You are on page 1of 15

Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique

Curso de Engenharia Geológica e de Minas

Trabalho da cadeira de Prospecção Geológica e Geofísica

Depósitos de Sulfuretos de Crómio, Níquel e Platina

Docente:
Dr. Eugénio Júnior

Discentes:

Milva Elisa de Castro - 20190269

Shóstenes Henrique Pateguana - 20190696

Wendy de Celeste Boiasse – 20170461

Maputo, Abril de 2023


Índice
Tabela de Figuras ....................................................................................................................... 3

1. Introdução ........................................................................................................................... 4

2. Objectivos ........................................................................................................................... 5

2.1. Objectivo geral ................................................................................................................ 5

2.2. Objectivos específicos ................................................................................................. 5

3. Crómio ................................................................................................................................ 6

3.1. Génese do depósito de Crómio ........................................................................................... 6

3.2. Mineralogia ..................................................................................................................... 6

3.3. Principais tipos de depósitos de Crómio ......................................................................... 6

3.3.1. Depósitos Estratiformes ........................................................................................... 7

3.3.2. Depósitos Podiformes .................................................................................................. 7

3.4. Métodos de lavra ............................................................................................................. 7

4. Níquel ................................................................................................................................. 9

4.1. Génese ................................................................................................................................. 9

4.2. Mineralização .................................................................................................................. 9

4.3. Métodos de pesquisa ....................................................................................................... 9

5. Platina ............................................................................................................................... 11

5.1. Génese do depósito ........................................................................................................... 11

5.1.1. Idade ........................................................................................................................... 11

5.1.2. Tipo ............................................................................................................................ 11

5.2. Mineralizações .............................................................................................................. 12

5.3. Métodos de pesquisa ..................................................................................................... 12

6. Conclusão ......................................................................................................................... 14

7. Bibliografia ....................................................................................................................... 15
Tabela de Figuras
Figura 1. Crómio ........................................................................................................................ 8
Figura 2. Cromita ....................................................................................................................... 8
Figura 3. Produção mundial de cromo, 2010 ............................................................................. 8
Figura 4. Reservas mundiais de cromo, 2010 ............................................................................ 8
Figura 5. Níquel ....................................................................................................................... 10
Figura 6. Platina na Tabela Periódica....................................................................................... 13
Figura 7. Platina ....................................................................................................................... 13
Figura 8. Pepitas de Platina ...................................................................................................... 13
1. Introdução
No presence trabalho, iremos abordar sobre os depósitos de Sulfetados de Níquel, Crómio e
Platina.

O metal níquel é obtido através da exploração dos minérios sulfetados e lateríticos, ambos com
reservas e depósitos conhecidos, suficientes a nível mundial, para a exploração por mais de 100
anos. Este metal possui larga utilização na produção de aços inoxidáveis, juntamente com o
cromo e o molibdênio, e na produção de ligas especiais, dentre outras aplicações.

O crómio é um metal de transição, duro, frágil, de coloração cinza semelhante ao aço. É muito
resistente à corrosão. A forma oxidada trivalente é natural no meio ambiente, enquanto que as
formas 0 e +6 são geralmente produzidas por processos industriais, principalmente na
fabricação de ligas metálicas. Também é um elemento químico de símbolo CR, número
atómico 24 ( 24 protões e 24 eletrões ) , encontrado no grupo 6 da tabela periódica.

A platina (do espanhol platina, diminutivo de plata, prata) é um elemento químico de símbolo
Pt de número atômico 78 (78 protões e 78 eletrões), e de massa atómica igual a 195,08 u (78 u
de protões e 117,1 u de neutrões). Ele é um elemento químico denso, maleável, dúctil, tem
pouca reatividade, precioso, tem coloração prata branqueada e é um metal de transição.
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
Descrever os Depósitos de Sulfuretos de Níquel, Crómio e Platina.

2.2.Objectivos específicos
Analisar a géneses dos depósitos;

As suas mineralizações;

Descrever cada tipo de depósito.


3. Crómio
É um metal de transição, duro, frágil, de coloração cinza semelhante ao aço. É muito resistente
à corrosão. A forma oxidada trivalente é natural no meio ambiente, enquanto que as formas 0
e +6 são geralmente produzidas por processos industriais, principalmente na fabricação de ligas
metálicas. Também é um elemento químico de símbolo CR , número atómico 24 (24 protões e
24 eletrões), encontrado no grupo 6 da tabela periódica .

