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(eestor do acérsz0 proeride nos Autos de Recarso Contencioso de Anula¢é0 n® 48/25, em que & Recorrente LAZARO LOPES ROCHA © Rccorido © Director Nacional da Administragho Piles por delegagto de compettncia do ACORDAO N° 44 /2018 Acordam, em conferéncia da 3* Secedo, os Juizes do Supremo Tribunal de Justiga: LAZARO LOPES ROCHA, Delegado de Procurador da Republica Principal, Esc. A, {nd. 134, do quadro do Ministério Publico, com os demais sinais identificativos nos presentes autos de recurso contencioso n° 48/2015, impugnou 0 despacho do DIRECTOR GERAL DA ADMINISTRACGAO PUBLICA (DGAP), por subdelegagao do Secretirio de Estado da Administragdo Publica, que Ihe fixou uma pensio anual de aposentagdo no valor de 1.615 692$00, imputando ao acto os vicios de falta de fundamentagio e violagao de lei, pedindo que seja ordenado © “englobamento do montante correspondente ao subsidio de renda de casa na penséo anual”. O recorrente deduziu a seguinte argumentagdo: “1. .» desempenhou as tittimas funedes de Delegado do Procurador da Reptiblica Principal e requereu @ passagem & situagdo de aposentagdo, ao abrigo do disposto no art? 6° n° 4, da Lei n° 2/11/2011, de 20.06.; ~ Por Deliberagdo do Consetho Superior do Ministério Puiblico n° 11/2012, datada de 31 de Janeiro de 2012, 0 recorrente foi desligado do Servigo, para efeitos de aposentagdo, -A data da deliberagao (...) auferia uma remuneracdo base, no valor de Exc. 106497800 (cento ¢ seis mil, quatrocentos e noventa e sete escudos), acrescidos do subsidio de exclusividade, no valor de Esc. 42.599800 (quarenta e dois mil. quinkentos e noventa e nove escudos) e de um subsidio de renda de casa, no montante de Ese. 56.000800 (cinguenta e seis escudos), perfazendo 0 montante mensal de Ese. 205.096800 (duzentos e cinco mil e naventa e seis escudos) 0 que corresponderia a uma pensdo anual de Esc. 2.315.292800 (dois mithdes, quatrocentos e sessenta ¢ um mil, cento ¢ cinguenta e dois escudos), ao abrigo do disposto no arts 6.° n.°s 4 5, da Lei n° 2/VIIL/2011, de 20 de Junko. 3 ~ Sucede, porém, que por Extracto de despacho n.° 1347/2015, publicado na 11 Série do Boletm Oficial n° 52, de 27 de Outubro do corrente ano de 2015, foi-the fixada uma pensdo anual de 1.615.692500 (...), correspondente a uma remuneragao mensal de Esc. 134.641800 (...) 0 aludido despacho fixa tinica e simplesmente uma penso anual de esc. 1.615.692800 (..), despido de qualquer fundamentagao + .. Ora, 0 EMMP, confere aos magistrados no artigo 39° ¢ 40° direito a uma remuneragao base e a suplementos, constituidos por subsidio de renda de casa e subsidio de exclusividade > Todavia, pode-se coneluir facilmente que nao foram considerados como remuneragao relevante 0 subsidio de renda de casa. ALE para efeitos de cdleulo da penséo entende-se 0 equivalente & soma da remuneracdo base (artigo 36% 2-a)) ¢ a média mensal das remuneragdes acessérias ou complementares auferidas nos iiltimos dois anos que tenham cardcter permanente, sejam de atribuicdo obrigatéria e ndo sejam resultantes de acumulacdo de cargos ou fungées (artigos 21° e 36° 2-b). (..)Portanto, os suplementos remuneratérios em apreco, ndo constituem direitos que se incorporam na esfera Juridica dos magistrados ad eternum. Sao, na verdade, direitos associados ao exercicio da fungdo. On® I do art? 18° do EAPS refere-se que 0 agente com direito a aposentacao 6 obrigatoriamente inscrito como subscritor no organismo gestor da penstio de aposentagéo, desde que receba vencimento, susceptivel de pagamento de quota. A quota no valor de 8% sobre a remuneracdo mensal é paga para efeitos da pensdo de aposentagdo, da pensdio de sobrevivencia e da assisténcia na doenga (ver arts. 21 ° e 75° do EAPS e art® 13° da Lei n. ° 61/1V/92, de 30 de Dezembro). Os ns 2 e 3 do art® 22° do EAPS, supra transcritos, prescrevem que estdo isentos de quota as simples ineréncias e outros andlogos e 0 subsidio de residéncia. Logo estes subsidios ndo contam para efeitos de aposentagao.”