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Produção

Textual
Aluno

Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
8º Ano | 4° Bimestre

Disciplina Curso Bimestre Ano


Produção Textual Ensino Fundamental 4° 8º

Habilidades Associadas

1. Relacionar a lógica que presidiu a divisão das cenas aos efeitos criados por tal divisão.
2.Explorar o valor expressivo do adjetivo em descrições de cenários e personagens.

3. Usar sinais gráficos específicos na estruturação do diálogo.

4. Inserir a interjeição nas falas das personagens como marca de oralidade.


Apresentação

A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito


de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de
pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios
estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para incentivar o
desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem
autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de
cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não
cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio
dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para
desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o
desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo
mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto
um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno
autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação
objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de
ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de
aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa
ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina,
será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e,
assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da
autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências
fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o
aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

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A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de
Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto
com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se
disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores
de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas
aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br
para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a
elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

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Caro aluno,

Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas


habilidades e competências do 4° Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual do
8º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você, aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas de
conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso.
Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e independência
indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do conhecimento do
século XXI.
O objetivo desta dinâmica é fazer com que o aluno consiga reconhecer o efeito
de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
Por essa razão. As atividades propostas, a partir de um texto teatral, sugerem
inicialmente a análise do contexto e interjeições e adjetivos, pois esses elementos
determinam, em arte, a escolha da palavra, criando o efeito desejado para o
desenvolvimento da peça teatral.
Este documento apresenta 03 (quatro) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aula. Para reforçar a aprendizagem, propõe-se,
ainda, uma avaliação sobre o assunto.

Um abraço e bom trabalho!


Equipe de Elaboração

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Sumário

Introdução......................................................................................................... 3
Aula 1: O que é teatro? ......................................................................................... 2
Aula 02 Interjeição .............................................................................................. 2
Aula 3: Adjetivo ................................................................................................... 2
Avaliação .............................................................................................................. 2
Referências ........................................................................................................... 2

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Aula 1: O que é teatro?

O texto teatral é um texto narrativo que dispensa o narrador, uma vez que no
teatro a história não nos é contada, mas “mostrada” pelos atores representando as
personagens. Em virtude da falta do narrador, o diálogo constitui-se o elemento
determinante da ação dramática. O texto teatral encenado exige elementos como o
cenário, luz, figurino, maquiagem, gestos, movimento, etc. No texto teatral escrito,
esses elementos estão presentes nas rubricas, que aparecem em letras de tipos
diferentes, em itálico, por exemplo.

Contudo, é necessário explicitar que o objetivo do texto é mostrar o conceito de


teatro num modo geral e aproveitamos o momento para deixar registrado que existem
peças teatrais onde o narrador é indispensável para a história e completando, cenários
não são indispensáveis, mas elementos que completam o mundo teatral.

Um bom exemplo de uma peça teatral onde o narrador é indispensável e o


cenário não é essencial ao contexto do espetáculo o monólogo: “Viver sem tempos
Mortos" da consagrada atriz Fernanda Montenegro onde a peça tem a intenção
de partilhar com a plateia o esforço que precede a criação de um espetáculo, até chegar
ao público. Agora observe algumas características de uma produção teatral.

Como toda narrativa, deve responder a algumas questões importantes, como:

O QUÊ_o(s) fato(s) que determina(m) a história- ENREDO


QUEM? _ seres que participam da história- PERSONAGENS;
COMO? _ o modo como se tecem os fatos;
ONDE? _ o lugar ou lugares da ocorrência - ESPAÇO
QUANDO? _ o momento ou momentos em que se passam os fatos – TEMPO
POR QUÊ? _ a causa do acontecimento.
Essas questões são respondidas no decorrer da história que apresenta a seguinte
estrutura:
Situação inicial: trata-se do início da história, em que aparecem o lugar e a época dos
acontecimentos e a apresentação dos personagens.

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Desenvolvimento: vem logo após a introdução. Nessa parte, aparece o problema da
história (CONFLITO) e os acontecimentos se desenvolvem. O momento mais
emocionante da história chama-se CLÍMAX.
Desfecho: é a parte final da narrativa em o problema é resolvido.

