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Indice

Introdução.....................................................................................................................................2
PESQUISAS E DESCOBERTAS...........................................................................................................3
ANEMIA DE FANCONI.....................................................................................................................5
Sintomas e características...............................................................................................................6
Como confirmar o diagnóstico........................................................................................................6
Como é feito o tratamento.............................................................................................................7
A anemia de Fanconi....................................................................................................................7
Epidemiologia............................................................................................................................7
Descrição clínica........................................................................................................................8
Causas.............................................................................................................................................8
Sinais e Sintomas............................................................................................................................9
Tratamento...................................................................................................................................10
Diagnóstico pré-natal..............................................................................................................11
Conclusão.....................................................................................................................................12
Bibliografia....................................................................................................................................13

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Introdução

A anemia de Fanconi (FA) é uma doença hereditária da reparação do ADN


caracterizada por pancitopenia progressiva com falência da medula óssea,
malformações congénitas variáveis e predisposição para tumores hematológicos ou
sólidos

A Anemia de Fanconi (AF) é uma doença genética que afeta crianças e adultos de
todos os grupos étnicos. A doença foi nomeada pelo pediatra suíço que
originalmente descreveu esta desordem, Guido Fanconi. Não deve ser confundida
com a síndrome de Fanconi, uma desordem renal também nomeada por Fanconi.

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PESQUISAS E DESCOBERTAS

Ao longo dos anos várias descobertas contribuíram para a caracterização


da AF. Entre as mais importantes estão a instabilidade cromossômica espontânea e
ahipersensibilidade das células da pacientes AF ao efeito indutor de quebras
cromos-sômicas dos agentes clastogênicos, tais como mitomicina C (MMC) e
diepoxibutano (DEB). Com base nestas características marcantes foram
desenvolvidos testes de quebras cromossômicas, como o Teste de Sensibilidade ao
DEB que é um método citogenético, ainda hoje utilizado como método de
referência para diagnóstico da AF Investigações a respeito da patogênese
molecular subjacente à AF apontamna sua maioria para o defeito que estas células
apresentam nos processos de reparo do DNA. Esses processos ocorrem
normalmente durante o ciclo celular ou em resposta aos danos causados ao DNA.
Mutações deletérias ocorridas nos genes que codificam as proteínas da AF geram
disfunções nos mecanismo de reparo e resultam em muitas das características
clínicas e celulares observadas na AF Em decorrência dos avanços no
conhecimento da patogênese molecular
da AF foi desenvolvido um método complementar ao diagnóstico, descrito por
Shimamura et al. (2002). Neste método são feitos ensaios para a detecção da forma
monoubiquitinada da proteína FANCD2 por técnicas de Western blot a partir de
linfócitos do sangue periférico.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da UFPR


tem uma casuística importante de pacientes com anemia de Fanconi e uma
experiência de mais de 25 anos no atendimento clínico e laboratorial destes
pacientes, tendo realizado mais de 180 transplantes em pacientes AF ao longo
destes anos. Sendo assim foi considerada de importância a realização de estudos
que possibilitem uma melhor caracterização destes pacientes. O presente estudo
apresenta uma análise da via de interação das proteínas da AF no processo de
reparo do DNA por meio da detecção da proteína FANCD2 e de sua forma
monoubiquitinada, utilizando-se o método de Western Blot. O objetivo principal
foi investigar a contribuição dada por esta análise na elucidação do diagnóstico da
AF.
O diagnóstico rápido e preciso desta doença é de extrema importância uma vez
que afeta significativamente o monitoramento do paciente, as decisões no
tratamento bem como o aconselhamento genético às famílias. Pacientes com
fenótipos mais graves,que desenvolvem aplasia medular e câncer, devem ser
rapidamente diagnosticados para que sejam freqüentemente monitorados e
recebam intervenções terapêuticas
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precoces Apesar de poder apresentar diversos sinais e sintomas, como alterações
nos ossos, manchas na pele, comprometimento renal e baixa estatura, esta doença
é chamada de anemia, pois a sua principal manifestação é a diminuição da
produção das células sanguíneas pela medula óssea.

Para tratar a anemia de Fanconi, é necessário consultar um hematologista, que irá


orientar as transfusões de sangue ou transplante de medula óssea, conforme
necessário. Também é muito importante fazer rastreio regular para detectar
precocemente o surgimento de algum tipo de câncer.

