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ISERIE DA REPUBLICA DE CABO VERDE 12 DE JULHO DE 1 Anexo: Cartio Especial de Identificagio a que se refore a alinea a) do artigo 18" WS CONSELHO DA REPUBLICA LIVRE TRANSITO Nome: Membro do Conselho da Republica OPresidente, Salvo em caso de Magrante delito por crime puntvel com pena igual ou superior a dois anos de prisio ou de prévio assentimento de Conselho, os Membros do Consclho da Repsiblica nfo podem ser perseyuides ou presos por questo criminal ow diseiplinar, em jutz0 ou fora dole. (Artigos 14, nf 1 18%, alinea 6) do Bstatuto dos membros do Conselho da Repiblica Praia, de 0 199__ Aminatorn do tialar Lei n? 77/1V/93 de 12 de Julho Por mandato do povo a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alinea 6) do artigo 186° da Constituigio, © seguinte: Antigo 1° 1. O Ministério Publico deve promover 0 andamento do processo e deduzir acusagio dos crimes particulares se entender haver razdo para o exercicio da aco penal, sempre que a auséneia da intervengao do ofen- ido, apds a demiincia, se deva a inexisténcia ou insufi- ciéneia de advogados na drea da sede do tribunal. 2,0 digposto no nimero anterior ndo prejudica a fa- culdade de os ofendidos, nos termos da legislacao pro- cessual penal, concederem perdao aos arguidos ou de- sistirem da prossecugdo da acgéo e nem impede a intervengio de assistentes no proceso, nos termos da legislagao processual penal. 3..No caso de o ofendido, apés a acusagao, -se como assistente, deverd 0 Ministério Publico, sem prejuizo do processado, retomar a posigo que normal- mente Ihe caberia nos processos relativos aos crimes particulares. Antigo 2° Para efeitos do disposto no niimero 1 do artigo ante- rior, o Ministro da Justica, ouvidos 0 Procurador Geral da Republica e a organizagio representativa dos advo- gados, fixard anualmente, por portaria, as areas onde se verifica a inexisténcia ou insuficiéncia de advogados. Aprovada em 27 de Maio de 1993. Presidente da Assembleia Nacional, em exercicio, Ant6nio Esptrito Santo Fonseca. Promulgada em 23 de Junho de 1993. Publique-se. © Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 25 de Junho de 1993. Presidente da Assembleia Nacional, Amflear Fer nandes Spencer Lopes. Lei n® 78/1V/93 de 12 de Jelho Por mandato do povo a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alinea 6) do artigo 186% da Constituigao, o seguinte: ‘riTULO1 Disposigdes Gerais Artigo 2 ireito das convengées ¢ tabelas) 1, As normas da presente lei sdo interpretadas de harmonia com as convengdes relativas a estupefacien- tes, substincias psicotrépicas ou precursores, ratifica- das por Cabo Verde. 2. As plantas, substaineias ou preparagdes sujeitas ao regime previsto nesta lei constam de quatro tabelas anexas ao presente diploma e dele fazem parte inte- grante, 3. Para efeito de aplicagao das disposigdes da pre- senie lei, estabelece-se uma distingéo entre "drogas de alto risco", representadas pelo conjunto das plantas ¢ substancias constantes das tabelas I ¢ II, “drogas de risco", representadas pelo conjunto das plantas € subs- tancias constantes da tabela III e precursores, repre- sentados pelas substancias classificadas na tabela I Antigo 2 (Definigées) Na presente lei: @ As expressdes "abuso de drogas” e "uso ilicito” significa, respectivamente, 0 uso de drogas proibidas ¢ o uso sem receita médica de ou- tras drogas colocadas sob controlo no territ6- rio nacional; I SERIE — N° 25 — B.O, DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 5) O termo “toxicodependente” designa a pessoa ‘em estado de dependéncia fisica e ou psi- quica em face de uma droga colocada sob controlo no territério nacional. ‘TATULO IT Repressio da produgao e do trafico ilicitos de substancias sob controlo CAPITULO I Incriminagées e penas principais Antigo # (Drogas de alto risco) 1. Quem, sem se encontrar autorizado, cultivar, pro- duzir, fabricar, extrair, preparar, oferecer, puser & venda, vender, distribuir, comprar, ceder ou por qual- quer titulo receber, proporcionar & vulrem, Lranspor: tar, importar, exportar, fizer transitar ou ilicitamente detiver, fora dos casos previstos no artigo 20°, plantas, Substancias ou preparayoes compreendidas nas tabelas Te II, € punido com pena de prisdo de 4a 12 anos. 2. Quem, agindo em contrério de autorizagao conce- dida nos termos do Decreto-Lei n* 92/92, de 20 de Julho, ou da legislagdo que o substitua, ilicitamente ceder, introduzir ou diligenciar por que outrem intro- duza no comércio plantas, substdncias ou preparagdes referidas no mimero anterior, é punido com pena de pristio de 5 a 15 anos. 3, Nas penalidades previstas no nimero anterior in- corre aquele que cultivar plantas, produzir ou fabricar substéncias ou preparagGes diversas das que constam do titulo de autorizacao. Antigo (Drogas de risco) Quem, sem se encontrar autorizado, praticar alguma das acgées referidas no niimero 1 do artigo 3°, e fora, dos casos previstos no artigo 20°, respeitante a’ drogas incluidas na tabela III, 6 punido com pena de prisdo de a5 anos, Antigo 5 (Precursores) 1. Quem, sem se encontrar