. O MP emitiu o seu parecer defendendo que as remuneragées relevantes stio apenas aquelas que sejam passiveis de desconto, nos termos dos arts. 18° e 22° do EAPS; também “estabelecem uma ligagdo entre a quota ¢ a pensio as normas constantes dos 11.°, 15.2242, 31.° do mesmo Estatuto; remuneragdes ou suplementos sobre os quais ndo incidem quatsquer descontos néo podem relevar para efeitos da fixagao do montante da pensiio. In casu, 0 subsidio de residéncia ou o subsidio de compensagdo de renda de casa, nito era passivel de qualquer quota e por isso foi afastado do cdlculo da pensao. Seria, justo, de jure condendo, que assim ndo fosse, mas enquanto se nao alteram estas regras, elas tm que ser aplicadas.”. Coridos os vistos legais, cumpre decidit. E a seguinte a factualidade relevante a ter-se em considerac4o e que resulta da documentagao junta: o recorrente foi desligado de servigo para efeitos de aposentagao pela Deliberagiio n° 11/2012 do CSMP de 31.01.2012' (fs. 8); enquanto Delegado de Procurador da Republica, vinha auferindo a remuneragdo mensal iliquida no valor de 96.1658, acrescida do subsidio de exclusividade no valor de 48.083$00 e do subsidio de renda de casa no montante de 56.000800, a que corresponderia uma pensfo anual de 2.287.692$00; o despacho impugnado, n° 238/DGAP/2015, de 25.06.2015, fixou a0 recorrente a pensao, sujeita a rectificagao, no valor de 1.615.692$00. Atendendo as alegagées do recorrente, importa aferir se se verificam os vicios de forma e de violagao de lei que so imputados ao acto impugnado. No que respeita ao alegado vicio de forma por falta de fundamentagao, tem sido posigio jurisprudencial constante deste Supremo Tribunal no sentido de que a fundamentagfo de acto administrativo néo tem que ser exausliva mas apenas suficiente de modo a que o destinatario comum possa entender as razées da tomada de deciséo por parte da Administragao. Ora “in casu” 0 recortente entendeu as razdes da decisao tomada, das quais discorda, posicionando-se contra a exclusio do subsidio de renda de east do COmputo da pensio de aposentagiio e expendendo as razdes pelas quais entende que tal subsidio deva ser levado em consideragio no célculo da pensao de aposentagao, Dai que, no existindo 0 vicio de falta de fundamentagao, 0 verdadeiro problema que aqui se coloca é de saber se ocorre ou nao 0 Vicio de violagao de lei em virtude da exclusio do subsidio de renda de casa do célculo da penséo de aposentacao, A questo central cifta-se efectivamente em aferir se o subsidio de renda de casa integra ou nao o chamado “estatuto remuneratério do cargo” pelo qual o Magistrado do MP se aposenta, Importa, antes de mais, sublinhar que a matéria relativa a aposentagao dos Magistrados do MP nao se encontra especialmente regulada pelos respectivos Estatutos, remetendo estes Para o regime geral da aposentagao dos funcionérios publicos, como decorre do art® 127° do actual EMMP. Assim hd que ter em consideracao a lei geral respeitante aos funcionarios da AP, em especial o EAPS' Apesar de os sucessivos diplomas legais respeitantes aos magisirados do MP nao regularem a aposentacao, limitando-se a remeter para o regime geral da aposentagdo, tal remisséio nfo pode operar-se sem que se tenha em devida consideragao a especial natureza das fungdes exercidas pelos magistrados quando comparados com os funcionérios e agentes da Fungo Piblica, Aquando do acto de