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Há muito tempo atrás um lugar prosperava de forma pacífica, lugar vívido pela

flora que havia no lugar, um pequeno vilarejo existia naquele local, sendo
conhecido por alguns como Kahyana. Dentro do vilarejo possuía bons lugares
válidos de visitar todos os dias, como a Taverna do Guru, localizada no centro da
vila, a taverna local que serve bebidas alcoólicas feitas de forma artesanal, tendo
derivação da própria cana-de-açúcar destilada, tudo que se possa imaginar de
bebidas, A Taverna do Guru pode lhe vender, mais ao sul, em direção da saída, há
uma floresta repleta de árvores cheias de folhas, animais, grama e acima de tudo,
muito calmo e relaxante, para quem sai, apenas sente saudades, e
para quem está entrando, sente como se quisessem ficar e
aproveitar, em direção ao oeste, um litoral, com uma vista direta
para o mar, perfeito para ir em conjunto a alguém, formando muitos
casais que foram num encontro, a região leste é a parte militar, é
pouco vista pelos moradores, mas muito frequentada pelos amantes
das artes marciais e estilos de lutas com espadas ou arcos,
possuindo líderes próprios para isso, devido os tempos de brigas e
de guerras, sempre tiveram que estarem preparados para qualquer
ocasião que pudesse vir à tona.
Dentro de Kahyana havia alguém influente na área leste, um homem velho, porém
muito experiente em combates, Koda, O Almirante de Kahyana, um senhor de
muito bom humor e um bigode charmoso, sendo o ponto mais carismático como
pessoa, a família de Koda não tiverem muitos homens como herdeiros, e os poucos
que tiveram, optaram por seguir outros tipos de futuros para suas vidas, mas a
neta de Koda, Niara, uma garota jovem aparentando ter onze anos de idade, bem
hiperativa, passando grande parte do tempo com Koda, mas no vilarejo, havia
somente uma única regra para quem desejasse aprender a lutar, ser homem. Niara
sabia desta regra, mas aparentava não ligar para os padrões impostos em Kahyana,
mas ela sabia que seu avô possuía muito conhecimento que não poderia ser
deixado para trás, alguém teria que continuar seu legado.
Niara, desde pequena aprendeu várias coisas com o passar do tempo com Koda,
ela amava ouvir as histórias que ele já viveu, sobre como ele era quando criança,
como foi o processo de crescer, suas aventuras fora de Kahyana, como aprendeu a
usar armas e etc. Mas como passatempo num lugar que não poderia explorar fora
da vila, ela fazia muitas tarefas comuns para mulheres do vilarejo, em suma
maioria, as mulheres quando mais velhas viravam tecelãs, sendo bem comum
muitos comércios serem dirigidos por mulheres, e então Niara quando não estava
aprendendo a ler e escrever, ajudava suas irmãs e sua mãe nas tarefas de casa e no
comércio, e sempre com seu tempo livre, gostava de fazer origamis de papeis,
sabendo poucas formas, como barcos, corações e até alguns animais. Num livro que
leu, pertencente a Koda, havia um guia que quando jovem, escreveu como um
diário que seu avô lhe deu para aproveitar e deslumbrar sobre os lugares que já
visitou e como eram, estranhamente ele havia uma habilidade extrema para
desenhos, já que os contos vinham juntos com desenhos feitos por ele, e uma
mensagem escrita na última folha, que dizia:
“É importante extrair sabedoria de diferentes lugares. Se você levá-la de apenas um
lugar, se tornará rígido e velho.”
Niara sentiu pela primeira vez um sentimento de que as coisas poderiam
diferentes, mas ela apenas precisava crescer para poder sair de Kahyana e passar
pelos mesmos lugares que seu avô, e até mesmo por lugares novos, mas ir sozinha
seria perigoso, existia uma diferença muito grande entre os dois, fora a experiência
de viajar, seu avô sabia se defender, mas Niara se questionou de quem poderia
ensina-la sem que questionasse e a julgasse sobre as regras da vila.
Com o passar dos anos, Niara cresceu observando outros soldados lutarem, de
certa forma, não estava quebrando as regras da vila, mas estava adquirindo a
experiência, e todos os dias, sempre ia para o lado oeste da vila para poder treinar
e tentar adquirir a prática do treinamento, e numa dessas idas e voltas, Niara fez
um amigo da sua idade, Anori, um rapaz de cabelos esbranquiçados, pele escura, de
personalidade forte um pouco caótica, ele compartilhava de alguns pensamentos
de Niara, sobre mulheres terem o direito de lutar e aprenderem a se defender
sozinha, sendo um estímulo para os dois melhorarem seus trejeitos durante o
combate, seus vínculos ficaram fortes o bastante a ponto de se encontrarem todos
os dias no litoral. Certo dia, Niara chegou a perguntar para seu avô, se ele poderia
ensina-la, e ele até concordou, porém ela só poderia usar as armas em prol de sua
própria defesa ou para o próximo, nunca para atacar.
“A história de uma lâmina não vem de sua forja, mas sim de quanto sangue derramou
com ela.”
Por ser nova, ela aparentava não entender o verdadeiro peso e significado desta
frase, mas os tempos bons estavam prestes a acabar e os ruins apenas a começar.
Durante as idas e vindas de Niara para o litoral junto com Anori, algo
de diferente estava ocorrendo com o clima, a areia estava com uma
leve fuligem, e definitivamente não veio do mar, e sim pelo ar, como se
fosse uma queimada próxima estivesse ocorrendo, ao procurar mais
detalhadamente, aos poucos o cheiro subia em suas narinas, e a
preocupação acelerava a batida de seu coração, juntamente com Anori,
e sem pensar duas vezes ambos vão olhar o que estava acontecendo, e
após quase horas correndo em direção a queimada, tudo que era belo e
harmonioso, apenas eram manchas de sangue e cinzas, o vilarejo
Kahyana foi tomado pelo exército do Tirano Vermelho.
“Que a história de minha lâmina comece.”

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