA- face extema da edificagio. + FRENTE OU TESTADA - Maior extensio possivel do alinhamento do lote ou grupo de lotes voltada para uma mesma via. Area destinada exclusivamente ao uso comum por todos os ou condominio, sendo livre 0 acesso ¢ 0 uso, de forma

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