autorizado, produzir, fa- bricar, extrair, preparar, oferecer, puser & venda, ven- der distribuir, comprar, ceder ou por qualquer titulo receber, proporcionar a outrem, transportar, importar, exportar, fizer transitar equipamento, materiais ou substancias inscritas na tabela IV, sabendo que sdo ou vo ser utilizados no cultivo, produgao ou fabrico ilici- tos de estupefacientes ou substancias psicotrépicas, é punido com a pena de prisdo de 2a 10 anos. 2. Quem, sem se encontrar autorizado, detiver, a qualquer titulo, equipamento, materiais ou substén- cias inscritas na tabela IV, sabendo que so ou vdo ser utilizados no cultivo, produgdo ou fabrico ilicitos de es- tupefacientes ou substancias psicotrépicas, € punido com pena de pristio de 1a 5 anos. 8, Se o agente beneficia de autorizapo nos termos do Decreto-Lei n° 92/92, de 20 de Julho, ou da legislagao que o substitua, 6 punido: a) No caso do n® 1, com pena de prisio de 4 a 12 ‘anos; 297 b) No caso do n® 2, com pena de prisio de 2 a 10 ‘anos. Artigo 6 (rafico de menor gravidade) Se, nos casos previstos nos artigos 3*, 4° e 5%, a iliei- tude'do facto se mostrar consideravelmente diminufda, tendo em conta, nomeadamente, os meios utilizados, a modalidade ou as circunstancias da aero, a qualidade ou a quantidade das plantas, substancias ou prepara- ses, a pena é de: a) Prisdo de 1 a 5 anos se se tratar de plantas, substancias ou preparagées compreendidas nas tabelas I, II e LV; ) Prisdo até 2 anos e multa correspondente se se tratar de plantas, substancias ou prepara- ges compreendidas na tabela III. Antigo (Conversio, transferéneia ou dissimulagio de bens ou produtos) 1. Quem, sabendo que os bens ou produtos sio prove- nientes da prética, sob qualquer forma de compartici- taglo, de infracpHo prevista nos artigos 3° a 6 e 8a 10%: @) Converter, transferir, auxiliar ou facilitar al- guma operagdo de conversdo ou transferén- cia desses bens ou produtos, no todo ou em parte, directa ou indirectamente, com o fim de ocultar ou dissimular a sua origem ilicita ou de auxiliar uma pessoa implicada na pré- tica de qualquer uma dessas infracgdes a exi- mir-se As consequéncias juridicas dos seus actos, 6 punido com pena de prisio de 4 a 12 anos; 4) Ocultar ou dissimular a verdadeira natureza, origem, localizagio, disposigao, movimenta- io, propriedade desses bens ou produtos ou je direitos a eles relativos, é punido com pena de prisiio de 2a 10 anos; ©) Os adquirir ou receber a qualquer titulo, utili- zar, deter ou conservar, 6 punido com pena de prisdo de 1 a 5 anos. 2. A punigo pelos crimes previstos no ntimero ante- rior ndo excederd a aplicdvel as correspondentes infrac- es dos artigos 3° a 6° e 8 a 10°, 3. A punigéo pelos crimes previstos no n® 1 tem lugar ainda que os factos referidos nos artigos 3° a 6 e 8 a 10° hajam sido praticados fora do territério nacional. CAPITULO II Agravagao das penas Atigo (Causa de agravagio) ‘As penas previstas nos artigos 3° a 7? so aumenta- das de um quarto nos seus limites minimo e maximo se: a) As substancias ou preparagdes foram entre- ‘gues ou se destinavam a menores ou dimi- nufdos psfquicos; 298 6) As substancias ou preparagdes foram distribui- das a grande numero de pessoas; ©) O agente obteve ou procurava obter avultada compensagao remuneratéria; &) O agente for funeiondrio incumbido da preven- ga0 ou repressiio dessas infracges; ©) O agente for médico, farmacéutico ou qualquer ‘outro téenico de satide, funciondrio dos servi- 608 prisionais ou dos servigos de reinsergio Social, trabalhador dos correios, telégrafos, telefones ou telecomunicagées, docente, edu: cador ou trabalhador de servigos ou institui- goes de acsdo social, © o facto for praticado no exercicio da sua fancao; P O agente participar em outras actividades eri- minosas organizadas, de ambito internacio- nal; ® O agente participar em outras actividades ile- gais facilitadas pela pratica da infracgao; 4) A infraceaio tiver sido cometida om instalagdes de ser de tratamento de consumidores de droga, de reinsergao social, de servigos ou instituigdes de acedo social, em estabeleci mento prisional, unidade militar, estabeleci mento de educagao, ou em outros locais onde os alunos ou estudantes se dediquem a pré- tica de actividades educativas, desportivas ou sociais, ou nas suas imediagées; i) O agente utilizar a colaboragao, por qualquer forma, de menores ou de diminufdos psiqui- cos; ) O agente actuar como membro do bando desti- nado a pratica reiterada dos crimes previstos nos artigos 3° a 6°, com a colaboraao de, pelo menos, outro membro do bando; D As substancias ou preparagées foram corrompi- das, alteradas ou adulteradas, por manipula {edo ou mistura, aumentando 0 perigo para a vida ou para a integridade fisica de outrem. Antigo (Traficante-consumidor) 1, Quando, pela pratica de algum dos factos referidos no artigo 3°,'e fora dos casos previstos no artigo 20°, 0 agente tiver por finalidade exclusiva conseguir plan- tas, substincias ou preparagdes para uso pessoal, a pena é de prisdo até 3 anos, se se tratar de plantas, subst{ncias ou preparagdes compreendidas nas tabelas Te II, ou de prisdo até 1 ano ou multa até 120 dias, no caso de substancias ou preparagdes compreendidas na tabela IIT. 2. A tentativa é punivel. 