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ILUMINISMO

O Iluminismo, ou Ilustração, foi um movimento de ideias que se desenvolveu na Europa nos séculos XVII e XVIII e que
continua influenciando o mundo atual.
Mas no que os iluministas acreditavam? Qual era para eles o valor supremo?
A razão era, para os iluministas, o valor supremo. Só por meio da razão e da sua aplicação, isto é, do ato de pensar, a
humanidade alcançaria a luz, o esclarecimento. Para os iluministas, a maioria das pessoas estava mergulhada na
ignorância, no fanatismo religioso; só a razão as esclareceria.
Para os iluministas, devia-se duvidar de tudo o que era aceito porque tinha sido sempre assim (tradição), ou porque
tinha sido dito por alguém com poder ou prestígio (autoridade). Eles opunham-se, portanto, ao conhecimento
baseado na “autoridade”, na “tradição”, e propunham a busca de um novo conhecimento baseado na razão.
Progresso, otimismo e Deus.
Os iluministas acreditavam que a razão conduziria os seres humanos ao progresso.
Com o passar do tempo, a ignorância, fruto da irracionalidade, desapareceria e teríamos então
uma humanidade esclarecida.
Essa crença no progresso constante da humanidade os fazia otimistas. A maioria deles
acreditava em Deus (o relojoeiro do universo), aquele que criou o mundo e o pôs para funcionar.
Os iluministas acreditavam que o mundo era regido por leis naturais. E que era preciso conhecê-las; por isso, se
dedicavam à ciência.
Os iluministas também reagiram ao Antigo Regime. Opunham-se ao absolutismo, aos privilégios da nobreza e do
clero, à intolerância religiosa e à falta de liberdade.

ATIVIDADES

01) - Assinale a alternativa INCORRETA e justifique sua escolha. Para os iluministas:

a) A razão é um valor secundário; e com ela ou sem ela, os homens poderiam alcançar o esclarecimento.
b) A razão devia penetrar todas as atividades humanas, para destruir os preconceitos e a ignorância.
c) Devia-se duvidar de tudo o que era aceito simplesmente porque havia sido dito por uma autoridade.
d) Todo conhecimento devia ser aberto à crítica.

02) - Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.

[...] A maioria dos filósofos do Iluminismo tinha uma crença inabalável na razão humana. Isto era algo tão evidente
que muitos chamam o período do Iluminismo francês simplesmente de “racionalismo”. [...]
Entre o povo, porém, imperavam a incerteza e a superstição. Por isso, dedicou-se especial atenção à educação. [...] Os
filósofos iluministas diziam que [...] a humanidade faria grandes progressos. Era apenas uma questão de tempo para
que desaparecessem a irracionalidade e a ignorância e surgisse uma humanidade iluminada, esclarecida.
[...].GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 338, 340.

• O texto anterior nos permite conhecer duas características do Iluminismo. Quais são elas?
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03) – Leia o texto e responda as questões a seguir:

O legado da Ilustração
[...] teria ainda a Ilustração forças para influenciar o nosso presente? Seu legado ainda existe, mas está em crise. Sua
bandeira mais alta, a da razão, está sendo contestada. Sua fé na ciência é denunciada como uma ingenuidade
perigosa, que estimulou a destrutividade humana e criou novas formas de dominação, em vez de promover a
felicidade universal. [...]
Essas críticas não são de todo falsas, mas são unilaterais. A Ilustração foi, apesar de tudo, a proposta mais generosa
de emancipação jamais oferecida ao gênero humano. Ela acenou ao homem com a possibilidade de construir
racionalmente o seu destino, livre da tirania e da superstição. Propôs ideais de paz e tolerância [...] Seu ideal de
ciência era o de um saber posto a serviço do homem, e não o de um saber cego [...]. Sua moral era livre [...] pregando
uma ordem em que o cidadão não fosse oprimido pelo Estado, o fiel não fosse oprimido pela religião, e a mulher não
fosse oprimida pelo homem. [...]
Esses temas são [...] importantes e correspondem [...] de perto às exigências contemporâneas [...].
ROUANET, Sergio P. As razões do Iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 26-27.