3.1. Génese do depósito de Crómio


O químico francês, Louis Valquelin, descobriu o elemento cromo em 1797, quando estudava o
mineral crocoíta: PbCrO4. O nome do elemento vem do grego, kchroma, que significa cor e
foi isolado em 1854, por Busen. Somente a partir do século XX, o metal foi utilizado de modo
intenso nas indústrias metalúrgicas e de refratários. Os depósitos de cromita resultam da
cristalização do mineral no processo de resfriamento do magma.

3.2. Mineralogia
O crómio ocorre na natureza principalmente como cromo espinélio, a cromita é um mineral
complexo, que contém magnésio, ferro, alumínio e cromo em sua estrutura, em proporções
variadas. A composição da cromita varia conforme sua fórmula química (Mg, Fe+2) (Cr, Al,
Fe+3)2O4. O ferro é substituído por magnésio e, da mesma forma, o cromo pode ser substituído
por ferro férrico e alumínio. Podem ocorrer ainda na estrutura desse mineral óxidos de titânio,
zinco, níquel, manganês, vanádio e cobalto, embora em teores muito reduzidos. A cromita é o
único mineral de cromo economicamente aproveitável. O cromo é encontrado em vários
minerais nas formas de óxidos e silicatos e não há conhecimento da ocorrência de cromo
metálico na natureza. Isso se deve ao caráter oxidante da atmosfera e à elevada reatividade do
cromo metálico com o oxigénio.

3.3. Principais tipos de depósitos de Crómio


Os depósitos de minério de cromo podem ser classificados em função da geometria dos corpos
mineralizados, do ambiente tectónico em que são encontrados e da petrologia das rochas
encaixantes, sendo os principais depósitos associados a rochas máficas e ultramáficas
plutónicas. Dessa forma, são subdivididos em estratiformes, associados a complexos ígneos
acamadados continentais precambrianos, e podiformes, hospedados em rochas ultramáficas.
3.3.1. Depósitos Estratiformes
O minério de cromo do tipo estratiforme, que compõe 98% das reservas no mundo, associa-se
a intrusões máfico-ultramáficas acamadadas de idades precambrianas (Arqueano a
Paleoproterozoico), em terrenos cratónicos ou relacionadas a eventos de rifteamento, que
compreendem rochas como dunitos, peridotitos, piroxenitos e gabros . Os depósitos podem ser
expressos por corpos de cromitito maciço, contendo 90% ou mais de cromita em sua
composição, ou em corpos disseminados associados geralmente às porções inferiores das
intrusões.

Os depósitos do tipo estratiforme , destacam-se o Complexo de Bushveld (Transvaal, África


do Sul), o Grande Dique e Selukwe (Zimbabwe), e no Brasil , com depósitos semelhantes que
são encontrados no estado da Bahia onde ocorre o Complexo Ultramáfico de Campo Formoso
e do Vale do Jacurici, que hospeda os maiores corpos estratiformes de cromita do país.

3.3.2. Depósitos Podiformes


Os depósitos podiformes são tipicamente lentiformes a pouco tabulares, todavia alguns são
muito irregulares. Em termos de reservas, variam desde poucas dezenas de quilogramas a
vários milhões de toneladas. A maior parte da produção é derivada de depósitos contendo cerca
de 100 mil toneladas de minério. Os depósitos com milhões de toneladas são raros.
Paradoxalmente, são depósitos com elevado teor de cromo, grau metalúrgico, além de
constituir fonte mundial de minério com grau refratário. Esses depósitos têm como
características a granulometria grossa intensamente deformada e recristalizada.

3.4. Métodos de lavra


Os métodos de lavra empregados nos minérios de cromo são variados em decorrência das
formas irregulares dos corpos mineralizados das jazidas, as quais são lavradas a céu aberto e
via subterrânea .

Na lavra a céu aberto, emprega-se o desmonte mecânico em bancadas com alturas e bermas
que variam de acordo com a mecânica da rocha encaixante. Assim, para a rocha fresca, minério
compacto, a altura da bancada atinge valores de 20m, com bermas de 8,0m. No caso dos
minérios friáveis, a altura e bermas chega, no máximo, a 7,0m.

Na lavra subterrânea são empregados vários métodos, dependendo da forma do corpo


mineralizado. Resumidamente, são utilizados os seguintes métodos: sub-nível, câmaras e
pilares.
Figura 1. Crómio

Figura 2. Cromita

Figura 3. Produção mundial de cromo, 2010

Figura 4. Reservas mundiais de cromo,


2010
4. Níquel
Níquel é um metal prateado que resiste à corrosão, mesmo em altas temperaturas. Número
atómico: 28; Configuração eletrónica: [Ar] 4s2 3d8; MA = 58,70; d = 8,9 g.cm-3; PF = 1450ºC;
PE = 2840ºC. Número de protões / eletrões: 28; Número de neutrões: 3.