3, So aplicdveis as disposigées deste diploma, ¢ ndo © disposto no mimero 1, quando o agente detiver plan- tas, substancias ou preparagdes em quantidade que ex- coda uw nevessdiria pura 9 consuino dual du ante o periodo de 5 dias ou de trinta dias se, neste uiltimo easo, se tratar de substancias constantes da ta- bela TIT. Antigo 10° (Abuso do exereicio de profissio) As penas previstas no mimero 1 do artigo 3° e no pe 0 4 so aplicadas ao médico que passe receitas, ministre ou enbregue substaneias ou preparagdes af in: dicadas, com fim no terapéutico. I SERIE — N® 25 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 2, As mesmas penas sao aplicadas ao farmacéutico ou a quem o substitua na sua auséneia ou impedi- mento que vender ou entregar aquelas substancias ou reparagdes para fim ndo terapéutico. 3. Em caso de condenagdo nos termos dos nimeros anteriores, 0 tribunal comunicara as decisées as insti- tuigdes com poder diseiplinar sobre os infractores. 4, A tentativa é punivel. Axtigo 1 (Associngses criminosas) 1, Quem promover, fundar, chefiar, dirigir ou finan- ciar grupo, organizagao ou associagao de duas ou mais pessoas que, actuando concertadamente, vise praticar algum dos crimes previstos nos artigos 3% a 7, € punido ‘com pena de prisdo de 10 a 20 anos. 2. Quem prestar colaboragio, directa ou indirecta, aderir ou apoiar 0 grupo, organizagdo ou associaeao re- feridos no mimero anterior, é punido com pena de pri- sdo de 5 a 15 anos 3. Se o grupo, onganizagao ou associagio tiver como finalidade ou actividade a conversdo, transferéncia, dissimulagéo ou receptagdo de bens ou produtos dos crimes previstos nos artigos 3° a 6”, o agente é punido: @) Nos casos do n® 1, com pena de prisdo de 2a 10 anos; 'b) Nos casos do n® 2, com pena de priséo de 1 a5 anos, Antigo 12° (Incitamento ao-uso de estupefacientes ‘ou substincias psicotrépicas) 1. Quem induzir, incitar ou instigar outra pessoa, em publico ou em privado, ou por qualquer modo facilitar 0 ‘uso ilfeito de plantas, substncias ou preparagdes com- preendidas nas tabelas Ie Il, é punido com pena de pri- So até 2 anos ou de multa alé duzentos e quarenta lias. 2. Se se tratar de substancias ou preparagées com- preendidas na tabela IIT, a pena é de prisiio até 1 ano ou de multa até 120 dias. 3. Os limites minimo e maximo das penas so au- mentados de um tergo se: @ Os factos foram praticados em prejuizo de ‘menor, diminuido psiquico ou de pessoa que se encontrava ao cuidado do agente do crime para tratamento, educagao, instrugdo, vigi- Taneia ou guarda; 4) Ocorreu alguma das cireunstancias previstas nas alineas d),e) ou h) do artigo 8°. Antigo 13° (Trifico ¢ consumo em lugares piblicos ou de reuniiio) 1. Quem, sendo proprietirio, gerente, director ou, por qualquer titulo, explore hotel, restaurante, café, ta- berna, clube, "boite”, casa ou recinto de reunitio, de es- pectdculo ou de diversdo, consentir que esse lugar seja utilizado para o tréfico ou uso ilfeito de plantas, subs- tancias ou preparagées incluidas nas tabelas I a III, é punido com pena de prisdo de 2.a 10 anos. I SERIE — N* 25 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 299 2. Quem, tendo ao seu dispor edificio, recinto vedado ‘ou veiculo, consentir que seja habitualmente utilizado para 0 tréfico ou uso ilicito de plantas, substincias ou reparagdes incluidas nas tabelas I a Tif, é punido com pena de prisao de 1 a 5 anos. 3, Sem prejuizo do disposto nos nimeros anteriores, © agente que, aps notificagio nos termos do n® 4, nao tomar as medidas adequadas para evitar que os luga- res neles mencionados sejam utilizados para o trafico ou 0 uso ilfeito de plantas, substancias ou preparagdes inclufdas nas tabelas Ia Til, 6 punido com pena de pri- so de 1a anos. 4. 0 disposto no mimero anterior s6 é aplicavel apés duas apreensdes de plantas, substancias ou prepara- $9es inclufdas nas tabelas I a III, realizadas por autori- dade judicidria ou por érgdo de’policia criminal, devi- damente notificadas ao agente referido nos n** 1'e 2, € nao mediando entre elas periodo superior a um ano, ainda que sem identificagao dos detentores. 5. Verificadas as condigdes referidas nos n®* 3 e 4, a autoridade competente para a investigagao dé conheci- mento dos factos a autoridade administrativa que concedeu a autorizagéo de abertura do estabeleci- mento, que decidir sobre o seu encerramento. Artigo 1 (Desobediéneia qualificada) 1. Quom so opuser a actos de figcalizagao ou se negar a, exibir os documentos exigidos pelo Decreto-Lei n? 92/92, de 20 de Julho, ou da legislagao que o substi- tua, depois de advertido das consequéncias penais da sua’ conduta, é punido com a pena correspondente ao crime de desobediéncia qualificada. 