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ANEMIA DE FANCONI
Considerada uma doença rara, a patologia atinge crianças e adolescentes e gera
complicações graves, como leucemia, insuficiência da medula óssea e outras

Pouca gente sabe, é referência mundial no diagnóstico e tratamento da Anemia de


Fanconi, uma doença tão rara quanto devastadora para as crianças e os
adolescentes atingidos por ela. Há 10 anos, o índice de sobrevida de pacientes com
a enfermidade girava em torno de 20%. Hoje esse número aumentou para cerca de
95%, graças ao trabalho inédito do Serviço de Transplante de Medula Óssea onde
as expertises médicas em torno da doença foram intensamente desenvolvidas.

A maioria das crianças e jovens que desenvolvem a Anemia de Fanconi, ao chegar


próxima dos 20 anos, possui grande chance de desenvolver câncer de boca e
pescoço. “É uma doença grave, de ordem genética, que atinge crianças e
adolescentes e gera outras complicações extremas, como leucemia, insuficiência
progressiva da medula, anomalias no esqueleto e alterações renais. A doença não
tem cura. Mas, se diagnosticada cedo, é possível curar sua principal complicação
hematológica: a falência da medula óssea”,

Por isso o alerta sobre como detectar os sinais primários da doença é tão
importante.

“O tratamento é viável, a ampliação da sobrevida é mais do que possível e nós


temos essa expertise. Não há motivos virar as costas para suas crianças atingidas
pela Anemia de Fanconi. Como referência mundial no assunto, podemos ajudar
não apenas os nossos pacientes, mas cooperar com o tratamento de crianças e
adolescentes no mundo todo.

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Sintomas e características
Alguns dos sintomas e características da anemia de Fanconi são:

 Anemia, plaquetas baixas e menor quantidade de glóbulos brancos, que


aumentam o risco de fraqueza, tontura, palidez, manchas arroxeadas,
sangramentos e infecções repetidas;
 Deformidades nos ossos, como ausência de polegar, polegar menor ou o
encurtamento do braço, microcefalia, o rosto afinado com boca pequena,
olhos pequenos e queixo pequeno;
 Baixa estatura, já que as crianças nascem com baixo peso e estatura abaixo
do esperado para idade;
 Manchas na pele de cor café com leite;
 Aumento do risco para desenvolver câncer, como leucemias,
mielodisplasias, câncer de pele, câncer de cabeça e pescoço e das regiões
genitais e urológicas;

 Alterações na visão e na audição.

Estas alterações são causadas por defeitos genéticos, passados de pais para filhos,
que afetam estes locais do organismo. Alguns sinais e sintomas podem estar mais
intensos em algumas pessoas do que em outras, pois a intensidade e o local exato
da alteração genética pode variar de pessoa para pessoa.

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Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da anemia de Fanconi é suspeitado através da observação clínica e dos
sinais e sintomas da doença. A realização de exames de sangue como hemograma, além
de exames de imagem como ressonância magnética, ecografia e raio-x dos ossos podem
ser úteis para identificar os problemas e deformidades associados à doença.

A confirmação do diagnóstico é feita, principalmente, por um exame genético


denominado Teste de Fragilidade Cromossômica, que é responsável por detectar quebras
ou mutações do DNA nas células do sangue.

Como é feito o tratamento


O tratamento para a anemia de Fanconi é feito com a orientação do hematologista, que
recomenda transfusões sanguíneas e uso de corticosteróides para melhorar a atividade
sanguínea.

Entretanto, quando a medula entra em falência, só é possível curá-la com a realização do


transplante de medula óssea. Caso a pessoa não tenha um doador compatível para
realização deste transplante, pode-se utilizar um tratamento com hormônios andrógenos,
para diminuir o número de transfusões sanguíneas até que seja encontrado o doador.

A pessoa portadora desta síndrome e sua família também devem ter um acompanhamento
e assessoria de um médico geneticista, que irá orientar sobre os exames e rastrear outras
pessoas que podem ter ou passar esta doença para os filhos.

Além disso, devido à instabilidade genética e risco aumentado de câncer, é muito


importante que a pessoa com esta doença faça rastreios periódicos, e tome alguns
cuidados como:

 Não fumar;
 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
 Realizar vacinação contra o HPV;
 Evitar se expor a radiações como raio-x;
 Evitar exposição excessiva ou sem proteção ao sol;

Também é importante ir a consultas e fazer acompanhamento com outros especialistas


que podem detectar possíveis alterações, como dentista, otorrino, urologista,
ginecologista ou fonoaudiólogo.