A) - Para os adeptos da Ilustração, também chamados de iluministas, a ciência era capaz de:
a) criar novas formas de dominação.
b) estimular a destrutividade humana.
c) favorecer a opressão religiosa.
d) promover a felicidade universal

B) - Como o autor do texto se posiciona ante as críticas à Ilustração?


a) Concorda porque os ideais da Ilustração não ajudam a resolver problemas atuais.
b) Concorda parcialmente porque temas como liberdade e paz são ainda atuais.
c) Discorda porque a Ilustração foi uma proposta de emancipação sem sucesso.
d) Discorda porque tais críticas são falsas e incapazes de promover a felicidade universal.

C) - No texto, a palavra emancipação pode ser associada à ideia Iluminista de:


a) libertação. b) progresso. c) razão. d) tolerância

03) – Leia o texto e responda as questões a seguir:

B) - Como o autor do texto se posiciona ante as críticas à Ilustração?

a) Concorda porque os ideais da Ilustração não ajudam a resolver problemas atuais.

b) Concorda parcialmente porque temas como liberdade e paz são ainda atuais.

c) Discorda porque a Ilustração foi uma proposta de emancipação sem sucesso.

d) Discorda porque tais críticas são falsas e incapazes de promover a felicidade universal.

C) - No texto, a palavra emancipação pode ser associada à ideia Iluminista de:

a) libertação. b) progresso. c) razão. d) tolerância.

PENSADORES ILUMIINISTAS

UNIDADE (S) TEMÁTICA (S): O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise


OBJETO DE CONHECIMENTO: A questão do iluminismo e da ilustração.
HABILIDADE (S): (EF08HI01) Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a
relação entre eles e suas contribuições para a organização do mundo contemporâneo.

John Locke

John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o
entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é
como uma tábula rasa sem nenhuma ideia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.

Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à
inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos. Voltaire também se destacou por
sua luta em favor da liberdade de expressão. É atribuída a ele a conhecida frase “Posso não concordar com nenhuma
palavra do que você disse,mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”.
Montesquieu

Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de
poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Segundo essa teoria, o governo assim dividido só
funcionaria bem se os três poderes fossem autônomos, isto é, se um não se intrometesse na
área do outro.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política
inclinava-se para uma monarquia moderada.

Rousseau

Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano
deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases
democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Rousseau
destacou-se também como defensor da pequena burguesia. Os escritos de Rousseau foram, por
exemplo, uma das fontes de inspiração da Revolução Francesa, cujo lema era: liberdade,
igualdade e fraternidade.

Adam Smith

Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denominado liberalismo


econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para
os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria
ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.

A enciclopédia dos iluministas

A partir de 1751, foi publicada na França uma obra chamada Enciclopédia, composta de 35 volumes, que levou 21
anos para ser editada. A ideia era reunir nela todo o conhecimento até então produzido e, ao mesmo tempo, divulgá-
lo para muitas pessoas.
O filósofo Denis Diderot (1713-1784) e o matemático Jean D’Alembert (1717-1776) coordenaram a edição da obra e
convidaram artistas, filósofos, cientistas, médicos, teólogos, entre outros profissionais, para escrever os verbetes.
Diderot escreveu que seu objetivo era tornar as pessoas mais instruídas, tornando-as assim mais virtuosas e mais
felizes.
Por fazer sérias críticas aos reis absolutistas e à Igreja, a obra chegou a ser proibida e retirada de circulação pelas
autoridades francesas.
Na época, o número de pessoas que sabia ler era proporcionalmente muito menor do que hoje; apesar disso, a
Enciclopédia foi um sucesso de vendas.

