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OS MODERNOS CAVALEIROS DO APOCALIPSE Eng? Heitor Moreira Herrera Chefe da Divisdo de Assuntos de Ciéncia e Tecnologia 1 — Introdugao Ciéncia e Tecnologia tém se consti- tuido, nesse final de século, num tema dos mais palpitantes, Sua import4ncia decorre justamente do valor crescenteda Ciéncia e da Tecnologia para o fortale- cimento do poder das Nagées, para a melhoria do bem-estar das comunida- des humanas, para um mais eficaz apro- veitamento dos recursos naturais e pa- 1a 0 aperfeigoamento das instituicées. O binémio Ciéncia e Tecnologia é, sem diivida, a grande forca propulsora do desenvolvimento das nagdes. Entretanto, se os espetaculares avan- gos da Ciéncia e da Tecnologia sao mui- to claramente reconhecidos como res- ponsdveis por tantas mudangas auspi- ciosas e transformagées positivas que modernizam os setores politico, psicos- social, econ6mico e militar da socieda- de, por outro lado é oportuna uma re- flex&o sobre os efeitos negativos e inde- sejaveis que os progressos da Ciéncia ¢ da Tecnologia também podem ensejar. Aparecem, assim, na época atual, constatagdes de riscos para a humani- dade apresentados neste artigo sob os ti- tulos genéricos de Superpopulagaio, De- sigualdades entre Nagdes, Desequilibrio Ambiental e Destruic&o da Terra, que podem ser considerados como moder- nos Cavaleiros do Apocalipse, manife tando perigos ¢ trazendo conseqiléncias! sinistras para os seres humanos, como. o foram aqueles enumerados por Sao Jodo Evangelista no livro profético da Historia Sagrada, ‘*O Apocalipse’’. Caberd ao préprio progresso da Ciéncia eda Tecnologia diminuir evi- tar as acdes nocivas dessas perigosas fi- guras, (do funestas quanto os tradicio- nais Cavaleiros do Apocalipse: Guerra, Peste, Fome e Morte. 2 — Superpopulacao Vi aparecer entdo um cavalo branco... (Ape. 6-2) Oser humano, ao longo de2 milhdes de anos de existéncia, muito tem pros- perado na Terra, como conseqiténcia das espetaculares conquistas que a Cién- cia e a Tecnologia tém colocado a dis- 151 posigo do Homem, melhorando sua hi- gidez, permitindo a substituig&o de 6r- gaos defeituosos, garantindo uma ex- pectativas de vida mais longa, diminuin- doa mortalidade infantil, e asseguran- do imunidade a agentes infecciosos ou tdxicos. Em 1800, havia cerca de um bi- lho de seres humanos perambulando pelo nosso Planeta que — nao é demais relembrar — nada mais é que uma mi- niiscula ilha planetdria, um fragile exau- rivel ecossistema cercado de infinite por todos os lados. Se esse mimero levou 130 anos para dobrar (a populacdo mundial em 1930 era de cerca de 2 bilhdes de pes- soas), dobrou novamente em apenas 45 anos, quando 0 ano de 1975 encontrou AbilhGes de pessoas na Terra. Aoritmo presente, a populacdo atual de 5,1 bi- IhGes de habitantes dobrara nos préxi- mos 40 anos, atingindo o elevadissimo muimero de 10 bilhdes de pessoas, todas a depender desse mesmo meio ambien- te, limitado em seus recursos fisicos e tao sutilmente equilibrado, ¢ portanto rela- tivamente facil de ser destruido. A iro- nia cruel é que esse crescimento expo- nencial da raga humana — que, alias, é uma prova irrefutével do sucesso do ho- mo sapiens como organismo vivo — po- derd decretar o fim da Terra como sen- doo habitatdo Homem! Eo motivo nao depende s6 da realidade desses ntimeros, que sdo apavorantemente elevados, mas da maneira irresponsavel com que a hu- manidade trata o planeta do qual é hés- pede. Os cientistas ¢ estudiosos do pro- blema vém denunciando a extravagan- cia reprodutiva do homem ¢ alertando para o fato de que as taxas demografi- cas crescerem a um ritmo seguramente incompattvel com os recursos ambien- tais disponiveis. 