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WAAC WAT AAA AT AYA A ISCO SCOUT FOR IE MIU I IE GTi PE IOS Memorlas de Alexandre da Silva Mouréo (*) {OFFEL IDAS AO Exstitvro no CKARL vor Jost on C. Monre), a Minha vida Jaboriosa scmpre foi cortada por desgostos e atligdes. Nasci cm Caratheus (Provincia do Piauhy) (1) estrema do Ceara, a 10 de Janeiro de 1811, onde meu Pai o Cap. Mexandre da B# Mouriio era creadoy, Mas maior inclinagdo era ser agricultor, Um dia em convergagio como meo Avou,o Cap.” cy As Memorias de Alexandre da S, Mourao nav sao ineditas puis as publicou, em boa linguagem, limadas, no anno de 1903 0 jornal A Republica, de Fortaleza, Fornecera-as a Joao Camara, director desse jornal, o C.e) Manoel Vicira Go- mes Coutinho. Mais tarde alguns de seus trechos foram apro- veitadus pelo distincto consocia Dr. Eusebio de Sousa no seu interessante estudo sobre o Ipti (Chronica do Ipt) publicado nas paginas desta Revista em J91D. O que agora apparece ¢ 6 escripto cam a orthographia e pontuagao criginaes. As «Memurias» estiveram por muito tempo em macs de Antoniy Mourda, insigne cagador de ongas, filho bastarde de Mexandre ¢ morador na fazenda Sip6, municipio de Tauha. Era possuidor tambem de uma copia Mons.” Gadelha Mourao, sobrinho de Alexandre. B, DE S$. 1; Em 1880 ficou pertencendo au Ceara. Antouio de Barros Calvac, declarou-lie seu doses jo. Merbayvou desejava ter ao po sua fitha minha Mai D. Ursula G Vieira, Disse-he que tinta um jo seu Ta seura Tbiapaba, estava devoluto onde elle podia plantar e eviar come wma pequc na serea, the dava do sitio para elle situar para si, Ficou neu Pai satisfeito © na mesmo anno foi situarse ho sitio Be sermuca Provincia do Ceara, ten- do por custume passar overdo no sitio eno ine verno om Caratheus em uma das stias fazenda Crihei-ime ps nas 2) Provined Minha pr me: Escola fot de meu fimdo e Padre Major Antonio das Mouriio e foi findar como Tye Pro Serafin de Assis deivando eu de continuar bos meus costudos pela ineliuagio aq? tomed en: meus primciros anos (phuntar co eriark: era isto toda aon! inelinagda e desejo. Mew Pai levade de desgosto de eu inio querer contiuuar nos Estudos ne que cen devera esprementar o pezo que gag.” planta e ceria, Era cu vaqueiro mo ser §8o-¢ ho verdo traballiava com os pretos nas Na verdade era tabmviosa a virtue nto sobrava femtpo, assim mesmo gostavie della. Cm dia sem esperar fol descoberia eerla amor aq. adorava, meu Pai dewne uma hella surra, esi iuiv fosse dedilida por uma minha mana aq.) estima mui- foots Tiuha de custareme o bellu praser, Du acha- vaio em meus TS annos, seater mio esperar par ara, Traced cont oun eriada de confiangs, detxei fevalane pola desating deixar a famille ie seutar apeub em directo a Osiras cutie Capt de Pisuhy, mas infedizmente fui traida pelo compa- nheire, que tonne dia de vossa saida mahdouw cya oeu Pati, este neundou em men segai- mento a men Caro Lerio Manool Fecros Mourdo, que fol alecunedrine no outro dik oaites do dess eango e 0 depo de auma forte resisteneias suas aneiras redusivamene a volar Cheguei e Pai tractou de aproupiarme para ieuydar DO INSTITUTO DO CHAT sentar-me praca, mas m Mai «¢ mais familia, que nao concordavag, proenrarko com os mais pane met Pai n§o mandarme para praca, dep. de pre- pavado todos os pw © fetus as dispezas para a viagem, men Pai aeedeu. Continue ma mesma vida. Um dia de inverno aeahando de benefielar o curral (era domingo) lembra-me yigitar a uma ut Irma casada com mete primo eo-lando dos de Barros Melle (2) que morava distante quatro Jeguas, © qual niio foi o meu disgosto achar om Timit chorando qe esperayva en encontrar aquelle oO ineaitidor Co costunmiva sain de seus dae bios quando me via, aftite procure? della saber a causa ¢ otis que consegui, foi com maior furia continuar seu pranto; entaio cheio de pezar a deixed slssegar, ¢ as escondidas enferroguel a uni s- erava q’ discobrio ser disgoste do marido por eau- sada amazia delle, Destarcci quanto pude e dei- xei mm mata mais sussegada, levande meu cora- O disfazendo-se de palpiies, e@ assim recolhi-me em me (asa sem, saber o que fazer, sented come monicar a meo Irmao ¢ pact. para eoncordarnios um meio p! separar Oo marido da muther, ou a amazia de seu amaimute, Meu Trmée foi mais im- prodente, logo q' recebew ni Carta de i nes guio pea casa da amazia, niio querendo conver- earme, pq? alli se achava meu Pai, ag. judo oculte, Cheyou e mandou a, montar em um Ca- yallo que ps isso hia de s‘hescleneia e¢ seguio p sua Casa em quanto o amante se proparava para a tomar ates de se the dar o distino, ena verdace seguio cam um numero de Cabras © seu Irmo Frans? Ribs de Melo, em tempo de ainda achal-a mas passou pelo cisgosto de nao tomar como dis- se, Meu Pai logo que soube seguie em procura de acommodar qualquer disordem, encontrait o genro gue vinha de volta na maior disesperagio (@) Era irm&o do P.* Ignacio Ribr: Mello, de Caratheus. REVISTA TRIMENSAL que Ihe permite sua segueira, pedio a mea Vai n&o consentisse a Rapariga sahir assim cisprevi- nida, levasse para sia ou mandasse para a casa do pae delle, entio desse-lhe distino e com isso ficava satisfeito e permetia tormar am." amisace, Meu Pae chegou quando a rapariga hia sair para Caxias, mandou yoltar, troce e entregou ao genre disendo-Ihe tome sua mdéssa, quero minha filha. GC hegando em easa mandou-me ver m.