Professional Documents
Culture Documents
Hipno-Farmácia2016-ALUNOS - FARMACO
Hipno-Farmácia2016-ALUNOS - FARMACO
HIPNOANALGÉSICOS
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Via sensorial ascendente: Sistema ascendente da dor Sistema inibitório descendente da dor
Estimulação elétrica:
Córtex somatosensorial Supressão da dor
Subst cinzenta periaquedutal
mesencéfalo
Provenientes do córtex
Mielinizada n. Rafe e formação reticular
Dor aguda LC A via descendente do
córtex somatosensório
Mielinizada
Dor prolongada viaja através da
medula e permite que
o encéfalo module a
sensação de dor
Encefalinas,
endorfinas
1
Analgésicos narcóticos usados para controle de dor intensa,
quando ligados a receptores no encéfalo e medula espinhal;
3 4 3 4
Receptor Ligante
EFEITOS FUNCIONAIS – RECEPTORES OPIÓIDES
Morfina
- mi b-Endorfina
DAMGO
Encefalina
Dinorfina
κ – kappa Encefalina B
U69593
Encefalinas
δ – delta DPLPE
- sigma Nociceptina
- epsilon Endorfina
2
Farmacodinâmica dos opióides analgésicos HIPNOANALGÉSICOS
MORFINA - PROTÓTIPO
HIPNOANALGÉSICOS HIPNOANALGÉSICOS
MORFINA - PROTÓTIPO MORFINA - PROTÓTIPO
• Usados para tratamento da dor
• Usados para tratamento da dor
• Características comuns
• Características comuns
potentes analgésicos
potentes analgésicos
Antitussígenos
Antitussígenos (reduzem a vontade de tossir ao inibir a
antiperistálticos intestinais (constipação) - Os opiáceos
resposta das terminações sensoriais por despolarização do
estimulam a absorção de água e electrólitos e diminuem a
nervo vago)
motilidade. A sua ação nos receptores m e, possivelmente d, dos
receptores dos neurônios entéricos, inibe a atividade peristáltica
e, aumenta o tempo do transito intestinal
HIPNOANALGÉSICOS
MORFINA - PROTÓTIPO
3
Derivados sintéticos com estruturas não
ANÁLOGOS DA MORFINA relacionadas à morfina
CODEÍNA • Fenilpiperidina: meperidina e fentanil
AGONISTAS PLENOS
Heroína:
ANÁLOGOS DA MORFINA
4
SÉRIE DA METADONA
Fentanil/ Alfentanil
Metadona
• sintético
• Derivado da fenilpiperidina mais potente • Longa duração (16 a 20 hs)
• Medicação pré-operatória (alta lipossolubilidade) • Potência menor que a morfina
• Ação curta (30-45 min), apesar da ½ vida longa • Boa absorção oral
• Início de ação = 5 min • Usado em programas de tratamento de
• Muito potente dependência de narcóticos.
Protótipo = naloxona
Mesmos efeitos que a naloxona.
não deve ser usada se a pessoa estiver sob
• reverte a ação ou bloqueia a ação de agonistas intoxicação aguda! Exceto se for caso de overdose
• útil na superdosagem por opióides (“overdose”)
• Dose única bloqueia os efeitos da heroína por 24 hs.
• precipita síndrome de abstinência em usuários de
• Usada em tratamentos emergenciais.