ATIVIDADES
01) - É atribuída ao pensador iluminista Voltaire a seguinte frase: “Posso não concordar com nenhuma
palavra do que você disse, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”. O que ele quis dizer com
isto?
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02) – O que Montesquieu defendia em relação aos poderes de um Estado?
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03) - Em sua obra “O contrato social”, o que Rousseau afirmava sobre o modo como um Soberano deveria
governar?
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04) - Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denominado liberalismo econômico.
Defina resumidamente este ideal:
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05) – Com qual intenção a Enciclopédia de Denis Diderot e Jean D’Alembert foi publicada?
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UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise


OBJETO DE CONHECIMENTO: - As revoluções inglesas e os princípios do liberalismo
HABILIDADE(S): (EF08HI02) Identificar as particularidades político- sociais da Inglaterra do século XVII e analisar os
desdobramentos posteriores à Revolução Gloriosa, enfatizando a importância da Declaração dos Direitos de 1689 (Bill
o Rigths) para ampliação de direitos de liberdade civil no mundo contemporâneo.

REVOLUÇÃO INGLESA
A Revolução Inglesa foi um dos momentos mais marcantes da Idade Moderna. Ocorrida entre 1640 e 1688, foi uma
das primeiras revoluções burguesas que limitaram o poder de um rei absolutista e deu início à formação de uma
monarquia constitucional na Inglaterra. Essa revolução marcou também o começo do predomínio das religiões
protestantes no reino inglês. O fim do absolutismo, a ascensão da burguesia como classe social dominante e o
Parlamento como centro político criaram um ambiente favorável para o surgimento das primeiras indústrias décadas
depois, bem como para a consolidação do capitalismo inglês.
Antecedentes da Revolução Inglesa.
A Reforma Protestante não foi apenas um movimento de contestação à doutrina da Igreja Católica, pois influenciou
diversas áreas da sociedade, como a política e a economia. Inúmeros reis europeus se converteram a essas novas
religiões cristãs, rompendo suas relações com o catolicismo. Dessa forma, a burguesa se aliou aos reis para garantir
benefícios econômicos, pois as novas doutrinas religiosas defendiam o trabalho e o lucro, ao contrário da Igreja
Católica, que se opôs à usura, ou seja, à cobrança de juros. Na Inglaterra, o rei Henrique VIII, da dinastia Tudor,
promoveu uma reforma religiosa e converteu as terras que pertenciam à Igreja Católica em propriedade privada. Essa
ruptura com o catolicismo fez com que a Inglaterra se tornasse rival de outros reinos católicos,
como a Espanha. Vale dizer que várias guerras que aconteceram na Europa nesse período
tiveram entre suas causas os embates entre católicos e protestantes.

As reformas promovidas por Henrique VIII beneficiaram a burguesia na economia e na política.


Os representantes dessa classe social se tornaram a maioria na Câmara dos Comuns. A força
burguesa começou a ameaçar o domínio da nobreza e da Coroa. Logo após o fim da dinastia
Tudor, subiu ao trono na Inglaterra o rei Jaime I, da dinastia Stuart, que governou os ingleses
entre 1603 e 1625. Essa mudança favoreceu os nobres e tentou frear o avanço da burguesia. O rei aumentou
impostos, impôs o monopólio estatal sobre os negócios burgueses e perseguiu os puritanos, que era a religião
predominante entre os negociantes. Além dessa investida contra a burguesia, Jaime I também enfrentou o
Parlamento ao dissolvê-lo e deixá-lo inativo entre 1614 e 1622.
O Parlamento inglês era bicameral.
A Câmara dos Comuns era dominada pelos burgueses, e a Câmara dos Lordes, pela nobreza e
aliados do rei. Quando alguma medida não obtinha a maioria no Parlamento, o rei ordenava o
seu fechamento. Foi o que aconteceu em 1640, quando o rei Carlos I, filho de Jaime I, enviou
ao Parlamento um projeto de aumento de impostos. O Parlamento estava dividido em duas
alas:  os diggers, que defendiam a realização da reforma agrária e uma distribuição de terras
para o desenvolvimento da agricultura; e  os levellers, que defendiam a prática da religião
católica de forma livre, bem como a igualdade jurídica. Como não houve consenso, o projeto não foi aprovado, e o rei
ameaçou suspender as atividades parlamentares. Quando Carlos I entrou em guerra contra a Escócia, ele pediu aos
parlamentares autorização para aumentar os impostos e financiar a batalha. A Câmara dos Comuns rejeitou o pedido
do rei, mas, dessa vez, estava preparada para uma reação absolutista.