terminante da aposentagdo do recorrente, isto é, a sua desligagao de servigo para efeitos de aposentagto, que data de 2012, momento relevante para efeitos de aposentagao, jé se encontrava em vigor o actual Estatuto dos Magistrados do Ministério Publico, aprovado pela Lei n° 2/VIII/2011, de 20.06., atendendo ao disposto no art? 34°, do EAPS, segundo 0 qual a “remuneragdo mensal a considerar para efeitos de céleulo da pensiio é a que respeitar & categoria ou cargo do agente d data em que ocorrer o facto ou atos determinantes de aposentaccio No Acérdio deste Supremo Tribunal n° 23/2016, de 02.06., sufragou-se a seguinte interpretagio do disposto no art 22° do EAPS: “Sto “correspondemtes ao cargo exercido” as remuneragées que assumem cardcter obrigatorio, isto é fixadas obrigatoriamente pela lei para o cargo com base no qual o funciondrio se encontra inscrito para aposentagéo. Pode-se afirmar que para esse célculo releva aguilo que se pode designar por “‘estatuto remuneratério do cargo” pelo qual o agente se encontra inscrito para efeitos de aposentagéo, com as exclusdes jé mencionadas e previstas nos ns. 2 ¢ 3 do ari® 22° Quando o legislador uliliza na n° 1 do art 22° a expresso “cargo exercido” tem na verdade em vista o cargo pelo gual 0 AE subscritor se encontra inscrito para efeitos de aposentacdo e por referéncia ao qual 0 agente desconta quota para 0 efeito, Ou seja, 0 n° 1 do art? 22° deve ser lido em sintonia com o n° 1 do art? 18° segundo 0 qual "Os agentes com direito a aposentagao serdo obrigaioriamente inscritos como subscritores no organismo gestor da pensdo de aposentagéio, desde que receham vencimentos, salérios ou outra remuneracao susceptivel de pagamento de quota.” Igualmente on? I do art? 22° deve ser interpretado em harmonia com o n° I do art? 34° nos termos do qual "A remuneragdo mensal a considerar ... é a que corresponder & categoria ou cargo do agente data em que ocorrer 0 facto ou actos determinantes da aposentagao, qualquer que sefa o titulo legal do sseu desempenho.” A sucesso legislativa ocorrida é elucidativa no sentido de que o subsidio de renda de casa integra o estatuto remuneratério do cargo pelo qual o magistrado se aposenta. Vejamos retrospectivamente a evolucio da legislagao sobre a matéria. O antigo Estatuto do Pessoal Judiciério (EPI), aprovado pelo DL n° 46/81, de 30.05., (art? 1°), que revogou “toda a legislagao em contrdrio” (art® 3°), dispés, no seu art® 13°, que “Os Magistrados Judiciais, em efectividade de fungdes tém os seguintes direitos, garantias e regalias: (..) ) "Moradia fornecida gratuitamente pelo Estado na sede do servico; ou na sua falta, um subsidio de quantitative a fixar pelo Governo". Tal normativo era extensivo aos magistrados do MP “ex vi” do art? 43°, segundo o qual “E aplicdvel aos Magistrados do Ministério Piiblico 0 disposto nos artigos 13°...) com as necessérias adaptagbes" O Estatuto dos Magistrados do Ministério Pablico, aprovado pela Lei n° 33/11/87, de 31.12., manteve o essencial daquele normativo (alinea f) do art. 13° do PJ), através da alinea g) do n° 1 do art® 26° acrescentando no entanto 4 moradia 0 adjectivo “condigna"” © Estatuto aprovado pela Lei n° 136/I'V/95, de 03.07., com a nova redacgao dada pela Lei n° 65/V//98 de 17.08., estabelecia no seu art. 59°, al* f) que "os magistrados do Ministério Piiblico 1ém especialmente direito a moradia de fung@o condigna ¢ devidamente mobilada fornecida gratuitamente pelo Estado ou subsidio de compensacdo, de montante a fixar pelo Governo, quando habitem casa prépria na sede do tribunal”, O actual Estatuto, aprovado pela Lei n® 2/VIII/2011, de 20.06., estabelece no seu art? 40°, n° 1, al b), que “Os magistrados do MP... 1m direito aos seguintes suplementos: (..) 