* Mana, mas elle (3) me disse que tinha entregado a rapariga ao Dae, saia tal dia, nio preciso levar minha mana, com tudo ella nao queria ficar, mas eu pedi-ihe, ella xedeo: elle festejoua na ordem do eostume, mas © que apresentava nos labios encobria no Co- ragio, continuemos na mesma amisade, ¢ passados 2 ou mais annos combinou com Vicente Lopes de Negreiros, ir este assassinar meu Irmio e Padri- nho que tinha de passar o Natal aa Matriz des. Gongalo (Ciari), nossa Freeuesia, que elle na mes- ma noite hia matar ao Irmio Joio Rib«« Mourdio que cra seu visinho em Carathéus(Piauhy)e o dep. disto feito darem as mios ¢ acabarem com ox ou- tros: elle foi a casa de meu Irmio, assassinou 2 rapazes, meo Irmio pode escapar com um q’ lhe ficou. Vieonte Lopes foi esperar sua vitima, mas sen- do avisado A. Mourao, loro que chegou, foi pro- cural-o na (Ca em. q’ estava. Vendo V. Lopes esta doliberagio tractou de fugir, deixando um cabra morto g’ resistio dando tempo afuga. Meu Pai chegando deu ordens p.2 reealher-se as cargas e entra em casa, ficando fora meo Irmio Manoel de Ferros a indo a recolher-se¢ as Cargas. Ou- yindo os tiros progunta, disserfio ser A, Mourio. com V. Lopes, disse elle: 6 homem doudo, vou ja tiral-o disso, sevue em procura dos tiros em tempo que V. Lopes hia fugindo, dispario um tire © cai Do INSTITUTO DO_CEARA 7 traspassado de duas ballas meu innocente [rmio. Ouvindo o tire nés q’ estavamos na luta corre- mos ¢ achamos nosso Irmio morta, ali o deiy e fizemos todas deligeneias nio foi possivel mais achar o asSassino. Nesta m4 noite segui em pro- cura do tal e recolhi-eme depois de 7 dias de mi- nuneiosa deligencia p. aquelles lugares q’ supu- nha encontral-o, Passados poucos (lias soube q’ ¢: tava na protecio dole Cel Jofio da Costa Alicrim e do tio Vigario Manoel Pacheco Pimentel em V« Nt (Ceart) la fui procural-o ¢ entender-me eom Alicrim ¢ Vigario, q’ se negaram. Ndo quiz aper- tar muito por dizer-me o Vig.'? q’ o sobre linha de retirarse nag. * dias para Pedra de fougo ( tremas de Parahiba com Pernambuco) onde ti- uh&o a familia, entendi que sendo certa a prote- cio elle o conduziria p.2 1d, esperei pela saida, apresentando vir seiente de que niio era protegi- do por Alierim, q’ me fez seus offerecimentos, em. sua terra, Neste entrin passa o Ct Diogo Lopes de Araujo Salles (4) que se tinha retirado para a Prov."* do Mar." por oceasifio de certo disyosto, em tempo que eu andava espleitandto Oo men ri- yal, cneontramos-nos na Faz." Serrote (Piauhy) onde obtive enformactes de Alierim ter manida- do a V. Lopes esperal-o no Serrote (Ciara) Mazen- dado Cap.” Franeisco Nayier de Salles, pae do C! Diogo Salles meo par.’ ¢ por todos os parr estimado e respeitado, commoniquei a Diogo Sal- Jes que me segurou nao ser exacto ec p” ali hia visitar ao pae, se for certo pesso ameo pae o dispedir e mando dizer-lhe p.* onde gue, en- tretanto nada obre q' eu them estou firme em ajudar a punira morte de meo par." Fiei-me na pa lavra de meo par* e amigo que mandou dizer-me q’ opaelhe disse q’ Alicrim tinha lhe eserito ps V. Lopes p..0 proteger mas q’a resposta foi n&o poder ) EF o pai do Dyer Herenlzno de Ar.« Salles, 8 KEVIS4 A TRIM p vs proteger o assassino de seu pars; ¢ q) V. Lopes ifio firou a sela do Cav seenio p* Quixeramobim, stpunha pa Casa do Caps Lessa, e nao foi ao Serrote, segui pe Quixeramobim e cheguei athé a Fa Crug, onde inmvraya m2? madrinka D. Fran, acheia bem ailita pe terem naq/e dia depusitada em sua easa wma mossa de Carathéus, e ter chegado em seguim. nag. ora o pae @ 2 vabras que queriao a mossa a forga: cilia nem por sev mulher riea,e ter filhos home,cra viuva ¢ estava sé. Dep de abencoar-me @ abracar-me contou-me sun afligio q’ lhe pedi sosseg q) eu empunha os cabras, io podia demorar-me q? andava nag! diligencia, empunha-os athé aguas de Carathéus. Os cabras erio 2 arranca touco de meo iraidor cunhado (6), 2 assassinos dos rapazes de meo Tr muio na noite de Natal. arti concfeito no disigno de os matar, mas elles gq’) me conheciio entregaraio-se a morte de juelhos nos pés de me madrinha, ps qt fordio va- lidos e dispedidos. Neste mee dia ms madrinha mandou espleitar a Casa do Caper Lessa e suas Faz O Bseravo nada eneontrou cm 5 dias q7 di- ligenciou. Eu tendo ido pe Carathéus voltei para Quixcramobim em dirvecio ao Serretes do Cap." Salles @ nao achei roteiva de V. Lopes, cheguei em fim ao Servote ja nado achei o Ce! Diogo Sal- tes. tinha ido embarear na Barra do Acaraet po ® Maranhin, achei o velho cap." Salles ¢ tendo ew passado a noite ao pé da casa espleitindo os mo- yimentos deHa nada eneontre’. O yelho receheu- me como costumava, forgou-me a descancar eo de- pois de outras convergacdes tie disse ter the dito nm neto gq) V. Lopes fazendo q’ seguin p.