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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL VEL DA COMARCA DE LINSDA COMARCA DE
LINS/SP /SP/SP
NomeREBOLOAPARECIDA DA GRAÇA REBOLO, brasileira, solteira, aposentada,
portadora do RG nº 00000-00, CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na
EndereçoCEP 00000-000, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), vêm
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃAÇÃOOOO
DEDECLARATÓRIA CLARATÓRIACLARATÓRIA DEDE
INEXIGIBILIDADEINEXIGIBILIDADE DE DEDE DÉBITO DÉBITODÉBITO c/c
c/cc/c DEVOLUÇÃO DEVOLUÇÃODEVOLUÇÃO EM EMEM DOBRO,
DOBRO,DOBRO, INDENIZAÇÃO INDENIZAÇÃOINDENIZAÇÃO POR PORPOR
DANOSDANOS MORAIS MORAISMORAIS EEEE TUTELA TUTELATUTELA
DE DEDE URGÊNCIA URGÊNCIAURGÊNCIA, em face do Nome
NomeCETELEMCETELEM S/A S/AS/A,,,, pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ de nº 00.000.000/0000-00, com sede em Rio Negro, 161, andar 17, Alphaville
Industrial, Barueri/SP, CEP 00000-000, com fundamento nos fatos e Direito a seguir:
DOS FATOS: DOS FATOS:
A autora é cliente do requerido, sendo titular dos cartões nº 00.000 OAB/UFxxxx6716,
0000.0000.0000.0000e 0000.0000.0000.0000, cujas faturas conjuntas e mensais vencem
todo dia 15, conforme comprovam os documentos em anexo.
Em 09/11/2020 a requerente efetuou o pagamento da fatura do mês de novembro no
valor de R$ 00.000,00que venceria em 15/11/2020.
Ocorre que, a requerida não computou em seu sistema a requerida não computou em seu
sistemaa requerida não computou em seu sistema referido pagamento referido
pagamentoreferido pagamento no no valor de R$ 00.000,00valor de R$ 00.000,00, e na
fatura seguinte, do mês de dezembro de 2020, apesar de inicialmente creditar o valor
pago, em seguida o debita novamente sob o título de "REGULARIZAÇÃO
CONTRATO" "REGULARIZAÇÃO CONTRATO""REGULARIZAÇÃO
CONTRATO" além de "JUROS REMUNERATÓRIOS" JUROS

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REMUNERATÓRIOS"JUROS REMUNERATÓRIOS" na importância de R$
00.000,00, pela suposta inadimplência da fatura do mês de novembro de 2020,
conforme demonstra a seguir:
A autora então, entrou em contato com a requerida através de seus canais de
atendimento, informando que o sistema da ré não considerou o pagamento realizado na
fatura do mês de novembro de 2020 e que a mesma estaria sendo cobrada novamente no
mês de dezembro de 2020, além de juros remuneratórios, solicitando, assim, a retif
solicitando, assim, a retifsolicitando, assim, a retificação de sua fatura icação de sua
faturaicação de sua fatura.
A requerida por sua vez se manteve inerte se manteve inertese manteve inerte,
afirmando a requerente que não constava nada em aberto em seu sistema interno, e por
conseguinte não adequou a fatura do mês de dezembro ao valor real devido.
Por ser a autora pessoa íntegra que sempre honrou com seus compromissos sempre
honrou com seus compromissos financeirosfinanceiros, a mesma efetuou o pagamento
da fatura do mês de dezembro de 2020 em 10/12/2020, ou seja, além de arcar com as
despesas devidas, também também foi obrigada a pagar novamente o valfoi obrigada a
pagar novamente o valor da fatura anterior, com or da fatura anterior, com or da fatura
anterior, com encargos encargosencargos. . . .
Angustiada com toda a situação e por ter que pagar uma dívida já paga, a requerente
continuou buscando amparo nos canais de atendimento da ré, para solicitar o
reconhecimento do pagamento da fatura do mês de outubro e o estorno do valor
inexigível que fora pago ante a ineficiência da instituição financeira em retificar a fatura
conforme o solicitado.
Pois bem.
Como se não bastasse todo o transtorno já narrado, a consumidora autora
desesperoudesesperou----se sese ao ver que a fatura do mês de janeiro de 2021 veio no
exorbitante valor de R$ 00.000,00, dos quais R$ 00.000,00refere refererefere----se
NOVAMENTE a fatura paga se NOVAMENTE a fatura pagase NOVAMENTE a
fatura paga, por , por duas vezes, duas vezes, do mês de novembro de 2020 do mês de