4.1. Génese
O níquel aparece na forma de metal nos meteoros junto com o ferro (formando as ligas kamacita
e taenita), e acredita-se que exista no núcleo da Terra junto com o mesmo metal. Combinado é
encontrado em diversos minerais como garnierita, millerita, pentlandita e pirrotita.
O minério de níquel pode ser classificado em dois tipos principais segundo sua composição: o
sulfetado e o laterítico.
Os minérios sulfetados possuem em sua composição, além do níquel, sulfetos de cobre, cobalto
e ferro, assim como alguns metais valiosos (platina, prata e ouro) e enxofre.
Quanto ao minério laterítico, sua ocorrência se dá numa região mais superficial, mais
especificamente a saprolítica.

4.2. Mineralização
O níquel tem seu ponto de fusão em aproximadamente 1453ºC, possuindo uma grande
resistência a corrosão e oxidação.
Deste modo o níquel é utilizado, tanto puro como em ligas, em aproximadamente 300 mil
produtos para consumo, indústria, material militar, moedas, transporte/aeronaves e em
aplicações voltadas para a construção civil.

4.3. Métodos de pesquisa


O metal níquel é obtido através da exploração dos minérios sulfetados e lateríticos. Este metal
possui larga utilização na produção de aço inoxidáveis, juntamente com o cromo e o
molibdênio, e na produção de ligas especiais.
O metal é extraído por aquecimento do minério ao ar para obtenção do óxido que depois é
reduzido com monóxido de carbono e purificado pelo processo Mond.
No mundo, já foram identificadas reservas de minério de níquel em aproximadamente 20 países
espalhados por todos os continentes, resultando em um teor global médio acima de 1%. As
reservas de maior teor de níquel, a nível mundial, são estimadas em mais de 47 milhões de t.
Figura 5. Níquel
5. Platina
A platina nativa é um elemento nativo extremamente raro que, além de minério de platina,
constitui fonte de obtenção de Os, Ir e outros elementos raros.

Platina é um dos elementos mais raros da crusta terrestre. Platina nativa consequentemente é
muito rara, normalmente encontrada como grãos rolados, em pepitas (“nuggets”). As maiores
massas de platina nativa atingiram 30 kg. Cristais bem formados são muito raros. Muitas
amostras catalogadas como “platina nativa” são, na realidade, isoferroplatina (Pt3Fe) ou
misturas de isoferroplatina com tetraferroplatina (PtFe).

Ela está especialmente nos depósitos dos minérios de níquel e cobre, principalmente na África
do Sul, que responde por 80% da produção mundial. Por causa da sua escassez na crosta da
Terra, já que são produzidas somente alguns milhões de toneladas, é considerado o metal mais
caro e precioso. Também pode ser encontrada no Canadá e na Rússia.

5.1. Génese do depósito


5.1.1. Idade
Apesar da história da platina ser recente, iniciando-se no século XVIII, a primeira referência
sobre seu uso data de 700 a.c., através do famoso guarda-jóias de Tebas, cidade situada à
sudeste do Egipto, próximo a Luxor. Este guarda-jóias tem a forma de uma pequena caixa
decorada com hieróglifos em ouro, prata e uma liga de metais do grupo da platina.

Platina, assim denominada pelos espanhóis, advém do diminutivo de Plata, palavra espanhola
de Prata. Acreditava-se que a platina era uma espécie de ouro prematuro, sendo utilizado por
muitos anos sem ter nenhum valor, a não ser como meio de imitação.

No século XVIII, a platina foi um forte desafio para os cientistas que procuravam entender e
usar o metal, dificuldades advindas desse metal em muitas de suas aplicações e propriedades,
como seu alto ponto de fusão e elevada resistência à corrosão.

5.1.2. Tipo
Metais do grupo da platina (MGP) compreendem seis elementos químicos: Platina, Paládio,
Ródio, Irídio, Rutênio e Ósmio. Os citados elementos têm propriedades físicas e químicas
semelhantes, são refratários, quimicamente inertes a elevadas temperaturas, à ampla gama de
materiais e de excelente actividade catalítica que proporciona efeito antipoluição, na conversão
de substâncias nocivas como monóxido de carbono, gases de nitrogénio e hidrocarbonetos.
Ocorrem de forma associada na natureza, na maioria a complexos máficos-ultramáficos, na
forma de compostos químicos e ligas naturais, em número de espécies que atinge cerca de uma
centena de minerais, em variada e complexa mineralogia. Desses, a Platina e o Paládio têm
relevante papel no mundo actual e se destacam na quantidade. Os outros quatro, como Irídio,
Ródio, Rutênio e Ósmio são produzidos somente como co-produtos da Platina e Paládio e não
são comumente extraídos de forma independente.