* Quixe- ramobim voltou po *Posso Caguay Casa do so- i) Ave do Cel. Antonio Cruz Saldanha. i} Te. Cel. J. de Barros Mello, que os inimigos cha- mavam Cascavel. STITETO NO CEARA 9 gro na Prove cto Piauhy. Segurei-eme com o ye- tho ele nio proteger a Vo Lopes q) ey. eu vie Vesse meo seryisso era procuralo onde (fq? sou- besse celle, Tomei mais esta volta, passei pa eg de meu pare q? me dew a mesma noticia y’ dew o avd, Dali segui para Carathéus © numa Faz de meu Cunhado Kufrosino Vieira Mouriie (7) mance o Vaqueiro pegar os ecavallos q' precised fiz matutagem e continuei a mareha po > Posso Waguas, tome’ o vello de emproviso nada achei, apertei-o pelo genro, diseobrio q’.a 6 dias dali ti- nha saido a chamado do Alierim q’ saia tal dia de muda p Pedras de foo. Voltei, segui ao Ali- crim, antes de chegar a V2 Na soube q’ se acha- va no Serrote do yelho Salles. ali mame fui procu- nal-os, mas Vo Lopes estaya fora de easa, o Ali- crim escapou em um paidl de algocdio, onde per deu o nariz q’ era suposto. Nada fiz e fico con- tando com mais 2 inimigos fortes. Voltei pa «Pi- tombeiras Faz. de Eulroxino distante do «Ser rates 7 Jegoas, onde estive oeculto esperando a saida do Alicrim q’ voltou ao tio Vieario. QQ." me preparava p. faser seguir um pusitivo a Pedras de fogo recebo uma earta de uma me" inimiga de V. Lopes disendo se q." noticias certas de V, Lo- pes me aparessa, la fui, aqual apresentou-me um home, dis este 6 meo parente q’? chegou de do O @ da certesa de estar Ve Lopes na Vie de Louaract em Pern. Voltei, prepareime ¢ seeul p2 Tguaractt ¢ de- pe de 200 6 tantas legoas de viagem cheguei a N.S. do QO, tomei a easa de meo pare Cap." dré Cursino Cav", commoniquei-lhe im. preter a conselhou-me que eu devia seguir pao Bnge- nho Monjope de nosso par.* Cape? Jofio Cave () Erairmdo do Cascavel e tbem cunhado dos Mourdes. 10) REVISTA TRIMENSAL de Albug.?,o Sr. de Engenho mais rico e forte dag. terra, segui_ e¢ na verde fui bem recebido pelo Cape, contei-lhe meo destino, ufio quiz q’ eu sa- isse, basta q’ dé um homem q’ conheca a esse V. Lopes, dei ¢ elle entregou 2 homes seus, disende basta q’ este mostre ao tal pars conhecerem, g.* muito cuidado, olhem nio peream a viagem; scgui- ramos 3 em tal disposi¢io q’ eu julguei gq’ ainda faltando os do Cap2ser o meu seria baste pt de- sempenhiur, chegario emfim a Iguaract em tempo de festa tractando de sua empr precuriio 3 dias @¢ nfio encontriio noticias, no fim dos q.* lem- brou o meu rapaz q’ VY. Lopes 6 um famoso sam- bista, fourdae procurar cm um onde o achario to- cando em uma violla, quiz 0 meo rapaz q’ fosse lo- go de faca, um dos outros dis conheco 6 0 q’ bas- Ta, meo amo disse q’ baste ¢ sé 0 q’ queremas. Voltao e nam." ora um dos 2, mas infelizmente ja outro toeador esti sentado toeando em qt? ¥. Lopes esti dancaudo, um dos 2 dispara um tire no peito do tocador q’ traspassou e¢ uma mulher q’ lhe fieava pelas eostas, cairitio ambos mortas, escapnido V. Lopes. Chewara lo os homens e de- rio cota da viagem, pedi ao cap para man- dar-se un positivo saber da certesa, respondeu hao ser preciso y’ os homens nao Ihe mentiio, mandou chamal-os ¢ de novo enterrogou, ¢ disse pode contar certo q’ o home é morto, V, ja deve dae euidado a sua familia pelo tempo q’ saio e niio terfio tida notieia, va que sep” alguma fa- talidade nito foi morto, seguro-The néo ser preci- so yoltar a este fim, em q.2! q." parte, de Pedras de fogo p." ¢4, cu o mando procurar, Confiando achei raziio no Cap por q' jad contava mais de 6 me- zes de yviagem e fieaya segura aq! parte onde me daria maior perigo procurar, Voltei_ e eheguci em paz a ms familia, dep.* de 11 mezes, considerando-me deseanear de tan- tas fadigas. Sentei term." Casa, pedi a meo Pai bo uNsTITVTO DO CRARA 14 gq’ consedeo-me, Neste tempo estava A. Mourdo (8) preparando uma Cavalaria p# vender em Caxias e Eufrosino outra p2 a V2 dos Brejos, A. Mouraéo couyidou-me (isendo q’ hia comprar umas terras de uma erdeira de meo Avé que eriio anechas as nossas eu podia esecolher um lugar p.# sitaar-me perto delle ede meu Pae, asseitei o convite q’ eon- cordou com meu desejo. Quando jé& em dias «te sair-mos, A. Mourao re- cebe uma carta de Commendador Severino Dias Carneiro, de Caxias, empenhando-se p.2 um Cap. Francisco Per, do Putti, qg° am José -Joag." de ze 0 tinha trasido disendo ser seu Escravo, se fosse Escerayo comprasse p." todo presso the servia, e se nio éra Ihe mandasse aq!* hom? q’ mio vinha mm pqs tudo confiava na wnizade, nio Ihe dava euidado scu_ pedido. A. Mourao ficou um pouco vechado p2 q’ era amigo do Commendador ja tinha recebido favores dese- java servil-o. Sosseaon gq. cu the disse seguisse sua viagem q’ eu me eneatregava da Carta. Neste dia chega Eufrosino q’ vem dispedir-se de m4 mie sua sogva tia e¢ wmadrinha, concordamos jun- tarem os eav."? em um s6 corpo e hirem p.* Csxias, assim se fez, cu dirigi-me ao Monezes q' entio se achava no «Serrotey do Cap. Salles aq them escrevi pedindo-lhe p. se enearregar do negocio conforme a Carta pedia, Menezes respondeco q’ éva. seu. o Escravo © nio vendia p. presso alg”, o Cap.™ Salies respondeo q’ havia feito todo cm- penho com Menezes, e elle de nem uma forma quiz vender, ¢ pedindo p." yer os documentos niio queria mostrar, disendo q’ valia sua verd.