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A anemia de Fanconi
A AF é caracterizada por estatura baixa, anomalias no esqueleto (rádio e cúbito),
incidência aumentada de tumores sólidos e leucemias, insuficiência da medula
óssea progressiva (anemia aplástica), alterações renais (rim em ferradura, rim
pélvico agenesia de ureter) e susceptibilidade celular para os agentes que afetam as
ligações cruzadas do DNA, tal como a mitomicina C.

Epidemiologia

Tem frequência estimada de mais de 1/200 e uma prevalência à nascença de pelo


menos 1/160,000. Em certas populações, a frequência de portadores é muito
superior, devido a mutações fundadoras. Foram descritos mais de 2,000 casos.

Descrição clínica

Em 2/3 dos doentes, os primeiros sinais são malformações congénitas que


envolvem o esqueleto, a pele, os sistemas uro-genital, cardio-pulmonar,
gastrointestinal e nervoso central. As anomalias dos membros são uni ou bilaterais,
sendo no último caso frequentemente assimétricas. Anomalias minor podem estar
presentes, como baixa estatura e peso, microcefalia e microftalmia. Anomalias da
pigmentação da pele e hipoplasia da eminência tenar são frequentes. Quase 20%
dos doentes têm malformações do ouvido com ou sem surdez. As malformações
congénitas podem variar dentro de uma família. Quando essas malformações não
são proeminentes, o diagnóstico pode ser adiado até ao início da falência da
medula óssea (BMF), que ocorre em média aos 7 anos. As anomalias
hematológicas podem ocorrer numa idade mais jovem e, mais raramente, em
adultos, com 90% dos doentes desenvolvendo BMF até aos 40 anos. Os doentes
podem desenvolver leucemia mielóide aguda, muitas vezes precedida de síndrome
mielodisplásico. Existe predisposição a tumores sólidos da cabeça e pescoço ou
regiões ano-genitais. A baixa estatura é frequentemente secundária a deficiências
hormonais. A fertilidade está quase totalmente comprometida nos homens, e está
muito alterada em metade das mulheres. A gravidez é muitas vezes complicada.

A AF impede que a medula óssea produza células sanguíneas novas em número


suficiente para o seu corpo funcionar normalmente. A doença também pode fazer com
que a medula óssea produza muitas células sanguíneas defeituosas. Isso pode levar a
problemas de saúde graves, como leucemia.

Embora a AF seja uma doença do sangue, ela também pode afetar muitos dos órgãos,
tecidos e sistemas do corpo. AF também aumenta o risco de alguns tipos de câncer e
outros problemas graves de saúde.

Continue a leitura e conheça as causas, sintomas e tratamento da anemia de Fanconi.

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Podemos considerar a AF como um tipo de anemia aplástica, em que a medula óssea para
de produzir ou não produz o suficiente dos três tipos de células sanguíneas.

Causas
A anemia de Fanconi (AF) é uma doença hereditária. O termo “herdado” significa que a
doença é passada de pais para filhos por meio de genes.

Pelo menos 13 genes defeituosos estão associados à AF, que ocorre quando ambos os
pais passam o mesmo gene defeituoso para seus filhos.

Pessoas que têm apenas um gene defeituoso são apenas “portadores” de AF. Os
portadores não têm AF, mas podem passar o gene defeituoso para seus filhos.

Sinais e Sintomas
Seu médico pode suspeitar de anemia de Fanconi (AF) se você apresentar:

 Anemia;
 Insuficiência da medula óssea;
 Defeitos de nascença;
 Problemas de desenvolvimento ou alimentação.

Anemia

O sintoma mais comum de todos os tipos de anemia é a fadiga (cansaço), porque


seu corpo não possui glóbulos vermelhos suficientes para transportar oxigênio
para seus órgãos e tecidos. Se você tem anemia, pode não ter energia para realizar
suas atividades normais.

Uma contagem baixa de glóbulos vermelhos também pode causar falta de ar,
tontura, dores de cabeça, frio nas mãos e nos pés, pele pálida e dor no peito.

Falha da Medula Óssea

Quando a medula óssea falha, ela não consegue produzir glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos e plaquetas suficientes. Isso pode causar muitos problemas com
vários sinais e sintomas.

 Com poucos glóbulos vermelhos, os tecidos do corpo não receberão


oxigênio suficiente para funcionar bem.
 Baixos níveis de glóbulos brancos fazem com que seu corpo tenha
problemas para combater infecções.