152 Orresultado da exist@ncia de uma su- perpopulagaio, que preocupantemente ja se verifica em muitas regides do nosso. Planeta, é que, em termos absolutos, ho- je, ha mais famintos no mundo do que munca, pois estima-se que 90% do acrés- cimo populacional acontecem em pai- ses ainda em estagios acanhados de de- senvolvimento, onde hd mais pobreza. As recentes crises de fome no saliente oriental da Africa, por exemplo, atin- giram o numero indigno de35 milhdes de seres humanos, segundo a ONU. E hé outras conseqiiéncias correlatas, igualmente perversas: aumenta também ontmero absoluto de analfabetos, dos que nao dispdem de agua corrente nem de saneamento basico, dos que nao tém como obter moradia razoavelmente de- cente, dos que tém dificuldade em con- seguir lenha ou carvao para cozinhar ou se aquecer, e dos que nado chegam a ter acesso a servigos hospitalares ou esco- lares. As solugdes capazes de diminuir a ta- xa de crescimento demografico ¢ por- tanto afastar esse Cavaleiro do Apoca- lipse, que parece ser o fantasma da su- perpopulacdo, forgosamente sero ob- tidas com processos e técnicas que apa- recero como resultado de novas desco- bertas cientificas e inovacdes tecnolégi- cas capazes de controlar o crescimento demografico sem ser através do recur- so cruel da fome ou da guerra. 3 — Desigualdades Entre as Nagoes Partiu entdo outro cavalo, vermetho, e ao que o montava foi dado tirar a paz da Terra... (Ape. 6-4) O espetacular progresso cientifico e tecnolégico acontecido nas tltimas dé- cadas — especialmente apdés a Segunda Guerra Mundial — tem resultado numa conseqiiéncia altamente negativa para muitos paises, qual sejaa de tornar mais viavel a concentracao de poder e portan- to permitir a potencializacéio das desi- gualdades entre as nagdes. E hoje in- questionavel que o dominio dos avan- gos da Ciéncia e da Tecnologia redese- nha, de maneira muito nitida, a estru- tura de poder no globo terrestre. Muitas das atuais tendéncias de de- senvolvimentos nacionais que ocorrem no mundo resultam em um mimero ca- da vez maior de pessoas pobres, em con- trapartida com o enriquecimento daque- la parcela da humanidade que, legitima- mente, usufruicada vez mais dos resul- tados das descobertas cientificas ¢ das inovagGes tecnolégicas, traduzidas em ages de desenvolvimento econémico e de progresso material. Hoje, a renda per capita da maioria dos paises que estao em estagios iniciais de desenvolvimento é mais baixa do que no inicio da década, conforme revela 0 Relatério do Banco Mundial de 1989, Ha uma grande disparidade nas médias das rendas per capita anual das nagdes: varia de modestissimos US$ 290 para os 42 paises clasificados pelo Banco Mun- dial como “paises de baixa renda’’ eque compéem o Terceiro Mundo— mas que abrigam a metade da populagfo mun- dial, ou seja, cerca de 2,8 bilhdes de pes- soas — até 0 confortavel valor de US$ 14.700, para os 19 paises ricos que compéem a OCDE (Organizacdio para a Cooperacao ¢ Desenvolvimento Eco- ndémico), que congrega as economias in- dustrializadas: as nagdes da Europa, mais Japao, Estados Unidos, Canada, Australia e Nova Zelfndia. Mas esses paises sdio habitados por apenas 15% da populacdo mundial, ou seja, cerca de 750 milhdes de pessoas. Essa desigual- dade fica mais chocante quando se ve- rifica que, em termos de médias estatis- ticas, a metade da populacao mundial — sim, a metade — leva 40 anos para ter a renda que a pequena parcela de 1/7 dessa mesma populacao global consegue em apenas um ano! Ea espantosa cons- tatagdo de uma disparidade tremenda! Se essa desigualdade, que se verifica entre as nagOes, é um fato conereto