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novembro de 00.000 OAB/UFmês de novembro de 2020, além de novos encargos,
dessa vez no valor de R$ 00.000,00.
VEJA EXCELÊNCIA QUE FOGE A QUALQUER RAZOABILIDADE A
INEFICIÊNCIAVEJA EXCELÊNCIA QUE FOGE A QUALQUER
RAZOABILIDADE A INEFICIÊNCIA E E E E DESCASO DA PARTE REQUERIDA
PERANTE A AUTORA. DESCASO DA PARTE REQUERIDA PERANTE A
AUTORA.
Em outras palavras, a requerida ao invés de estornar a requerida ao invés de estornara
requerida ao invés de estornar, no mês de janeiro de 2021, o valor inexigível pago pela
requerente no mês de dezembro de 2020, (R$ 00.000,00 referente ao novo pagamento
efetuado da fatura já paga do mês de novembro de 2020 e R$ 00.000,00referente a juros
remuneratórios que não deveriam incidir), a mesma COBRA, COBRA, COBRA,
NOVAMENTE NOVAMENTENOVAMENTE,,,, O ME O MEO MESMO VALOR e
COM SMO VALOR e COM NOVOS ENCARGOSNOVOS ENCARGOS.
As provas possuem total lisura no sentido de comprovar toda a situação ora apresentada,
inclusive demonstram o quanto a autora se diligenciou na tentativa de solução da
problemática apresentada, seja através de inúmeras e cansativas ligações
ligaçõesligações no call-center da ré, através do envio de eeee----mails mailsmails -
incluindo em anexo os documentos necessários - ou mesmo através do PROCON
PROCONPROCON. (Doc anexo)
Ressalta-se, por oportuno, que a requerida nem ao menos compareceu à audiência
administrativa agendada, confirmando a indiferença da instituição em relação a seus
consumidores.
Fato é, que a requerente não possui condições de efetuar o pagamento da fatur não
possui condições de efetuar o pagamento da faturnão possui condições de efetuar o
pagamento da fatura a a a do mês de janeiro de 2021 se a mesma nãdo mês de janeiro de
2021 se a mesma não for readequada, para computar o for readequada, para computaro
for readequada, para computar o o o o pagamento, inclusive antecipado, da fatura do
mês de novembro de 2020, subtraindo todo e qualquer subtraindo todo e qualquer
encargo encargoencargo, além de estornar o valor indevido pago na , além de estornar o