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 Com poucas plaquetas, seu sangue não coagula normalmente. Como
resultado, você pode ter problemas de sangramento.

Em algumas pessoas com AF, a medula óssea produz muitos glóbulos brancos
imaturos e nocivos, chamados de blastos. À medida que se acumulam, eles evitam
que a medula óssea produza células sanguíneas normais em número suficiente.

Um grande número de blastos na medula óssea pode levar a um tipo de câncer no


sangue denominado leucemia mieloide aguda (LMA).

Defeitos de Nascença

Muitos defeitos congênitos podem ser sinais de AF. Esses incluem:

 Defeitos ósseos ou esqueléticos;


 Defeitos nos olhos e ouvidos;
 Descoloração da pele;
 Problemas renais;
 Cardiopatias congênitas.

Problemas de Desenvolvimento

Outros sinais e sintomas da AF estão relacionados ao desenvolvimento físico e


mental. Eles incluem:

 Baixo peso de nascimento;


 Pouco apetite;
 Crescimento atrasado;
 Altura abaixo da média;
 Cabeça pequena;
 Retardo mental ou dificuldades de aprendizagem.

Sinais e Sintomas em Adultos

 Órgãos sexuais menos desenvolvidos do que o normal;


 Menstruação tardia;
 Início mais cedo da menopausa;
 Problemas para engravidar e levar uma gravidez até o fim;
 Homens com AF podem ter órgãos sexuais menos desenvolvidos do que o
normal. Eles também podem ser menos férteis do que os homens que não
têm a doença.

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Tratamento
Mesmo que você tenha AF, sua medula óssea ainda pode ser capaz de produzir
células sanguíneas novas em número suficiente. Nesse caso, seu médico pode
sugerir exames de hemograma frequentes para observar sua condição.

Se sua contagem de sangue começar a cair drasticamente e permanecer baixa, sua


medula óssea pode estar falhando. Seu médico pode prescrever antibióticos para
ajudar seu corpo a combater infecções.

A curto prazo, ele também pode prescrever transfusões de sangue para aumentar a
contagem de células sanguíneas. No entanto, o uso prolongado de transfusões de
sangue pode reduzir a chance de outros tratamentos funcionarem.

Os principais tratamentos de longo prazo são:

 Transplante de células-tronco;
 Terapia androgênica;
 Fatores sintéticos de crescimento;
 Terapia genética.

Diagnóstico pré-natal

O diagnóstico pré-natal é viável com a pesquisa de quebras cromossómicas


induzidas por DEB ou pelo estudo molecular quando a mutação é conhecida.

O tratamento de suporte inclui transfusões de concentrado de eritrócitos ou


plaquetas desleucocitadas. O único tratamento curativo para as manifestações
hematológicas é o transplante de células hematopoiéticas. No entanto, esta
abordagem aumenta o risco de tumores sólidos, que devem ser monitorizados. O
tratamento sintomático inclui administração oral de androgénios, o que melhora a
contagem de células sanguíneas nalguns doentes, em particular de RBC. A
administração de fator de crescimento hematopoiético pode ser considerada depois
de aspiração da medula óssea e biópsia, que deve ser realizada periodicamente
durante o tratamento. Quando se desenvolvem doenças malignas, o tratamento é
complicado pela maior sensibilidade à radiação e à quimioterapia.

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Conclusão
O tratamento de suporte inclui transfusões de concentrado de eritrócitos (RBC) ou
plaquetas desleucocitadas. O único tratamento curativo para as manifestações
hematológicas é o transplante de células hematopoiéticas (TCTH). No entanto,
esta abordagem aumenta o risco de tumores sólidos, que devem ser monitorizados.
O tratamento sintomático inclui administração oral de androgénios, o que melhora
a contagem de células sanguíneas nalguns doentes, em particular de RBC. A
administração de fator de crescimento hematopoiético pode ser considerada depois
de aspiração da medula óssea e biópsia, que deve ser realizada periodicamente
durante o tratamento. Quando se desenvolvem doenças malignas, o tratamento é
complicado pela maior sensibilidade à radiação e à quimioterapia.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
 ZEN, Paulo Ricardo G. et al.. Características clínicas de pacientes com anemia
de Fanconi. Rev Paul Pediatr 2011;29(3):392-9.

LORAINE BEATRIZ ACOSTA VEIGA. ANEMIA DE FANCONI: ANÁLISE


CITOGENÉTICA. Tese de Doutorado em Ciências Biológicas na área de Genética, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

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