*, Sentei q’ Me- nezes nio tinha doeumentos ainda mais px dizer na Carta elle tinha levado de improviso sem dar tempo anada, mas respeitando o moo pare q’ se (8) Antonio ¢a S! Mourdo era irmao do autor desta chro- nica. mostrava ter sido prudente commizo em ter yare- jado sua Casas tome: nove acontesimento: tornel aeserever-lhe pedindo-lhe q’ de alguma forma conseguisse de Menezes ontregar o home ceomo Exeravo, ou como tome, eserevendo them a Mene- zes qome poupasse 6 eneammada de lt ir se o fiome éra Exerave o Cap Salles daria odr®, elle fizesso o favor de apresentaros documentos ao Cap. Salles, eo se nao éra Eseravo, o home tinha de vol- far p| sua Casa, respondeo q' ¢ sen Eseravo, mao vendia nem entregava, ufo tinha gq’ apresco- tar dosumentos, 0 Camp” Salles respondendo gy’ apertando com Meneses elle pedio 5 contos de 0 afinal ficou pe 4, niio quiz dar os 40 contos, offere- cendo-Ihe wna fetra obrigando-se dar oO dr ne recebimento dos documentos, io quiz, plisse neda mais tina q’ pedirao Meneses de y™ nao podia jamais fazer boa ideia, Chocou-me essas yesposias, senlei concluir com o negocio, Segui po eSser- rote, Um sobr” afilhada () do Cramp.” Salles pe- diome p. ir entender-se com o padre, sedi, foie ehegou ainda a dras de ew sate, Dixse-me q’? o padi’ estava desgostoso, © q’ Meneses lhe disse q) eu nfo Gra serra de foge. Clontaya io eerto eu ido yoltar q’ tractou de esperarime, Mstava elle emt uma peqtenn Casa ao pédo Cap® Sal les entaipow 2 portas q’ tinha a Casa uma na fren. tec outra na refayoarda. ¢ furow as paredes assim preparado achei q.40 apiei-me na porta do Cap.” Salles, ja tendo dado ordem a 2 vapa ps toma- rem a Casa p." detraz eeu investia de frente, Ven- doo Cap Salles, sai pa porta © x6 acha-se os animaecs ¢ eu hia aprochimanda-me a Casa de Me- nezes, gl divulgo um buraco q’ fea na frente deameu Tmio doug Mourdo, ponho-lhe a imide no hombro p." 0 disviar do burace ean m."" tempo (9) Sobrinky ¢ al’, era Major Antonio de Sousa Car- valhedo, tio ¢ Sogre dis Major J.e Lucio, da Independenca. delle said um tiro q’ empregou a bala cortando- me a carne do hombro, ¢ dali ao pé do queixe 3 carossos de clrumbo, foi tanto o sangue que pou- come pude ter em pé, fui cair na porta entaipada ji quase sem sentidos, lambra-me rer «lito a mew Irmao q’ estava ao pé de mim, toma sentido nao escapula esse aventureiro, manda chamero to: Ir? José de Barros q’? nado o deixe com vida, a sim fez meo Irmao, 1 de Barros morava com Bue frasino, esiava com nossa Lend. © velho Salles mandou levar-me p.t suit Casa e chegando eu, ¢ zem poz a mao nas feridas p. onde saiao sangue ainstante e parou, mas eu ja esttva sem senti- dos, José de Barros veio amanhecer na porta de Menezes com um seu cre de qi se nia apartava, Logo q’ chegou mandou o cr.” cortar as cordas q’ s¢guravado o entaipam.© © deu com o pe na por- ta, dejtando-a dentro em tempo y’ Menezes ja gri- tava plo Cap. Salles, este ehega 94.1.¢ de Barros vai entrando diz-lho, attenda-me meo sobr,. en- trando J. de Barros encontra Menezes de bragos crusados, cm tempo gq’) o velho repete que o aten- desse, anda que Menezes saisse, mas Meiezes se tinha fornado uma estatua, pega-dhe pelo brace, entrega ao velho que se aproxima a elle e disse- Ihe ahi tem este cubarde, nio é homem q’? brigue eon! homem, mostrousse o velo agradessidy, ci seu Trice tenho tide com elle todo cuid., naoesta de morrer, O yelho chamou a Je de Barros para sua Casa, nto quereudo q saissemos naquclle dia, Je de Barros mandou a Free Per” (10) com os pees do Commendador esperar-nos em Casa cde nossa Irma onde estava aflita plo cud.’ en nds. José de Barrog gurousse com o velho, Menezes nao tornar aesta terra, o velho prometcu eo Me- nezes jurow. Partimos no outro dik as 2 dras da madrugada e chegamos no outro dia, tal o estado (10) Frans Per @ era o prezo tide como eseravo. 14 . _ REVISTA 1 em qi me achava, M* Irma tomou todo cuidado em mim e eu deseonfici bem de mudar-me para a terra dos mudos, mas felizm.2 esxeapei, « Jogo gq’ me puz em estado de viajar segui p Caxias onde achet Ante Mourio e Eufrosina, que dep.s des dias voltou p“ sua Casa achou a om.et nat +, Esp.sa, pq V. Lopes mio podendo deter-se em Pern.s voltou p2 Uruburetama (Cear ) onde se ocultou, Menezes bem tendo retirado-se p.* ali, souberio um do outro, Menezes procuron V. Lopes, reduziv q’ uiio devifio perder aquella oecasiio que estava José de 1. descuidado, Ante” Moe en em Caxias, mataydo adosé de Bee hido encontra-nos em cam.” ftambem discuidados, fariio o mmr, V. Lopes ne- gou-se, Mas emfim sempre deferminou-se, um © ou- tro fiserfio um numero de Cabras com seus prote- tores; antes de chegarem ao Curtume José de B, foi avisado, deu parte a meu Pae, pedio p. ir en- econtea-os, mea Pace n&oe consentio 4’ era prucden- te esperar e assim fez, Chegar&o e nig acharaio como supunhio, segui dali seguifio po B. spe podiado faser, pela prevengao ¢ dificuldade, segui- rio om destino a mim, da VN a «B. Esperanga» 18 legoas, tiverfio tempo de aumentar sua viagem. Qv experava p? V. Lopes e Menezes na +B. Es perg® meu Pae recebe uma Carta q' diziat Moene- zes © V, Lopes tiverdo noticia q’) Ant Moe Alex atravegariio o Rio Parnaiba, sairio esta noite com 31 ecabras hilo pelo *Posso dagoa* p." levarem mais, meo Pae soube y’ o milhor weio éra montar 14 homens daqles ¢ seguirem p." 2 Capella dor Humildes onde Ait. Mo devia passar ¢ demorar-se como Te, Cel. Benedicto 2° de sv Britto, e se S houvessem passado, disviassem e¢ seguisem p24 a Capella, La vdo os 14 homens e antes de chega- rem ao oP. dawoay encorteioum Eseravo de Ant” de Oliv4, sogro de V. Lopes, iti Ao ao Tscras vo este descobre terem saido nag manhi hide lo p2 Va Nova discudo q’ 4, mas vendo q’ ali nada DOINSTMTTTO Ho CEARL 15 descancar dali $ legoas, ali se ponhem om consulta, uns qucrem q’ acometessem outros q' devilo se guir aordem q’ tinha&o, afinal sentario passar sem serem vistos da Casa, mandariio q’ o escravo og passe sem scr vistos, assim se fez, mas o maldito escravo como q’ fosse ensignado levou-os de mo- dos q' fourdo vistos, eo velho Olivr® manda avi- sar ao genro, e a Menezes que viesse cncontrar, V. Lopes concordou, 4° de perar, Menezes ins tou, V. Lopes senton que devido tomar uma trin- xeira q’ fieava entre uns e outros p. onde devido passar, ¢ na vord.