A história pode ser contada por um personagem ou não. Isso depende do foco
narrativo:
 Foco narrativo de terceira pessoa – o narrador não participa dos fatos
relatados.
 Foco narrativo de primeira pessoa – o narrador se torna também um
personagem, assumindo a condição de narrador protagonista ou narrador
coadjuvante.
Agora, iremos apresentar um trecho de uma obra teatral do autor “Dias
Gomes” chamado de o “Pagador de Promessas”.

Introdução

“O HOMEM, no sistema capitalista, é um ser que luta contra uma engrenagem


social que promove a sua desintegração, ao mesmo tempo que aparenta e declara agir
em defesa de sua liberdade individual. Para adaptar-se a essa engrenagem, o indivíduo
concede levianamente, ou abdica por completo de si mesmo. O Pagador de Promessas é
a estória de um homem que não quis conceder – e foi destruído. Seu tema central é,
assim, o mito da liberdade capitalista. Baseado no princípio da liberdade de escolha, a
sociedade burguesa não fornece ao indivíduo os meios necessários ao exercício da dessa
liberdade, tornando-a, ilusória. (GOMES, DIAS. 1972).

Primeiro ATO: Primeiro quadro.

A primeira cena da peça teatral inicia-se às quatro horas e trinta minutos. Ainda
não havia amanhecido na cidade de Salvador e o casal Zé do Burro e sua esposa Rosa,
chegam a frente à igreja de Santa Bárbara. Saíram às cinco da manhã do interior baiano
e caminharam sete léguas até que chegam à igreja um pouco antes desse horário. Zé do
Burro era um homem muito simples, proprietário rural de um pequeno pedaço de terra
no interior do nordeste, donde tirava o sustento de sua família e possuía um burro, o
Nicolau por quem tinha muito apego e que acreditava que tinha “alma de gente”. Uma

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fatalidade mudou o rumo de sua vida: um dia o burro foi atingido por uma queda de
uma árvore, em virtude de um raio, deixando-o gravemente ferido. Zé do Burro
desesperado ante essa situação, fez uma promessa à Santa Bárbara: caso seu burro se
recuperasse, ele dividiria suas terras entre os necessitados e carregaria uma cruz tão
pesada como a de Jesus até a igreja da Santa. Como em sua cidade não havia a
respectiva igreja, fez a promessa em um terreiro de candomblé, onde ela é conhecida
pelo nome de Iansã. Seu burro se recupera e assim, ele e sua esposa, partem em via
crucis para cumprir o prometido e oferecer ao padre responsável pela referida igreja, à
sua cruz.

Zé — (Olhando a igreja.) É essa. Só pode ser essa. (Rosa pára também, junto aos
degraus, cansada, enfastiada e deixando já entrever uma revolta que se avoluma.)

Rosa — E agora? Está fechada.

Zé — É cedo ainda. Vamos esperar que abra.

Rosa — Esperar? Aqui?

Zé — Não tem outro jeito.

Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato.) Estou com
cada bolha d’água no pé que dá medo.

Zé — Eu também. (Contorce-se de dor. Despe uma das mangas do paletó.) Acho que os
meus ombros estão em carne viva.

Rosa — Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.

Zé — (Convicto) Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinha.

Rosa — Então: se você não falou, podia ter botado; a Santa não ia dizer nada.

Zé — Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não
usou almofadinhas.

Rosa — Não usou porque não deixaram.

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Zé — Não, esse negócio de milagres, é preciso ser honesto. Se a gente embrulha o
santo, perde o crédito. De outra vez o santo olha, consulta lá os seus assentamentos e
diz: — Ah, você é o Zé do Burro, aquele que já me passou a perna! E agora vem me
fazer nova promessa. Pois vá fazer promessa pro diabo que o carregue, seu caloteiro
duma figa! E tem mais: santo é como gringo, passou calote num, todos os outros ficam
sabendo.

Rosa — Será que você ainda pretende fazer outra promessa depois dessa? Já não
chega?

Zé — Sei não... a gente nunca sabe se vai precisar. Por isso, é bom ter sempre as contas
em dia. (Ele sobe um ou dois degraus. Examina a fachada da igreja à procura de uma
inscrição.)