2, Incorre em igual pena quem nao cumprir em tempo as obrigagées de participacdo urgente de sub- tracgdo ou extravio de substaneias ou documentos refe- rridos no Decreto-Lei n? 92/92, de 20 de Julho, ou da le- gislagdio que o substitua. CAPITULO IIT Atengiio ou isencdo de pena em situagdes especiais Antigo 15° (Redugio e dispensa de pena) Se, nos casos previstos nos artigos 3° a 7, 9 a 11", 0 agente abandonar voluntariamente a sua actividade, afastar ou fizer diminuir por forma consideravel 0 pe- Tigo produzido pela conduta, impedir ou se esforcar se- riamente por impedir que o resultado que a lei quer evitar se verifique, ou auxiliar concretamente as auto- ridades na recotha de provas decisivas para a identifi- cago ou a captura de outros responsaveis, particular- mente tratando-se de grupos, organizagdes ou associagdes, pode a pena ser-Ihe extraordinariamente atenuada ou ter a dispensa de pena. CAPITULO IV Medidas e penas acessérias Antigo 16° (Perda dos objectos utilizados no erime) 1, Serdo declaradas, pelos tribunais, perdidas a favor do Estado as plantas e substancias’apreendidas em virtude da pratica de infraceao prevista no presente di- ploma, que nao tiverem sido destrufdas ou entregues a organismo autorizado para a sua utilizagao licita, ainda que nenhuma pessoa determinada possa ser pu- niida pelo facto. 2, Soro igualmente declarados, pelos tribunais, per didos a favor do Estado as instalagdes, materiais, equi- pamentos e outros bens méveis utilizados ou destina- dos a ser utilizados para a prética da infracgao, sem prejuizo dos direitos de tereeiros de boa fé, bem como as recompensas dadas ou prometidas aos agentes da infraccao. ‘Antigo 17" (Bens transformados, convertidos ou misturados) 1. Nos casos previstos no presente diploma, serdo de- clarados ainda, pelos tribunais, perdidos a favor do Es- tado os produtos provenientes da infracpio, directa- mente adquiridos pelos agentes, para si ou para outrem, os bens méveis ou iméveis nos quais foram transformados ou convertidos e, até ao montante do valor estimado dos produtos em causa, os bens adquiri- dos legitimamente com os quais os ditcs produtos foram misturados, bem como os rendimentos, juros, lu- cros e outras vantagens extraidas desses produtos, os bens nos quais estes foram transformados ou investi- dos, ou bens com que tenham sido misturades. 2. Se os direitos, objectos ou vantagens referidos no niimero anterior ndo puderem ser apropriedos em es- pécie, a perda é substitufda pelo pagamento ao Estado do respectivo valor. 3. 0 disposto nos ntimeros anteriores aplica-se aos direitos, objectos ou vantagens obtidos mediante transacgao ou troca com os direitos, objectos ou vanta- gens directamente conseguidos por meio da infracgao. Artigo 18° (Destino dos bens perdidos a favor do Ratado) No montante e na forma que forem decididos pelo Governo uma parte dos rendimentos resultantes da alienagao dos bens e produtos serd afectada a progra- mas de combate & droga e ao tratamento de toxicode- pendentes, Antigo 19° (xpulato de estrangeiroe ‘eencerramento de estabelecimento) 1. Sem prejutzo do disposto no artigo 23°, em caso de condenapdo por crime previsto no presente diploma, se © arguido for estrangeiro, o tribunal pode ordenar_a sua expulséo do pais, por periodo nao superior a 15 anos. 2. Na sentenga condenatéria pela prética de crime previsto no artigo 12%, e independentemente da interdi- gio de profissio ou actividade, pode ser decretado o en- cerramento do estabelecimento ou lugar piblico onde ‘9 factos tenham ocorrido, pelo periodo de 1 a 5 anos. 3. Tendo havido prévio encerramento ordenado judi- cial ou administrativamente, 0 perfodo decorrido sera levado em conta na sentenga. 4, Se 0 réu for absolvido cessard imediatamente o en- cerramento ordenado administrativamente. 300 TETULO I Consumo de droga Antigo 20° (Consumo) 1. Quem consumir ou, para o seu consumo, cultivar, adquirir ou detiver plantas, substancias ou’ prepara” goes compreendidas nas tabelas I a III cuja pouca guantidade permita considerar que se destinavam ao seu consumo pessoal, é punido com a pena de prisio até trés meses ou muita até 30 dias. 2. 0 infractor pode ser dispensado de pena se preen- cher cumulativamente os seguintes requisitos: a) Nao tiver atingido a maioridade; 4) Nao for reincidente; © Se comprometer, mediante declaracdo_solene perante o Magistrado, a ndo praticar de novo © acto previsto e punido nos termos deste ar- tigo. Artigo 21° (Tratamento espontineo e atendimento de consumidores) 1, Quem utilizar ilicitamente, para consumo indivi- dual, plantas, substancias ou preparagdes compreendi das nas tabelas Ia IIL solicitar a assisténcia de servi- os de satide do Estado ou particulares terd a garantia de anonimato. 2, Os médicos, técnicos e restante pessoal do estabe- lecimento que assista o paciente estado sujeitos ao dever de segredo profissional, nao sendo obrigados a depor em tribunal ou a prestar informagies as entidades poli- Giais sobre a natureza ¢ evolupte do proceso terapeu- 3. O Ministério da Sauide desenvolverd, através dos servigos respectivos, as acgSes necessdrias A prestagio de atendimento a toxicodependentes ou a outros consu- midores que se apresentem espontaneamente e fiscali- zard as condigdes em que as entidades privadas aten- dem os toxicodependentes. Artigo 22° (Suspense da pena e obrigagio de tratamento) 1. Se 0 arguido tiver sido condenado pela prética do crime previsto no artigo 20° ou de outro previsto neste diploma que com ele se encontre numa relagdo directa de conexio e tiver sido considerado toxicodependente, pode o tribunal suspender a execugdo da pena de acordo com a lei geral, sob condigdo, para além de ou- tros deveres ou regras de conduta que se mostrarem adequados, de se sujeitar voluntariamente a trata- mento ou a internamento em estabelecimento apro- priado, o que comprovaré pela forma e no tempo que 0 tribunal determinar. 