opióides
• ** Usado para o tratamento contra o alcoolismo
• útil no tratamento de alguns dependentes já sem droga
5
Tratamento da Dependência de
Tratamento da Dependência de
Opióides:
Opióides
Desintoxicação/ Terapia de substituição
Terapia com Antagonista
• administrar doses baixas de metadona (Dolofina), acetato de
levometadil (L-a-acetilmetadol ou LAAM) ou buprenorfina
oralmente várias vezes diariamente por vários dias - esse • principalmente com o uso de naltrexona - meia-vida
tratamento impede a abstinência de heroína/morfina longa (~10 h), boa absorção oral
• v.o. ; ½ vida longa • bloqueio dos efeitos reforçadores dos agonistas
• pacientes precisam estar altamente motivados para
• a abstinência após interrupção de metadona ou buprenorfina
manter-se sem droga
é muito mais tolerável do que a abstinência de
heroína/morfina
Biotransformação
• • Dois mecanismos principais:
– Glicuronidação
• UDP-Glicuroniltransferase: codificado por diversos
FARMACOCINÉTICA genes UGT1A3, UGT2B9, UGT2B1, etc
– Oxidação
• citocromo P-450: codificado por diversos genes
CYP1A2, CYP2D6, CYP3A3, etc
Biotransformação Biotransformação
• Glicuronidação dos opióides
– Morfina: UGT2B7, UGT2B1 e UGT1A3
– Buprenorfina: UGT1A3 e UGT2B9 • Oxidação dos opióides:
– Nalorfina: UGT2B1 e UGT2B9
– Codeína: UGT2B9 – Família do citocromo P450 (CYP): CYP3A3/4,
CYP2D6, CYP1A2 e CYP2C
• Alguns produtos glicuronados contribuem para o
efeito analgésico: ex. morfina-6-glicuronídeo e
codeína-6-glicuronídeo*
• Relevância clínica
6
Biotransformação Biotransformação
• CYP3A3/4 • CYP2D6
– 10% dos caucasianos tem polimorfismos que
– Envolvido no metabolismo de mais da metade de diminuem sua atividade
todos os fármacos
– Substratos: metadona, grupo fentanil e em
– Substratos: codeína, dihidrocodeína, oxicodona,
menor grau buprenorfina
tramadol, dextrometorfano
Neurônio Sistema
PKA ? Pré-sináptico Descendente
AMPc ? inibitório Locus
PKG
Glu Glu coeruleus
AC GMPc
PAG NA
GCs Glu 2-R
EP2 -
-rec 5HT-R
Ca2+ Na+
PGE2 PKA
COX-2 iNOS
Lötsch e cols, 2002
núcleo
7
Interações com os sistemas NA e 5-HT
Neurônio Sistema
PKA ?
AMPc
PKG
?
Pré-sináptico Descendente
inibitório Locus
Interações envolvendo receptores
Glu Glu coeruleus
AC GMPc
PAG NA NMDA
GCs Glu 2-R
-
• papel importante na dor neuropática (sem lesão
EP2
-rec
Ca2+ Na+
5HT-R
tecidual – disfunção das vias q transmitem a dor)
-rec
Mg2+ Gi
Opis
• quetamina: bloqueio do receptor NMDA impede
GABA
Ca2+
NMDA
K+
sua abertura durante o estímulo doloroso
AMPA - BDZ
nNOS PLA2 Cl-
Internerônio
inibitório
(redução de 28% da dose de morfina com a
AC
AA
Neurônio
associação)
NO COX Pós-sináptico
AMPc • Aumento dos efeitos analgésicos da morfina
PGE2 PKA
COX-2 iNOS
Lötsch e cols, 2002
núcleo
Neurônio Sistema
PKA ? Pré-sináptico Descendente
AMPc ? inibitório Locus
PKG
Glu Glu coeruleus
AC GMPc
PAG NA
GCs Glu 2-R
EP2 -
-rec
Interações envolvendo outros
5HT-R
Ca2+ Na+
-rec
canais iônicos
Opis
Mg2+ Gi
NMDA
GABA
Ca2+ K+
AMPA - BDZ
Internerônio
nNOS PLA2 Cl- inibitório
AC
AA
Neurônio
NO COX Pós-sináptico
AMPc
PGE2 PKA
COX-2 iNOS
Lötsch e cols, 2002
núcleo
8
Antiepilépticos Benzodiazepínicos e GABA
• Midazolam: doses baixas diminuíram a
• Carbamazepina, gabapentina e lamotrigina necessidade de alfentanil no pós-operatório
limitam a transmissão do estímulo doloroso e
promovem efeito analgésico por meio de • Vigabatrina: ação analgésica mediada pela
bloqueio de canais de Na+ dependentes de inibição irreversível da GABA transaminase
voltagem
• Eficazes na dor neuropática (lesões nos nervos
sensoriais periféricos) – herpes, doença
degenerativa da coluna vertebral
Conclusões Conclusões
• De modo geral, a associação com antidepressivos
• Morfina liga-se fracamente às proteínas potencializa a analgesia opiácea
plasmáticas e seu metabolismo é praticamente
por glicuronidação, o que a torna menos • Devem ser tomados cuidados com os IMAO, ADT e
ISRS e com os opiáceos com ação serotonérgica,
vulnerável a interações como o tramadol