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valor indevido pago na fatura do mês de dezembro de 202fatura do mês de dezembro de
2020, qual seja, R$ 00.000,00(fatura paga não 0, qual seja, R$ 00.000,00(fatura paga
não reconhecida) e R$ 00.000,00(juros remuneratórios).reconhecida) e R$
00.000,00(juros remuneratórios).
Nota-se, ademais, que a situação poderá ser agravada poderá ser agravadapoderá ser
agravada caso a autora tenha seu bom nome incluído no rol de mal pagadores dos
órgãos de proteção ao crédito rol de mal pagadores dos órgãos de proteção ao créditorol
de mal pagadores dos órgãos de proteção ao crédito, eis que em 04 de janeiro do
corrente ano, a requerente já foi notificada dessa possibilidade. (Doc. anexo)
Dessa forma, não restou outra alternativa a autora senão a propositura da presente actio ,
buscando amparo judicial para ser indenizada dos danos materiais e morais sofridos.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO:DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO:
Segundo o artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil Brasileiro, a petição
inicial indicará "a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou
de mediação".
A conciliação é um instrumento alternativo e acessível ao cidadão, seja na fase pré-
processual, ou processual, que tem como finalidade pôr fim ao conflito entre as partes
de forma simples, célere e eficiente, alcançando a pacificação social, um dos objetivos
fins do sistema judicial brasileiro, assim, porém, ante a ineficiência e descaso da ré, a
autora faz opção pela NÃO realização da audiência de conciliação.
DA NULIDADE DA NULIDADE E INEXIGIBILIDADE E INEXIGIBILIDADE E
INEXIGIBILIDADE DAS COBRANÇAS DAS COBRANÇASDAS COBRANÇAS::::
No presente caso, cabe destacar a existência de relação de consumo, pois se destacam as
figuras do consumidor e fornecedor, nos moldes traçados pelo Código de Defesa do
Consumidor, que além de estipular normas para serem impostas nas relações de
consumo, estabelece as condições essenciais para a sua consumação, trazendo como
direito básico do consumidor, de acordo com o artigo 6º, inciso IV, a proteção contra
práticas abusivas, como as que estão sendo praticadas pela empresa requerida.
Desta forma, a autora não poderá suportar valores errôneos e já pagos que insistem em
incidir em suas faturas, ora, a fatura do mês de janeiro de 2021 veio no exorbitante valor

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de R$ 00.000,00, dos quais, comprovadamente, R$ 00.000,00refere refererefere----se se
NOVAMENTE a fatura paga,NOVAMENTE a fatura paga, por duas vezes, do mês de
novembro de 2020 por duas vezes, do mês de novembro de 2020por duas vezes, do mês
de novembro de 2020, além de novos juros remuneratórios, dessa vez no valor de R$
00.000,00.
A Lei Federal nº 9.472/97, que dispõe sobre a organização dos serviços de
telecomunicações, determina no inc. III, do seu artigo 127, que:

Art. 127. A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá por objetivo
viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas às telecomunicações, à
ordem econômica e aos direitos dos consumidores, destinandodestinando----se a
garantir: se a garantir:se a garantir:
(...) (...)(...)

III III ---- o respeito aos direitos dos usuários; o respeito aos direitos dos usuários;o
respeito aos direitos dos usuários;
Sob este prisma, é certo que o consumidor deve suportar somente despesas efetivamente
contratadas e autorizadas, bem como dispor das melhores opções de atendimentos para
solução de reclamações e/ou solicitações.
Tem-se, então, nulas e inexigíveis as constantes cobranças dos valores já pagos da
fatura do mês de novembro de 2020, assim como, qualquer juros remuneratórios, eis
que nunca houve atraso em qualquer pagamento.
DA REPETIÇÃO EM DOBRODA REPETIÇÃO EM DOBRO::::
Preceitua o parágrafo único do artigo 42, do CDC, que "O consumidor cobrado em
quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de
engano justificávehipótese de engano justificável". l".
Demonstrada a ilegalidade das constantes cobranças de encargos e do valor
correspondente a fatura do mês de novembro de 2020 nas faturas dos meses de
dezembro de 2020 e janeiro de 2021, impõe impõeimpõe----se o reconhecimento do se o
reconhecimento dose o reconhecimento do pagamentopagamento integral e dentro da