2, Se durante o perfodo da suspensdo da execuggo da pena 0 toxicodependente culposamente néo se sujeitar ‘ao tratamento ou ao internamento ou deixar de cum- ir qualquer des outros deveres ou regras de conduta impostos pelo tribunal, aplica-se o disposto na lei penal para a falta de cumprimento desses deveres ou regras de conduta. 8, Revogada a suspensio, o cumprimento da pena teré lugar, de preferéncia, em zona apropriada do esta- belecimento prisional, sendo prestada a assisténcia médica necesséria. I SERIE — N* 25 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993. 4. Pode, com as devidas adaptagées, ser aplicado o re- gime de prova. Antigo 23° (Tratamento no ambito de processo pendente) 1. Sempre que o tratamento, em qualquer das moda- lidades seguidas, decorra no ‘ambito de um proceso rendente em tribunal, o médico ou o estabelecimento levem enviar, de 3 em 3 meses, se outro perfodo néo for fixado, uma informacdo sobre a evolucéo da pessoa a ele sujeita, com respeite pela confidencialidade da re- lagdo terapéutica, podendo sugerir as medidas que en- tendam convenientes. 2. Apés a recepsao da informagao referida no niimero anterior, o tribunal pronunciar-se-4, se o entender ne- cessario, sobre a situagao processual do visado, ‘TITULO IV Legislagao subsididria CAPITULO I Legislagao penal e processual Artigo 24° (Legislagio penal) Na falta de disposigdo especifica do presente diploma so aplicdveis, subsidiariamente, as disposigses da parte geral do Cédigo Penal e legislagdo complementar. Antigo 25¢ (Aplicagao da lei penal nacional) Para efeitos do presente diploma, a lei penal cabover- diana é ainda apliedvel a factos cometidos fora do terri- t6rio nacional: @) Quando praticados por caboverdianos ou es- ‘trangeiros, desde que 0 agente se encontre ‘em Cabo Verde e, sendo estrangeiro, nao seja extraditado; 4) Sob reserva de acordos conclufdos entre Esta- dos, quando praticados a bordo de navio em relagdo ao qual o Estado do pavilho autori- zou as autoridades caboverdianas a exami- nar, a visitar ou a tomar, em caso de desco- berta de provas de participacdo em tréfico ilicito, as medidas apropriadas face ao navio, as pessoas a bordo e a carga. Ati 26° Legislagéo proceseual penal) Na falta de disposigao especifica do presente di- oma, so aplicdveis subsidiariamente as normas do ‘édigo de Proceso Penal e legislago complementar. CAPETULO II Disposigdes especiais de proceso Astigo 27" (Apreensies) Em casos das infracgdes previstas nos artigos 3° a 7* 9a 11°, as drogas ¢ precursores sdo imediatamente apreendidos, 0 mesmo se fazendo quanto as instala- ges, materiais, equipamentos e outros bens méveis suspeitos de terem sido utilizados ou de se destinarem I SERIE 25 ‘a ser utilizados para a prética do crime, somas e valo- tes mobilidrios suspeitos de proveniéncia directa ou in- directa da infracgao, bem como de todos os documentos que facilitem a sua prova ou a culpabilidade dos seus autores. ‘Antigo 26° (evista e pericia) 1, Quando houver indicios sérios de que alguém ccuita ou transporta no seu corpo estupefacientes ou substancias psicotrépicas é ordenada revista e, se ne- eessério, procede-se a pericia. 2. 0 visado pode ser conduzido a unidade hospitalar ou a outro estabelecimento adequado e ai permanecer polo tempo estritamente necessério A realizago da pericia, 3. Na falta de consentimento do visado, a realizagio da revista ou pericia depende de prévia autorizagdo do juiz devendo este, sempre que possivel, presidir & géncia, 4, Quem, depois de devidamente advertido das ‘consequéncias penais do seu acto, se recusar a ser sub- metido a revista ou a perfcia autorizada nos termos do nimero anterior, é punido com pena de prisdo até 2 anos ou multa até 240 dias. Antigo 29° (Buscas e apreensées) 1. As visitas e buscas aos locais onde sejam fabrica- das, transformadas o1 armazenadas ilicitamente dro- gas de alto risco, drogas de risco ou precursores, bem ‘como as apreensdes de equipamentos © materiais desti- nados cultura, produgdo ou fabrico ilicitos das mes- mas, sdo permitidas a qualquer hora do dia ou da noite. 2. As diligéncias em casa habitada ou suas depen- doncias fechadas, serio efectuadas de dia e mediante autorizagao escrita do juiz, e nos termos das leis de rocesso. Artigo 30" (Controle nos servigos postais) 1, As entidades habilitadas a verificar ou a reprimir as infracgdes previstas no presente diploma sao autori- zadas a efectuar controlos, a qualquer hora do dia ou da noite, nos servigos postais, com vista a descobrir ex- pedigdes ilicitas de drogas e precursores. 2, Havendo indicios sérios de tal expedigdo, aquelas entidades podem proceder & abertura da encomenda, relatando os factos por escrito & autoridade judiciaria competente. 