0) Subsidio de renda de casa”. A sucessiva previso normativa nos mencionados diplomas legais respeitantes a0 Estatuto dos Magistrados do MP do subsidio de renda de casa conduz-nos inelutavelmente a conclusto de que tal subsidio integra 0 estatuto remuneratério a AG 6 ue se refere 0 supra mencionado aresto, visando incentivar 0 provimento estével na Magistratura do MP, nos diversos cargos desta, Percebendo 0 Magistrado do MP esse subsidio de renda de casa, “ex vi legis”, integrando desse modo 0 estatuto remuneratorio dos cargos que exerceu durante a sua vida profissional, tal subsidio nao pode deixar de ser levado em devido consideracao ao fazer-se o célculo da sua pensio de aposentagdo/jubilagao. Quando o art? 22° do EAPS prevé, no seu n° 3, que estio isentos de quotas nomeadamente “os abonos ou subsidios de residéncia", tal norma deve ser objecto de interpretacao restritiva no sentido de que esto isentos de quotas os subsidios esporddicos, meramente temporarios ou sem caracter permanente. Ja 0 subsidio de renda de casa de cardcter permanente, por integrar o estatuto remuneratorio do cargo de Delegado de Procurador da Reptiblica que serve de base 20 caleulo da pensio de aposentagéo, no se encontra isento da incidéncia de quota para efeitos de aposentarao, nao estando assim abrangido pela isengio de quota prevista na mencionada disposigao normativa do referido n° 3 do art® 22°. A Lei n° 2/VI/2011, Diploma Preambular, no art® 6°, n° 4, veio dispor que “Os actuais delegados de Procurador da Repiblica em efectividade de funcoes ... podem transitar a seu pedido para a situagdo de aposentagao ...” Mostra-se razoavel admitir que, tendo o legislador conferido ao Delegado de Procurador da Reptiblica a opgdo entre continuar no activo e requerer a passagem a situagdo de aposentacao, é Porque seguramente admitiu a equivaléncia de prestagées, como sustenta 0 recorrente. Essa leitura é que se mostra de acordo com 0 elemento sistemético da interpretaca nao impondo a passagem @ reforma apenas autorizando que os Delegados de Procurador da Reptiblica voluntariamente optassem pela passagem a situago de aposentacao, é porque o legislador tera admitido que essa alteragao na sua situacdo ocorresse havendo equivaléncia de prestagdes, ou seja, sem qualquer prejuizo de que 9s ‘suplementos remuneratérios que vinham auferindo viessem efectivamente integrar 0 célculo da pensao de aposentagao. Determina 0 artigo 9° do Cédigo Civil que o intérprete deve, na fixagao do sentido e alcance da lei, presumir que 0 legislador consagrou as solugdes mais acertadas e soube exprimir 0 seu pensamento em termos adequados, ¢ reconstituir, a partir da letra da lei, 0 pensamento legislativo tendo sobretudo em conta a unidade do sistema Juridico e as circunstancias em que a lei foi elaborada, VEE Dispde o art? 22° do E.A.P.S., sob a epigrafe “Incidéncia da quota”, o seguinte: “i. A quota incidiré apenas sobre os vencimentos, saldrios, gratificagdes, emolumentos, diuturnidades ¢ outras retribuigdes certas ou acidentais, fixas ou varidveis, correspondentes ao cargo exercido ¢ ndo isentas de quota nos termos dos niimeros seguintes. 2. Estdo isentos de quota 0s abonos provenientes de participagéo em multas, senhas de presenga, prémios por sugestoes, trabalho extraordindrio, simples ineréncias e outros andlogos, bem como todos os demais abonos que, por forca do presente diploma ou de lei especial, nto possam influir, em qualquer medida, na pensiio de aposentagdo. 