€ se a sorte nfo os favorecesse nfo escaparia um sé dos 14, a frinxeira dra aem- mitagao de um curral de pedras com 2 porteiras p.! onde entrava e sata o caminho.Q escravo foi ho- tal-os em sima da trinxeira, arrojao os Cva.s mis- turao-se inimigos com inimigos, travado uma forte lucta mais ou menos as 8 Gras da tarde e finda ao escureeer, dep. de mortos Menezes, um Irmio de Y. Lopes @ 2rapazes q’ resistirdo por traz da trin- xeira, V. Lopes Jogo uos primeiros tiros fugio dei- xando o Jrmao e companheiros em lucta disenfre- ada q’ chegou a ferro frio, e dos f4 morreu o cria- do de José de B. q’ corria por todos os lados da lucta chamando p.” ¥. Lopes q’ em vio o procu- rava, fica toclo aqe@le terreno salpieado de mt” sangue dos mortos e¢ feridos, ox 14, Sr. do cumpo fourdo dormir cm Casa de Ant. de Olivers (11), de onde voltéio os feridos e seguem os mais em procura dos fugitives, a ver se encontrio V, Lopes q’ disse o sogro avia saido a pé, o Cav.’ ali esta- va morto de uma balla, unio paderfio encontrar, q’ naqgcla mesma noite chegou a Casa de José Go- mes na «Residencia® onde montow ¢ deu gente p o deixar com a familia. Hu e Ant” M. estavamos justam-© em Casa do T.¢ Ce! Brito ali aparesserao (4) Antonio de Oliveira era sogro de Vicente Lopes. 2 homens, pedio ao vaqie’ do Re Cel pc vir pew dir protegdo para elles q vinhao ft los oO Vat disse q’ con o mimo estay o2 Mourées «? vinhdo de Caxias, mas q' ia pedir, a Ihe dissece o nome elle Jhes divia, mas o Te (ch om fogar de proteger os cabras mando qd’ o vag.? mostrasse-me os cae bras, fomos @ nao achemos, voltet eo disse a Ant Mourio q’ hia procurar meos Jrmiios, colle podia hiv esperar-nos em casa, segai e fui diseanear em uma Faz. do Te Cel onde cera.um meo ve van. “Otho p." os eurraes onde estaya meo pie’, yejo ali chegavem 2 homens a eav.’, fui ao curral, divulyued sangue em um, aproe himo- sme a elle @ ponho aimao p. sima do pescosso do eav.’, 6 diga aimed pare este & clas taes elle iliz-me gq? ido co- nheeia aes omens Crio bons rapazes es vi- inhos, atrochei-o, poueo se demorio ¢ nés vamos p“ casa, hiamos tractando nos homens, diz meo pare serom aqeles homens de A. Olive’ progtn- teiThe se tinha visto o sangue, disse q’? nado. Ora aqele q’ ou seyurei tinha a roupa com sangue, ¢@ é6rao os 2 oq) tinhdo aparessido ao vaqr.® na «Cat pellay, mandei seguir os eabras, nio se aleancou. Sigo poo OP. dagoa» © passando ne trinxeira : ripiou-me os eabellos ver o perigo em q’ h do meos lrmios, cheguei ene como se chera en casa dum cr conver; eorrl ace oer” de Jose de B. disse mandou itterrar todes em um buraco, mandei q’ fosse elle me" cavar o buraco firar e interraro er? sé. Dali segut p." casa do Cap" José Gomes na «Residenciay q! éra meo an” aio encontrei meo Trae nem roteira de V. Lopes. Segui pa Povoagiio do Piquiseiro de mareha pT Esperinea e no diseanco neste dia apa- salicum yag-" © ome diz, homtem em mt casa Ancou um homem q’ cout este acontessido @ im a foi q™ matou o erinde de Jose de Boo se. caine ado velo Olives MiNOso eoMada ene a, proguntci se havia interrado DO INSTLYUTO WO CHARA 17 guio em procura do 'T Joao de Farias q' s6 assim poderia chegar a Sobral onde morava, q’ aquelle logar (12) extava samiado de Mourdes, nio poude ine ter lembrando-me das saud-es de meo lrmao plo sou lial cri", sepui o comboio de Te Farias aqJa tarde e noite, fui aleangar no outro dia no discanco, Farias negou mas eriio patvicios da mw" Comarca, instei com elle, sedeu. Voltei_ com o homem ¢ vim deixal-o no terrei- ro de um sugeito q’me maltratou sem me vonhe- cer, dali sigo p." «B. Esperaneay onde achei José de Bo pep seguir pt Caminhadeiras casa da familia de V. Lope egui com elle e chegando n&o achamos, descancamos, neste tempo chega um vaqree ag.” cnterroguei, ail y nao éra de V. Lopes nem o conhecia, andaya procurando um eav.’, passando naqele riacho q’ passa ao pé daqel@ serra vio os quartos de re, dependurad © purgio de gente, mas ndo sabia se era V. Lo- pes q’ néo foi ver, sai com o vag" na mesma 6ra. 1A fomos ter chegamos de rojo morrerdo 2 hémes e uma mulher clo coito e pusemos o resto q’ cons- tavade mais 6 homens e¢ 2 mulheres de baixo de ordem, conheeemos ser unis cabras comedoures de gado alheio apelidados specras grdes» de onde fourio esvurrasados, sentemos q’ estando VY. Lopes na «Caminhadeira® estaria com aq.es homens q’ se digiio valentes, éraum numero, com tudo pro- eurames por sima e pé dag.2l4s serras, nada acha- mos seguimos p.* Uruburetama, voltamos por Me- rudca, subimos a [Diapaba, dessemos p.. V/ N.*, fo- mox avo Barriga, voltamos p.!o dos inimi- go8 q’ p' serem mais os tiros do inimigo tinhdo apro- chimado a uds, montamos © retiramo-nes. Q8° che- 20 ON & de Enfrosino ali est@ meo Pae em mae q’ vierto visitar o genro, Todaag-l4 uoite foi DO INSTITTTO DO CE! 19 p. chegarem ox q’ correrao, chegavao, érao dispe- didos p*meo Pae, e o dep* de querer surrar-me mandou q’ o acompanhaece. Chegamos em casa, 6 q-8 se dd o eomesso dos partidos puliticos em So- bral o Ve Na,e pé isso veio oD! Joao Ant” de Miranda de Pres.