3, No caso de se tratar de correspondéncia, a sua abertura e ou apreensio s6 poderdo ser efectivadas me- diante ordem eserita do juiz proferida em despacho fundamentado e nos termos das leis de processo. Antigo 31° (ntereepeso ¢ gravagio de conversagses e comunicagSes) 1. 0 Jufz pode ordenar a intereepedo e a gravagao de conversagdes e comunicagdes, por periodo determinado, efectuadas por pessoas contra as quais existam ind cios sérios de participagao numa das infraegdes previs- tas nos artigos 3? a 7! e 9° a 11°, e que se apresentem de grande interesse para a descoberta da verdade para a producao de prova. DA REPUBLICA DE CABO VERDE 2 DE JULHO DE 1993__301 2, Da intercepgdo e gravagdo é lavrado auto, no qual se sumariam as partes relevantes, decidindo a autori- dade judicidria competente sobre a matéria pertinente a juntar ao proceso, e ordenando a destruigao dos ele- ‘mentos sem interesse para a causa, 3. Pode a autoridade judicidria sobrestar na jungéo dos elementos ao processo se tiver razdes para crer que oconhecimento do auto pelas partes pode prejudicar as finalidades da investigagao. Antigo 32° (informagées sobre fortunas de arguides de trafico) 1. Podem ser pedidas informagées sobre bens, dep6si- tos ou quaisquer outros valores pertencentes a indivi- duos arguidos da pratica de crimes de trafico ilicito de estupefacientes ou outras substancias psicotrépicas e de precursores, com vista A sua apreensdo e perda para 0 Estado, demonstrando que foram adquiridos com 0 produto da actividade eriminosa. 2. A prestagdo de tais informagdes nao pode ser recu- sada pelas instituigdes bancarias, financeiras ou equi- paradas, bem como por quaisquer repartig6es de re- fisto oa ‘seals, “desde “que 0 pedido se. mostre individualizado, suficientemente coneretizado e com in- dicagao das referencias do processo respectivo. 3. 0 pedido a que se referem os ntimeros anteriores serd formulado por oficio do agente do Ministério Pa- Dlico que tiver a seu cargo a instrugdo do processo, acompanhado de autorizagdo eserita do jutz, Antigo 33° (Bntreyas controladas) 1, Pode ser autorizada, caso a caso, pelo Ministério Publico, a nao actuagao da Policia Judiciaria sobre os portadores de substancias estupefacientes ou psicotrs- picas em transito por Cabo Verde, com a finalidade de roporeionar, em colaboragio com o pais ou pafses des- tinatarios ¢ outros eventuais pafses de transito, a iden- tifieagio ¢ anguigdo do maior numero de participantes nas diversas operagdes de tréfico ¢ distribuigfo, mas sem prejuizo do exereicio da acco penal pelos factos a0s quais a lei nacional aplicavel. 2. A autorizagao s6 6 concedida, a pedido do pais des- tinatario, desde que: a) Seja conhecido detalhadamente o itinerdrio provavel dos portadores e a identificagdo su- ficiente destes; 8) Saja garantida poles autoridades competentes los paises de destino e dos paises de transito a seguranga das substancias contra riscos de fuga ou extravi ©) As autoridades judicidrias competentes dos pa‘- ‘ses de destino ou de transito se comprome- tam a comunicar, com urgéncia, informagao pormenorizada sobre os resultados da opera- ‘géio e da acgfio desenvolvida por cada um dos agentes da pratica dos crimes, especialmente: dos que agiram em Cabo Verde. 3. Apesar de concedida a autorizagdo mencionada an- teriormente, as autoridades policiais competentes in- tervém se aS margens de seguranga tiverem diminuido sensivelmente, se se verificar alteragdo imprevista de itinerdrio ou qualquer outra circunstdncia que dificulte ‘a futura apreensdo das substancias e a captura dos agentes; se aquela intervengdo nao tiver sido comuni- 302 cada previamente a entidade que concedeu a autoriza- so, sé-lo-d nas 24 horas seguintes, mediante relato es- erito. 4. Por acordo com o pafs de destino, as substancias em transito podem ser substituidas parcialmente por outras inécuas, de tal se lavrando o respectivo auto. 5. Os contactos internacionais podem ser efectuados através do Gabinete Nacional da interpol. 6. Qualquer entidade que receba pedidos de entregas coniroladas deve canalizé-los imediatamente para a autoridade policial competente para a sua execugao. Antigo 94" (Prisko preventiva) 1. Sempre que o erime imputado for de tréfieo droga, desvio de precursores, conversfo, transferéncia ou dissimulagdo de bens ou produtos ou ainda de asso- ciagéo criminosa, e 0 arguido se encontrar preso pre- ventivamente, ao ponderar a sua libertagio, o juiz to- maré especialmente em conta os recursos econdmicos, do arguido utilizaveis para suportar a quebra da cau- 80 € 0 perigo de continuagdo da actividade eriminosa, no pafs ou fora do territério nacional 2. Antes dese pronunciar sobre a subsisténcia dos Bressupostos da prisdo preventiva o juiz recolherd in- formagao actualizada que possa interessar ao reexame daqueles pressupostos. CAPITULO IIL Disposigao de natureza investigatéria Antigo 35° Cnvestigacio criminal) A investigagtio dos crimes previstos neste diploma & da competéncia exclusiva da Policia Judiciaria, sem prejuizo do disposto na lei organica respectiva, na parte respeitante fungao complementar, subsididria e auxiliar da Policia de Ordem Pablica. Artigo 36° (Conduta nio punivel) 1, Nao 6 punivel a conduta do funcionério de investi- gagao criminal que, para fins estritos de inquérito e sem revelagdo da sua qualidade e identidade, aceitar directamente ou por intermédio de um terceiro a en- trega de estupefacientes ou substancias psicotrépicas. 