Revolução Puritana e guerra civil


Oliver Cromwell, um líder radical puritano, organizou um exército burguês para defender o Parlamento contra as
investidas de Carlos I. O exército entrou em guerra com as tropas reais, iniciando a Revolução Puritana. Essa primeira
fase da revolução teve questões religiosas e colocou em lados opostos dois grupos: a nobreza, os aliados do rei e o
clero contra os burgueses, pequenos mercadores e artesãos que professavam o calvinismo. Nessa batalha contra o
Parlamento, Carlos I tinha o apoio dos cavaleiros da nobreza. Em 1642, Cromwell convocou o Novo Exército Modelo,
formando por pequenos burgueses e camponeses, também chamado de “Cabeças Redondas”, por não utilizarem as
perucas dos nobres. Esses soldados eram promovidos pelos méritos, e não por sangue. Além do embate físico, os
motivos daquele confronto eram discutidos entre eles, o que aumentava a consciência política de suas ações. O
exército de Cromwell conseguiu derrotar as tropas de Carlos I e o rei foi preso. Em 1649, a ala radical da burguesia
exigiu a decapitação do rei, o que aconteceu em 31 de janeiro daquele ano. Pela primeira vez, um monarca era
decapitado em praça pública por ordem do Parlamento.

ATIVIDADES
01) – Qual a importância da Revolução Inglesa para a história da Europa?
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02) - Na Inglaterra do século XVII, as disputas entre o Parlamento e a Monarquia desembocaram em uma
guerra civil (1642-1649). Sobre o assunto, responda:
a) O que é uma guerra civil?
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b) Que grupos sociais e religiosos lutaram ao lado do rei? Quais lutaram ao lado do Parlamento?
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c) Qual foi o desfecho da guerra civil?
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UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise


OBJETO DE CONHECIMENTO: - As revoluções inglesas e os princípios do liberalismo
HABILIDADE(S): (EF08HI02) Identificar as particularidades político- sociais da Inglaterra do século XVII e
analisar os desdobramentos posteriores à Revolução Gloriosa, enfatizando a importância da Declaração dos
Direitos de 1689 (Bill o Rigths) para ampliação de direitos de liberdade civil no mundo contemporâneo.
A ERA CROMWELL
O deputado e líder puritano Oliver Cromwell remodelou o exército e, à frente dele, venceu várias batalhas; os
soldados passaram a ser promovidos com base na competência e não mais por terem nascido em uma família de
prestígio. Ou seja, o critério de nascimento foi substituído pelo de merecimento.
Esse novo exército (New Model Army) venceu o exército do rei na Batalha de Naseby (1645), que pôs fim à
luta. O rei Carlos I foi condenado à morte e executado. A república foi proclamada e Cromwell assumiu o
governo do país.

A república de Cromwell

No governo, Cromwell combateu duramente seus inimigos internos e externos, confiscou as terras dos
aliados do rei e da Igreja Anglicana e vendeu-as para seus aliados, membros da burguesia e da gentry.
Além disso, visando fortalecer o comércio exterior inglês, Cromwell promulgou, em 1651, leis conhecidas
como Atos de Navegação. Essas leis diziam que todas as mercadorias que entrassem ou saíssem pelos
portos da Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales e Escócia) só podiam ser transportadas em navios ingleses
ou pertencentes aos países produtores.