© do Ceara. Eu fui chamado p,les meos a.’ de Sobral, entio cabessa de Comarca de V.* Nova, coneordamos eu ir entender-me com o Pres.¢ respeito meos processos. Segui pata Cap." onde fui bem acolhido ple Pres. q’ tendo de vir a Sobral convidou-me p. vir com elle, dei-me p. prompto, saimos no outro dia, tomemos o sobrado do Ce! José Tencie Gomes Parte, onde se fez a reunido, yoltei e¢ fomos faser nossa reunido em Ve Ne Vem deps do D1 Joio Ant? o Pe Alenear substituir a Presideneia, veio them a Sobral hor- ganisar sctt partido, tomou o sobrado ito Caper France de Paula Pessoa, e tanto fez q’ o Major Joaquim Ribr.” da 8.4 com seus aos tentarao for- mar uma revolucio p. acometerem, apresentan- do-se Joaquim Riby.” e o Major do meio Batalhao Fran? Xe Torves q’? acompanhaviio o Presidente mouma grande guarda como cahbessa da revolu- eho, derio principio, parte da tropa volta ao Pre- sidente encontrarao resistencia, nada conseguem deps de alguas bras dle fougo, seguinJoag.™ Ribr.” p- a serra Thiapaba, o Torres dirigiosse a mim aconcordar p,.* voltar a Sobral, sentamos qo, pr qo Pres. ja rcforgado Joag.™ Ribr. preso e elle debandado, éra dar murro em faca de porta. O Torres seguia com sun Lopa po a Cap4ie eu fui tractar de minha casa q’ foi queimada com tudo q’ havia nella. O Cel Diogo Salles, despeitado do q’ eu tinha feito em casa do Pae, sem dar apello tinha ido ao Rio de Janciro, ¢ 14 com o Pe Pacheco, en- tio deputado geral, fez sua representagdo ao G.° O pe Alenear q’ se aio esquecia de fazer o mal, aproveita a occasido, concordou como Cap,Mer Pau- la e seu sogro, 0 Cel Vieonte Adz. da Fonseca, redu- 20 REVISTA TRIS sit-nos a seo partido, amiasando-nos com a perse- guicho, se nio quisessimos, © se quisessimes per- melia a¢abar com a representacio do C.cl Diogo. Meu Pae foi chamaido de Sobral pe (00 Vieoute Alz. p2 este fim e eomcordaio para meco Pae dar? filhos po Menear ¢ fiearem os outros 2 com seus a mco Pae yoltou e concordamos ficar Ant Mourio e Jofio RibrS p& o Alencar, Dirigi-me a meos ingratos aes de Sobrale Capa, p.. nem um principio querem q’ concorde, Alencar hia scr subs- tituido p.” outro Pres. de nesso lado, o Pet (13) nfo ficando cervido com 2 mandou sempre fazer a per- eeguicio a toda familia ¢ bens. Mandou 0 TY Jos Folix Bande.” com 40 pragas de tt lirha. Sem se esperar chega oT. Bandr.” om casa dic meo Dae e prende omeo traidor Cunhado (4) qo iem vin do visitar o sogro. Meo Pac mandou avisarne e@ acompanhou o gento p* Pires (15) oude com mais par conseguem dav escapula ao genre, O Bandrt segue p.«B. Esper, onde esperayva acharnes, anies de chegar prende oO mco par? Rayme da Silveiva Guedelha, som.’ pelo erime de diserem gq! o Pae tinha dr? O velho acompathe o filha, eom- prou-o, foi solto, Nada mais pode fazer o Come Bandrs qq? tudo aa troco de dr? Voltou p# Pires onde prende aimeo Pae p. om. fim, ofle nada qe daz seguio cont elle p32 Sobral onde foi solo & visitade p2er ames, entre os gee o OS Vie coule Ale eo genre com y.™ concorde bea Cap! entendersse com Alencar, q’ Ihe disse mandava relirar a forca q’ tinha no sentro, meo Pace dando aim meos manos T& de Boe Toad. Moura p.* a revolugio q’ entio gracava na Prov, meu Pae colcordou, mas q?tinha de cd na’ dois mezes q! pa u SUEO Gste LI pO THUR (13) Pe. Alencar. a4) Je de B. Cascavel. (15) Cratheus, bo wstirero po _cearnst 21 dava, tratario o dia q’ devia eu ¢ meos manos chegar, mandou em logar do retivaro Bandy’, ren- der pelo Cap Joie Por Cara preta. Nao see porava p.! traigio. Mstavamos em dias de sair J. de B. vai dispedir-se de um a.” onde teve de do- mir qi’ das 7 pas 8 Gras da uoite chega o Capo Jofio Per* Cara preta com 60 pragas, prende a José de Bo q’? nie deu cayaco eq’ deps em con- versagio diz ao Cara preta: V. com m4 prisio pouco adianta yptq' em logar de 80 Alenear pode ter a mim x6, Ant. Mourio q’ hia comos 3 se entre- gar, sabendo q’ estou preso, no yai nem consen- te os irmfos ir, contente-se sé eom migo, dorimi- rio ede manhi diz o (CL preta a ds de Bo--en o prendi p2 conhecer se Vo. @homem como me pa- ressia, eu daqui sigo p.2o «Serrote> V. tal dia vd me dar um abrago, sou sco a.” © eonte eommigo, No «Serroie? ji se achava o 8 de Dirty pA tir rem os provessos dag.’* acouteeimentos. Ant. M. achava-se em casa de Kufrosino, quiz ir com J" de B. po -Serrote? mas concordarado esperar pl? re- suliado de J.° de B.q chogando ao «Serrote> foi bem recibido p’ yclho Salles, e (. preta, mas o J de Direito de qt) em vez atirava-lhe com uma in- directa, T° de B, foi soffrendo athé q’ de uma alte- rilo-se 6 6 TS de direito mandou q’o C. preta o prendesse, este nfo quiz segundo o plano de Alen- ear, eo yelho Salles acommodou e tratou com de de B. tal dia achar-se Ant.? Mourdo e Eufrosino (16) no «Servotes p." coneordarem um meio sobre a per- eceguigio do Alencar, q’ achava um negocio mui complicado, vollou Je de 2B. po casa do Eufrosino, onde este e Ant? M. 0 esperavito, contou tudo oy’ se passou e concordao y’ Ant.” M. devia ir com os irmios pa Cap."e nio se entregar ao Alencar senio dep! de 3 dias co tracto, p." dar tempo a Eufrosino mandar um po- (16) Este Eufrosino era irméo de Alex.e Mourdo. 22 REVISTA TRIMENSAL sitivo communicando oq’ se passava no *Serrotes eC, preta, devifio arranxar-se fora da cidade no sitio do CL Ant. Machado, e la entéio concor- darem com o C.4!e outros a*. Chegou o dia do tracto eo ("'eommuniquou ao Alencar ter chega- do A. AL" com os immiios, nio vinhio apresentar- se pq’ estavdoa a m,.' espera q’ tinha fieado na Truburetama e chegava nag! 2 dias, e¢ loge q’ chegasse vinhiio. No dia justam.