2, 0 relato de tais factos é junto ao proceso no prazo maximo de 24 horas. Artigo 37° (Protecgio das fontes de informagio) 1, Nenhum funcionério de investigagao criminal, de- clarante ou testemunha, ¢ obrigado a revelar ao tribu- nal a identificago ou qualquer elemento que leve & identificaeao da pessoa que tenha colaborado com a po- cia na descoberta de infracgdo prevista no presente diploma. 2. Se, no decurso da auditneia de julgament, o tr bunal se convencer que a pessoa que colaborou com a policia transmitiu dados ou informagies que, segura- mente, sabia ou devia saber serem falsos, pode orde- nar a revelagio da sua identidade e a inquirigso em audiéncia. I SERIE — N® 25 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 3. Na situagdo prevista na parte final do nimero an- terior, o tribunal pode decidir da exelusdo ou restrigdio da publicidade da audiéncia, CAPITULO IV Destruicao de droga e recolha de amostra Antigo 38° (Bxame ¢ destruigio das substincias) 1. As plantas, substncias e preparagdes apreendidas so examinadas, por ordem da autoridade judiciéria competente, no mais eurto prazo de tempo possivel. 2. Apés 0 exame laboratorial, 0 perito procede a colha, identificagio, pesagem bruta e Iiquida, acon cionamento e selagem de uma amostra, no caso de a ‘quantidade de droga o permitir, e do remanescente, se ohouver. 3. A amostra fica guardada em cofre do crganismo que procede & investigagao até decisdo final. 4, No prazo de 5 dias apés a jungio do relatério do exame laboratorial, a autoridade judicidria competente ordena a destruigo da droga remanescente, despacho que é cumprido em periodo nao superior a 30 dias, fi- cando a droga, até a destrui¢do, guardada em cofre forte. 5. A destruigdo da droga faz-se por incineracdo, na presenga de um magistrado, de um funcionério desi gnado para o efeito ¢ de um técnico de laboratério, la- vrando-se 0 auto respectivo; numa mesma operagao de ineineragéo podem realizar-se destruigdes de droga apreendida em varios processos. 6. Proferida decisdo definitiva, o tribunal ordena a destruigdo da amostra guardada em cofre, o que se fard com observancia do disposto no n? 5, sendo remetida cépia do auto respectivo. Artigo 39° (Amostras podidas por entidades estrangeiras) 1. Podem ser enviadas amostras de substéncias preparagées que tenham sido apreendidas, a solicitagao de servigos publicos estrangeiros, para fins cientificos ou de investigagdo, mesmo na pendéncia do proceso. 2. Para o efeito, o pedido é transmitido a autoridade judicidria competente, que decidira sobre a sua satisfa- $80, 3. O pedido pode ser apresentado através do Gabi- nete Nacional da Interpol. Antigo 40" (Comunicagio de decisses) 1, Serdo comunicadas & comissao de luta contra 0 tréfico ilicito de estupefacientes e outras substdncias psicotrépicas todas as apreensoes de plantas, substan- cias e preparagdes compreendidas nas tabelas!I a IV. 2. Os tribunais enviardo a mesma entidade e6pia das decisées proferidas em processo crime por infracgées previstas no presente diploma. I SERIE — N* 25 — B.O. DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 ‘TITULO V Coordenagiio nacional e cooperagao internacio- nal na luta contra o trafigo ilicito Antigo 41° (Comisaiio de Coordenagio) 1. A comissio de luta contra o trafico ilicito, referida no n® 1 do artigo antecedente, centraliza todas as infor- mages que possam facilitar a investigagdo e a preven- 40 do tréfico ilicito e coordena, tanto no plano nacio- nal como internacional, todas as operagées tendentes & repressiio desse trafico. 2, Por diploma do Governo determinar-se-& a compo- sigdo e as atribuigdes da comissio. Artigo 42" (Cooperagio internacional) No tocante a extradigao, auxilio judicidrio mituo, ‘execugiio de sentengas penais estrangeiras e transmis- 880 de processos criminais, aplicam-se os tratados, convengoes e acordos a que Cabo Verde se vinculou e, subsidiariamente, 0 disposto na Convengdo das Nagdes Unidas contra 0 ‘trafico de estupefacientes e de sub- stdneias psicotropicas de 1988, ‘TITULO VI Disposigdes finais Antigo 43° (Equivaléncia das penas) 1. Sem prejuizo do disposto no mimero seguinte, quando para qualquer efeito juridieo se deva fazer equivaléneia entre a duragdo das penas previstas neste Aiplema eas da legisla vigente,fazer-ce-é corres ponder: a) As penas de prisio cujo limite maximo nao seja superior a trés anos, as penas de pristio correecionall; ®) As penas de prisdo cujo limite maximo seja superior a trés anos, as penas de prisdo maior 2, Para efeitos da aplicagéio das penas, designada- mente para os casos em que haja circunstancias agra- vantes ou atenuantes, reincidéncia, sucesso, acumula- sao de crimes, cumplicidade, delito frustrado e tentativa, as penas previstas na alinea 6) do mimero antecedente tm a seguinte correspodéncia com as penas de prisio maior estabelecidas na lei penal geral: a) Pena de 10 a 20 anos & pena do numero 1° do artigo 55° do Cédigo Penal, 6) Pena de 5 a 15 anos & pena do mimero 2° do ar- tigo 55° do Cédigo Penal; ©) Pena de 4 a 12 anos & pena do mimero 3° do ar- tigo 55° do Cédigo Penal, d) Pena de 2 a 10 anos & pena do mimero 4° do ar- ‘igo 55* do Cédigo Penal; @) Pena de 1 a 5 anos a pena do ntimero 5° do ar- tigo 56? do Cédigo Penal. 