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3ª VARA DO TRABALHO DE LONDRINA

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0001553-31.2017.5.09.0513

Em 13 de junho de 2018, na sala de sessões da MM. 3ª VARA DO TRABALHO DE


LONDRINA/PR, sob a direção da Exmo(a). Juíza HELENA MITIE MATSUDA, realizou-se audiência
relativa a AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO número 0001553-31.2017.5.09.0513 ajuizada por
KAUAN AUGUSTO SKAU NAGAO em face de MRV ENGENHARIA E PARTICIPACOES SA.

Às 09h09min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). GABRIEL FERNANDO DOS


SANTOS TAVARES, OAB nº 75608/PR.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). Julius Caesar Sassiotti Carneiro, acompanhado(a)


do(a) advogado(a), Dr(a). GISELLE LUIZA BIZZANI, OAB nº 48373/PR.

DEPOIMENTO DO AUTOR: 1) o contrato de credenciamento foi observado; suas condições e


termos idem; 2) a ré resolveu rescindir o contrato, sem dar um motivo; 3) durante 40 dias,
aproximadamente, "eu pedi pro meu gerente me dispensar, mas ele não me dispensou" e daí prestou
serviços como auxiliar digital, fora de seus horários de trabalho na ré; nesse período, continuou a
trabalhar para a ré; 4) parava para almoçar por 20 minutos; 5) 12 a 18 pessoas faziam parte da equipe
virtual, que trabalhava na avenida JK, onde havia locais com computador, facultando-se o uso de
notebook próprio; 6) alguns corretores usavam a sala de reuniões, eis que o espaço não comportava todos;
7) a partir de julho de 2015, adotaram dois turnos, um das 9h00 às 13h30 e outro das 13h30 às 19h00,
sendo que o depoente trabalhou no da tarde; antes de julho de 2015, na equipe virtual, trabalhou nos dois
turnos; 8) em Ponta Grossa, trabalhou em turnos alternados, conforme escala elaborada pela gerente, os
mesmos mencionados; o depoente trabalhou ou no turno da manhã ou no turno da tarde; 9) no plantão de
vendas de Ponta Grossa, havia cerca de 15 corretores, todos de Londrina que foram deslocados para
trabalhar na cidade; 10) não tem como dizer o número de clientes atendidos por dia; 11) a comissão,
recebeu da MRV, em dinheiro ou em depósito ou transferência bancária, essas duas últimas formas, a
partir do momento em que emitiu notas fiscais; 12) normalmente o cliente deixava a entrada em dinheiro,
que era entregue com o contrato à MRV; duas semanas depois, após a validação do contrato, a sua
comissão era liberada; 13) o contrato era assinado por duas testemunhas por parte da MRV; não se lembra
q quem assinava o contrato pela empresa; não sabe dizer se o contrato era assinado em Londrina ou em
Belo Horizonte, vez que não tinha mais acesso a ele, após entregá-lo a empresa. Nada mais.

DEPOIMENTO DO PREPOSTO: 1) a ré não tem corretores próprios, somente credenciados; 2)


"eu não estava aqui na época"; não sabe dizer quantos eram os credenciados, mas atualmente são 100,
acreditando que na época eram 60; 3) a presença nos plantões não era obrigatória, nem na equipe virtual;
4) a entrada paga pelo cliente e dessa entrada a MRV paga a comissão do corretor; 5) demora-se cerca de
28 dias até o pagamento da comissão ao corretor, vez que o contrato vai para BH onde é validado; 6) não
sabe o motivo do rompimento do credenciamento; 7) na avenida JK existe um escritório e um canal
virtual para atendimento on line; o estabelecimento fechava às 18h00/18h30; 8) no início, a comissão foi

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paga em dinheiro; depois, foi paga mediante emissão de RPA, em depósito bancário ao que acredita; 9) o
gerente definia as equipes; cada equipe era composta de 15 a 20 corretores; 10) os plantões eram
definidos pelo gerente e pelos corretores, conforme a disponibilidade de cada um; 11) o corretor avisava
se não comparecesse, para que pudessem colocar outro no lugar; 12) havia metas conjuntas estabelecidas
pelo corretor junto com o gerente; 13) havia uma convenção de vendas a cada dois meses, onde
comunicavam os empreendimentos, comissões, ofertas e campanhas, sem que fosse obrigatória a presença
do corretor; 14) havia uma prestação de contas de cada corretor com o gerente; 15) havia treinamento,
porém não obrigatória aos corretores. 16) a equipe virtual não tinha horários, podendo atender até de casa;
17) não era obrigatória a presença do corretor nos sábados ou nos domingos nos atendimentos presenciais;
18) não sabe se o corretor poderia alterar cláusulas do contrato firmado com o cliente; 19) o corretor não
poderia estabelecer preço ao imóvel. Nada mais.

DEPOIMENTO DA UNICA TESTEMUNHA DA PARTE AUTORA: JOÃO VITOR MONTINI


DA SILVA, nacionalidade brasileira, 26 anos, corretor de imóveis, residente na Rua Franz Hesselmann,
143 - Londrina/PR, Contraditada por amizade íntima e porque move ação em face da ré, com pedidos
idênticos.A amizade íntima foi negada; o fato de mover ação em face da ré não impede o compromisso
(Súmula 357/TST). Indefiro a contradita, registrando os protestos da ré.