da presente conjuntura mundial, étambém. um dado inconteste que o dominio dos avangos cientificos e tecnolégicos pelos paises pobres é a receita que permitiré aessas nacdes conquistar a chave de um futuro melhor e poder participar, com razoavel probabilidade, da acirrada competic&o internacional pelo desenvol- vimento, inica maneira de diminuir a diferenga que os separa das nagGes ricas. Se bem que é utdpico pretender que adesigualdade entre as nacdes, assim co- mo a que se verifica entre os homens, possa ser totalmente eliminada. Jaa Pa- rdbola dos Talentos, contada no Evan- gelho de SAo Mateus, nos ensina que “ao que tem dar-se-do e terd em abun- dancia; ao que nao tem, ser-lhe-d tira- do até mesmo 0 que tem’’. 4 — Desequilibrio Ambiental E vi aparecer um cavalo preto o seu ca- valeiro tinha uma balanca na mao... (Ape. 6-5) A preocupacdo com o desequilfbrio ambiental era visto, a principio, como 153 um problema exclusivo dos paises ricos como um desprezivel-efeito colateral da riqueza industrial, conseqiiéncia aca- démica e distante do dominio e.utiliza- ¢&o das descobertas cientificas e con- quistas tecnolégicas apresentadas por esses paises. Todavia, os sérios proble- mas causados pela probabilidade, cada vez maior, de acontecer graves desequi- Iibrios nos ecossitemas tornam-se, atual- mente, uma questo de importancia vi- tal ndo so para os paises desenvolvidos, mas para toda a humanidade. Os cien- tistas vem chamando a atencAo, cada vez mais insistentemente, para as amea- gas ao meio ambiente, que além deem- pobrecer a biosfera pela extin¢do crimi- nosa e indiscriminada de espécies ani- mais e vegetais — muitas das quais de rara beleza — ¢ pelo desaparecimento de partes do patrim6nio do planeta, po- dem por em risco até a propria sobrevi- véncia do homem na Terra. Devido a destruigdo de florestas e ou- tros habitats, cerca de uma centena de espécies de plantas e animais sao extin- tos no mundo, por dia, segundo dentin- cia da revista ‘Time’? no numero sobre © Planeta do Ano, publicada em 2 de ja- neiro de 1989. Aceita-se que a extingaio das espécies seja parte natural do meca- nismo da evoluciio — vide os dinossau- ros — mas 0 ritmo atual ven se mos- trando extravagantemente violento. Praticamente, todos os habitats estao em perigo, a continuar a irresponsdvel pratica do desenvolvimento ndo-susten- tado ecologicamente, ou seja, a nogdo errénea e suicida de queo progresso po- de ser realizado sem os cuidados neces- sdrios para com a conservacao do meio ambiente. Se no passado as extingdes ocorriam por processos naturais, hoje 154 elas se devem predominantemente as ages humanas. As florestas do Hemis- fério Norte estéo menores a cada ano, e muitas das que restam estao em pro- cesso adiantado de agonia devido as chuvas acidas ¢ as tendéncias de urba- nizacdo acelerada. Os desertos esto maiores € os solos ardveis tornam-se mais escassos. Os ecossistemas matiti- mos apresentam-se em perigo constan- te devido aos rejeitos industriais, toxi- cos endo-clegradaveis, que so langados nos mares em quantidades cada vez maiores, poluindo-os inexoravelmente; co excesso de atividade pesqueira ea ocu- pacio desordenada do litoral pelo ho- mem contribuem, também, para a ins- tabilidade dos ecossistemas maritimos. Mas é nos trépicos —exatamenteon- de se situam os paises que mais precisam absorver ¢ utilizar as vantagens dos pro- gressos da Ciéncia e da Tecnologia — que sera ganha ou perdida a batalha pela preservacéio daquilo que os cientistas chamam de biodiversidade, As flores- tas tropicais cobrem cerca de 7% da su- perficie terrestre, mas é0 habitat de mais da metade das espécies vivas do plane- ta. Como 0 processo