303 Aigo 44° (Norma revogatéria) Ficam revogados 0 Decreto-Lei n° 102/84, de 27 de Outubro e a Lei n* 27/1V/91, de 30 de Dezembro. Antigo 45° (Entrada em vigor) presente diploma entra em vigor 30 dias apés a sua publicagao. Aprovada em 27 de Maio de 1993. Presidente da Assembleia Nacional, em exercicio, Antonio Espirito Santo Fonseca. Promulgada em 23 de Junho de 1993. Publique-se. © Presidente da Repiblica, ANTONIO MANUEL. MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 25 de Junho de 1993. Presidente da Assembleia Nacional, Amilear Fer- nandes Spencer Lopes. CLASSIFICAGAO DE ESTUPEFACIENTES E SUBSTANCIAS NAS LEGISLAGOES, ‘MENCIONADAS ‘SURSTNCS 08 CONTOLE PROaEIO PCIBIGAO SEW AUTORZAGAO a a a Precursores fEstupeta- | Estupeta- | Substincias cientes | cientes de PPI | Acido lisérgico [substincias, ePSiV. | Pst Etedrina Ergometrina Ergotanima Jevontual- Fen Propana-2 mont, Jcvtstincias Peoudo-Eterina e outros quads. | PSII Acotona Acido, Antrantico 8 8 8 Aide Ettico JPsicarépi- | Peicotépi | Substircias | Etor Etlco cos ‘08 do PPIV Jevbstincias | eubstincias Piperidina PP! | dePPI (Os sais das subs- tncias inscritas ‘no prosento qua: levontual- | Eventual dro, em todos 0s mento, | mente, casos om que a Jzubstincias | substincias oxistincia dostes [so ouvos | de outros sais 6 possivel fauacres | _quadros 1 SERIE — N* 25 — B.O, DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 12 DE JULHO DE 1993 — Reconhecimento do direito ao uso de passa- porte diplomatico, quando em misséo oficial de servigo. Antigo 2 O presente pedido de autorizagao legislativa deve ser exercido no prazo de trés meses. Aprovada em 28 de Maio de 1993. Presidente da Assembleia N: Antonio Esptrito Santo Fonseca. Promulgada em 23 de Junho de 1993 Publique-se. O Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 25 de Junho de 1993 Presidente da Assembleii nandes Spencer Lopes. ional, em exereicio, Nacional, Amilear Fer- Lei n? 82/1V/93 de 12 de Julho Por mandato do povo, a Assembleia Nacional de- creta, nos termos da alinea ¢) do artigo 186? da Consti- tuigdo, o seguinte: Antigo 1" Fica 0 Governo autorizado a legislar sobre a seguinte matéria: 1. Objecto: Estruturagao de Cargos Carreiras ¢ Salé- trios do pessoal docente. 2, Extensio: Alteragdo de alguns preceitos do De- cereto-Lei n® 86/92 (PCCS) de acordo com a necessidade de racionalizar a gestdo das varias carreiras e melhor explicitagio dos niveis e da hierarquia dos cargos, dita- das pela aprovagéo do Estatuto do Pessoal Docente. ‘Antigo A presente autorizagdo deve ser utilizada do prazo de seis meses a contar da sua publicagdo no Boletim Oficial, devendo os efeitos do Diploma Legal emanado no uso dela, retroagir a data de 1 de Janeiro de 1993. Aprovada em 28 de Maio de 1993. Presidente da Assembleia Nacional, em exerefcio, Ant6nio Espirito Santo Fonseca. Promulgada em 24 de Junho de 1993 Publique-se. © Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 25 de Junho de 1993 O Presidente da Assembleia Nacional, Amélear Fer- nandes Spencer Lopes. 30! Lei n* 83/1V/93 de 12 de Julbo Por mandato do povo, a Assembleia Nacional de- creta, nos termos da alinea c) do artigo 186" da Consti- ‘tuigdo, 0 seguinte: Artigo 1° (Odjecte) Fica 0 Governo autorizado a legislar sobre a Lei Or- ganica dos Tribunais Fiscais e Aduaneiros. Aigo (Extensio) No uso da autorizagio legislativa conferida nos ter- ‘mos do artigo 18, pode o Governo: a) Determinar a natureza e os limites de jurisdi- go dos Tribunais Fiseais e Aduaneiros; 6) Regular a sua composigao; ©) Definir a competéncia e o Ambito processual do ‘Tribunal; d) Estabelecer as regras da sua organizagao e fun- cionamento; ©) Submeter os jufzes dos Tribunais Fiscais ¢ ‘Aduaneiros aos principios estatutérios co- ‘muns a todos os magistrados judiciais; ) Revogar o Decreto-Lei n® 5/85 de 11 de Maio, 0 ‘Decreto-Lei n® 60/87 de 30 de Junho e toda a legislagao que, neste Ambito, disponha em contrério. Antigo #* (Duragio) A presente autorizagdo legislativa tem a duragao de seis meses a contar da sua publicagao no Boletim Ofi- cial. Aprovada em 28 de Maio de 1993. © Presidente da Assembleia Nacional, em exereicio, Ant6nio Esptrito Santo Fonseca. Promulgada em 24 de Junho de 1993 Publique-se. © Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 25 de Junho de 1993 O Presidente da Assembleia Nacional, Amélear Fer- nandes Spencer Lopes. Lei n? 84/1V/93 de 12 de Julho Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional de- creta, nos termos da alinea b) do artigo 186" da Consti- tuigso, o seguinte:

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