Rosa — Que é que você está procurando?

Zé — Qualquer coisa escrita, pra a gente saber se essa é mesmo a igreja de Santa
Bárbara.

Rosa — E você já viu igreja com letreiro na porta, homem?

Zé — É que pode não ser essa...

Rosa — Claro que é essa. Não lembra o que o vigário disse? Uma igreja pequena,
numa praça, perto duma ladeira...

Zé — (Corre os olhos em volta.) Se a gente pudesse perguntar a alguém...

Rosa — Essa hora está todo mundo dormindo. (Olha-o quase com raiva.) Todo o
mundo... Menos eu, que tive a infelicidade de me casar com um pagador de promessas.
(Levanta-se e procura convencê-lo.) Escute, Zé... já que a igreja está fechada, a gente
podia ir procurar um lugar para dormir. Você já pensou que beleza agora uma cama?
...

Zé — E a cruz?

Rosa — Você deixava a cruz aí e amanha, de dia...

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Zé — Podem roubar...

Rosa — Quem é que vai roubar uma cruz, homem de Deus? Pra que serve uma cruz?

Zé — Tem tanta maldade no mundo. Era correr um risco muito grande, depois de ter
quase cumprido a promessa. E você já pensou: se me roubassem a cruz, eu ia ter que
fazer outra e vir de novo com ela nas costas da roça até aqui. Sete léguas.

Rosa — Pra quê? Você explicava à santa que tinha sido roubado, ela não ia fazer
questão.

Fim do primeiro ato.

Atividade 1

A partir da leitura do texto responda:

1. Quais são os nomes dos personagens do texto?

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2. Qual era a condição financeira da família de Zé?
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3. Por que Zé tinha tanto carinho pelo burro da família?

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4. Zé cumpriu a promessa feita?

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5. Os personagens conseguiram encontrar a igreja da promessa?

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6. O texto teatral escrito apresenta alguns tipos de letras diferentes, em


geral em itálico, que são chamados rubricas.

Observe:

Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o
sapato.) Estou com cada bolha d’água no pé que dá medo. Discuta com seus
colegas e responda: qual é a função das rubricas nesse tipo de texto?

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Atividade 02

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O que você acha que Zé deveria fazer? Deixar a cruz e ir para um quarto para
poder descansar? Ou cumprir a risca a promessa feita para a recuperação de seu animal
de estimação?

Continue a história e mostre o que Zé e sua esposa farão depois de chegar à


igreja e não ter ninguém para recebê-los.

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Aula 02

Caro aluno, vimos na primeira aula o que é um texto teatral e vamos a partir
disso nos aprofundar nas características de um texto teatral.

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de


espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo
comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
mais elaboradas. Observe o exemplo:

Droga! Preste atenção quando eu estou falando!

No exemplo acima, quem fala está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa
palavra: Droga!

Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente
uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!

A interjeição também pode ser um recurso da linguagem afetiva, em que não há


uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a
manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular,
um momento ou um contexto específico.

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Exemplos:

1. Ah, como eu queria voltar a ser criança!

Ah: expressão de um estado emotivo = interjeição

2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!

Hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas.
Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada
contexto de enunciação.

Exemplos:

1. Psiu!

Contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua

Significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!”.

2. Psiu!

Contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital

Significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!”.

3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!

Puxa: interjeição

Tom da fala: euforia

4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!

Puxa: interjeição

Tom da fala: decepção

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Atividade 1

Encontre dentro do texto da aula 01, “o pagador de promessas”, exemplos de


interjeições, destacando o trecho onde aparece e mostrando qual sentimento é expresso
por ela.

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Atividade 2

Complete o quadro com as interjeições corretas:

A - admiração
B - espanto
C - aversão
D - alívio

( ) Nossa! Como você é formidável!

( ) Ufa! Terminamos o trabalho em tempo hábil.

( ) Credo! Não gostei do que você falou.

( ) Nossa! Que homem estranho está percorrendo pelas ruas do bairro.

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Aula 3: Adjetivo

Caro aluno, vimos na primeira aula o que é um texto teatral e vamos a partir
disso nos aprofundar nas características de um texto teatral.

Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado,


qualidade ou característica.
O adjetivo pode ser simples, composto, primitivo, derivado e pátrio.
I - Simples
Quando possui um único elemento:
brisa verde
silêncio oportuno

II - Composto
Se formado por dois ou mais elementos:
guerra franco-prussiana
produto anglo-brasileiro

III - Primitivo
Quando não deriva de outra palavra:
dinheiro falso
marido fiel
situação real

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IV - Derivado
Caso derive de um substantivo, um verbo ou outro adjetivo:
dinheiro falsificado
marido infiel
situação irreal

V - Pátrio ou Gentílico
Trata-se daqueles que se referem a países, continentes, cidades e regiões, exprimindo
nacionalidade ou origem:
Acre - acreano
Afeganistão - afegão, afegane
Amapá - amapaense
Angola - angolano
Índia - indiano, hindu
Pequim - pequinês

Atividade 1

A partir dos poemas a seguir, destaque os adjetivos que fazem parte do poema.

Retrato (Cecília Meirelles)

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

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Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida a minha face?

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Atividade 2

1) Transcreva os adjetivos da primeira estrofe que caracterizam o


substantivo rosto.
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2) Observe o segundo verso: “Assim calmo, assim triste, assim magro.”
A repetição da palavra “assim” dá um ritmo lento a esse verso.
Qual a relação do ritmo do verso com a mudança sugerida no rosto do eu lírico?
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3) Observe a segunda estrofe.
Nos dois primeiros versos, o eu lírico observa a mudança ocorrida em suas
mãos, partes significativas e simbólicas do corpo e que simbolizam força e luta
pela vida.
a. Como as mãos são caracterizadas no poema? Pode-se deduzir como elas
eram no passado? Por quê?
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b. Nos dois últimos versos, o eu lírico descreve seu coração, metáfora para os
seus sentimentos.
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4) Quais são os adjetivos usados para mostrar como eram seus
sentimentos antes? E quais foram empregados para mostrar como
eles estão agora?
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5) Na terceira estrofe, no primeiro verso, o eu lírico percebe e assume
que mudou fisicamente e interiormente. Transcreva os adjetivos
usados para marcar como o eu lírico vê essa mudança.
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Avaliação

Caros alunos, agora vocês terão a oportunidade de fazer sua própria peça teatral!
A letra da música “Romaria” de Renato Teixeira servirá como tema para a peça teatral.
A proposta para a realização do texto será da seguinte forma:

 Reuna-se com seus colegas e juntos criem um texto teatral a partir da história
do romeiro da canção de Renato Teixeira.
 Criem outras personagens e deem nome a todas elas. Coloque seus nomes antes
de suas falas.
 Insiram nas rubricas de movimento e de interpretação informações detalhadas
sobre as cenas.
 Na peça destaque os adjetivos e interjeições que foram retirados na canção.

Romaria

Renato Teixeira

Composição: Renato Teixeira

É de sonho e de pó, o destino de um só

Feito eu perdido em pensamentos

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Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó, de gibeira o jiló, dessa vida cumprida a só

Refrão

Sou caipira, Pirapora

Nossa Senhora de Aparecida

Ilumina a mina escura e funda

O trem da minha vida

O meu pai foi peão, minha mãe solidão

Meus irmãos perderam-se na vida

Em busca de aventuras

Descasei, joguei, investi, desisti

Se há sorte eu não sei, nunca vi

Me disseram porém que eu viesse aqui

Pra pedir de romaria e prece

Paz nos desaventos

Como eu não sei rezar, só queria mostrar

Meu olhar, meu olhar, meu olhar

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Referências

[1] Gomes, Dias. O pagador de promessas. 176 pgs. Ed. Bertrand Brasil
[2] Meireles, Cecília. Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira.
Companhia J. Aguilar Editora, 1958, p. 10

[3] Teixeira, Renato. Álbum Romaria de 1978.

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Equipe de Elaboração

COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular

Adriana Tavares Maurício Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento

Bianca Neuberger Leda


Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marília Silva
Gustavo de Souza Lima

PROFESSORES ELABORADORES

Heloisa Macedo Coelho


Ivone da Silva Rebello
Rosa Maria Ferreira Correa

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