de extineao é irre- versivel, o material genético que for per- dido o serd para sempre e, lamentavel- mente, pode conter segredos valiosos para combater doengas ou melhorar cul- turas agricolas. E as espécies que estao. desaparecendo s&o, em sua maioria, aquelas menos estudadas, segundo 0 re- latério da Comissiéo Mundial sobre Meio Ambiente ¢ Desenvolvimento, pu- blicado sob 0 titulo ‘“Nosso Futuro Co- mum’ pela Fundagao Getilio Vargas em 1988, O equilibrio ambiental é ameacado pela existéncia de varios problemas com- plexos, oriundos de aplicacdes negligen- tes e pouco eficientes originadas de des- cobertas cientificas e de inovagées tec- noldgicas cada vez mais complexas enu- merosas. Exemplificam esses proble- mas: o ‘‘efeito estufa”’, a destrui¢ao da camada de oz6nio, as chuvas dcidas e até o aparecimento de deploraveis desastres fatais. O “efeito estufa’’ é responsavel por um processo de aquecimento gradativa- mente acelerado da atmosfera da Ter- ra, com sérias conseqiiéncias de prova- veis modificagdes climaticas, que podem ocasionar ondas de calor duradouras, secas prolongadas ¢ temporais violen- tos. Essas manifestacGes inferem graves repercussdes negativas sobre safras agri colas, permitem o aparecimento de quei- madas de dificil controle em extensas Areas florestais e em parques nacionais, ¢ ocasionam catastrofes devidas a en- chentes inesperadas. Um perigo poten- cial é o degelo prematuro de geleiras da calota polar no Artico e na Antartida, que causaria o aumento do nivel dos ma- res, afetando cidades litoraneas e com- prometendo territérios como os antilha- nos ou os paises-baixos ¢ férteis deltas derios. A origem desse perigoso ‘‘efei- to estufa”’ é a presenga, em excesso, na atmosfera, de gases como 0 didxido de carbono, 0 metano, 0 oxico nitroso e os clorofluorcarbonos, que armazenam o calor solar, absorvendo a radiacao.in- fravermelha e transformando a Terra numa gigantesca estufa. O didxido de carbono (CO,) é 0 mais importante desses gases, oriundo, principalmente, da queima de combustiveis fésseis em caminhées, fabricas ¢ usinas térmicas existentes, em sua grande maioria, nos paises industrializados, bem como ader- rubada e queima de florestas nos paises em desenvolvimento. Este processo de aquecimento apresenta duas caracteris- ticas bastante preocupantes. Primeira: esta acontecendo rapidamente, ao cor- rer de dezenas de anos em vez das deze- nas de milhares de anos que levaram as eras glaciais. Segunda: a causa principal desse “‘efeito estufa’’ é a propria civili- zacio industrializada. Relatérios do Ins- tituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA estimam que esse aquecimento. possa causar um aumento da tempera- tura da atmosfera terrestre em 5 graus centigrados nos préximos 60 anos. Nao parece muito, mas suas conseqiiéncias podem ser devastadoras. A destruigdo da camada protetora de oz6nio que envolve a atmosfera, prote- gendo-a da letal radiagao ultravioleta, édevida a emissao de certos gases indus- triais como os CFC — clorofluorcabo- nos — capazes de acarretar aumento acentuado de varios tipos de cancer de pele e de destruir algumas formas de vi- da, interrompendo a cadeia alimentar, principalmente nos oceanos. As chuvas acidas, decorrentes tam- bém da emissao de gases industriais al- tamente corrosivos contendo elevadas taxas de 6xidos de nitrogénio e didxidos de enxofre, podem comprometer a vi- danas Aguas delagos erios, destruindo parcialmente a vegetacao e danificando marmores € calearios, colocando por- tanto em risco edificios histéricos emo- numentos como a Esfinge e as Pirdmi- des, no Egito; o Parthenon, na Grécia; as obras de Aleijadinho, em Minas Ge- rais. Uma maneira de eliminar completa- mente os problemas decorrentes do de- sequilibrio ambiental seria fazer voltar 155 omundo a seu estado pré-industrial. 