Professional Documents
Culture Documents
Armaduras de Claves
Armaduras de Claves
Com as notas
Definindo os
Tetracorde: 4 notas de uma escala separadas por T – T – ST. O primeiro tetracorde é formado pelas notas C – D – E – F.
O segundo, pelas notas restantes da escala completa, G- A – B – C.
Portanto, a escala de C Maior é formada por dois tetracordes de T – T – ST, separados por um tom (entre F e G).
Se formarmos, a partir de uma dada nota inicial qualquer, uma sucessão de sons que têm a relação sequencial
T – T – ST – T – T – T – ST, estaremos ouvindo uma escala Maior, parecida com a de C Maior, mas começando
em outra nota.
Vamos jogar o segundo tetracorde da escala de C Maior uma oitava abaixo, para iniciar uma nova escala.
Obteremos uma sequência de sons que começam em G e que completamos até formar a oitava:
Mas, repare: O segundo tetracorde desta nova escala está errado. Deveria ser T – T – ST e não T – ST – T.
Portanto, para formar a escala de G Maior, na sequência T – T – ST – T – T – T – ST, temos que corrigir
A nota F, que deve ser aumentada para F#, ajeitando assim o segundo tetracorde.
Então, uma melodia diatônica que esteja no tom de G Maior, deve ter todos os seus F naturais modificados
para F#. Seria tedioso alterar cada F para F# em cada compasso da melodia.
Como resolver? Simples, a tonalidade de G passará a ter um F# depois da clave, indicando assim que toda a
nota F que ocorrer na melodia deve ser interpretada como F#.
Agora os dois tetracordes estão corretos, pois no segundo tetracorde, a nota F está alterada para F#
Pela indicação da armadura de clave.
Qual foi a nota alterada quando começamos a escala pela nota G? o F, que virou F#.Esta é a sétima nota da
escala de G Maior.
As notas de uma escala Maior, ou seja, respeitando os intervalos dos dois tetracordes separados por 1tom, são
numeradas em algarismos romanos e são denominadas graus da escala maior.
Estes graus recebem nomes, a saber:
I – Tônica
II – Supertônica
III – Mediante
IV – Subdominante
V – Dominante
VI – Superdominante (ou ainda, Submediante)
VII - Sensível
Não é necessário saber todos esses nomes, associados a cada um dos graus, mas o I, o IV e o V graus,i.e., Tônica,
Subdominante e Dominante são de suma importância na harmonia tonal e devem ser sabidos.O VII grau, a sensível
é fácil de guardar, por ser o grau que está meio tom abaixo da tônica (uma oitava acima do Primeiro Grau).
Repare que o intervalo entre as tônicas da escala de C Maior e da escala obtida transportando o segundo tetracorde
uma oitava abaixo, G Maior é de uma quinta justa.
Se continuarmos agora com o processo de pegar o segundo tetracorde da escala de G e jogarmos uma oitava
abaixo, obteremos uma escala de D Maior, observando que herdamos o F# da escala de G maior e que devemos
corrigir o sétimo grau C para C#, de modo a ter o sétimo grau de D, ou sua sensível meio tom abaixo da oitava.
I II II IV V VI VII VIII
C Maior C D E F G A B C
G Maior G A B C D E F# G
D Maior D E F# G A B C# D
A Maior A B C# D E F# G# A
E Maior E F# G# A B C# D# E
B Maior B C# D# E F# G# A# B
F# Maior F# G# A# B C# D# E# F#
C# Maior C# D# E# F# G# A# B# C#
Veja que apareceram as notas E# e B#, que são enarmônicas a F e C.
Porque não podemos usar estas enarmônicas nas escalas de F# Maior e C# Maior???
Repare também que as tonalidades que derivamos com o procedimento de elevar o primeiro tetracorde
de uma escala, herdando os sustenidos da escala anterior e elevando o sétimo grau da escala
(a sensível da nova tonalidade), produz uma escala uma quinta justa acima, ou seja, todas as escalas derivadas
com este procedimento se sucedem em intervalos de quintas justas: C – G – D – A – E – B – F# - C#.
Além disso, o número de sustenidos nessas escalas é um sustenido a mais que a anterior. Em resumo:
C – o sustenidos
G – 1 sustenido (F#)
D – 2 sustenidos(F#,C#)
A – 3 sustenidos (F#,C#,G#)
E – 4 sustenidos (F#,C#,G#,D#)
B – 5 sustenidos (F#,C#,G#,D#,A#)
F# – 6 sustenidos (F#,C#,G#,D#,A$,E#)
C# – 7 sustenidos (F#,C#,G#,D#,A#,E#,B#)
Percebe agora porque eu vivo repetindo que saber intervalos é essencial? Se ainda não, aguarde.
