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eee etree aoa ety Coe iret Peery pereneerer i ne Peary ere peereanaien preteen oy Pree meernarened ners eeeeermen ert ae aera Ai eee eros perenne ed ee ener erry Patentamt tM ere ier es marinero erin eet Oy pecmeieeteorer nts prensa Perreny een) ee ea rent eaey amin nn ens eerie aero ee [cone seiner nto ener oe ee Pome nerrnoniTrd Pa ne ey poner ny See TIER gered QUILOMBOLA E INTELECTUAL astreNaxcimenta,Quilomoa ntl -6- ‘AMulher Negra no Mercado de Trabalho ara entender a stuagio da mulher negra no mercado fe trabalho, acho necessrio volkamos tm pouco 20 {empo, estabelecendo um pequeno hisérco da socie: Gade brasileira no que conerne 8 sua estrutura. Da ‘Ranvca como estavaertruturada essa sociedade na 6poca colo fal la Surge como extremameate hierarguizada, podendose Conceituar como de casas, na qual os dversos grupos desem penam papéissigidamente diferenciados. "Nutn dos polos desta hierarquia socal encontramos 0 se hor de teat, qe concentra em suas méos 0 poder econdmico € pollen; no auto polo, os esravos, a orga de trabalho efetva fGen soriedade. Entre estes dois polos encortramos uma ca fle de homens e mulheres lives, vivendo em condiies preci fins sm mnelos de vida. Por estar assim definda, & sociedade Colonial se reveste de um cariter patiaeal que permeta toda Sus esttura, refleindo-se de manera extrema sobre a mulher. Devido ao caréter patiacal © paernalista atibulse & mulher branes © papel de esposa do Bomem, mie dos seus fe thos e dedicada a eles, Deste modo scu papel €essnalado pelo 5p, Antigo palicdo rginaiense no Joma Ui Hors, Rio de a: ei, donngo, 28 deja de 1976, 80 Possbdode nso da desagto ‘cio, sendo amada, respeitada e Idealizada naqullo que este ‘cio The representava como Suporte ideoldgico de uma socieda- tie baseada na exploragio do trabalho [e da pessoa] de uma ‘rande camada da populagio Contrariamente& mulher branca, sa correspondente no ‘outro polo, mulher negra, pode ser consierada como uma mulher esseneialmentepredutora, com um papel semelhante 20 dd seu homer, ito 6, como tendo um papel tivo, Antes de ‘nals nada, como escrava, ela € uma trabalhadora, ndo 56 nos farres da easa grande (aiviade que ndo se lima somente a satisfaver of mimnos dos senhores, senhorese seus filhos, mas Como pradutora de alimentos para a escravari) como também ho campo, nas atvidadessubsidiras do corte e do engenho. Por outro lado, além da wa cxpacidade produtva, pela sue con. igh de mulher, e, potnto, mie em potencal de novos esc ‘os, davathe a ung de reprodutora de nova mercadori, para © merado de mio de obra into. Ito & a mulher negea & tima fornecedora de mio de obra em potencial, concorrendo com o trfico negro. "No quto dizer com esta ikima afirmativa, que o cres- ‘omonto vegetative da populago escrava no Brasil tenha sido, ive. Comparando tot Estados Unidos, onde a populacdo crava tnha um alto erescimento vegetativo, © balango ene rataliade e mortalidade ds cious no Brasil oi desavorive Hasta para iustrar dizer que, apés a eessagio do tifien nos sados Unidos, em 1808, até a Guerra de Secessio, a popt- lagio negra estrava quate wplicou. Enguanto no Bras, com © rico aberto, nde eumenta o nimero de escravs,fcando em tomo de um milhdo e meio no mesmo periodo. De qualquer el to € importante chamar a atengio desta “eapacidade reprodut ‘da mulher negra, que faz revestir de uma tadiedo como lemento produtor nese periode da Historia do Brasil sendo, Junto com 0 seu correspondente masculine, o supere para a Instiuigao eseravoerata. Ressale-se,entetant, que, justamen te por iso, resi sobre ela o peso da denominacio senhoria ‘A moderna socedade brasliraspresenta um maior i ramismo no que conceme & diversificagio das atividades pro. ‘hv, trazido a efit com o proceso de industrializaao de a ear Nascent, Qullombole ¢Intlectua marcado no perfodo de 1930. Com a expansGo indunal © do Setor de servigos, a estraiieacdo socal, profundamente polar, ada nos periodos anteriores, apresenta uma meio Nexilidade € gradagSo, No entanto, esta maior flexibildade mantémn mato rofundamente as diferencas de papéisatribulds aos diversot stupos da socedade. Diversos fatoes Rncionam como ase Para que se perpetuem estas diferengas. Um deles, como nile Doderia deta de ser, numa sociedade eonsttutda de difercmes rupos nics, €o fator racial, ‘Numa soled come a nose, od a dna dose a econmicnesabelee spaces ma hiranuia de oe ‘ss, ensem alguns mecnismor pa seleconat as os sous que Ho preener exes epacon © crtéio racial consitu-se num desses mecanismos de Fazendo com que as pessoas negrassejam relegadas aos lugares mais baixs da hierarguia, através da diseimnagio, O efelto continvado da diseriminaglo feta pelo branca tem tant, bém como consequéncia a interalizato pelo grupo negro dos lugares inferiores que les séo atrbuidos. Assim, or negrou oc, am aquelesIigares na hierarquiasocil, deasbrigardo-se ce Penetar os espagos que esto desgnados para os srupos de cos ‘mais clara Dialeticamente perpetiande o proceso de dominio social privilgi racial, ‘A mulher negra, elemento no qual se erstaliza mats @ ¢strutara de dominagto, como negra e como mlher, se ve, des, te mod, ocupando os espacos e os papels que Ihe foram at busdos desde a escravidso. A “heranga essravocrata” soft wna continuidade no que diz vespeio t mulher negra. Seu papel ‘como traathadors, a grosso modo, no muda mito. As seine vivencias potiarcas na soeiedade Brasileira fazem com que cla sci reeutada e assuma empregos doméstios, em menor grat na indistia de wansformaglo, nas éreasutbanas © que peri. nega como trabalhadora nas rurais, Podemos acessenia, no envanto, ao que expusemos acima que a estas sobrevvtncls ou residuas do escravagismo, se superpsem os mecanismo atvais {de manutengdo de privileges por parte do grupo dominante, a Passbiidade nada de detraisto Necaismos que s80esenlalnente Weclgiese que sore de bagarem sobre as conde objets a sctdade te eos

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