® do tracto, foi C. Preta com suas 60 pragas e um Te da G. NX. com 20 amanhecer em easa de Eufrosino, (17) onde o prendeo, ¢ seguio po «Serrote> emg.’ o Te José Borges Lial, de Oviras, for serear a casa de meo Pae em Carathetis, felizm.¢ ali nao achou ay.” pronder, 0 Borges sopuio pa casa de meu tie, Pae de Eufrosino, onde deixou 20 pracax distacadas, mandou outras 20 p." a casa de meo pae e sepuio com o resto p" Piranhas, donde participou ao Pres.& de Oeivas, com y." tinhao Alencar dado as méos pa percoguicho, Neste mm dia seguio o per contanda o resultado do dia do trate, Quiz voltar e tentar uma revolucio, nfo qui- xeriio concordar, nada de revoluedio, cra prudente retirar-nos p.” Pen, loge q! chowasse o Presé y? esperavdo me ayisayao peu vir livrar-me. Vol- vamos p."o Canindé, seguimos p." Inhamuns easa ce meo Par? o (." Joo de Av? Chaves (8) dali p- easa clo cap." Joo Cavaleante de Atbug.. em Pern’ onde estivemos pouco menas de um ano, ql recebemos cartas p# voltar a nossa Prov.® ¢ , io veio o q’ devia vir embareado, @ nesta direc Cape" com nés tractar com o Pres. p“ embarcar- mos, 0 Pres.¢ diz-the deuma preeatoria do Alen- ear p® sermos presos, concorda com o Caper nds (17) Este Eufrosing eta cunhado dos Mourdes @ irmao do Cascavel. Havia dois deste nome na familia, (18) O Cel. J." de Ar.” Chaves era avé do Pe. Pedro Leo- poldo, Cura da Se, DO_INSTITUTO DO CEARL 2B vir embareados p." popar a despesa, como preso, elle Pres.© eserevia ao Pres do Ceari a nosso res- peito. C. preta voltando do “Serrotey, vem p.* «Cure tume> onde deixou o Te da G. N. com 20 pracas de Ge 2012 Linha distacadas, prendeu o meo par? Pedro Alz Feitosa em casa de q.” tinha prendido ad? de B, seguio pe «RB, Msper onde deixou outro ‘TM de G.N. com outro igual destacam.!, se- guio com o resto das 60 pracas, foi distaear em V4 Neo com G.N., parficipou ao Alenear o resultado. gq’ mandou sentar praca a Kufrosino, © prender a meo Pac, Aproveitouo P.2 Pacheco sassia’ sua sé- decom o sangue de meo pae, pagou ao C, Preta p- na oceasiio da prisio assacinar meo pac, Sen- tou praca a Eufrosino, soltou a Pedro Alz. mandou retirar o destaeam.” da °B. Esper.s@ rewitio-se com o do «Curtime - encarregou aod Borees peta pri- sdo (assacinuo) de meo Pae, seguio 1 Inhamuns prender a meo Cunhado Joo da Silveira Gued Tha e Raym.!? da Silveira Guedelh o mesmo dia em q’ chegou a 8. Jo&o do Principe, chegou em easa do Cape Ante Miz. Chaves (18) um Esera- vo doP? Ign." Ribr.® de Mello, (20) irmao de Eu- frosino, com eartas eofficios e mais pes p2 CL preta dando baixa a Pufrosino, ¢ chamando ao C, preta do destacam.? O Cape" mandou entregar os p.es na Va Eufrosino e seguio a sua Faz. onde estayio meos cunhatos emigrados temendo a per- seguicio q’ éra sem limites a vida ce hens. O (, preta ali se aehava ja com meos cunhados de bai- xo de ordem, ouvio o tropel dos cav.o8 do Cap.mer eum escrayo q’ o acompanhava, mandou formar a tropa e fazer alto, o Cape’? arrojou o eay.” ¢ foi apiar ua porta, dep. de um pequeno cdebate o (19) O Cap.mee Antonio Martins Chaves era ava do Dr. Cite . (20) O Pe. Iyn.ie R. Mello era irmao do Caseavel e foi assassinads em 1849, 24 REVISTA TRIMENSAL fez retirar deixando meus eunhados, Ema.” tude isto se passava, cu e meos Manos vinhamos em- barcados de Pern’ p.2 0 Ceara, onde achamos tu- do preparado a Hossa espera, respondemos o jury na Cap@l fomos absolvidos, o Pres deu ordem p." retirar o distacam.? de V2 N4 ¢ substituir por outro, Seguimos p. Sobral foi-nos dada acasa ee nosso A Grevorio France de ‘Torres e Vasconcel- los p2 prisiio,e com a m.™* facilida.® fomos absol- vidos. Recolhomo-nos a nossa familia, Eu deixei meo «Baecamartes (21), onde morava, fui situar- me em outro, pus-lhe o nome de #Por Enquantos, fis casa na sinta da serra no lugar «Correutes, on- de passava o verlio, tractando de vida regwar ¢ politica, Conseguimos passar Vi ' peo [pi, Ipt pt Cabessa de Comarea, organisar a G. N. um Esquadriio de Cayalaria. Aparesse a revolucito do Bentivi no Maranhdo, principido amiacar conflictos —aterradores a a Comarca. Fortifieamos ¥, © participa- ao (.", este fez seguir ox Majores Frans? 2 Torres e Joaq. Ribr’ da S28 a bater o Bentivi q’ tinha rebentade po quase toda serra Ibiapaba, e seguisse o Esquadrio de Cavalaria do Iptt reu- nir-se com ‘Torres, Segiimos eu commandanido o Esquadrio no higar de Major, meos manos ¢ cu- nhado: & de Be Joao Guedetha, Cap. Joag. Me Raim.!’ Gued* Te Reunimo-nos a euluna do Torres q’ commandava 1. be o1™ Roo Esqua- drio de Cavalaria de Sobral. Seguimos ¢ antes de chegarmos a Poyoagio de S$. Pedro principiamos a hater os grupos q' hiamos encontrando, assim fomos athé tomar as Frexeiras deps de m.tes e reuhidos combates p aq.@as mattas onde estavie entrinxeirados fortificando o ponte frexeiras, onde se achayao maior grupo ec lhe fez daqs!