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EXAME NEUROLÓGICO

EXAME DA MARCHA:
Muito característico para avaliar parkisson, festinação – dificuldade em iniciar o movimento;
rigidez muscular; tremedeira em contagem de cédula. Paciente com doença de parkisson se
movimenta em blocos.

Marcha dividida em duas etapas: o pé toca o chão em 60% enquanto caminha (fase de apoio)
e 40% em quando não toca (fase de balanço). Precisa da fisiologia do tônus muscular
(responsável pelo cerebelo, formação reticular, aparelho vestíbulo-coclear) e visão (lobo
occipital).

SEMIOLOGIA:

1) Caminhe pela sala – pedir para se direcionar até o fim da sala, parar e retornar (aqui já
faz uma primeira avaliação);
2) Caminhar em fila indiana – caminhar com um pé a frente do outro e retornar;
3) Caminhar nas pontas dos pés e depois sobre os calcanhares – andar na ponta dos pés
e depois sobre os calcanhares;
4) Pule no mesmo lugar com um pé só;
5) Dobrar ligeiramente os joelhos – pode agachar ou em pé mesmo dobrar os joelhos.

Ao avaliar o paciente com deambulação do paciente, tem que fazer essa avaliação completa.

- Marcha hipocopode, ceifante ou hemiplégica – característica de AVE – via piramidal, não


vai consegue fazer movimentos direito, pode ser em ambos lados ou não. Membros superior e
inferior espáticos (contração involuntária). Membro superior flertido e inferiores rígidos.

- Marcha escarvante ou “pé caído” – paciente joga o pé, hanseníase (polineuropatia


periférica, por atingir nervos que são responsáveis por fletir o pé). Diabetes também pode levar
a polineuropatia assimétrica e levar a esse tipo de marcha.

- Marcha tabética – acontece por conta de lesão do cordão posterior da medula (corno
posterior, fascículo grácil e cuneiforme); neuropatia periférica sensorial. Paciente levanta a
perna e pisa com muita força (como se fosse marchando). Esclerose múltiplas...

- Marcha anserina – fraqueza dos movimentos pélvicos e sinal de trendeleburg. Alteração


no m. glúteo médio (sinal de trendeleburg – ao ficar apoiado só em um pé muda o centro de
gravidade para manter o equilíbrio, por conta desse musculo. Em caso de neuropatia, como
dermatomiosite, miopatia de brushein... pode levar destruição desse grupo muscular e paciente
tenta jogar a perna lateralmente para alterar o centro de equilíbrio). Muito comum em grávidas,
por conta do peso do útero gravídico.

- Marcha parkinsoniana – a marcha parkinsoniana pode estar relacionada a doença de


parkisson mas outras síndromes também pode estar relacionada a essa marcha. Síndrome de
parkisson é quando posso ter qualquer outra doença relacionada a lesão na substancia negra.

Marcha em pequenos passos altera a substância negra.

- Marcha atáxica cereberar ou “marcha ebriosa” – ou marcha do bêbado. Tem


alterações cerebelares, pode ser AVE, vasculite, doença neurodegenerativa, esclerose
múltipla... Alteração de propriocepção e vestibulococlear.

- Marcha claudicante – doença arterial periférica: diabetes, hipertensão, trombofilia,


varizes, fumante (carga tabágica alta)...

- Marcha vestibular ou estrelar – alterações do estimulo bulbar.


- Marcha em tesoura ou espástica – paralisia cerebral (antes tinha muito pela falta da
vacina da poliomielite). Problema na musculatura responsável pela adução muscular. Parto
prematuro ou com hipóxia cerebral e crianças podem apresentar essa marcha.

AVALIAÇÃO ESTÁTICA:
- Prova de Romberg: labirintopatias, tabes dorsales, polineuropatia periférica.
Avalio a tríade: visão, propriocepção (cordões medulares posteriores) e audição (aparelho
vestíbulococlear).

A prova, nada mais é do que tirar a visão do paciente e verificar se tem alteração do equilíbrio
(tem que avaliar a direção que ele cair) e ai o problema vai estar nos outros dois pontos da
tríade. Médico fica atrás do paciente com os braços do lado para proteção do paciente, pede
ao paciente fechar os olhos e se cair pra qualquer lado – paciente tem problema no cordão
medular posterior por não ter capacidade de propriocepção. Se tem problema na região
vestíbulo coclear, se cai para o lado direito tem problema no vestíbulo coclear do lado
esquerdo (tem que repetir o teste várias vezes, se a queda for repetitiva para um só lado,
identifica o problema no vestíbulo coclear). Na propriocepção a queda é imediata. Esse exame
se faz quando paciente se queixa de tontura.

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