0 que nao é uma proposta séria nem fac- tivel. Mas os pesquisadores ¢ cientistas tém a importante misséio de desenvolver continuadamente pesquisas visando uma tecnologia mais adequada as ques- tdes ecoldgicas, como solucdo para re- frear os perigos do desequilibrio am- biental. 5 — Destruigao da Terra E vi aparecer um cavalo amarelo eo seu cavaleiro tinha por nome Morte... (Ape. 6-8) A mais funesta conseqiiéncia dos avancos da Ciéncia ¢ da Tecnologia é que o homem ja possui, inteiramente sob seu dominio, o poder imenso edra- matico de destruir por completo o glo- bo terrestre! Estima-se que uma nica bomba termonuclear tem capaci- dade destrutiva maior que a de todos os explosivos jA usados em guerras desde a inyencio da pélvora! Além dos efei- tos devastadores da carga explosiva edo calor, que tais armas aumentaram enor- memente, elas apresentam um outro efeito letal, a radiacio idnica, que am- plia os efeitos mortiferos tanto no espa- 0 quanto no tempo. Analistas de questGes militares ava- liam que estejam acumuladas, hoje em dia, provavelmente cerca de 60.000 ar- mas com ogivas nucleares, equivalentes a 1.300.000 “‘Little Boy’, a primeira bomba atémica que foi lancada sobre Hiroxima em 6 de agosto de 1945. Cal- cula-se que esse arsenal mortifero é su- ficiente para destruir um planeta 40 ve- zes maior que o globo terrestre! 156 A Terra ja tem sido alvo, recentemen- te, de acidentes fatais, ocasionados por outros agentes que nfo sejam armas nu- cleares, mas que so 0 resultado desas- troso de aplicagdes que incorporavam elevado teor de tecnologia avancada, co- mo foram o vazamento, em 1984, na fa- brica de pesticidas em Bhopal (india); atragédia, em 1986, na usina de Tcher- nobyl (Unido Soviética); o descuido, em 1987, com 0 césio em Goiania; as ‘‘ma- rés negras’’ devidas aos periddicos va- zamentos de dleo no mar. Esses exem- plos justificam as graves e temiveis pre- visGes quanto ao futuro dos seres vivos, neste planeta. A garantia de que nao possam ocor- rer acidentes fatais nem desastres catas- trdficos, como resultado de descuidos, impericias ou até atos de loucura, sé po- dera ser obtida se houver uma continua evolucao no emprego ¢ no controle de sistemas e equipamentos cada vez mais seguros, pela incorporacao dos tltimos avangos do conhecimento cientifico ¢ os mais recentes desenvolvimentos tecno- ldgicos. 6 — Conclusio logia criaram a presente civilizacao, al- tamente industrializada e consumista, mas podem dar origem, como foi visto, a verdadeiros “Modernos Cavaleiros do Apocalipse’’. E caberd 4 continuidade das descobertas cientificas e ao prosse- guimento, sem interrup¢ées, do apare- cimento de inovacées tecnolégicas ca- da vez mais aperfeigoadas, impedir suas acGes aniquiladoras ¢ sinistras. F, entdio, de maxima importincia a execucdo de programas diversificados de vigorosas pesquisas cientificas e de desenvolvimento e absorgéio de tecno- Jogias adequadas relacionadas com a eli- minac&o dos perigos da superpopula- do, com um progresso mais bem com~- pensado entre as diferentes nacées, com uma maior preocupacgdo ambiental ¢ com a seguranga de equipamentos e sis- temas que incorporem salvaguardas mais eficientes contra o risco de aciden- tes e desastres fatais. Sem divida, esse objetivo sera atin- gido, confirmando aquilo que esta des- crito no Livro do Eclesiastes, no Anti- go Testamento, que “uma geracao pas- sae outra geracao the sucede; masa Ter- ra permanece sempre firme’’. 157

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