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data integral e dentro da dataintegral e dentro da data de vencimento da fatura do mês de
de vencimento da fatura do mês de novembro de 2020 no valor de R$
00.000,00novembro de 2020 no valor de R$ 00.000,00, com a consequente condenação
da empresa requerida à devolução em dobro desse valor, eis que a consumidora à
devolução em dobro desse valor, eis que a consumidora autora foi obrigada a
pagáautora foi obrigada a pagá----lo novamente na fatura do mês de dezembro de 20 lo
novamente na fatura do mês de dezembro de 20lo novamente na fatura do mês de
dezembro de 2020, 20, além de indevidos juros remuneratórios R$ 00.000,00além de
indevidos juros remuneratórios R$ 00.000,00.
Ademais, não há justificativa plausível a ser considerada que impeça a repetição em
dobro, ante a grave ineficiência de atendimento ao consumidor da ré.
DO DANO MORALDO DANO MORAL::::
Conforme já demonstrado, é notório o desrespeito da instituição financeira requerida
para com seus consumidores.
Além do mais, não se pode considerar um mero aborrecimento do dia a dia, por não se
pode considerar um mero aborrecimento do dia a dia, por não se tratar de mera cobrança
indevida, mas sim de todo um contexto quenão se tratar de mera cobrança indevida, mas
sim de todo um contexto que trouxe incontávetrouxe incontáveis dias de angustia a
autora is dias de angustia a autorais dias de angustia a autora, com gigante desrespeito a
mesma, que se comprometeu de diversas maneiras para tentar solucionar um problema
causado pela própria requerida.
Veja-se, que além de necessitar diligenciar-se no sentido de solucionar uma grave
fagrave falha do sistema da ré lha do sistema da rélha do sistema da ré e a mesma não
oportunizar meios eficientes para tanto, a requerente ainda precisou arcar com um alto
valor, de uma dívida já precisou arcar com um alto valor, de uma dívida já pagapaga,
para evitar que seu bom nome fosse comprometido, agravando-se tal terceira vez, além
de não ter o estorno do valor indevido que fora pago.
Assim, a autora está à mercê da discricionariedade da requerida mercê da
discricionariedade da requeridamercê da discricionariedade da requerida, que inclusive

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já a notificou sobre a possibilidade de inserção do seu bom nome ao cadastro de
inadimplentes.
Ressalta-se, também, que aguardar o estorno de um alto aguardar o estorno de um
altoaguardar o estorno de um alto somado ao fato de ver somado ao fato de ver seu
limite de cartão de crédito comprometido, ante a seu limite de cartão de crédito
comprometido, ante a inininincapacidade financeira de capacidade financeira de arcar
com a indevida e abusiva fatura do mês de janearcar com a indevida e abusiva fatura do
mês de janeiro de 2021 iro de 2021iro de 2021, , , , comprometeu, comprometeu, de
forma inimaginável seus rendimentos e compromissosde forma inimaginável seus
rendimentos e compromissos.
Não se discute, portanto, que a situação apresentada é alarmante e desrespeitosa,
gerando inequívoco sentimento de impotência perante a requerida, rebaixando assim a
moral da autora.
O Código Civil, aplicável às relações de consumo por força do que dispõe o art. 7º,
caput, do CDC, preceitua em seu artigo 186 que "aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
excluoutrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito (...)", sivamente moral,
comete ato ilícito (...)", estabelecendo o seu artigo 927, ainda, que """"Aquele que, por
ato ilícito causar dano a outrem, Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, fica
obrigado a reparáfica obrigado a repará----lo."lo."lo."
Além do mais, o direito dos consumidores à reparação, independe da verificação de
culpa da ré, porquanto vigora na espécie a responsabilidade objetiva do fornecedor de
consumo, segundo a inteligências do artigo 927 do Código Civil
Brasileiro, onde está disposto que"haverá obrigação de reparar o dano, independente de
culpa, nos casos especifindependente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade icados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem" , positivando,
desta forma, a responsabilidade objetiva.
SÉRGIO CAVALIERI FILHOSÉRGIO CAVALIERI FILHO ensina que "o dano moral
existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que,