5.2. Mineralizações
A platina nativa nunca ocorre pura, mas sempre na forma de ligas, com Fe (até 20%), Cu, Au,
Ni, Irm, Pd, Rh, Rt e Os. Estes elementos podem estar presentes como solução sólida, inclusões
ou contaminação grosseira. Como nunca ocorrem puros, a platina acaba sendo o minério para
sua obtenção.

Os jazimentos primários da platina nativa são rochas máficas e ultramáficas (dunitos), onde a
platina nativa ocorre associada a cromita e olivina. Também primária é sua ocorrência
associada a sulfetos magmáticos, telurídeos, antimonídeos e arsenietos.

Secundariamente a platina pode ocorrer em veios de quartzo hidrotermais ou em depósitos de


metamorfismo de contacto. Os jazimentos secundários são depósitos aluviais, os “placers”,
onde se associa a ouro e que foram, durante muito tempo, as únicas fontes de platina.

Associa-se a óxidos (cromita), sulfetos (pirita, pentlandita, millerita, pirrotita), ouro nativo e
outros minerais de platina: arsenopaladinita, braggita, cooperita, sperrylita, stibiopaladinita,
stumpflita, geversita, irarsita, iridósmio, merenskyita e michenerita.

5.3. Métodos de pesquisa


A platina pode ser obtida através de três processos: pela amalgamação, pela fusão e destilação
fraccionada e pela eletrólise ígnea da água com óxido de platina.

A platina é obtida por meio de refinamento eletrolítico. Nesse método, o minério que contém a
platina é dissolvido em uma solução com um eletrólito (soluto) específico e, em seguida, é
submetido a um processo de redução da platina.
Figura 6. Platina na Tabela Periódica

Figura 7. Platina

Figura 8. Pepitas de Platina


6. Conclusão
Chegados ao fim do trabalho, pode-se concluir que estes minerais ocorrem de forma associada
na natureza entre si e também com outros minerais e metais.

O crómio é encontrado naturalmente em rochas, solo, poeiras, névoas vulcânicas, água, animais
e plantas. O minério cromita é o mais abundante composto de crómio encontrado na natureza,
contendo de 40 a 50% do metal. Os depósitos de cromita resultam da cristalização do mineral
no processo de resfriamento do magma.

O níquel é encontrado na natureza em vários estados de oxidação (+2, 0, +1, +3, +4), sendo o
mais comum o +2. Nessa forma este metal possui alta afinidade com o ferro e o enxofre,
possibilitando classificá-lo como um elemento siderófilo e calcófilo.

Os minerais de níquel são: os sulfetos (milerita e pentlandita (FeNi9S8), que se apresentam


associados a outros sulfetos metálicos em rochas básicas, frequentemente acompanhados de
cobre e cobalto.

Os metais do grupo da platina (PGM) ocorrem em muitos minérios de cobre-níquel onde está
presente a pentlandita, particularmente para corpos de minério do tipo recife. Outros minerais
de sulfuretos também normalmente associados em minérios PGM são calcopirita, calcocita,
pirrotita e pirita. Os verdadeiros PGMs estão geralmente associados com todos estes minerais.
Estes minérios possuem geralmente um muito leve conteúdo de talco que impacta
significativamente a flotação.

Na natureza, a platina é encontrada exclusivamente em rochas, ou seja, minérios,


principalmente associada a metais como cobre e níquel. A maior parte da platina utilizada hoje
é extraída do minério sperrilita (PtAs2), no qual a platina está associada ao arsénio.
7. Bibliografia
http://WWW.rsc.org/WWW.cdcc.sc.usp.br/WWW.chemicalelements.com/www.chemistryex
plained.com
http://www.bndes.gov.br
http://recursomineralmg.codemge.com.br/substancias-minerais/cromo/
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1107/1/18.CROMITA.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4659626/mod_resource/content/0/PMI%203103_Au
la%2012_Cromo.pdf

https://www.ufrgs.br/minmicro/Platina%20nativa.pdf

https://www.gov.br/anm/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e-
economia-mineral/outras-publicacoes-1/5-2-platina

You might also like