Estes sustenidos são colocados após a clave e sempre na ordem dada, formando as chamadas:
Para identificar a tonalidade, basta olhar qual é o último sustenido e subir meio tom, para encontrar a tonalidade.
Por exemplo, no quinto compasso, temos 4 sustenidos e o último deles é o D#. Meio tom acima de D# é E.
Logo, a tonalidade será E maior.
Vamos voltar ao nosso ponto de partida, a boa e velha amiga, a escala de C Maior.
O que acontece se, em vez de descer o segundo tetracorde em uma oitava, nós fizermos o primeiro
Tetracorde da escala de C Maior ser o segundo tetracorde de uma nova escala?
Primeiro tetracorde da escala de C
Agora é o segundo tetracorde da nova escala
Para formar o primeiro tetracordeda nova escala é só decrescer 4 notas depois do C e a nova escala
começa em F.
Êpa, o primeiro tetracorde deveria ser T – T – ST e está como T – T – T , mas os tetracordes devem ser
separados por 1 tom, e não meio tom.
Para consertar a bagunça, se colocarmos um bemol no B, o intervalo entre A – Bb fica correto. Além disso,
Agora os tetracordes estão separados de 1 tom, como deve ser.
Então, para tocarmos uma melodia diatônica em F, todos os B devem tornar-se Bb.
Estendendo este procedimento, analogamente ao que fizemos com as tonalidades
com sustenidos, chegaremos às tonalidades com bemóis.
I II II IV V VI VII VIII
C Maior C D E F G A B C
F Maior F G A Bb C D E F
Bb Maior Bb C D Eb F G A Bb
Eb Maior Eb F G Ab Bb C D Eb
Ab Maior Ab Bb C Db Eb F G Ab
Db Maior Db Eb F Gb Ab Bb C Db
GbMaior Gb Ab Bb Cb Db Eb F Gb
Cb Maior Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb Cb
Veja que apareceram as notas Fb e Cb, que são enarmônicas a E e B.
Porque não podemos usar estas enarmônicas nas escalas de GB Maior e Cb Maior???
Repare também que as tonalidades que derivamos com o procedimento de subir uma oitava o primeiro tetracorde
de uma dada escala, herdam os bemóis da escala anterior, e que temos ainda queabaixar o quarto grau da escala
(a Subdominante da nova tonalidade). Isto produz uma escala uma quarta justa acima, ou seja, todas as escalas
derivadas com este procedimento se sucedem em intervalos de quartas justas: C – F – Bb – Eb – Ab – Db – Gb - Cb.
Além disso, o número de sustenidos nessas escalas é um bemol a mais que a anterior. Em resumo:
C – o bemóis
F – 1 bemol (Bb)
Bb – 2 bemóis(Bb,Eb)
Eb – 3 bemóis (Bb,Eb,Ab)
Ab – 4 bemóis (Bb,Eb,Ab, Db)
Db – 5 bemóis (Bb,Eb,Ab, Db, Gb)
Gb – 6 bemóis (Bb,Eb,Ab, Db, Gb,Cb)
Cb – 7 bemóis s (Bb,Eb,Ab, Db, Gb,Cb, Fb)
Percebe agora, novamente, porque eu vivo repetindo que saber intervalos é essencial? Se ainda não, aguarde.
Para identificar a tonalidade, basta olhar qual é o último bemol. Como os sustenidos estão afastados por uma
quarta justa, e tivemos que abaixar o quarto grau da escala antiga para gerar a nova, se olharmos o penúltimo
bemol de uma armadura com bemóis, teremos encontrado a tonalidade da nova escala.
Por exemplo, no quinto compasso, temos 4 bemóis e o último deles é o Db. O bemol anterior a ele é o Ab
Logo, a tonalidade será Ab maior.
Assim, se quisermos saber qual a armadura de clave do tom de A Maior, pensamos na sensível de A, que é G# e
escrevemos todos os sustenidos em ordem até chegar à sensível: F# - C# - G#.
A ordem dos bemóis é sempre: Bb, Eb, Ab, Db, Gb, Cb, Fb.
Você deve repara que, se pensarmos nas notas sem os acidentes, a ordem em que bemóis aparecem nas armaduras
com bemóis é inversa da ordem dos sustenidos nas armaduras com sustenidos. Isto ajuda a gravar estas ordens