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MOTIVACAO: do nivel neurofisiologico ao nivel intelectivo - 4 teoria relacional - conceito “Motivago" deriva das pa- lavas latinas “motu” (movimento) € de *movere* (mover) pelo que, ctiologicamente, significa cro de Sr em movimento. E pode airmar- $e que a acgio ou movimento comesponde a uma ‘necessidade intima do ser humano. Homem &, por {sso axiomaticamente um ser motvacional ‘Ateoriarelacional da motivago, de que Nuttin € o principal representante,coloca um acento na di- ‘mensto dndmica da relacio que une oIndividuo 20 seu Meio, Para Nuttin (1980) 0 comportamento & a relacio que se estabelece com alguma coisa sendo 0 seu aspectodindmico a Motivagio. Mas historicamente a motivagio foi estudada ‘num contexto concepal de equiltro homeosttces Todos os organismos, nessa perspectiv,tendesiam ‘para um equiliri biofisiologico e energtico. Assim, «quando os organismos se puaham em marcha para se alimentarem eles etariam a responder, a serem im pulsionados, pela carénci ongénica que se havia tmanifestado, Por exemplo, o acto de comer teria ex- clusivamente como fim a reposigao do equilbrio hhomeostiticoanteriormentereferdo. En sintese toda 2 ago teria como orgem uma desestbilizagio biofsolgica provocada por estimu- fos de origem interna ou externa, Fri, als, neste contexto que nasceram as t- ria dos instintos'cujo representante maximo foi MacDougal as teorias homeostiicas, como por exemplo as formulagoes tebricas de Hull (drive theories). Concomantemente'a estas teorias outros autores formularam concepts tericas como as te- Cofias de incentivos cu as teorias de campo que pur sham a énfase nos objects atibuindo-hes valencia, atractvos que emanariam dos objctos e que fariam om que os organismos se relacionassem com eles. Esta perspectva dew origem a que ainda hoje se fale em Motivagdo Extinsecs, nogdo que Nuttin (1980) ‘fo utrapassou totalmente, emibora a sua tori con- Fe ctae tena todos os requstos necesstios para oabandono desta nogdo. A motivo intrnseca seria o outro palo a realidade motivacional a nica verdadeiramente heuristic. Se no vefamos: a atracgo por algo € um constrto pesto, intimo, uma fcyio prvada gere- a afecivamentee cognitvamente ¢ no do outro, pessoa ou objeto Se algo nos interes porque © ‘aloramos em fungio estrutua dos nossos interesses, esta dimensio da motivagio a tinica que nos inte- tessa € ainda a Gnica que pode dar luz compreen- ‘80 dos comportamentos humanos. ‘A teoriarelacional tem por fim ultrapassar as perspectivasbiofsologicas, mecanicisas acerca da ‘motivago colocando énfase no no polo Organismo, ‘nem no polo Mundo, Para a teria relacional, como jd deixamos entender, o individvo s6 se pode apre ender no context da relagio “EU-Mundo", “Organs ‘mo-Mundo’, enito numa estratura de fta, de oposi- ho entre estas duas entidades. E esta relaglo € requerida, isto, €essencial a0 desenvolvimento de ‘ada Ser vivene. Contudo, para uma meshorcompre- ensio da tera relacional € convenient proceder 5 distingio entre motivacio e motivo. -Motivagio é uma nogio mais englobante para a explicagio do sistema de relagbes que os organis- ‘os estbelecem com o mundo. Motivoé a sua uni- dade. E podem ser definidos (os motivos) como ne- cessidades, esquemas ou esbogos(inatos) de relagdes entre 0 organismo e o mundo indispensiveis 20 de- senvolvimento de cada organismo, de cada persona- lidae. ‘A teoriarlacional define necessidade ‘consi-

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