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provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção
natural, uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras da experipresunção
hominis ou facti, que decorre das regras da experiência comum"ência comum" .
Ademais, também existem inúmeras decisões de órgãos colegiados que decidiram pela
caracterização do dano moral decorrente do não reconhecimento de fatura paga, gerando
novas cobranças, com encargos, risco de negativação e falta de solução administrativa,
senão vejamos:
CONSUMIDOR. DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA
COM REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO.
PAGAMENTO DE FATURA NÃO COMPUTADO PELO SISTEMA DA RÉ.
LANÇAMENTO INDEVIDO DE ENCARGOS DE MORA NAS FATURAS
SUBSEQENCARGOS DE MORA NAS FATURAS SUBSEQUENTES,
DESOBRIGANDO A AUTORA UENTES, DESOBRIGANDO A AUTORA AO
PAGAMENTO. TENTATIVA FRUSTADA DE SOLUÇÃO ADMNISTRATIVA.
INSCRIÇÃO INDEVIDA EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO
MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. (RECURSO CÍVEL N. (00)00000-0000. TJ/RS).
(RECURSO CÍVEL N. (00)00000-0000. TJ/RS).
Portanto, no que tange ao dano moral, a indenização no presente caso se impõe também
pela função dissuasória da punição função dissuasória da puniçãofunção dissuasória da
punição, para que sirva de alerta a requerida no sentido de revisar sua política de
atuação revisar sua política de atuaçãorevisar sua política de atuação.
Deve-se concluir que o ordenamento protege o consumidor em casos como o em pauta,
de arbitrariedades de grandes empresas como a requerida.
Ganha corpo em nosso sistema jurídico a Teoria do Teoria doTeoria do Desvio
Produtivo do Desvio Produtivo do ConsumidorConsumidor, na qual evidencia-se
quando o fornecedor, ao descumprir sua missão e praticar ato ilícito, independentemente
de culpa, impõe ao consumidor um relevante ônus produtivo indesejado pelo último ou,
em outras palavras, onera indevidamente os recursos produtivos dele (consumidor).
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVADA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA::::

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Tendo em vista que restou cabalmente demonstrado tratar-se o presente caso de uma
relação de consumo, com a aplicação dos dispositivos do Código de Defesa do
Consumidor, cumpre ressaltar a possibilidade e necessidade da inversão do ônus da
prova, com fundamento no artigo 6º, inciso VIII, desse diploma legal, que assim dispõe:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:"Art. 6º. São direitos básicos do
consumidor:
[...] [...]

VIII VIII ---- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus
da a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a
seu favor, no processo civil, quando, a critério do Juiz, foprova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do Juiz, for verossímil a r verossímil a alegação ou quando for
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;"experiências;"
Assim sendo, amparado pelos ditames legais, bem como pela tendência doutrinária e
lastreada na jurisprudência predominante de nossos Tribunais, conjuntamente aliados às
características técnicas que permeiam o caso requerida prove que a autora não pagou,
em dia, a fatura do mês de novembro de 2020.
TUTELA DE URGÊNCIA ANTETUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA:
CIPADA:CIPADA:
Segundo preceitua o artigo 300 do novo Código de Processo Civil "A tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.processo.""""
Verifica-se, através dos fatos e dos documentos juntados aos autos que a autora
realizou, antes do vencimento inclusive, o pagamento da fatura do mÊs de novembro de
2020, como também, necessitou pagar novamente tal valor, somado a encargos, na
fatura do mês de dezembro de 2020, porém, não poderá financeiramente arcar com a
indevida fatura do mês de janeiro de 2021 se a mesma não for readequada para
computar os pagamentos já efetuados, estornando, também, os efetuados duas vezes.
Assim, resta apresentada a probabilidad a probabilidada probabilidade do direito e do
direitoe do direito, , , , sendo que o risco de dano risco de danorisco de dano está