COMPROMISSADA E ADVERTIDA, inquirida, respondeu que: 1) trabalhou na Reclamada de


fevereiro de 2014 a outubro de 2016; 2) trabalhou com o autor em Londrina e em Ponta Grossa; 3) fez
parte da equipe virtual, trabalhando na avenida JK 1133; o depoente cumpria jornada das 8h00 às 19h00,
com 30 minutos de almoço, sem folga semanal; confirma que trabalhou nesses horários também em Ponta
Grossa; 4) trabalhou com o gerente Rui e depois com o gerente Maicon; 5) havia metas, "alguma coisa a
gente tinha que apresentar"; o gerente estabelecia as metas; 6) para o estabelecimento de metas, o gerente
conversava com os corretores; 7) havia convençao mensal, em Londrina, na parte da manhã; tinham que ir
à convenção, se não fosse, não ficaria sabendo do que estava acontecendo, "ficava por fora" para dar
atendimento ao cliente; 8) "já precisei faltar, inclusive a gente adoece"; poderia faltar, desde que
justificasse a sua falta; 9) na convenção, ninguém ficava no virtual. Nada mais.

DEPOIMENTO DA ÚNICA TESTEMUNHA DA PARTE RECLAMADA: CLEVERSON


HENRIQUE GOMES, brasileiro, 43 anos, gerente de loja, residente na rua Ulrico Zuinglio, 500, apto.
705, Torre 1 - Londrina/PR. COMPROMISSADA E ADVERTIDA, inquirida, respondeu que: 1) é
empregado da ré desde agosto de 2015; 2) trabalhou com o autor em Londrina, na loja da avenida Prefeito
Faria Lima, onde havia um plantão de vendas, com apartamento decorado; 3) tinha uma loja lá na JK, mas
o depoente não trabalhou nessa unidade; 4) o depoente trabalhou com o autor de março de 2017 até a sua
saída; o autor foi corretor; 5) o autor não comparecia diariamente, mas somente nos plantões; o plantão
tinha horário das 8h30 às 18h30, de segunda a segunda; o corretor faz meio período, ou de manhã, das
8h30 às 13h30 ou à tarde, das 13h30 às 18h30; 6) como gerente, o depoente perguntava aos corretores os
dias disponíveis; no caso do autor, "ele me passava as datas"; 7) em média, o autor trabalhava nos
plantões, três ou quatro dias da semana; 8) "eu tinha em torno de 20 a 24 corretores"; 9) o depoente, como
gerente, tinha metas; os corretores não tinham metas; 10) o depoente cuida da loja, como gerente, e
administra os plantões dos corretores; "um grupo desses corretores ficam sob minha responsabilidade,
para que não faltem nos plantões e para que eu possa substituir"; esclarece que são vários os gerentes,
cada qual com seu grupo de corretores; atualmente são oito gerentes e na época do autor eram três; 10)
sempre tem convenção de lançamento de produtos; a participação dos corretores não é obrigatória, mas
todos são convidados; 11) não havia descredenciamento por falta de vendas; o autor ficou meses sem
vender e não foi descredenciado; 12) o credenciamento com o autor cessou porque ele pediu; na época, o
autor estava sem vendas e já trabalhava noutro local; ele disse, mas o depoente não se lembra em que
outro local ele trabalhava; 13) "comigo ele vendeu duas unidades "por aí"; 14) não trabalhou em lojas

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virtuais, mas conhece o seu funcionamento; a loja virtual trabalha com equipe de corretores credenciados;
recebem leads de Belo Horizonte, onde existe uma central; esses leads são distribuídos pelos gerentes aos
corretores de plantão; a loja virtual funciona num espaço físico da MRV; os corretores podem trabalhar na
loja virtual ou noutro local, desde que tenha um computador, por onde receba os contatos; o corretor,
recebendo o lead, liga ao cliente interessado para agendar visitas; 15) desde 2014, havia turnos, manhã e
tarde, das equipes virtuais; tem uma divisão, porém não sabe dizer quantos são escalados para a manhã e
para a tarde; 16) o intervalo de uma hora, o corretor consegue fazer; 17) se o corretor quiser, é possivel
acumular os dois turnos; 18) existe uma sugestão de permanência, não havendo punição ao corretor que
não comparece no plantão, 19) sempre conversou com os corretores para os plantões; 20) como gerente, o
depoente cobra, para saber como está a negociação; a sua meta depende da equipe; 21) os corretores
recebem treinamento, sem que seja obrigatório; 22) há trabalho em domingos e feriados, com frequêncai.
Nada mais.

As partes declaram que não têm outras provas a serem produzidas, razão pela qual fica encerrada
a instrução processual.

Razões finais remissivas.

Tentativa final conciliatória rejeitada.

Para publicação da sentença, observado o que dispõe o art.851, § 2º, da CLT, designa-se a data
abaixo, do que ficam cientes as partes, inclusive de que será aplicado o disposto na Súmula 197/TST.

DATA: 29-06-2018, 17h16.

(Término às 10h19) Nada mais.

HELENA MITIE MATSUDA

Juíza do Trabalho

Ata redigida por ALEX CEREDA, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente.
A Certificação Digital
pertence a:
[HELENA MITIE 18061317095728300000037995268
MATSUDA]

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