® pouto, ali demoramo-nos alguns dias diseangando das fati- ) Era o nome da morada de Alex. Mourdo. _DO_LINSTITUTO DO CHARA gas dos combates e deligenciando os grupos q’) aparessido plas mattas, Seguimos p. a Vo da Parnahiba (Piauhy) fronteiras do Mare" com o Ceara ¢ Piauhy po impedir o inimigo nao atra- vessav o Rio: quasi todos os dias tinhamos com- bates com inimigo q.” esploravamoas a Rio, nés embareados om candas, o inimigo em terra. Fomos hater Burti, Bebedos e outros pontos onde rebentaviio os grupos. Voltamos p28 Petro gq) continuara aparecer os conflitos, fiquei com o resto do Esquadriio sufoeando og grupos q’ apa- recifio p.” aq.©l@8 mattas. Reeolhemonos as nossas casas dops de G mozes, Mas sentaraio gq’ eu devia morarna V4, mas nio padia acostiumar-me, assis- tia maior tempo em meo “torrente? q’ cotretiniia melhor com m.@$ plantacdes e frueteiras. Valia ape- nape" ser perto, @ meo eay. bom. Vinha a V." p.© q sempre exercia cmprego, Pres. da Camara, J.° Municipal substitato, Delegado de Policia e sem- pre reerutador geral. Nosso partido foi tomanda eerto auge que nao dava_ pleito a Hleigio, foi p- isso aparecendo a inveja entre nossos inimigos publicos ¢ a9 ventureiros, Alencar nunca mai esqueceu de nds, vendo q’ p.! meio da pereeguicio niio podia entrar nem venver com 4 annosq’ traba- Yhou como Pres& de Prov.s4 e sempre de mios dadas com o Pres.¢ do Piauhy, p." q’ nossa fami- lia alem de ere oe mais antiga do lugar, éra im.’ hunida, foi proeurar outro meio. Sentei q’ devia tomar algua vinganca com o Vig." Pacheeo, e Je de direito q’ tanto influio na pereeguicio., Emyol- vi-os them em processo, segui em pessoa com uma preeatoria p." Sobral onde seachavao Pe. PL e Ws q’ jf nao éra om exercicio, tina casado em uma familia de Sobral. O Pe. Pacheco achaya-se bas- fante doente assim m."? mefeu-se numa Litcira e fugio p." a Cap, onde morreu em poucos dias. O JS nko opude achar, oecultou-se entre a familia e 26 REVISTA TRIMENSAL retirou-se para o Rio de Janeiro, li tbem morveu em pocos: ume outro Deus os matou. Em lugar do Pe. P. fieow o Pe. de Gomes Kerr! Torres, Pe, m.!9 simplice ¢ bom pastor. Veio depS o Pe. Frans’ Corr’ de Carvatho Vigario col- laclo m. mosso e pobre, filho de paes pobris mos q’ suas 1,88 disobrigas fasia em cav.o8 de José de B,, alistou-se em nossas filciras. O Pe. Alencar, Senador e chefe de Partido, concordou eo deu o plano ao Cap.™er Paula Pesséoa e um Prezidente de propozito. O Sennador Paula Pessoa samilhou uma tal semente nos coracdes de Fran? Paulino Galydo e Pe. Corr* q’ yeio produzir e ramificar seenas iristes, dolorosas ¢ lamentaves, O Pe. Alen- car na Corte, o presidente de Prav.st na Cap.al, Paula PL em Sobral, e France PL e Pe. Corr.’ no Ipti tessendo-se go rede infernal com todo euid? erusayvaio os eorr.’s occultos de Tpa pe Sobral, de Sobral p“ a Capaly da Cap@l pea Corte. Seria impossivel esecapar outra victima y’ mia Tosse. Com tudo eseapariamos se a sorte ndo permite p.t q' alem de todo tessido preparade, antes de ¢ tourar a bomba eonvilarfio a Eufrosino on p. at- tenedio aos instrumentos (os irmfos) (22) ow pt al- gum remorso, Hufrosino premeteu sugeitarse a todo sacrificio coma’ foi ameassado do y’ prestar-se aserinsirumento p.* seus pres ¢irmio de eriagio sép. este crime o tornardo a maltratar dos mais erues soffrimentos cabidos neste mundo de horror. Eulrosino manda ehamar-eme ea Ant.” M, pintou- nos nio 86 o passado entre elle como o re ulfado do futuro. © oneordamos deixar o Ceara, retirei-me com meos manos p- a Prov-ia do Piauhy a prepa- par-mos p.* passar a do Mare ficou de Bo q? niio atrevia deixar seu a.” Eufrosine, q’ desde in- fancia nio se apartavio, ultiman.¢ pede ir esperal-o (22) Os irmaos de que trata eram a Cascavel, Pedra Ribr.*, Dota, J." Ribr." Mello ete. DO_INSTITUTO DO CREAR 27 na Prov.c4 do Maram pt niio poder ritirar-se com a familia pt ser no rigor clamitoso de 1845. .L¢ de B. jé na Prov.c@ do Maram, eu e os outros ir mios na Prov.c@ do VPiauhy com nosso irmdo Joag." Mourio. O primeiro aparessim.t? dos as- tros preparados foi os empregos @ nomiagdes p. os instrumentos. Nés ja no Piauhy, nio achara com g." comessar, Joio Ribr.” Mello, irmiio de Eu- trosino concorda com o delegado them irmao man- dar escollar. a Eufrosino (23) p.* saber certo se eu e de B, estavamos no Ceara. Lia vai Ku frosino escoltado p.” o sitio « p.Tseu irmdo subdelegado. Reforgado seo destacamento demora 2 dias em uma easa de cevar porcos, niio appa- resst-nos, Manda-o a pé entregar ao irmao dete- gado para soltar, oste dep.s de fortes amiassas 0 soltou. J.€ de Bo esté uo sentro da Prova do Mara, fronteira indigena, onde fez easa 6 rossa, espernava com toda calma a Eufrosino eom a fami- lia. Neste fempo se achaya a entriga do Ce! Dio- go Salles com oTe, Cel. Militio Bandr.* Barros em seu maior agéli (24), 0 Cel. Diogo tinhaido tomar fres- eo na Proy.c4 do Ceara, Sabe Militde de de de Be q éra par.® ea. de Diogo Salles ¢ conhecia a J.¢ de Bb, p.! tradicio, temeu, formon uma eseolta de cabras e manda assacinar a Je de Be Melizm.e hia na escolta como com,4os 2 papazes alem de crimi- nosos de morte disertores do Piauhy, ¢ tinhao sido presos na V" de Peracuruca em tempo q’ de de B, ali se achaya, valerio-se delle, elle conseguio com seus 2.9% dar escapula, quiseriio pagar com um bem aparente q’ resultou um mal maior, apre- sentou nio conheeer awe de B. apenas como che- fe o tractou bem, ¢ procurou fallar particular, deu- se aconhecer, ¢ disse a Le de 2B. mandasse prepa- (23) J.” Ribr.” Mello combina em prender-se o irm&o Eu- frosino, cunhado dos Mourdes, para descobrir a estes! (24) auge.

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