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amparado na necessidade da autora ter que arcar com toda cobrança indevida que for
enviada pela ré durante todo o processo, tendo em vista que não pode ter seu CPF
negativado indevidamente.
Ademais, não há per não há pernão há perigo de irreversibilidade igo de
irreversibilidadeigo de irreversibilidade, uma vez que na remota hipótese de
improcedência da ação, a requerida poderá submeter a consumidora ao pagamento de
eventuais faturas.
Desta forma, baseado na probabilidade do direito, assim como no perigo de dano, se faz
necessária concessão da TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
prevista no artigo 300 do CPC, para que, de imediato, a parte ré se abstenha de
negativar o nome da requerentese abstenha de negativar o nome da requerente, sob pena
de multa diária de R$ 00.000,00.
DO REQUERIMENTO:DO REQUERIMENTO:
ANTE O ANTE O EXPOSTO EXPOSTOEXPOSTO, , , , o autor requer à Vossa
Excelência que:
a) Que ante probabilidade do direito e do perigo de dano, seja liminarmente e inaudita
altera pars , concedida a antecipação dos efeitos da tutela antecipação dos efeitos da
tutelaantecipação dos efeitos da tutela, determinando que a ré para que, de imediato, se
abstenha de se abstenha dese abstenha de negativar o nome negativar o nome da
requerenteda requerente, sob pena de multa diária de R$ 00.000,00.
b) Após, seja citada a requerida no endereço preambularmente indicado, para, querendo,
dentro dos prazos legais, apresentar defesa, sob pena de confissão e revelia quanto à
matéria de fato e que ao final, contestada ou não, seja a presente ação julgada totalmente
procedente ação julgada totalmente procedenteação julgada totalmente procedente para:
b.1) Reconhecer e computar o pagamento integral computar o pagamento
integralcomputar o pagamento integral da fatura do mês de novembro de 2020,
inclusive antes da data de seu vencimento, declarando, em seguida, nula e inexigível
nula e inexigívelnula e inexigível toda e qualquer cobrança posterior no valor de R$
00.000,00à título de" Regularização Contrato ", assim como, qualquer encargo, tal como
Juros Remuneratórios, ante a inexistência de qualquer mora por parte da autora;

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b.2) Determinar que a fatura do mês de janeiro de 2021, assim como, as seguidas que
vierem a serem emitidas, possa ser retificada retificadaretificada para que seja realizado
o devido pagamento pela autora, requerendo, ademais, que não incida que não incida
nenhum encargonenhum encargo, eis que eventual mora se dará por culpa exclusiva da
requerida;
b.3) Seja a parte ré condenada ao ressarcimento em dobro ressarcimento em
dobroressarcimento em dobro dos valores indevidamente pagos na fatura do mês de
dezembro de 2020indevidamente pagos na fatura do mês de dezembro de 2020, quais
sejam, R$ 00.000,00 R$ 00.000,00(valor referente a fatura já paga do mês de novembro
de 2020) e R$ 00.000,00R$819,48 (juros remuneratórios indevidos ante a ausência de
mora).
b.4) Seja a ré condenada ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e
punitivo, pelos danos morais danos moraisdanos morais sofridos pela autora por toda a
situação demonstrada, no valor pecuniário equivalente a 07 (sete) salários- mínimos,
que atualmente correspondem à quantia de R$ 00.000,00, acrescidos de juros e correção
monetária, na forma da lei, até o efetivo pagamento;
b.5) A condenação das Empresas Requeridas no pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios, caso haja recurso.
c) Requer, também, a inversão do ônus da prova inversão do ônus da provainversão do
ônus da prova em favor da requerente, conforme autoriza o artigo 6º, inciso VIII, do
CDC, ante a hipossuficiência e desvantagem técnica do autor na relação jurídica de
consumo tratada neste feito;
Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos e
na espécie cabíveis, sem a exclusão de qualquer um, por mais especial que seja, oitiva
de testemunhas, documentos, perícias, etc.
Dá-se a causa o valor da causa de R$ R$R$ 00.000,00 17.537,9217.537,92 ((((dezessete
mil, quinhentos e trinta dezessete mil, quinhentos e trinta
e sete reais e noventa e dois centavose sete reais e noventa e dois centavos)))) para fins
de alçada.
Termos em que,

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Pede deferimento.
José Bonifácio/SP, 22 de janeiro de 2021.
NomeCHIOCAPAULA FERNANDA CHIOCA
ADVa 00.000 OAB/UFADVa 00.000 OAB/UF

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