Os Atos de Navegação favoreceram a acumulação de capitais por parte da burguesia britânica


e prejudicaram os comerciantes holandeses, que lucravam com o transporte de produtos
negociados com a Inglaterra. Esse conflito de interesses provocou uma guerra entre os dois
países (1651-1654). A Holanda foi vencida e a Inglaterra passou a liderar o comércio nos
mares; tornou-se a maior potência naval daqueles tempos, sendo conhecida a partir de então
como “rainha dos mares”. Cromwell aproveitou-se da guerra contra a Holanda para ampliar
seu poder: tornou seu cargo hereditário (que passa de pai para filho) e vitalício (para toda a
vida). Por isso, com a sua morte, em 1658, foi sucedido por seu filho Ricardo.

Restauração da dinastia Stuart


Em 1660, Carlos II foi coroado rei da Inglaterra e, no primeiro momento, manteve a promessa de respeitar os
interesses do Parlamento. Porém, não demorou para que suas intenções absolutistas aflorassem ao se aproximar do
rei Luís XIV, da França, e perseguir os calvinistas. O rei inglês era anglicano, mas tinha boas relações com a Igreja
Católica. Os parlamentares reagiram ao absolutismo de Carlos II e à sua aproximação com o catolicismo, mas o rei,
em 1681, dissolveu o Parlamento e governou sozinho a Inglaterra até 1685, ano de sua morte. Seu irmão, Jaime II,
sucedeu-o no trono e reativou o Parlamento, mas mantendo seu absolutismo e sua aproximação com a Igreja
Católica. O rei concedeu privilégios aos católicos, como a isenção de impostos, gerando protestos do Parlamento, que
era composto em sua maioria por calvinistas.
Revolução Gloriosa (1688)
O Parlamento reagiu às ações de Jaime II, mas a aproximação do rei com a França fez com que não houvesse
confronto com a Coroa, pois Jaime II poderia solicitar ajuda dos franceses. A solução para barrar o absolutismo do rei
foi uma manobra política. A filha de Jaime II, Maria II, era casada com Guilherme de Orange, rei dos Países Baixos. Os
parlamentares a chamaram para ser a nova rainha da Inglaterra. O marido temia que a esposa fosse mais poderosa
que ele e, em 1688, as tropas de Orange invadiram a Inglaterra e destituíram Jaime II do poder com o apoio do
Parlamento. Sem forças políticas e militares, o rei inglês buscou exílio na França, onde permaneceu até o fim da vida.
Guilherme de Orange foi coroado o novo rei da Inglaterra, sendo chamado de Guilherme III. Porém, antes da
coroação, os parlamentares exigiram que Guilherme e sua esposa, Maria, assinassem a Declaração de Direitos (Bill of
Rights) em 1689, que garantia a limitação do poder do rei e que as decisões políticas na Inglaterra seriam de
exclusividade do Parlamento. Outra medida dessa declaração era a liberdade religiosa. Formava-se, assim, a
monarquia constitucional, vigente até hoje na Inglaterra. Para saber mais sobre esse conflito, leia: Revolução
Gloriosa.
Consequências da Revolução Inglesa
As consequências da Revolução Inglesa foram imensas. Apesar de a monarquia ser preservada, o poder do monarca
foi restringido e as decisões políticas ficaram a cargo do Parlamento. Os confrontos religiosos que colaboraram nas
fases da revolução se encerraram com a Declaração dos Direitos de 1689, que garantia a liberdade de crença para os
ingleses, não podendo mais o rei impor sua crença aos seus súditos, como era no período anterior à revolução. Na
área econômica, a revolução garantiu a consolidação do poder da burguesia na Inglaterra e a presença maior de seus
representantes no Parlamento. Dessa forma, foram criadas leis que beneficiaram a burguesia e abriram espaço para a
instalação das primeiras indústrias em território inglês. Com os poderes reais limitados, a Coroa não pôde mais
interferir na economia, possibilitando o livre mercado.

ATIIVIDADES
01) - Sobre os Atos de Navegação, responda:
a) O que foram esses atos?
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b) Que relação se pode estabelecer entre os Atos de Navegação e a ascensão da Inglaterra à condição de
“rainha dos mares”?
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02) - Elabore em seu caderno uma ficha sobre a Revolução Gloriosa de 1688.

https://comendadorgomes.mg.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/04/hist8anoBpet6.pdf

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