3. Esto ainda isentos de quotas, 0 abono de familia, as ajudas de custo, os abonos ou subsidios de residéncia, de campo, de transporte, de viagens ou caminhos, para falhas, para despesas de representacdo, para vestuirio, e outros de idéntica natureza.” Excluem-se da pensio de aposentago, nos termos dos ns. 2 e 3, do mencionado artigo: todas as (chamadas) quotas isentas, apesar de legais, constantes dos ntimeros 2 € 3 do referido artigo 22°; so efectivamente afastadas as participagdes em multas, senhas de presenca, prémios por sugestées, trabalho extraordinério, simples ineréncias e outros andlogos... (n° 2), abonos de familia, ajudas de custo, abonos ou subsidios de residéncia, de campo, de transporte, de viagens ou caminhos, para falhas, para despesas de representagao, para vestudrio e outros de idéntica natureza (n° 3). Entretanto, o subsidio de renda de casa, também chamado subsidio de compensagao de renda de casa, garantido aos magistrados nfo ¢ na verdade o mesmo que subsidio de residéncia previsto naquele n° 3 do art? 21°. O subsidio de residéncia previsto naquele n° 3 do art? 22° do E.A.P.S, tem natureza esporddica e circunstancial na vida de um funcionério ou agente da Administragao Publica. Enquanto que o subsidio de renda de casa previsto para os magistrados assume natureza estével e permanente durante toda a vida profissional do magistrado ¢ independentemente das vicissitudes desta. Como nota 0 MP “Os estatutos publicados ...1ém vindo a tratar dessa questdo sempre procurando assegurar condicdes para cada magisirado possa residir em boas condigées.” Na verdade, a essa conclusao ¢ de se chegar atendendo a que 0 sybsidio de renda de casa € de montante fixo, é igual para o magistrado qualquer que seja a sua categoria profissional e qualquer que seja o tribunal aonde estiver colocado a exercer a sua actividade, isto 6, quer se trate de tribunal da 1* ou 2° instincias ou do Supremo Tribunal. Pode-se pois afirmar que o subsidio de renda de casa é inerente & qualidade magistrado, pois que ainda que se trate de um casal de magistrados, cada um conserva 0 seu direito ao subsidio de renda de casa. AE © subsidio de renda de casa constitui efectivamente integrante obrigatério, “ope legis’, da remuneragao do cargo pelo qual 0 magistrado & aposentado, raz0 por que entra no célculo da respectiva pensao. Ou seja, 0 subsidio de renda de casa integra 0 “estatuto remuneratério do cargo” pelo qual o agente se encontra inscrito para efeitos de aposentagao. © magistrado que pereebe o subsidio em causa do primeiro ao tiltimo dia da sua vida Profissional veria frustrada a confianga caso visse tal subsidio excluido do céleulo da sua penso de aposentagiio. © sub-principio da confianga constitui uma das dimensOes do principio maior que é © do Estado de Direito, consagrado no art® 2° da Constituigo da Repiblice, bem como 0 principio da justiga a que a Administrago esté vinculada a prosseguir nos termos do n° J do art® 240° da RCV, ficariam seriamente postos em causa caso o magistrado que se aposenta visse “ipso facto” privado desse rendimento que auferiu ao longo da sua vida profissional. Pelo exposto julga-se procedente 0 presente contencioso e anula-se 0 acto impugnado, para que a Administragdo Piiblica proceda ao célculo da pensao de aposentagdo do recorrente incluindo o mencionado subsidio de renda de casa Sem custas por delas estar isenta a e.r. Registe e notifique. Praia, aos 05. perme elator, que reviu e edifirmouo texto/ file MARTINS, "A Deliberag&o n° 11/2012 do Conselho Superior do Ministério Publico, datada de 31.01.2012, desligou de servigo para efttos de aposentagio os seguintes Magis trados do MP: Artur Borges Silva, Joio Alberto Barros Tavares, Adelaide Silva, Lazaro Lopes Rocha ¢ Manuel José Mendes Gonsalves. " Aprovado pela Lei n° 61 AI/89, de 30.12., ¢ alterado pela Lei n° 39/VII/2013, de 17.09.

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